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emmieedwards · 3 months
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Resenha: Tarde Demais, de Colleen Hoover
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Livro: Tarde Demais Volume Único Autora: Colleen Hoover Gênero: Dark Romance, Drama Ano da Primeira Publicação: 2016 Editora: Galera Record Páginas: 370 Classificação: +18
Tarde Demais: Um bom exemplo do dark romance atual e seus problemas de descrição gratuita
*essa resenha tem alguns spoilers sobre o livro e fala sobre assuntos sensíveis de abuso e outros gatilhos*
Ando percebendo que comigo não há meio termo quando se trata dos livros da Colleen Hoover: ou acho eles impressionantes ou acabo com um gosto amargo na boca.
"Too Late", apesar de ser me enganado por pelo menos 50% de leitura, me deixou enojada, para dizer o mínimo, no final. E garanto que não foi porque Hoover gosta de dar nomes péssimos aos bebês que têm nos seus livros.
Mas vamos focar primeiro no dark romance. Um gênero que está aí "oficialmente" (ou pelo menos teve sua ascensão) nessa última década. Particularmente, sempre achei um estilo de história fascinante.
A proposta inicial do dark romance era para aqueles que apesar de não dispensar um romance também têm uma quedinha pelos aspectos sombrios e problemáticos da humanidade. Situações controversas, tabus, tóxicas e até mesmo criminosas. Sem romantização.
Acho que esse último detalhe acabou se perdendo com os anos. O "romance" que o gênero se utiliza acabou abraçando a romantização. (Embora não aconteça em "Too Late", ele tem uma "romantização de cenas problemáticas explicítas" ao ponto de parecerem que só estavam lá para chocar)
Dark Romance costumava ser um tipo de livro bastante realista para mim que sou apaixonada por anti-heróis, personagens que comem o pão que o diabo amassou e ainda assim dão a volta por cima. Tá bem, às vezes não dão a volta por cima, mas conseguem um pouquinho de paz, justiça...porque a vida é assim, imperfeita e muitas vezes cruel.
No entanto, veja bem, já é chocante e doloroso você ouvir a história de uma vítima de abuso físico e psicológico porque eu consigo acessar essa dor, consigo simpatizar com o sofrimento, consigo ter sede de justiça.
Definitivamente eu não preciso de um capítulo inteiro narrando com detalhes excruciantes o tal do abuso físico.
Definitivamente não preciso de um capítulo inteiro narrando com detalhes o que o abusador sente ao violentar sua vítima.
Mas Colleen Hoover traz isso e muito mais em "Too Late".
O livro conta a história de Sloan, uma universitária sem recursos que está presa ao namorado traficante e tóxico porque não tem para onde ir e além disso precisa que os cuidados médicos do seu irmão continuem sendo financiados. Então, ela permite todo o tipo de abuso que Asa a submete.
Então aparece Carter, um novo colega de classe, que tem sua atenção capturada por Sloan de cara. Contudo, por mais que ele pareça diferente de Asa, Sloan descobre que ele vai começar a trabalhar para o seu namorado, ou seja, Carter não pode ser muito melhor que ele.
Sloan, num primeiro instante, não sabe que Carter é na verdade um policial disfarçado querendo construir um caso para prender Asa, e mesmo com todos os alertas na sua mente, ela e Carter acabam se apaixonando.
A questão principal é como Carter vai libertá-la desse inferno antes que seja tarde demais (trocadilho intencional).
Até aqui temos um dark romance interessante: drogas, tráfico, uma vítima de abuso doméstico, policial com identidade falsa e um amor proibido.
Com POVs que alternam entre Sloan, Asa e Carter, Hoover consegue construir uma narrativa eletrizante e que te prende por bastante tempo. Até as coisas ficarem estranhas de uma maneira bizarra.
Segundo as organizações dos capítulos, o arco principal do livro termina bem rápido (tem até um "THE END" lá pelos 54%) e, apesar de abrupto, é um final aceitável. Hoover avisa no início do livro que a organização é meio bagunçada depois disso já que ela sempre acabava voltando para esses personagens e adicionando um prólogo, um epílogo e até um epílogo do epílogo.
Como ela também explica, a autora nunca planejou publicar esse livro, era apenas algo sombrio que ela andou escrevendo numa época de bloqueio criativo que até ela mesmo se chocou com o que estava saindo. (Ok, quem nunca escreveu umas atrocidades num meio de um bloqueio?). Mas muita gente pediu, e ela cedeu... O livro foi publicado de graça, da mesma forma que foi escrito e postado online para quem quisesse ler.
Quando o arco principal acaba, a gente começa a acompanhar o desenrolar burocrático e judicial do que aconteceu com os personagens e é aí que o trem sai realmente dos trilhos.
----- INÍCIO DE SPOILERS ------
Entre os "extras":
Temos a protagonista dizendo que só se sentiria vingada se fizesse sexo com o seu amado na frente do Asa para "quebrar o coração dele".
Temos Luke/Carter concordando com essa atrocidade e realizando o ato enquanto o ex-namorado assiste agonizante no chão.
Temos (depois de sabermos todas as coisas nojentas que Asa fez) um prólogo desnecessário que serviu apenas para descrever a Sloan se apaixonando, indo num encontro com ele e depois sendo estu**** enquanto dormia (e que também era a primeira vez dela num ato sexual). Esse primeiro encontro já teve uma cena no arco principal onde o Asa descreve o que fez com ela para o Luke/Carter.
Temos páginas e mais páginas descrevendo como o Asa se sentia abusando dela e como ele deturpava na mente dele que não era abuso.
No meio disso tudo tem uns comentários e parágrafos sobre como ele nunca foi amado pela família e etc, como foi uma criança negligenciada, como a primeira pessoa que amou ele foi a Sloan e como ele queria manter ela para sempre com ele... (Depois de tudo que o livro já tinha trazido, parecia que a autora queria dar um motivo para ele fazer o que fez e ainda queria que alguém simpatizasse com esse demônio).
Temos também a protagonista descobrindo que está grávida e que possivelmente é o filho do abusador já que ele sabotou seus anticoncepcionais. (E quando dada a opção de abortar se o filho fosse mesmo dele ela simplesmente diz: "É apenas um bebê inocente." Uma fala que eu achei um desserviço total considerando todo o contexto do livro e tudo que vítimas da vida real passam diariamente).
E temos a cereja do bolo: o Asa consegue escapar da prisão domiciliar depois que descobre que ela está grávida, invade a casa dela, estu*** a Sloan 3 vezes (a Colleen faz questão de descrever cada vez que ele chega ao climax e AINDA TEMOS O PONTO DE VISTA DELE SOBRE ESSA CENA). Eu já li muita coisa absurda, mas acho que foi a primeira vez que me senti realmente desgostosa e enojada com um livro.
Todos esses conteúdos adicionais, apesar de dar um fechamento para o arco Sloan-Luke-Asa, serviu quase que somente para chocar ainda mais uma situação que já era chocante por si só.
----- FIM DE SPOILERS ------
Toda a história é pesada e autora avisa isso logo no começo, mas tem um leve ar cômico que ela dá ao abusador que não combina com a vibe do livro, assim como ficar remoendo tudo o que ele passou na infância, sem contar todas as longas descrições dos abusos.
Depois desse texto enorme, minhas considerações finais são: não posso ser hipócrita e dizer que não fiquei investida no livro porque seria mentira. Até a metade a história caminhava muito bem. Quando o arco principal do livro "acaba", pareceu uma tentativa de "o que eu posso colocar aqui para ficar mais chocante?", o que parando para analisar é o sentimento que a maioria dos dark romances atuais passam já com os quotes usados para divulgar no TikTok e Instagram.
É uma pena. Continuarei procurando outros dark romance que se apeguem ao antigo significado do gênero, já que é meu gosto pessoal. Violência gratuita e descrição dela nunca chamaram minha atenção.
"Too Late" definitivamente não é um livro que eu recomendaria para qualquer um (acho que não recomendaria para ninguém kkkk), mas se você quer ver com seus próprios olhos, atente-se para a lista de gatilhos porque são muitos e são bem detalhados no texto.
Para quem tiver interesse, a Galera Record vai publicar uma nova versão, revisada pela autora, em 2024. (Não estou muito confiante de que vai melhorar rs)
NOTA: 🌟🌟 - 2/5
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amorporpalavrasblog · 2 years
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Olá leitoras e leitores! Venho com um post sobre a minha opinião contando as vantagens e desvantagens entre livros únicos e coleção.
Então, eu gosto de livros únicos porque não tenho que ficar esperando o lançamento de outro volume e como moro em uma cidade onde não tem livraria, fica muito mais fácil para mim. Além disso, não sei se é só eu, mas é como estar totalmente imersa, ver tudo aquilo intensamente, pegar um carinho pelos personagens em um único livro. Apesar disso tudo a desvantagem é que no fim acabou, ele não vai ter continuação e vai ter que se despedir dos personagens, mas o que mais gosto é isso poder imaginar outras histórias para essa pessoa e voltar a lê-lo de novo no futuro.
Enquanto os livros de séries são os favoritos de muita gente por vir de um primeiro livro favoritado e eles quererem mais sobre aquela história e se apegarem mais aos personagens e a escrita da autora. A desvantagem é ter que esperar a autora publicar a continuação e evitar spoilers caso o livro seja popular. E o motivo de eu não gostar de livros de séries é que muitas vezes a escritora nem precisava escrever continuação, porque se terminasse no primeiro já teria um desfecho incrível.
O que vocês acham? Gostam de qual tipo? Qual a opinião de vocês?
Espero que tenham gostado do post e vejo vocês na próxima semana.
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ritadcsc · 2 years
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Lembre-se de que você não foi montada durante a hora extra de uma fábrica do interior. Você foi planejada, produzida, moldada e esculpida por ninguém menos que o próprio Deus. E quando ele lhe trouxe à luz, ele se sentou, sorriu e disse: "Isso é bom".
Kevin Leman
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klimtjardin · 1 year
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[10:02am + Jisung + Slice Of Life]
Há silêncio; um gato branco de pelos longos sobre o seu colo, e um exemplar de All About Love, Bell Hooks, em suas mãos.
O olhar de Jisung acompanha a leitura por detrás da sua cabeça. Absortos nas palavras da escritora, interrompem apenas quando você pergunta se pode virar a página. As vezes em que o peito dele sobe, você sente em suas costas. O gato ronrona vez em quando, também.
— “O amor cura”. — Ele lê, e você repete para si mesma. 
O amor cura.
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tireideum-livro · 1 year
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Agora, em seu amor, que era mais forte, havia sementes de ódio e medo e confusão, que cresciam simultaneamente: pois o amor pode existir com o ódio, cada um à espreita do outro, e é isso que o torna tão furioso.
- O único e Eterno Rei, T.H. White
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inttensa-mente · 1 year
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jcarlosl-blog · 2 years
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voarias · 11 days
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te sorri num domingo onde nada era certo, por mais que promessas preenchessem todo o espaço em torno de nós. compartilhamos toques tímidos de nossas mãos uma na outra, um beijo meio sem jeito enquanto meus olhos encontravam os teus sob a meia luz do teu quarto. você falou sobre futuro como se tivesse certeza que íamos render incontáveis páginas de um livro de vida inteiro, e eu ri porque nada daquilo poderia acontecer de fato na vida real. compartilhamos segredos pouco antes dos nossos corpos partilharem um ao outro. tua boca percorreu caminhos na minha pele que tua voz logo depois jurou permanência. teu suor se misturou com o meu na medida em que teu cabelo meio molhado destacava a cor dos teus olhos: aquela que sempre foi minha preferida. gritei pela necessidade que senti do teu corpo sem um único som reverberar pela minha garganta; ainda que não acreditasse em um amanhã, desejei tê-lo. ainda que não restasse nós depois da despedida ensaiada de promessas de um futuro, desejei teus dedos mais uma vez em torno dos meus. ainda que soubesse que não tínhamos história para virar livro, desejei te escrever em cada linha que me derramo desde então.
voarias
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hansolsticio · 2 months
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ᝰ.ᐟ yoon jeonghan — "(in)satisfação".
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— namoradinho insuportável ! jeonghan × leitora — gênero: smut. — conteúdo/avisos: continuação de "(im)paciência", saltos temporais, bastante dirty talk, hannie hipócrita ♡, linguagem imprópria, degradação!!! ♡, semi-public sex, menção à exibicionismo, hannie dom, thigh fucking, sexo desprotegido (tô de olho, hein), dacryphilia. — word count: 3337. — nota da autora: testei umas coisas diferentes nessa aqui, me digam o que vocês acharam depois. boa leitura!
Contemplando suas opções você percebeu que não haviam muitas, bem, pelo menos não muitas que fossem realmente eficazes. Desde o famigerado episódio dos seus dois preciosos orgasmos negados, você tentava surgir com algum plano mirabolante para testar a paciência de Jeonghan — já duvidando que fosse capaz de chegar ao mesmo nível de maldade do moreno. Não rolava tentar fazer a mesma coisa, ele era inteligente demais para isso, acabaria percebendo sua intenção mesmo antes que você fosse capaz de começar. Você não conseguia pensar em alguma maneira de dar o troco, pois sabia que a partir do momento que Jeonghan te tocasse você perderia a habilidade de negar qualquer coisa que ele quisesse — o homem conseguia te moldar muito fácil, especialmente se estivesse com as mãos no seu corpo. O único jeito de fazer isso funcionar, seria não deixando ele te tocar. Espera aí... Esse era o jeito perfeito de se vingar: não deixar Jeonghan te tocar — pelo menos, não sexualmente.
𐙚 ————————— . ♡
O primeiro dia do seu grande plano funcionou muito bem, principalmente pelo fato de Jeonghan ter passado o dia todo fora. Só sendo liberado pelo chefe tarde da noite, quando você já estava dormindo, o moreno sequer tinha energia para tentar alguma coisa. A situação só ficou mais estranha quando, na manhã seguinte, você acordou com a mesma sensação das mãos geladinhas apertando seu corpo. Era comum que Jeonghan te acordasse com sexo, especialmente se não tivesse passado o dia anterior com você — esse era o jeitinho dele de demonstrar que sentiu sua falta. Por algum tempo você retribuiu os carinhos sem pensar muito, a cabeça ainda nublada pelo sono. Mas foi quando você sentiu os dedos do homem entrando na sua calcinha que sua mente deu um "estalo", lembrando do que você estava planejando. Levantou-se aos tropeços, sob a desculpa de que estava com fome, deixando um Jeonghan muito confuso deitado na cama.
Naquele mesmo dia, ele ainda tentou mais uma ou outra investida, porém com a sua falta de retorno ele só entendeu que talvez você não estivesse no clima e resolveu deixar quieto. Contentou-se em só ficar de chamego pelo resto dia, sem segudas intenções. Você estava achando muito divertido ver o seu Hannie todo frustrado quando você não dava o que ele queria, pensou até em deixar a situação bem mais divertida nos próximos dias, provocando-o sempre que conseguisse.
𐙚 ————————— . ♡
Você se jogou na cama de bruços, o rostinho parecia super atento no livro que estava em suas mãos. Seu namorado tirou os olhos do celular assim que te viu entrar no quarto, não prestando atenção em mais nada que não estivesse relacionado com o fato do seu pijama ser curto demais — só confirmando esse mesmo fato assim que você deitou, já que o shortinho fino deixava metade da sua bunda de fora. O moreno não se segurou, o rostinho se enfiando na curva do seu pescoço para enchê-lo de beijinhos. Apertava suas coxas sem dó, já subindo para brincar com a parte principal. Até ser interrompido por você, que balançou o corpo com impaciência, querendo que ele se afastasse.
"Eu 'tô lendo, Hannie!", repreendeu. Só você sabe o quão mentirosa estava sendo, sua mente não estava decodificando uma palavra sequer do livro a sua frente.
"Lê depois, amor. Eu quero você...", nunca brincava em serviço, era bem direto quanto as próprias vontades.
"Mas eu não quero. Me deixa quieta.", pontuou secamente. Seu namorado suspirou derrotado, se afastando do seu corpo.
[...]
Por incrível que pareça, Jeonghan esperou pacientemente até você parar de (fingir) ler o livro. Te encarando assim que você o colocou na cabeceira e se virou para se deitar de frente para ele.
"O que foi?", o rosto sério te fez ter vontade de rir.
"Posso agora?"
"Não.", sua resposta veio rápido demais, o homem franziu as sobrancelhas. Jeonghan observou seu rosto em silêncio por alguns segundos, parecia ligar os pontos na própria cabeça.
"Isso é porque eu não te deixei gozar.", não parecia uma pergunta, pois realmente não era. Ele assimilou que essa era a única razão plausível para tanta recusa. Você inclinou a cabeça como quem diz "não sei", mas claramente sabia. "E você acha que a melhor forma de me castigar por não te deixar gozar é se privar disso por mais tempo ainda? Você já foi mais inteligente, amor.", ele já sorria com escárnio, pronto para te tirar do sério.
"Não preciso de você 'pra isso, Jeonghan. Eu tenho dedos, sabia?", se ele pretendia debochar de você, que ele também saísse com o ego ferido.
"Não precisa. Claro que não precisa, meu amor.", o sorrisinho ainda estava ali. "Mas me diz: se não precisa, por que sempre implora, hein? Afinal, 'cê pode gozar sozinha, não pode?", o rosto ficou ainda mais alegre com a sua falta de resposta. "Não vai me responder? Que foi? Não quer admitir que precisa sentar no meu pau 'pra conseguir gozar gostoso?", é degradante confessar, mas jeitinho ofensivo que ele usou para falar contigo te fez ficar molhada.
"E eu realmente não preciso, já disse que sei me resolver sozinha.", não havia um pingo de segurança na sua voz, mas você ainda estava determinada a apertar todos os botões dele.
"Tá me dizendo que sabe brincar com essa bucetinha melhor do que eu? É isso?", honestamente, você queria que ele brincasse com ela nesse exato momento.
"Sim, é isso.", você quase gaguejou, a expressão intimidadora estava te fazendo fraquejar.
"Então tá bom. Você se vira sozinha.", o homem se arrumou na cama, como se estivesse prestes a ir dormir.
"O que você quer dizer com isso?", você já havia dito isso em algum momento, mas é bom repetir: um Jeonghan 'conformado' nunca é um bom sinal.
"Nada demais. Já que 'cê sabe se aliviar sem mim, eu não sou útil. Não preciso te foder então.", ajeitou o travesseiro atrás da cabeça.
"E desde quando você consegue se segurar?", a risada que você soltou junto da pergunta foi equivalente a um soco no orgulho do seu namorado.
"Você não quer jogar esse jogo comigo, amor.", respondeu já de olhos fechados.
"E se eu quiser?", não achava que essa marra toda duraria para sempre, amanhã mesmo Jeonghan provavelmente já estaria com a mão dentro da sua calcinha.
"Então aguenta."
𐙚 ————————— . ♡
Você interpreta o momento anterior como uma sentença de tortura. Desde aquela conversa, a atmosfera do apartamento pesou e não foi pouco. Por mais que você e Jeonghan se tratassem com todo o carinho e respeito do mundo — afinal, vocês ainda eram um casal muito apaixonado — a competição entre vocês dois ficou em primeiro plano. As provocações de ambas as partes pareciam não cessar e isso afetava o humor de vocês, já que estavam sexualmente frustrados e não eram muito bons em esconder. Ninguém queria ceder e faziam questão de dificultar a situação para ambos, com você que usava roupas cada vez mais curtas a todo momento e um Jeonghan que fingia não saber que você ouvia todas as vezes que ele se aliviava no chuveiro. Honestamente, evitavam até ficar no mesmo cômodo por muito tempo, temiam que acabassem brigando por conta do estresse acumulado ou pior: caindo na tentação.
[...]
A maldita comemoração do aniversário de Soonyoung não poderia ter aparecido num momento pior. Estar numa boate cheia de amigos seus enquanto vocês seriam obrigados a fingir não estarem chateados um com o outro seria uma tarefa horrível. Seu namorado te lembrou do evento assim que você acordou e, desde o aviso, você pensava em como ia suportar ficar perto de Jeonghan para não levantar nenhuma suspeita — não estava a fim de deixar o clima estranho no aniversário de Soonyoung e muito menos gostaria de explicar o motivo da distância entre vocês dois, porque ele era vergonhoso. Vocês precisariam atuar muito bem.
[...]
Estar no mesmo carro que Jeonghan foi a sua primeira provação. Tentar fingir que ele não estava estupidamente gostoso vestido todo de preto foi a segunda. Mas o cúmulo mesmo foi ter que aguentar os olhares nada discretos que o seu namorado dava para o seu decote sem dizer uma palavra sequer.
Você praticamente correu ao encontro da namorada de Soonyoung assim que vocês entraram no ambiente, ficar perto de Jeonghan era um perigo e você queria evitar o máximo possível. Passou boa parte da noite junto das outras meninas, já que pareciam ter muito assunto para colocar em dia. Porém, seu sossego não foi eterno, pois elas já voltavam para a mesa — com o álcool entrando no sangue de todo mundo a carência aparecia também e você, infelizmente, não estava imune. Resolveu voltar para o grupo assim que a namorada de Soonyoung também voltou. Deu de cara com a mesa cheia, as vezes você esquecia do quão grande era o grupo de amigos de vocês.
"Caramba, não tem uma cadeira vazia nesse lugar.", você disse em tom de brincadeira, vendo a namorada de Soonyoung correr para se sentar entre as pernas dele.
"Senta no meu colo então, amor.", Jeonghan dirigiu a palavra a você pela primeira vez na noite. Você involuntariamente travou, tendo que usar alguns segundos para pensar.
"Não tô a fim, Hannie.", forçou um sorriso ameno, você não queria arriscar.
"Por que não? Fiz alguma coisa?", ele disse em alto e bom som, fazendo todos da mesa observarem a cena com curiosidade. Jeonghan te olhava com uma confusão fingida e você queria bater na carinha de anjo que só aparecia em momentos estratégicos. Não havia outra opção, você teve que sentar no colo dele para não deixar o clima estranho. E, aparentemente, você não foi capaz de esconder o incômodo em estar no colo de Jeonghan, pois um Joshua meio preocupado viu a necessidade de perguntar se você estava bem. É. Definitivamente sua expressão não era das melhores.
"Com você agindo desse jeito fica difícil fingir que tá tudo bem.", o homem sussurrou pertinho da sua orelha. Você deu um pulinho com o susto inicial, sentindo o corpo arrepiar. "Daqui a pouco vão começar a perguntar o que tem de errado com a gente, amor.", os braços circularam sua cintura, te trazendo para mais perto. "E o que 'cê vai dizer? Hm?", para quem olhava a cena de fora, Jeonghan só parecia estar conversando contigo, o rostinho de anjo ainda estava lá. "Vai inventar alguma desculpa? Ou vai dizer a verdade?", deu um beijinho fofo na sua bochecha para não levantar suspeitas. "Vai falar que tá doida 'pra que eu te coma? Hm? Que tá tão desesperada 'pra dar essa bucetinha 'pra mim que deixaria eu te foder na frente de todo mundo?", sua mente entrou em pane, você se recusava a abrir a boca, temia acabar gemendo. "Vai, amor? Vai confessar que se fode nesses dedinhos toda noite quando acha que eu tô dormindo? É? Ou 'cê pensa que eu não percebi?", seu rosto começou a queimar na mesma medida que sua calcinha encharcou, você já sentia o tecido grudando no seu íntimo. "Aproveita e diz 'pra eles que você goza implorando pro 'Hannie' te comer, como se eu não estivesse bem do seu lado. Diz, putinha.", você já estava chegando no seu limite. "Admite que sente tesão em ser meu depósito de porra e eu te fodo aqui mesmo.", era o suficiente.
Você levantou de forma abrupta, arrancando olhares surpresos de todos na mesa. Puxou Jeonghan pelo braço e o homem sequer mostrou resistência quando você o arrastou para o banheiro mais próximo, trancando a porta assim que entraram. Era humilhante ter que falar isso enquanto Jeonghan te olhava com a expressão mais debochada do planeta, mas você não tinha opção.
"Me fode... por favor.", hesitou em falar a última parte, seu orgulho estava totalmente destroçado.
"E se eu não quiser?", sentia seu interior pulsar, você realmente não estava com paciência para aguentar os joguinhos dele.
"'Cê venceu, tá bom? Eu admito: Não consigo gozar direito sem você. Feliz?", tudo saiu meio atropelado, você não conseguia mais esperar. "Por favor, Hannie."
"E quem é você 'pra decidir quando eu te fodo ou não?", estalou a língua no céu da boca. "Quer dizer que a vadiazinha só dá pra mim quando bem entende e eu sou obrigado a te comer sempre que você quiser? É isso?", quem visse não diria que Jeonghan estava latejando dentro da própria calça. "Não me parece justo, amor. O que eu ganho com isso?", enfiou as mãos dentro dos bolsos, encostando-se na parede atrás dele.
"Hannie...", sequer sabia o que falar, só tinha uma coisa na sua mente. Se aproximou mais do seu namorado, olhava-o por baixo dos cílios, esperando que o rostinho carente desmanchasse a marra do homem.
"Eu não perguntei meu nome. Vai, _____. Me diz um motivo 'pra eu não sair daqui e deixar você se resolver sozinha.", a ameaça te fez tremer, não queria sair dali sem conseguir o que você tanto precisava. Envolveu os braços no pescoço de Jeonghan, que se recusava a abaixar o torso, mesmo que você o puxasse. "Por acaso esqueceu como se fala, vadia? Aposto que essa cabecinha não tem um pensamento sequer. ", você colou no corpo do seu namorado, que ainda se recusava a retribuir seus toques.
"Eu faço o que você quiser, Hannie. Por favor...", se esforçava para conseguir beijá-lo, mas ele virava o rosto, claramente se divertindo com a situação. Agora, mesmo que você não estivesse na melhor das situações nesse momento, sua paciência nunca fora abundante o suficiente para aguentar o comportamento do seu namorado. Sem hesitar, você apertou o pau rígido por cima da calça. As pernas de Jeonghan falharam, os quadris involuntariamente se empurrando contra a sua mão, enquanto Hannie produzia um dos gemidos mais bonitos que você havia ouvido em todo os anos que vocês estiveram juntos. O seu sorriso veio de imediato, isso havia sido uma delícia, mas ele não durou muito. Não quando um Jeonghan muito puto inverteu as posições e te prendeu de frente para a parede sem dificuldade alguma.
"Que porra foi essa?!", te apertou ainda mais, exigindo uma resposta. Você não conseguia esconder a satisfação em quebrar Jeonghan — mesmo que tenha sido só um pouquinho — o sorriso não passou despercebido pelo homem atrás do seu corpo. "Tá achando engraçado, putinha estúpida? Deixa eu me divertir também então.", você ficou dependente da sua audição por alguns segundos, ouviu um farfalhar de tecidos atrás de ti. Não podia se virar para olhar, a mão firme na sua nuca não deixava muita opção. Sentiu um braço circular sua cintura, te posicionando para se curvar, empinando na direção de Jeonghan. "Fecha as pernas.", não fez o menor sentido, mas você não estava na posição de quem fazia as perguntas naquele momento, então obedeceu. Nada poderia replicar a expressão de decepção no seu rosto quando você sentiu o membro pesado e molhadinho se enfiando no meio das suas coxas. Não era possível. Jeonghan não seria filho da puta a esse ponto... Ou será que seria?
"Hannie, eu n-"
"Fica quietinha se ainda quiser gozar hoje.", disse estocando lentinho. O líquido quente já se espalhava pelo interior das suas pernas. "Aperta mais.", você acatou a ordem quase que imediatamente. "Porra, isso...", grunhia baixinho atrás de você. Seus pelinhos já estavam todos eriçados, rebolava de propósito tentando encaixar no lugar certinho para te estimular também, mas sem sucesso. O moreno pressionou o corpo quente contra o seu, a cabeça no lugar perfeito para que ele fosse capaz de gemer no seu ouvido. Jeonghan jogava sujo demais às vezes.
"Amor, p-por favor...", a frustração já começava a nublar seus pensamentos. Sentia um nó na garganta se formando, não sabia se conseguia aguentar por mais tempo.
"Já mandei ficar quieta.", o tom era ríspido e isso te jogou da borda, sentia lágrimas quentinhas escorrendo pelo seu rosto. O soluço baixinho chamou a atenção de Jeonghan, que agora te encarava meio chocado. "Você tá chorando?", seu rosto queimou, era humilhante. Tentou se esconder, não estava a fim de suportar as provocações do moreno nesse momento. Jeonghan te impediu, deixando o seu rosto de lado — era o máximo que conseguia fazer naquela posição. Seu namorado precisou soltar um riso baixinho para tentar mascarar o fato de que quase gozou só de ver suas lágrimas, ele nem sabia que sentia algo por isso, acabara de descobrir. "Princesa, você 'tá mesmo chorando por pau?", você queria muito achar um lugar para se enfiar.
"Para, Hannie.", fez beicinho, mas que situação infernal. Não dava mais para segurar, sentiu Jeonghan afastar sua calcinha de lado.
"Vou dar o que a minha princesinha quer, tá bom?", esfregava a cabecinha vagarosamente. "Tá escorrendo tanto, amorzinho. O Hannie tava sendo malvado, não é?", falava todo dengosinho perto da sua orelha — havia mudado da água para o vinho, talvez você devesse chorar mais vezes. Você concordou com a cabeça, os olhos vermelhinhos se fechando assim que sentiu ele entrar. Os gemidos saíram em uníssono, estavam sensíveis demais com tanta provocação. Jeonghan já empurrava os quadris sem dó, tanto tempo sem te sentir fez o autocontrole evaporar. As suas pernas tremiam, sua entradinha contraindo com estímulo repentino. "Me apertando 'pra caralho, princesa.", a mão grande já descia para brincar no meio das suas pernas, você arfou.
"Devagar... eu não consi- ah!", o tapa no seu pontinho sensível fez seu corpo se contorcer.
"Você que pediu por isso, não foi putinha? Então vai ter que aguentar calada.", as estocadas ficaram ainda mais brutas, seu corpo balançava com o impacto. Sentiu o mesmo dedo que brincava com seu pontinho abrindo espaço para entrar em você, junto com o pau de Jeonghan. "Esse buraquinho aceita tudo que eu enfio nele, tá vendo? Bucetinha de puta é desse jeito.", as palavras cuspidas ao pé do seu ouvido faziam seu ventre apertar. "Vai gozar 'pra mim, amor? Hm? Goza logo que eu te encho com a minha porra, princesa.", suas pernas falharam, Jeonghan teve que te segurar com muita força para não te deixar cair enquanto você chegava ao limite. Tanta espera fez a sensação ser quase excruciante, você achou que não ia mais parar de gozar. Seu namorado também ficou fraco com a cena, sequer tentou segurar o líquido abundante que encheu seu interior. Isso dificilmente sairia da memória de vocês dois.
[...]
Jeonghan limpava o interior das suas pernas da melhor maneira que conseguia. Você o olhava com todo o amor do mundo preso dentro dos seu olhos, sentadinha em cima da pia. Alguns pensamentos sobre o seu Hannie cruzaram sua mente e você não conseguiu segurar o riso.
"O que foi, amor?", ele disse já rindo também, sem nem saber do que se tratava.
"Nada. Só tô pensando que algum dia você vai acabar me deixando maluca.", em resumo, era isso mesmo. Jeonghan tirava você do sério com uma facilidade absurda.
"Eu posso tentar... Mas você ainda vai continuar me amando do mesmo jeito.", olhou nos seus olhos transmitindo toda a sinceridade que conseguiu.
"Meloso demais, Hannie.", você fingiu uma expressão de nojo.
"É?", o homem segurou seu rosto entre as mãos te beijando com carinho, era devagar e cheio de sentimento. Vocês dois não conseguiram segurar os sorrisinhos que apareceram durante a troca.
"Eu amo muito você, princesa. Mesmo que eu acabe com a sua paciência quase todos o dias.", não afastou o rosto do seu. Sussurrando a confissão, como se fosse algo que só pertencia a vocês dois.
"Eu também amo você. E não mudaria nada no meu Hannie, mesmo que um dia eu acabe no CAPS.", a risada veio sem controle algum. Jeonghan te deu outro beijinho, assim que conseguiu parar de rir.
"Tá na hora de voltar, princesa.", te ajudava a arrumar o vestido.
"Não sei se tenho coragem. Com essa demora toda eles provavelmente vão suspeitar sobre o que a gente tava fazendo...", sentia seu rosto ardendo de vergonha.
"E você acha que o Soonyoung não tava ouvindo tudo que eu disse no seu ouvido? Aquele lá não sabe ficar quieto, garanto que todo mundo ficou sabendo assim que a gente se levantou."
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kyuala · 20 hours
Note
como seria ser esposa troféu do Enzo?? onde seu único trabalho é cuidar se si mesma e ser rica? 😍
AIIIII SONHO DE TODAS AS GIRLIES PQP 💅🏼✨ não revisei mto peço perdão 😝
não sei se isso condiz muito com a realidade mas nossa, pensando aqui num enzo que gosta de BANCAR. que tem ORGULHO de olhar pra mulher dele e vê-la vestida da cabeça aos pés nas roupas e acessórios da melhor qualidade que ELE deu pra ela, que adora enchê-la de presentes... 💭
ele é total a favor da sua independência financeira caso vc queira, agora caso não queira... vai trabalhar sempre tendo em mente vc 🫵🏼 juro, acho que ele sente até um senso de motivação a mais sabendo que ele tá trabalhando pra te dar a vida de mimos que vc merece. ele te dá acesso a todas as contas bancárias e todos os cartões dele (e ainda dá um especial pra vc, se possível personalizado ou black 😶‍🌫️), fala pra vc usar como e quando quiser e, apesar de às vezes olhar a fatura do banco, suspirar e falar "olha o estrago que vc tá fazendo na minha vida, nena", ele adora!!!! ver que vc tá usando como se fosse teu mesmo (até pq na cabeça dele tudo que é dele é teu, então é mesmo)
e mesmo sabendo que vc pode muito bem usar o dinheiro dele pra comprar o que vc quiser, ele ainda AMA de paixão te presentear. aniversários, datas comemorativas, até em dias que aparentemente não têm nada de especial ele chega com um mimo pra vc, seja aqueles buquês gigantes de rosas vermelhas (ele é fã desses), jóias caras ou roupas de grife (é defensor de que vc merece apenas do melhor) ou coisas menos caras mas mais focadas num valor sentimental, como um disco que contém a música de vcs, um quadro da sua paisagem favorita que viram na lua de mel e muitas vezes até se aventura com coisas diferentes, como a vez que ele te deu uma caixa de sabonetes artesanais que ele mesmo fez, todos com fragrâncias que o lembram de vc. ele é muito fã mesmo de presentes que vêm do coração tbm e ele presta atenção, viu? muita mesmo, em todos os seus detalhes. cada presente dele parece que ele deu uma lida completa na sua alma
e como ele não é bobo nem nada, às vezes ele gosta de receber um agradinho em troca também, né? quando vc compra alguma coisa que ele julga ser exorbitantemente cara ou quando vc gasta mais com os outros do que consigo mesma (tipo a vez que vc jurava que sua amiga tava precisando muito de ajuda e a ajuda foi tipo, gastaram mais de mil reais num restaurante pq ela tava triste e vc achava que ela precisava sair de casa). aí ele vai dar uma risadinha soprada pelo nariz, balançar a cabeça, falar que vc não tem jeito mesmo, né? é incorrigível, tá toda mimadinha já pela forma como ele te trata como rainha... talvez vc precise fazer por merecer um pouquinho agora, sabe? pq seu homem precisa de um agrado também... e vc obviamente mais do que concorda, já se ajoelhando no chão em frente a ele mal ele termina de dizer as palavras (mas é tudo leve e uma brincadeira acordada entre vcs gente pelo amor de deus jamais acho que ele faria isso tipo real ☠️ é só pelo conceito da fic)
também ADORA investir em vc em outras áreas e gosta de acompanhar os resultados e te incentivar. ele tá pagando um curso pra vc? nossa, vc é tão inteligente... que tal dar uma aulinha demonstrativa pra ele? ele comprou livro de receitas, aparelhos novos pra cozinha e te deixou livre pra gastar e pegar o que quiser no mercado? vai ficar todo caidinho de amores quando a primeira vez que vc tenta algo já transforma em um jantar romântico pros dois como forma de agradecimento a ele. ele te pagou uma viagem pra fazer sozinha pq confia muito em vc e acha que vc merece relaxar, mesmo que ele mesmo não consiga te acompanhar por causa do trabalho? te pede fotos, vídeos e atualizações a cada hora do dia pra ver seu sorriso e vc se divertindo. ele paga seu crossfit, seu yoga, seu pilates que vc faz bem madame de dia de semana às 3 da tarde? poxa, dá uma voltinha pra ele quando sair do banho pra ele ir acompanhando seu progresso também... 👁️👁️
agora se tem uma coisa que derrete o coração dele e o desarma de qualquer coisa na hora é quando vc usa o dinheiro dele pra mimar ele. ele fala e fala e fala que não precisa se preocupar com ele, tudo que ele quer ele já tem (lê-se: você) e o que mais ele precisar ele mesmo arruma, é um cara simples, não precisa de muita coisa. gosta de gastar com vc justamente pq recebe mais dinheiro do que consegue ele mesmo gastar. mas sempre que percebe que mesmo assim vc insiste em presenteá-lo regularmente, também presta atenção em todos os gostos dele e todos os comentários que ele faz sobre o que gostaria, mesmo que por cima, e depois aparece com algo personalizado e sob medida pra ele... mulher, ele fica com um sorriso bobo no rosto o resto da semana, coloca a mãozinha de lei no peito sinalizando o quanto ele tá tocado e, claro, te recompensa mais ainda da forma que vc desejar 😇
bônus: é fã número 1 de te levar em eventos importantes e red carpets e acredita fielmente que vc é a pessoa mais linda, gostosa, bem vestida, inteligente e interessante de todo o evento e vai falar pra todo mundo isso e vai te fazer se sentir bem assim mesmo. amamos enzo maridinho que é praticamente um sugar daddy 💘💝💖💗💓💞💕
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myifeveruniverse · 6 months
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Quando a gente se decepciona muito forte a forma como vemos o amor muda, crescemos acreditando que um dia viveremos amores semelhantes aos que vemos em livros ou filmes e criamos uma certa expectativa de que isso um dia aconteça, esperamos fielmente o grande dia em que vamos conhecer a nossa alma gêmea, mas isso realmente existe? Alma gêmea para a eternidade? Talvez tenhamos diversos amores e almas gêmeas durante uma vida, porque cada momento que vivemos é eterno, ele não volta. Cada segundo é único. Amores fictícios são mais fáceis de idealizar já que acompanhamos os pensamentos dos dois envolvidos na trama, sabemos o que eles pensam, sabemos que mesmo com desavenças, com drama, problemas e tudo dando errado em algum momento eles irão se encontrar, se entenderão, não importa qual seja o problema, eles vão superar e o final será feliz, eles continuarão juntos. Na vida real nossos amores vão embora, outros nos machucam, uns sequer nos amam de volta e não temos a principal chave que faz a engrenagem funcionar: não temos o controle do que o outro pensa, não sabemos de fato o que ele sente, tudo é incerto, não temos um narrador contando nossa história e pontuando acontecimentos, nossa memória é nosso marco zero, se a vida fosse um conto de fadas que nos garantisse um final feliz seria mais fácil, mas a realidade é que vivenciamos uma peça teatral sem roteiro escrito e com o final em aberto.
gabbs
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emmieedwards · 8 months
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Resenha: Gótico Mexicano, de Silvia Moreno-Garcia
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Livro: Gótico Mexicano Volume Único Autora: Silvia Moreno-Garcia Gênero: Romance Gótico, Terror, Mistério Ano de Publicação: 2020 Editora: Darkside Páginas: 320 Classificação: +18
Noemí Taboada é uma jovem da alta sociedade da Cidade do México que sabe o que quer. Animada e sempre procurando sua independência, seu comportamento muitas vezes é rotulado como imaturo e inconstante.
Mas ela não se importa. Ama a vida de bailes e flertes descompromissados, embora tudo isso esteja prestes a mudar.
Quando seu pai a avisa que sua prima, Catalina, que andou meio sumida após se casar com um inglês, enviou uma carta suspeita pedindo que Noemí fosse visitá-la pois andava se sentindo doente e vendo coisas, Noemí não encontra uma maneira de escapar do convite inusitado. Deixando sua vida agitada para trás, Noemí vai para High Place, uma grande e antiga mansão com um ar misterioso e um tanto decadente, apenas para encontrar sua prima com uma susposta tuberculose e o marido dela se recusando a procurar uma segunda opinião que não seja do médico na família. Noemí logo vai descobrir que a mansão não é a única coisa estranha em High Place, mas também toda a família que nela vive e, no momento em que ela começa a ter visões, pesadelos e a descobrir mais sobre o passado dos Doyle, Noemí percebe que talvez sair de High Place não será tão fácil como ela imaginou. "Gótico Mexicano" traz uma nova nuance para o gênero embora mantenha a parte mais comum dele: as mansões assombradas. Em High Place, a protagonista Noemí Taboada não vai apenas experienciar situações novas e assombrosa, mas também amadurecer de uma maneira que nem a própria personagem esperaria. O livro acabou sendo bem mais gráfico em suas descrições do que eu esperava e só posso dizer que isso deixou a leitura ainda mais instigante e assustadora. Numa trama intricada de assuntos como imortalidade e eugenia, Moreno-Garcia conseguiu colocar sua marca singular em assuntos que são discutidos há tanto tempo: o preconceito velado com argumentos de "superioridade" de uma raça sobre a outra e a ambição humana na busca da vida eterna. Com personagens profundos, personalidades e emoções bem desenvolvidas, a autora criou uma narrativa assustadoramente impecável, mostrando a dualidade dos seres humanos tanto para o bem quanto para o mal. A evolução de Noemí foi muito bem construída e ela se tornou uma das personagens que, embora eu queira esganar muitas das vezes, também virou uma favorita para exemplificar um protagonismo feminino forte. Quanto a versão "audiobook", a narração de Corzo deixou um pouco a desejar, embora não tenha sido ruim. O ritmo ficava um tanto robótico, às vezes, como um leitor automático, e em cenas mais tensas e dinâmicas foi um pouco difícil identificar de quem era cada fala, mas no geral deu para prosseguir sem problemas. Acho que não restam dúvidas, não é? A obra tem tudo para ficar na mente dos leitores por muito e muito tempo. E vocês? Já tinham ouvido falar do livro? Contem nos comentários.
NOTA: 🌟🌟🌟🌟✨ - 4.25/5
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ɑviso: livro de conteúdo explícito, nα̃o indicɑdo pɑrɑ menores de 18 ɑnos. contém gɑtilhos como: gore, putrefɑçα̃o, mençα̃o ɑ incesto, cɑnibɑlismo, ɑssédio, relɑcionɑmento ɑbusivo, entre outros...
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esponsal · 7 months
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“Eu era feliz, sobretudo quando, na cama e envolvido no cobertor, sozinho, no mais perfeito isolamento, sem ninguém ao meu redor nem um único som de voz humana, começava a reconstruir a vida à minha maneira.” — Fiódor Dostoiévski, no livro "O Adolescente".
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1dpreferencesbr · 2 months
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Imagine com Harry Styles
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sins and loves
n/a: Okay, isso aqui foi um surto que eu tive depois de ler toda a saga bridgerton de novo KKKKKKKK então é meio que um imagine de época. Eu nunca escrevi nada nesse estilo, então se tiver ficado ruim, deixa baixo KKKKKKKK
Situação: !Primeiro amor! Amor proibido! x Harry Styles x ! mocinha ! x leitora
Avisos: Romance proibido, conteúdo sexual explícito, agressão física e verbal, +18
Aviso de gatilhos: Existe uma cena nesse imagine de agressão, não é entre os personagens principais, mas, pode causar alguns gatilhos. Se esse assunto lhe causa algum desconforto, por favor, não leia. Tenho certeza de que existe algum imagine por aqui que vá lhe agradar! <3
Contagem de palavras: 3,578
Desejo. 
Foi esse o sentimento que meu corpo despertou no momento em que Harry Styles despontou na entrada da igreja. Apoiando a mãe enlutada com um braço, e a levando até seu lugar frequente. 
Faziam seis meses desde que o senhor Styles havia falecido, o que fez o filho voltar para a capital. Alguém precisava cuidar de sua mãe idosa, e gerenciar as terras do pai. Como único filho homem, este era o seu papel. 
Eu não lembrava muito de Styles antes de deixar a cidade. Ele foi estudar em uma escola para garotos muito jovem, e permaneceu lá para fazer faculdade. 
Quando seus olhos pararam sobre mim, meu coração deu um salto e a minha pele arrepiou por completo. Ele não podia ver meu rosto, coberto pelo véu, mas ainda assim me deu um sorriso. 
No final da missa, papai foi fazer seu papel de delegado, indo dar as boas vindas ao recém chegado, arrastando a mim e à mamãe. 
Os dois trocaram poucas palavras, alguns apertos de mãos e eu não conseguia parar de me sentir nervosa cada vez que ele sorria ou olhava em minha direção. 
Nossos encontros por acaso se tornaram frequentes. 
A cidade era minúscula, era impossível não conhecer a todos. Mais impossível ainda, não reconhecê-lo em seus ternos bem cortados e com a postura que exalava sensualidade e poder. 
Todas as moças solteiras faziam fila para dar-lhe pelo menos um boa tarde. E eu me sentia culpada cada vez que meu coração acelerava por ele. 
Eu era uma noiva. 
Meu casamento estava marcado desde o dia do meu nascimento. Eu não deveria ter meus pensamentos povoados por outro homem.
Mas como fazer isso? Quando ele era tão interessante, tão educado, tão estudado. Podia falar sobre qualquer assunto, dissertar sobre qualquer coisa. Matar todas as minhas curiosidades sobre tudo. 
Os homens da cidade não permitiam que as filhas estudassem mais do que o necessário. Saber escrever o próprio nome já era o suficiente. 
Mas eu queria mais. 
Queria ler cada um dos livros da biblioteca do meu pai, e todos os outros que encontrasse por aí. 
Queria viajar o mundo, aprender outras línguas. 
Mas isso nunca aconteceria. 
Precisava aceitar a vida que meu pai havia escolhido ao descobrir que não teve um filho homem para ser seu herdeiro.
Precisava casar, com o filho sem graça do banqueiro, parir um bando de crianças e me contentar com a vida de uma dona de casa. 
— Gostaria de um sorvete, senhorita Lee? — Foi a primeira frase que ele dirigiu diretamente para mim. Era sábado, verão, e estava quente demais, mesmo ao ar livre na praça. 
— Eu… — Gaguejei, sem saber direito o que dizer. 
— É apenas um sorvete. — Garantiu, com um sorriso gentil. 
O sorvete se estendeu em uma conversa de uma tarde inteira. Sentados em um banco da praça, falando sobre tudo. 
Styles sorria, contando suas histórias na capital, com uma riqueza de detalhes tão perfeita que eu quase podia me sentir lá. 
Quando a noite começou a chegar, como um bom cavalheiro, ele me acompanhou até a soleira da minha casa, deixando um beijo em minha mão, por cima da luva. Mesmo que não tivesse tocado, minha pele ficou marcada. Seu beijo ardia, causando arrepios e um calor que nunca havia sentido antes. 
De repente, minhas tardes de verão passaram a ser preenchidas pelos mais interessantes assuntos. Sorvetes, cafés, sucos, doces. Nada era o suficiente para manter o tempo que eu queria ficar ao seu lado. 
Parecíamos sempre arrumar uma desculpa para mais alguns minutos, para mais algum assunto. 
Em um dos nossos encontros, papai havia ficado a noite inteira na delegacia, e mamãe estava em uma reunião com as outras senhoras sobre a próxima procissão da igreja. 
Me deixei levar, ficando em sua companhia até depois do sol se pôr. 
Quando chegamos à soleira de casa, Styles deixou um beijo em minha mão, como sempre. Mas nossos olhos se encontraram por alguns segundos e ele não desfez nosso toque. 
Ele me puxou, fazendo com que meu corpo se chocasse contra o seu, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, nossos lábios se encontraram. 
Era como se o fogo tocasse minha pele, e ao mesmo tempo, meu estômago gelasse. Sua boca macia tinha gosto de hortelã, sua língua quente acariciava a minha com lentidão. Segurei os dois lados de seu paletó, precisando de algo que me desse estabilidade. Mas era impossível, com todas aquelas sensações. As mãos grandes que seguravam minha cintura com força, mantendo meu corpo cada vez mais colado ao seu. 
Quando partimos o beijo, ele sorria, enquanto eu sequer conseguia falar. Meu coração batia tão forte e eu estava tonta. 
Corri para dentro de casa. Me sentindo culpada. 
Culpada por estar tão eufórica, por estar sentindo tantas coisas novas. 
Foi quando começaram os beijos roubados. Como um casal de namorados, escondidos em todos os cantos, Harry tomava meus lábios aos seus, como se não pudesse mais ficar sem. 
E, por mais que eu tivesse plena consciência de que estava completamente apaixonada por aquele homem, a culpa ainda me consumia. 
Mason estava na capital, seu último ano da faculdade estava terminando e logo ele voltaria e eu passaria a ser uma mulher casada.
Com a chegada iminente do futuro, decidi que não colocaria amarrar ao meu amor de verão. Em uma noite, pedi a papai para dormir na casa de Lisa, minha prima que logo se casaria. 
— Vamos fazer uma noite de moças, papai. Com tratamentos de beleza para que ela esteja perfeita para o marido. — Pedi com o tom de voz baixo, como ele achava que as moças deveriam falar. 
— Volte antes do almoço. — Foi tudo que disse, antes de acender seu charuto. 
Lisa sabia sobre meu romance com Harry, e garantiu que confirmaria a minha história caso alguém questionasse. 
Tomei um banho longo, me perfumei como nunca antes e fiz o caminho até a casa dos Styles. 
Harry me esperava na varanda, com um sorriso lindo nos lábios. 
Ele me puxou para dentro, beijos em plena luz do dia eram arriscados demais. 
O combinado seria uma noite preenchida de beijos e conversas, assim como as nossas tardes. 
Mas eu queria mais. 
Não podia perder a oportunidade de entregar tudo que pudesse ao homem que já amava. 
— Tem certeza disso? — Perguntou quando entramos em passos cheios de tropeços em seu quarto. 
— Como nunca tive. — Confirmei, sem conseguir segurar o ar dentro de meus pulmões. 
Harry voltou a beijar meus lábios, beijos muito mais afoitos do que qualquer que já tivéssemos trocado antes. 
Suas mãos ágeis foram para o laço do meu vestido, fazendo o tecido escorregar entre por meus braços até encontrar o tapete.
A camisola de seda que usava por baixo havia sido comprada para minha noite de núpcias, para que eu me entregasse ao meu marido. 
— Você é tão linda. — Sussurrou, respirando com tanta dificuldade quanto eu. 
Styles se ajoelhou na minha frente, desafivelado meus sapatos bem lustrados e retirando-os com todo o cuidado. Erguendo os olhos em minha direção, ele levou as mãos até atrás dos meus joelhos, abaixando minhas meias. Seus dedos roçavam de leve em minha pele, espalhando calafrios por todo o lado.
Ele voltou a se erguer, me olhando com atenção. Ergui as mãos trêmulas, empurrando o paletó bege para fora de seu corpo, até que ele também encontrasse o chão. Arrastei o suspensório por cima da camisa branca, fazendo com que ficasse pendurado na calça social. 
Harry passou a língua pelos lábios, estudava cada um dos meus movimentos, e eu podia ver como seus músculos tencionavam por baixo da roupa. 
Tirei os botões das casas, com os olhos fixos aos seus. Meu corpo inteiro tremia. Nunca havia tocado em ninguém com tanta intimidade, e mesmo assim, meu corpo parecia saber o caminho exato que precisava seguir. 
A camisa foi ao chão, deixando a regata branca por baixo, revelando os braços musculosos. Toquei sua pele com a ponta dos dedos, vendo como ela se arrepiava e os músculos endureciam ainda mais sob meu toque.
Harry arfou, como se minhas mãos em si fossem brasa. Ele segurou minha cintura, me erguendo com facilidade nos braços e me colocando com cuidado sobre a cama macia. Seu corpo esguio deitou ao meu lado e logo seus lábios capturaram os meus em um beijo lento. 
Com as mãos sem luvas, pela primeira vez, toquei os cabelos bem cortados de sua nuca.
Partindo o beijo, mas sem se afastar, ele levou uma das mãos até o centro do meu corpo, ainda por cima da camisola. Arregalei os olhos, nervosa. 
— Já se tocou aqui, boneca? — O apelido que me fez rir como boba agora soava pecaminoso em seus lábios vermelhos. Neguei com a cabeça. Moças de família não deveriam tocar suas partes, era pecado. Os dedos longos fizeram pressão em um ponto que eu sequer conhecia, mas que fez meu corpo sofrer um solavanco e um gemido escapar da minha boca. 
Puxei a camiseta para fora de suas calças, precisava tocar sua pele. Harry me ajudou a se livrar de mais essa peça. O corpo parecia desenhado. O peito forte, a barriga reta com leves ondulações de seus músculos. Passei meus dedos ali, vendo-o fechar os olhos com força. 
— Posso? — Perguntou baixinho, segurando o laço da camisola. Assenti, sentindo meu coração querer explodir dentro do peito. 
A cena se passou lentamente.
Os olhos verdes encaram meu corpo como se fosse a mais rara das joias. 
Estava nua, na frente de um homem pela primeira vez. 
Estava pecando. 
Mas, Deus me perdoasse por isso, o pecado com ele era bom. 
Harry deixou beijos em meu pescoço, descendo para meu peito, sugando um dos mamilos em sua boca quente. Outra sensação desconhecida me atingiu. Precisei fechar minha boca com força, para não deixar nenhum som fugir. 
Ele foi descendo ainda mais os beijos, passando pela minha barriga, até chegar em minhas pernas. 
Com cuidado, deslizou as cintas-ligas brancas que antes prendiam minhas meias. Depositou selares em minhas coxas, se abaixando cada vez mais, até deixar um beijo em meu centro. Coloquei a mão sobre a boca, pequenos choques percorriam meu corpo. E assim como ele costumava beijar minha boca, com a língua afoita, ele me beijava lá embaixo. 
— Não se segure, boneca. — Pediu ainda contra mim quando notou que eu começava a engasgar com meus próprios gemidos. Ele me lambia como um sorvete, parecia se deliciar, revirando os olhos  e voltando a boca para minha pele. 
Eu não sabia o que fazer com todas aquelas sensações. Parecia que iria explodir em uma nuvem de fumaça a qualquer momento. 
E então, uma onda forte varreu cada pensamento. Uma corrente elétrica tão forte, que fez meu corpo inteiro sofrer espasmos. 
Eu queria chorar, queria sorrir, queria rir. Tudo ao mesmo tempo. Mas só conseguia sentir. 
Harry se ergueu, caminhando até a ponta da cama. Com os olhos cravados aos meus, abriu o botão da calça, deixando-a escorregar por suas pernas torneadas. 
Arregalei meus olhos, mais uma vez. Seu íntimo me encarava de frente.
Nunca havia visto aquela parte do homem, apenas nos livros de ciências que havia sorrateiramente roubado da biblioteca de papai. 
Me aproximei, engatinhando pela cama enquanto ele me encarava com paciência. 
— Você pode me tocar se quiser, boneca. — Falou com a voz rouca, segurando meu pulso e aproximando minha mãos de si, mas não encostando. 
Toquei a ponta dos dedos na cabeça avermelhada, vendo-o soltar um suspirar do fundo do peito. Molhei a boca com a ponta da língua. Queria fazê-lo sentir-se bem, como ele havia feito comigo. Mesmo que não soubesse o que fazer.
— Você não precisa fazer isso. — Avisou, quando viu meu rosto se aproximar. 
— Eu quero. — Confessei. 
Styles respirou fundo, e eu voltei a me aproximar. Um gemido estrangulado fugiu quando passei a língua em sua carne endurecida. O gosto era diferente de tudo que já havia provado. Salgado e adocicado ao mesmo tempo. 
Abri a boca, sugando a ponta. Harry pareceu vacilar, jogando a cabeça para trás. Os músculos de sua barriga endureceram ainda mais, uma veia saltava em sua pelve. 
Achando que estava fazendo o certo, fiz novamente, arrancando mais um gemido. Minha saliva se acumulava, molhando sua pele e transformando os movimentos mais fluídos. 
— Perfeita. — Sussurrou com a voz arrastada. Afastando meu rosto. O encarei, nervosa por talvez ter feito algo errado. — Se continuar assim, vou me derramar antes da hora, meu amor. 
Com cuidado, como se eu fosse quebrar, ele deitou meu corpo novamente na cama, colocando seu corpo sobre o meu. 
Meu corpo endureceu, e um nó se formou em minha garganta. Já havia ouvido falar sobre aquela parte. Minhas amigas que já haviam se casado falavam como era horrível, como sempre doía e tudo que elas faziam era esperar que o marido se aliviasse e terminasse logo. 
— Não, não. — Sussurrou, espalhando beijos por todo meu rosto. — Eu quero que se sinta bem, podemos parar agora se quiser. — Tentou se afastar, mas eu segurei seus ombros com as mãos e a cintura com as pernas. 
— Me beija. — Pedi.
Harry baixou o rosto, tocando meus lábios com ternura em um primeiro momento, e então abrindo a boca para que sua língua levasse todas as minhas inseguranças. 
Meu corpo relaxou entre seus braços. As mãos grandes seguravam minha cintura, deixando carinhos em minha pele arrepiada. 
— Você tem certeza? — Sussurrou, a testa colada à minha e os olhos fechados. 
— Absoluta, meu amor. — Ele sorriu, deixando mais um beijo lânguido em meus lábios. 
Olhando fixamente um nos olhos do outro, era como se o mundo tivesse parado de girar, o tempo congelado para nós dois. Minha boca se abriu quando o senti me preencher. Harry estudava cada uma das minhas expressões com preocupação. 
Mas não doía como haviam me contado. Ou talvez, para elas, faltasse algo. Algo que preenchia todo aquele quarto.
Amor.
Nossos sorrisos se encontravam, misturados a beijos desajeitados, suspiros e lamúrias. 
Nossos movimentos eram lentos e ritmados, encaixados perfeitamente. Sussurros de amor e promessas preenchiam os meus ouvidos. 
Mais uma vez, senti uma pontada abaixo do umbigo. Um aviso silencioso de que aquela onda chegava, ainda mais forte, pronta para arrancar a minha sanidade e entregar a minha alma nas mãos daquele homem. 
Harry escondeu o rosto em meu pescoço, gemendo e beijando minha pele suada. Apertei a pele de suas costas, sentindo meu interior aquecer ainda mais quando ele começou a ter espasmos dentro de mim. Nossos corpos confessaram que a boca não tinha coragem até aquele momento.
Styles ergueu o rosto, a respiração irregular, o cabelo grudado no suor da testa. Ele tocou meu nariz com o seu e deixou um selar demorado em meus lábios.
— Eu te amo. — Dissemos juntos, em sussurros quase sem som. E sorrimos. Meu coração batia feliz como nunca antes. 
Dormi em seu abraço, sentindo seu cheiro. Segura no calor de seu corpo.  
Amada. 
Mas toda a nuvem de felicidade se desfez quando cheguei em casa, e dei de cara com Mason, sentado no sofá da sala com meu pai, desfrutando de um cálice de vinho.
Quase não consegui comer no almoço. Meu estômago se revirava e meus olhos ardiam com a vontade de chorar.
Eu não podia casar. Não agora que conhecia o amor. 
— Papai? — Chamei, entrando no escritório, após o jantar. O homem grisalho ergueu os olhos e fez um movimento com os dedos, permitindo a minha entrada. — Eu queria conversar com o senhor. 
— Sobre? 
— O casamento. — Papai me encarou, tragando o charuto longamente. — Não posso fazer iso, papai. 
— Não diga, bobagens, S\N. — Esbravejou. — O casamento está marcado para o final do verão. 
— Papai, eu não o amo! — Implorei, as lágrimas já molhando meu rosto. 
— Ah, por favor! — Se ergueu de sua cadeira, caminhando em passos lentos. — Amor, S\N? — Debochou. — Vai me dizer que ama o filho dos Styles, não é? — Arregalei meus olhos, apavorada. E meu pai soltou uma risada cheia de desdém. — Aquele homem não pode te dar um futuro, S\N. Você vai se casar com Mason, e assunto encerrado. 
— Papai, por favor. — Pedi mais uma vez, rezando que seu coração amolecesse. 
— Chega! — Gritou. — Você é uma ingrata! Eu te dei uma vida de rainha, e você vai me obedecer, entendeu? 
— Não! — Falei alto, assustando a mim mesma. Nunca havia respondido a papai. 
Minha bochecha queimou quando um tapa estalado foi desferido. Meu coração afundou dentro do peito. Caí no chão, sem conseguir me equilibrar. Ergui os olhos lotados de lágrimas, vendo papai desafivelar o cinto e puxar para fora da calça. 
Ele juntou as duas pontas em uma mão, e eu implorei em vão. 
O impacto do couro contra a minha pele era alto, assim como os meus gritos. Ele não se importava de onde batia. O meu choro estrangulado não o comovia. 
O escritório foi invadido por mamãe e Moira, a senhora que por toda a minha vida trabalhou em nossa casa. Elas choravam e gritavam, mas não interviam. 
Sentia o sangue escorrer pelos meus lábios, onde o cinto também havia batido. Depois de cansar, sabe-se lá depois de quantas vezes me bateu, papai segurou meu braço, me arrastando pela casa e me trancando em meu quarto. 
— Você é minha filha e vai me obedecer, S\N! — Berrou. — Vou adiantar o casamento.
— Não! — Implorei, encostada na porta. — Papai, por favor. — Solucei. Mas ele não estava mais do outro lado. 
O espelho em meu banheiro mostrava uma imagem minha destruída. O sangue escorrido pelo queixo, a marca roxa ao lado da boca, os dedos marcados de meu pai na minha bochecha, as marcas do cinto por meus braços. 
Na noite anterior, meu corpo havia sido marcado pelo amor e hoje era marcado pela dor. 
Esperei até não ouvir nenhum barulho pela casa, pela janela vi quando papai saiu para o plantão e coloquei algumas roupas em uma mala pequena. 
Era um ato de coragem, o segundo que fazia por mim mesma. 
Pulei a janela no meio da madrugada e corri. 
Bati na porta de mogno de forma incessante. Harry a abriu com a roupa amarrotada e coçando os olhos, ele estava dormindo antes. Mas assim que seus olhos pousaram sobre mim, o horror tomou sua face. 
— O que aconteceu? — Perguntou me deixando entrar. Suas mãos tomaram meu rosto com cuidado, os olhos enchendo de água ao passarem pelos meus ferimentos. — Quem fez isso com você, meu amor? 
— Meu pai. — Sussurrei. — Ele sabe sobre nós. 
— Oh, meu Deus. — Murmurou. 
— Eu não posso me casar, Harry. Não vou casar com Mason.
— Você disse isso ao delegado? Por isso ele fez essa barbárie com você? — Assenti. Ele passou os dedos pelo cabelo bagunçado, respirando pesadamente. — S\N… — Meu coração afundou no peito. Aquele tom de voz, era como se meu nome soasse como uma desculpa. 
— Você não me quer. — Sussurrei. Minha boca tremia, a mágoa começando a me comer viva. 
— Eu não disse isso. — Me encarou. — Eu amo você. 
— Então por que parece que vai tentar me convencer a casar com outro homem?
— Que vida eu posso dar á você? — Sussurrou, os ombros caídos. O homem à minha frente parecia derrotado, nada comparado àquele que chegou na cidade, esbanjando autoconfiança. — Eu não sou ninguém! Tenho apenas algumas posses e… ele é filho do banqueiro, S\N! Poderia te dar uma vida de rainha. — Falava baixo, as lágrimas começando a banhar seu rosto lindo, tomado pela mágoa. 
— Eu não quero uma vida de rainha, quero você! — Falei segura. 
— Seu pai não vai aceitar nunca, amor. 
— Então vamos embora. — Ele me encarou surpreso, as sobrancelhas se erguendo. — Vamos fugir, ir para bem longe, só nós dois. 
— Você tem certeza? 
— Toda do mundo. — Garanti. 
Os olhos de Harry estudaram meu rosto, e então, seus lábios tocaram os meus com cuidado. Um beijo dolorido. Salgado pelas lágrimas. 
Eu não sabia se era um beijo de promessa ou de despedida, e meu coração implorava por uma resposta. 
— Eu tenho alguns conhecidos na capital, podem me conseguir um emprego. — Murmurou. 
Lágrimas de alívio e felicidade escorrem pelo meu rosto. 
Beijei sua boca, todo o seu rosto. Ignorando a dor que meu corpo sentia, me joguei em seus braços, apertando o meu amor contra mim.
— Eu tenho algum dinheiro guardado, não é muito. — Começou. — Partimos no primeiro trem. 
Não dormimos a noite toda. Arrumamos as malas com seus ternos e outros pertences. Trocando beijos e juras de amor sempre que podíamos. 
Harry acordou a mãe antes do amanhecer, explicando a situação e prometendo mandar buscá-la assim que conseguisse um emprego. 
A idosa abraçou a nós dois, com lágrimas nos olhos, desejando que chegássemos seguros ao nosso destino.
Saímos pelas ruas desertas junto dos primeiros raios de sol. 
Meu coração batia forte e as minhas mãos suavam por baixo das luvas enquanto as pessoas começavam a embarcar no trem barulhento. Harry passou um braço em minha cintura, selando meus lábios em uma promessa silenciosa de felicidade. 
Sentamos em nossos lugares e eu não conseguia segurar o sorriso enorme em meus lábios. Quando a locomotiva começou a se mover,  ouvi meu nome ser chamado da estação. 
Coloquei a cabeça para fora. 
Papai corria atrás do trem, furioso, segurando o chapéu em suas mãos e acompanhado por Mason, tão esbaforido quanto ele pela corrida. 
Sorri, e acenei para o meu passado. Me despedindo uma última vez antes de me aconchegar ao meu amor. 
Nosso futuro seria lindo, recheado de amor. 
Eu sabia disso. 
Tinha plena certeza, cada vez que seus lábios doces tocavam os meus e ele confessava seu amor em meu ouvido. 
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marrziy · 3 months
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Lucifer Morningstar x Male Reader
"Afago ao rei deprimido"
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•Série: Hazbin Hotel
•Gênero: romance/sad
•Sinopse: Uma vez por semana você comparece à morada do orgulhoso chefão do inferno para exercer sua função de alma acorrentada. Você é o servo das sextas-feiras e o único com acesso aos aposentos pessoais dos Morningstars. Em um desses dias de faxina, você acaba sendo vítima da fragilidade de Lucifer.
•Palavras: 1.6k
3° pessoa - presente
Falar pra vocês que fiquei mais de 1h tentando decidir se escrevia Lúcifer com ou sem assento (pelo nome original do personagem ser sem, deixei o "u" carequinha mesmo, mas é bem capaz de eu surtar depois de postar e editar tudo 🤐)
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Diante do último cômodo a ser limpo, você contrai as pálpebras e suspira audivelmente, hesitando antes de bater com os nós dos dedos na madeira. Longos segundos depois, a voz de Lucifer ecoa através da porta.
Você tem que decifrar as palavras do rei, que se embolam e soam abafadas. Você presume que ele está com o rosto afundado no travesseiro, daí os grunhidos sem sentido.
Por garantia, você se apresenta — Sou eu, senhor… M/n. Posso entrar? – já é noite, você passou o dia todo tirando poeira dos móveis intocados, concretizando mais um dia sendo refém de um acordo que você sequer fez. Todo o seu autocontrole é usado naquele instante para manter a voz pacífica. — Só falta o seu quarto para que eu finalmente possa ir embora.
Mas as palavras… essas você não controla.
Você não sabe, mas sua sinceridade é a principal razão pela qual Lucifer te mantém por perto e te dá acesso ao ninho onde ele se afoga em melancolia.
Assim como ele também não sabe que o seu motivo para ser tão sincero é a falta de necessidade que você tem de acariciar o ego dele e o prazer que você sente em não fazer isso.
A tranca gira e lá está ele, abatido, sorrindo fraco para você. — Porra… já se passou uma semana? Eu nem percebi. Pra mim você tinha vindo aqui ontem. – um riso soprado escapa de Lucifer.
O riso mais infeliz que você já ouviu.
— Não vou demorar. – sua resposta é simples e sua face neutra. Quando o dono da porra toda te dá espaço, você entra arrastando um aspirador à esquerda e carregando um espanador à direita, dentro de um cesto embaixo do braço, que você usará para levar a roupa suja até a lavanderia.
— Sem pressa. – Lucifer volta para a cama e se senta na beira do colchão, com os joelhos separados e os cotovelos repousando nas coxas, encarando o chão enquanto apoia o queixo nas mãos. Ele aparenta estar aguardando sua deixa, mas na verdade, está desfrutando da sua companhia.
— Eu tô com pressa.
— Eu ordeno que não esteja.
Você bufa, odiando como sua frieza não surte efeito nele.
A melhor opção para você, dadas as circunstâncias e seus objetivos, é investir no silêncio, anormalmente fácil de manter.
Seu foco principal é a enorme estante de livros, que se estende por toda a parede extensa daquele quarto exageradamente grande.
Entretanto, sua concentração ao retirar os livros das prateleiras é completamente desviada por um olhar penetrante. Lucifer encara fixamente as suas costas, implorando por uma brecha, clamando por sua atenção. — O que foi? – você gira os calcanhares para encará-lo, incapaz de executar suas funções com o diabo te fitando com tanto afinco.
— Eu sou um bom pai? – Lucifer, que costuma ser tão barulhento, sussurra com embargo na voz. A dúvida, que o consumia mais a cada amanhecer infernal, nunca foi expressa em voz alta, e quando finalmente falada, fez subir toda a amargura pela garganta. — Você sabe de boa parte das coisas que rolaram por aqui. Eu sou um puta boca aberta e… de acordo com as coisas que eu te contei e as que você presenciou… – Lucifer impede as lágrimas de rolarem ao esfregar o antebraço nos olhos marejados. Ele desvia o olhar, tentando disfarçar o próprio estado. — Você diria que fui um bom pai para a Charlie?
Talvez você devesse ser mau.
Ter nascido no inferno não é um castigo, é uma péssima circunstância. Você não está pagando por pecado algum, apenas teve o azar de conhecer esse mundo após uma decadente dona de terras se apaixonar por um fracassado e dar sem proteção. O tão almejado demônio dos sonhos não era angelical o suficiente e não assumiu a prole. Sua mãe, carregando você dentro de si, dormia nas ruas, às vezes tão fora de si que ocupava espaço nas calçadas. Lucifer tropeçou nela em um dia qualquer, ele literalmente tropeçou no corpo faminto da sua mãe no chão e, como quem não quer nada, ofereceu moradia e trabalho.
Mas o diabo faz acordos, não caridade. Ele queria, além da alma dela, a sua.
Quando sua mãe morresse, você seria dele, e quando aconteceu, tudo mudou. Você naturalmente se sentiu revoltado, pois não pediu nada daquilo, e fazia questão de deixar claro o quanto estava cagando para o título do ser que tinha posse sobre você, mas ainda assim, o obedecia, afinal, você é dele… Ao atingir a maioridade, a liberdade nunca esteve tão distante.
Sua acidez e palavras afiadas, no fim, só fizeram Lucifer expressar mais domínio sobre você, exigindo sua companhia com mais frequência, tanto que após Lilith sumir e Charlie seguir os próprios sonhos, momento em que a maioria dos funcionários foram mandados embora e a presença dos empregados passou a ser semanal, inclusive a sua, ainda lhe é dada exclusividade.
Você é o único que quase viu Lucifer chorar.
— Quando Lilith estava aqui, diria que você era o melhor pai do mundo. – um mínimo sorriso nostálgico estica os lábios de Lucifer. Suas palavras despertam um calor doloroso no peito do governante. — Mas agora, você está tão ausente. Me arrisco a dizer, senhor, que você não conhece a sua filha além da versão dela de sete anos.
Você esperava vê-lo emputecido, com chifres e olhos vermelhos. No entanto, a figura poderosa deita no macio da cama, encolhendo-se nas cobertas.
Você não tem dever afetivo algum com ele e quer se sentir feliz com seu desamparo.
Mas apenas sente pena.
— Eu não culparia você, pelo menos não totalmente, assim como também não julgaria a sua filha caso ela cortasse laços. – por fim, você se volta às prateleiras novamente. — De qualquer forma, foda-se o que eu penso. Eu não sou ninguém, minhas palavras não devem ter valor pra você.
Você não sente mais os mirantes de Lucifer queimando sua forma e segue com a que veio. Ainda assim, com a mente avoada, distante do que está fazendo, presa na interação recente, remoendo, principalmente, sua reação a tudo isso.
Por que você não está contente com a desgraça de quem faz da sua vida um mero adereço?
E por que isso tem que ser uma questão? Por que é tão difícil de ignorar?
— Deita comigo. – a voz de Lucifer, rouca e mansa, chicoteia seus ouvidos.
Confuso, você franze as sobrancelhas. — o quê? – sua surpresa é tão acentuada que quase te leva a rir. Um sorriso incrédulo enfeita seu rosto no tempo em que você encara o nada, sem coragem para se virar e enfrentar o diabo.
De costas, você é mais valente.
— Falei pra vir deitar comigo. – Lucifer repete com a mesma calmaria e firmeza. — Juro que não vou fazer nada, só quero alguém aqui comigo… quero você aqui. – ele aperta o edredom no espaço vazio ao lado, como se o fato de estar vazio e ter apenas a roupa de cama para segurar fosse o problema.
Ouvindo pela primeira vez, você sentiu raiva, mas na segunda, suas bochechas esquentaram. — Não! – na sua cabeça, soou decidido, mas veio frágil e incerto.
Sua alma é dele e você ousa nergar-lhe?
— Perdão… eu dei a entender que estou pedindo? – o tom de Lucifer, apesar de gentil, gela a espinha. — Estou mandando, M/n.
Você não quer vê-lo estressado. Ele nunca perdeu a linha contigo ao ponto de gritar com fogo nas ventas ou avermelhar o olhar, mas você já presenciou essa versão do supremo orgulhoso e estremece ao se imaginar sendo alvo do fogo de Lucifer.
— Tá. – seu bufar não é discreto, denuncia a sua frustração com êxito.
Ao se redirecionar, você quase desmonta com a visão e se pergunta por que o teme.
Lucifer, aninhado entre os lençóis de seda vermelha, olha para você com as esferas brilhantes, mordendo o lábio inferior em anseio, quase explodindo ao ver você se aproximar dele na enorme cama. O majestoso bate freneticamente com a palma da mão no lugar vazio, te convidando a se apressar para ocupar o espaço ao seu lado.
— Você é tão bobo. – é o que você diz enquanto deita, tentando impedir uma risada de escapar, e até consegue, mas o preço é um sorriso largo, tão sincero que você não segura.
— E ainda mando e desmando nessa birosca todinha! – Lucifer aponta para si mesmo, exibindo os dentes com um sorriso orgulhoso.
— Continua sendo bobo. – você quase ronrona enquanto se aconchega no colchão bizarramente confortável, mas fica imóvel e cora quando seu olhar cruza com o de Lucifer. Você poderia só presumir que ele é um poderoso excêntrico e ficar na sua, mas as sobrancelhas caídas dele, que transformam o sorriso vibrante em um sorriso abatido, te induzem a perguntar. — Por que cê tá me encarando assim?
— Nada demais… só tô acostumado a deitar aqui, olhar para o lado e não ver ninguém… – Lucifer entrelaça os dedos com os seus, unindo suas palmas e as repousando no travesseiro. — Mas agora tem você.
Quando você entende o que está acontecendo, o coração bate pesado. — Eu… eu não sou ela.
— Eu sei. Lilith não está mais aqui… – uma lágrima, única e solitária, trilha caminho na bochecha pálida de Lucifer, encerrando sua jornada na maçã vermelha. — Eu tô cansado de ser forte… – a mão trêmula dele sobe pelo seu corpo e para na sua cintura, fazendo pressão na curvatura.
Ele teme que você suma.
Você retribui o sorriso que Lucifer insiste em manter, e quando ele te abraça com força e entrelaça as pernas nas suas, você aceita e o conforta, estando ali, pela primeira vez, como alguém, e não como algo.
— Por favor… – Lucifer soluça, encharcando sua camiseta. — Me permita ser fraco… só hoje! Me deixe ser vulnerável…
Você não sabe para quem ele implora.
Mas você está lá.
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lunadiluana · 5 months
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Águas da Alma
Umas vezes à ligeira superficie, Outras nas densas profundezas. Umas vezes na confusa rebentação, Outras na rasa tranquilidade. Umas vezes em calmo embalo, Outras na repentina tempestade. Não é um percurso simples, Muito menos de único sentido E sempre sujeito a bamboleantes sentimentos. Se as nossas almas Fossem mesmo oceanos... Quantos se atreveriam A chegar ao leito da nossa existência? Trecho do livro Quem somos quando ninguém nos vê?" de @ruben-marques9
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