Tumgik
#( ficou ruim. só que precisava responder essa )
archive-chuysean · 2 years
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[ DRIVE  IN ]:   sender  and  receiver  have  sex  in  the  car  at  the  drive  in  while  a  scary  movie  plays. (yves haha foi mal q)
TW: “SMUT” / PEGAÇÃO / MUITOS AMASSOS.
ooc. sua conta em risco ler o que vai ter aqui, viu.
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Drive in parecia coisa de non-maj, mas pelo halloween, Arthurian ganhava um especial com sessões de filmes conhecidos dos moradores da reino ao lado; podia até aplaudir o feito, finalmente os cabelos lambido estavam fazendo algo útil e que agradasse a todos, não apenas um lado. Pretendia ir sozinho, mas lembrou que não tinha um carro e acabou grudando em Yves, porque além de ser uma boa companhia, o La Bouff tinha um. Interesseiro? Totalmente e não pelo automóvel em si.
O começo do filme foi normal, não tinha se atentado ao nome e quando tentou, a mão do mais velho em sua coxa o fez esquecer de seu objetivo. — Yves, Yves. — Segurou o braço alheio, pressionando a região apesar dos dedos ainda subindo por sua coxa até o cós de sua calça. — O filme... A gente não devia estar assistindo? — A voz ia sumindo aos poucos, principalmente com a aproximação; Yves era o tipo do Soul porque ele sabia o provocar e o deixar a beira de esquecer o próprio nome, quando estavam juntos acabava de tal forma. Balançou a cabeça com a resposta negativa quanto o que passava na tela, se ele não estava se importando, não tinha motivos para que Rhys o fizesse.
Sempre começavam com beijos leves e que iam evoluindo, tornando-se intensos a medida que a química que existia entre os dois garotos surgia; os braços eram arranhados, os fios puxados,  e claro, suspiros que preenchiam o veículo, este que tornava-se pequeno para tantas sensações. O banco do mais velho foi colocado para trás e foi a deixa perfeita para o mais jovem passar para lá, posicionando-se sobre as coxas cobertas e voltando a juntar os lábios com urgência, porque o moreno sempre ficava daquela forma em tais momentos, desejando uma agilidade que podia ser considerada impossível. — Eu odeio tanto quando você consegue me deixar assim. — Segredou entre um selar e outro, as mãos deslizando pelos ombros largos até a barra da camisa alheia, infiltrando suas mãos ali com carícias e arranhões, buscando o marcar nos locais estratégicos. 
O que importava ali era aproveitarem, então as roupas caindo em qualquer canto daquele carro era a última das preocupações, principalmente para Dean, porque naquele momento, só desejava findar seu desejo; passou o restante da adolescência controlando seus desejos para não tornar-se impossível, mais do que era, só que tudo era ignorado na presença de alguém que compartilhava dos mesmos anseios. A lista era minúscula, contendo Yves e outra pessoa, por isso, aproveitava tanto quando tinham a oportunidade, não precisava envolver sentimentos tão intensos, apenas algo que lhe agradasse. 
Não se esforçaria em outras situações, por exemplo, trabalhando no bordel da família, mas com aquele ali era diferente, porque era o lance deles desde o começo. O quadril movimentava-se com agilidade, as coxas sendo o próprio apoio enquanto os lábios percorriam o pescoço perfumado, deixando selares e chupões fracos, não sentia a necessidade de deixar marcas fortes para comprovar qualquer coisa, assim como agradecia por Yves nunca fazer aquilo com tanta força, tudo sumia rapidamente. Os fios escuros colavam na testa, mesmo com a cabeça tombada para trás devido ao som que escapava por seus lábios, sentia o cansaço lhe tomar, mas isso não era motivo para parar por ali, não até estar satisfeito de verdade.
Não existia rapidez em chegarem ao ápice, não quando nem era a primeira vez, mas dando-se por satisfeito, foi ágil em recuperar, minimamente, o folego e sair do colo deste para voltar ao banco do passageiro e esparramando o corpo ali, porque ainda estava levemente fraco. — Ótimo. — Resmungou no alto do sarcasmo ao olhar para a tela e notar os créditos subindo, tinham perdido o filme inteiro enquanto a soundtrack do momento veio em meio aos gritos dos personagens do longa, acabou rindo baixo por tal pensamento. — Da próxima, a gente vai assistir o filme, tá escutando? E não esqueça de livrar-se das camisinhas, esse trabalho é seu, ao menos.
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euisabel4 · 8 months
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Hello, again
Mais uma vez resolvi aparecer aqui, depois de mil anos, rs.
Bom, dessa vez venho contar uma novidade. Na verdade não é nada demais (ou é, sei lá). Amanhã termino meu curso de comissário de bordo. Sim, aquele que eu interrompi pra ir mergulhar em uma das maiores loucuras da minha vida, trabalhar em um navio de cruzeiro. Aliás, nem sei se cheguei a contar isso aqui. Acho que não, né? Bom, enfim, pois é. Faltando um mês mais ou menos pra terminar aquele curso interminável, eu resolvi pegar um vôo de 8 horas e ir ser escravizada em outro lado do país (risos de nervoso). É, foi bom mas foi ruim. Assinei um contrato de 7 meses mas só aguentei ficar lá por 3. Nunca trabalhei tanto na minha vida, de segunda a segunda, 12 horas por dia. Mas o duro não foi nem isso, o que me deixou surtada foram as humilhações e assédios de alguns lixos que encontrei por lá. Tirando isso, valeu pela experiência. Pelo menos voltei muito mais forte e pronta pra lidar com qualquer coisa. Voltei pra casa com uma grana legal no bolso e muitas histórias pra contar (felizmente nem todas foram ruins), viajei pro Rio com a família, depois fui pra Campos do Jordão e São Paulo com uma amiga que fiz a bordo, e depois de alguns meses em casa, um belo dia saí e fui entregar meu currículo em alguns hotéis da cidade (propositalmente, já que o objetivo é continuar trabalhando com hospitalidade pra ganhar mais experiência no currículo). No dia seguinte, o gerente de um dos hoteís me mandou mensagem marcando uma entrevista. Fui lá e arrasei, contei da minha experiência no navio, que inclusive vi que ele adorou, e no dia seguinte recebi a notícia de que estava contratada. Se não me engano isso foi em Junho, hoje estamos no final de setembro. Posso dizer que esse trabalho no hotel tem me feito MUITO bem, meu gerente é um ser humano incrível, trabalho com pessoas que se ajudam e tô aprendendo MUITO a trabalhar com público, o que é meu objetivo profissional, já que daqui um tempo vou estar participando de processos seletivos das cias aéreas. Na verdade eu sinto que todo o caminho que eu tenho percorrido até aqui, desde quando eu cravei no meu peito que eu iria ser Comissária de Bordo, tem sido o caminho exato que eu deveria percorrer. Como se tivesse sido escrito por Deus, pelo Universo. É até engraçado quando eu penso nisso. Quando eu estava em SP com a minha amiga Noelly que conheci no navio, fomos em um bar (esses bares temáticos de época medieval), e lá tinha uma moça que fazia leitura de Jogo de Runas, ela se ofereceu pra responder 3 perguntas. De primeira já perguntei pra ela se ela me via sendo comissária de bordo, e ela disse que sim, que me via bastante focada nesse objetivo. Na segunda pergunta, perguntei pra ela se esse sonho iria demorar pra se realizar, tipo uns 10 anos, ou se iria acontecer em um prazo mais curso, tipo em uns 2 anos. De novo, ela jogou as pedras e respondeu que via isso acontecendo em um curto prazo, mais ou menos em uns 2 anos. Obviamente fiquei bem feliz, né? E a última pergunta que fiz foi em relação à minha vida amorosa, se ela me via tendo algum relacionamento. Ela respondeu que me via muito focada no meu objetivo de ser comissária e que estava bem fechada "pras pessoas", que precisava cuidar mais dessa parte da minha vida, algo assim, não lembro. E assustadoramente ela não errou. Nem preciso dizer que continuo do mesmo jeito. But, seguimos.
Bom, amanhã eu faço a prática de sobrevivência na selva, que é o que ficou faltando pra fechar essa lacuna do curso. Agora são 02:27, preciso estar em Ribeirão Preto às 05:00, pontualmente, na frente da escola. Eu saí do Hotel meia noite (trabalhei a noite esse domingo [emoji de palhaça], cheguei em casa e arrumei minhas coisas e agora tô aqui escrevendo porque eu sei que se eu deitar na cama só acordo meio dia e o plano de ir pra RP terminar esse curso vai pro karelho. E eu não aguento isso, só quero finalizar o curso, fazer a ANAC e pegar meu certificado da CHT e o CMA. Mesmo sabendo que a partir do ano que vem o CHT não será mais obrigatório [emoji de palhaça again]. Sim, esse ano a ANAC informou que o curso de CMS não será mais obrigatório a partir de 2024. Ha-ha.
Bom, mas como eu não gastei 4 mil reais a toa com esse curso, vou ir até o fim com isso. Quem sabe até o final do ano alguma CIA aérea não abre vagas externas e meus certificados serão úteis, né? A esperança é a última que morre.
Bom, no mais é isso, acho que já atualizei o blog com as notícias recentes. Algum dia volto aqui pra desabafar sobre algo ou dar notícias novas (e espero que boas). Ultimamente eu não tenho estado muito bem, to com a ansiedade no talo com isso tudo, me sentindo completamente sozinha, sentindo falta de falar com alguém (provavelmente por isso voltei a escrever), cansada de tudo. Mas não vou deixar esse desânimo me vencer. Sei que só preciso continuar sendo forte pra finalizar todas essas pendências. Que todo esse esforço vai valer a pena na frente. Não vejo a hora de conquistar minhas asas. Acho que no final das contas, é só isso que eu quero. Mas não tá sendo um caminho fácil, requer muita paciência e persistência. Coisas que eu tô aprendendo a ter agora. E no fim a recompensa virá.
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bts-scenarios-br · 2 years
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Vamos lá
Isso aconteceu quando eu tinha 17 anos de idade no ano de 2019 mais ou menos lá no finalzinho de 2019
Na época eu não morava mais com meu pai eu tava morando com minha mãe e a minha tia, e como a gente precisava se comunicar e eu não tinha celular a minha tia conseguiu comprar um para mim e foi a primeira vez que eu tinha tido o celular na minha vida com 17 anos de idade, e como a memória dele era muito pouca eu baixei alguns aplicativos e o principal que eu baixei foi o Facebook e o WhatsApp
Só que eu não tinha muitas pessoas para conversar além das pessoas da minha família somente, nessa época eu nem tinha o número da minha melhor amiga ainda então eu criei uma conta no Facebook pesquisando grupos de WhatsApp em um grupo do Facebook eu encontrei um rapaz
que ainda somos amigos hoje em dia mas a gente não se fala tanto porque eu tô sem celular e eu não tenho mais acesso essa conta antiga do Facebook.
A gente saiu do chat de responder comentários e fomos conversar no chat privado que é no Messenger até aí OK
E ele perguntou se eu tinha o WhatsApp eu falei que sim ele me passou o número dele eu fui lá e na hora mandei mensagem para ele dizendo quem era eu e onde tinha conseguido o número aí ele me adicionou como contato e em seguida uns 15 minutos depois ele me adicionou no grupo de conversas e eu fiquei muito feliz porque aquele era o primeiro grupo de conversas no qual eu tava entrando
Aí passou mais ou menos um mês e meio a gente ficou muito amigo e ele me colocou como administradora do grupo, uma das, então ele me deu uma função de que toda pessoa que entrasse naquele grupo eu tinha que receber e fazia boas-vindas
E como eu sou uma garota muito receptiva adoro conversar com as pessoas ainda mais por mensagem eu fiquei por conta disso
Nessa época entrou um rapaz de 16 anos mais ou menos eu não me lembro a idade dele, e a gente começou a conversar às vezes conversávamos quando tinha mais pessoas falando no grupo e às vezes conversávamos sozinhos só no grupo e a gente saiu dali do chat em grupo e foi para o chat privado aí eu adicionei o número dele e vice-versa
Passou alguns meses e a gente conversava tipo era muito legal nessa conversa fluir bastante e ele me mandou um pedido de namoro e eu aceitei
Detalhe: ele era muito carinhoso comigo e era primeira vez um homem estava sendo carinhoso comigo em toda minha vida então para mim aquilo era como se fosse um pedido de casamento e eu era muito iludida nessa época, e tinha alguns problemas internos também que não vamos entrar em detalhes
Depois que eu aceitei esse pedido de namoro ele ficou mais carinhoso e amoroso ainda e mandava mensagem de bom dia, me mandava milhões de textos realmente mais de 5.000 mensagens com emojis e dizendo que me amava e eu muito feliz por aquilo
Só que se passa um tempo a gente começou a ter desentendimentos eu ficava chateada porque às vezes ele me mandava mensagem em horários inoportunos e ele ficava chateado porque ele pensava que ele estava sendo um peso das minhas costas
Nessa mesma época entrou outro cara no grupo
O webdom
No relacionamento com esse rapaz tava muito ruim já tava criando fissuras e coisas horríveis eu estava em estado de depressão muito profunda e às vezes ele não me respondia quando eu tinha crise de ansiedade e precisava falar com ele na minha naquele momento ele era minha única salvação mas ele nunca me responde e nem atende as minhas mensagens e a gente brigava muitas vezes porque ele me mandava mensagem quando não precisava quando eu tava ocupada e quando eu precisava dele e mandava mensagem ele não me respondia
Continua?
PQ VCS AINDA PERGUNTAM????????? É OBVIO Q SIM MEU DEUS
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yizhansupport · 3 years
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Artigo e entrevista da Portrait com Xiao Zhan sobre a infância, a vida antes do debut e o trabalho.
CN/ENG: xzhan1005 (Twitter) | PTBR: yizhansupport (Twitter) - Gixx - Jess. >> NÃO REPOSTE NOSSAS TRADUÇÕES <<
Tendo trabalhado como designer no passado, Xiao Zhan tem uma consciência profundamente arraigada da relação entre a Parte A e a Parte B. “Até o CEO de uma empresa tem suas contrapartes. Nas relações sociais, cada círculo é controlado por outro; ninguém pode ser ele mesmo livremente.” Se ele não fosse um ator, ele poderia ter pressões de vida ainda maiores. “Talvez eu estivesse chorando em um trem neste exato momento.”
A produtora de “The Untamed”, Yang Xia, às vezes fica chocada com as habilidades de comunicação de Xiao Zhan, ele tem uma espécie de autoconsciência que vem de suas ricas experiências.
Ele foi derrotado pela sociedade. Na universidade, ele estudou design. Ele tinha muito tempo para atividades extracurriculares e fez muitas coisas desde o primeiro ano. Ele abriu um estúdio fotográfico com seus amigos, seus pais lhe deram apenas um pequeno fundo inicial e disseram a ele: “Se você se arrepender disso e vier chorando para nós, não vamos ajudá-lo”, então o deixaram por si só. Para economizar nas despesas, ele e seus amigos foram ao mercado atacadista e escolheram pisos, mesas, compraram encanamentos de água, discutiram sobre fiação elétrica com o técnico e foram obter suas licenças de operação. Então, eles finalmente começaram o estúdio.
Era difícil gerar lucro apenas com clientes individuais, então eles pensaram em um sistema de associação. Para conseguir que os clientes virassem membros, Xiao Zhan disse que era capaz de se desfazer de seu orgulho. Seu lema de trabalho era: “Posso trazer chá e água para você, quando você está em minha loja, você é meu cliente e é meu trabalho atendê-lo, é meu trabalho deixá-lo satisfeito”. Mais tarde, ele abriu um estúdio de design e passou a trabalhar todos os dias, muitas vezes ficando acordado a noite toda. Além de criar mapas desenhados à mão para mansões e desenhar layouts para cafés, o que ele mais fez foi criar logotipos corporativos. O cliente fazia um pedido e ele fazia três logotipos disponíveis para escolha. Seu objetivo na época era claro: “ser a proposta vencedora”.
“Tenho que ser a proposta vencedora, tenho que fazer com que os clientes vejam o meu logotipo, acho que todo mundo precisa ter esse tipo de ambição. Isso não significa que você fará algo ruim, mas sim que, se você vir alguém fazendo um efeito 3D, você também fará um e adicionará uma animação em cima disso. É se recusar a perder. Todo mundo está estudando arte, e vou fazer isso da melhor maneira.” Essa mentalidade clara de ser a proposta vencedora permaneceu com ele ao longo de sua carreira como ator. O papel de Wei Wuxian em “The Untamed” foi um em que ele lutou por si mesmo. No processo de seleção dos papéis, Yang Xia conheceu muitas pessoas; algumas pessoas disseram que leram a obra original, mas assim que ela perguntou a eles sobre ela, a mentira deles ficou óbvia. Xiao Zhan foi honesto, ele não teve tempo de ler o livro, então ele disse que não o leu.
Mas ele memorizou o roteiro como a palma da mão e escreveu incontáveis estudos de personagens. “Análises diretas, gráficos de relacionamento, cheios de anotações dele, ele fazia muito isso; ele estava preparado para o melhor de sua capacidade.” Essa sinceridade e profissionalismo tocaram Yang Xia. “Desde o momento em que ele entrou, nunca me preocupei com Xiao Zhan. Ele é uma pessoa muito lúcida, não preciso falar muito com ele."
Ele não vai fazer se não quiser, nunca pensou nisso. Antes, como a Parte B, ele fazia seu trabalho de design em camadas e salvava seu trabalho regularmente. No fim, ele assistia enquanto o nome do arquivo se tornava numerado em 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08 e ele continuava a salvar, porque os clientes sempre pediam para ele editar e seu computador também ficava morrendo.
Ele precisava salvar as fontes, os recursos e os links, “Minha cabeça dói”. O que mais assustava Xiao Zhan era abrir seu arquivo e descobrir que o link sumiu, que as camadas da imagem estavam bagunçadas ou que o texto estava distorcido. Enquanto falava sobre isso, ele colocou a cabeça entre as mãos e disse: "Uau, isso me deixava louco."
- - - -
Sua verdadeira experiência de trabalho foi passada a ele por um gerente de Hong Kong. Soa como uma história de “O Diabo Veste Prada”; a exibição eficiente, profissional e fria, mas precisa das capacidades de trabalho do chefe, causou um grande choque em Xiao Zhan.
Anteriormente, este gerente de Hong Kong “forçou” 3 estagiários a irem embora. Você precisa atender às ligações dele das 3 às 4 da manhã, deve responder aos e-mails dentro de 10 minutos e não há espaço para o menor erro. Se o pôster promocional no shopping for rasgado por crianças, mesmo que seja apenas um pedacinho do tamanho de uma unha, ele notaria e exigiria que você o trocasse imediatamente. O fornecedor não viria por causa de um pequeno problema como esse, no entanto, o gerente não se importou e apenas disse a Xiao Zhan: “Não me importa como você vai fazer isso, você deve trocar hoje”. Frequentemente, ele não conseguia convencer seu gerente do contrário e acabava indo ele mesmo até a fábrica pegar o pôster e colocá-lo de volta.
Uma vez, Xiao Zhan cometeu um grande erro. Foi para a promoção de verão de um shopping, eles imprimiram 4 mil panfletos e ele foi o responsável pela revisão da imagem. No dia da entrega dos panfletos, ele esperou na empresa a partir das 8h. Quando ele abriu a primeira página, seu cérebro fez um “boom”, havia uma pequena imagem desalinhada na primeira página, e metade dela estava em branco. Ele começou a suar, pensou que tudo estava acabado para ele; afinal, essa era uma equipe tão rígida que eles iriam imprimir novamente se um sinal de pontuação estivesse errado.
Até hoje, ele ainda se lembra daquele incidente. Ele foi até seu gerente, desculpou-se e explicou a situação. Seu gerente abriu o panfleto e disse: "Ah, aqui." Ele ficou parado enquanto seu gerente ficou ali sentado, e eles caíram em um longo silêncio. Por fim, seu gerente, aquele homem rígido de meia-idade, acenou com a mão e disse: "Tudo bem". Então ele começou a ligar para várias pessoas, contatou o editor para reimprimir 4.000 cópias e confirmou que eles chegariam no dia seguinte. Depois de lidar com tudo, o gerente disse algo para Xiao Zhan que ele ainda carrega até hoje: quando tiver um problema, não reclame, o importante é resolver o problema, consertar agora, imediatamente, na hora, usando o mínimo de tempo possível.
Essa é a fonte do forte senso de profissionalismo que Xiao Zhan tem demonstrado desde que se tornou uma celebridade. Em um show de audição, ele não tinha aprendido dança antes, e ele praticou dança até que sua unha caiu. Quando o diretor perguntou se ele ainda ia dançar, ele disse: “Vou dançar amanhã, depois de amanhã e no dia seguinte. Eu tenho que dançar."
Quando um grupo deles foi para a aula de atuação, o que quer que o professor lhe dissesse para fazer, ele faria seriamente. Como eles não estavam usando figurinos, era mais casual, e outras pessoas costumavam rir, mas ele nunca. “Você sente que ele tem a atitude certa.” Essa é a impressão que ele deu às pessoas ao seu redor. Lü Ying ainda se lembra que Yang Zi costumava provocar sobre a seriedade de Xiao Zhan. Ela disse que você não pode brincar com ele no set de filmagem, porque ele vai te levar a sério.
Todos que entrevistamos reconheceram seu senso de profissionalismo. Eles vêm de diferentes linhas de trabalho, trabalham em diferentes ocupações e nos contam sobre diferentes detalhes: Ele poderia ter se hospedado no melhor hotel de Xiangshan, mas em vez disso escolheu ficar junto com a equipe de maquiagem e produção, para poder economizar cerca de uma hora na estrada todos os dias. Ele queria usar essa hora economizada em maquiagem para memorizar suas falas. Ao filmar em um dia frio, ele desligou o ar condicionado de seu trailer para se acostumar com o frio, para que pudesse ficar focado e não congelar ao começar a filmar do lado de fora.
Esse senso de profissionalismo não desapareceu com o tempo. Sua primeira experiência como o segundo ator principal veio com Ji Chong em “The Wolf”. Em todas as 300 cenas, ele nunca saiu uma vez e permaneceu no set por 4 meses para encontrar o "humor" em que os atores deveriam estar.
Ano passado foi seu terceiro ano como ator. O diretor de “Joy of Life”, Sun Hao, ficou chocado. “Ele ficava lá mesmo durante a verificação da iluminação.” Muitos atores usam substitutos e só fazem ajustes quando é sua parte, mas Xiao Zhan não tinha medo do sol batendo nele e ele esperava em seu lugar não importa quanto tempo demorasse.
Para Xiao Zhan, não há diferença real entre audição, filmagem e design. É tudo trabalho e não há espaço para relaxar. Ele pode aceitar ficar acordado a noite toda, pode aceitar fazer horas extras, é tudo escolha pessoal dele, e ele não vai sentir que está sofrendo por causa disso. A única coisa que o magoa ou o deixa louco é: “Por que não posso fazer isso tão bem quanto as outras pessoas? Como eles são capazes de pensar isso? ”
Até hoje, ele ainda se lembra de seus dias antes de entrar nesta indústria. Sentado em uma fileira ao lado de outros jovens designers em um espaço apertado. Os computadores de todos estavam lado a lado e todos podiam ver o que os outros estavam fazendo. Tudo estava exposto e eles competiam com base puramente em habilidade, senso estético e ideias. Todos estavam superando as dificuldades na frente das telas dos computadores, até que seus rostos estivessem todos oleosos. No final, quando eles viram seus designs exibidos na tela grande, aquela foi, ao mesmo tempo, a sensação mais pura e complicada, talvez essa seja a verdadeira natureza da sociedade.
Xiao Zhan não é uma pessoa enérgica por natureza, mas não é como se ele também não fosse. Ao entrevistá-lo, você pode ver o esforço que ele faz para tentar animar o ambiente. Sua boa amiga Zang Hongna observou que, até certo ponto, ele costuma ficar um pouco indisposto em festas barulhentas e animadas.
Na verdade, ele gosta de ficar sozinho e de ter seu próprio espaço pessoal. Ele também tem uma percepção única da vida e dos dias.
Este menino de Chongqing gosta do mundanismo, gosta do sentimento de base que a vida lhe dá. Por exemplo, o que sua avó disse a ele quando ela estava saindo, que ele pode voltar para casa se estiver cansado.
Ele também dizia: “Os dias são apenas dias, não são doces, mas também não são amargos”. Ao falar sobre a indústria do entretenimento, ele ainda gosta de usar palavras como fantástico e absurdo, que parecem vir de um observador distante. Como disse uma vez um veterano da indústria ao redor dele, quando se trata de ser uma estrela de topo, ele ainda está se acostumando. “Ele ainda está insistindo e dizendo a si mesmo que nada mudou, mas o problema é que toda a essência disso mudou, você não tem escolha.”
Mas essa familiaridade com uma vida comum permitirá que ele não fique inquieto nesse caminho.
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Nos primeiros 25 anos de sua vida, Xiao Zhan viveu em uma família de estilo tradicional chinês. Seu pai trabalhava e sua mãe era dona de casa. Ele ocasionalmente discutia com seus pais, mas era uma família calorosa. Seu pai é uma pessoa razoável, ele não é rigoroso sem motivos, e nunca mima. Ele sempre ensinou Xiao Zhan a pensar pelos outros e liderar pela virtude. “Todas essas coisas, era bem ao estilo chinês.” Ele recebeu sua cota de surras, especialmente no ensino médio, por causa de “alguns eventos pequenos e aleatórios” como quando ele se saiu mal em uma prova, quando voltou para casa tarde depois da escola, quando errou uma pergunta e o professor fez uma “ reclamação ”, ou quando brigava com os colegas. Se ele realmente fizesse algo ruim, nem sua mãe nem seu pai o defenderiam, e às vezes ele recebe o tratamento “duplo”.
Seu pai fazia as coisas de maneira ordenada e estruturada e tinha os mesmos requisitos para ele. Desde o ensino fundamental, ele já sabia o que era uma “universidade de peso”, e sabia que tinha que entrar em uma universidade de peso. Ele ficou sabendo da Universidade de Pequim e da Universidade de Tsinghua desde muito cedo, porque essas duas escolas importantes realizavam acampamentos de verão, que seu pai exigia que ele frequentasse.
Mesmo se ele não fosse ao acampamento de verão, ele não poderia simplesmente ficar deitado, como seu pai disse: “Crianças não podem apenas ter notas”. Ele foi matriculado em várias aulas extracurriculares de violino, go [N/T: jogo de tabuleiro chinês], caligrafia, caligrafia com pincel, desenho... às vezes isso arrancava uma retaliação de sua mãe: Você se inscreveu em tantas aulas, consegue aprender tudo?
Até hoje, seu pai ainda mantém esse estilo ortodoxo e rígido de educação. Há algum tempo, um amigo enviou a apresentação de "Night at a Naval Port" de Xiao Zhan e Naying para seu pai, e seu pai respondeu: "Xiao Zhan melhorou muito sob a orientação de artistas experientes."
Pensando em retrospecto, parece que desde aquela época Xiao Zhan havia sido criado como uma criança muito competitiva, ou melhor, como uma criança que tinha padrões elevados para si mesma. Gostava de desenhar e traçava metas para si mesmo, sentia que tinha que ganhar prêmios, porque “ganhar prêmios é realização de orgulho” e se ele fez alguma coisa, tinha que “gerar repercussão”.
Ele tem dificuldade em aceitar esforço sem resultados. Durante seu vestibular, ele queria entrar no Instituto de Belas Artes de Sichuan e continuar a desenhar, mas falhou na prova e tirou nota baixa em sua melhor matéria de desenho; até hoje, ele não consegue esquecer o constrangimento. Ele desligou o telefone, tirou o cartão SIM, não comeu e apenas ficou deitado na cama, atordoado, olhando para o teto. Ele passou pelo primeiro “colapso” de sua vida.
Mas esse “colapso” acabou passando, ele aceitou o resultado com calma e foi para a universidade. Como muitos jovens adultos na casa dos 20 anos, aqueles dias eram animados e vibrantes. Frequentemente ia a festas na casa dos amigos, chamava as mães dos amigos de “outra mãe”, ficava deitado no sofá em todas as posições. Eles assistiam a filmes, jogavam videogame e jogos de tabuleiro. Quando seus dois amigos que estavam em um relacionamento brigavam, ele segurava a vela e fazia as pazes entre eles.
 Conversa com Xiao Zhan
Você disse que cresceu em uma família tradicional chinesa, o que te fez sentir que ela é tradicional?
Meu pai era muito autoritário e tinha requisitos rígidos. Desde jovem ele me ensinou a pensar pelos outros, a liderar pela virtude, tudo isso, era bem ao estilo chinês. Minha mãe era muito doméstica e dependia muito do meu pai. Eu praticamente cresci apanhando, eles faziam dupla, todos os tipos de surras. Se minha mãe voltasse cedo, ela o faria, até que meu pai voltasse; quando minha mãe se cansava de me bater, meu pai assumia.
Qual foi o confronto mais intenso que você teve com seus pais?
Somos pessoas de Chongqing, então falamos muito alto quando discutimos. Cada vez que discuto com minha mãe, chamamos a atenção das pessoas ao nosso redor. Acho que discutimos com bastante frequência. O mais intenso, deixe-me pensar, nem me lembro sobre o que discutimos, na verdade não foi nada grande, provavelmente foi só que eu não fiz meu dever de casa e queria jogar no computador, ou assistir TV. Discutimos muito, a ponto de minha mãe jogar coisas e depois chorar. Naquela época, eu apenas pensei, ah, agora que penso nisso, penso como nós discutimos tanto sobre algo tão pequeno? E eu me arrependo.
Quando você mudou e sentiu que tinha crescido ou amadurecido?
Na universidade, minha primeira vez nos dormitórios. Antes eu caminhava para a escola, eram 15 minutos da escola até minha casa, via meus pais todos os dias, é claro que viveria um conflito assim. Quando meus pais me mandaram para a universidade, ainda me lembro agora, meu pai que me levou. Pela primeira vez, vivi as emoções do artigo “A Visão das Costas do Meu Pai” e finalmente pude entender o que ele estava tentando expressar. Eles me levaram e disseram, pode ir, sua mãe e eu vamos embora agora. Enquanto caminhavam em direção ao estacionamento, olhei para as costas deles e eu senti que havia crescido, mas a sensação que dá é que estão realmente envelhecendo. Naquele momento, eu disse, preciso ser bom, não posso mais irritá-los.
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Muitas pessoas mencionaram que gostam de você porque você viveu o mundo profissional e podem se identificar com você.
As pessoas podem ter encontrado uma sombra de si mesmas em mim, porque sou apenas uma pessoa muito real vivendo a vida. Eu já fiz design antes, trabalhei, tive uma experiência comum na sociedade, então agora se você me pedir para retratar um funcionário de escritório, provavelmente seria natural para mim (risos), porque entendo os sentimentos de um funcionário de escritório que se espreme para o metrô, tentando vencer o relógio e chegar na hora certa para bater cartão, eu entendo muito bem. E agora, como artista, acho que esse processo foi mágico, nunca havia pensando sobre isso, e se você me pedir para pensar como cheguei a esse ponto, também não sei; logo que a oportunidade surgiu, agarrei-me a ela. Eu acho que não se limita apenas ao meu trabalho atual, mas é o que você precisa fazer em qualquer trabalho, quando a oportunidade surge, você tem que agarrá-la.
Quando você estava no mundo profissional, o que você mais queria?
O que eu mais queria na época, e estou falando de forma totalmente honesta e realista, era ser a proposta vencedora. Tenho que ser a proposta vencedora, tenho que fazer com que os clientes vejam o meu logotipo, acho que todo mundo precisa ter esse tipo de ambição. É claro que esse tipo de ambição não significa que farei algo ruim, apenas farei meu trabalho bem.
Até agora eu lembro, naquela época, todos nós amiguinhos designers sentávamos em fila, todos podiam ver o que os outros estavam fazendo, havia uma competição positiva. Éramos todos jovens que nos recusávamos a perder e tentávamos fazer o melhor trabalho. Acredito que uma pessoa e uma empresa só podem ter um bom desempenho se todos tiverem essa mentalidade.
Como havia competição, vocês se continham na hora de se comunicar?
Não, é por isso que acho que um ambiente bom é muito importante. Todo mundo está competindo com sua habilidade pura, porque quando você está fazendo algo, a tela está bem ali, como você a esconde? Quando você vem, eu vou minimizar a tela? Claro que não. Todos estão abertos e é uma questão de capacidade, de estética e de ideias. Os gostos e as opiniões de cada um são diferentes, se os clientes gostam, gostam, se não gostam, não importa o quão bem você faça, eles não vão gostar.
Então você é uma pessoa muito competitiva?
Quando eu era jovem e desenhava, tinha que ganhar prêmios, se ganhasse um prêmio seria uma realização com orgulho, e quando vejo meus pais ficarem orgulhosos, eu também me sentiria orgulhoso, isso é competitividade, e existe. Minha competitividade vinha do fato de que, se eu conseguia gerar repercussão fazendo alguma coisa, ficaria orgulhoso de mim mesmo. No mundo do trabalho, esse orgulho seria, um logotipo vale uma certa quantia de dinheiro, esse tipo de orgulho é semelhante na indústria do entretenimento; o orgulho que você sente quando seu trabalho é reconhecido e a confiança que você sente.
Você já pensou no que estaria fazendo se nunca tivesse entrado para a indústria do entretenimento?
Às vezes eu penso nisso também, se o tempo voltar, e talvez eu fosse para a escola que eu queria, o caminho da minha vida seria o mesmo? Pode ser diferente, talvez eu ainda estaria na indústria do design e provavelmente estaria chorando no metrô. É bem possível, não é mesmo? As pessoas hoje sofrem muita pressão no trabalho, os preços de casa, moradia e educação dos filhos são muito altos.
Talvez você tivesse sido um escravo corporativo.
E talvez eu tivesse sido um escravo corporativo de ponta. Seria uma vida diferente, então acho que o destino tem um acordo para tudo, agora que estou aqui eu irei tirar o melhor proveito disso.
Você está satisfeito com sua situação atual?
Estou muito satisfeito, o que há para não ficar satisfeito? Estou muito satisfeito com minha situação atual, mas acho que posso melhorar. Ainda há muitas áreas para as quais não me aventurei, seja atuando ou cantando, em várias áreas, ainda posso me desenvolver mais.
A opinião de muitas pessoas sobre você é que você não se perdeu depois de disparar para a fama.
Acho que pode estar relacionado às minhas experiências. Eu vivi a sociedade real, então não preciso dessas coisas falsas. Todos os dias eu digo a mim mesmo: não fui bem hoje, não fui bem aqui, ou ali, e as pessoas às vezes me consolam dizendo, foi bom, e coisa e tal, mas eu diria que sei que não foi. Eu estou ciente, e como dissemos antes, das pessoas ao seu redor que te bajulam, elas existindo ou não, não acho que isso importe; o que é importante é você mesmo.
Depois de entrar nesta indústria, você sente que se tornou uma pessoa mais complexa?
Tornar-se uma pessoa complexa não é uma coisa ruim. Para mim, tenho 29 anos, acho que para uma pessoa crescer continuamente e sobreviver nesta sociedade, é preciso aprender a ser uma pessoa complexa. Se você é apenas ingênuo e precipitado, não acho que isso seja adequado. Complexidade não é a antítese da bondade. Uma pessoa complexa pode levar muitas coisas em consideração. Para mim, me preocupo muito com o que as outras pessoas sentem. Antes de dizer algo, considerarei como isso pode fazer as outras pessoas se sentirem, se as deixará desconfortáveis ou se estou apontando diretamente uma área em que elas tem uma pendência, se isso as deixará constrangidas. Essas são perguntas sobre as quais uma pessoa complexa pensará, multifacetada e em várias camadas, mas isso não significa que essa pessoa não seja gentil ou inocente. Todas as pessoas têm múltiplos lados, não acho que haja nada de errado nisso, mas você precisa sempre manter aquela pureza e bondade iniciais.
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gcn-amy · 3 years
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he's back, my fear and end. 
past is past, right? but september has come and i still don't know who i am
 trigger warning ໒ citação de morte, envenenamento e sangue.
“der schatten des mondes ist unruhig in den letzten tagen”, essa foi uma frase que a jovem escreveu repetidas vezes naquela semana, parecia que estava aprendendo a língua, mas era o contrário, estava reforçando o que sabia. Normalmente pensava melhor em alemão, não tinha um motivo aparente, a moça só gostava de acreditar que era por culpa de tudo que seus pais colocavam em sua mente, filósofos que forçavam coisas para Demian e depois, acabando por aprender a língua por puro capricho de seu esposo.
A volta para Gaecheon parecia o inicio de uma nova vida, após todos os problemas passados, aqueles que se assustaram e viviam ao seu redor, apenas recebiam palavras vagas da Seo, ela não tinha medo do Druida, porque tinha crescido com duas versões que chamava de pai e mãe. O problema era que nada estava saindo como o planejado, pois a ameaça do serial killer não estava 100% resolvida, mesmo acreditando que tudo melhoraria em agosto e talvez, descobrisse mais sobre si, finalmente poderia responder sua fatídica pergunta, mas não.. Só ficou ainda mais confusa. Seo Yewon, Demian Seo ou Amy Seo? Quem ela era? Nem sabia ao certo, sua única certeza era: estava viva, lecionando e tentando acertar sua vida.
Mas parecia que não queriam que ela realizasse tal coisa, pois estava sendo cercada novamente. Não tinha ideia se o ex marido e o primo deste estavam na ilha, mas ter a noção de que foram atrás de seu irmão já era aterrorizante, teve muito medo, e se matassem Dante? O que ela faria? Não gostava de pensar naquela hipótese, não quando havia o reencontrado e por mais que o reencontro não tivesse sido bom, as coisas pareciam estar caminhando... Sempre se perdia em tal raciocínio, visto que o medo de perder e a felicidade de estar próxima do gêmeo se misturavam facilmente, após tantos anos pensando se ele estava bem e vivo, não queria que ele fosse embora tão cedo assim.
Só que pensar que ele estava ali era pior, infelizmente sabia que o homem tinha raiva de si, mas ela também se arrependia, devia ter dado veneno e não sonífero, pois se tivesse o feito... Estaria livre de todo o tormento. Desejar a morte de alguém parecia tão ruim e ela nunca foi disso, mas tratando-se de Han Juyeon e toda a história que tinham, a coreana desejava muito sua morte, mesmo que não “pagasse” nem um terço de tudo que passou. Ainda queria muito descobrir como ele tinha a encontrado, não tinha deixado qualquer pista. Só podia pensar que ele era um encosto e estava a rastreando de alguma forma. O que importava era manter-se longe de qualquer coisa que pudesse chamar a atenção, e claro, levantar suspeitas para alguém que o conhece.
01 de setembro de 2021.
Estava acordada quando a chuva iniciou, fraca e perfeita para dormir, mas sua leitura estava ainda mais interessante, mas as obrigações estavam batendo em sua porta e resolveu ir dormir. Só que veio a acordar as três da manhã, quando tudo piorou, a chuva ficando cada vez mais forte e gerando um apavoramento breve na Seo. Não soube bem quando caiu no sono novamente, mas quando acordou, preferia acreditar ser um pesadelo. Olhando pela janela, tudo parecia destruído, alguns pontos de sua casa estavam minimamente alagados e a vibração em seu telefone veio a ser o clímax do pesadelo, uma listagem de desaparecidos e dentre tantos nomes – que ela achava conhecer uma boa parte – estava o que a fez cair, leu uma, duas, três vezes até cair na realidade. Dante Seo era um dos desaparecidos. Seu irmão desaparecido... Sabe-se lá vivo ou não, pelo visto, setembro não tinha começado bem, ela só estava ainda mais confusa, com um ex em sua cola e claro, com a responsabilidade de buscar pelo irmão. Assim como no dia da separação, era a vez de Amy cuidar dele, nem que se machucasse, ela precisava encontrar o irmão...
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eumechamomanoela · 3 years
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226
Cris abraçou Manoela com força assim que ele a viu.
- Tio Cris de agora em diante mocinha. - Disse ele após lhe dar um beijo na testa.
Após o Rafa descobrir tudo ele contou para Manoela que Cris era irmão do Manoel.
- O que te trás aqui? Ninguém me avisou que você viria para cá, não vai me dizer que veio para levar de volta para o Brasil? - Perguntou Manoela um pouco assustada.
- Não foi para isso não filha. - Disse Esmeralda saindo da cozinha.
- Mãe, meu Deus você veio. - Disse Manoela indo abraçar sua mãe.
As duas ficaram abraçadas por alguns segundos e Esmeralda se emocionou em ver a filha e ela tinha tanta coisa para conversar com ela que alguns dias não seriam sequer suficientes.
- Meu amor eu quero muito conversar com você, mas não viemos só nós dois, tem uma pessoa lá fora te esperando. - Disse Esmeralda.
- Lá fora? Eu acabei de vir de lá e não tem ninguém lá. - Disse Manoela confusa.
Esmeralda assentiu. Manoela deu de ombros e voltou para fora da cabana onde tinha um homem de calça jeans, tênis e um sobre tudo preto de costas para ela, por um minuto ela travou, não dava para identificar com tanta certeza quem seria e o medo um pouco que tomou conta dela, e se fosse seu pai e eles tivessem outra briga. Manoela limpou a garganta e se surpreendeu quando o homem virou e ela no podia esconder a surpresa e muito menos o quanto feliz estava com a visita dele ali.
- Você, eu jurava que você nunca viria me ver. - Disse ela surpresa.
- Bom pelo menos a minha surpresa valeu a pena e a espera também. - Disse ele.
- Nando que saudades. - Disse ela sorrindo e o abraçando.
- Também estava com saudades baixinha. - Disse ele beijando o topo da sua cabeça.
Eles ficaram em silêncio e abraçados por alguns minutos.
- O que deu em você para vir me ver? - Perguntou Manoela.
- E quem disse que eu vim te ver? - Perguntou ele soltando Manoela do abraço.
Ela o encarou e ele começou a dar risada.
- Digamos que eu tinha curiosidade em saber como você estava pessoalmente, saber como estão as coisas com você e ter a minha resposta que a senhorita tanto se nega a responder. - Disse ele segurando a mão dela.
- Provavelmente você assim como minha mãe e o Cris ou melhor meu tio, devem estar decepcionados por eu estar magra demais, mas eu já aviso que estou me cuidando o pai da Vanessa já me levou ao médico, agora eu tomo vitaminas, suplementos e me alimento muito bem, faço atividade física, estudo e não tenho tempo de pensar em bobeira. - Contou Manoela.
- Minha pergunta não é bobeira. - Disse ele.
- Não foi a sua pergunta que eu me referi. - Disse ela.
Manoela abriu um sorriso e ficou olhando para ele. Fernando passou seus braços na cintura dela e a abraçou mais uma vez.
- Me responde Manoela e agora você não pode fugir. - Disse ele olhando nos olhos dela.
- Pode fazer sua pergunta. - Disse ela
Fernando revirou os olhos, até parece que ela não sabia o que ele iria perguntar.
- Meu beijo foi tão ruim para você nunca querer tocar nesse assunto? - Perguntou ele.
- Eu já te disse que é bem mais complicado do que simplesmente fugir de uma resposta. - Disse ela.
- Se me disser que ainda gosta do meu irmão vou falar para sua mãe te mandar para Índia. - Disse ele.
- Não, em relação ao Matteo eu não sinto nada e não estou falando isso da boca para fora, desejo que ele fique bem, siga a vida dele e seja feliz. - Disse Manoela.
Ela se soltou do abraço e o puxou pela mão em direção há um banco de madeira que havia perto da estrada e da cabana de frente para onde os cavalos estavam no pasto. Fernando sentou de frente para ela.
- Mas eu preciso também perguntar algo antes de te dar a sua resposta, eu não estou fugindo de responder só queria entender o motivo disso ser tão importante para você. - Disse ela segurando a mão dele ainda.
- Manoela vamos ser sinceros eu não iria rodar sei lá quantos km somente para vir aqui te ver e voltar para o Brasil, porque por mais que eu tentei e muito seguir minha vida as coisas que foram acontecendo me levavam sempre a pensar em você, durante esse ano eu, desde que você veio embora na verdade, posso te garantir que sim muita coisa mudou e eu mudei muito, principalmente depois que você foi embora e depois das coisas que a Lorena fez, eu fiquei com remorso, pensei que a culpa podia ser minha então eu fui para Curitiba e conversei diretamente com ela e essa conversa foi bem longa, voltamos no dia em que nos conhecemos, você, meu irmão e eu na Ilha. Lorena me falou que só não me apresentou primeiro para você por ciúmes pois sabia que nós dois provavelmente teríamos dado certo e porque eu tenho um certo problema de auto controle e ela se preocupava com você, mas desde o dia que te vi pela primeira vez eu te achei bonita e quis te conhecer melhor, mas o Matteo marcou em cima e desculpa te decepcionar com isso, mas ela contou que pediu para ele nunca deixar eu me aproximar de você. - Contou Fernando.
- Então você acha que ele nunca gostou de mim apenas queria te afastar. - Disse Manoela concordando
E por mais que ela dissesse que não gostava mais do Matteo, ouvir aquilo foi um tiro no coração.
- Não sei. - Disse Fernando
- E que problema de auto controle é esse? - Perguntou ela.
- Se responder a minha pergunta eu respondo essa. - Disse ele.
Manoela sorriu.
- Fernando não é que eu tenha fugido dessa resposta, apenas tive medo de como ela seria interpretada e também não queria magoar a Lorena que poderia ainda ter esperanças com você, confesso que gostei muito do seu irmão e que também queria ter conhecido você melhor do que ele, mas as coisas aconteceram como tinham que acontecer e chegando na sua resposta, eu não sei acho que não te beijei o suficiente. - Disse ela.
Fernando tentou segurar um sorriso, mas foi em vão, Manoela o olhou nos olhos e ele a beijou. E que beijo.
...
Enquanto isso Vanessa estava a caminho do rancho com o Ian, após passar a noite refletindo sobre o que ela mesmo havia falado com a amiga de ter perdido demais já ao tentar afastar a Kate, ela havia se decidido a mandar mensagem pro Ian pela manhã e pedir que ele a buscasse, mas ela foi surpreendida quando viu Ian chegar no meio da noite. Ela deixou seu namorado dormindo e desceu até a cozinha onde provavelmente encontraria ele.
- O que faz aqui? - Perguntou ela.
- Senhorita Vanessa que susto. - Disse ele.
Vanessa ficou em silêncio esperando sua resposta.
- Voltei para o caso de precisar de mim. - Respondeu ele
- Você sabe que tem outros seguranças aqui nessa casa, me diga exatamente o que aconteceu e eu sei que tem haver com a minha amiga pois por mais que você seja profissional eu sempre percebi que perto dela você mudava completamente, então me diga o que houve com vocês ontem? - Perguntou Vanessa.
- Nos beijamos e ela disse que não poderia continuar pois está com assuntos mal acabados no Brasil. - Contou ele.
- Realmente assunto mal acabado no Brasil é o que essa menina mais tem, mas eu posso te dizer que sempre rolou um sentimento da parte dela e se ela chegou a essa conclusão é porque ela acha realmente melhor não se envolver e se machucar ou até magoar você, da um tempo para ela. Eu super aprovo vocês dois. - Disse ela toda animada.
Ian deu uma risadinha e concordou com ela. Vanessa então lhe desejou boa noite e antes de voltar para o quarto lembrou da sua decisão.
- Amanhã, quero ir cedo para o rancho. - Disse ela.
Ele concordou e ela voltou para o seu quarto.
Na manhã seguinte seu namorado disse que precisava ir para casa e enquanto Ian foi levá-lo embora ela foi se arrumar para ir ao rancho.
...
- Respondi sua pergunta? - Perguntou Manoela sorrindo.
- Na verdade não, você disse que não se lembrava ou que não tinha sido o suficiente e agora? - Perguntou Fernando.
- Fernando por que isso vai mudar algo? - Perguntou Manoela. - Ou até pior, o quanto isso pode mudar tudo entre nós?
- Manoela nós somos adultos saberemos lidar se isso mudar algo entre nós, mas eu preciso saber se você sente algo ou sentiu algo por mim por menor que seja não para alimentar meu ego ou me dar falsas esperanças, mas porque eu te via com outra pessoa e eu queria ser a pessoa com você e como não podia, olha independente da sua resposta tudo isso só vai continuar se quisermos claro, quando você voltar pro Brasil e não vamos parar nossa vida, mas eu quero saber. - Disse Fernando
Manoela ficou pensativa absorvendo cada palavra que Fernando havia lhe dito.
- Nando eu, eu adorei te beijar. - Disse Manoela.
Suas bochechas ficaram vermelhas de vergonha e Fernando deu risada e a abraçou.
- Então a gente aproveita que eu também adorei te beijar e vamos curtir o tempinho que vou ficar aqui e quando eu for embora ambos vamos seguir nossas vidas, não vim aqui pra te propor um relacionamento sério embora sua mãe quisesse viu. - Nando deu risada da própria história.
Manoela lhe deu um selinho e ele segurou seu rosto e a beijou novamente, os dois só pararam com os carinhos quando ouviram um carro passando perto dos dois, Manoela parou de beijar Fernando por um instante e olhou o carro passando, era Ian chegando com Vanessa, parecia até que ele estava em câmera lenta encarando Manoela enquanto dirigia devagar pela estrada, dava para perceber que ele estava irritado apertando o volante com uma certa força.
...
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evreuxdharcourt · 3 years
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❝ você nunca conhece alguém completamente ❞
3 𝘥𝘦 𝘫𝘶𝘭𝘩𝘰 𝘥𝘦 2021, Paris/FRA — Mansão d'Harcourt.
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Foi um certo alívio escutar a gravação de Chloé e perceber que seu irmão não era nenhuma das duas pessoas envolvidas. Ainda assim, o conteúdo da conversa era preocupante e também não significava muito que Pierre era isento de culpa. Depois do desenrolar das coisas na peça de primavera, Geneviève finalmente estava preparada para quebrar o seu silêncio e ser completamente honesta com o mais velho, esperando que ele entendesse a gravidade da coisa.
O garoto tinha saído e não tinha voltado ainda, então Viv foi até o quarto dele. Não era sua pretensão revirar as coisas dele ou invadir sua privacidade, mas momentos difíceis pedem por medidas desesperadas. No fim das contas, por mais gavetas e armários que tenha aberto, a loira ficou frustrada em não encontrar nada além de coisas do seu trabalho com o senador. Sentou-se na escrivaninha do irmão para abrir seu computador quando notou a sua presença. "O que está fazendo?", foi a pergunta dele; a mais nova virou-se lentamente e notou que o tom utilizado não era acusatório, apenas confuso.
❝ — Estou revirando suas coisas enquanto tento provar para mim mesma que você não está envolvido com algo bem sério.❞ — foi direta, encarando o irmão. A expressão dele acentuou-se. "Algo bem sério? Por Deus, Genny, o que você bebeu?", ele brincou, deitando na própria cama e encarando o teto. Ela suspirou; precisaria mandar a verdade logo para ele entender. ❝ — Você conhece a Eloise Girard-Dampierre?❞ — decidiu perguntar primeiro. Pierre levantou a cabeça para olhá-la e se apoiou nos próprios braços para sustentar a visão. "Claro que conheço, ela é sua amiga há mil anos. E não foi ela que morreu e ressuscitou depois?", a expressão de Pierre era genuína, e Viv queria acreditar que a ingenuidade dele era também, porém precisava tirar todas as dúvidas. ❝ — E você não conhece ela de mais lugar nenhum?❞ — continuou, uma das sobrancelhas erguidas de forma questionadora. Pierre riu. "Por que você não me pergunta o que realmente quer perguntar logo?", ainda assim, o irmão não parecia irritado, o que talvez fosse um bom sinal. ❝ — Você convidava Eloise para as festas do seu clube secreto? E se não, pelo menos lembra dela lá? Ou se algum dos seus amigos tem algum motivo para querer ela fora da cena?❞ — disparou. Se Pierre queria que ela fosse direta, então com certeza ia conseguir isso.
Uma expressão de choque transpareceu no rosto do mais velho. Ele ficou alguns segundos sem responder ou reagir. "Ok. Um, não, nunca convidei ela, mas...", ele hesitou. "Eu a vi lá, sim. Achei esquisito e comentei que na época ela só tinha dezessete anos, mas ninguém me deu muita atenção e...", aí ele se interrompeu e olhou para a irmã com dúvida. "Como você sabe disso tudo? Um 'clube secreto' tem esse nome por um motivo", disse, encarando-a e aguardando a resposta. ❝ — Eu tive umas dicas. Mas e aí, alguém tinha motivo para querer ela morta?❞ — insistiu na pergunta. "Não! Claro que não, Genny, meu deus! Você acha que algum deles matou a Eloise? Quer dizer, por que isso importa, se ela nunca morreu mesmo?", perguntou ele, a dúvida claramente estampada em sua expressão. ❝ — Ninguém tinha motivo ou você não sabe se alguém teria esse motivo? Alguém se envolveu com ela? Quem chamou ela para essas festas?❞ — prosseguiu, ainda determinada em arrancar qualquer deslize dele. Podia parecer inocente e ser seu irmão, mas no fim isso não o isentava cem por cento. "Por que tá falando comigo como se eu tivesse feito algo horrível? Genny, to tentando ser honesto, mas você precisa ser também, porque não to entendendo como te ajudar assim", Pierre disse, se levantando e sentando na cama.
Geneviève levantou da cadeira e foi sentar ao lado do irmão. ❝ — Faz muitos meses que vem acontecendo algumas coisas que nenhum de vocês aqui em casa sabem.❞ — iniciou, pausando para escolher melhor as palavras. ❝ — Quando todo mundo achou que Eloise morreu, uma pessoa começou a mandar mensagens ameaçadoras para a gente... Eu e meus amigos. Por meses essa pessoa vem expondo segredos alheios e obrigando as pessoas a fazerem o que ele ou eles querem porque sim. Primeiro parecia que queriam saber o que aconteceu com Elo, mas ficou pior com o tempo e depois que ela voltou.❞ — disse, olhando para o irmão esperando que demonstrasse alguma coisa, porém ele só parecia prestar atenção com um ar de confusão. ❝ — Não sabemos quem é e por muito tempo apenas esperamos que fosse parar, mas nunca parou. E quanto mais tempo passa, a coisa fica pior. Eu tenho medo de... De ir para a faculdade e isso continuar de alguma forma. Com a internet, eu posso estar no Polo Norte e isso ainda pode me perseguir.❞ — aqui, tentou apelar para o senso protetor de irmão mais velho. Os dois eram próximos desde sempre e sabia que Pierre, seu Pierre, faria de tudo para ajudá-la. "Genny... Você deveria ter contado para alguém. Pra mim, se não queria envolver o papai e a mamãe. A gente poderia ter feito alguma coisa...", ele começou, mas Viv sacudiu a cabeça negativamente. ❝ — Essa pessoa sabia todos os meus segredos e eu não tava pronta para envolver ninguém nisso. Além do mais, não tinha como vocês ajudarem. Mas... Agora tem. Pierrou, preciso da sua ajuda.❞ — enfatizou, utilizando o apelido infantil dele para apelo emocional. Precisava daquilo, precisava daquelas informações.
"Claro. Claro, Genny, o que você precisar, qualquer coisa. Mas o que eu posso fazer? Eu ainda não entendi a relação nisso tudo", ele foi honesto. Geneviève assentiu. ❝ — Eu não fiquei sentada esperando esse idiota destruir minha vida e de todo mundo, como você pode imaginar. Eu tentei fazer o que eu podia e isso me levou a algumas informações. Por exemplo, a pessoa que estamos procurando é da Université d'Harcourt e alugou 'A Arte da Guerra' ainda esse ano. Em uma pesquisa mais minuciosa, eu descobri que essa pessoa faz parte de um certo clube filosofia e sociologia e tem um processo disciplinar arquivado na ficha. A que tudo indica, também pode ter um passado lá em Cannes.❞ — descreveu todas as informações. Os olhos de Pierre se arregalaram. "Você não quer dizer eu, certo? Porque Genny, existem mais pessoas com essa descrição do que você pensa! Eu juro que jamais faria isso com você! Ou qualquer pessoa. Você me conhece, acha que eu faria isso?", ele questionou, parecendo verdadeiramente magoado. Uma parte dela estava aliviada porque ele realmente não parecia ter nada a ver com aquilo tudo. Respirou fundo. ❝ — Não acho. Mas acho que algum dos seus colegas da Ordem do Iluminismo sim. E preciso descobrir qual.❞ — falou, mordendo o lábio inferior. "Não quero nem saber como você descobriu isso. Quer dizer, ia acontecer uma hora ou outra quando viesse para cá, mas você não deveria saber agora. Mas... Eu não sei. Quer dizer... Bom... Esses caras são todos filhos dos amigos do papai e da mamãe, por que fariam algo assim?", perguntou ele, confuso. ❝ — Você pode conhecer uma pessoa e até amar uma pessoa, mas nunca pense que sabe tudo sobre ela. Acho que aprendi essa lição umas cinquenta vezes nesse último ano.❞ — disse, colocando uma das mãos na dele e segurando forte. ❝ — Preciso saber tudo o que você sabe sobre um cara chamado Blaise. Pelo que sei, ele usa o codinome D'Alembert.❞ — falou, e então esperou que Pierre a respondesse.
"Blaise... Certo, Blaise é acho que um ano mais novo que eu. Ele também faz Direito. Ele estudou em Cannes! Só que não acho que foi na Truffaut, porque eu teria me lembrado dele e não sabia quem ele era quando entrou na Ordem. Mas lembro dele ter dito que estudou lá, mas nasceu em... Nice? O que mais? Não sei, ele não é exatamente... Puts, isso vai soar babaca, mas ele não é o cara mais influente do grupo. Os pais dele não são beneficiários da Uni e no fim a influência lá acaba tendo muito a ver com isso. Algumas pessoas entram por chamar atenção de algum jeito. Tem certeza que é Blaise mesmo?", ele questionou e Viv assentiu em confirmação. Anotava mentalmente todos os detalhes ditos. "O nome dele é Blaise Charbonnet, se não to enganado. Bom, não tem muito mais que isso. Ele parece ser um cara legal, não consigo ver ele fazendo essas coisas, mas como você diz... Não da pra saber tudo sobre uma pessoa", admitiu e buscou o olhar da irmã para que ela comentasse sobre. ❝ — Você consegue pensar em alguma relação entre ele e Eloise? Ou então se ele... Algum amigo dele mais próximo na Ordem? Ou alguma noite, alguma festa, que algo esquisito tenha acontecido?❞ — disparou ela. Já sabia onde poderia encontrar Blaise agora que sabia o nome completo e o curso dele, mas qualquer informação extra também ajudaria. Pierre riu fraco. "Pra ser sincero, eu não sei. Vai soar idiota, narcisista, mas não presto muita atenção no que não tem nada a ver comigo. Eu disse que Eloise era menor de idade e ninguém ligou pra mim, e ela continuou indo, mas nunca falei com ela. Não sei com quem ela se envolveu. Também pelo mesmo motivo não sei quem seria esse amigo próximo de Blaise. Somos todos amigos e nos damos bem... Talvez aquele recrutado dele seja próximo, mas não sei muito sobre ele também porque ele é meu calouro e eu não tenho mais tempo pra ficar monitorando a vida dos calouros igual antes, sabe. E sobre algo esquisito... Você vai aprender logo, Genny, que se não acontecer algo esquisito, não é uma festa universitária. Muitas coisas aconteceram e eu não me orgulho da maioria, mas aconteceram e não posso mudar esse fato. No fim das contas eu só participo disso porque não tenho muita escolha, tenho?", relatou e deu de ombros, parecendo um pouco desconfortável. Pela primeira vez em uns dias se lembrou do processo disciplinar e em como Pierre podia ester envolvido. Claro que omissão é tão ruim quanto o crime, porém Viv sabe como a mentalidade de multidão pode ter influência sobre alguém, especialmente se você não é acostumado a tomar as próprias decisões e se impor, como Pierre foi a vida toda. Além do mais, a pressão dos pares podia ser estressante ao extremo no nível psicológico, assim como a necessidade de fazer parte e pertencer. Pelo seu jeito despreocupado e debonair, a loira nunca pensou que Pierrou não quisesse estar onde estava, mas, como sua própria lição diz: nunca se conhece alguém completamente. Geneviève assentiu e agradeceu o irmão.
Depois de finalizar a conversa, Geneviève saiu do quarto do irmão com a cabeça um pouco zonza. Blaise tinha um recrutado e talvez esse recrutado fosse o outro cara da gravação. Talvez esse fosse o anônimo, ou o segundo componente. Agora ela iria até a Université finalizar aquilo, mas antes discou o número de Chloé Beauchamp. ❝ — Chloé? É a Geneviève. Eu descobri o nome completo e umas outras informações do nosso amigo. Estou indo para a Université para encontrar o dormitório dele e vou te passar isso também. Mas antes, escuta só...❞ — continuou, passando tudo que Pierre a disse. Era passada a hora de acabar com aquilo de uma vez por todas.
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os-12contos · 3 years
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CONTO I - O TRAUMA QUE ME HABITA
               Acordei naquela manhã chuvosa aos gritos vindo do corredor, minha mãe me encarando na porta do quarto entre aberta, eu só conseguia ouvir um zumbido, mas logo reparo que estava estressada logo cedo com a máquina de lavar quebrada. Quando me decido levantar sou jogada no chão a forças pelo meu pai que gritava,
               - Você não serve para nada aqui dentro dessa casa;
               Logo olhei para cima e vi tudo escuro após levar um chute na cabeça.
               Essa era a minha vida em 19 anos, tinha meu trabalho, ajudava com as contas de casa, a maioria, ajudava nos afazeres domésticos, e mesmo assim nunca estava bom o suficiente, eles queriam que eu tivesse 30 anos e fosse a base da casa, mas eu ainda estava estudando para poder ter um emprego melhor, e sim, dar uma vida de rei e rainha que eles tanto queriam.
               Era uma vida conturbada, por que eu não queria estar ali, mas por algum motivo e sabia que eles não dariam conta sozinhos, estavam doentes da cabeça, não os culpo, ficaram assim logo quando meu irmão morreu na linha do trem por um descuido de ambos. Estavam indo para a casa dos tios do meu pai no interior, eu estava com 4 anos e meu irmão com 2, por um instante se viraram para olhar se o trem estava vindo, ele estava sim, mas meu irmão já havia caído na plataforma. Me lembro vagamente de que desde então tudo ficou diferente, eu vivia indo e vindo de casa em casa, parentes, amigos, vizinhos, e sempre que estava junto deles, sofria. Depositaram toda a culpa em cima de mim.
               Tive que aprender a ir para a escola sozinha, a fazer minha comida, cuidar de mim mesma, já que eles estavam presos naquela cena monstruosa. Tenho certeza que isso afetou tanto eles, não estão mais em si, nunca teriam feito tudo que fizeram comigo se essa perda não tivesse destroçado a mente deles.
                 12 de dezembro de 2015, eu estava completando 19 anos, e eles simplesmente se esqueceram, ou não quiseram lembrar, aliás, tudo aconteceu cinco dias antes do meu aniversário. As brigas aumentaram, de sutis, para violentas, todas elas me envolviam, todas elas eu era o motivo. Como se eu fosse uma válvula enferrujada e a qualquer toque, abria e jorrava tudo de ruim.
                 Acordei alguns minutos depois após a pancada na cabeça, eu já estava quase me atrasando para o trabalho e o sangue escorria pelo meu nariz, os deixando mais nervosos ainda. Então só puxei a mochila que estava na cadeira ao meu lado e sai correndo de casa.
                 Não consegui pegar o ônibus para o trabalho, a tolerância eram 10 minutos de atraso e eu já estava a vinte e nem a caminho eu estava, não poderia mais ir trabalhar naquele dia. Mudei minha rota e encontrei um hotel a 3 quadras da minha casa, fiz todo meu cadastro na recepção e subi para o quarto mais simples. Adormeci enquanto sentada na cama.
                 - Nancy, Nancy, Nancy! Está na hora do café, desça agora!
               Minha mãe me chamava enquanto eu estava acordando com a luz forte do sol batendo no espelho e voltando para meu rosto, meu irmão estava sentado na ponta da minha cama escondido pelo lençol pronto para me dar um susto, tão lindo e gentil, agarrei ele e comecei a fazer cocegas por todo o seu corpo minúsculo.
               - Vamos comer, vamos comer, cereais com iogurte, sorvete e bacon! (Me puxava entusiasmado)
               - Vamos sim, mas quanto a parte do sorvete não sei se a mamãe vai concordar. (Respondi enquanto ele gargalhava com minhas cocegas)
                 Acordei com o serviço de quarto na porta do quarto, mas eu não atendi, estava paralisada, o que sempre acontecia quando eu tinha esses sonhos que envolviam a vida que eu teria se a tragédia não teria acontecido. Então voltei a dormir para que pudesse vê-lo novamente.
                 - Nancy, quanto tempo mais você vai demorar para terminar de lavar essa louça e vir aspirar o sofá? (Gritava minha mãe na ponta do quarto do hotel)
               - O que... como? Me encontraram? (Confusa, tentava entender toda aquela situação)
               - Eu não gostei do modo que você saiu correndo de casa, e ainda por cima não foi trabalhar! Quem vai pagar as contas de casa? Quem vai sustentar as duas pessoas que te colocaram no mundo?
               - Me desculpe mamãe, eu estava confusa, tinha sido agredida pelo meu próprio pai sem nenhum motivo!
               - Nancy, eu sou a sua mãe e ele é o seu pai, o mínimo que esperamos de você é respeito...
               Tudo aquilo era muito confuso, e eu já estava a um ponto de não aguentar mais suportar aquela convivência toxica. Decidi colocar tudo para fora, alias... eu já estava fugindo.
               - Em primeiro lugar, eu devo a vocês todo o respeito do mundo, mas ser acordada com um chute no rosto não é o respeito que vocês exigem. Eu dou o meu melhor no trabalho e em casa, mas vocês estão doentes, eu tive que crescer sozinha enquanto vocês se afundavam na própria depressão. Claro que eu não os culpo, estão doentes por uma tragédia que aconteceu a anos, e eu não tenho nenhuma culpa nisso, eu sinto falta dele, ele também era importante para mim.
               - Nancy, minha princesa, você precisa entender que ele era nosso garotinho de ouro. E não temos mais em nossos braços. Precisamos nos desculpar com vo...
               Ela é interrompida com meu pai chutando a porta do apartamento, vindo direto em direção aos meus cabelos, saiu me puxando pelo quarto, estava sendo arrastada enquanto tentava me soltar. Minha mãe o empurrou até me soltar, e eu corri para o outro lado do quarto.
               - Quem você pensa que é para me desrespeitar dentro da minha própria casa? Deixar tudo bagunçado e ainda por cima não ir trabalhar, quem é que vai...
               - Eu não tenho mais dez anos de idade, e você não pode me tratar assim, isso é crime, eu estou perdida e sozinha, você é um louco!
               Ele se aproximou novamente para me puxar, mas eu acordei no chão do quarto, e lá estava eu sonhando acordada de novo. Fui até o banheiro e lavei meu rosto, tudo estava confuso e girando, precisava de alguma coisa com álcool, mesmo eu nunca tivera bebido antes, nos filmes isso parecia acalmar as pessoas. No frigobar tinham aquelas minigarrafas de vodca e whisky, misturei os dois em um só copo e virei.
               - Nancy... Nancy... (soava bem baixinho a voz de minha mãe)
               Coloquei o travesseiro no rosto e comecei a gritar, junto as lagrimas, colocava tudo para fora, retirei o travesseiro e enxuguei as lagrimas, olhei ao redor e me vi sozinha, podendo fazer tudo o que eu quisesse... desenhei, bebi todas as garrafas do minibar, cantei alto, dancei, tomei banho na banheira, e adormeci ali mesmo.
               - No fundo do mar, minha jovem sereia dançava com sua cauda, penteava seus cabelos, no fundo do mar... (Cantarolava minha mãe enquanto ensaboava meus cabelos)
               Olhei para cima e vi seus olhos brilharem, como se nunca tivesse tido a oportunidade de me dar banho.
               - Sabe que quando eu tive você, era tão frágil que nos primeiros meses não conseguia te dar banho sem auxílio de alguém, tinha medo de te derrubar ou até mesmo jogar água em lugares errados.
               - E por que você nunca mais me notou? Andando sozinha pela casa, de madrugada eu ia tomar chá por que não conseguia dormir, e lá estava você fumando um cigarro na varanda. Muitas vezes eu me aproximava e ficava ao seu lado, mas era como se eu não estivesse ali, e seu que você também não estava.
               Senti algo em minhas pernas, e meu pai estava dentro da banheira olhando fixamente para nós duas, e novamente acordei quase me afogando.
               Desde criança eu tinha esses sonhos que pareciam realidade, alguns eu nem sei se não foram reais, sempre fui agredida pelo meu pai, e minha mãe nunca estava em si, ela andava pela casa com o olhar fixo, sem piscar, como se fosse um zumbi, apenas vivendo. Eu sei que eles sofreram muito com a morte do meu irmão, mas o problema era a culpa voltar totalmente para mim.
               Novamente bateram na porta, era o serviço de quarto que eu não havia pedido, me embrulhei na toalha e fui até a porta, olhei pelo olho magico e lá estavam meus pais, agachei no chão e decidi abrir então a porta, alguém correu rapidamente e começou a pular na cama, era meu pequeno irmão, com uma bola de basquete entre os braços, corri para abraça-lo e caímos juntos entre os travesseiros, meus pais olhavam sorrindo da porta.
               - Viemos te trazer para uma visita, ele estava implorando para te ver. (disse meu pai comendo um pretzel e sujando todo o carpete do quarto.
               Minha mãe já estava na cabeceira olhando qual livro eu estava lendo, “a psicologia como um todo”
               - Meu deus, como você consegue ler esse livro tão grande e em tão pouco tempo. (Diz ela espantada)
               - Eu tenho que ler se quiser ser uma psicóloga boa. E poder dar o melhor para esse rapazinho aqui! (Falo olhando para ele e tocando seu nariz)
               Dessa vez acordo no corredor do hotel, de roupão, mas senti como se não estivesse sonhando, o som do elevador indicava que eles acabaram de entrar para irem embora. O que será que está acontecendo?
                 Me sentei no chão e me abracei, chorando todas as lagrimas possíveis. E então o som do elevador novamente, fiquei olhando fixamente para ver se não eram eles voltando, e era um moço que aparentava ter entre 25 anos, jovem, engravatado, cabelo penteado, e olhos verdes vindo em minha direção, ajoelhando no chão e me abraçando fortemente.
                 - O que aconteceu dessa vez? Por que você não me ligou e pediu ajuda? Eu vinha até você...
               - Quem é você? (Perguntei me afastando do desconhecido)
               - Como assim quem sou eu? Sou seu irmão Petter... você está bem? (Insiste o rapaz em me conhecer)
               - Não tenho irmão, o único que eu tive morreu a anos na plataforma do trem.
               - Meu deus! (Responde ele aflito)
               Então pegou seu celular e começou a fazer uma ligação afastado de mim, mas eu conseguia ouvir ele conversar com alguém sobre mim.
               - Ela não está bem vovó, não está em si... vou chamar o médico.
               Ele me colocou para dentro, não hesitei, pois, meu corpo estava todo mole, devia ser as bebidas que eu tomei. Ao me lembrar do gosto corri para o banheiro para colocar tudo para fora, e tranquei a porta. Adormeci no chão.
               - Nancy? Nancy, abra a porta, a vovó está aqui! (O rapaz ainda insistia na porta)
               Abri a porta ainda com restos de comida nos cabelos, estava tropeçando nas coisas até chegar na cama e sentar, havia uma senhora em pé ao lado de um homem de jaleco. Eu já não sabia mais em qual realidade eu estava, precisava de ajuda.
               - Minha querida, deite-se aqui. (Dizia a senhora se aproximando e arrumando o travesseiro)
               - Quem são vocês, e o que fazem aqui? (Perguntava eu toda confusa)
               - Precisamos que se acalme, vou pedir para o doutor aplicar um relaxante em você, não se preocupe estamos aqui agora... (Dizia a senhora limpando com a toalha meus cabelos)
               - Estarei aplicando diazepam em sua veia, mas não se preocupe pois só irá lhe ajudar. (Diz o doutor se aproximando com uma maleta)
                 - Vou te contar uma história... A 10 anos atrás você sofreu um acidente de carro, e seu irmão August infelizmente não sobreviveu, foram anos e anos para conseguirmos te explicar, mas você nunca mais foi a mesma. Seus pais tentaram de tudo, te levaram nos melhores psicólogos, mas você ficava andando pela sala com o olhar fixo, sem piscar, mexendo nos livros grandes do doutor. Foi diagnosticada com uma forte depressão e síndrome do pânico, sempre estávamos ali para te dar o suporte, tentando te trazer de volta para nós. Nunca saia do quarto, e de madrugada te pegávamos fumando escondido na varanda olhando para o nada, as vezes ficava batendo sua cabeça no guarda roupa até seu nariz sangrar, foi muito difícil para todos nós ver nossa princesa naquela situação. Tinham dias em que seu irmão tentava te acordar animado para o café da manhã, te oferecia sorvete, e logo você se perdia... seu pai e sua mãe estão do lado de fora do quarto, aflitos por não saber onde você estava, correram para vários hospitais te procurando.
               - Comecei a ver tudo nitidamente, naquela manhã eu tive meu pior surto, sai correndo pela rua apenas com a mochila nas costas, eu criava cenas em minha cabeça que não existiam, as memorias que eu tinha do meu irmão eram na verdade memorias reais com o Petter, meus pais não me agrediam, eu me agredia, eu que andava pela casa sem rumo, não respondia, não comia, não trabalhava, não estudava... eu que estava doente. Após o acidente eu que fiquei com problemas, nunca percebi as pessoas ao meu redor tentando me ajudar. Eu que não consegui sair dessa ilesa.
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6tiago9ks · 3 years
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1ºano juntos. Oque eu posso dizer nessa carta? Algo que nunca disse a ela? Impossível, ela sabe de tudo e não é pouca coisa. Então falarei o quanto sou feliz desde aquele dia... o dia da melhor escolha da minha vida com toda certeza. Foi em uma manhã, uma manhã de sábado, normal para mim, mas para ela eu saberia que não estava sendo, era um dia importante, o dia que ela me mostraria o que aprendeu, durantes os meses que tentei ensina-la o que eu era pago para fazer. Egoísmo da minha parte dizer que ela era a minha preferida? Ou dizer que ela me chamava muito a atenção desde o início, porem eu não tinha uma explicação óbvia para isso. Porem era o que realmente acontecia no meu peito, um pequeno turbilhão de sentimentos inexplicáveis, por que? alguém um dia poderia me responder... Voltaremos ao início novamente. Eu estava ali para ensinar apenas, sem nenhum outro foco, como realmente eu tinha prometido para mim, nunca mais me apaixonar, ou pelo menos me envolver intensamente com alguma garota. É PERDI. Ela apareceu, a garotinha com os olhos de esmeraldas, não era a primeira vez que eu tinha a visto, mas eu sentir algo estranho por uma garota dali, não era normal, porem deixei para lá, não quis me aprofundar mais no momento, porém o tempo foi passando, não muito tempo, digo, semanas, e me peguei olhando para ela novamente, a observando, realmente confundi minha própria mente, por que eu estava interessado nela? Por que ela era quieta e diferente das outras? Poderia ser. Mas ela era tão linda, realmente me chamou a atenção, não apenas da mente do meu coração. Um tempo passou comecei a encher o saco dela, gostava de brincar com ela, principalmente quando mudava o cabelo, (CADA MÊS UMA COR HEHE), adorável aquela garotinha me encantava cada vez mais.Era uma coisa tão notável, que a própria mãe e avó dela tinham notado que eu olhava diferente para ela, com um desejo que nem eu mesmo conseguia decifrar dentro de mim, mas elas conseguiram perceber, ruim? Talvez não, pois foi as duas que contaram a ela, a maneira que eu olhava a ela, é elas estavam certas e você sabe disso muito bem pois me olhava da mesma maneira. A gente começou a se entender e realmente a perceber que estávamos gostando um do outro, adiro muito o que a gente fez até a hoje, o quanto evoluímos daquela época para hoje, gosto de lembrar e rir, o quanto éramos bobos sem conseguir trocar uma palavra direito, e hoje não conseguimos ficar muito tempo longe um do outro, sentimos falta de beijo, de um toque de uma palavra com o calor do corpo, realmente garota estamos apaixonados, essa é a palavra APAIXONADOS. Chegou as férias, e conseguimos contato um do outro então podemos conversar sobre o que era aquilo que sentíamos, e sim foi a resposta que eu queria que você dissesse a mim, falou o que queria comigo e eu me esquivei para não me envolver porque sabia que poderia ser momento, então conseguimos manter um relação sem nem termos trocado um beijo que seja, isso foi muito bom. Me apeguei em você garota de uma maneira que nunca tinha me acontecido antes, de uma maneira que sinto a falta até do seu olhar, que realmente acaba comigo. Passou um tempinho, você sumiu e cara foi um coisa torturante não ter seu bom dia, quando eu acordava, fica esperando uma mensagem sua todo dia, com o peito apertado pois não tinha nenhuma notícia sua, e nem sabia se eu tinha feito algo para te magoar e afastar você de mim. Então realmente me torturava pensar nisso, pois sentia sua falta. Até que chegou um dia que voltou os treinos e eu vi aquela garota, e ela estava realmente mais linda ainda como eu imaginava, até melhor, mais encantadora, mas a maneira que me olhava não mudou, aqueles olhos verdes me provocavam, me faziam e fazem até hoje eu ficar louco. Sim eu quero ficar o resto da minha vida contigo.Foi então que percebi que estava realmente gostando dessa garota, a minha pequena dos olhos verdes, eu precisava arranjar um jeito de ganhar um beijo dessa garota, meu corpo pedia por algo assim, precisava sentir seus lábios tocarem o meu para a gente terminar nossa união tímida e perfeita. Até que aconteceu em um dia especial assim por se dizer, 14/03/2020 esse dia será eternizado, eu tinha marcado um amistoso para elas, meu time, ganhamos se divertiram foram bem admito, mas aquela garota foi de mais ela conseguia me tirar a atenção de tudo apenas para ficar observando ela, e o pior de tudo que eu me senti realmente bem quando estava perto dela. Acabou o jogo delas, pedi para a minha garotinha ficar ali comigo, e claro ela aceitou, abusei da minha autoridade? Talvez, mas foi necessário precisa ficar um tempo a mais com ela do meu lado pelo menos isso... Ela ficava pra cima e para baixo atrás de mim, engraçado quase pisava nela sem querer mas ela continuava. Que momento perfeito. Até que acabou os jogos e eu pedi para ela me ajudar a guardar as coisas, novamente ela aceitou me olhando com olhar de desconfiança daquela maneira que só ela consegue fazer, subimos as escadas, ela me elogiou, logo em segui retribui o elogio dizendo que ela estava linda e que tinha jogado bem. Guardemos as coisas e ela ficou me olhando falando algo que eu não estava escutando, pois a única coisa que eu via era boca dela mexendo, enquanto eu pensava se cometia a loucura de beija-la ali. Foram os 10 segundos mais longos da minha vida enquanto pensava, a hora que eu me dei conta de mim já segurava o rosto dela e me aproxima da sua boca, foi um beijo rápido mas o meu coração acelerou, minhas pernas gelaram, e o tempo parou em volta. Ela nem se despediu de mim apenas saiu, sem dizer uma palavra, fiquei inseguro, pensativo, talvez tivesse feito uma grande merda, fiquei com um grande medo de você se afastar de mim depois daquilo garotinha. Mas não meu medo foi em vão, pois aquela foi a melhor escolha da minha vida pois fiquei mais apaixonado ainda em você, consegui realmente perceber que estava a te amar de uma maneira que eu nunca tinha amado ninguém na vida, de uma maneira que eu nuca nem tinha conhecido A DROGA DO AMOR, que para mim ao passar dos tempos foi se tornando meu calmante, aonde eu não conseguia mas prever algo sem você na minha vida. Você se tornou parte de mim, realmente se tornou meu bem mais precioso, algo que eu nunca poderia achar que encontraria na minha vida, logo eu que nunca mereci atenção nunca pedi nada disso, sou hoje o cara que mais ganha atenção e é mimado todos os dias pelo fogo da sua paixão senhorita Schilipack. Sou completamente grato a você pelo amor que me deu durante esse ano garota, e sim quero um futuro extremamente brilhante ao seu lado. Você me ensinou a amar Você me ensinou a cuidar Você me ensinou a ouvir Você me ensinou a cuidar de você Você me mostrou seu coração Você realmente se importa comigo E me ama.
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btsmika · 4 years
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♡ auto-sabotagem (imagine com v):
imagine livre para todas as idades. e lembrem-se de que se alguém se sentir mal com algo escrito aqui, peço que me perdoe pois a intenção nunca é ofender ninguém! espero que gostem!!!
sinopse: Tae encontra você chorando na sala do zelador do colégio e decide ajudá-la com algumas palavras de conforto.
Em uma manhã de verão, Taehyung, um garoto novato no seu colégio, andava pelos corredores tentando conhecer melhor o lugar, quando ele ouviu um barulho estranho: era alguém chorando. Era você chorando.
Levou um tempo até ele encontrar a origem do som, mas quando achou, ficou surpreso quando viu que vinha de dentro da sala do zelador. “Oi?” ele chamou, batendo na porta e encostando seu ouvido na mesma. Ninguém respondeu, então ele bateu novamente, mas dessa vez, o choro parou. “O que você quer?” você respondeu, tentando disfarçar o choro; talvez ele não tivesse ouvido você chorando, você pensou.
Taehyung percebeu que se tratava de uma garota, o que o fez ficar curioso, o que uma garota fazia chorando na sala do zelador?
“Por que você está chorando?” ele perguntou logo antes de ouvir uma fungada. “Não importa”, você respondeu. “Isso não responde a minha pergunta” Taehyung disse ao cruzar os braços, por mais que você não pudesse ver, e você revirou os olhos, por mais que ele não pudesse ver. Pensou que aquele estranho queria zombar de você, e a última coisa que precisava era alguém se metendo nos seus problemas.
“Olha, você não iria entender, ok?” você disse, se preparando para voltar ao seu choro, sozinha e sossegada. Mas Tae estava muito curioso. “Como pode dizer isso se ainda nem me disse por que estava chorando?” ele falou. “Eu apenas sei”, Tae não se conformou com a sua resposta: “Não vai me contar?”. “Eu nem te conheço!” você falou um pouco mais alto, mas isso não intimidou o garoto atrás da porta, que continuou parado no mesmo lugar, “E daí?”.
Você suspirou pesado. “Você quer mesmo saber?” parou de falar apenas pra ouvir a resposta dele, mas não ouviu nada, ainda sim, sentiu que ele ainda estava te ouvindo. “Tem… Tem uma coisa que eu venho sentido, faz um tempo.” começou, “Me sinto sozinha. É isso, perdida. Quando olhei no espelho hoje eu senti que… Sei lá, acho que nunca vou encontrar alguém que se interesse por mim de verdade... Talvez o amor tenha desistido de mim”.
Tae ficou em silêncio por um tempo, e isso a fez pensar que talvez ele já tivesse ido embora há minutos e você nem percebeu, ou seja: pelo menos você ia poder voltar à sua privacidade. Mas de repente, ele voltou a falar. “Por que está dizendo essas coisas pra si mesma?”, a pergunta te pegou de surpresa. “O quê?” você falou após não entender o que aquilo significava. “Eu perguntei: por que você está dizendo essas coisas a você mesma?”. Você respondeu “Porque é verdade”.
“Se você pensar que sim, então se torna verdade” ele continuou “isso é auto sabotagem, por que está se auto sabotando?”.
Você ficou em silêncio pensando nos seus motivos para pensar daquele jeito, sem saber como responder, era estranho, mas interessante pensar sobre isso. Então algumas pessoas que te magoaram surgiram em sua cabeça, e aí estava sua resposta. “Mas… Alguém… disse um dia que…”. “Só porque esse alguém te magoou uma vez, te disse palavras cruéis, não quer dizer que você tenha que acreditar nisso” Tae te interrompeu, mais uma vez, e quanto mais ele falava, mais você ficava pensativa. “Me responda, você acha que merece se sentir assim?”. “...Não” disse, como se respondesse para você mesma. “O amor não desistiu de você, você é quem está dizendo isso para si mesma. O amor nunca desiste de nós, ele sempre nos acha, de qualquer forma”. De repente, você começou a sentir o nó na sua garganta se desfazer aos poucos. “Então, por que está se auto sabotando?”.
Você ficou em silêncio. Cara, aquilo tinha te pego desprevenida. Talvez ele estivesse certo, talvez você não merecesse pensar assim. E talvez, aquela manhã que tinha começado tão ruim, fosse uma espécie lição que você precisava aprender. “Eu não sei” foi tudo o que conseguiu dizer a ele. Ele sorriu, no entanto, sem poder te mostrar. “Já que não sabe, por que não passa mais tempo tentando melhorar esses pensamentos, do que os piorando?” você sorriu, estava surpresa e curiosamente interessada na linha de raciocínio daquele rapaz. “Eu não sei como” respondeu.
“Talvez eu possa te ajudar nisso” foi a última fala de Taehyung, antes de você ir até a porta, sem mais lágrimas nos olhos, e abri-la.
O Kim também foi pego de surpresa naquela manhã, porque o mesmo não estava esperando encontrar olhos como os seus, feições e detalhes como os seus. Nossa, como você era bonita aos olhos dele, muito mais do que apenas bonita, para falar a verdade. E ele ainda nem sabia o seu nome. “Por que parou pra me ajudar?” você perguntou, olhando fixamente nos olhos do rapaz, com medo de tudo aquilo ser uma grande brincadeira. “E por que não?”, Tae sussurrou mas serviu como um motivo para te fazer sorrir.
Parece que o destino realmente quis te ensinar uma lição, e graças a Deus, essa lição veio em forma de Kim Taehyung.
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— admin emika 🥺
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tudoqueeusou · 3 years
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Eu nunca pensei que gostar de alguém doeria tanto. Dói lembrar dos bons momentos, dói lembrar dos maus momentos, dói lembrar que você terá que partir agora. Eu fiz uma lista dos prós e contras para que eu pudesse avaliar essa decisão, tudo isso numa tentativa de que isso não acabe, porque vai doer quando eu não receber mais mensagem sua, vai doer quando eu não souber mais sobre a sua vida, vai doer te deixar. Então .. da lista dos bons momentos temos: o momento em que me conheceu e me chamou de marrentinha, o momento em que você ainda não me conhecia muito bem e eu estava passando mal e você cuidou de mim, me lembro bem de ter ficado no carro sem conseguir sair e acabei cochilando, e você estava ali do meu lado com muita fome e mesmo assim preocupado comigo, você achou que eu estava dormindo e me cobriu enquanto estava indo pegar um lanche, depois de muito tempo que ficou só ao meu lado, quietinho. Foi ali que eu percebi que existia um homem atencioso e que se importava com o outro, mesmo sem conhecer o bastante. Outro momento que me recordo foi quando fui para a sua casa, e no meio da noite quando estávamos na cama conversando, você olhou para mim e falou:
-Nesse momento só estamos nós três aqui
E eu confusa respondi:
- Nos três ?
E você, segurando a minha mão e acariciando, respondeu:
-Sim, eu, você e o nosso amor
E depois desse instante nos beijamos por um longo período de tempo.
Eu me recordo de você me levar para a sacada do seu prédio só para apreciar comigo um pôr do sol, você até tirou uma foto minha e que guardo até hoje. Me lembro de nossas conversas por telefone, eu adorava ouvir a sua voz ... E dos nossos papos sobre casamento e filhos, você me disse que queria ter um time de futebol e eu disse que 2 já era o suficiente, e você me pediu que tivesse pelo menos 4, e eu disse que tudo bem. Você até fez uma planta da casa que futuramente estaríamos morando e disse que teríamos que ter dois banheiros, pq meu cabelo cai muito e tu não queria ficar catando cabelo no ralo rsrsrs. Eu gostava quando você estava comigo e fazíamos lasanha juntos, ou quando me tirava para dançar mesmo sem música e até mesmo quando me dava comida na boca. Eu me apaixonei por esse cara, eu acreditei que existia esse homem. Mas nós nunca assumimos nada um com o outro, não tivemos um relacionamento de fato, não fomos namorados. E aí, ficamos algum tempo sem ficar, e quando você soube até eu estava indo para a cidade que você morava me pediu para ficar com você, para ficar na sua casa, eu perguntei se você estava com alguém e você me respondeu que não tinha ninguém. Eu estava feliz por poder te reencontrar de novo... E foi depois disso que você começou a vacilar muito comigo. Primeiro você me esqueceu no dia em que eu cheguei na cidade que você morava, como pôde esquecer que eu estava chegando? Depois você demora de ir me buscar enquanto eu fico na casa de uma amiga só para te aguardar. E até então eu não tinha percebido os sinais, eu fui para a sua casa, entendi a sua demora já que você trabalhava, fiquei com você, dormi com você e no dia seguinte que era um sábado você foi para a faculdade e me deixou em casa, para não ficar lá sozinha pedi que me deixasse na casa da minha amiga, e você veio depois de horas me dizer que os seus pais haviam chegado em casa e que seria ruim se eles vissem que eu estava lá, pq eles não poderiam me ver? Pq estava me escondendo? Ainda assim eu te entendi e chateada eu pedi que trouxesse as minhas coisas e acabei ficando na casa na casa da minha amiga. No dia seguinte eu iria embora e você nem foi se despedir, você nem mandou mensagem para saber se eu precisava de algo ou se eu tinha chegado bem. Você já tinha vacilado nesses momentos e eu só ignorei. Na mesma semana você partiu feio o meu coração. Enquanto eu olhava as redes sociais, eu passei rapidamente em um status de relacionamento que acabava de ser postado e para a minha surpresa, era você. Em menos de uma semana? Sério isso? O que você queria que eu pensasse? Você foi tão idiota e imaturo e aquilo acabou comigo, naquele momento tudo fez sentido. E você agiu comigo como se nada tivesse acontecido, nossa, a partir daí eu resolvi te bloquear e te tirar da minha vida. Mas para o meu desagrado nos esbarramos em uma festa, e lá estava você com uma garota que mal conhecia e resolveu assumir para todo mundo, nossa, quanta raiva, tristeza, desespero eu senti nesses momentos, eu não conseguia olhar para a tua cara, e você teve a cara de pau de falar comigo, como se estivesse tudo certo, tudo bem. Eu estava decidida a não trocar o minino de palavras com você, mas é claro que eu ainda tinha sentimentos por você e bastava você tentar conversar comigo para eu responder você. E foi isso o que você fez, voltamos a conversar, fui muito sincera com você sobre tudo, demonstrei o quanto estava chateada, você falou que se importava comigo, me ligou todos os dias e continuou namorando, quando terminou veio me avisar, mas nesse meio tempo eu havia conhecido alguém, e comecei a namorar, e o mais engraçado é que você demonstrou chateação quando soube disso, me falou que estava se sentindo um trouxa. E o que você acha que eu senti quanto eu te vi com outra pessoa? Acha que foi fácil te ver com outra?
Você foi egoísta e babaca e mesmo você vacilando eu mantive contato com você, ignorei todos os sentimentos que tinha por você e fingir que estava tudo bem, não termina por aqui os vacilos que você fez comigo, mas termina por aqui as palavras de hoje, pq o impacto de todos os maus momentos foram maiores do que os bons momentos, e por isso minha decisão é tão óbvia, mesmo que esteja doendo tanto.
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grimmauldyn · 4 years
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( POV:001 ) 𝐓𝐇𝐄 𝘽𝙇𝘼𝘾𝙆 𝐀𝐍𝐃 𝙒𝙃𝙄𝙏𝙀 𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐈𝐒 𝐊𝐈𝐍𝐃 𝐎𝐅 𝐀𝐍𝐍𝐎𝐘𝐈𝐍𝐆.
grimm’s second power rises. 
Pesadelos nunca foram um problema para Grimmauld. Nem sequer eram uma possibilidade para o filho de Merlin, afinal como um autoproclamado mestre de sonhos ele tinha completo poder sobre o que iria sonhar ou deixar de sonhar, e a verdade é que graças a essa sua habilidade, ele sequer sabia o que eram pesadelos até finalmente invadir seu primeiro sonho ruim, e ter que usar seus poderes para afastar as sombras oníricas que atormentavam o sonhador. Porém, mesmo nessa situação — e tantas outras em que fez a mesma coisa, ele nunca experienciou a sensação de ter um sonho ruim, e por isso nunca soube como era estar naquela posição de vulnerabilidade, até mesmo achando estranho quando pessoas ao seu redor lhe falavam que tinham medo de adormecer. Como alguém poderia ter medo de ir para o melhor lugar do mundo? O reino dos sonhos? 
Ah, mas como o mundo dava voltas…
Não apenas o Emrys havia finalmente vivenciado seu primeiro pesadelo, como quase morreu durante essa nova experiência. Graças a um demônio besouro ele ficou preso em um sono infernal, em uma terra cheia de sombras onde foi forçado a encarar seus piores pensamentos e medos, que inclusive nem sabia que tinha. E enquanto tentava sair ou sobreviver naquela terra de assombrações pessoais, o besouro estava preso em sua mão, absorvendo todo o seu mana, e se não fosse por sua realização (e ajuda de um espírito místico da natureza) poderia ter tido toda sua energia vital sugada pelo demônio. Foi a pior experiência de sua vida, nunca havia sentido tanto medo, mesmo que houvesse se distraído pelo alívio de finalmente ter percebido que tudo aquilo era um sonho. 
Entretanto, desde então o mago não têm conseguido usar de suas habilidades mágicas da mesma forma, não tinha mais a capacidade de adormecer e visitar sonhos alheios, e pior ainda, também não conseguia mais manipular aquele plano. Seus últimos sonhos estavam sendo estranhos, com ele se encontrando em um local totalmente deserto, com apenas sombras e terra morta, uma vez ou outra aparecendo criaturas aterrorizantes, mas que por algum motivo não lhe importunava. Mesmo com essa aparente invulnerabilidade aos monstros, aquele lugar ainda  era ruim, sua sensação em geral era ruim, fosse pelos gritos de dor que escutava ou pelos espíritos que lhe imploravam por ajuda vez ou outra, ele simplesmente não conseguia ter paz ao dormir, e nem muito menos fugir daquilo, com sua magia sendo totalmente inútil.
A primeira teoria sobre o porquê de seus poderes estarem falhando foi que ele não tinha conseguido recuperar totalmente seu mana, mas logo se provou incorreta uma vez que ele ainda podia conjurar feitiços normalmente enquanto estava lúcido. A segunda teoria era um pouco mais arriscada, pensando que talvez os demônios do sonho continuavam indo lhe assombrar durante seu sono, bloqueando seu domínio a terra dos sonhos, mas também foi invalidada quando Grimm começou a usar amuletos protetores e conjurar feitiços antes de adormecer e ainda assim continuar passando pela mesma coisa. 
Ele não sabia mais o que fazer para solucionar seu problema, já havia tentado de tudo, desde passar horas no laboratório de poções fabricando todos os tipos de elixires que sua mente conseguia imaginar até ler os livros mais poderosos de seu pai, afinal havia herdado os poderes do mais velho e se tinha alguém que podia lhe explicar o que estava acontecendo era o maior mago de Mitica. E bem, talvez ele pudesse mesmo, mas seus livros não foram lá de grande ajuda. Pensou em ir pedir conselho diretamente ao diretor, mas sabia que Merlin tinha coisas mais importantes para se preocupar do que com a perda repentina de poderes do seu filho. 
Estava aliviado todo aquele problema, porém, com a melhor forma que encontrava. Cigarros e álcool. Infelizmente o efeito era temporário, mas era melhor do que sentir sua cabeça latejar o tempo inteiro, tanto por falta de sono quanto por motivos que o feiticeiro sequer entendia, mas claramente eram interligados a sua falta de magia onírica. 
O relógio do seu quarto apitou, lhe informando de que era exatamente meia-noite, o horário perfeito para se tentar conjurar um feitiço poderoso. Grimm se encontrava em sua cama, diversos grimórios e livros das sombras espalhados pela mesma, sem mencionar todas as suas anotações e junção de feitiços, tudo parte de sua elaborada pesquisa para conseguir seus poderes de volta. Respirou fundo, olhando pela janela para a lua e tentando canalizar sua energia para o que estava prestes a fazer. Não aguentava mais ficar daquela forma, aqueles sonhos estavam lhe infernizando demais e precisava ter um momento de alívio. Conseguia passar dias sem dormir, mas já havia passado tempo demais, não queria ser controlado pelo seu medo de ter outro pesadelo, de ter seus poderes incapacitados novamente, medo de que a terra mais linda e perfeita, o seu domínio, se tornasse o lugar que mais lhe trazia agonia. 
“— Okay, vamos lá.” o garoto falou para si mesmo, se preparando e motivando para seu feitiço. Era um dos mais poderosos, que nunca havia precisado ou mesmo ousado tentar antes. Fechou seus olhos, levando sua mão para cima dos dois livros mágicos para poder canalizar as letras mágicas dos mesmos, respirando fundo e levantando sua cabeça para sentir a energia da lua e canalizar toda a sua luz.  “— Duwies fawr breuddwydion, bendithia fi â…” começou a conjurar, apenas para ser interrompido da forma mais brusca possível. 
“— BRUXO!” alguém gritou, fazendo com que Grimmauld praticamente caísse para trás de sua cama, sua cabeça batendo com força na parede. “— BRUXO, ME AJUDE!” com o segundo grito o feiticeiro abriu seus olhos, se deparando com uma mulher totalmente sem cor em sua frente. Sua expressão era de desespero, e devido a luz que emanava, apesar de ser transparente, Grimm nem ao menos conseguia focar seu olhar na mesma.
Mas que merd… pensou. O que estava acontecendo ali? Havia caído em um sonho vívido novamente? Seus olhos foram diretamente para sua mão, procurando por qualquer indício de que um demônio poderia estar novamente lhe prendendo em um sonho ruim para absorver sua energia.  
“— É totalmente imperdoável ignorar uma dama, sabia?” a moça reclamou, chamando a atenção do mago mais uma vez. Agora ela estava menos radiante, porém ainda incolor. Usava um vestido que para o futuro herdeiro da Grã-Bretanha só podia ser de alguém da nobreza, e também tinha uma tiara em sua cabeça. Era uma princesa? “— Não sou princesa, sou uma duquesa.”
“— Você consegue ler minha mente?” perguntou a moça cinza, se ajeitando onde estava para lhe encarar melhor — e também porque estava começando a ficar bem incômodo. “— É uma telepata?” 
A mulher riu. 
“— Claro que não, meu jovem.” se moveu para frente, fazendo com que Grimm finalmente percebesse que a mesma estava flutuando. “— Sou um fantasma” respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. “— E não li sua mente, você apenas me parece ser bem óbvio mesmo.”
Grimm novamente levou seus olhos para sua mão, dessa vez para checar que estava em um sonho. Nunca precisou usar métodos mundanos para aquilo, sua magia lhe permitia simplesmente sentir quando estava acordado e quando estava em seu domínio, mas se essa sua habilidade havia falhado da última vez, poderia falhar novamente. Procurou por indícios de mutação em sua mão e seus dedos, mas nada, estavam totalmente normais. 
“— Garoto, você vai me ajudar ou não?” perguntou a duquesa preto e branco, que sem mais nem menos possuía um leque em sua mão agora e estava se abanando com o mesmo. “— Você é um bruxo de espíritos, certo? Um médium, ou mediador, já que consegue me ver.” 
“— Eu….” não sabia responder aquela pergunta. Nenhuma das duas. Não sabia o que estava acontecendo, e aquilo lhe irritava profundamente, por mais que não estivesse deixando mostrar para a mulher. “— Acho que sim?”
A duquesa suspirou fundo, como se estivesse decepcionada. 
“— Acha que sim?” sua voz parecia indignada, e sua expressão mostrava o mesmo. Se não fosse transparente, Grimm imaginou que ela poderia estar ficando vermelha naquele momento. “My goodness, eu fui atraída por sua energia acreditando ser um feiticeiro poderoso que poderia finalmente me libertar, mas pelo visto….” 
“— Eu sou um feiticeiro poderoso! ” se defendeu, talvez um pouco rápido demais. Percebeu que o semblante da outra mudou completamente ao ouvir aquilo. Ainda parecia desapontada, mas agora um pouco mais investida no que Grimm poderia lhe falar. 
O filho de Merlin não entendi nada do que estava acontecendo, e não ajudou a sua cabeça ao perceber que agora não estava apenas a duquesa preto e branco no seu quarto, mas também outras duas pessoas, também sem cor, ali na sua janela observando tudo. 
Levou outro susto. Dessa vez caindo da cama diretamente no chão, mas não demorou muito para se levantar, começando a ficar realmente amedrontado com tudo aquilo. 
“— Quem são vocês?” perguntou, agora preparando suas mãos como se estivesse prestes a lançar feitiços.
“— Não posso falar meu nome, meu querido.” a duquesa respondeu, seu tom de voz ainda indiferente como desde o princípio. Bom, depois dos gritos. “— E aqueles ali nem merecem sua atenção, são dois fantasmas burros que me seguiram até aqui. Eu cheguei primeiro.”
Fechou seus olhos, andando de um lado para o outro no quarto. Havia colocado um feitiço em seus colegas de quarto antes de tudo aquilo para que não acordassem durante toda sua tentativa de conseguir seus poderes de volta, e aparentemente havia funcionado muito bem. Ou ele apenas estava imaginando tudo aquilo, de novo. 
“— Como não pode falar seu nome?” perguntou, abrindo seus olhos e então percebendo que a Duquesa havia se movido de onde estava antes bem para sua frente, o que fez se mover para trás assustado mais uma vez. 
“— Nomes têm poder, não posso falar o meu, porque você quem tem que falar para que eu possa voltar para a terra dos vivos.” explicou, como se estivesse totalmente entediada com aquela conversa. “— Será que pode fazer isso logo?” 
Se moveu novamente para sua cama, como se procurasse por um refugio, um lugar onde poderia fazer tudo aquilo sumir. Não estava entendendo porque aquela mulher estava ali, nem muito menos os outros dois do lado de fora do seu quarto lhe encarando pela janela, não sabia o que ela queria dizer sobre ele lhe trazer de volta para terra dos vivos, ele não conseguia fazer aquilo. Era necromancia, um tipo de magia negra, Grimm não faz magia negra. 
“— Vamos logo com isso.” a nobre continuou a falar, sua voz se tornando distorcida aos poucos. “— Bruxo, Feiticeiro, me ajude. Diga meu nome, você só precisa falar o meu nome e eu to livre… Vamos com isso!” estava ficando demoníaca, e enquanto mais falava, mais se aproximava de si, flutuando em seu vestido longo. 
Grimm segurou um amuleto de proteção e apontou para a mulher, algo que pareceu a irritar, fazendo com que a mesma começasse a se contorcer no lugar onde estava, da mesma forma que pesadelos se contorcem quando o feiticeiro lhes expulsa do mundo dos sonhos. Mas ela não era um pesadelo.
“— BRUXO, MÉDIUM, ME AJUDE!” agora gritou, voz estava tão infernal que Grimm ao menos conseguiu entender, escutando apenas um barulho horrível e fechando seus olhos por puro medo. “— ME AJUDE, ME AJUDE, FALE MEU NOME!” ela se moveu rapidamente, ficando cara a cara com o filho de Merlin. Seu rosto agora também estava tão distorcido quanto sua voz, e seus olhos tão vermelhos que pareciam que iam explodir a qualquer segundo. 
“— VAI EMBORA!” o feiticeiro gritou de volta, sentindo seu coração batendo tão rápido, todas as memórias de quando havia sido encurralado pelo seu outro eu em seu primeiro pesadelo voltando. A diferença é que aquilo ali realmente estava acontecendo. “—  EWCH YN RHWYDD”
Ficou uns bons segundos daquela forma, sentado em sua cama, com seus olhos fechados, sentindo como se precisasse chamar alguém, pedir ajuda de alguém, mesmo com sua voz sem força de fazer aquilo. Porém, após perceber que não havia sido atacado, o feiticeiro abriu seus olhos e percebeu que estava sozinho ali. 
Bem, “sozinho”, seus colegas de quarto ainda dormiam pacificamente. 
Soltou a respiração que nem sabia que estava segurando. Não tinha mais nenhum fantasma ali, nem a duquesa, nem fantasmas na janela. Ele estava livre daquilo. Pelo menos fisicamente, pois sua mente estava a mil sobre todas as informações que havia recebido. 
O que a fantasma quis dizer com ela foi atraída por ele? Ele era um médium? Nunca havia conseguido ver fantasmas antes, não queria ver fantasmas. Parecia que os espíritos das pessoas mortas não eram exatamente simpáticos, e ele não tinha mais emocional para levar sustos daquela maneira. 
“— Pelos espíritos da natu…” começou a falar enquanto se deitava em sua cama aliviado, então percebendo o que estava saindo de sua boca e a tampando quase que instantaneamente. Última coisa que o menino queria era invocar espíritos novamente. 
Pois é, parecia que Grimmauld iria passar mais uma noite sem sono. 
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bts-scenarios-br · 4 years
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Reaction - Eles te defendendo de outro homem.
Oi, gente! Só queria avisar que talvez isso possa ser ruim para algumas pessoas lerem. Eu não coloquei nada muito pesado, mas se você for muito sensível com assédio ou algo do tipo, tome muito cuidado quando for ler, okay?
JIN
“Eu vou levar o lixo lá para baixo!” Disse para o seu namorado, pegando a pequena sacola da cozinha e se dirigindo para a porta do apartamento. 
Você tem o costume de usar as escadas ao invés do elevador, principalmente quando está sozinha, por isso foi direto abrir a pesada porta de ferro. Desceu até onde precisava, colocando o lixo em seu respectivo lugar, e começou a andar de volta para as escadas. 
Quando chegou ao terceiro andar, você quase esbarrou com um morador do prédio, que não conhecia muito bem, mas por sempre se verem acabam se cumprimentando. 
“Boa tarde.” Você deu um leve sorriso, que ele logo retribuiu. 
“Boa tarde!” Olhou para trás de você. “Está sozinha hoje?” 
“É, eu só fui levar o lixo para fora.” Tentou continuar subindo os degraus, mas ele não se mexeu, bloqueando o seu caminho. “Hã, com licença, eu preciso passar.” 
“Para que a pressa?” Ele começou a descer alguns degraus lentamente, fazendo com que você fizesse o mesmo. “Sabe, a gente sempre se esbarra, mas nunca tivemos chance de nos conhecer.” Nesse momento você já estava prensada entre o homem e a parede, sem ter muito lugar para onde ir. “Acho que esse seria um bom momento para isso, o que acha?” 
“Desculpe, eu realmente preciso ir agora.” Tentou escapar, mas ele te prensou ainda mais. 
“S/N?” Ouviu um grito vindo de alguns lances acima de onde estava, e logo reconheceu a voz do seu namorado. Com a distração que ele causou, o seu vizinho se assustou um pouco, e você aproveitou para correr para a escada. 
“Jin!” Gritou de volta, subindo alguns degraus, mas o seu braço logo foi puxada, fazendo com que todo o seu corpo caísse para trás. Por sorte, você jogou os seus braços para trás, então apenas os ralou, assim como suas mãos. 
“Shiu!” O homem disse, em pé e em cima de você. “Não é para abrir a boca.” 
“Ele já sabe que eu estou aqui.” Você disse, assustada. 
“Silêncio!” Percebeu que ele estava prestes a fazer alguma coisa com você, pois começou a se inclinar para a frente, mas ele foi puxado de onde estava com certa brutalidade, e foi prensado contra a parede. 
“Que merda você acha que está fazendo?” Seu namorado perguntou. 
“Nada, eu não fiz nada.” O homem tentou responder, e você conseguia ver o desespero no olhar dele, já que era fisicamente bem menor que o Jin. 
“Então ela ficou naquele estado por nada?” Apontou com a cabeça para você, mas o outro não abriu a boca. “Some daqui, anda.” Ele o soltou, e esse não perdeu tempo para sair em disparada. “Você se machucou muito, jagiya?” Ele se agachou do seu lado, te olhando preocupado. 
“Não, só me ralei um pouco.” O olhou. “Como sabia que eu estava aqui?” Ele olhou para um canto no teto, mais especificamente para uma câmera presa no teto. 
“O porteiro viu e me ligou, dizendo que achava que alguma coisa estava acontecendo com você na escada.” Voltou a te olhar. “Eles têm tudo gravado, não se preocupe que aquele imbecil não vai sair impune, okay?” Você concordou com a cabeça. “Agora vamos, vou colocar alguma coisa nos seus braços.” Ele disse, te ajudando a se levantar calmamente.
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YOONGI
“Eu vou no banheiro, já volto.” Disse, se levantando do sofá e recebendo um murmúrio de concordância do seu namorado, que estava concentrado no trabalho. 
Você saiu do estúdio e começou a se dirigir até o banheiro, cumprimentando algumas pessoas que conhecia pelo caminho. 
Quando estava voltando para a sala do Yoongi, esbarrou sem querer em um staff que você não conhecia muito bem. 
“Perdão.” Você disse, se afastando e se inclinando enquanto se desculpava. “Eu não te vi, desculpa mesmo.” 
“Tudo bem, não se preocupe.” Ele disse, demorando um pouco em te olhar. “Na verdade, acho que tem um jeito que você pode se desculpar.” Disse, cheio de segundas intenções na voz, o que você percebeu na hora. 
“Eu preciso ir, na verdade, mas desculpa mesmo assim.” Você ficou mais séria, tentando voltar a andar pelo corredor. mas foi impedida pela mão do homem, que segurou o seu pulso com força e te puxou até que colasse o seu corpo no dele. “Me solta.” Você disse entre os dentes. 
“Não, você me deve um pedido de desculpas decente.” Conseguia sentir o hálito dele na sua nuca, e se arrepiou de medo e repulsa com isso. “Vem.” Ele começou a te puxar para uma sala vazia
“Me solta!” Tentava correr dele, mas por conta do seu nervosismo e medo, não conseguiu fazer muita coisa. 
No estúdio, o Yoongi começou a estranhar o fato de você estar demorando tanto, já que normalmente o avisaria se fosse fazer alguma outra coisa além de ir ao banheiro. Por isso, ele deixou os fones de lado, e começou a andar em direção ao banheiro feminino mais próximo. 
Quando estava quase chegando lá, ele pensou ter ouvido sua voz em uma sala vazia que tinha no corredor, e por mais que ele achasse que fosse coisa da cabeça dele, ele decidiu entrar para confirmar. 
“S/N?” Disse assustado quando entrou no cômodo e te encontrou prensada na parede por outro homem. Ele sentiu o sangue dele ferver assim que viu as lágrimas nos seus olhos, e não hesitou em puxar o homem pela roupa, o tirando de perto de você, e o jogar no chão. “Que porra é essa?” Ele praticamente gritou na cara do que estava no chão. 
“Suga?” Ele olhou para o seu namorado com os olhos assustados.
“Ah, que bom que sabe o meu nome.” Respondeu ironicamente, o olhando com desprezo. “Mas você não me respondeu.” 
“Eu não fiz nada, só queria conversar com ela.” 
“Aquilo não estava parecendo uma conversa para mim.” O puxou pela roupa de novo, mas dessa vez fazendo com que levantasse do chão. “Para mim, parecia que você estava prestes a fazer uma merda muito grande com a minha namorada.”
“Ela é sua namorada?” E pareceu ficar ainda mais assustado, virando os olhos para você, que estava se encolhendo contra a parede, tentando se recuperar. “Desculpa, eu não sabia, eu só…” 
“Você só está se desculpando porque descobriu que é a minha namorada?” Ele disse, o soltando enquanto dava um riso de deboche. “Você realmente me enoja.” 
“Não, eu…” 
“Cala a boca.” O homem parou de falar no mesmo instante. “Acho melhor você sair daqui o mais rápido possível, antes que eu faça algo que me arrependa.” 
Assim que o homem saiu pela porta, seu namorado correu até você, segurando o seu rosto delicadamente com as mãos, procurando algum machucado evidente em você. 
“Não tem nada no meu rosto.” Você disse. “Acho que ele apertou demais minha cintura, mas só isso.” 
“Eu sinto muito jagiya.” Ele disse, olhando para baixo. 
“Não é sua culpa, Yoongi.” 
“Mesmo assim.” Ele suspirou. “Eu vou providenciar que ele esteja fora daqui e das nossas vidas o mais rápido possível.” 
“Eu sei que vai.” Deu um pequeno sorriso de lábios fechados.
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HOSEOK
“Está com sede?” Seu namorado diz alto no seu ouvido por conta da música do lugar.
“Um pouco.” Você responde do mesmo jeito, enquanto olha em volta. “Eu vou sentar ali.” Aponta para uma pequena mesa alta com duas cadeiras que tinha um pouco atrás de onde ele estava. 
“Okay, Eu vou pegar alguma coisa para a gente beber, já volto.” 
Ele te deu um selinho e começou a andar em direção ao bar, enquanto você foi para onde tinha dito, se sentando e começando a olhar em volta. 
Menos de cinco minutos depois, você percebeu um homem te olhando um pouco longe. Não se importou muito com ele, até ele se aproximar e se sentar na sua frente. 
“Tudo bem?” Ele disse, com um sorriso. 
“Aham.” Respondeu, olhando para o lado. 
“Ah, entendi.” Ele riu um pouco. “Você é do tipo difícil, estou certo?” 
“O que?” Franziu a testa. “Eu não sou tipo nenhum.” 
“Qual é, gatinha.” Ele esticou o braço por cima da mesa, encostando no seu. “Não precisa ser assim.” 
“Será que você pode sair, por favor?” Colocou os braços para baixo. 
“Infelizmente eu não vou poder.” Ele se levantou, começando a andar na sua direção, o que fez você ficar um pouco assustada. “Olha, eu tentei te conquistar da maneira fácil, mas você não está colaborando.” Disse, segurando ambos os seus braços. 
“Me conquistar?” Perguntou, levantando uma sobrancelha. 
“É.” Te puxou da cadeira, fazendo você ficar em pé e muito perto dele. “Mas vamos ter que resolver isso do meu jeito, agora.” Ele tentou te puxar para algum lugar, mas você grudou os pés no chão assim que cruzou os olhos com o seu namorado, que assim que viu o que estava acontecendo, largou tudo o que estava segurando e correu em sua direção, sem pensar duas vezes antes de empurrar o homem com força para longe de você. 
“Que merda você estava fazendo?” Ele disse, andando em direção ao homem, que o olhou com os olhos arregalados. 
“Ela é sua namorada?” Ele perguntou nervoso. 
“É.” Respondeu, o olhando com raiva. 
“Desculpa, cara, eu não sabia.” 
“O que?” Seu namorado pareceu ter ficado com ainda mais raiva. “Não é para mim que você devia pedir desculpas, seu imbecil, não fui eu que você assediou.” 
“Eu…” Ele parou de falar e virou o rosto para você, que estava esfregando o braço onde ele tinha apertado. “Me desculpe.” Você não respondeu ele, apenas o olhou séria. 
“Agora some daqui.” O empurrou. “E eu juro que se te ver mais uma vez, eu não vou ser tão tranquilo assim.” 
O homem sumiu em meio a multidão de pessoas, e o seu namorado foi direto ao seu encontro.
“O que ele fez?” 
“Ele não chegou a fazer nada, mas estava me puxando para algum lugar.” 
“Seu braço ficou marcado, jagiya.” Ele os pegou delicadamente. “Melhor irmos embora para colocar alguma coisa aí.” Ele voltou a te olhar. 
“Tá bom.” Disse baixo, e ele depositou um beijo no topo da sua cabeça. 
“Eu nunca mais vou sair de perto de você em festas, vai ter que me aguentar até no banheiro.” Você deu um leve sorriso com o comentário dele.
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NAMJOON
“Eles já chamaram o táxi?” Você perguntou, ao seu namorado, enquanto saíam do restaurante em que tinham ido jantar. 
“Sim, ele chega em alguns minutos.” Ele disse, logo olhando para o celular em sua mão que começou a tocar. “É o manager, vou atender, já volto já.” Você concordou com a cabeça, vendo ele se afastar. 
Continuou na calçada, esperando pelo carro e pelo seu namorado, enquanto observava a rua pouco movimentada em que estavam. 
“Boa noite, moça.” Um homem disse ao seu lado, te assustando um pouco. 
“Boa noite.” Disse, voltando a olhar para a rua, imaginando que o homem iria embora, mas ele continuou parado do seu lado. 
“A noite está bonita, não é?” Ele disse. 
“Aham.” Disse, se afastando um pouco. 
“Ei, não precisa se afastar.” Ele disse rindo. “Sou inofensivo.” Piscou o olho, e você apenas o olhou séria, e voltou a cabeça para o outro lado, onde o seu namorado tinha ido. “Ah, já entendi, você é das nervosinhas.” Você voltou a olhar para ele com uma sobrancelha levantada. 
“Perdão?” Perguntou. 
“É, mas não se preocupe, eu aguento você assim mesmo.” Ele te olhou de cima a baixo, começando a se aproximar. “Você é bonita demais para estar sozinha aqui.” 
“Eu não estou sozinha.” Disse. 
“Ah é?” Ele disse um pouco debochado, olhando para os lados. “Tá me parecendo que você está sim.” Voltou a se aproximar, te segurando pelos ombros de repente. “Vamos fazer desse jeito, então.” Ele te olhou sorrindo. “Você vem comigo essa noite, e eu garanto que você vai se divertir tanto quanto eu.” Ele aproximou o rosto do seu ouvido, sussurrando a última parte. 
“Me deixa em paz.” Disse com a voz trêmula. 
“Não quer ir comigo?” Ele disse, descendo as mãos dos seus ombros para a sua cintura, o que fez você estremecer. 
“Não.” Teve forças para dizer, log sentindo um nó se formar na sua garganta. 
“Ah, que pena.” Ele riu. “Você vai vir mesmo assim.” Ficou sério de repente, passando a segurar os seus braços, e começando a te puxar para longe de onde estava. 
“Não!” Você gritou. “Me solta.” Disse mais baixo para ele. 
“Fica quietinha que é melhor pra você.” Ele se virou para trás para te olhar, e você viu quando a expressão dele se tornou outra, levando segundos para você sentir uma presença atrás de você. 
“Solta ela.” Ouviu o seu namorado. “Solta ela agora, ou eu juro que vou te deixar desacordado.” 
“Quem é você?” Ele voltou com o sorriso nojento, mas soltou o seu braço, e você foi direto para trás do Namjoon. 
“Não te interessa.” Ele disse, virando a cabeça para cima logo em seguida. “Tem uma câmera bem ali.” O homem olhou para a direção que ele tinha mostrado, um pouco assustado. “Se você correr agora talvez escape da polícia.” 
Você não chegou a piscar antes do homem sumir da rua, e caiu aos prantos nos braços do maior. 
“Ele já foi, eu estou aqui agora.” Ele disse, fazendo carinho nas suas costas. “Me desculpe eu não deveria ter te deixando sozinha aqui.” 
“Não é culpa sua.” Fungou. 
“Eu sei, mas eu poderia ter evitado isso.” Deu um beijo na sua cabeça, e logo viram o táxi parar do seu lado. “Vem, vamos pra casa.” Ele abriu a porta. “Você precisar descansar.” 
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JIMIN
“Hoje eles estão indo melhor do que o normal.” Uma das maquiadoras dos meninos disse, sentada ao seu lado em um dos camarins, enquanto assistiam ao show deles por uma pequena tela que tinha na sala. 
“Sim.” Você sorriu. “Principalmente o Jimin.” 
“Nossa, sério que você acha isso?” Ela te olhou com os olhos cerrados, e você começou a rir. “Eu preciso guardar minhas coisas, daqui a pouco eles acabam.” Se levantou. “Depois a gente se vê de novo.” 
Você sorriu para ela, que saiu pela porta, te deixando sozinha ali por alguns instantes apenas, até um funcionário do estádio em que os meninos estavam se apresentando entrar, se assustando um pouco ao te encontrar. 
“Ah, eu pensei que estava vazio.” Ele disse, e você sorriu sem mostrar os dentes. “Você trabalha com o grupo?” Ele perguntou, se aproximando.
“Mais ou menos.” Deu de ombros, sem sentir que precisa dar satisfação sobre quem era para ele. 
“Mas você não é daqui, certo?” 
“Não, não sou.” Tentou voltar a prestar atenção no show, mas o homem continuou insistindo em falar com você. 
“Você já conheceu a cidade?” Se sentou onde sua amiga estava antes. 
“Não, a gente não teve tempo para isso.” Forçou um sorriso.
“Se você quiser, eu posso te mostrar alguns lugares hoje…” 
“Não obrigada.” Foi rápida em responder.
“Por que não?” Ele franziu a testa. 
“Eu não quero conhecer a cidade com você.” Suspirou, se levantando. “Mas obrigada pela oferta.” Você disse, se levantando para sair de lá.
“Espera aí, moça.” Ele segurou o seu pulso. “Para que ser grossa assim?” Levantou uma sobrancelha. 
“Eu não estou sendo grossa, só não quero sair com você.” Disse, tentando se soltar dele, que te apertava ainda mais. “Será que pode me soltar, por favor?” 
“Não.” Ele falou sério. “Não até você aceitar sair comigo.” 
“Eu já disse que não vou.” Disse irritada, o que fez ele te puxar com brutalidade, fazendo você sentar onde estava antes. “O que você está fazendo?” Ficou com medo.
“Para de ser difícil, lindinha.” Ele colocou uma mãe em cada ombro seu, aproximando os seus rostos. “Se você se comportar bem, eu vou ser bonzinho com você.” 
“Me deixe ir.” Disse com um soluço. 
“Não, eu gostei demais de você, sabe.” Ele aproximou ainda mais os seus rostos, mas parou a centímetros quando a porta se abriu, e seu namorado entrou no lugar, enxugando o suor da testa. 
Quando o Jimin levantou o olhar e encontrou você apavorada e com lágrimas escorrendo pelo rosto, e o homem assustado com a presença repentina a centímetros de você, ele sentiu algo horrível crescer no peito dele. 
Sem pensar muito, ele voou para cima do homem, o empurrando com tanta força que o derrubou no chão. 
“O que você estava fazendo?” Ele perguntou com a raiva evidente na voz. 
“Nada, eu só…” 
“Nada?” O homem foi cortado. “Então por que ela está chorando?” 
“Eu não sei.” Ele olhou para os lados. 
“Ah não sabe?” Seu namorado riu irônico. “Que engraçado, porque eu acho que sei muito bem o que aconteceu aqui.”
Você percebeu a movimentação no corredor quando o Namjoon chegou no lugar, mas ele deu meia volta, e voltou segundos depois com dois dos seguranças dos meninos junto. 
“Não, espera!” O homem entrou em desespero quando o levantaram do chão. “Eu não fiz nada, eles que inventaram isso!” 
“Eu vou avisar o carro para esperar um pouco mais.” O líder disse, te lançando um olhar consolador e indo embora. 
“Jagiya…” Ele se ajoelhou na sua frente, que ainda estava sentada. “O que aconteceu?” 
“Eu não sei.” Ele secou algumas lágrimas que caíram do seu rosto. “Ele entrou aqui e tentou me chamar para sair.” Fungou. “Aí quando eu disse não ele começou a vir para cima de mim.” 
“Entendi.” Ele concordou com a cabeça, se levantando em seguida. “Não se preocupe que eles vão resolver isso, okay?” Você concordou com a cabeça. “Ótimo, então vamos para o hotel, você vai poder relaxar um pouco mais lá.” Te ajudou a se levantar, passando um braço por trás dos seus ombros, e te guiando até o carro.
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TAEHYUNG
“V, pode se posicionar, por favor?” O fotógrafo disse para o seu namorado, que estava sentado do seu lado. 
“Claro.” Ele se levantou e te deu um rápido beijo. “Não vou demorar.” Você sorriu e ficou observando ele se afastar. 
Vocês tinham de sentado em um canto do estúdio de fotografias que estavam. Tinham alguns equipamentos na sua frente, mas se inclinando um pouco você conseguia enxergar onde estavam trabalhando. 
Como não tinha ninguém conhecido lá além do Tae, não saiu de onde estava, até mesmo por medo de acabar atrapalhando alguém de lá. 
“Você não trabalha aqui, trabalha?” Um homem com um crachá te perguntou, se aproximando de você. 
“Não, eu estou acompanhando o Taehyung.” Deu um leve sorriso após responder. 
“Ah sim.” Estranhou quando o homem se sentou onde antes estava o seu namorado. “É seu namorado?” 
“É.” 
“Entendi.” O homem se ajeitou no banco, se aproximando de você. 
“Deve ser difícil namorar alguém famoso.” 
“Um pouco, mas vale a pena.” Você tentou se afastar, mas ele colocou uma mão na sua cintura, te impedindo de se mexer. “O que está fazendo?” Disse, tirando a mão dele de lá.
“Nada demais, não precisa ficar brava.” Ele riu, e você olhou para os lados, indignada que ninguém tinha visto o que aconteceu. “Sabe, eu estou te observando desde que chegou com o seu namoradinho.” Ele se aproximou, sussurrando no seu ouvido. “Eu te achei bem interessante.” 
“Me deixa em paz.” Tentou se levantar, mas ele foi mais rápido, e fez com que você acabasse prensada entre ele e uma caixa de equipamentos. 
“Vamos, não precisa ser tão difícil.” Se aproximou do seu ouvido de novo, e você o empurrou com toda a força que conseguiu achar, mas ele apenas deu alguns passos para trás, e logo voltou a estar em cima de você, mas dessa vez de empurrou com força contra a caixa, te dando uma dor que sabe que será a causa de algumas manchas depois. “Você não deveria ter feito isso.” Te olhou com raiva. 
“Me deixa em paz, por favor…” Você olhou em volta novamente, na esperança de que alguém te enxergasse, mas todos pareciam te ignorar. 
Isso até você cruzar o olhar com o seu namorado, que demorou alguns segundo para assimilar o que estava vendo. 
“Ei!” Ele gritou, assustando todos que estavam no lugar. “Solta ela!” Ele saiu de onde estava, na frente da câmera. 
“Taehyung, onde está indo?” O fotógrafo o perguntou, mas soltou um som de surpresa quando viu um de seus funcionários de prensando. 
“Eu disse para soltar ela.” Ele puxou o homem de cima de você. “O que pensa que estava fazendo?” 
“O que?” O homem se fez de confuso. “Eu não estava fazendo nada, ela que puxou.” 
“Ah me poupe.” Seu namorado o empurrou para longe, logo se virando para as outras pessoas que estavam lá. “E vocês, realmente vão se fingir de cegos?” Viu a maioria desviar o olhar. “Ótimo.” 
“Espere.” O fotógrafo disse desesperado, se aproximando. “Desculpe, eu não sabia que ele é esse tipo de homem.” Seu namorado arqueou uma sobrancelha. “Nós vamos tomar as devidas providências com ele.” 
“O que?” O homem se assustou. “Mas eu já disse que não fiz nada!” 
“Cala a boca.” O fotógrafo falou, fazendo ele se calar na hora. “Nós podemos continuar a sessão outro dia?” 
“Não sei, tenho coisas mais importantes para resolver agora.” Ele levantou um braço para tocar em você de leve. 
“Entendo.” 
Vocês saíram do lugar em silêncio, deixando para trás um fotógrafo furioso e um funcionário que tentava a todo custo salvar um emprego. 
“Me perdoe, jagiya.” Ele falou, quando se sentaram no carro. 
“Não precisa de desculpar, Tae.” 
“Preciso sim.” Ele suspirou. “Ele te machucou?” 
“Acho que machuquei um pouco as costas.” 
“Aquele desgraçado.” Ele olhou pela janela enquanto se afastavam do prédio. “Eu nunca mais coloco os pés nesse lugar.” Voltou a te olhar. “E eu preciso parar de te trazer para esses lugares comigo.” 
“Eu não me importo de vir.” Deu de ombros. 
“Mas eu me importo de você correr perigo.” Colocou uma parte do seu cabelo atrás de sua orelha, e você deu um leve sorriso para ele, que passou um braço pelo seu ombro e te puxou para apoiar a cabeça nele enquanto voltavam para casa.
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JUNGKOOK
Já era noite quando mandou uma mensagem para o seu namorado, dizendo que ele já podia ir te buscar no trabalho. A maioria dos funcionários já tinham ido embora quando você chegou na calçada para esperar pelo Jungkook, por isso se assustou quando um carro desconhecido parou bem na sua frente, descendo o vidro para revelar um de seus colegas de trabalho.
“Não está tarde para você ficar aqui fora sozinha, S/N?” Ele disse, ainda dentro do carro. 
“Meu namorado está vindo para me buscar, não vou ficar aqui por muito mais tempo.” Você respondeu. 
“Eu posso te dar uma carona, não vai me atrapalhar.” Ele sorriu. 
“Não seu preocupe, eu não preciso, estou bem.” 
“É perigoso você ficar aqui sozinha.” Ele disse, descendo do carro, o que fez você começar a ficar um pouco nervosa. 
“Muito obrigada, mas eu realmente não preciso.” Tentou forçar um sorriso.
“Sem essa.” Ele deu um sorriso de lado, e começou a se aproximar de você, que deu alguns passos para trás. “Ei, o que é isso? Está com medo de mim?” Ele sorriu mais. “Eu estou só querendo te ajudar.” Continuou se aproximando de você. 
“Eu já falei que não vou com você.” Disse firme. “Vai embora.” 
“Que tipo de cavalheiro eu seria se deixasse uma moça como você aqui?” Ele se aproximou o suficiente para segurar o seu braço. “Vem logo, S/N.” 
“Me solta.” Você disse, olhando em volta desesperada. 
“Eu só quero te ajudar.” Sorriu de novo, passando uma mão pelo seu rosto, que você virou na direção oposta. “Sua teimosia ainda vai te trazer muitos problemas.” Ele começou a te puxar em direção ao caro. 
“Me solta!” Você repetia, usando toda a sua força para se segurar no chão. 
Você estava prestes a começar a chorar, quando dois faróis apareceram na rua, e o carro mal parou de andar quando seu namorado saltou do banco do motorista. 
“O que está acontecendo aqui?” Ele disse, se aproximando e olhando fixamente para o outro homem, que congelou sob o olhar do Jungkook, que não pensou duas vezes antes de o empurrar em direção ao carro dele, fazendo com que o homem batesse as costas em uma das portas. “O que você estava fazendo?” Perguntou, ficando entre vocês dois. 
“Nada, eu só estava preocupado de ela ficar aqui sozinha a essa hora.” Ele disse assustado. 
“Não, você não estava.” Voltou a se aproximar do homem. “Você estava tentando forçar ela a entrar nesse carro.” 
“Eu…” Ele tentou se justificar de novo, mas parou ao ver o quão próximo seu namorado estava dele. 
“Eu vou te dar alguns segundos para ir embora.” Ele começou a se afastar devagar. “Mas se eu souber que você tentou alguma coisa com a S/N ou qualquer outra mulher de novo, você não vai nem ter tempo para pensar em como fugir.” 
Vocês ficaram observando quando o homem correu para o banco do motorista, e saiu de lá em toda velocidade. 
“Meu Deus jagiya, você está bem?” Ele se virou, se aproximando de você com cautela. “Ele te machucou.” 
“Não, só apertou um pouco os meus braços.” Você disse olhando para baixo. 
“Me desculpe, eu devia ter vindo antes.” Ele te puxou para um abraço. 
“Não é sua culpa, Kookie.” Retribuiu o gesto. 
“Olha.” Ele apontou para cima. “Aqui tem câmeras.” Voltou a te olhar. “Nós podemos denunciá-lo, não?” 
“Acho que a empresa pode tomar ótimas providências se mostrarmos isso para eles.” Sorriu de leve para ele. “Mas agora eu quero ir para casa.” 
“Claro, claro.” Ele passou um braço pelos seus ombros. “Vamos embora daqui.”
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Espero que tenham gostado, e desculpe por qualquer erro!
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ameixasilvestre · 4 years
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Cordão Umbilical
- Você ainda me ama?
- Não.
E dois tiros foram disparados em sequência, com apenas alguns segundos de diferença. Silêncio.
 12 anos depois (13 de outubro)
"Dois corpos foram encontrados no casarão da 8º Avenida. Policias desconfiam que eram um casal, e se suicidar..."
- Mamãe! Você viu? - gritou o pequeno George, de doze anos recém-completados, da sala de Tv.
- O que, meu querido?
- Mais um. - olhou para a mãe e percebeu sua expressão de confusão - Mais um casal morreu naquela casa perto do hospital que eu nasci. Foi lá, não foi?
- Foi, George. Mas já disse para parar de assistir esses noticiários violentos. - disse a mãe, com preocupação no olhar.
- Ah, mãe, também quero investigar. Igualzinho o papai. - o menino parecia refletir profundamente sobre suas convicções - Queria estar lá com ele, e descobrir o que acontece nessa casa...
- Deixe que as pessoas certas cuidem disso agora, meu bem. Seu pai é a pessoa certa, não é?
- É... Mas você não acha estranho que essa casa continua sendo alugada, mesmo depois de várias mortes? - indagou para a mãe, decididamente curioso.
- Vamos mudar de assunto, tudo bem? Que tal um sorvete, para comemorar seu aniversário?
- Claro... - George ficara decepcionado com a falta de interesse da mãe no assunto, mas resolveu parar de insistir. Estava ansioso para a chegada do pai e sua mente borbulhava de perguntas sobre a casa misteriosa.
  Um dia depois (14 de outubro)
- Dizem que um demônio assombra aquela casa. Atrai casais para lá e depois os mata.
- Ouvi dizer que ele destroça os corpos. Tripas pra todos os lados.
- Legal! Nunca mostram essa parte na Tv...
George mal chegara na escola e já podia perceber que os colegas só comentavam sobre uma coisa: a casa e seus supostos poderes sobrenaturais. Cada um dizia uma coisa diferente. Espíritos, possessão, loucura repentina, maldição... disseram até que a casa apenas atraia psicopatas e também que um serial killer passava por lá sempre que era alugada e deixava rastros de sangue por todas as paredes.
 O menino ouvia as histórias dos colegas com atenção, às vezes até sentia um pouco de medo. Sentia um arrepio quando mencionavam o hospital em que nasceu, já que ficava na mesma avenida que o casarão.
 As mortes inexplicáveis dos casais que alugavam a casa, dadas como suicídios, começaram no dia em que nasceu, 13 de outubro. Aconteciam uma vez por ano, sempre no dia do seu aniversário. Quando perguntou aos pais sobre seu nascimento, disseram que foi tranquilo e lindo. A coisa mais linda que acontecera na vida dos dois. Com uma expressão de devaneio, seu pai contou que nesse dia o céu estava limpo e azul desde seis da manhã e, assim que Geroge nasceu, uma tempestade extremamente forte começou.
 Seus pais dizem que foi um sinal de Deus, e eles agradeceram nesse momento por seu bebê ter nascido forte e saudável. E na mesma fração de segundo, dois tiros foram ouvidos por todos no hospital. Algumas horas depois, dois corpos foram encontrados em uma gigante poça de sangue e resquícios acinzentados. A mulher estava grávida de nove meses, e podia ter dado a luz a qualquer momento caso aquela tragédia não tivesse acontecido - era o que constava nos laudos post mortem.
  Uma semana depois (21 de outubro)
- George, querido. Eu sei como está se sentindo, mas precisamos ser fortes agora. Vamos nos despedir de seu pai.
O dia estava fresco e o céu azul. Esse tempo não era justo. Estava calmo demais. Feliz demais. George observava enquanto o coveiro jogava a terra marrom acinzentada sobre o caixão de seu pai. Lágrimas corriam por suas bochechas.
 Uma semana antes (14 de outubro)
 - Meu bem, preciso voltar ao trabalho. É urgente. Seu pai pode chegar a qualquer momento. Não saia de casa, por favor. - a mãe instruía o filho rapidamente, que acabara de voltar da escola; os pensamentos correndo a mil, e uma sensação ruim bombardeava seu coração.
 - Posso comer os cookies de chocolate?
 - Pode, querido. Só deixe alguns pra mim. - disse ela, sorrindo para o menino. - Volto já.
 Assim que a mãe saiu, ele foi correndo para a cozinha. Avistou o pote com os doces e, todo triunfante, foi finalmente pegá-los. Quando se preparava para dar a primeira mordida, ouviu um sussurro perto de si.
 - Mãe? - chamou, quase murmurando. Todos seus músculos travados por conta do susto. Arrepiado de medo. Fechara os olhos com força.
 De repente ouviu gritos. Gritos de dor. Visualizou um jardim. Havia uma árvore, as folhas murchas e vermelhas. Cor de sangue. Elas caiam dos galhos. Não, elas escorriam. No galho mais alto e grosso um corpo. Viu seu pai, pendurado pelo pescoço. Os olhos apagados.
 Balançou a cabeça para dissipar a visão. Seu pai. Não, aquilo não tinha acontecido. Era apenas sua imaginação. Queria manter os olhos fechados até seus pais voltarem e o resgatassem dali, mas sua curiosidade fulminante não deixou. Quando abriu-os viu uma sombra fantasmagórica andando pelo corredor. Seu cérebro tentava decidir entre se esconder embaixo da mesa e fechar os olhos com todas as forças novamente ou sair correndo, quando a porta da frente foi violentamente aberta.
 - George! Meu bem? George! - era a voz de sua mãe. A sombra sumira e os gritos também, no momento em que a porta foi aberta. Ele não conseguia responder a mãe. Apenas esperou-a. Ela finalmente entrou no cômodo, logo percebendo a palidez e a careta de susto do filho. Ambos choravam. Ela o abraçou. - Seu pai, George...
 - Eu sei, mamãe. Eu sei.
 Naquela noite George dormiu seu sono mais profundo. Não teve sonhos. Nem pesadelos. Sua mãe ficou ao seu lado, a noite toda em claro chorando a morte do marido e vigiando seu filho, temendo por sua vida. E sua curiosidade mortal.
10 dias depois do enterro (31 de novembro)
 Depois do dia que vira a sombra passando pelo casa e ouvira os gritos, o mesmo dia que recebera a notícia da morte de seu pai, George odiava ficar em casa sozinho. Mas decidira não contar para a mãe sobre o ocorrido. Ela já estava lidando com muita tristeza, não precisava de mais um problema.
 Ele sabia que a mãe trabalharia até tarde. Era dia de plantão. Não queria passar o dia inteiro sozinho em casa. Assim que saiu da escola foi direto para uma banca de jornais perto da 8º Avenida, dez minutos de sua escola. Queria apenas comprar chicletes e ão viu como sua mãe poderia achar aquela desviada de caminho um problema. George conservara sua inocência infantil.
 E sua curiosidade.
 8º Avenida. Rua da banca. Do hospital. E do casarão.
 Nunca se conformaria com a morte do pai. Ainda mais tão estranha do jeito que foi. Um dos guardas noturnos do hospital percebeu uma movimentação no jardim do casarão, mas não estranhou pois as investigações sobre o "suicídio" do casal ainda estavam acontecendo. No dia seguinte o corpo do perito principal fora encontrado pendurado por uma corda no galho mais alto da única árvore do jardim. Enforcado. Suicídio?
  Porém George sentia que seu pai não se suicidara. Estava tudo errado. Os policiais, os jornais. A mãe estava errada, pois ela acreditava e inclusive se culpava. E ele queria descobrir o que realmente acontecera. Finalmente poderia investigar - igual seu pai costumava fazer.
 Desviou o conhecido caminho até a banca e rumou para o casarão. Estava circundado por uma fita de plástico amarelo, onde lia-se "CENA DO CRIME proibida a entrada". Esperou alguns minutos em silêncios e, como não ouviu barulhos, decidiu entrar. Curvou-se um pouco e passou pela fita amarela.
 Olhou para a árvore. A única do quintal. O galho não estava mais lá. Recolheram para análise no dia da morte. Uma mancha clara de vômito cobria uma pequena porção do chão. George concentrou-se para não chorar. Analisando a árvore, sentiu que as respostas não estavam ali. E sim dentro da casa.
 Não tinha porta. Provavelmente os policias arrancaram-na. Talvez seu pai tinha feito isso. Para o laudo do crime anterior. Num impulso, suas pernas não obedeceram seu cérebro e foram contra seu medo, e o menino correu para dentro da casa. Conforme chegava mais perto, uma força invisível o puxava ainda mais.
 Agora corria o mais rápido que podia, esquecendo de todo o resto. A sombra, os gritos, o medo e até seu pai. Subiu as escadas, tropeçando algumas vezes. A casa era grande, cheia de corredores. Em um momento de lucidez, quase parou. Mas não conseguiu. A força puxava-o cada vez mais, e ele não conseguia parar de correr.
 Corria. Subia escadas e virava vários corredores. Via portas abertas e sombras dentro dos quartos. Ouvia gritos de dor. De alguma forma, sabia que era gritos femininos. Dor da perda. Sabia também que todas as mulheres que gritavam estavam grávidas. Prestes a dar a luz. Via armas, munição, pólvora. Sangue e miolos. Mais sombras, e gritos e sangue e...
 Parou. Estático. Quando voltou à consciência, percebeu que estava num quarto grande. Sem móveis. Vazio. Fechou os olhos e ouviu uma voz.
 - O escolhido... - uma mulher murmurou. Ou eram várias? Não sabia. - Abra os olhos, querido.
 Contrariando sua vontade, abriu-os. Os gritos cessaram.
 - O menino que esperávamos. Finalmente, nosso filho chegou.
 Mulheres de todos os tamanhos e jeitos o olhavam com um ar de urgência, as mãos estendidas para o menino, a expressão de medo e tristeza. De morte. O último grito não dado circundava seus lábios. Mas uma coisa chamava mais a atenção do que qualquer outra: todas elas, sem exceção, tinham um cordão umbilical pendurado em seus ventres. Externamente.
 As mulheres, todas juntas, começaram a mover na direção do menino. Suas mãos estendidas, os cordões como tentáculos, prontos para embalar-lo num abraço maternal de muito esperado.
Como dizem, a curiosidade matou o gato.
Ou quase.
Os transeuntes juram que até hoje - 40 anos depois do último caso de suicídio -, gritos podem ser ouvidos vindos do casarão. Gritos e a voz de uma única criança. Um menino.
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tsuburbs · 4 years
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RICHARD PARRISH  >> IRMà  »› PESSOAL DA BANDA
— Mas me diga, Richard – diz Lucy, girando o garfo por entre os fios amarelos ensopados de molho no prato sem me encarar. — Esse bar não é só para adultos?
— Eu já disse – resmungo. Estava ocupado demais escovando os dentes para responder quaisquer de suas perguntas sanguessugas – inclusive às que outrora eu cedera e já tivesse lhe explicado. Dessa forma, dispensava responder novamente. Entretanto, Lucinda parece não perceber minhas ocupações atuais.
— E o papai, ele sabe?
— Não acho que se interesse.
— Mas ele pode aparecer por lá. – Seu tom de voz é zombeteiro. Observo seu reflexo no espelho na medida em que enxáguo minha boca.
— Como eu disse, ele não se "interessa". O que significa que ele sequer deve saber sobre hoje.
— Ah, mas você pode precisar de um apoio moral – ela retruca, dessa vez, olhando para mim.
— Isso por acaso é um pedido indireto para ver seu irmãozinho performar ao vivo?
Consigo desfazer seu sorriso maldoso por alguns segundos.
— Passo. Eu tenho mais o que fazer. – Ela se levanta da cama num sobressalto, e o espaguete se revira para as laterais do prato, não caindo no chão por muito pouco. Lucy não se importa que suas ações – vide entrar no meu quarto com comida – possa prejudicar o ecossistema dele.
Na esperança de que ela se retire eu dou o meu melhor e lhe encaro hostilmente, mas tudo o que minha irmã faz é vir até o banheiro onde eu estou, apoiar a mão em meu ombro, e vislumbrar o próprio reflexo no espelho.
— Eu vou sair com um conhecido. Deixe a sua chave dentro da caixa de correios quando chegar.
— Por que a minha chave? – Questiono desconfiado.
— Porque somos dois infringentes, mas apenas um de nós está vivendo um sonho suburbano de tocar num bar adulto sendo um legítimo menor de idade.
Eu largo a toalha por um instante, incrédulo com a cara de pau daquela ao meu lado querendo trazer à tona esse impasse justo agora. Ela era mais velha que eu três anos apenas, mas seus atos não são menos levianos que os meus. Era uma tentativa nula de me pilhar, eu sabia.
Lucy limpa o canto dos lábios sujos de molho arqueando uma sobrancelha para mim. Pelo espelho, noto que ela parece nossa mãe ao arquear a sobrancelha daquele jeito, gesto intimidador. A diferença é que, estranhamente, apenas o de Lucy me amedronta. Suspiro contrariado porque era digno o acordo e eu não tinha tempo sobrando para rever meus direitos. Por hora, era eu quem estava em más lençóis somente por ser o mais novo, o que na verdade é muito injusto. 
Seco minhas mãos e me encaminho ao quarto, para a guitarra ao lado da janela. Estava ansioso por hoje em específico, e tinha ordens para me reunir com a banda com antecedência.
É quando estou prestes a sair que Lucinda me pega de surpresa com mais uma intervenção verbal:
— Richard?
— Sim?
Ela se acomoda no vão da porta e faz um sinal de shaka bra. Ao estilo Lucinda de ser, me dirige “boa sorte”, que mais soa coma uma dúvida que como uma retórica em si. Inconscientemente, eu sorrio e aceno com a cabeça. 
De casa, o caminho até o bar aonde iríamos tocar é um tanto longo, por isso aproveito para divagar em pensamentos. Era noite de Halloween e isso facilitava bastante as coisas no que diz respeito ao clima calorento da região, que não fazia do outono legítimo, mas, seguindo à bula da estação, tornava pelo menos o ar mais suportável naquele horário, e climaticamente interessante. Além disso, nossa casa não ficava nos subúrbios da cidade, sem muitos prédios e grandes comércios em volta. A brisa sempre é maior por aqui e, consequentemente, mais pura. E é me refrescando com ela que penso sobre a noite de domingo passado, e tenho a sensação de que estou mais corajoso que o normal desde então. E vou precisar de coragem mais do que tudo essa noite. O lado bom é que eu estava otimista, principalmente por ter sobrevivido ileso à essa semana. Depois de um show de fortes emoções naquela festa de domingo, o meu nível de epinefrina aumentou. Quando fecho os olhos, visualizo Catrina — seu rosto perdido ao ouvir minha pergunta, a hesitação posterior para beber whisky. Suas mãos em meus fios de cabelo e seus lábios nos meus. Essa é a sequência de dados em que consegui pensar desde a festa até agora.
O resto dos dias seguiram com um eu estranhamente ansioso para os ensaios na casa de Joshua, e tenho quase certeza que não era por causa do que faríamos hoje à noite pois, independentemente disso, tudo no que eu pensava enquanto ensaiava era em rever a ruiva na noite de sexta, e dessa vez eu teria um álibi, pra compensar as tentativas falhas de encontrar-me com ela nos corredores de sua casa. Foi frustrante não termos nos visto ao longo desses cinco dias, e me perguntei se ela estava me evitando por motivos óbvios. Sem que eu desse conta, estava decepcionado com a ideia — em qualquer outro momento não poderia me importar menos se ela estaria ou não em casa, e de repente estou desejando estar perto dela. Parte de mim estava com raiva de tudo aquilo, quero dizer, foi um beijo, mas não só um beijo. Não é como me sinto. Precisava saber o que ela achava também, e pra isso eu precisava perguntá-la. E como eu perguntaria? A razão de eu frequentar aquela casa era Joshua, e definitivamente não havia motivos para eu dialogar qualquer coisa com sua irmã com ele por perto.
Levando em conta que o show seria muito em breve, me apressei para chegar mais cedo para praticarmos uma última vez, foi o determinado. Não podíamos fazer feio, principalmente diante à oportunidade que nos aparecera — e, claro, graças aos pauzinhos que Alexander mexera. Eram coisas meio surreais pra mim, e sentia que tinha que fazer por valer a pena todo o sacrifício de Alexander e os esforços árduos de Josh. Mesmo porque a preparação pra tudo isso foi dura, com os ensaios e tudo mais. Nossa praia não era post rock e disso eu me toquei durante os momentos em que nosso vocalista estava ausente. O filho da mãe nos deu dor de cabeça durante as reuniões, uma vez que se envolvera numa briga no colégio, arrecadando cem pratas por promover anarquia e uma bela duma detenção. Oliver ficou louco, e Joshua emputecido. É capaz de eu ter soltado um palavrão ou outro logo no começo dos ensaios por causa de sua ausência, força do hábito — embora suspeitasse de que meu mau humor na maior parte era pela falta de um outro alguém naquela casa.
[...]
O bar estava animado. Do segundo andar, aonde estávamos, era possível ouvir as risadas e música alta vindo do lado de baixo. Praticamos muito nesses últimos dias, esta seria a primeira vez que tocaríamos em um bar noturno, e nunca nos apresentamos para um público daquele nível, daquela magnitude. Seria uma experiência nova e crucial para nós quatro, e estávamos todos ansiosos de certa forma. Cada um de nós queria ir bem hoje, embora eu um pouco mais porque, bem, tomei nota de que meu público se tornara apenas uma pessoa em especial. O que eu queria alcançar nesta apresentação ia além de admiração. Ao mesmo tempo, o sucesso dos demais dependeria de mim também, era meu dever oferecer dedicação total. Não havia opção: era arregaçar ou arregaçar no palco. Pro seu bem, Richard.
Me encosto à janela de vidro ao passo de que a fumaça do cigarro aquece meu rosto. Ao som de Dr. Feelgood, observo o lado de fora, onde muitas pessoas com fantasias serpenteavam a entrada do bar com suas silhuetas personalizadas do sobrenatural. Percebo que não me preparei tanto assim, devido a falta de tempo, e tudo que consegui foi uma camisa branca ensanguentada por baixo da jaqueta de couro preta. Era simplório, sim, porém continha o ar assustador — o sangue era a chave, eu penso.
Daí uma das fantasiadas me chama atenção.
— Hmm, a miss pompom veio, Joshua — provoco meu amigo. Olivia estava de vermelho, usando uma tiara de Diabo, essa é a visão. Concluo que é uma combinação muito apropriada para ela — a cor, a tiara... Não sei ainda se ela aparecer aquele dia para buscar a amiga foi bom ou ruim, bem quando eu ia falar...  
Ouço a resposta de Joshua na medida em que com a mão livre, analiso minha identidade falsa. Sou Richard, e tenho dezoito anos. Bem, Micah uma vez disse que eu era alto demais pra ter dezesseis anos. Advinha, Micah: eu tenho dezoito!
— Alexander, Alexander. — Ponho o cigarro no canto dos lábios e ergo a identidade para o alto como quem queria enxergar melhor algum detalhe. É só que era real demais para ser falsa. — Vou poder ficar com isso, né?
Olho para Oliver e Joshua esboçando um sorriso sacana. Isso era o passaporte para os melhores eventos que se pode participar. Usar isso uma única vez era um desperdício.
@parad1sekiss
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srtwilliams5h · 4 years
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Pornstar - (13) - Yes ma'am
Point Of View Camila Cabello
Ouvi os passos de Lauren se afastando, o barulho de sapatos caindo no chão, assim como o barulho de um zíper sendo aberto. Ela estava se despindo e minha excitação atingiu um nível ainda maior por conta da expectativa. Ouvi mais e mais passos, acho que ela estava andando pelo meu quarto até que voltou a ficar perto de mim, seu membro ereto encostando-se a minha bunda.
— Sabe, Camila... Você tem sido uma mulher muito má desde o dia em que eu te conheci.
O que?
— Co-Como assim?
Outro tapa forte e quente me atingiu, dessa vez na minha nádega direita, me fazendo soltar um urro alto. Deus, aquilo doía e ao mesmo tempo fazia com que minha intimidade clamasse pelo orgasmo.
Como era possível?
— Eu não me lembro de ter lhe dado permissão para falar, Camila! — ela disse, incisiva. — Terei que lhe ensinar boas maneiras, garota.
Quase abri a boca para falar algo, mas parei no mesmo instante. Seus tapas me excitavam e isso era um fato, mas eu também queria muito saber o que ela tinha em mente e para isso, eu precisava ficar quieta.
— Continuando, a primeira coisa que você fez de errado, foi me fazer perder o controle. Eu nunca gozo dentro de uma mulher no momento em que estou contracenando... Eu gozei dentro de você, porque você me prendeu no seu olhar. Acho que você merece um castigo por conta disso, não é, Camila?
Mereço? Se ela está falando, eu devo mere...
Outro tapa! Fortíssimo em minha nádega esquerda, e, caramba, se eu recebesse outro tapa, acho que derreteria junto a cachoeira de excitação que minha boceta liberaria.
— Responda, Camila! Toda vez que eu lhe fizer uma pergunta, você tem o dever de me responder.
Ah, sim.
— Sim, eu mereço um castigo por isso, Senhora.
— Sim, você merece. E merece um castigo também por ter feito um feitiço para que meu pau não levantasse para outra mulher. Porque é isso que está acontecendo, Camila. Eu não tenho uma ereção para outra mulher desde o dia em que transei com você. E isso não está certo, não é mesmo.
— Não está, Senhora.
— Não mesmo... — ela ficou em silêncio por alguns minutos, passeando a mão pela minha bunda quente e ardida. — Dez tapas, Camila. Eu lhe darei dez tapas por conta de tudo o que fez comigo. Está de acordo?
— Sim, Senhora.
— Perfeito. Por que estamos fazendo isso, Camila? Por que está curvada e me obedecendo?
— Porque eu queria saber como é... — primeiro tapa. Forte e rápido, bem no meio da bunda.
Ela me acariciou e eu gemi, me empinando para ela, meu corpo pedindo mais e ao mesmo tempo, implorando por um orgasmo.
— Continue a falar, não pare!
Segundo tapa, no lado direito, seguindo a sequência que ela tinha começado quando eu errava alguma coisa.
— Porque eu queria saber como era, Senhora. — gemi, recebendo o terceiro e quarto tapa.
Minha carne ardia e as paredes da minha vagina estavam tão apertadas, que eu tenho certeza que com apenas um toque em meu clitóris, eu iria gozar.
— E por que você está apanhando? — ela perguntou, acariciando minha bunda com leveza.
— Porque você não...
Quinto e sexto, o eco das palmadas preenchendo todo o meu quarto.
— Você? Isso está certo, Camila?
— Não, Senhora. — choraminguei, sentindo minhas pernas oscilarem.
Meu corpo implorava por um orgasmo, por um descanso, mas eu não queria parar.
— Recomece. Por que você está apanhando, Camila?
— Porque a Senhora não consegue ficar dura para nenhuma outra mulher, a não ser... — sétimo e oitavo, e mais excitação saía da minha intimidade. — Eu... — murmurei o final.
Ela me deu mais um tapa nas nádegas e fez uma pausa. Senti dois beijos em minha carne ardida e então, veio o golpe de misericórdia.
O décimo e último tapa, que minha bunda quente estava esperando, foi dado mais embaixo. Atingiu em cheio a minha intimidade.
Meu clitóris vibrou, senti um grito agudo saindo de minha garganta, enquanto minhas pernas viravam gelatinas e meu baixo ventre tremia em um orgasmo poderoso. Jatos saíram de dentro de mim, enquanto eu tinha o que muitos chamavam de mito ou então, algo que apenas atrizes pornôs conseguiam atingir: uma ejaculação feminina.
Era forte, e parecia que nunca ia acabar. Eu gozava e gritava, enquanto meu corpo trêmulo era acolhido nos braços de Lauren. Só percebi que estávamos sentados no chão, quando todo o torpor havia acabado, deixando apenas um tremor em meu corpo a cada movimento que eu ou Lauren fazíamos.
— Lauren... — murmurei, procurando algo para falar, antes que ficasse envergonhada demais para sequer olhar para ela.
— Camila, isso foi... Incrível! Você já tinha gozado assim? — ela olhou para mim, sorrindo.
Neguei com a cabeça, encostando meu rosto em seu peito nu. Ouvi a risada de alegria dela, enquanto um sorriso se abria em meu rosto.
— Sabe o quanto isso é difícil? Tirando você, acho que apenas duas mulheres já tiveram um orgasmo desse comigo, e as duas treinaram a vida inteira para atingi-lo. Enquanto você... Só bastou te colocar como submissa e bater na sua bunda! Incrível, porra!
— Lauren, por favor! — exclamei, totalmente envergonhada, apesar do sorriso de prazer estampado no meu rosto.
Lauren colocou dois dedos sob meu queixo e levantou meu rosto para que eu fitasse seus olhos, que estavam incrivelmente verdes, mais do que o de costume. Seu sorriso de alegria era contagiante.
— Não precisa ficar envergonhada, baby. No que depender de mim, te darei muitas e muitas ejaculações. — seus dedos desceram de leve pelos meus seios, começando a rodear meu mamilo de leve. — Agora eu quero foder você, de verdade.
Senti minha intimidade oscilar, acordando a excitação que adormeceu depois daquele orgasmo tão intenso. Mordi o lábio e saí do meio das pernas de Lauren, me sentando sobre seu quadril e pegando seu membro em minha mão. Ela sorriu e se recostou ao pé da minha cama, enquanto apertava meu mamilo em seus dedos.
— Me coloque dentro de você, baby. Devagar, porque você ainda está sensível. — ela murmurou, cuidadosa, mas com os olhos cheio de malícia.
Assenti e me levantei um pouco, sentindo minha bunda ardida protestar. Fiz uma careta e Lauren riu, puxando minha cabeça para me dar um beijo de tirar o fôlego. Senti sua língua passear por cada canto da minha boca, enquanto sentava devagar sobre seu membro, sentindo-a abrir espaço dentro de mim com sua cabeça larga.
— Porra, Camila... Você é tão fodidamente apertada! — ela rugiu em meus lábios, segurando meus quadris para que eu me sentasse devagar.
— E você é fodidamente grande! — gemi, sentindo-a me alargar por dentro, tocando todos os meus pequenos nervos.
— Fodidamente... Gosto dessa palavra saindo da sua boca. — ela mordeu meu lábio inferior. — Rebole em mim, Camila, vamos.
Obedeci, rebolando meus quadris devagar, sentindo-a entrar e entrar até que nossas pélvis se encontraram. Gememos juntas quando comecei a me movimentar, aumentando o ritmo de meus quadris com a sua ajuda. Seu pau tocava cada canto, ocupava todos os lugares que eu, nem sabia que existia em mim.
Quando apenas nos mover não foi suficiente, Lauren começou a impulsionar meus quadris para cima e para baixo, me fazendo cavalgar em seu colo. Seu pau ia tão fundo que eu poderia sentir meu baixo ventre oscilar, em busca de um novo orgasmo.
— Isso mesmo, Camila... Eu sei que essa bocetinha tá pronta pra gozar no meu pau. Vem para mim, anda! — ela rugiu.
Seu nome escapou pelos meus lábios e meu corpo, obedecendo ao seu comando mais uma vez, tremeu, enquanto eu gozava para ela. Minha intimidade ainda a apertava, quando ela se levantou comigo em seu colo e saiu dentro de mim, me colocando no colchão.
— Ajoelhe-se e apoie as mãos no colchão, Camila. — ela murmurou.
Fiquei na posição indicada, voltando a ficar de quatro para ela na ponta da cama, enquanto ela ficava atrás de mim, em pé fora da cama. Puxando-me pela cintura, Lauren encostou o seu pênis em minha entrada e me penetrou devagar, me alargando novamente, até que sua pélvis bateu contra minha bunda sensível.
— Se for demais pra você, me avise e eu mudo de posição, baby. — ela murmurou.
Apenas assenti, sentindo-a se mover lentamente, puxando minha excitação de volta. A apertei de leve por dentro e ouvi um gemido de prazer saindo dela, e um de surpresa saiu de dentro de mim, quando senti seu polegar rodear meu ânus.
— Sua bunda é tão linda, Camila. Um dia, eu vou estar dentro dela. Prometo a você. — ela murmurou, ainda movendo-se devagar dentro de mim. — Me avise se isso também for demais para você.
Estava preparada para perguntar o que poderia ser demais para mim, quando sentindo seu polegar molhado – provavelmente por sua saliva – forçar a entrada do meu ânus e me penetrar de leve lá atrás. Um gemido de satisfação escapou por meus lábios quando ela sincronizou o movimento de seu dedo, com o movimento de seu pênis dentro de mim, aumentando e aumentando da vez mais.
Seu pau me atingiu em cheio com força e precisão, assim como seu dedo em minha bunda e tudo aquilo foi demais para mim. Senti minha intimidade se apertar novamente e Lauren aumentou ainda mais os movimentos, mostrando que também estava pronta para gozar.
— Que bocetinha gulosa, Camila! Vamos, estou louca para encher ela de porra, baby...
Oh meu Deus!
Ouvir tudo aquilo fez com que minha excitação aumentasse em um nível tão alarmante, que a última coisa que pensei antes de gozar, era se eu conseguiria a ser uma pessoa normal depois daquela noite.
Lauren gritou e eu também, enquanto gozávamos juntas, seu líquido entrando cada vez mais em mim, enquanto meu corpo sofria com os espasmos que meu orgasmo estava provocando.
Quando finalmente nos acalmamos, Lauren saiu de dentro de mim gentilmente e se jogou na cama ao meu lado, respirando tão rápido quanto eu. Um sorriso brilhante e satisfeito se abriu em seus lábios, refletindo a minha expressão, antes dela se aproximar de mim e selar toda aquela loucura com um beijo doce, me fazendo pensar que...
Talvez, ter assinado aquele contrato não tenha sido de todo ruim.
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