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#HISTÓRIAS E REFLEXÕES DE UMA MULHER
edsonjnovaes · 1 year
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ritos
arquivo pessoal, 2022 Às vezes não nos damos conta da quantidade de ritos de passagem que vivenciamos ao longo da vida. Os Ritos de passagem, de acordo com site de buscas: “são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade, que podem ter caráter social, comunitário ou religioso. Os Ritos de passagem são aqueles que marcam momentos importantes na vida das…
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livrosencaracolados · 1 month
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Dotada de uma notável capacidade descritiva e de uma sensibilidade peculiar que se reflete nas páginas, Katherine Rundell criou nesta obra um fenómeno delicioso que, exatamente por não ser o género de muita gente, deveria ser lido por todos. O modo quase lírico como a prosa flui, aliado ao talento incrível da escritora para criar visões vívidas na mente do leitor, tornam um enredo que se assemelha ao do Titanic (se a história seguisse as consequências do naufrágio em vez do evento em si) em algo único, belíssimo e profundamente comovente, podendo apenas ser equiparado a algo saído do Studio Ghibli em termos dos sentimentos que provoca.
Usando como palco as cidades de Londres e Paris do século XIX, este livro conjuga a viagem altamente arriscada de uma rapariga que procura o último elo que pode explicar a estranheza da sua aparência e natureza, num mundo onde a sua forma de ser é o contrário de tudo o que se deseja, a duras críticas e reflexões sobre os "valores" e instituições, que preenchidas por humanos são desprovidas de humanidade, pelas quais a sociedade se rege. Isto é possível através do investimento da autora no desenvolvimento de personagens que se destacam pelo seu realismo e com os quais é impossível não criar uma conexão, o que faz com que o sofrimento inevitável a que os mesmos são sujeitos, chame a atenção do leitor para a derradeira injustiça e falta de nexo presentes no seu tratamento. Sophie e Charles são os primeiros exemplos desta situação: o amor que os une é mais sincero, incondicional e puro do que os laços de sangue que sustentam muitas famílias, mas por ambos se rebelarem contra as milhentas exigências que são colocadas sobre o seu género e se alimentarem do que os preenche em vez do que fica bem, é lhes negada a legitimidade como pai e filha. É visível em muitas instâncias o quanto o que os rodeia lhes grita para sucumbirem ao tradicional, para abandonarem a curiosidade, a franqueza e a confiança inata que têm no que o coração lhes diz e, SIMPLESMENTE, seguirem o protocolo, mas Sophie nunca abdica das calças com remendos, do estudo do violoncelo e da perseguição louca pela mulher que confirma a sua crença de que remar contra a maré é a única forma real de viver, algo que o Charles nunca deixa de encorajar, e que é veementemente punido pelas figuras rígidas da obra.
Com a entrada dos vagabundos dos telhados em cena, a Sophie encontra, pela primeira vez, uma verdadeira sensação de controlo e compreensão no local mais inesperado concebível, e abre-se-lhe um novo mundo. A grande maioria dos caminhantes-dos-céus são crianças que não põem os pés em terra firme há anos, porque, em França, ser-se sem-abrigo é incómodo, e, por tanto, ilegal, e isso significa que seriam mandados para a prisão impessoal e fria que são os orfanatos. Para serem livres, habitam onde ninguém os pode encontrar e, embora as descrições da graciosidade com que se deslocam pelas telhas pintadas pelas estrelas sejam de sonho, o seu modo selvagem de sobreviver não é, e a escritora faz questão de não embelezar a miséria e hábitos nojentos que acabam por se infiltrar na sua identidade. Além deste grupo ser o único que está aberto a entender a importância da causa da protagonista, revelando que a maior bondade vem de quem tem pouco a oferecer e está despido de pomposidade e ego, acaba também por ilustrar a perigosa relação que se estabeleceu entre a empatia, a moralidade e a forma como cada um se apresenta no meio social. É óbvio que, a partir do momento em que alguém sem uma rede de apoio fica numa situação vulnerável, é obrigado a adaptar-se e a adotar uma forma de funcionar que assenta no desenrasque, deixando de ter tempo para os costumes politicamente corretos e polidos que, infelizmente, estão na base das relações humanas do quotidiano. Assim sendo, a negligência das frivolidades pelos que passam por tempos difíceis, quando prolongada, leva a um isolamento que queima a última ponte com a sociedade normal, fazendo com que os que estão de parte sofram uma desumanização aos olhos do público geral, passando a ser vistos como perigosos e menos merecedores de consideração. É precisamente isto o que acontece com os vagabundos dos telhados, que são tratados como animais e literalmente caçados incansavelmente, até que possam ser inseridos no sistema e alterados ao ponto de perderem todos os traços que fazem deles incómodos.
Relativamente ao desfecho do enredo, após toda uma série de considerações poderosas e umas quantas leis infringidas, a narrativa honra o seu tema musical ao acabar da mesma forma que começa, com Sophie envolta nas melodias que a ligam à mãe. No entanto, desta vez, não é uma sinfonia a ter o protagonismo, mas um Requiem, que é tocado quando a vida de alguém chega ao fim, e que, neste caso, simboliza a conclusão de um ciclo marcado por uma perpétua confusão e busca de identidade, que dá lugar à paz e a uma pequena comunidade de gente que está pronta para lutar com unhas e dentes por Sophie, e que torna o seu propósito um pouco mais claro. Contudo, apesar de o livro dar à sua heroína a oportunidade de atingir o seu objetivo e de o conflito central ficar bem resolvido e atado com um laçarote, tenho de admitir que, depois da relevância que foi dada à intriga secundária dos habitantes das alturas, há uma certa hipocrisia da autora no facto de não se preocupar em conceder-lhes um fim digno, e abandoná-los depois de eles servirem o seu propósito da maneira que os parisienses, que são alvo de julgamento, fazem. Parece-me brusco parar de escrever logo que a Sophie vê a mãe, eram necessárias mais umas 50 páginas, um segundo volume ou, no mínimo dos mínimos, um simples epílogo (e não digo isto só por o querer muito) para que fosse oferecida uma solução que devolvesse a voz às crianças em causa e recompensasse os seus sacrifícios, e essa é realmente a única falha que posso apontar a esta obra.
Fora esse detalhe, "Rooftoppers - Os Vagabundos dos Telhados" é uma leitura indescritivelmente potente e refinada que promete encantar qualquer sonhador, capturando a maravilha dos melhores clássicos infantis e a inteligência dos grandes romances num só exemplar. RECOMENDO vivamente que adquiram este livro (aqui) e que lhe dêem uma oportunidade de vos impressionar, mas aviso já que não é para os impacientes.
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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compostando · 7 months
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O Hóspede e Lá Compañía
Amparo Dávila Verónica Gerber
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Na terceira semana de aula, tivemos a presença da acadêmica de doutorado Juliana Monroy, a qual trouxe uma análise e explicações do conto O hóspede do escritor Amparo Dávila e relações com a obra La Compañía de Verónica Gerber.
Hóspede é um conto escrito pela autora mexicana Amparo Dávila e foi publicado pela primeira vez em 1953. A história é narrada em primeira pessoa por uma mulher que se encontra em sua casa de campo, isolada do mundo exterior. Durante o conto, a protagonista relata que sua rotina monótona é interrompida pela chegada de um hóspede inesperado. Esse hóspede é descrito como um homem misterioso e sombrio, com um olhar penetrante que deixa a protagonista desconfortável.
À medida que o conto se desenrola, a presença do hóspede começa a se tornar mais ameaçadora. Ele começa a se infiltrar na vida da protagonista, violando seu espaço pessoal e perturbando sua paz interior. A mulher passa a temer suas intenções e se sente cada vez mais ameaçada.
Amparo Dávila utiliza uma linguagem visual e evocativa para criar uma atmosfera de suspense e medo ao longo do conto. A narradora descreve a solidão e o isolamento da casa de campo, adicionando um elemento claustrofóbico à história. O conto aborda temas como o medo do desconhecido, a invasão da intimidade e a vulnerabilidade feminina.
 Essa análise foi dividida em quatro movimentos:
1° movimento: tem a chegada do hóspede que não possui nome, sendo trazido pelo marido de Guadalupe.
2° movimento: ele começa a seguir as mulheres da casa em todos os espaços, acontecendo um assédio.
3° movimento: o hóspede ataca o filho de Guadalupe.
4° movimento: acontece a vingança, quando o marido não está em casa, as mulheres trancam o hóspede em um quarto até não ouvirem mais nenhum barulho.
No desenrolar do enredo, o leitor é levado a refletir sobre as consequências da presença desse estranho em sua vida e como isso afeta sua sanidade. No entanto, o conto não apresenta uma conclusão definitiva, deixando espaço para diferentes interpretações e reflexões sobre o medo e a vulnerabilidade humana.
Ao compreender a análise desse conto que auxiliou no surgimento da obra La Compañía de Verónica Gerber Bicecci, uma autora mexicana, sendo um livro documental e ao mesmo tempo, de ficção. Retrata a história de uma mina que ficou ativa de 1940 até 1970, e que a partir dos fantasmas de uma família, mergulha nas ruínas da mineração.
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A Companhia é considerada dona dos corpos, causando medo em quem vive lá. Como la puerta de tu cuarto quedará siempre aberta, no te atreverás a acostarte, temendo que em cualquier momento la Compañía pueda entrar y atacarlos. A obra recebeu elogios sobre a crítica e foi aclamada por sua originalidade e estilo inovador. La Compañía é um livro que desafia as convenções narrativas tradicionais e convida o leitor a se envolver de maneira ativa na leitura, questionando e refletindo sobre as questões propostas por Verónica.
Uma pergunta que causou repercussão foi “O que pensam as imagens?” e pensando que precisamos escolher uma forma de ler, a escrita ou imagem...
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Com os pés descalços, os campos neles, sentirei o credor da terra nas solas dos pés descalços. Galeria de Projetos Monclova, Cidade do México, 2021.
O que pensa essa imagem?
Por: Maiara Schons e Monica Kalschne
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readsbymerilu · 8 months
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resenha #6︱kim jiyoung, nascida em 1982
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"Enquanto os agressores tinham medo de perder uma pequena parte de seus privilégios, as vítimas corriam o risco de perder tudo."
avaliação: ★★★★★
Tão aclamado que recebeu uma adaptação para televisão, a febre de Kim Jiyoung, Nascida em 1982 atingiu o mundo em 2021. Dando voz as mulheres que sofrem até hoje com a desigualdade de gênero, focando principalmente na realidade coreana, Cho Nam-Joo, ex-roteirista, nos leva até um pequeno apartamento em Seul, onde acompanhamos a introdução de uma menina a vida árdua de ser mulher.
Neste livro, Kim Jiyoung é apenas mais uma mulher como todas as outras. Vivendo na Coreia do Sul, teve de largar seu trabalho para cuidar da filha recém nascida, e desde então não foi a mesma. Após começar a apresentar sintomas estranhos, a personificação de outras mulheres — vivas e mortas — em sua voz, o marido aconselha sua ida ao psiquiatra.
Em busca de uma cura, o médico a faz refletir sobre toda sua vida, o que nos leva diretamente a 1982, ano em que nasceu. Novos pontos de vista sobre sua vida surgem, desde o desfavorecimento dela quando ao lado do irmão até a maneira como homens a vigiaram em todas as etapas de sua vida. Será que ao fim, o médico saberá o que atormenta Kim Jiyoung?
"O que você quer de nós? As garotas burras são burras demais, as garotas inteligentes são inteligentes demais e as garotas que estão na média são medianas demais?"
Trazendo reflexões sérias sobre a realidade feminina em um mundo misógino, o livro nos mostra desde questões políticas e culturais até vivências diárias, como parceiros de trabalho que escondem câmeras nos banheiros para, posteriormente, depositar o conteúdo em sites pornográficos. Por mais que dê ênfase a vida coreana, é narrado de tal forma que qualquer mulher, independente de sua etnia ou nacionalidade, possa se identificar.
É uma história sobre resistência e a culpa que os homens descartam sobre as mulheres. De acordo com o pai de Kim, todo o assédio que sofria era inteiramente culpa dela, e o marido concordava com a cultura do país onde as mulheres tinham de abandonar toda a carreira construída assim que tivessem o primeiro filho. Em diversas cenas, percebemos a desigualdade entre a personagem e seus colegas de trabalho, principalmente em processos seletivos, assim como a normalização do aborto ao descobrirem o sexo do bebê. Por mais que esta seja uma obra de ficção, todos os dados, estatísticas e porcentagens utilizados no livro foram retirados de fontes reais e verídicas.
Diante do crescimento de Kim Jiyoung ao decorrer da narração, nos deparamos com a mudança na política do país, onde deixam para trás as políticas de controle de natalidade — onde controlavam as crianças que nasciam, dando privilégio aos fetos masculinos e, na maior parte das vezes, abortando os femininos — e aderindo uma nova legislação contra a discriminação de gênero.
"Naquela época, as pessoas acreditavam. Que era responsabilidade dos filhos homens levar honra e prosperidade para a família e que a prosperidade e a felicidade da família dependiam do sucesso deles. As filha sustentavam os irmãos homens com prazer."
Foi um livro doloroso de se ler. Tão sincero e nu. A história de Kim Jiyoung deve ser lida por todas as mulheres que já se sentiram desrespeitadas ou que vivem nessas constantes incertezas e medos do que os homens ou nosso próprio país e capaz. Li ele mais ou menos dois anos atrás e tenho vontade de reler mais para frente, pois acredito que é o tipo de livro que você vai desenvolvendo diferentes mentalidades e pontos de vista conforme o lê mais vezes, assim como desejo ter mais experiências nessa vida de mulher para relacionar com as de Kim Jiyoung.
𝐟𝐢𝐜𝐡𝐚 𝐭𝐞𝐜𝐧𝐢𝐜𝐚:
Editora: Intríseca
Páginas: 176
Gênero literário: romance.
Autor(a): Cho Nam-Joo
Tradução: Alessandra Esteche
Classificação indicativa: +14
Data de publicação no Brail: 22 de março de 2022.
Data de publicação original: outubro de 2016.
Gatilhos: alcoolismo, depressão, menção de aborto, menção de aborto espontâneo e bullying.
𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐞𝐦:
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petiteblasee · 5 months
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DESAFIO LITERÁRIO • 2023 | LEITURAS DE OUTUBRO - NOVEMBRO
★ 𝐎𝐔𝐓𝐔𝐁𝐑𝐎
Um livro fora da sua zona de conforto
Girls - The Luna Brothers
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A escolha dessa leitura foi bem no "mamãe mandou eu escolher..." ao abrir meu kindle e não poderia ter acertado mais no desafio do mês.
O sci-fi é um gênero que não sou muito fã mas, admito, é bastante surpreendente, e a história aqui entregou essa surpresa, apesar d'eu achar tudo bem bizarro. Até a parte de aparecer uma moça estranha no meio da noite de forma misteriosa, eu estava ok, mas depois desse ponto, foi só ladeira abaixo, e eu só aceitei o caos. Por conta do absurdo, confesso que dei algumas risadas, principalmente quando a galera descobria como a espécie se reproduzia - homens, né -, mas o nervoso também chegou com os homens não tendo autocontrole algum e culpando as mulheres por isso - a mulherada passando um sufoco da poxa e ainda tendo que lidar com o drama dos caras é pra acabar! A união faz a força, mas foi penoso. Quem quiser arriscar numa bizarrice, essa leitura é um bom passatempo, mas não terminei fã da história e acredito que não lerei mais nada dos autores.
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Um livro de um ganhador do premio nobel
Neve - Orhan Pamuk
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Essa escolha foi mais pensada. Fui na wikipédia pegar a lista dos vencedores do prêmio e passei um bom tempo conferindo as obras mais relevantes de cada um para poder seguir com o desafio, e decidi por "Neve" pelo tema das garotas acabando com a própria vida. A história é ficcional e trata de singularidades de um país com um desenvolvimento totalmente diferente do nosso; outro país; outra política; outra cultura; outra religião; outro povo. Ainda assim, a identificação vem. A mistura/embate entre estado x religião, a falta de práticas que lidem com mulheres além de enxergarem elas como extensão dos homens, a discussão a respeito do senso de pertencimento de um lugar x a entrada de "outros"… todos assuntos universais e, apesar de muita discussão a respeito dos erros e acertos em lidar com cada um desses temas, ainda assim, não aprendemos.
É uma leitura política, como o autor fez questão de deixar claro, e pode ser bem densa para alguns, mas não achei difícil a compreensão e me surpreendi com a rapidez com que me apeguei a história e quis saber o próximo passo de cada personagem. A tensão criada para o grande evento da cidade, foi muito bem criada e me deixou cheia de reflexões a respeito dos temas citados acima. Foi o primeiro livro do Ohran Pamuk que leio, e espero que não seja o último. Recomendo!
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★ 𝐍𝐎𝐕𝐄𝐌𝐁𝐑𝐎
Um livro que será adaptado para cinema ou tv em 2023
A Cor Púrpura - Alice Walker
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Desde que foi lançado o trailer do filme musical que será lançado em dezembro/23, fiquei me coçando para ler o livro que estava na minha mente desde a vez que assisti a adaptação de 1985, apesar de fugir por saber a pancada que me esperava - e que pancada boa! Meu maior erro foi pensar que o filme teria me preparado para as emoções que eu tive durante a leitura, porque não foi nada fácil. A história de A Cor Púrpura é incrível porque resgata ancestralidade, denuncia o racismo e machismo na sociedade e na fé, trata de descobertas essenciais para a existência de um indivíduo através da sexualidade, e renova a crença num divino libertador que surge dentro de cada um. 
A celie é simplesmente incrível! Mesmo enquanto sobrevivia, encontrando um pouco de consolo na esperança de reencontrar a irmã e ter um espaço no céu cristão, encarava as coisas com uma pureza tão grande que a emoção da leitura não vinha só em lamentar o que ela estava passando, mas por ver que ela acreditava ser capaz de suportar tudo que viesse, e quando veio o amor, o cuidado, e o reconhecimento de que ela podia pensar sobre si mesma, além de desejar e sentir como queria, ela aceitou, e foi lindo demais. 
É uma história sobre amor, reconexão e recomeços, e vão faltar caracteres para falar sobre as várias camadas, então apenas deixo aqui a minha super recomendação para que leiam.
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Um livro que faça parte de um clube de leitura
The Fury Queen's Harem - Meg Xuemei X
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Esse livro foi escolhido num dos clubes que participo porque queríamos uma farofa bizarra pra passar o tempo, mas não nos preparamos pra tanta ruindade. Não tem uma parte coerente nessa história! Foi tanto ser místico/alien/mágico colocado num mundo de reinos mágicos e galáxia distantes que não sei como a autora pensou que daria certo. A protagonista afirma ser o ser mais poderoso do pandemonium - é até rainha de lá - mas hora ou outra deixa escapar que não faz a mínima ideia de como dominar tudo, e toda hora descobre um poder novo - também, metade dragão, metade fae, metade mais sei lá que ser poderoso pode ter ali, fica fácil.
O romance foi outro desastre! A paixão acontece super rápido mas ela se limita a ter um contato maior com eles só na forma de fae, o que acontecia apenas 1h por dia - sério, 900 séculos de seca e a bicha fazendo um negócio desse é completamente sem noção.
Se tu espera que eu fale um pouco mais sobre os coadjuvantes, nem tem espaço aqui. Tem monstros mutantes, príncipes dragões, bestas da floresta, demônios, bruxas, arcanjos, vampiros… Não dá pra falar de cada um. Mas saibam que estão lá por essa rainha invencível que ainda se encontra presa nesse espaço por uma razão bem fraca.
Pelo menos a leitura foi rápida - consegui ler em um dia; culpa da escrita repetitiva.
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omanddo · 5 months
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Como a humanidade reagiria próxima a seu fim inevitável? E de que forma as profecias de fim de mundo são recebidas pela população? O mundo rumando a completa destruição possuiria alguém buscando lhe ajudar? Essas e outras inúmeras perguntas apocalípticas têm respostas catastróficas de acordo com H.G. Wells no conto A Estrela.
O conto descreve uma história, não sobre uma pessoa em específico, ou de uma sociedade, mas sim a história de um singelo evento, o surgimento repentino de uma estrela após uma colisão planetária com Netuno. Esse corpo cósmico se moveu rapidamente rumo à Terra e despertou um misto de emoções na humanidade. No início o ser humano deu pouco valor a notícia, isso fica nítido na fala de algumas mulheres que viviam sua vida de forma serena. "Como as pessoas precisam ser inteligentes, para ficar sabendo de coisas assim!” Como pudemos ver em um passado bem próximo, isto não está tão longe da realidade do nosso mundo atual, em meio a um desastre de nível planetário.
A humanidade durante todo o conto segue como um cordeiro rumando ao abate. Apesar de notarem a alteração no cosmo, isso pouco influenciou no fluxo da sociedade em geral, então no momento em que um único cientista expressa uma célebre frase, que as coisas tomam um outro rumo. Após noites sem dormir o matemático proferiu uma explicação aos seus alunos, para que estes compreendessem que os dias de normalidade no planeta estavam acabados, pois, a Estrela tão próxima que destruiria o mundo como conhecemos.
Essa destruição acontece em seguida, após a sociedade se alardar momentaneamente, ela se desfez desse pensamento, acreditando que o fim não estava próximo e que aquilo era apenas charlatanismo. Eles não poderiam estar mais errados, o final violento e catastrófico se aproximou e passou, não foi o fim da humanidade, mas sim do modo como ela viveu e sobre como a Estrela mudou tudo de uma hora para a outra.
Em minha opinião, o conto possui duas reflexões. Em um primeiro momento se trata de uma clara alusão a descrença e descrédito dado as grandes personalidades, uma vez que durante muito tempo do texto a sociedade ridiculariza e até futilizou o debate sobre o incidente.
O final do texto torna o conto uma metáfora ao cotidiano e a problemas que ocorrem conosco. Muitas vezes nos deparamos com situações catastróficas que destroem tudo o que conhecemos e trazem o apocalipse para nossas vidas. Em alguns momentos pessoas mais sábias vem até nós e nos avisam de um desastre iminente que é ignorado por nós. Essa visão se fundamenta na descrição dos "astrônomos marcianos" mencionados por Wells, que para mim, representa a observação de outras pessoas para com nossos problemas. Observadores externos que não presenciaram o desastre em seu "próprio planeta", dirão coisas como: [...]"é espantoso o pouco dano que à Terra, por pouco não atingida por ele, acabou sofrendo"[...]
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portalvherszage · 1 year
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A estreia de Raquel 1:1 nos cinemas brasileiros.
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Foto divulgação (Gustavo Kondo)
Raquel 1:1 foi lançado mundialmente em março de 2022 no SXSW, sendo o único filme brasileiro no festival. Participou, e fez sucesso em diversos festivais internacionais de cinema como em Guadalajara e Puerto Vallarta no México, onde o longa venceu o prêmio “Iguana de Oro” do FICPV. Além de festivais na Europa, e Estados Unidos que premiou Valentina Herszage na categoria de melhor performance do North Bend Film Festival por sua interpretação em Raquel 1:1.
O longa estreou no Brasil um ano após sua estreia mundial, trazendo uma estética e fotografia belíssimas que representam muito bem nosso país.
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Foto divulgação
Raquel 1:1 abre um portal imenso para reflexões e discussões sobre assuntos que não são tratados com naturalidade em nosso cotidiano. Vale ressaltar, que apesar de ter uma temática com base na religião, o filme vai muito além e apresenta diversas visões e versões de abusos e a violência contra a mulher.
“Raquel é uma adolescente religiosa que chega a uma pequena cidade do interior onde nasceu, em busca de uma vida nova junto ao seu pai. Nesse retorno, ela vive um misterioso acontecimento que lhe faz embarcar numa controversa missão ligada à Bíblia e a traumas de seu passado”.
Tratando de uma temática tão delicada quanto a religião, Mariana Bastos apresenta um filme que requer ampla e aberta visão sobre o que é abordado. Além de mostrar como os acontecimentos se desenvolvem, o longa induz a criatividade do próprio espectador para seguir a história, incitando o uso da imaginação quando traz cenas de lembranças (feedbacks) que são meticulosamente representadas em áudio.
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Foto divulgação
Todos os ambientes representados no longa são expressivos e comuns, o que causa uma sensação de reconhecimento por esses locais e personagens. E por falar em personagens, a entrega do elenco é admirável.
Com destaque merecido para a atuação de Valentina Herszage que, como Raquel trabalha cuidadosamente a personagem e a representa com perfeição em cada detalhe. Olhar, movimentos, postura e as expressões de Raquel são absolutamente naturais e reais, em dados momentos, chocantes.
Raquel 1:1 é o tipo filme que te faz compreender a história apenas no final (e vale a pena esperar), o que deixa o espectador com aquele ‘gostinho de quero mais’, vontade de saber o que vai acontecer dali em diante com Raquel, Laura, a pastora, a cidade e a igreja depois de todos os acontecimentos. Há espaço para muita história ser contada.
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Foto divulgação
De todo modo, o longa é muito bem executado, e consegue transmitir sua mensagem e fazer o público refletir.
- Este texto não é uma crítica de cinema.
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tresloucadismo · 1 year
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Dois garotos se beijando (e uma fushoji no meio?)
Como uma auto-proclamada e antiga participante da comunidade fushoji, eu confesso que sempre achei a ideia de uma fushoji muito esquisita. E isso me inclui, óbvio.
Casqueto comigo mesma: “Porque um romance entre dois homens mexe mais comigo do que qualquer outra coisa? De onde vem esse fascínio em uma relação que obrigatoriamente não me inclui?” E tá aí, uma boa pergunta. A resposta mais óbvia é que uma pessoa que se atrai por homens gosta da ideia de dois homens atraentes se pegando. 
Realmente faz sentido. Mas então eu conto mais uma coisinha sobre mim: Por boa parte da minha adolescência (mesma época onde eu era uma leitora de fanfics mais assídua), eu me considerava lésbica. Sem interesse por nenhum dos meninos da minha sala, mas enamorada por paixões entre garotos. Hoje em dia me considero bissexual, atualmente namoro um homem, e muitas dessas fantasias se perderam no tempo. Mas é definitivamente curioso. 
E não apenas isso é curioso, mas como as fanfics entraram na minha vida é interessante. Como eu disse, me considerava lésbica. Comecei minhas aventuras literárias no Spirit Fanfiction, lendo Bubbline e Camren. Nessa época, me apaixonava pela primeira vez por uma menina da minha turma e me descobria no mundo.
Depois, quando já caminhava pelos hots com tranquilidade, esbarrei no conceito de G!P (não sei como esse termo surgiu até hoje, mas em resumo, romance entre mulheres onde uma delas tem um pênis). Achei curioso, estranho, excitante. Me envolvi por essas bandas. E então, num salto cronológico, fanfics gays: Percy Jackon e o menino emo; Harry Potter e Draco Malfoy; Youtubers, vários, inúmeras combinações. 
E surgiu então a dúvida? Onde eu estou? A minha fantasia era estar ali no meio, talvez. mas eu não queria. Gostava do romance, da possessividade, do drama, da inevitabilidade do amor entre aqueles dois homens. Mas acredito que, quando fantasiamos, fantasiamos sobre nós, mesmo que em códigos. Então paro meu texto aqui, por que não tenho respostas para isso, e perguntfanfico a quem quiser me responder: Fushojis desse Brasil, qual a história de vocês? O que Yaoi significa para vocês pessoalmente? Como chegaram nesse mundo? 
Espero ouvir histórias legais aqui, e boas reflexões 🙂
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destaquei · 1 year
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🌹Ois! Tudo bem por aí? Vamos conversar sobre "O Casamento"? "Após quase 30 anos de casamento, Wilson Lewis é obrigado a encarar uma dolorosa verdade: sua esposa, Jane, parece ter deixado de amá-lo, e ele é o único culpado disso. Viciado em trabalho, Wilson costumava passar mais tempo no escritório do que com a família. Além disso, nunca conseguiu ser romântico como o sogro era com a própria mulher. A história de amor dos pais de Jane, contada em 'Diário de uma Paixão', sempre foi um exemplo para os filhos de como um casamento deveria ser. Diante da incapacidade do marido de expressar suas emoções, Jane começa a duvidar de que tenha feito a escolha certa ao se casar com ele. Wilson, porém, sente que seu amor pela esposa só cresceu ao longo dos anos. Agora que seu relacionamento está ameaçado, ele vai fazer o que for necessário para se tornar o homem que Jane sempre desejou que ele fosse." E daí que eu fui enganada, tá? Quando li que esse livro era a sequência de "Diário de uma Paixão", eu fiquei enlouquecida! Fui correndo pra ler. Na verdade, o livro só faz algumas referências ao outro título e o Noah aparece bem pouco. Ainda assim eu gostei da história. Eu gosto de romances mais adultos que trazem essa temática do casamento desgastado, do casal tentando resgatar aquela ligação que tinham no início. Foi uma leitura muito bonita que trouxe também algumas reflexões sobre como a gente fica tão focado no trabalho e em resolver os problemas do dia a dia (que são muitos, né?) que esquecemos de dar atenção para as pessoas que estão ao nosso redor. Eu amei reencontrar Noah (mesmo aparecendo tão pouco) e fiquei feliz em voltar a ler Nicholas Sparks depois de mais de 10 anos. Eu super indico essa leitura. ❓ Qual seu livro preferido do autor? https://www.instagram.com/p/CnE1ciELWV0/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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nanagoeswest · 10 months
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leituras de junho
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"homesick for another world" por Ottessa Moshfegh
Este foi o livro que me saiu na lotaria. (No primeiro dia de cada mês, tiro do meu jarro um papelinho dobrado com o nome de um livro. Chamo-lhe "book lottery" e para além de me ajudar e escolher uma leitura sem muito esforço, é também ponto de grande entusiasmo).
Este foi o primeiro livro da Ottessa Moshfegh que alguma vez li. Sei que um dos seus livros mais populares - “My year of rest and relaxation” - é tão polémico como polarizador. Se for como este entendo por quê. “Homesick for another world” é uma coleção de pequenas histórias. Histórias estas que nos deixam com certo desconforto no estômago. O que têm em comum? As personagens hipócritas, mas tão humanas. É cru, como se estivéssemos a experienciar uma vida que não nos pertence. As personagens sentem, no seu íntimo, emoções feias. O amor que sentem tem sempre um contrapeso. Este livro é um excelente exercício para quem gosta de expandir os seus horizontes literários. Visto que gosto bastante de escrever, serviu como uma masterclass em escrita poeticamente feia.
"leme" por Madalena Sá Fernandes
Este livro foi um grande abalo. Embora pequeno e de fácil leitura, quis levar o meu tempo a refletir a narrativa tumultuosa. Os pequenos capítulos dividem a obra em excertos da vida da autora. As memórias que partilha é de uma infância marcada por violência e dos sentimentos a si adjacentes. É um livro complicado de ler mas também imensamente bonito. Sinto que este livro era necessário, que precisava de existir. Que acaba por ser uma imensa terapia para escritor e leitor.
"aquário" por Capicua
A Capicua é uma das minhas artistas nacionais preferidas. Gosto do seu universo marítimo e do seu léxico. Este livro foi uma novidade bem recebida. Mesmo que tenha levado meses a adquiri-lo. O pretexto foi a feira do livro e sessão de autógrafos com a autora. Portanto, sim, tenho o livro e está assinado! Sobre a peça em si, consiste num conjunto de crónicas, letras de canções e poemas. O momento não podia ser o mais perfeito. Pois folgada e com tempo, tenho mergulhado a fundo neste livro. Falou-se de música da vida em Portugal, da internet, do Brasil, de ser-se mãe e, mais que tudo, de ser-se mulher. As reflexões ressoaram bastante e tenho dado por mim a querer acrescentar novas noções ao meu ser. Tal como duvidar de algumas coisas que já tinha cá dentro. "Aquário" foi, sem margem para dúvida, uma experiência literária que marcou bastante este mês. Um livro que vou guardar com um carinho imenso.
maria antonieta" por National Geographic
Tenho uma paixão por revistas que já vem dos meus tempos de criança. Recentemente quis recuperar esse interesse e agora procuro aquelas com temáticas ou tópicos que mais me fascinam. Maria Antonieta é uma figura que sempre me suscitou curiosidade. Ao ponto que cheguei a usá-la como inspiração para o meu trabalho final em Design de Moda. Mas sem divagar mais...
Esta edição em torno da rainha consorte mergulha a fundo nas várias fases da vida da monarca. Ficamos a conhecer mais detalhadamente o seu reinado e o que foi, provavelmente, um boicote sem igual. Fica esta ideia de grande empatia e de injustiça pela marcante figura histórica, que não era mais que uma mulher a tentar adaptar-se a um frívolo ambiente. Dei por mim a fazer figas para se salvar, tinha que relembrar-me frequentemente o seu desfecho. Quanto à escrita: é leve e bastante informativa. Se gostam de História ou de biografias recomendo-vos, sem pensar duas vezes.
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edsonjnovaes · 1 month
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quantos impossíveis já fizemos?
C. MENEZES – [De repente solteira]. MAR 26 2023 Acabo de assistir o filme de animação da Netflix, A Elefanta do Mágico. Não sou crítica em cinema, e esse texto não é uma resenha sobre a película. Para o fim de tarde, de um domingo chuvoso e com a cabeça repleta de questionamentos existenciais, nada mais blasé que assistir um filme “água com açúcar”. Eu AMO elefantes, tenho um tatuado na minha…
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meuschifres · 2 years
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"Confirmando que a sua esposa enfim se tornou a vadia que o marido, o amante e ela mesma desejavam, tentamos então identificar qual o ponto de virada dessa história invejável para todos nós, maridos cornos mansos e aspirantes a corno. "
Saiba como uma mulher tradicional se transformou na vadia, no Blog Meus Chifres.
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gabrielaramalho96 · 11 months
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A Invenção de Morel: entre real e o virtual
Resenha escrita por Gabriela Ramalho
Na última bienal do livro que fui, achei uma promoção maravilhosa de livros da coleção Grandes nomes da literatura da Folha por 5 reais cada exemplar. Até aquele dia, mesmo estudando literatura, nunca tinha ouvido falar de Adolfo Bioy Casares. Na pilha de livros vi A Invenção de Morel e li a sinopse com a frase “é um clássico da ficção científica latino-americana”, essa frase me bastou para deixar um outro autor famoso e leva-lo no lugar simplesmente por amar ficção científica.
Há algumas semanas embarquei nessa leitura. Fazia alguns meses que não conseguia terminar algum livro e tentei retomar meu hábito literário com Casares, já que a obra em questão pertence a um dos meu gêneros favoritos, já supracitados, e consegui. O livro me prendeu e me fez escrever este texto. Segue a sua sinopse:
Um homem se isola em uma ilha deserta com a intenção fugir de uma condenação injusta a prisão perpetua, entretanto essa ilha possui construções estranhas e que aparentemente estão abandonadas. Um certo dia, desconhecidos aparecem na ilha. Aos poucos, o refugiado se aproxima do grupo e  se apaixona por uma mulher, porém uma coisa acontece ali que ele não entende: aparentemente os estranhos não o veem e nem o ouvem e isso parece estar relacionado a um sujeito chamado Morel e a sua máquina que pode ter criado uma espécie de imortalidade, mas por meio de imagens.
De início, o texto parecia só mais um daqueles romances de viagem, o moço começa a narrar seu dia a dia ali na ilha e nos conta como foi parar naquele local, mas mesmo assim a história me cativou. Apesar de uma linguagem um pouco rebuscada, Casares sabe bem prender o leitor, não é à toa que Borges, outro autor importantíssimo e genial, cita Casares como um grande escritor.
O Refugiado tenta se aproximar do grupo e até parece a gente quando não se toca que não é bem vindo em um local. Ele tenta vários contatos com  Faustine, a moça por quem se apaixona, e, apesar disso, ela nunca o responde, até que ele começa a desconfiar que não é só uma evitação comum e que ela realmente não o vê. Toda esta tentativa frustrada de conquista é , de certa forma,  interessante, engraçada e bem triste ao mesmo tempo.
Todavia o mais legal do livro é quando o mistério da máquina é revelado e ele finalmente descobre todos os porquês e um detalhe sóbrio da máquina de Morel. É essa revelação e o que se segue depois os pontos altos do livro. Sei que isso parece meio óbvio, entretanto não é o ponto alto como clímax em si, mas sim a reflexão que nos traz e até a reflexão do próprio ilhéu sobre a máquina e suas consequências.
 Não posso detalhar muito do que se trata a famigerada invenção de Morel, contudo o que posso dizer é que concordo plenamente com que Sylvia Colombo fala na sinopse, que a obra lança “um questionamento sobre os limites entre o real e o virtual, extremamente válido ainda hoje”.  E digo mais, nos leva também a um questionamento sobre o amor em tempos virtuais.
Qual é o limiar do saudável na vida virtual? Será que ainda sabemos diferenciar o real do virtual?  Até onde vai o contato nos tempo atuais? Até que ponto nós somos aquilo que postamos?
Para terminar: Super indico a leitura, o livro foi lançado em 1940, porém consegue ser muitíssimo atual e maravilhoso. Não espere um livro de ficção científica clichê ou extremamente sobrenatural; a narração é tão natural e as reflexões tão nossas que o enredo, de certo modo,  parece aquela noticia que vemos no jornal que nos surpreende, mas que ao mesmo tempo a gente já sabia que podia acontecer a qualquer momento. Não acho que minhas palavras fez jus a obra, mas espero que faça as pessoas encontrarem esse livro e se encontrarem nele.
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readsbymerilu · 8 months
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resenha #2 ︱pequena coreografia do adeus
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"Acho que existe uma escritora dentro de mim."
avaliação: ★★★★☆
'Pequena Coreografia do Adeus', segundo livro de Aline Bei e finalista do Prêmio Jabuti e São Paulo de Literatura 2022, conquistou o coração de diversos brasileiros desde seu lançamento. Nascida em São Paulo e formada em letras e artes cênicas, Aline nos deixa cara a cara com a brutalidade do cotidiano feminino em 'Pequena Coreografia do Adeus.'
Neste livro, acompanhamos o crescimento gradual de Júlia, mais uma criança vítima do divórcio dos pais. Enfrentando traumas, a falta de afeto familiar, confusões sobre a evolução feminina e a exposição ao relacionamento precário entre seus genitores, Júlia recorre a escritora que vive dentro de si para tentar dar sentido a sua vida.
"Eu era o lugar onde as pessoas depositavam suas variações de tristeza e raiva sem medo algum de depositar."
Foi uma leitura turbulenta. Júlia me apresentou muitos sentimentos familiares, e de certo que vi nela muito que em mim vive há anos. E um livro que traz reflexões sobre como é crescer com corpo e alma feminina, como o relacionamento entre os pais tem um efeito enorme sobre o psicológico dos filhos e o medo e incompreensão constantes que Júlia sente dentro de si durante, principalmente, sua primeira infância.
O relacionamento com seus pais foi muito bem abordado, desde o medo de fazer barulho ao fechar uma porta, até os domingos com seu pai em que não parecia certo ficarem juntos em um lugar sem outras pessoas de atração. As camadas que o relacionamento com sua mãe tem foram muito bem feitas, as conversas noturnas onde eram duas pessoas diferentes e Júlia não achava que precisava ter medo de nada que a mãe pudesse fazer.
Tinha muito o que prestar atenção nesse livro. A escrita poética que te faz lembrar que a ficção contemporânea literária do Brasil é uma daquelas coisas que nunca vai deixar de valer a pena, a evolução de Júlia em uma mulher que escreve em necessidade de sangrar, conhecendo aos poucos o que é o amor e, pela primeira vez, se permitindo. A vontade que Júlia tem de fazer seus pais a enxergarem como uma criança forte como as outras, e não a menina desengonçada e problemática. A criança que era quando assistiu aos pais se desapaixonando e compreendeu quem nem sempre o amor é eterno.
"Seu corpo era uma espécie de museu da dor."
Uma das melhores leituras que tive até então neste ano, e um livro obrigatório na estante de todos que tiveram somente amores devastados como exemplo na vida. Uma obra de arte por Aline Bei.
"Que conselho você daria para alguém que é o fruto de um amor devastado?"
Informações do livro:
Editora: Companhia das Letras.
Páginas: 264.
Autor(a): Aline Bei.
Obra Nacional.
Classificação Indicativa: +16
Sinopse adicional:
'Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares. Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis. Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos.'Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares. Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis. Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos.
"Aline Bei narra como quem se posiciona à beira do abismo, o corpo em espera, o instante que se aproxima. Ler Pequena coreografia do adeus é acompanhar essa queda, íngreme e definitiva, mas também sublime e transformadora." ― Carola Saavedra
"A experimentação formal que sublinhou o estilo marcante de Aline Bei, em sua estreia com O peso do pássaro morto, sedimenta-se neste segundo romance, trazendo-nos a história dolorosa de Júlia Terra ― personagem complexa, cujas margens familiares vão se dissipando. A trama urdida com lirismo entrelaça a educação afetiva, a violência e a experiência do desamor, revelando o paradoxo da condição humana ― a um só tempo precária e (por meio da escrita) redentora." ― João Anzanello Carrascoza'
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arte-vivere · 11 months
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"Os Irmãos Karamázov" é uma obra-prima da literatura russa escrita por Fiódor Dostoiévski, um dos grandes mestres da escrita psicológica e filosófica. Publicado em 1880, o livro apresenta uma narrativa complexa e profunda, explorando temas como moralidade, religião, paternidade e o conflito entre o bem e o mal.
A história gira em torno da família Karamázov, composta por quatro personagens principais: Fiódor Pavlovitch Karamázov e seus três filhos, Dmitri, Ivan e Aleksei. Cada um dos irmãos representa uma faceta diferente da natureza humana, e suas personalidades e visões de mundo colidem em um enredo repleto de tensão e conflito.
Dostoiévski constrói habilmente personagens complexos e multifacetados, cujas motivações e ações são reveladas ao longo do romance. O relacionamento conturbado entre os irmãos é agravado pelo envolvimento romântico de Dmitri com Grushenka, uma mulher sedutora e misteriosa. O amor, o ciúme e a rivalidade são temas centrais na trama, à medida que os Karamázov lutam com seus próprios demônios internos e as consequências de suas escolhas.
Além do núcleo familiar, Dostoiévski introduz personagens secundários memoráveis, como o monge Zósima, um homem santo que oferece sabedoria espiritual e reflexões profundas sobre a natureza humana, e Smerdiakov, um criado astuto e intrigante que desempenha um papel crucial no desenrolar da trama.
O autor utiliza a narrativa para explorar questões filosóficas e religiosas de maneira profunda e introspectiva. Dostoiévski questiona a existência de Deus, a moralidade dos seres humanos e a possibilidade de redenção e perdão. O embate entre o ceticismo de Ivan e a fé de Aleksei é particularmente interessante, representando duas visões opostas de mundo que se chocam e se entrelaçam ao longo da história.
"Os Irmãos Karamázov" é uma obra rica em simbolismo e reflexões filosóficas. Dostoiévski utiliza o enredo e os diálogos dos personagens para explorar os dilemas éticos e morais da humanidade, levantando questões sobre o livre-arbítrio, a culpa e a responsabilidade individual.
Com uma prosa cativante e uma profundidade psicológica ímpar, Dostoiévski nos envolve em uma trama emocionante e instigante. "Os Irmãos Karamázov" é uma leitura desafiadora, porém recompensadora, que oferece uma visão perspicaz da natureza humana e das complexidades da vida.
Em suma, "Os Irmãos Karamázov" é uma obra-prima literária que transcende as fronteiras do tempo e do espaço. É um romance intelectualmente estimulante!
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wiki-identidades · 1 year
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Frases da militante travesti Janaina Lima
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"Para mim, travestilidade tem a ver com liberdade. É ser tão livre ao ponto de dizer nesta sociedade preconceituosa que sou travesti."
"Porque de fato eu sou travesti. Porque se eu disser que sou transexual, é como se eu dissesse que eu sou mulher. E eu não consigo dizer que sou mulher, porque eu não sou mulher. Simone de Beauvoir disse que “Não se nasce mulher, torna-se”. Eu não nasci e nem quero me tornar uma mulher. Eu sou travesti e é esta a minha identidade. Então, se eu disser que sou qualquer outra coisa que não travesti, seria como se eu estivesse mentindo, viajando… Dentre as caixas que me apresentaram nos meus 39 de vida, o que mais me aproxima é a travestilidade. Tem a ver um pouco com a quebra do binarismo e das caixas “homem” e “mulher”."
"Se vermos a história da travestilidade no Brasil, vamos perceber que ela é totalmente desassociada da palavra “travesti” do dicionário, da palavra “travesti” do CID-10, da palavra que as pessoas do mundo acham. Então, a figura da travesti no Brasil tem esse viés político, de resistência, de assumir algo diferente, de bater o pé para todas as imposições em que somos submetidas."
"Antes a travesti apanhava da polícia, mas você acha que ela não apanha hoje? Continua apanhando. A diferença é que é que não é tão público como antes. Mas se você for pega sozinha na madrugada por um policial preconceituoso, você corre o risco de apanhar."
"Acabamos lembrando que há alguns anos a gente não tinha essa exposição na mídia e que fazia a conta de cabeça: “poxa, esse ano morreram sete amigas, oito…”. A violência e as mortes continuam, mas agora ela é noticiada, antes não. Mas cada vez que leio sinto uma angustia muito grande, ao ponto de eu pensar: “Será que isso vai acontecer comigo? Será que eu sou a próxima?”. Me angustia e provoca medo de algumas situações."
"É algo que as pessoas simplesmente não se sensibilizam. Não falam: “ai, coitada, morreu”. Não. A primeira pergunta que fazem é: “O que ela fez, o que ela aprontou?”. E isso me remete há quase 20 anos atrás, quando eu levei a facada. As pessoas me perguntavam: “Mas o que foi que você aprontou?”."
"E eu falo isso porque existe uma pressão para que as travestis comecem a ser noticiadas como transgênero, referidas como transgênero, sem que a palavra "travesti" seja mencionada. Além disso, penso que o problema do brasileiro é que ele gosta de copiar o povo de fora e não dá valor ao que tem. Então, só porque nos Estados Unidos usam a palavra “transgender” a gente tem que trazer para cá e utilizar, independente se vai trazer invisibilidade para outras comunidades ou não? Eu não acho ruim que as pessoas se identificam como transgênero, mas acho ruim que as pessoas queiram que outras se identifiquem, sendo que elas não querem se identificar."
"Se antes as pessoas [transexuais] diziam "eu sou mulher e você não é”, hoje elas [mulheres transexuais] dizem “Eu sou e você também é”. Mas não é algo bacana, porque é uma história de “tem que ser”, “tem que assumir algo”. E vem com uma imposição para você falar que é algo que você não é. Algumas pessoas acham que se eu, que sou travesti, me assumir mulher vai diminuir o preconceito. Mas isso é uma mentira."
"As pessoas tendem a achar que tudo o que a travesti faz é algo que vai ser negativo. Em momento algum elas procuram algo positivo. E você percebe isso até nas falas: “Vai ter uma manifestação, chama as travestis que elas fazem barraco”. O próprio movimento já faz isso. Eu ouço isso 24h: “Vamos chamar a Janaina que ela vai junto e já faz barraco”. Quer dizer, a travestilidade já está ligada nestas coisas. Daí o mostrar peito já é ligado a algo ofensivo. Mas se a gente parar para pensar temos reflexões bem interessantes: A travesti choca quando mostra a sua identidade, mas você não vê ninguém criticar os 500 boys que vem nos trios só de sunga. E eles são uma prioridade para as pessoas. Se não tiver homem de sunga no trio, não teve Parada. Além disso, porque no carnaval é válido ficar com o peito de fora? Por qual motivo na praia é válido fazer um topless? Por qual motivo um peito de fora incomoda tanto na Parada, sendo que estamos falando justamente de um ato de liberdade? Também não há um mínimo trabalho de conscientização. As pessoas só dizem: Não pode mostrar o peito e acabou. Ninguém perguntou porque ela estava mostrando, ninguém perguntou qual era o intuito…"
Fonte: http://www.nlucon.com/2015/02/nao-nasci-e-nem-quero-me-tornar-mulher.html?m=1
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