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#san fixado
wonycisn · 1 year
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san pack & pinned ! ♥︎
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Ⓡ︎ 𝗐𝗈𝗇𝗒𝖼𝗂𝗌𝗇 | fav or reblog if u save/use pls!
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luvsztudio · 1 year
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⠀      ⠀───── bem-vinde - welcome ♡
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hansolsticio · 4 months
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oioi, sou nova aqui.
com quem vc escreve e quando os pedidos ficam aberto???
oi, meu bem!
eu definitivamente preciso fazer um post fixado pra organizar essas coisas, mas estou aceitando pedidos.
tenho afinidade escrevendo pra esses aqui:
- svt: todos os membros.
- skz: todos os membros.
- ateez: mingi, san, wooyoung & hongjoong.
- nct: yuta, mark, taeyong, haechan, jaemin & chenle.
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kittenszj · 1 year
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Ajuda de uma Fã [Touma Inumaru]
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Sinopse: Sakura era fã do NO_MAD. Mas não esperava encontrar o seu Ídol favorito do grupo na rua chorando. Postada também no Spirit Fanfics e no Wattpad.
Relacionamento: Touma×OC
N/A: Oneshot totalmente baseada no episódio 3 de Third Beat!. Espero que gostem!
Boa leitura!
— Acho que peguei tudo. — ela murmurou consigo mesma, assoprando uma mecha clara de cabelo para longe do rosto — Pão, fruta, peixe...
Sakura andava alegremente pelas ruas, as duas mãos carregando as sacolas de compras que havia feito para sua mãe logo após ser liberada do colégio.
Ela suspirou. O dia estava realmente muito quente, e se ela não se apressasse acabaria cedendo para a asma e para sua pequena falta de controle sobre a sua glicemia. Sim, ela não queria desmaiar na rua.
Ao invés de se deixar levar pelo calor, preferiu olhar ao redor, para as pessoas andando apressadas, para aqueles que estavam sentados nos bancos espalhados pela calçada. Ela viu, um pouco mais a frente, um rapaz inclinado para frente, com o rosto entre as mãos, mas o que lhe chamou a atenção foram os cabelos escuros e avermelhados. Ela sabia que já havia visto alguém com os cabelos daquela cor. Ao se aproximar, percebeu que ele chorava.
— Com licença... — Sakura murmurou, parando em frente ao rapaz — Está chorando?
O homem ergueu a cabeça bruscamente, encarando a garota por um instante. Ela arregalou os olhos imediatamente.
— O que quer? — ele perguntou rudemente, franzindo a testa.
— Você... — ela sussurrou, se forçando a manter a respiração calma e controlada — Você é...
O rapaz fungou e arqueou uma sobrancelha. Sakura soltou as sacolas no chão e, sem se aguentar mais, fechou as mãos em punhos e gritou, pulando animada.
Após abrir os olhos, percebeu que algumas pessoas a observaram de longe, mas ela ignorou.
— Ai meu bom Deus. — murmurou ainda desacreditada — Você é Inumaru Touma-san do NO_MAD!
O rapaz arregalou os olhos, surpreso por ser reconhecido tão facilmente — não que ele estivesse fugindo de alguém. Mas, pelo menos, o reconhecimento lhe deixou um pouco mais animado do que estava anteriormente.
— Então você me conhece? — perguntou, assumindo uma pose levemente arrogante enquanto cruzava os braços e soltava um meio sorriso.
— Sim! — Sakura confirmou — Sou uma grande fã do NO_MAD desde o começo. Vi a performance de vocês no Black or White, e jurava que vocês iriam ganhar!
Touma bufou e virou o rosto para o outro lado, franzindo a testa e curvando a boca para baixo.
Sakura inclinou a cabeça para o lado e, de forma hesitante, tocou em seu ombro.
— NO_MAD não existe mais. — ele murmurou ressentido.
Ela arregalou os olhos desacreditada.
— Por que? — perguntou chorosa.
— Por que? — Toma fechou as mãos em punho, se levantou e encarou duramente a moça — Culpa do IDOLISH7 e do TRIGGER!
— Como...
— A popularidade deles estragou tudo! Por causa deles nos desentendemos e o grupo acabou! — ele exclamou ao interrompê-la.
Os ombros de Sakura caíram ao ouvir as palavras de seu ídol favorito. O fim do NO_MAD significava que ela jamais voltaria a ouvir Inumaru Touma cantando novas músicas. Ele passaria a ser uma pessoa comum, e sem receber o reconhecimento que, ao ver dela, ele merecia.
— Oy? — o rapaz resmungou, encarando a garota que nada disse, apenas ficou com os olhos fixados em ponto nenhum — Não vai falar nada?
— Sem o NO_MAD... — ela sussurrou — Então sem Inumaru-san...
— O que?
Sakura se aproximou e o segurou pela jaqueta, usando a coragem que ainda lhe restava para o encarar fundo nos olhos.
— Inumaru-san, por favor, não pare de cantar! — exclamou implorando — Por favor! Continue cantando!
— Me solta, garota! — ele lhe segurou os pulsos e a afastou, se virando e seguindo o seu caminho, perturbado com o fim do grupo.
Sakura o chamou, pegando as sacolas e andando em sua direção. Duas pessoas passaram por ela, lhe empurrando com os ombros brutalmente ao passarem. Ela caiu, e por pouco não bateu a cabeça no banco em que o ídol havia estado anteriormente. Sua mente girou, e logo uma crise de tosse começou ao sentir o cheiro forte de algum perfume extremamente forte. 
Touma ouviu o barulho de tosse constante, e ao ver as pessoas que empurraram a garota, os xingou em voz alta, antes de se aproximar novamente de Sakura.
— Ei... — ele murmurou.
— Estou bem... — Sakura murmurou de volta entre as tosses — Só preciso... — outra tosse — tomar meu remédio.
— Vai acabar sufocando com esse perfume todo no ar. — ele resmungou, torcendo o nariz.
Touma olhou ao redor e soltou um muxoxo, antes de ficar de costas para ela e se abaixar, estendendo os braços para trás.
— Sobe nas minhas costas. — pediu.
— Mas...
— Só sobe nas minhas costas! — exclamou — Vou te levar para um lugar mais tranquilo.
Dividida entre estar hesitante e estar animada, ela segurou as duas sacolas e se aproximou, passando os braços ao redor do pescoço de Touma e deixando o mesmo segurar na parte de trás de seus joelhos enquanto ele se levantava.
(...)
Ele lhe entregou uma garrafa de água, e Sakura agradeceu silenciosamente. Tomou o comprimido com a bebida e olhou ao redor. Touma havia lhe carregado até a praça mais próxima, onde ela se sentou em um banco perto de um lago, debaixo da sombra de uma árvore.
— Obrigada. — agradeceu.
Touma dispensou o agradecimento com um movimento da mão e se virou, pronto para ir embora. Ela porém, impediu.
— Espere, por favor! — implorou, segurando nas correntes penduradas na calça dele — Deixa eu lhe recompensar.
— Não fiz isso por dinheiro. — ele resmungou novamente.
— Eu não tenho dinheiro, mas tenho pão! — Sakura insistiu.
Touma revirou os olhos e assentiu, aceitando a proposta da garota.
— Gosta de pão? — ela perguntou, sorrindo ao entregar o pacote para Inumaru.
— Não vê que estou tentando encerrar a conversa, garota? — ele reclamou ao pegá-lo.
— Por favor, me chame de Sakura, Inumaru-san.
Ela suspirou frustrado.
— Me chame de Touma. — falou por fim — Até mais.
Ele se virou e começou a se afastar. Desta vez Sakura não segurou as correntes da calça, mas se levantou e o chamou.
— Touma-san!
Ele se virou, impaciente com a insistência da garota.
— Por favor, não pare de cantar. — ela pediu — Sozinho ou em um grupo, eu vou continuar te ouvindo. Mesmo que ninguém mais te ouça, eu prometo que vou continuar te ouvindo!
Touma arregalou os olhos, agora surpreso com a determinação de Sakura.
— Por favor, não pare de cantar! — ela implorou, inclinando o corpo quase que por completo para frente em uma reverência.
Touma tossiu e riu levemente.
— Você é persistente, garota. — disse —  Nesse caso, eu prometo que na próxima vez que você me ver eu vou estar num palco. E então vou ter minha vingança contra IDOLISH7 e TRIGGER.
Sakura sorriu ao se erguer, vendo seu ídol favorito se afastar, muito mais relaxado do que estava quando ela o viu. Sentiu os olhos lacrimejaram de alegria, e ao pegar as sacolas e voltar para casa, se perguntou se aquilo não havia sido um sonho repentino, pouco antes de se convencer de que, talvez, nunca mais o veria novamente.
(...)
Poucos meses depois, Sakura era uma das primeiras na fila VIP do primeiro show do novo grupo que havia estreado pela empresa Tsukumo Productions. Mesmo que muitas estivessem lá para ver um ex-ator mirim de grande renome — muitas tiveram no passado uma pequena "queda" pelo mesmo —, ou para ver aquele que prometia ser rival de Tsunashi Ryunosuke do TRIGGER, o único que lhe importava era Inumaru Touma.
Do começo ao término do show, seus olhos se mantiveram em Touma. Estava muito perto do palco, e podia sentir que a voz dele estava muito melhor do que nas músicas do NO_MAD.
De cima do palco, Inumaru viu a garota e logo se lembrou de quando a conheceu. Com um sorriso, soltava a voz com toda a força que tinha, tendo em mente agora dois objetivos. Se vingar e manter a única fã que o acompanhou antes, o acompanhava naquele momento e — ele sabia — continuaria o acompanhando em qualquer que fosse o grupo.
E quando a última música, Poisonous Gangster, começou a ser tocada, Touma teve em mente que não pararia de cantar. Mesmo que seu principal objetivo fosse se vingar, Sakura se tornou o seu segundo objetivo. 
E ele não perderia sua única fã. 
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sunniewr · 7 months
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oi, nenê! Será que você poderia fazer um mood do san - ateez com uma pega mais medieval? Tipo voltado ao plebeu, algo parecido com isso. Se puder, gostaria do primeiro estilo do seu fixado ☝ aliás seus mood são todos lindinhos, gosto muito deles. :(
oi, nenê! Será que você poderia fazer um mood do san - ateez com uma pega mais medieval? Tipo voltado ao plebeu, algo parecido com isso. Se puder, gostaria do primeiro estilo do seu fixado ☝ aliás seus mood são todos lindinhos, gosto muito deles. :(
olá neném ! eu tentei muito, foi meio difícil, mas espero que goste :( muito obrigada pelo carinho, você é um amor <3 😭🤍🌷
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choipoeth · 3 years
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san pack and fixado💌!!
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scaraminion · 3 years
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本当に愛している人は、彼が与える愛情に対する報復を期待するだけで、それ以上のものはありません。like or reblog ♡
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darkandpinkstudio · 3 years
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Fixado da Kanna Kamui
Anime: Kobayashi san chi no maid dragon
❤️ + 🔄
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purpleteez · 4 years
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request for @/sannietails on twt | do not repost.
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kpack · 4 years
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- 𝑖𝑓 𝑦𝑜𝑢 𝑢𝑠𝑒, 𝑟𝑒𝑏𝑙𝑜𝑔 𝑎𝑛𝑑 𝑙𝑖𝑘𝑒 𝑡ℎ𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑡.
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murilocaliari · 3 years
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Olá a todes, como estão? Partiu da ideia de Iagê de criar uma ação coletiva, com artistas de diferentes lugares. Eu e Iagê pensamos nestas proposições, para serem executadas às 14:30 no dia de hoje 8/12/2020, com prazo de atraso de meia hora para começar e limite de 2 horas para encerrar a atividade. Propus e juntei vocês nesse email porque são pessoas que admiro como artistas e penso que daria certo. Só preciso explicar direitinho a proposta. Siga as instruções, preencha o formulário, escreva um breve relatório de viagem descrevendo os lugares, os objetos, os desafios, os encontros gerados pela proposta. Disponha-se de valor estimado a dez reais para comprar produtos de seu interesse. Vista um peça de roupa preta. Guarde as embalagens. Tudo que surgir no caminho pode servir como material para o trabalho. Saia de casa as 14:30 com alguma peça de roupa preta (prazo de atraso 30 minutos, marque a hora exata que sair). Ache coisas de seu interesse no valor de até 10 reais, os produtos podem ser consumidos no caminho, podem ser guardados depois, fica livre a escolha do tipo de produto: Fotografe um muro (pode ser pelo celular ou por outra camera digital): Peça para alguém te fotografar: Local (marque por onde passou para comprar os produtos) : Produto (Descreva ou anote o nome e a marca e a validade, o registro também pode vir acompanhado de foto ou digitalização da embalagem): Preço (Maque quanto custou cada produto, chegando em casa ou numa papelaria scaneie a nota fiscal ou o troco se tiver) : Volte pra casa. Fotografe o céu na volta: Faça uma colagem digital, analogica ou mista com imagens do passeio, do muro, do céu, a foto que pediu para um desconhecido tirar, imagem dos produtos, pode adicionar elementos da internet no passeio, as fotos podem ser recortadas ou editadas. Anote a data no canto inferior direito da folha da colagem. Marque a hora em que encerrar a atividade. Quais suas impressões durante a viagem? Depois vamos juntar os resultados, podemos trabalhar juntos nas imagens. A ideia é fazer uma publicação online com autorias fictícias) Fica em aberto para sugestões.Murilo Caliari <[email protected]> ter., 8 de dez. de 2020 17:12 para iagomarcques, Ana, Isadora, Tiago, Jose, Giuliana Murilo, dia 08/12/2020 RELATÓRIO SAÍDA: 1443 Saí pela rua de casa, transitei pela avenida Santa Luzia, indo do bairro Jardim Coolapa até San Genaro e Real Grandeza. Subindo a avenida entrei num molduraria, o telefone do estabelecimento tocou, esperei o moço atender a ligação e depois perguntei se ele cortava video sob a medida 10x15. Ele me informou que podia fazer por 1 real cada vidro, fiquei de voltar. Ainda na mesma avenida, avistei 3 muros diferentes que me interessaram pelos escritos, cores e textura, fotografei-os, das fotos selecionei uma, será a que enviarei em anexo. Entrei num brecho, vi uma camiseta que me agradava, perguntei o preço para a moça da loja que me informou "dar pra fazer" por 10 reais. Deixei de lado. Continuei meu caminho. Entrei na LOJA DO REAL. Encontrei cartelas adesivas, as quais paguei 50 centavos em cada uma e na ultima consegui pechinchar por 30 centavos porque minhas moedas não davam. Comprei um pacote com 2 remendos para camara de ar por 1 real. Gastei 2,80 na loja. Saí pela porta, consultei o relógio que marcava 1522. Entrei no atacadão, olhei os preços, os produtos, nada me satisfez, pensei em levar o sabonete mais barato, o creme dental, algum legume, no fim pensei em levar uma cerveja mas não vendiam gelada. Saí de mãos vazias. O Atacão TONIN e a Loja do Real e depois a loja de produtos para animais Adriano RAÇÕES, ficavam todas na mesma rua a qual me esqueci de anotar o nome, no bairro Real Grandeza. Na loja de rações me senti intimidado pelos vendedores os quais queriam saber o que eu estava procurando, comprei uma escova de dentes para cachorro por 5,50 e um bebedouro de água para passaro por 2,50, somando 8 reais. Voltei pela Santa Luzia observando os muros, o chão. Ouvi UAKIT enquanto fazia o caminho. Cheguei no complexo esportivo San Genaro, comprei uma cerveja na ADEGA PARAÍSO, primeiro tentei passar no cartão uma império e mais 5 balas macias, não passou. Pedi a cerveja mais barata, era o latão de Lokal por 2,25. Passou. Guardei o lacre. Encontei um rapaz recem conhecido, o qual tive oportunidade de conhecer ontem, chamado Ian, ele começou a falar freneticamente. Sentados num bando diante uma mesa dessas que tem tabuleiro de xadrez fixado olhei de novo o relógio que marcava 1553. Chegou uma amiga dele a qual eu não conhecia. Pedi para que me fotografasse. Dei um tempo terminando a cerveja, fumando cigarros. Voltei para casa 1618. Penso que ainda posso mexer mais na colagem, esta é feita manualmente. Quero inserir o muro e o céu nela ainda.
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choisanpetit · 4 years
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gif minimalista para fixado.
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#ateez #choisan #san #atz #wooyoung #seonghwa #atiny
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A Escolha do Vento
Usando a energia contida em sua alma para ganhar  a sua liberdade, Kagura cria um corpo novo e se liberta da prisão  espiritual em que se encontrava quando faleceu. Contudo, um preço alto  foi cobrado. [SessKagu]
_________ / / ________
Capítulo 3 – Recepção
Vários pares de olhos estavam fixados na figura dos dois que adentravam aquele lugar. Se fosse um pouco mais modesta, se sentiria incomodada por toda aquela comoção, no entanto esse não era o caso. Aparentemente nem o seu captor demonstrava estar desconfortável com aquilo.
Já não estavam mais voando, contudo ela permanecia nos braços do homem com marcas de nascença no rosto. Se pudesse optar, escolheria andar com os próprios pés, porém ver as pessoas dali todas vestidas com roupas simples fazia com que ela tivesse consciência de sua nudez. Ainda que uma pele tivesse sido posta sobre o seu corpo, ela não era demasiada larga o suficiente para que fosse considerada uma vestimenta. Suas pernas, braços e clavícula estavam expostos aos olhares e julgamentos. Mesmo que não ligasse para o que os outros pensassem à seu respeito, não gostaria de ser reconhecida por sua vulgaridade, simplesmente por uma questão de orgulho e nada mais.
- Sesshoumaru-Sama! – Um grito rompeu os cochichos dos curiosos que assistiam a cena com interesse – Sesshoumaru-Sama! – Tornou a chamar, para garantir que sua presença fosse notada.
Uma criatura com não mais do que meio metro de altura veio correndo até eles. Sua pele era esverdeada, não lembrando em nada um humano. Seus enormes olhos eram amarelos e sua boca protuberante, tendo um bico no lugar de lábios. Em suas pequenas mãos propícias à sua estrutura com apenas 3 dedos em cada uma delas, trazia um cajado com duas cabeças.
- Oh...! – Deixou escapar uma exclamação, admirada ao ver aquela pequena criatura que era capaz de se comunicar apesar de sua enorme feiura.
- Sesshou... – A criatura se silenciou quando os seus olhos se encontraram com os da mulher que o encarava com indiscreta curiosidade – Mestra dos Ventos? – Havia horror em sua expressão, assim como confusão – Sesshoumaru-Sama, o senhor foi buscar essa mulher desprezível?
- Yo... – Estava prestes a rebater a ofensa, porém foi silenciada pela voz de seu captor que soou mais alto do que a sua própria.
- Jaken – Saudou a criatura verde com tom de repreensão, sem diminuir os seus passos.
- Sesshoumaru-Sama, ela vai sujar o seu precioso mokomoko com seu cheiro horroroso...! – Os olhos da criatura chamada Jaken se encheram de lágrimas enquanto tentava alcançar os passos de seu senhor.
Se não fosse pelas palavras tão desagradáveis dirigidas à si, aquela comoção toda seria cômica. Porém, naquele momento ela decidiu que detestava aquele ser insignificante.
- Sesshoumaru, o que está acontecendo aqui? – Um homem com o mesmo tom de cabelo de seu captor o chamou. Em sua cabeça havia um par de orelhas animalescas e ele trajava uma veste vermelha. Ao seu lado vinha uma mulher com cabelos negros vestida com calças vermelhas e blusa branca. O rapaz tinha uma energia semelhante à daquele que a carregava, no entanto a mulher não tinha uma aura tão destoante quanto os demais que os observavam – É?? Kagura?? – O rapaz pareceu surpreso à encará-la.
Kagura... Então mais pessoas diziam conhecê-la por esse nome. Uma pessoa podia estar enganada, mas tantas assim fazia com que a enganada fosse ela ao negar o próprio nome.
- Kagura... – Chamou a si mesma em um murmúrio baixo, tentando ver como ele soaria em sua própria voz. De fato não era um nome ruim, mas não lhe trazia memória alguma.
Sem que se desse conta, uma mão foi depositada em sua testa, afastando sua franja ao fazê-lo.
A moça que acompanhava o rapaz de roupas vermelhas aproximara-se enquanto estava em transe nos próprios pensamentos.
- Ela parece fraca – A mulher comentou – Onii-San, traga-a até a minha casa – Seus olhos castanhos rompeu o contato visual que formara com ela -  InuYasha, eu preciso que pegue água – Voltou-se ao seu companheiro para lhe passar a ordem - Irei preparar um banho de ervas para ela.
Onii-San... Imaginar que aquele homem era o Onii-San daquela mulher lhe causou arrepios e ela pôde sentir que a energia de seu captor que se chamava Sesshoumaru se intensificou. Então ele não gosta de ser chamado de Onii-San... Um sorriso no canto de seus lábios foi formado.
- Humana insolente! Como ousa chamar Sesshoumaru-Sama dessa forma desrespeitosa!? – Esbravejou a pequena criatura esverdeada.
- Jaken, pegue um dos quimonos de Rin e leve-o até a casa de Kagome – A voz de Sesshoumaru adquirira mais intensidade, claramente pela provocação que sofrera.
- Mas, senhor...
- Agora! – O comando saiu quase em um grito.
Pela primeira vez, Kagura não se sentiu tão desconfortável assim em estar na posição em que se encontrava. Com certeza ela não seria devorada e isso parecia ser grande coisa, no entanto ela era refém daquele ser e isso não fazia com que ela sentisse gratidão pela forma que estava sendo tratada.
A estrutura de madeira para a qual fora levada era um pouco maior em seu interior do que primeiro imaginara ao ver o seu exterior. Então isso é uma casa... Observou com atenção os detalhes do lugar. As paredes, uma parte do chão, o teto e alguns móveis eram todos feitos de um só material: madeira. Além da porta principal por onde entrara, haviam outras três localizadas em cantos distintos do aposento e estavam fechadas, impedindo que ela formasse uma ideia do conteúdo que ocultavam.
Nesse primeiro cômodo que teve acesso, tinha uma porção de galhos e troncos cortados, empilhados no chão de terra batida ao lado esquerdo da porta. Do lado direito, encontrava-se duas cestas no chão e dois chapéus de palha presos na parede. No centro do local, o chão era uma plataforma de madeira que o elevava, com um quadrado no meio coberto por terra. Ali um grande recipiente de ferro estava suspenso por uma estrutura feita do mesmo material. Por todo aquele pedaço de terra da plataforma, cinzas estavam espalhadas. Em baixo da janela na parede onde a porta de entrada ficava tinham seis superfícies de madeira com pés empilhadas em duas fileiras, indicando se tratar de mesa para refeições. No restante da plataforma ela pôde contar ao menos uma dúzia de potes de cerâmica de aproximadamente meio metro cada um cobertos por um tecido branco. Julgando o seu conteúdo pelo cheiro, deveria se tratar de grãos e ervas. Ali também estavam dispostas duas bacias com potes de diversos tamanhos para servir alimentos.
- Se cubra com isso, Kagura – A mulher que ficara encarregada de preparar o seu banho disparara na frente dos dois e pouco depois deles entrarem ela veio até eles trazendo consigo uma blusa igual à que trajava para cobrir com mais eficiência o corpo de sua hóspede para que finalmente ficasse livre dos braços de seu captor.
A blusa branca não era relativamente comprida, terminando sua extensão no meio das cochas de Kagura. Suas pernas ainda estavam fracas devido à má circulação pelo tempo que ficara sem usá-las e necessitou do apoio da dona da casa para se sentar na elevação de madeira do meio da sala para evitar ir ao chão.
Incomodada pelo formigamento que se estendia em suas pernas, estalou a língua em reprovação enquanto as movimentava de modo a dissipar o desconforto que se espalhava.
- Preciso fazer fogo para esquentar o banho. Onii-San, me ajude com a lenha, por favor – Comandou a mulher após garantir que a recém chegada estava relativamente bem para ser deixada sozinha. Sem averiguar se estava ou não sendo seguida, a mulher se retirou da casa levando consigo alguns daqueles pedaços de madeira depositados ao lado da porta.
Desviando sua atenção dos arredores, a levou até o homem de longos cabelos prateados que a estudava silenciosamente. Não era necessário que ele dissesse algo para que soubesse exatamente o que estava pensando. Está com medo que eu fuja? Sorriu novamente com o canto dos lábios.
- Eu não vou fugir – Por enquanto, completou mentalmente. Estava interessada em saber o desfecho daquela peça teatral na qual ela era a protagonista.
Sem ter lembranças que lhe desse uma direção para onde ir ou quem procurar, no momento ficar ali era a melhor opção que tinha, enquanto não tivesse informações o suficiente do território onde estava pisando. Essa sua escolha foi tomada baseando-se na prudência ao invés da emoção.
Sesshoumaru não demonstrou acreditar em suas palavras, intensificando o seu olhar desconfiado até que se transformasse em um sinal de aviso. Não querendo mostrar-se intimidada, ela manteve seus olhos fixos nos dele. Sua atitude revelou-se como a pior coisa que poderia ter feito. Sem que percebesse, ambos entraram em uma disputa mental. A energia vinda dele se tornara densa, oprimindo todo o ar que estava ao seu redor. O formigamento em suas pernas desaparecera, contudo nem se dera conta do fato. Em puro desagrado, fechou o cenho sentindo que estava prestes a perder essa batalha.
- Sesshoumaru-Sama, eu trouxe o quimono que me pediu! – A voz da criatura Jaken chegou até eles antes de sua presença – Rin e a velha Kaede não estavam, mas eu peguei o que me pediu! – Disse orgulhoso.
Kagura permitiu-se abrir um sorriso de vitória. Entretanto comemorou antes da hora.
- Jaken – Sesshoumaru chamou, mantendo sua atenção fixa em sua presa – Deixe o quimono com Kagura e vá ajudar Kagome com a fogueira para o banho – Comandou.
- S-Sim, Sesshoumaru-Sama... – Sentindo a energia sufocante emitida pelo seu senhor, a criatura não hesitou em obedecer o comando. Deixou a veste ao lado de Kagura e saiu quase tropeçando nos próprios pés.
Entendendo que não possuía mais nenhuma chance de ficar sozinha naquele momento, decretou a sua derrota estalando a língua. Aborrecida, desviou os olhos para a porta localizada em seu lado esquerdo e cruzou as pernas de modo que mantivesse ao menos um pouco de orgulho em sua postura. Apoiando o cotovelo direito nas cochas, afundou o queixo em sua mão detestando um pouco mais aquele homem que possuía uma barreira mental inquebrável.
- Idiota... – Murmurou no ápice de seu rancor ao ouvir o que parecia ser um riso arrogante e abafado vindo dele.  
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luismgaspar · 17 years
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luis manuel gaspar — existem retratos demasiado realistas?
Troppo vero! Terá comentado o papa Inocêncio X ao ver-se retratado por Velázquez. De facto Velázquez não o favoreceu, não disfarçou aquele olhar de político gelado, o bigode ralo, a barbicha caprina, um ar difusamente repulsivo e nada adequado a «sua santidade» o pontifex maximus. Exposto em 1650 no Panteão romano, o retrato papal teve sucesso imediato, e hoje ainda provoca um arrepio de espanto em quem de repente depara com ele na pequena sala da Galeria Doria Pamphilj, como terá provocado-fascinado Francis Bacon que em diversas versões e variações o transfigurou à sua maneira. Se Inocêncio, do alto da poderosa cadeira de São Pedro, se resignou ao veredicto dos pincéis de Velázquez, que remédio me resta senão resignar-me também ao meu retrato saído dos pincéis de Luis Manuel Gaspar? Retrato exacto? Receio que sim, quando o comparo com o que vejo cada manhã enquanto me barbeio e repito, como uma reza matinal, os versos de Baudelaire: — Ah! Seigneur! Donnez-moi la force et le courage De contempler mon cœur et mon corps sans dégoût! E todavia sinto este quadro como uma denúncia, uma sentença. Serão meus os olhos onde a lepra da melancolia alastra palpável, será minha a caligrafia dos relevos da cara, o olhar impreciso, os olhos semicerrados, o nariz-beterraba, a cicatriz no queixo descendo em degraus sobre um pescoço que já viu melhores dias, a cabeça meio afundada nos ombros derrotados pela fadiga da tarde em que o artista teve o cuidado de fotografar o futuro retratado? Porque o escrúpulo do pintor foi ao ponto de me fotografar antes de me pintar, tornando assim o meu duplo duplamente verdadeiro por ser retrato de um retrato, retrato documentado, prova irrefutável que contudo não se confunde com o mesmo momento fixado numa fotografia. Um bom retrato ultrapassa a expressão acidental, o aspecto do instante, o gesto, se o houver, e mostra o que está debaixo da pele, chega por vezes ao osso, revela o que o próprio nunca vira nem sonhara ser. Percebendo o meu susto perante a imagem estranha e familiar daquele desconhecido que sou eu, o pintor tentou consolar-me argumentando que, se o retratista fosse Lucien Freud, o resultado seria pior. Tive de concordar: Lucien Freud, como o avô noutro ramo de actividade, é implacável até em auto-retratos. Porém, nem a solidez do argumento de Luis Manuel Gaspar afastou a sensação paradoxal de me reconhecer e não me reconhecer nesta certidão de idade. O que confirma o conflito insondável, insanável, entre mim e a minha ideia de mim. Gosto da luz do fundo, verde-abacate, verde-cré ou verde-Veronese, em contraste com o quase luto dos azuis das minhas vestimentas. Gosto das manchas branco-amareladas do sol lá fora, jorrando sobre a parede pelas portadas abertas. Gosto dos riscos verticais, acastanhados, brancos-baço, prováveis reflexos dos caixilhos da janela. Gosto, em suma, da pintura, só não morro de amores pela figura. E dei por mim sorrindo das partidas do destino: quando publiquei os primeiros livros, o editor achava que as minhas fotografias não «vendiam» porque eu não tinha cara de escritor, tinha cara de desportista. Se ele ainda fosse vivo, talvez este retrato de escritor idoso e com cara de caso o convencesse. Eu é que não me importava de conservar uns vagos traços do meu antigo aspecto supostamente atlético. Luis Manuel Gaspar garante que só pinta o que vê. Será realmente assim? Não será ele descaradamente complacente em relação aos seus amados gatos? Desconfiei disso diante dos gatos que desenhou para a tradução portuguesa de Particularly Cats and More Cats, de Doris Lessing, em cenas que misturam paixão felinófila e citações picturais meio enigmáticas: dos impressionistas; da bandeira americana por Jasper Jones; de quadros de Escada rodeando a gata Ofélia; de um 'scriptorium' medieval do género daqueles onde Carpaccio, Crivelli e outros mestres imaginavam monges ou doutores da Igreja estudando e escrevendo para maior glória do Eterno, e onde a inscrição latina MINUS SEPTEM alude a «Menos Sete», novela gatarral de Aquilino Ribeiro, cuja casa (desenhada a partir de uma foto de arquivo) se avista através de um janelão em arco. Estes felizes felinos ostentam uma obscena imunidade aos anos, conservam uma frescura de feições de fazer inveja aos menos invejosos dos humanos. Enquanto que, por exemplo, os tigres, touros, corvos ou cavalos são, nos quadros de Júlio Pomar, sugeridos por pinceladas entre o abstracto e o visionário; e os crocodilos, hipopótamos, bodes, cabras e aves em Paula Rego têm algo de inquietante e surreal; a família felina de Luis Manuel Gaspar é de uma idealização hiper-realista, traz consigo ecos do mundo dos mitos, de velhos cultos egípcios em que os gatos eram sagrados, tão sagrados que, segundo conta Heródoto, quando um gato morria, toda a família dos donos rapava as sobrancelhas em sinal de desgosto. Mas os gatos não detêm o monopólio da paixão de Luis Manuel Gaspar por animais. Para o álbum de Helder Moura Pereira A Pensar Morreu Um Burro e Outras Histórias, ele desenhou um bestiário bem colorido e humorado incluindo o esquilo, o crocodilo, o morcego, o mosquito, o macaco, a vaca, peixes, rinocerontes, papagaios, o burro, o cavalo, um elefante dotado de nariz humano e um gnomo daqueles que consta que já não existem. Suspeito que, ao retratá-los, o pintor fala com os bichos que retrata como o Santo de Assis, que chamava Irmãs às cigarras e andorinhas e Irmãos aos coelhos, aos cordeiros e até a um faisão que, no último instante, ele salvou do espeto. A declaração de amor de Luis Manuel Gaspar à bicharada está bem patente nas dezenas de ilustrações para Anatídeos de Portugal, de António Pena. Fiel e fotograficamente, à maneira de um manual científico anterior à fotografia, retratou com minúcia essas aves tão desengonçadas em terra quanto elegantes e ágeis na água: patos de muitos tipos, gansos, mergansos, marrecas, marrecões, tadornas, cisnes, além de outros nadadores com eles confundíveis: mergulhões de vários tipos, galeirões, galinhas-d’água, corvos-marinhos. Esta passarada parece ter abancado no atelier do pintor como na clausura de Santa Brígida de Kildare, onde, segundo a lenda irlandesa, gansos e patos encontravam refúgio. Daí ser ela a protectora dos galinheiros, para além de padroeira dos filhos naturais e das parturientes. Luis Manuel Gaspar não se dedica só à zoografeia (zoografia), como os gregos chamavam à pintura e descrição de animais. A espécie humana, e em particular a espécie literária, tem também sido objecto do seu talento mimético. De Alexandre O´Neill «iluminou» o soneto «No céu de uma tristeza cor de farda» com versos do poema, imagens de um antiquado café lisboeta e um retrato do poeta a partir daquela fotografia em que O´Neill tem uma bicicleta em miniatura encavalitada no nariz. Poeta ele mesmo, não é de estranhar que Luis Manuel Gaspar tenha homenageado os seus escritores em páginas inteiras do extinto jornal Viva Voz com desenhos que, como num filme legendado, transcrevem passagens de textos poéticos, em prosa ou verso, e tenha feito capas para dezenas de livros e revistas sobretudo de poesia. De entre os seus melhores retratos, recordo o de Benjamin Péret injuriando um padre, em que a injúria é um jacaré saindo da boca de Péret. O de Ramón Gómez de la Serna apontando o indicador discretamente fálico a um menos discreto peito feminino (capa de uma recente tradução de Seios). O de Mário de Sá-Carneiro e do seu «Outro» no ensaio Metamorfose e Jogo em Mário de Sá-Carneiro, de António Vieira (os três em edições & etc). O de Raul Brandão na revista Ler, onde colaborava habitualmente. E, para não alongar ainda mais um longo elenco, o de Al Berto na capa de A Noite dos Espelhos, de Manuel de Freitas (edições frenesi). Se, como Da Vinci dizia, a pintura é cosa mentale, talvez nenhum pintor pinte só o que vê. Cada retrato retrata também o retratista. Em qualquer retrato o artista deixa traços de si, da sua visão da vida, da sua relação com o retratado. E talvez afinal não existam retratos demasiado realistas. Almeida Faria, «Luis Manuel Gaspar — Existem Retratos Demasiado Realistas?» / Luis Manuel Gaspar, «Retrato de Almeida Faria», 2007. Artistas Retratam Escritores Que Retratam Artistas, prefácio de José-Augusto França, direcção gráfica de Armando Alves, coordenação de José da Cruz Santos, Porto, Modo de Ler, 2007.
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Em novembro de 1690, circulou em Puebla um folheto intitulado: Carta atenagórica4 de La madre Juana Inês de La Cruz, religiosa de velo y coro em El muy religioso convento de San Jerônimo... Que imprime y dedica a La misma sor Philotea de La Cruz, su estudiosa aficionada em El convento de la Santíssima Trindad de la Puebla de los Angeles. Trata-se de uma crítica ao Sermão do Mandato5, do Padre jesuíta Antônio Vieira. A linguagem da Carta é simples, as frases são curtas e os argumentos fixados de forma bastante objetiva, num texto teológico polêmico e denso.
Sóror Juana ressalta com ironia na Carta, a indignidade de seu sexo e acrescenta ela mesma foi apenas um “frágil instrumento” com que Deus castiga a soberba do autor jesuíta. A questão da crítica ao sermão do Padre Antônio Vieira ultrapassa o valor do debate teológico. Sóror Juana ao fazer essa crítica estava atacando uma das pessoas mais importantes de um determinado grupo: os jesuítas. O Padre Antônio Vieira era, além de jesuíta, um amigo do Arcebispo da Cidade do México, Aguiar Seijas, a maior autoridade religiosa da Nova Espanha e também o maior crítico das atividades intelectuais da freira-poeta.
A Carta foi precedida por outra, escrita por Sóror Philotea, que se dizia “estudiosa de poesia” e oscila entre o elogio e uma orientação quase severa aos estudos de Sóror Juana. Segundo Octávio Paz, a carta de Sóror Philotea mostra que Sóror Juana já não se mantinha na condição de súdita e seu objetivo é trazê-la de volta ao caminho da obediência.
Sóror Philotea é na verdade, um pseudônimo para o Bispo de Puebla, Fernandez de Santa Cruz, amigo de Sóror Juana, que segundo Paz era um político cauteloso e um religioso de carreira bastante sólida. Existia entre esses dois bispos uma forte rivalidade potencializada pela nomeação de Aguiar Seijas para o bispado da Cidade do México, o mais importante da Nova Espanha.
O prólogo de Sóror Philotea repreende Sóror Juana pelos seus estudos profanos. Segundo José Maria Cossío, é possível que existisse um acordo prévio entre Sóror Juana e o Bispo de Puebla. Este, ao repreender a freira, adiantava-se ás críticas de seus inimigos e criava a condição para sua defesa. Mas nem mesmo o bispo foi capaz de prever qual seria a resposta de Sóror Juana a essas críticas e ao próprio prólogo de Sóror Philotea.
A Respuesta a Sóror Philotea de la Cruz tem a data de 1º de março de 1691. Aproximadamente quatro meses após a publicação da Carta Atenagórica. É uma unanimidade entre os pesquisadores do tema, que a Respuesta é um documento único na literatura hispânica e a sua idéia inicial é exatamente responder ao Bispo de Puebla as orientações quanto à instrução da mulher ao saber profano. Apesar de não poder dizer que eram iguais ou superiores as sagradas, pois isso a levaria para a Inquisição, Sóror Juana rebate ao bispo e a seus adversários a validade e a importância do saber profano.
Desde que me raiou a primeira luz da razão, foi tão veemente e poderosa a inclinação pelas letras, que nem alheias repreensões (...) nem próprias reflexões (...) bastaram para que eu deixasse de seguir esse impulso natural que deus pôs em mim: Sua Majestade sabe por que e para quê; e sabe que lhe pedi que apague a luz de meu entendimento, deixando só o que basta para guardar sua Lei, pois o demais sobra, segundo alguns, numa mulher (DE La CRUZ, 2004, p. 136).
Seu relato fala de sua infância e sua sede por conhecimento, suas leituras na biblioteca do avô, seu amor aos estudos e sua escolha pela vida de religiosa. Argumenta também que sem a lógica, retórica, música, geometria, história, direito, mecânica e uma infindável gama de ciências, é impossível entender determinados trechos das Escrituras Sagradas.
Sóror Juana, em sua defesa, cita também muitos nomes de mulheres sábias desde a antiguidade clássica até as mulheres de sua época. A poetisa pende a todo o tempo em sua resposta, entre o cristianismo e o feminismo, entre a teologia e a filosofia. Apoiada em filósofos e até mesmo teólogos contemporâneos, Sóror Juana defende a capacidade da mulher de estudar e ensinar as Escrituras, rejeitando a idéia comum da inferioridade do intelecto feminino e adotando um caráter não só de confissão, mas uma defesa de suas paixões. A Respuesta a Sóror Philotea ao invés de uma retratação de obediência, foi refutação que segundo Paz, ainda espera uma contestação.
Respuesta só foi publicada em Fama y obas postumas em 1700, mesmo tendo circulado entre os letrados de sua época. Para Sóror Juana as conseqüências, mesmo sem a publicação de tal escrito, foram fortes e ásperas. Seu antes aliado, o Bispo Fernández de Santa Cruz calou-se sobre a Respuesta e retirou-lhe sua proteção provavelmente por temer irritar ainda mais o arcebispo da Cidade do México e os jesuítas. Além disso, para o prelado, a freira havia se mostrado uma mulher obstinada e desobediente. Para Paz “A freira encarnava uma exceção dupla e insuportável: a de seu sexo e a de sua superioridade intelectual”
Num primeiro momento a reação de Aguiar Seijas foi a indiferença em relação a Respuesta. Indiferença calculada por um posicionamento político cuidadoso, pois apesar de ser o arcebispo da Cidade do México, não era sensato entrar em conflito com os protetores de Sóror Juana. O Marques de la Laguna, amigo mais poderoso da freira, não era apenas o vice-rei da Nova Espanha, era também irmão do primeiro ministro do rei, o duque de Medinaceli. Após o retorno dos marqueses de la Laguna para a Espanha, Sóror Juana conquistou a simpatia e o apoio do Conde de Galve, novo vice-rei. Além disso, ainda contava com o apoio da Condessa de Paredes, esposa do Marques de la Laguna, sua editora e divulgadora de seus escritos na Espanha.
Gracinda Vieira Barros. Sóror Juana Inés de la Cruz, A mulher na cidade das letras
Imagem original: Black Women Art!
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lo-byu · 3 years
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Eu queria só te agradecer. Sabe, eu deixo o seu tumblr aqui fixado, e às vezes eu vou lá e atualizo (quando você some) pra ver se você está viva... Imagina. Enfim, por isso eu sei que tem bastante coisa nova e eu guardei tudo pra ver hoje. Estou escrevendo aqui porque não estou no clima de surtar como sempre... Sabe... Quero só ver e dar um sorriso e sentir aquele aconchego no coração, me sentir um pouco melhor porque o dia de hoje é o pior dia do ano e eu preciso dessa alienação. Por alguma razão ver as coisas assim no seu tumblr me faz um bem maior do que ver as coisas por mim mesma. Ou eu só não sei o que fazer e o que ver pra me deixar bem. Esses dias, semanas, sei lá, tô me sentindo tão podre lixo sem força que nem lista de twitter estou vendo. Não sei de praticamente nada que está acontecendo. Tudo que eu faço é acordar, trabalhar e assim que termina meu horário, vou assistir coisa no Netflix. Essa é minha nova forma de alienação. Assistir todas as séries, documentários... Tudo que me chamar atenção eu assisto. Vou te dizer, até que funciona. É o que eu falei das séries de investigação que assisto, fico só pensando nisso e pensando em quem pode ter matado, quem pode ser cúmplice, fico pensando na história e nos personagens e esqueço tudo. Mas além disso estou tentando achar qualquer força de vontade pra começar a estudar pra prova da OAB em março... Eu tô 400% desanimada. Não quero fazer, não quero estudar, não quero nada. Talvez seja só o final do ano que me deixa pior do que sou normalmente, talvez a força de vontade volte em janeiro... Sei lá. Mas enfim, voltando ao tópico... Eu queria te agradecer pelas coisas que você faz por mim e pra mim. Eu já falei, pode parecer pouca coisa, mas é literalmente tudo! Você me faz muito muito bem e eu sinto muito não poder fazer por ti nem a metade. Fique sabendo que, mesmo sem comentar tudo no twitter, eu vi tudo agora e amei!! Amei tudo! Com certeza me fez muito bem e pode acreditar que tem 50% de chance de eu dormir sem chorar. Bom, tendo em vista que eu vou ver tudo antes de deitar, e quando deitar vou ver série até dormir... É bastante provável mesmo que eu não chore. Aliás, se te despertar a vontade, estou assistindo O Preço da Perfeição, e achei bem legal. É meio estranho às vezes, lembro de ter sonhado com a série um dia depois de começar a assistir e foi bem sinistro, mas é interessante. Bom, tem uma "morte" e um suspense de saber quem "matou" e o motivo... Coisas que eu assisto, hehe. Antes dessa eu assisti A Bagunça que Ficou (algo assim, juro que não lembro o nome), é legal também, mas meio fraco. Mais uma coisa só: estou acabando com a água dessa casa, não aguento mais fazer xixi o dia inteiro. De novo, obrigada mesmo por tudo! Se cuida, please. Lembra que estou aqui, tá? Pra tudo que você precisar, se precisar, se quiser. Te amo.
#Update: eu falei sobre não chorar, mas adivinha, eu tô chorando rios e rios. Todos os textinhos e reminders e ajudas... Não sei se você pensa e tem as mesmas sensações que eu quando lê essas coisas, mas é como se eu ficasse dividida e sentisse dois sentimentos ao mesmo tempo. Uma certa alegria de pensar que tem alguém no mundo que pensa essas coisas de mim e que está ali tentando me ajudar, está do meu lado. E tristeza? Não é exatamente tristeza... Mas um sentimento de que tudo aquilo de positivo que alguém acha de você é mentira? Você olha pra si mesma e pra sua vida e pro jeito que você está vivendo e olha seus sentimentos e as vezes que você chorou até então e pensa... Essas coisas positivas não tem nada a ver comigo. E é super estranho. De qualquer forma, ainda que eu não consiga acreditar e enfim, é muito bom ler tudo isso e só saber que tem alguém comigo. Eu vou ser grata à ti pra sempre.
#Update2: acho que você poderia estar rindo da minha cara se estivesse me vendo agora. Ugly crying com os textinhos e aí quando aparece os gifs do meu povo eu fico igual aquele meme do cara chorando no carro, tocando Spring Day de fundo, sabe aquele ao contrário, da lágrima subindo? Eu mesma. E acrescenta um sorriso feio. Aí depois aparece mais texto e eu choro de novo. The rollercoaster.. Mas de verdade e DE NOVO, muito muito muito obrigada por isso! Acho que nem sei expressar o quanto me faz bem, incrível né? Essas pessoas que estão tão longe, que nem me conhecem, nem sabem o quanto me fazem bem e o quanto me ajudam todos os dias... Você inclusa, exceto que pelo menos a gente se conhece né, one good thing.
#Update3: TAEKOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOK!!!!!!!!!!!
#Update4 (e último juro): Queria só dizer que amei demais tudo rosinha que você colocou lá, os bichinhos, os corações, tudo rosinha lindo!!! Pelo visto até coisas rosas e fofas me fazem um certo bem... Obrigada pelas coisas de Monsta, Day6, Vixx, Taekook, San, Gah/Dc, Got7... E Little Mix??? Acabei de ver (esse foi um cheat de update5) e não esperava, sério :( Não chorei, tá tudo certo, elas são e sempre vão ser meu pilar e eu vou superar de novo (parece que literalmente tudo que eu amo quebrou tudo de uma vez). Vocês todos me fazem menos triste e mais em paz e eu sou muito grata que, de tudo de ruim que eu tenho na vida, o lado bom são vocês. OBS: obrigada pelas músicas de Day6, sério, eu amo tanto TANTO!! E eu ouvi a música do IOI lendo a letra, perfeita, preciso nem dizer que chorei mais um balde.
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