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#escritores portugueses
vagarezas · 5 months
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• José Gomes Ferreira - Sala de Concertos.
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serdapoesia · 5 months
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Tuas pálpebras negras, outonais. Teu rosto. Sim. Teu rosto. E nada mais. Desejo, Pedro Homem de Mello
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Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluir de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.
Um pesar grãos de nada em mínima balança,
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir.
Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas com o pensar te pudesses partir.
António Gedeão, in “POESIA COMPLETA” (Ed. João Sá da Costa, 1996)
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arthur-alexi · 9 months
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TW: Satanismo, Gore, horror
Era uma vez, uma pequena garota dos olhos verdes. Ela era uma garota medrosa, muito medrosa. Tinha medo até mesmo de sua própria sombra, medo dos animais mais delicados e puros, pavor de sons e de tudo. Seus amigos sempre brincavam com isso, seus pais lhe davam sermões. "Supere seus medos!" "Quando você vai ter coragem?" "Você não pode ter medo de tudo pra sempre!", Era que eles diziam. A garotinha tinha medo das reclamações também, porém, entre tantos e tantos medos, o seu maior medo era a da solidão. Ela não queriam que a deixassem. O que sempre acontecia, seus amigos a convidavam para uma noite de filmes de terror e ela precisava recusar. Suas noites eram sempre com pelúcias e abraços deles. Isso se tornou até engraçado, seus amigos sempre lhe contavam histórias assustadores antes de sair, e isso as assombravam, seus pesadelos com tais assuntos eram recorrentes, ilusões atrás das portas eram vistas, nada podia melhorar.
Então, a garota diante tanta frustração e medo, decidiu começar a assistir filmes de terror para superar esse medo enquanto seus pais estavam fora, finalmente conseguindo se encher de coragem. Mas ela se assustou tanto, seu coração quase saia da boca, era como se tudo em sua mente se concentrasse na imagem terrível... Mas ela percebeu que o que mais lhe dava medo, era sua visão, seus olhos. Seus belos e claros olhos verdes. Ao longo de sua vida, muitos a disseram que aqueles seus olhos davam-lhe sorte por ser a mesma cor que a do trevo de quatro folhas. Ela decidiu assistir aos momentos que mais teve medo, mas com seus olhos fechados... Não deu certo. Os sons e pressão que sentia lhe assustava de qualquer forma, seu coração aumentava o suspense e batia mais forte, e tanto que começou a lacrimejar. Cansada e desesperada, não sabia o que fazer. "Eu vou ser medrosa pelo resto da vida?" "Eu não vou conseguir ser corajosa? Nunca?" "O que eu faço para parar de sentir tanto medo?" Ela começou a pensar enquanto caia mais no poço dos seus próprios pensamentos.
Mas, ela se lembrou da história de terror que um amigo lhe disse. Ele lhe disse da história macabra do "Gênio Satânico", um gênio que ao ser invocado ligando todos os fogões de sua casa, e assim trazendo um fósforo para o espelho, e falando o nome "Gênio" três vezes, ele surgiria. Bem, não preciso dizer, não é mesmo? Ela fez isso, o gás se aumentou e o fogo azul foi ligado em massa. E então, ela foi até o espelho, tremendo enquanto se encarava, e assim engoliu o seco.
— ... Gênio. —
— Gênio... —
— Gênio. —
A criança ficou em silêncio após isso... E nada aconteceu, ela abriu os olhos e apenas se viu no espelho, com o fósforo ainda em chamas. Após isso, suspirou fundo, aliviada em achar que nada ocorreria. O espelho se quebrou repentinamente. Ela se assustou e pulou, mas ainda mantendo o fósforo em sua mão enquanto começava a ardes. E de repente, sombras gigantescas e queimantes lhe foi surgindo atrás e na frente da mesma, e um olho sangrento e bizarro surgiu em meio a escuridão. E então, uma mão com garras enormes segurou o ombro da pequena criança.
— Ølª, º Qûę de$ejæs? —
O demoníaco disse. A criança encarou com os olhos tremendo, engoliu o seco, tentando recuperar as poucas forças que tinha para fazer o pedido.
— E-Eu... D-Desejo... N-N-Nunca mais s-sentir m-m-medo!... —
O demônio a encarou, e riu, sem boca mas risadas bizarras foram escutadas, e até que apontou para a garota.
— πuītø bęm... Ę em trº€a, £u gø§tarïæ dè §e∆s bėlos 0lhos vërdē§, mø¢inhª. —
A garota ao escutar isso, ficou ainda mais assustada, mas o desespero que sentia e a dor em seu dedo aumentava mais com o fósforo, e ela apenas concordou com isso...
As duas unhas do demônio se enfiaram nos olhos da mesma, ela gritou de dor, começou a chorar sangue daquele lugar e recuou. A mão se afastou, com os dois olhos da mesma nas mãos do demônio, que começou a rir de forma histérica. E toda suas sombras iriam além do próprio banheiro. E então...
Boom.
Os pais chegaram em casa com tudo em chama e explodido. O cadáver da garotinha estava lá, sem olhos, mas era a única coisa na casa inteira que não estava em chamas.
Dizem até hoje que o espírito da garota cega está vagando pelo mundo, tendo perdido o seu medo, mas também sua visão, sem saber que está morta.
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purosucodebrasil · 3 months
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O Livro do Desassossego, Bernardo Soares (Fernando Pessoa).
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analikestodream · 4 months
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Eu não existo.
Quando vejo aquilo no espelho eu me apavoro em perceber que não apenas tem vida, mas que a vida sou eu, me assusto porque isso é mentira, não tenho vida.
Eu flutuo por aí, eu olho o mundo de cima, ás vezes eu ouso me materializar, pular fora da minha nave. Nunca penso muito porque não importa, quer eu caia, quer eu aterisse, não há dor sem vida. E eu não tenho vida.
Eu não existo.
Quando você me ama, eu rio.
Rio não por maldade, talvez seja codescendente, é pena mesmo, e eu me desculpo, imploro seu perdão porque eu não deveria ter que pedir desculpa, não deveria ter dado motivo.
Mas eu não existo, preciso que você entenda isso.
Você diz que me ama.
Me compara a uma luz.
Fala que sou calor.
Elogia meu ser.
Queria que entendesse que para mim isso é hilário. Você me ama? Como? Me não existe, quem é me? Não sou luz de nada, também não sou escuridão, portanto não posso ser calor ou frio. Não sou um ser. Sou um erro da natureza.
Me acho uma benção. Se existem anjos nas estrelas, eles me protegem, porque mesmo depois de tudo que fiz ainda estou aqui.
Não deveria
Estou e ainda não existo. Só ando por aí, enquanto sufoco no vazio, o ar é pouco; mas eu não preciso.
Não queria desperdiçar seu tempo.
Desculpa, eu não existo.
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pedrovallentin · 10 months
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Bruzundangas
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nanagoeswest · 8 months
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ovo estrelado no asfalto
A matéria que me forma está estendida na superfície. Derreti. O cérebro é papa. Há dentes pelo meio. Duas esferas, globos oculares. O calor forma ondas hipnóticas no ar. Nada se distingue de tudo o resto, somos todos cera da mesma vela ardida. Vestígios de pessoas e coisas.
Sou dramática na confissão, pois a temperatura lá fora não é suficiente para a cozedura. Mas, não minto ao dizer que a massa cinzenta se recusa a pensar. Sente-se sobreaquecida, requer resfriamento antes de novamente arrancar. Se a economia não estivesse no estado em que está, consideraria uma vida dentro do frigorífico, para preservar-me junto aos tupperwares.
Terão que perdoar o queixume, que de inútil e breve, não vos acrescenta muito. Como disse, a cabeça não dá para mais hoje. Se há quem consiga juntar dois pensamentos e criar uma lógica com quarenta graus lá fora, então admiro a resiliência. Admiro a coragem.
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vaccumduster · 1 year
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Ruínas
Sempre gostei de estar em lugares corroídos pelo tempo. Um chão esburacado. Um teto despedaçado. Paredes decadentes. Quantas histórias? Quantos relatos? Quantas vidas? Ninguém sabe. Uma testemunha intacta ao sabor do tempo. E nós? Para onde vamos? Caímos no esquecimento. Nossa carne vira adubo nas entranhas do solo. Vira alimento para seres que dizemos serem repugnantes. Só nos resta os ossos. E depois? Com sorte, se petrificam e esperam milhares de anos até serem desenterrados e colocados como objeto de curiosidade. Sem sorte, se misturam à terra, viram poeira; deixam de existir. E nossas memórias, ou pelo menos o resto delas? Para onde vão? Me questiono se realmente existiram. Estamos vivendo? Estamos em degradação? Ou simplesmente somos uma ideia criada na cabeça de um louco perdido numa ilha do Pacífico? Somos e não somos. Estamos presentes e ausentes. Nos deram a vida, mas somos nossa própria ruína. No fim, não somos nada e nem ninguém. Somos tudo e todos. Até voltarmos ao nada que nos pertence. 
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cayalle · 1 year
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Noção de combate
Muitos acreditam que estão abalando ao escreverem seus livros com combates mesquinhos e mal desenvolvido. Eu acho hilário quando as pessoas simplesmente colocam personagens magros e humanos e focam naqueles tipos de frases como “Se focar na agilidade será tão mortal quanto qualquer inimigo”... As pessoas que criam frases do tipo parece que desconhecem de combates de modo geral.
Velocidade pode até te fazer esquivar de alguns ataques, mas o que acontece quando você receber um golpe? (Porquê claramente um bom combate em livros só nasce assim, de dar e receber golpes, caso contrário é apenas um protagonismo doentio de um lado)
PS: Art no final não é minha, se conhecem o criador... Comentem.
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pequenoeu · 2 years
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Dentro, um sonho sempre há
Será que ainda ei de resgatar?
O coração, nunca deixa estar
O que a mente sempre lembra, despertar.
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vagarezas · 5 months
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tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Eugénio de Andrade
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serdapoesia · 5 months
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Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso. Correr, navegar, morrer naquele sorriso. O sorriso, Eugénio de Andrade
In: O outro nome da terra (1988)
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brasil-e-com-s · 2 years
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"Todos" já significa o que a palavra representa: pode ser homem, mulher, animal, criança, branco, negro, amarelo, indio, hetero, gay, pan, colorido, etc... Não dá pra mudar o português. "Todis" eu não vou escrever. É todos, sim, é a Língua Portuguesa, sem preconceitos.
Todos vocês, todos nós, todos eles... Vamos raciocinar, né? 😆
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ludusschola · 9 months
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escritasdanatyelle · 10 months
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#paginas
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