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#dicas de escrita
anyyzz · 11 months
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Como transmitir os sentimentos em sua história:
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Descrever sentimentos é uma tarefa árdua para qualquer escritor, ainda mais se este estiver iniciando sua história por agora.
Garanto que ao saber bem como transmitir os sentimentos de seu personagem na trama, o fará ter muitos comentários bons vindo dos seus leitores.
Mas agora vem a questão, como?
Irei ajudá-los a deixar de lado os genéricos "s/n está triste" ou "o tal badboy ficou irritado", esqueça isso! Mostre para os seus leitores como o corpo e mente do seu personagem reage de acordo com tal sentimento.
É importante lembrar que o nosso corpo expressa para os outros como de fato estamos nos sentindo, o nosso semblante muda, a forma como agimos e a postura que tomamos.
Sabendo disso, use e abuse de pesquisas para saber como o corpo humano reage quando estamos felizes, tristes, angustiados, bravos… e aplique ao seu personagem.
Com isso em mente, não poupe detalhes, mostre como aquele personagem ficou abatido com determinado ocorrido ou feliz com certa notícia, descreve o semblante (boca, olhos, sobrancelhas…), a postura (rígida, leve, cabisbaixa…) e forma como age (friamente, alegre, explosivo…).
Claro, há outras coisas a pontuar, porém, essas são as mais importantes e que darão abertura para outras formas de demonstrar sentimentos.
Agora coloque em prática o que aprendeu aqui e deixe o seu enredo ainda melhor!
Espero mesmo tê-los ajudado de alguma forma, aguardo vocês no próximo post.
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manualdoescritor · 7 months
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Sejam Muito Bem-Vindos ao Blog Manual do Escritor!
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Sejam todos muito bem-vindos a esse meu projeto que carinhosamente chamei de o "Manual do Escritor"! Um blog em que eu desejo passar para vocês de forma completa várias dicas sobre o assunto, para lhes dar uma orientação e um rumo para estar preparado para a carreira de escritor e para desenvolver e publicar os seus livros! 
Neste blog, nos aprofundaremos em diversos temas essenciais para o ofício da escrita, que serão divididos nas seguintes categorias através das hashtags:
Dicas de Escrita: 
Nesta categoria, iremos falar sobre as diversas técnicas de escrita existentes em uma narrativa. Aprenderemos mais sobre diálogos, desenvolvimentos de personagens, tipos de narrador, enredo, formas de desenvolver uma cena e muito mais. Aqui é onde iremos explorar mais sobre a escrita criativa para criar o seu estilo e a melhor forma de desenvolver o seu livro.
Dicas de Diagramação e Dicas de Português: 
Aqui iremos falar sobre a finalização do texto já pronto, seja para um livro digital ou físico. Técnicas como a diagramação, revisão do texto, formas de melhorar o seu português, serão faladas nessas duas categorias em que irei compartilhar as técnicas para ter uma boa diagramação no seu ebook ou livro impresso, e darei orientações para evitar erros gramaticais que podem afetar a qualidade do seu trabalho.
Dicas Para Escritores Iniciantes: 
Nesta categoria colocarei os posts destinados especificamente para os escritores iniciantes, quem continua rumo a sua primeira publicação. Iremos fazer aqui uma introdução sobre todos os outros conteúdos, dúvidas e inseguranças que autores iniciantes podem ter.
Dicas de Como Fazer Capas de Livros: 
A capa é o rosto do seu livro, o convite para os leitores adentrarem no seu universo literário. Por esse motivo, compartilharei aqui as formas de como projetar uma capa interessante para o seu livro, que atraia leitores para a sua história, e a como encontrar profissionais capistas que possam fazer a capa do seu livro.
Dicas de Inspiração: 
Aqui irei trazer dicas para ajudar com a sua inspiração na hora de escrever, desde formas de buscá-la a algumas técnicas de como se livrar do bloqueio criativo e continuar escrevendo a sua história praticamente todos os dias.
Marketing Literário: 
Aqui iremos falar sobre técnicas de marketing literário que irão lhe ajudar a construir a sua presença online e a promover os livros, para que eles atinjam um novo público. Técnicas de como utilizar as redes sociais em seu benefício serão faladas nos posts dessa categoria.
Formas de Publicação: 
Por último, nas dicas sobre formas de publicação, irei falar sobre todos os meios que você pode utilizar para publicar o seu livro, e vendê-lo. No marketing literário irei falar sobre formas de divulgação, enquanto aqui é onde irei falar sobre como você poderá publicá-lo no meio literário, e no caso de autopublicação de livros físicos, as melhores formas de envio, mimos que podem vir com o livro, etc. 
Sem mais delongas, estou muito animada para contar para vocês tudo o que aprendi estudando por aí vendo vídeos, em um curso de escrita criativa e em uma graduação de Jornalismo. Eu espero que possamos construir uma comunidade juntos de escritores se ajudando no meio literário!
Sejam muito bem-vindos ao "Manual do Escritor" e até o próximo post!
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grandvhs · 9 months
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Como escrever com bloqueio criativo?
Sabemos que não é fácil escrever quando se tem bloqueio criativo e, muitas vezes, quando escrevemos, nada parece ser suficiente ou não condiz com aquilo que realmente queremos. Por isso, venho com essas dicas baseadas em minhas experiências!
Sempre tenha uma playlist sobre o gênero que deseja escrever. Se quer escrever algo dramático, então junte suas músicas tristes favoritas ou, se quiser, encontre mais delas. A música pode muito bem ajudar e até dar mais inspiração para o ouvinte. Por isso, recomendo que escreva um rascunho (independente do número de palavras ou parágrafos) se baseando naquela playlist. Vá fazendo isso no seu tempo.
Tanto o Pinterest quanto o Tumblr também pode te ajudar, sabia? Caso não saiba o que ou como escrever, você pode procurar por prompts, outras dicas e, quem sabe, fazer uma pasta especificamente sobre escrita. Por exemplo, uma pasta no Pinterest apenas com palavras desconhecidas que você nunca ouviu na vida. Por outro lado, o Tumblr pode te ajudar a como achar nomes para seus personagens, como descrevê-los e também lhe dar uma masterlist sobre segredos obscuros, se é o que deseja.
Não tenha medo! Todos nós buscamos a perfeição e até mesmo nos comparamos com outros escritores, incluindo os famosos. Vou te dizer uma coisa que vai ficar apenas entre nós, tá? Eu aposto que maioria dos escritores, senão todos, também passaram ou passam pelo mesmo problema que você. Aposto que muito deles também se questionaram se escrever daria algum lucro, daria fama ou se eles iriam conseguir escrever um livro inteiro completamente autoral. Não se preocupe com isso. Ninguém nasce sabendo de certas coisas, pelo contrário, nós aprendemos e, com o tempo, aperfeiçoamos nossas habilidades. Algo que pode ser apenas um hobby para você, no futuro poderá ser sua profissão. Nunca se esqueça disso!
Escreva sobre suas coisas favoritas. Independente se for série, filme, jogo, anime ou qualquer outra coisa. Se você acha que dois personagens seriam um ótimo casal junto, então faça isso acontecer! Escreva uma história sobre eles se conhecendo no bar e em seguida se apaixonando um pelo outro, como se fossem verdadeiras almas gêmeas. Deixe sua criatividade rolar, amigue! Você não precisa ter um vocabulário perfeito para escrever, muito menos precisa ser um Machado de Assis na vida.
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marilucioli · 10 months
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Quando as Estrelas Caem
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haruthinks · 1 year
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(descrição de imagem: retângulo azul claro tendo nas bordas duas formas geométricas arredondadas em um azul levemente mais escuro para decoração. uma foto de um óculos fechado com a escrita "haruthinks" embaixo indicando o autor do post. em seguida, o título da série "guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão", seguido de uma linha para separar o texto do indicador da parte "parte 4: bengalas, cães guia e O&M (orientação e mobilidade). fim da descrição de imagem).
guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão parte 4: bengalas, cães guia e O&M (orientação e mobilidade).
opa, aqui estou eu para a parte 4 da tradução desse guia escrito originalmente (em inglês) por mimzy cujo blog você pode acessar clicando aqui. já postei as 3 primeiras partes no meu blog, mas se esse post é o primeiro que você vê da série, você pode encontrar os outros 3 aqui:
parte 1: construção de personagem (link)
parte 2: escolha de narrativa, descrições visuais e verbais e interações sociais (link)
parte 3: clichês para evitar (link)
mimzy é uma pessoa com deficiência visual que está escrevendo seu próprio livro de fantasia, e ao decorrer de sua jornada na escrita já escreveu dois personagens cegos.
segue os famosos disclaimers: eu não sou uma pessoa cega e nenhuma das experiências trazidas nesse guia são minhas. esse post se trata de uma tradução de um guia escrito por uma pessoa cega. acho que esse tópico é de extrema importância, não apenas para aprender a como escrever personagens cegos de uma forma mais coerente e respeitosa, como apenas para saber mais sobre. digo aqui também que fiz essa tradução da forma mais fiel possível, mas caso haja algum termo incorreto, por favor, fale comigo! sem mais delongas, vamos a parte 4!
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a partir daqui começa a tradução. o guia foi escrito em primeira pessoa por se tratar muito das vivências pessoais de mimzy, então irei traduzir em primeira pessoa também. retorno a dizer que NÃO SÃO minhas experiências.
o que é orientação e mobilidade (o&m)
orientação e mobilidade (ou o&m) é a habilidade de entender e navegar pelo mundo com segurança e confiança, tendo perda de visão.
irei citar a definição do vision aware (portal online e gratuito que informa pacientes, parentes próximos e mais sobre possíveis tratamentos, além de mais informações).
orientação: se refere à habilidade de saber onde você está e para onde você quer ir. seja andando de um cômodo para o outro, andando no centro da cidade ou no shopping.
mobilidade: se refere à habilidade de se deslocar com segurança e eficiência de um lugar para o outro. exemplo: conseguir andar pela rua sem tropeçar ou cair em degraus de escada e mudanças de piso, como atravessar ruas e usar transporte público de maneira segura.
o&m pode envolver:
✓ aprender a como usar uma bengala e qual seria a mais adequada para você.
✓ se deslocar com segurança entre obstáculos utilizando sua bengala. isso inclui escadas, rampas, elevadores, calçadas irregulares e curvas, e também como andar entre uma multidão e entre móveis/mobília.
✓ aprender estratégias seguras para atravessar a rua.
✓ planejar rotas para destinos, sejam eles novos ou recorrentes.
✓ usar tecnologia como gps e aplicativos como uber.
✓ acessar o transporte público de maneira segura.
✓ como pedir ajuda quando preciso.
✓ como lidar com guias que enxergam (humanos).
um adendo a comunidade cega e seu relacionamento com bengalas
A Escola para Cegos Perkins (ou Perkins School for the Blind, uma renomada instituição estadunidense voltada para a educação de jovens e crianças com deficiência visual) estima que apenas 2 a 8% da comunidade cega conta com a bengala para se locomover. o resto depende na visão restante, cães guias e guias que enxergam. porém, estima-se que apenas 2% da comunidade cega se apoia em cães guias. e para conseguir um cão guia, a pessoa precisa passar pelas aulas de o&m e usar a bengala por 6 meses antes de poder se inscrever para ter um cão guia.
notas da tradutora: pesquisei como se dá esse processo no brasil e é bem similar, porém aparentemente não precisamos da etapa de utilizar a bengala por 6 meses. mas sim, é preciso realizar o treinamento de o&m, ter mais de 18 anos, ter condições financeiras e psicológicas para cuidar de um cachorro, e mais. você pode ler um pouco mais nesse portal oftalmológico aqui.
isso significa que 90% da comunidade cega não utiliza bengalas. eu não sabia desse dado até começar a pesquisar para esse guia, e esse número me assustou. sério, mesmo que eu já tenha me locomovido sem a bengala antes, eu não consigo imaginar voltar a não usar. mesmo que eu só precise da bengala em alguns momentos, eu não consigo não usar nas situações que eu realmente preciso. ter uma bengala facilitou muito a minha vida, além de deixá-la mais segura também.
eu não sei a que atribuir esses números. talvez aos conceitos de deficiência visível x invisível, capacitismo internalizado, ou o sentimento de "não ser cego o suficiente" para usar uma bengala. além de tudo, a acessibilidade e informação para a comunidade cega saber mais sobre, e também onde comprar uma.
como se aprende o&m? como meu personagem vai aprender?
seu personagem vai ter que encontrar um instrutor de orientação e mobilidade que vai ensiná-lo as habilidades pessoalmente. o instrutor de o&m é um adulto que enxerga e que possui um diploma de bacharel na área, além de passar pelo treinamento de o&m estando vendado, que geralmente possui um requerimento mínimo de horas para conseguir o certificado de instrutor (um programa exige 400 horas de treino de o&m vendado antes de conseguir a licença).
esse é o processo para se tornar um instrutor nos estados unidos, em outros países isso pode variar.
notas da tradutora: pesquisei sobre o processo de se tornar instrutor de o&m no brasil e devo dizer que não achei muita coisa. mas, pelo que eu vi, aparentemente o curso não precisa ser superior para conseguir a licença. posso estar errada, caso você saiba mais informações, favor comentar que eu insiro aqui!
para encontrar um instrutor de o&m, seu personagem precisa entrar em contato com uma escola, fundação ou instituto para cegos. é possível encontrar a instituição mais perto de você através de:
✓ pesquisas no google;
✓ indicação de um oftalmologista;
✓ ajuda de um assistente social;
✓ a escola/universidade pode tentar entrar em contato com alguma instituição por você.
infelizmente, não há uma abundância de escolas e fundações por aí, então a mais próxima do seu personagem pode ser bem longe. a mais perto da minha casa fica a 45 minutos de carro, para algumas pessoas pode ser até horas de viagem.
mas isso é, novamente, a minha experiência nos estados unidos. leve em consideração que é um país muito grande e tem um espaço maior entre uma cidade e outra. então uma viagem de 4 a 6 horas pode não significar muita coisa aqui (por mais que seja bem inconveniente para uma pessoa cega que não pode dirigir), mas em outros países, uma viagem de 6 horas pode significar cruzar várias fronteiras, além de que podem ter outros tipos de programas sociais.
notas da tradutora: esse último parágrafo se trata da experiência pessoal de mimzy, não minha. já disse antes, mas não custa repetir.
não existe um banco de dados completo com todas as escolas para cegos disponíveis, nem um site com todas as opções de locais possíveis. por exemplo, a escola que eu fui não estava listada na maioria dos sites que eu encontrei, mesmo que tenha 7 filiais em diferentes lugares.
isso é mais um desabafo sobre como é difícil encontrar serviços para pessoas com deficiência, tem pouquíssimos recursos que sejam acessíveis por aí. se você me perguntar, eu diria que já passou da hora de ser mais fácil entrar em contato com sua comunidade cega local. serviços de acessibilidade deveriam estar disponíveis de forma bem mais fácil e simples.
se a sua história se passa em um lugar real, então pesquise por "escola para cegos (cidade/estado/país)" e você deve encontrar alguma que seja na área.
o que uma escola para cegos pode dar ao seu personagem?
bem, além de ajudar o seu personagem a se conectar com um instrutor de o&m, uma escola para cegos pode oferecer outras aulas de reabilitação e também acesso a outros recursos. essas aulas de reabilitação podem incluir:
✓ aprender a escrever/ler em braile e também usar máquinas de braile;
✓ aulas de tecnologia com leitores de tela, lupas e etc no seu computador e celular (na minha escola há cursos separados para android, ios, etc);
✓ habilidades de independência (cozinhar, limpar, organizar, planejar compras de alimentos e medicações);
✓ cuidado próprio (dança, arte, música, defesa pessoal).
recursos adicionais nessas escolas podem incluir:
✓ encaminhamento para receber ajuda para lidar com a perda da visão;
✓ acesso a biblioteca de audiobooks e livros em braile;
✓ acesso a dispositivos para ampliação (como lupas) e máquinas de braile (tipo uma máquina de escrever, só que em braile).
algumas escolas oferecem um tipo de ensino fundamental e médio, onde as crianças e adolescentes cegos iriam aprender ao invés de uma escola comum.
algumas escolas também possuem alojamentos onde os estudantes podem ficar enquanto estão fazendo os cursos de reabilitação, especialmente se a perda de visão for repentina e severa. nesse caso, eles moram no campus e vão para as aulas. outras escolas vão oferecer apenas aulas, então seu personagem teria que encontrar um transporte para todas as visitas. várias escolas também possuem especialistas em reabilitação ou instrutores de o&m que podem visitar o aluno em casa.
minha escola tinha as duas últimas opções, aulas presenciais ou o instrutor iria de encontro ao aluno. como era uma viagem de 45 minutos de carro até lá e eu precisava que alguém me levasse sempre, eles mandavam um instrutor até a minha casa.
toda quarta de 15h ela dirigia até a minha casa para me dar aulas de como usar a bengala. essas aulas incluíam me levar para diferentes lugares para praticar certas habilidades (como usar escadas comuns e escadas rolantes no shopping, ou passar por um lugar movimentado, ir até um ponto de ônibus para aprender a pegar um de forma segura e a comunicação que eu deveria ter com o motorista para informar onde era minha parada.
ela também trazia vários tipos de bengala para que eu experimentasse e decidisse qual funcionava melhor pra mim.
os vários tipos de bengala
bengalas longas são utilizadas para tatear a área logo na frente do usuário enquanto ele anda. esse é o tipo de bengala que o público geral tem mais familiaridade. porém, há vários sub tipos de bengalas longas. elas também podem ser chamadas de bengala branca ou bengala de sondagem.
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(descrição de imagem: homem usando calça jeans andando na calçada com uma bengala branca e vermelha. fim da descrição de imagem).
"bengala branca" pode ser um termo impróprio por duas razões: primeiro, o conceito da bengala padrão para cegos pode ser diferente em alguns países. nos estados unidos, o padrão é uma bengala branca com a ponta vermelha. em uns países o padrão é a bengala toda branca e em outros países a bengala completamente branca pode significar que o usuário é cego, enquanto a bengala com a ponta vermelha significa que o usuário é surdo-cego.
a segunda razão é que algumas empresas como a ambutech permitem que os clientes customizem as cores de sua bengala. por exemplo: molly burke tem uma bengala rosa choque. a minha bengala branca tem uma ponta roxa. mas também podem haver bengalas completamente pretas, ou toda azul marinho, ou toda vermelha, etc. a ambutech também dá a opção para os clientes colocarem fita refletiva de cores neons nas bengalas para fazer com que elas sejam mais visíveis de noite.
"bengala de sondagem" não é um termo que eu já ouvi pessoalmente, mas é um termo utilizado pelo vision aware no site deles.
três tipos principais de bengalas longas
bengalas não dobráveis: uma bengala que não é dividida em seções, não pode ser dobrada ou desmontada.
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(descrição de imagem: homem de calça jeans com uma bengala não dobrável branca com o cabo vermelho. fim da descrição de imagem).
bengalas dobráveis: uma bengala que possui de 3 a 6 seções, dependendo do tamanho dela. quanto mais alta a bengala, mais seções ela terá. as seções são partes separadas que são feitas para serem unidas depois, elas são conectadas por uma espécie de corda elástica bem resistente.
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(descrição de imagem: uma bengala dobrável branca com a ponta amarela, com 5 seções. fim da descrição de imagem).
bengalas telescópicas: uma bengala onde as seções deslizam pra dentro uma das outras ao invés de serem dobradas, como um telescópio. a seção mais grossa é o cabo da bengala e a mais fina é a ponta.
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(descrição de imagem: três imagens, uma em cima da outra, de uma bengala telescópica azul. na primeira foto, a bengala está completamente retida. na segunda, as seções estão parcialmente pra fora. e na terceira, as seções estão completamente pra fora e a bengala está travada. fim da descrição de imagem).
além disso, também temos a bengala de identificação. a função dessa bengala é identificar o usuário como cego. não é utilizada da mesma forma que as bengalas longas são, pois ela não foi feita para tatear os próximos passos do usuário. porém, ela pode ser usada como uma bengala para apoio. por conta disso, ela é mais desejada pelos idosos, não apenas porque eles formam uma grande parte da comunidade cega, mas também porque seria benéfico uma bengala de apoio, assim também como uma bengala para identificá-lo como uma pessoa cega caso eles precisem de alguma assistência.
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(descrição de imagem: bengala de identificação com o cabo curvado. toda branca com uma ponta vermelha. fim da descrição de imagem).
observação: do que eu ouvi da comunidade cega, algumas pessoas preferem as bengalas sólidas/não dobráveis do que as telescópicas ou dobráveis. a razão para isso é que uma bengala não dobrável transfere vibrações melhor do que as outras duas. é dito que quanto mais seções uma bengala tem, menos precisas as vibrações serão.
alguns usuários de bengala se treinam para entender as vibrações da superfície que a bengala está tocando. isso diz a eles que tipo de superfície eles estão (madeira, concreto, mármore...), se tem algum objeto próximo à bengala, etc. pessoalmente, eu uso a bengala apenas para identificar a superfície que estou andando, ainda não tenho essa habilidade de o&m para conseguir identificar vibrações de objetos ou paredes próximas.
as vibrações da bengala são informações para somar aos outros sentidos sendo utilizados na locomoção.
partes da bengala: materiais, cabo, pontas, seções e elástico
material
os três materiais mais comuns são alumínio, fibra de carbono e fibra de vidro. cada material tem seus prós e contras.
a bengala ideal é leve e durável. ela precisa ser resistente o bastante para aguentar bater em algo sólido sem quebrar ou envergar.
✓ alumínio: é resistente e durável, porém pesado. se danificado, é mais provável que envergue do que quebre. uma curva pode ser endireitada, mas é preciso de uma força considerável.
✓ fibra de carbono: é leve e durável. é mais forte que fibra de vidro e, assim como o alumínio, é mais provável que envergue do que quebre.
✓ fibra de vidro: é leve, mas meio rígida. se quebrar, se estilhaça.
cabos e elásticos
enquanto algumas bengalas possuem materiais diferentes para o cabo (como plástico, madeira, cortiça...), o mais comum é um emborrachado preto com mais ou menos 25cm.
aqui está um exemplo de uma bengala com um cabo de madeira.
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(descrição de imagem: uma bengala dobrável com 4 seções, branca com uma ponta vermelha. possui também um cabo de madeira com um elástico preto ligado a ele. fim da descrição de imagem).
os benefícios do cabo de emborrachado preto é que é mais fácil de segurar, principalmente se suas mãos suam bastante. também não mostram arranhões e outras marcas de uso. creio que também devem ser mais baratos de serem produzidos, então, convenientemente, é o mais comum.
preste atenção no elástico preto ligado ao cabo na foto acima, percebe como tem tipo um nó "não amarrado" no final? ele serve para guardar a bengala dobrável, colocando todas as partes juntas.
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(descrição de imagem: uma bengala dobrável de 4 seções, dobrada e guardada com um elástico preto. fim da descrição de imagem).
outras funções do elástico incluem colocar no seu pulso enquanto usa a bengala, ou pendurar enquanto não está usando.
altura da bengala
a altura ideal da bengala vai depender da altura do seu personagem. para a maioria das pessoas, é preferível ter uma bengala mais ou menos da altura do ombro. talvez o seu personagem precise de uma bengala mais longa se anda mais rápido, com passos largos. ou uma bengala mais curta se prefere segurar a bengala num ângulo mais baixo que o normal.
o que quero dizer com segurar a sua bengala em um certo ângulo é que o mais usual é segurar a bengala na sua mão dominante e posicioná-la em frente do seu umbigo, movendo para um lado e para o outro conforme se anda. outros jeitos tradicionais de segurar a bengala seriam segurá-la com a palma da mão virada pra cima, ou até mesmo segurar na seção mais próxima do cabo como se estivesse segurando um lápis enorme.
dependendo da altura do seu personagem, a bengala dele pode ter entre 3 e 6 seções. a seção de cima inclui o cabo e a última, a faixa colorida (tradicionalmente vermelha, a não ser que seja personalizada), e por fim, a ponta.
as seções da bengala são geralmente meio refletivas, independente da cor. se você segurar uma bengala na luz, vai poder observar pequenas partículas de brilho refletidas ali, como um glitter bem fino. esse detalhe é bem importante na produção de bengalas, pois faz com que elas sejam mais visíveis de noite, principalmente se algo como um farol de um carro acaba refletindo na bengala enquanto a pessoa atravessa a rua. isso pode ser ampliado adicionando fitas refletivas através da haste da bengala, como dito anteriormente.
ponteiras de bengala
existem vários tipos de ponteiras para bengalas.
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(descrição de imagem: 4 tipos diferentes de ponteiras de bengala num fundo azul, com escritas. da esquerda para a direita: ponteira marshmallow ou cogumelo, ponteira roller, ponteira fixa e ponteira deslizante. fim da descrição de imagem).
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(descrição de imagem: uma ponteira marshmallow roller num fundo branco. fim da descrição de imagem).
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(descrição de imagem: uma ponteira bundu basher num fundo branco. para quem não está familiarizado com o nome, é uma ponteira longa e curvada que se assemelha a um taco de hóquei. fim da descrição de imagem).
notas da tradutora: eu não consegui de forma alguma achar o nome traduzido de bundu basher, perdão. não sei nem se esse tipo de ponteira existe no brasil, só sei que não consegui achar o nome em português.
algumas dessas ponteiras são melhores para o "método toc-toc", meio que sair dando batidinhas nos lugares onde você planeja pisar. também podem ser usadas para sentir o formato de objetos, escadas e etc.
✓ ponteira de marshmallow e ponteira fixa: essas não devem ser esfregadas nas superfícies, pois vão gastar muito mais rápido. existem ponteiras melhores para isso.
✓ ponteira roller, marshmallow roller e deslizante: essas são melhores para o método de rolar, que é o método que eu uso. elas não são boas para tatear com batidinhas, mas dá pra fazer em alguma emergência.
✓ ponteira bundu basher: a ponteira de taco de hóquei é melhor para pairar um pouco acima do solo e tocar de leve em objetos. ela pode dar batidinhas, mas não deve ser esfregada no chão como uma ponteira roller.
depois de usar muito, as ponteiras vão se gastar e vão precisar ser trocadas. as partes da ponteira com mais contato com o chão, geralmente as bordas, vão ficar arranhadas e eventualmente vão parecer que foram lixadas.
não tenha medo, as ponteiras da bengala podem ser removidas e trocadas quando gastam, sem necessidade de trocar a bengala inteira. algumas ponteiras se encaixam, outras se penduram como num gancho. você pode ver esse gancho na imagem da ponteira marshmallow roller.
ponteiras são vendidas por mais ou menos 5 a 10 dólares nos estados unidos, tirando o frete. então é indicado comprar várias ponteiras reservas junto com sua bengala. eu troco a minha ponteira (marshmallow roller) a cada 6 meses. não sei se isso é considerado muito ou pouco.
notas da tradutora: assim como tudo, aqui no brasil as ponteiras são mais caras. as rollers custam, em média, 40 a 50 reais na internet (fora o frete).
detalhes sensoriais/como é usar uma bengala
todo tipo de superfície tem uma sensação e um som diferente ao tocar ou rolar a bengala por cima. é essa diferença que diz muito sobre o ambiente que a pessoa cega está. isso informa quando você sai da calçada e pisa na grama, quando você entra em casa porque a superfície muda de concreto para madeira, carpete ou azulejo. esses pequenos detalhes também se tornam uma espécie de marcadores, sendo bem úteis para perceber os lugares pra onde se vai com frequência.
por exemplo: uma semana antes das aulas começarem, eu costumo ir até o campus e aprender todas as rotas que me serão necessárias. eu aprendi que alguns caminhos possuem rachaduras enormes na calçada que são distintas o suficiente para que eu use aquilo como marcador pra saber onde eu estava. também tinham alguns caminhos que mudavam de concreto para pedregulho, ou concreto para grama.
carpete
o som é bem suave, e se seu personagem estiver usando uma ponteira roller por cima dele, vai soar como um "swish-swish" bem quieto. os tons das batidinhas dependem do quão grosso o carpete é, quanto mais grosso, mais suave o som. se ele é muito grosso, as batidinhas quase não vão fazer barulho. mas se for muito fino, então o som vai ser mais alto, mas ainda discreto. se seu personagem rolar a ponteira no carpete, ele vai sentir uma certa resistência, pois o roller se move mais devagar em cima do carpete. quanto mais grosso e peludo o carpete for, mais resistência a ponteira vai ter.
piso de madeira
as ponteiras fazem um ruído quando rolando por cima de pisos de madeira. quanto mais lisa a madeira, menos ruído. há uma pequena vibração vinda da ponteira, passando pelo corpo da bengala e chegando até sua mão enquanto você rola por pisos de madeira. bem pequena mesmo, quanto mais sensível seu personagem for a vibrações, mais ele vai sentir. dar batidinhas faz sons mais "ocos" na madeira. às vezes soa meio estalado se você bater com força. as sensações são mais fortes ao dar batidinhas. madeira mais velha é mais suave, já as novas são mais fortes e causam mais vibrações na bengala.
azulejo
depende do tamanho dos azulejos e a largura do rejunte, mas não é um sentimento agradável. azulejos possuem rejuntes, que são aquelas pequenas "divisórias" entre um e outro. quanto menor os azulejos, mais "grosseiro" e óbvio o rejunte vai ser para uma pessoa cega, causando muita vibrações. a vibração de cada impacto vai direto para sua mão. o som é meio chiado, imagine 50 salto alto andando em um azulejo que você vai ter uma ideia do som. já azulejos maiores com rejuntes mais suaves não são tão ruins. dar batidinhas no azulejo com a bengala soa como um passo forte de um salto alto, cada batida um passo. pisos de azulejo são geralmente encontrados em banheiros, cozinhas e locais industriais onde o cômodo vai ter paredes mais rústicas (como mais azulejo, concreto, etc) e poucos móveis, então o som ecoa ainda mais.
linóleo
é uma superfície lisa e nivelada, dá a sensação da bengala estar deslizando quando a ponteira rola no piso, mal causa vibrações. os sons da rolagem são bem suaves pela falta de impacto ou textura. porém, os sons das batidinhas são um pouco mais altos. não são tão estalados quanto os do azulejo ou mármore, mas quase.
mármore
é parecido com o linóleo por ser bem liso. a bengala desliza enquanto rola. os sons das batidinhas são fortes. já que pisos de mármore são mais comuns em lugares mais chiques como shoppings, casas luxuosas ou escritórios, lugares que geralmente possuem tetos altos e paredes mais grossas com decoração mínima, os sons podem ecoar.
concreto
estarei me referindo a concreto de estacionamentos e prédios industriais, não de calçadas. vai depender do quão velho é o concreto e como ele é mantido. concreto velho com várias rachaduras e mini crateras tem uma sensação bem diferente de um concreto que foi colocado há menos de um ano. com concreto velho, há um ruído alto enquanto a ponteira da bengala rola pelas rachaduras e texturas do chão, e essas vibrações vão direto para a mão de quem usa a bengala. concreto novo tem uma sensação mais parecida com mármore ou linóleo. os sons das batidas são altos em concreto velho e mais agudos em concreto novo.
calçadas
são feitas de concreto, mas na minha experiência elas têm uma sensação um pouco diferente. calçadas tem uma superfície mais "areosa" ou "pedregosa", mais rústica, seca. tem mais vibrações quando rolando a ponteira e as batidinhas são mais altas. e, porque ficam do lado de fora, provavelmente você não vai ouvir nenhum eco ao menos que você esteja andando num beco ou entre dois prédios.
asfalto
é uma das piores superfícies, em minha opinião. asfalto é o material utilizado em estradas e é feito pra ser rústico e pedregoso para que os pneus dos carros consigam agarrar nele e não perder tração enquanto andam. quanto mais velho e danificado, mais grosseiro. por causa disso, as vibrações são muito mais fortes, às vezes é irritante. não consigo rolar minha bengala pelo asfalto porque minhas mãos não conseguem suportar essa intensidade de vibrações. os sons são ruídos maçantes. infelizmente, o asfalto é uma superfície inevitável, a não ser que seu personagem consiga descobrir um jeito de nunca ter que atravessar a rua ou andar num estacionamento.
observação 1: as linhas brancas ou amarelas que foram pintadas no asfaltado às vezes têm uma sensação mais suave por conta do material da tinta e porque foram adicionadas depois que o asfalto já estava ali.
observação 2: existe uma coisa vinda de uma empresa chamada tarmac que é similar ao asfalto e usada com um intuito parecido. são mais comuns no reino unido (eu acho), mas não sei dizer se já andei em um desses então não tenho nenhuma experiência pessoal para dar sobre isso.
cascalho
é outra dessas superfícies diabólicas. cascalho é feito de pedras soltas e é mais comum em estradas rurais, entradas de garagem e algumas paisagens. como as pedras estão soltas, se torna meio difícil de confiar. faz um som de trituração. se você rolar a bengala, é bem capaz de acabar jogando algumas pedrinhas e poeira por aí. se você der batidinhas, você vai ouvir um "crunch", mas talvez seu cérebro não acuse o cascalho de primeira, até você andar nele e perceber as pedras nas solas seus sapatos.
lascas de madeira
não tive nenhuma experiência com esse tipo de superfície depois da perda de visão, então estou usando minhas memórias de brincar em parquinhos na época da escola porque o chão do parque era de lascas de madeira. eu diria que esse piso é um híbrido entre cascalho e piso de madeira. a superfície é solta e rolar a bengala nele vai afastar algumas lascas soltas e também poeira. provavelmente soaria similar a andar na areia, eu acho, porque lascas de madeira são muito mais suaves que cascalhos, mas não tão consistentes quanto madeira. se choveu recentemente, então soaria ainda mais suave.
estradas de terra
são menos diabólicas que asfalto e cascalho. podem ser grosseiras como todas as estradas são, mas o material não é tão duro e sólido. rolar a bengala por ela vai soltar um pouco de poeira num dia seco, mas se choveu alguns dias antes vai ser possível ouvir um som mais suave enquanto a ponteira rola por cima da terra úmida. batidinhas também soaram bem suaves.
terra de jardinagem
é bem mais suave que a terra da estrada, quase não faz som e é facilmente espalhada pela ponteira quando rolada. tem um pouco de resistência, mais ou menos a mesma que em areia ou grama. batidinhas praticamente não têm som, mas talvez você sinta uma certa resistência da ponteira conforme ela "afunda" na terra.
lama
eca. só consigo imaginar isso entrando na ponteira da minha bengala e o quão nojento isso seria. o som e a sensação depende muito do quão molhada a lama é. lama molhada soa pegajosa, tem meio que uma sensação de apertar algo molhado se você rolar ou der batidinhas com a bengala. seu personagem talvez não identifique na mesma hora até começar a escorregar na lama enquanto andam, experiência própria. já a lama mais seca soa mais suave e tem uma sensação quase sólida embaixo da bengala. lama molhada tem mais resistência para uma ponteira roller, além disso, superfícies com lama são geralmente desniveladas pela camada de cima do piso ter sido movida pela lama. então é normal ter mudanças de nível quando andando principalmente em morros com lama.
poças
tem um som mais pegajoso ao rolar a bengala por cima, já se utilizar batidinhas, tem um som mais como um "splash". quanto mais funda a poça, mais alto vai ser o som e mais resistência vai ter. não gosto dessa textura/experiência.
neve
não tenho experiência com neve desde o começo do desenvolvimento da minha cegueira, então não sei como é andar sobre uma com uma bengala. gostaria que algum leitor cego pudesse me informar para que eu editasse depois. meu melhor palpite é que deva ter um som crocante, mas suave. ainda mais suave que o som de passos na neve. deve ter muita resistência e rolar a bengala por cima deve ser quase impossível, principalmente se é uma neve muito profunda ou muito condensada.
grama
um dos que eu mais odeio. tem muita resistência, é pior que um carpete gasto. é bem macio e não faz muito som, mas se está molhada você pode ouvir um "crunch" maior.
superfícies com folhas
esse depende de que tipo de superfície as folhas estão. elas iriam deixar o cimento mais suave, mas teria um som mais alto na grama. se as folhas forem grandes e curvadas, elas seriam mais fáceis de afastar com a bengala. já folhas menores e mais retas são mais difíceis. folhas mais secas vão fazer um barulho meio crocante embaixo da sua bengala. é divertido, se seu personagem for o tipo de pessoa que gosta de pisar em folhas de propósito então ele vai gostar. porém, se não consegue ver as folhas, talvez tire um pouco da diversão e se torne mais uma surpresa.
areia
eu nunca levei minha bengala para a praia porque a areia da praia é tão fofa e solta que já é difícil se manter em pé com um bom equilíbrio. a areia fica sempre afundando embaixo do seu pé, ao menos que você esteja perto da água e ela tenha deixado a areia mais firme. por isso, uma bengala não é muito útil na praia, sem mencionar que areia não é algo que você quer entrando nas articulações de sua bengala (se for dobrável), pois a areia corrói as articulações, sejam elas de plástico ou de metal. se eu levasse minha bengala para a praia, provavelmente faria um som extremamente suave de areia passando por cima de areia, parecido com as pegadas, mas provavelmente mais baixo porque uma bengala é mais leve.
nota: minha mãe me perguntou como é passar com a bengala por cima de cocô de cachorro ou de chiclete no meio da rua. não tenho como responder porque nunca aconteceu comigo, mas use sua imaginação!
a invenção do piso tátil
eles são incríveis! pisos táteis são aqueles retângulos amarelos ou cinzas com alguns "carocinhos" que você vê em rampas que vão dar em estacionamentos, ou antes de atravessar uma rua. em 1965, um engenheiro japonês chamado seiichi miyake usou seu próprio dinheiro para desenvolver um tijolo tátil que você pudesse sentir mesmo pisando com sapatos. ele fez isso porque um amigo estava perdendo a visão e ele queria ajudá-lo. essa invenção é incrível e acessível para todos, até mesmo para os cegos que não usam bengala ou cão guia. pisos táteis literalmente salvam vidas. antes de ter minha bengala, se eu sentisse um desses "carocinhos" embaixo dos meus sapatos, eu sabia que eu deveria parar imediatamente porque estava prestes a chegar na estrada. já que menos de 10% da comunidade cega usa bengalas ou cão guias, os pisos táteis são os apoios mais acessíveis disponíveis.
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(descrição de imagem: um retângulo amarelo de piso tátil localizado no canto da calçada informando que está próximo à estrada. também há uma pessoa com uma bengala branca com ponta vermelha, sentindo a textura do piso. fim da descrição de imagem).
nota: parecido com isso, a maioria das portas em prédios comerciais (ao menos onde eu moro) possuem uma placa de metal na entrada para segurar a porta no lugar, evitando rachaduras embaixo. o som e textura do metal quando passando a bengala por cima é distinto o suficiente para indicar a pessoa cega que chegaram na entrada da loja.
manias de cegos
tem uma sessão nesse guia sobre manias de cegos, mas essas vão ser focadas especialmente em bengalas.
→ não. toque. na. minha. bengala. não faça isso.
a ameaça acima vem do fato de que a bengala de uma pessoa cega é o porto seguro dela, uma extensão de seus corpos, seus olhos. muitas vezes a única coisa que vai garantir que vão conseguir chegar em algum lugar com segurança. por causa disso, pessoas cegas odeiam que toquem em suas bengalas ou cão guia (quando em serviço), sejam eles estranhos, amigos não muito próximos ou até alguns parentes.
nota importante: isso é algo universal para pessoas com deficiência, não toque seus objetos auxiliares de mobilidade, isso é abuso. tocar a cadeira de rodas de alguém ou empurrá-los por aí sem a sua permissão é abuso. mover a cadeira de rodas de alguém enquanto o usuário está em pé é abuso (a maioria dos usuários de cadeiras de roda não são paralíticos, mas isso não é da conta de ninguém). não importa se a cadeira de rodas está no caminho, a pessoa precisa dela ali, não toque. tocar ou pegar a bengala de apoio de alguém é abuso. pegar ou mover o andador de alguém é abuso. tocar o aparelho auditivo de alguém é abuso. tocar o tanque de oxigênio ou cânula de alguém é abuso.
voltando ao assunto...
→ ficar de bobeira com sua bengala enquanto espera na fila. eu geralmente apoio meu queixo na bengala ou me apoio nela.
→ girar e brincar com a bengala quando ninguém está vendo. eu nunca faria isso na frente de alguém porque eu não quero ninguém achando que é um brinquedo e que podem tocar nela.
→ andar com a bengala dobrável pendurada no pulso pelo elástico quando dentro de uma loja ou coisa do tipo.
→ manter a bengala ao alcance de seu braço o tempo inteiro, mesmo em situações onde você não precisa dela. por exemplo: se estou na sala de aula e preciso sair da minha mesa, eu levo minha bengala comigo mesmo que eu conheça minha sala o suficiente para não precisar dela. nunca deixaria na mesa (isso não se aplica a minha casa e na casa de alguns poucos amigos em quem confio).
→ ter um lugar específico dentro de casa para guardar a bengala. no meu caso, é em cima de uma cômoda antiga, na sala. se eu tivesse colegas de quarto, minha bengala ficaria dentro do meu quarto.
→ pessoas com bengalas dobráveis desenvolvem uma memória muscular de dobrar e desdobrar a bengala, então fazem sem nem precisar pensar nisso.
→ desdobrando a bengala: seguro o cabo preto entre meu polegar e a palma da minha mão, com meus outros dedos dobrados por cima das 3 sessões restantes, com a ponteira pra cima. eu tiro o elástico pela ponteira, afrouxo meus 4 dedos e rolo meu pulso para o lado oposto. com isso, a sessão vermelha desdobra e trava no lugar com a sessão vizinha. rolando o pulso para o outro lado, a próxima sessão branca consegue desdobrar e travar no lugar. rolando o pulso novamente e a última sessão vai travar no lugar.
→ às vezes eu apenas seguro o cabo preto e deixo as sessões desdobrarem sozinhas, mas esse método é menos controlado e tem o risco de bater em algum lugar ou em alguém.
→ dobrando a bengala: começo com o cabo preto, levantando ate que as "juntas" da bengala destravem. dobro, seguro as duas sessões na minha mão e levanto a segunda sessão, afastando da terceira, então dobro. segurando todas as sessões com minha mão, as destravo da sessão vermelha.
→ pessoas com bengalas não dobráveis gostam de apoiar suas bengalas em paredes ou objetos quando não estão usando. cantinhos são populares. mas a frustração quando a bengala simplesmente cai sozinha é um saco.
→ sentar com a bengala entre as pernas, tipo um cara que senta todo aberto. a ponteira da bengala fica apoiada em um lado do pé para manter a estabilidade e o corpo da bengala apoiado no ombro ou no joelho oposto.
→ uma alternativa a ficar com as pernas abertas é ficar com a bengala apoiada no ombro, a ponteira em cima dos dedos do pé, e segurada com as mãos, ou com o braço, ou o cotovelo.
nota: há um tempo eu estava procurando por fotos de alguém usando uma bengala para usar como referência em um desenho. só encontrei três e duas delas eram fotos promocionais do demolidor. sem ofensa ao charlie cox, mas ele não é cego e ele não usa uma bengala no dia a dia dele. ele não tem o relacionamento que alguém cego tem com uma e o conceito de um quinto membro, e é bem aparente. então as fotos eram inutilizáveis.
no carro com uma bengala não dobrável
→ carros com o assento do passageiro na direita: a ponta da bengala vai bem pro cantinho, do lado direito do pé, com o cabo preto apoiado no ombro ou no cinto de segurança. fica um pouco acima do encosto da cabeça. quanto mais longa a bengala, mais difícil vai ser guardá-la no carro.
→ mão inglesa (ou australiana, ou japonesa): a mesma coisa, só muda que ao invés de ser na direita, vai ser na esquerda.
→ banco de trás: horrível. tem bem menos espaço para os pés e se você está num sedan quase não tem espaço atrás do seu ombro para o cabo da bengala. coloco minha bengala na diagonal com o cabo apoiado no ombro mais perto da porta.
por causa disso, ninguém com uma bengala não dobrável vai querer sentar no banco de trás.
sobre cães guia
meu conhecimento sobre cães guia está limitado sobre o que pesquisei, pois não tenho nenhuma experiência pessoal com eles. irei dar aqui alguns fatos básicos. "Guiding Eyes for the Blind" estima que existem 10 mil duplas de cães guias + pessoa cega por aí. isso é tipo 2% da comunidade cega e com baixa visão.
o treino de um cão guia
o treino de um cão guia é o treino mais difícil para os cachorros. a maioria dos que entram no treinamento são "descartados" e ou vão para outro tipo de serviço como cães de terapia, ou viram cães familiares normais.
cães guia passam por dois ou três anos de treino, incluindo o treino como filhotes. socialização básica, comportamento adequado quando em serviço e o treinamento de guia de fato. a maioria de cães de serviço só passam de um ou um ano e meio treinando antes de começarem a exercer.
o custo médio do treino, manter e alimentar o cachorro, contas veterinárias e etc deve dar algo entre 30 e 40 mil dólares. embora algumas organizações de treinamento de cães de serviço exigem que a pessoa pague o custo do treinamento do cachorro (geralmente algo em torno de 15 a 30 mil dólares), existem organizações de cães guia que doam seus cachorros para clientes cegos e qualificados. essas organizações pagam pelos custos dos cães através de angariações de fundo e caridade. felizmente para essas organizações, cães guias são uma causa muito respeitada e têm muita caridade direcionada a ela, enquanto outros cães de serviço possuem menos interesse quando se trata de caridade.
organizações de cães guias possuem um processo de aplicação, requisitos e uma lista de espera antes que você possa ser pareado com um cão guia.
requisitos para se ter um cão guia
precisa ser legalmente cego e ter pelo menos seis meses de treinamento de O&M com uma bengala e demonstrar habilidades suficientes para andar por aí sozinho. também pedem que você seja responsável o suficiente para cuidar de um cachorro de forma independente, ou seja, ser capaz de manter a rotina de treinamento do cão assim como financiar a alimentação e contas veterinárias dele.
a razão pela qual exigem treinamento com bengala antes de ter um cão guia é porque o cachorro não pode fazer tudo por você. você, o dono do cachorro, é responsável por saber onde você está e como ir até onde quer chegar.
cachorros não conseguem ler placas de "pare" e nem identificar quando o semáforo está vermelho ou verde. eles também não possuem GPS para achar uma rota e nem irão aprender essa rota em uma só tentativa. também não vão saber exatamente pra onde você quer ir quando você diz "starbucks", "livraria" e te guiar. isso é sua responsabilidade, por isso você precisa saber quando é seguro atravessar a rua, como aprender novas rotas e como se manter nessa rota. o cão guia também não sabe se comunicar com motoristas de ônibus e não sabem qual número de ônibus usar ou quando pedir parada.
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deliciareceitas · 8 months
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Aprenda a fazer a MELHOR Canjica da sua vida!!
Fala a verdade, quem que não gosta de canjica???
Ela é meiga, querida, simpática, não há uma alma viva que não se encante pelo brilhar daqueles baguinhos brancos com caldo. Massss, o que eu quero ver é facilidade, bora cozinhar com apenas 5 INGREDIENTES.
O QUE VAI:
Meio quilo de Canjica
1 litro de leite
Coco ralado
Amendoim torrado
COMO FAZER:
Deixe a canjica de molho em água na noite anterior
No outro dia, coloque sua canjiquinha cozinhar por 20 minutos em fogo alto até que os grãos estejam beeem moles
Bata o leite com amendoim e coco ralado no liquidificador
Coloque sua canjica para cozinhar junto com leite batido
Deixe engrossar, e prontinhoooo!
Mas assim, aproveite sem moderação, essas delícias nasceram para adoçar a vida, preocupação só existe fora cozinha!
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teceladashistorias · 2 years
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Como descrever cenas sem entediar seus leitores
A descrição de personagens e dos ambientes são pontos importantes para a constituição de um livro, talvez por isso sejam os que mais dão trabalho para os autores. Muitos se perguntam o quanto deveriam descrever as situações para que os leitores possam entender bem o que está sendo passado, já que se escrever demais fica muito entediante de ler, mas se escrever pouco a cena parece incompleta.
Há tipos narrativos que é ilógico manter muitas descrições, devido a forma como o texto é estruturado, como contos e poemas. No entanto, para a criação de um livro, o equilíbrio entre descrever e imaginar deve ser levado bastante em conta.
O importante é saber como descrever, como você pode tomar uma cena sem levá-la aos extremos. A descrição deve ser fluída o bastante para que o leitor não se sinta exausto ao procurar absorver aquelas palavras, mas densa o suficiente para que não pareça que foi feita de qualquer jeito.
Em alguns tipos de livros é comum encontrarmos esse tipo de apresentação de personagem, por exemplo:
Olá, meu nome é S/N. Tenho pele morena, 1,60 metros e por isso todo mundo diz que estou mais perto do inferno. Olhos azuis e cabelo castanho, sou nem muito cheio e nem muito magro, já falei que sou órfão? Pois é…
O exemplo não é um erro por si, mas a forma que foi construído é um pouco mecânica e pode chocar alguns leitores. Há formas melhores de apresentar seu personagem sem quebrar com a narrativa e forçar seu leitor a formar uma imagem naquele momento.
Vamos usar o mesmo exemplo e descreve-lo de forma mais natural:
Dezesseis anos atrás eu nasci, e meus pais tiveram a brilhante ideia de me chamar de S/N. Não faço ideia do porquê desse nome… Talvez meus olhos azuis lembrem minha mãe do seu antigo irmão, que tinha as íris da mesma cor. Talvez eles decidiram que esse nome tinha um significado de alguma forma. Não posso perguntar para eles… Já que passei minha vida inteira morando em um orfanato. Posso apenas imaginar, se minha pele morena veio da minha mãe ou do meu pai, se meus cabelos escuros lembravam algum avô, se eles me deixaram porque não se importavam ou se era por me amarem tanto que queriam me dar uma oportunidade melhor.
Bem, tudo o que realmente tenho deles é meu próprio nome.
Perceba que nesse exemplo mais aprimorado não temos apenas a descrição do personagem, mas que ele também está conversando com o leitor, se abrindo e expondo levemente sua personalidade. O leitor se torna uma parte ativa da história sem nem ao menos perceber, pois há um significado em ouvir aquele desabafo.
No primeiro exemplo, apesar de ser mais curto e direto, é como se o personagem estivesse fazendo uma entrevista de emprego para o leitor, e apresentando apenas suas características físicas, enquanto no segundo exemplo há um diálogo silencioso. O leitor assume o papel de confidente do personagem, aquele que pode entender seus segredos, desejos em inseguranças.
O mesmo pode acontecer com cenários, é diferente escrever:
O céu estava azul, o carro que me levava para a escola era uma van branca e amarela e no caminho eu vi a senhora Tonks tentando tirar seu gato da árvore. Sou muito distraída.
E escrever:
Quando eu saí de casa olhei para o céu limpo de nuvens, apaixonada pelo seu brilhante azul. A antiga van amarela e branca buzinou para chamar minha atenção e caminhei para ela a passos apressados, entrando pelas portas quase que enferrujadas e procurando meu acento livre. Consegui sentar perto da janela, por sorte, e quando o veículo começou a andar eu fiquei distraída com meus fones de ouvido, imaginando cenas em minha mente conforme olhava para o exterior em movimento.
Só tome muito cuidado para não estender demais, cenas maiores do que isso acabam tornando tudo mais cansativo para os leitores, e eles irão sentir a necessidade de pular alguns parágrafos que consideram desnecessários. Assim, todo o seu trabalho terá sido em vão!
Vou mostrar o mesmo exemplo anterior, descrito em exagero:
Quando eu saí de casa olhei para o céu limpo de nuvens, apaixonada pelo seu brilhante azul, os raios do sol quase me cegaram, mas eu não me importei. Estava praticamente hipnotizada pela beleza do ciano brilhante e natural acima de mim. A antiga van amarela e branca buzinou para chamar minha atenção, com o mesmo motorista de sempre, o senhor O’conell fazendo uma careta enquanto olhava para mim pela janela. Caminhei para o veículo a passos apressados, entrando pelas portas quase que enferrujadas, evitando me cortar com elas, e procurando meu acento no meio daquele oceano de adolescentes irritantes que não paravam de conversar alto. Consegui sentar perto da janela, por sorte, e quando o veículo começou a andar eu fiquei distraída com meus fones de ouvido que tocavam um metal pesado, imaginando cenas em minha mente conforme olhava para o exterior em movimento, como uma vizinha velha presa ao tentar tirar seu gato de uma árvore, será que ela se apaixonaria pelo bombeiro gostosão?
Perceba como o mesmo exemplo de 3 linhas conseguiu ser transformado de formas diferentes com apenas um pouco mais de imaginação. Mas saiba que: tanto a falta quanto o excesso fazem mal.
Um leitor corajoso até poderia ler o maior parágrafo e se divertir, mas raramente são aqueles que conseguem acompanhar o ritmo se a história for muito extensa.
Uma ação tão simples como entrar em uma van para ir até a escola não merece uma descrição detalhada. Apenas que seus pontos sejam apresentados sem quebrar com o ritmo da narrativa já estabelecida. Você quer capturar seu leitor e deixar que a mente dele imagine o caminho, e para isso apresente apenas alguns detalhes essenciais de maneira fluída. Não cite personagens que só vão aparecer uma vez na história, não é necessário inserir o nome de alguém que logo será esquecido. A personagem também pode adorar o azul sem parecer uma louca hipnotizada, e você consegue apresentar uma personalidade distraída sem exagerar, apenas focando em alguns pensamentos básicos.
Encontrar um ponto de equilíbrio entre fala, descrição e descrição excessiva é essencial. Não é sempre que acertamos, por isso todo livro precisa ser revisado e editado.
Uma organização de cartões com as principais características dos seus personagens e cenários vai te ajudar melhor a saber o que realmente precisa ser posto em seu livro. Conheça seus limites e saiba qual o melhor estilo de escrita para você, isso ajudará sua história a se desenvolver e seus leitores terão apreciação pelo esforço.
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frustratorio · 1 year
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Enredos Secundários, um resumo
Então você começou a escrever uma história, tem seu enredo principal, e agora precisa encher linguiça entre um evento importante e outro da história. E é aí que entra o papel dos enredos secundários. Estou brincando, porque os enredos secundários tem vários outras funções na sua história além de ser filler.
Acho que não se fala muito de tramas secundárias quando se fala em escrever. O que é uma pena, porque elas são muito divertidas de ler e de escrever. Pense na história como um tapete que você está tecendo, e os enredos são fios. Eles te dão a oportunidade de escrever uma história mais completa e profunda, se você fizer o trabalho direito. Ajudam a desenvolver o mundo, a história e os personagens que você criou. As vezes são a parte mais memorável da história, afinal o enredo principal de Jogos Vorazes é a revolução contra a capital, e não o triângulo amoroso.
Eu separei alguns dos tipos mais comuns de enredos secundários que você pode usar, caso esteja precisando de ideias. Contém spoilers de: Harry Potter, Brooklyn 99, InuYasha, Guardiões da Galáxia, Avatar O Último Mestre do Ar
Subquests
eventos necessários para que o enredo principal continuar em frente, mas que não necessariamente fazem parte do enredo principal
exemplo: para conseguir a informação de se o Draco Malfoy é ou não o herdeiro da Sonserina, Hermione, Harry e Rony conseguem todos os ingredientes necessários para a poção polissuco, tomam a poção e vão até os dormitórios da Sonserina (Harry Potter)
Side Quests
eventos que acontecem simultaneamente ao enredo principal, conectados ao enredo principal ou não
exemplo: literalmente tudo em Game of Thrones
Relacionamentos
Desenvolvimento do relacionamento entre um ou mais personagens, pode ser romântico, de amizade, de rivalidade, etc
exemplo: o triângulo amoroso em todo livro de fantasia/distopia
Crescimento
Desenvolvimento pessoal de um ou mais personagens durante a duração da história
exemplo: Jake Peralta (Brooklyn 99) no primeiro episódio sendo um crianção com daddy issues e no último sendo um adulto e pai responsável
Backstory
Consequências de algo que aconteceu no passado de um ou mais personagens
exemplo: toda vez que a Kikyo feita de barro tenta matar o InuYasha (InuYasha)
Motivações
Quando um ou mais personagens tem motivações para participar do enredo principal que não são o enredo principal em si, como encontrar a família, se vingar, ganhar dinheiro, etc
exemplo: Drax decide se tornar aliado de Star Lord, Gamora, Rocket Racoon e Groot para se vingar de Ronan, que matou sua esposa e filha (Guardiões da Galáxia)
Worldbuilding
Eventos que exploram o mundo em que a história se passa, normalmente se grande importância dentro da história, mas ajudam a mostrar a personalidade dos personagens
exemplo: a taça das casas e o torneio de quadribol em Harry Potter
Filler
Encheção de linguiça, qualquer evento que não faz diferença nenhuma para a história, mas está ali para matar tempo. Pode ser usado para mostrar a personalidade dos personagens ou para dar uma pausa necessária para aliviar a tensão na história
exemplo: o episódio de praia em qualquer anime
Alívio Cômico
Eventos ou personagens que servem para aliviar tensão na história, podem ou não ser importantes para a história
O episódio "Os Atores da Ilha Ember" (que antecede o finale em 4 partes da série), em que os personagens de Avatar assistem uma peça cômica sobre tudo o que aconteceu na série até ali
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desafiandohistorias · 2 years
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✦ Classes gramaticais
são as classificações de palavras segundo características morfológicas e sintáticas. Também é o assunto do nosso primeiro post sobre português aqui no Desafiando!
Não entraremos a fundo sobre cada uma das 10 classes, já que o objetivo é resumir da maneira mais fácil e rápida, no estilo para estudar cinco minutos antes da prova. Porém, caso queira aprofundar seus estudos, no final do post deixaremos um link para acessar as aulas de gramática do Spirit Fanfics! Lá, você poderá encontrar esse e outros assuntos, tudo super explicadinho e de fácil entendimento, então não deixe de conferir, ok? Futuramente, caso desejem, podemos trazer mais sobre cada uma das classes gramaticais aqui para o Desafiando, para isso, comentem nesse post ;)
Vamos, então, relembrar as 10 classes gramaticais:
SUBSTANTIVO
São as palavras que dão nome às coisas, e com coisas quero dizer pessoas, objetos, animais e lá vai pedrada.
Ex.: Maria, carro, gato.
As classificações do sujeito são: simples ou composto, comum ou próprio, primitivo ou derivado, concreto ou abstrato, e coletivo.
VERBO
São as palavras que exprimem ação, estado ou fenômeno da natureza. Podem ser flexionados conforme o tempo, pessoa ou número.
Ex.: Correr, estar e chover.
São classificados em: regular, irregular, defectivo ou abundante.
ADJETIVO
É a palavra que caracteriza um substantivo, atribuindo a ele qualidades (coisas boas e ruins).
Ex.: Bonito, rude, amável.
São classificados em: simples ou composto, primitivo ou derivado, e pátrio.
PRONOME
São as palavras que substituem, retomam ou acompanham o substantivo, indicando uma relação entre as pessoas do discurso.
Ex.: Eu, te, lhe.
São classificados em: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos.
ARTIGO
A palavra que antecede o substantivo, podendo ajudar a identificar seu gênero e número.
Ex.: A, os, um, umas.
São classificados em: definidos e indefinidos.
NUMERAL
São as palavras que expressam posição ou número.
Ex.: Primeiro, três, centenas.
São classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos ou fracionarios.
PREPOSIÇÃO
São as palavras que ligam dois elementos em uma oração, criando um efeito de sentido entre elas.
Ex.: A, de, para.
São classificadas em: essenciais e acidentais.
CONJUNÇÃO
São as palavras que ligam dois termos ou orações com valores gramaticais iguais.
Ex.: E, mas, portanto.
São classificadas em: coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais).
INTERJEIÇÃO
São as palavras que exprimem sentimentos ou emoções, das mais variadas formas: podem ser sons vocálicos ou expressões (locuções interjetivas). São acompanhadas de !
Ex.: Ah!, Oba!, Cruz credo!
As classificações, em suma, são os sentimentos que as interjeições expressam, tais como alegria, dor, tristeza, surpresa, medo, etc.
ADVÉRBIO
São as palavras invariáveis que modificam o verbo, um adjetivo ou outro advérbio, causando efeito de sentido de modo, tempo ou intensidade, por exemplo.
Ex.: Bem, ontem, pouco.
São classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida, entre outros.
Quer mais resumido ainda? Então confere só esse resuminho que a Toda Matéria, fonte principal para a criação desse post, disponibilizou em sua publicação As 10 classes de palavras ou classes gramaticais:
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E então, o que achou? Conseguiu entender bem ou relembrar as classes gramaticais? Acha que faltou alguma coisa? Deixa aqui nos comentários!
Para dar continuidade e mais profundidade aos seus estudos sobre as classes de palavras, confira os dois primeiros capítulos dos estudos de gramática do Spirit, que você pode encontrar clicando aqui.
Espera, espera! Não vai embora ainda não! Antes de sair desse post, deixa o seu coraçãozinho e dá aquele reblog fofo para que mais pessoas possam conhecer o Desafiando!
Agradeço por ler até aqui e espero que tenhamos ajudado. Até a próxima!
Com carinho, Desafiando ✒️
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youngfcs · 1 year
Note
oii! não é bem um pedido, é mais uma pergunta haha você também tem muita dificuldade para criar um título para suas histórias? porque sinceramente eu estou sofrendo para escolher um aqui... tenho poucas ideias e as poucas que tenho são bem sem graça mesmo ou não englobam o suficiente da história (que será dividida em livros) 😅 será que, de escritora para escritora, você não teria alguma dica para esse bloqueio criativo?
Olá, anon! Então eu também tenho esse mesmo problema :( eu acho que o título tem que fazer sentido pro escritor e também passar a essência da história.
Eu, particularmente, não gosto de colocar um título primeiro e depois escrever. Geralmente eu escrevo alguns capítulos, ou faço já alguns roteiros e/ou pesquisas, para saber mais ou menos o que vai ter na história, antes de pensar no título, aí coloco um título "provisório" até encontrar o verdadeiro.
Eu não tenho uma dica eficiente porque acho que vai da forma como cada escritor lida com o seu trabalho e sua criatividade, mas posso te passar alguns vídeos de canais que eu gosto muito do trabalho, e que me ajudaram muitas vezes a escrever:
Ficçomos (3 passos para escolher o título de um livro)
Escreva seu livro (Dicas para títulos eficientes pra seu livro)
Mas também lembrando que o título tem que fazer sentido para você primeiro, não apenas seguir o que todo mundo tá dizendo, sabe? Acho que você poderia fazer uma pesquisa geral nos tópicos abordados no livro, no que você quer passar, o gênero do livro, tudo que for agregar e só aí pensar qual seria o melhor título a se encaixar na história. Você disse que seriam vários livros, quem sabe pode ser algo que vá progredindo a cada livro, ou algo como o nome do personagem central e que mude o subtítulo, funciona bastante com livros de aventura!
Bom, espero ter ajudado nem que seja minimamente, porque eu tenho que confessar que sou péssima com títulos :( beijão! Qualquer coisa, pode voltar para conversar aqui comigo :)
E se alguém tiver alguma dica, por favor, compartilha aqui também!
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Como Escrever Cenas Engraçadas em Sua História?
instagram
Eu postei esse post originalmente no meu Instagram @2003saturn_ Link no Final do Post!!
Olá Meus Amores Tudo Bem??? Esse é um dos últimos posts do ano!!! Bem fico feliz por me acompanharem até aqui!! Se você já se perguntou como escrever uma cena engraçada você está no lugar certo!!! Aqui vou dar minhas dicas do jeito que eu faço! Então vamos para o post!!
🌺 INTRODUÇÃO🌺
🍒O QUE É COMÉDIA?🍒
Um a comédia cinematográfica é uma
classificação de filme com humor ou que pretende provocar o riso da audiência.
Juntamente ao drama, é um dos mais importantes gêneros de cinema!! Esse Gênero também é bem comum na literatura é praticamente o gênero que escrevo junto com o romance (e pessoalmente meu
preferido!!)
🐊EM QUE MOMENTO USAR?🐊
Quando uma Obra é 100% Comédia
tipo As Branquelas é normal ter a cada 5 minutos piadinhas!! Já em filmes, series, Livros e HQs que contém Drama,Humor Negro,Ação e até mesmo terror o humor tende ser um pouco mais maneirado! Em
uma narrativa do Gênero Comédia Romântica com Garotas Mágicas (no meu caso) Cada gênero tem que ter uma Dose de Humor
adequada!!
As piadinhas,cenas engraçadas e envolventes são muito comuns!! Até em cenas mais tensas uma piada ou uma cena que te faz rachar de rir é bem vinda por que como eu disse o gênero é Comédia! Se for algo mais pesado deve se avaliar bem a cena para não se tornar algo meio desrespeitoso e sem noção! Uma história que aborda temas sensíveis não deve ter piadinhas aleatórias!! Somente se for algo para descontrair os personagens e o Leitor!
👑 DICAS👑
🪐COLOQUE CONHECIDENCIAS ENGRAÇADAS!!🪐
Por exemplo: Pode se colocar que o casal principal está usando a mesma roupa!! O garoto está simplesmente usando o mesmo vestido que sua namorada bem em uma ocasião especial e ele não pode trocar e então
acontece que que alguem os confundem por engano achando que ela cortou o cabelo e vice versa! Algo bem Sem senso igual American Pie ou um típico besteirol dos anos 90 Cenas sem sentidos são ótimas!
🙊ACONTECIMENTOS INESPERADOS!!🙊
Coisas que ninguém esperaria que
acontecesse!! Talvez a protagonista acaba se metendo em alguma confusão que não estava em seus planos e nem se quer sabia que era possível acontecer!! E esses momentos de alguma forma é desesperador para a protagonista mais é engraçado para o Público!!
🤠 INTRIGAS DIVERTIDAS🤠
Por exemplo bringa entre irmãos! Melhor exemplo Thor e Loki (Nos quadrinhos Atuais e no MCU!!) Ao invés de ser uma briga com
palavras ofensivas ou luta corporal pode se tornar algo cômico e leve!! Que geralmente
os xingamentos são coisas sem sentindo como aquela cena de as branquelas ou várias estreladas pelo Adam Sandler oh nas HQs
bem Atuais!! Isso cria um conflito só que engraçado!!
🌞MOMENTOS TRÁGICOS ENGRAÇADOS🌞
Sabe aquele momento que deveria ser algo trágico,tenso ou até mesmo triste??? É muito
comum em comédias,filmes infantis e até Teens ele se tornar engraçado com alguma cena sem sentindo de algum personagem ou alguma coisa quebrando o clima trágico seja
com piadas,suas atitudes ou até mesmo um incidente engraçado no meio da tragédia!!
⚠️LEMBRE-SE⚠️
O Humor deve estar de acordo com sua narrativa!! Classificação indicativa,Gênero da Obra e determinadas cenas!! Se for humor negro toma cuidado e maneira um pouco para evitar cancelamentos e processos!! Cada um tem seu jeito de escrever e seu gênero favorito eu só dei apenas minhas dicas não é
obrigatório seguir elas!! Aliás conte para mim nos comentários vocês gostam de comédia?Qual filme,livro,anime,série e HQ de comédia vocês mais gostam?
Bem Foi este o Post!! Até o próximo! Deus abençoe vocês por lerem e até breve!!
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anyyzz · 10 months
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Formas de iniciar um capítulo:
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O início de um capítulo é extremamente importante, ainda mais se for o primeiro capítulo de sua história, pois é neste momento em que o leitor irá julgar se vai continuar ou não, lendo sua obra até o fim, e por isso mesmo você como escritor deve caprichar bem nesta parte.
Aqui vão algumas formas de como iniciar o seu capítulo.
Com um prólogo, muitos escritores podem nem saber o que é um prólogo e outros não sabem como usá-lo. O prólogo nada mais é do que um capítulo curto onde você situa seu leitor dos acontecimentos passados, assim podendo até mesmo usar os flashbacks com uma ferramenta para tal.
Com uma descrição de onde está, assim como o prólogo, iniciar descrevendo um ambiente situa bem o leitor do que está acontecendo, assim não vai ser necessário que você fique quebrando a cabeça para tentar encaixar tudo isso depois, causando até mesmo furos no enredo.
Com um crime, que será investigado ao longo do enredo (se a sua história for criminal), acho que não preciso falar muito dessa aqui, ela por si só já fala muito. Começar sua obra criminal com o ocorrido principal é quase que uma lei.
Com um diálogo, por mais que pareça simples, iniciar seu enredo com um diálogo é uma ótima opção para que você mostre ao leitor a personalidade de seu personagem, e também, é uma boa forma de apresentá-lo, desta forma o leitor terá um primeiro contato direto com o seu prota.
Logo mais estarei fazendo um post somente sobre os diálogos.
Espero mesmo tê-los ajudado de alguma forma, aguardo vocês no próximo post.
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blogdojorge · 10 months
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Como se inspirar para ter boas ideias de histórias: 5 dicas essenciais
Olá e seja muito bem-vindo ao primeiro artigo aqui do blog! Muitas pessoas têm o sonho de escrever um livro, mas frequentemente se deparam com a dificuldade de ter boas ideias para suas histórias. O bloqueio criativo é um obstáculo comum que pode desencorajar até mesmo os escritores mais experientes. No entanto, acredite que a falta de inspiração não é um sinal de falta de talento ou habilidade. Neste artigo, vamos explorar algumas dicas essenciais para superar o bloqueio criativo e ajudá-lo a ter ideias incríveis para suas histórias. Vamos juntos nessa jornada de inspiração literária? 
Leia amplamente: A leitura é uma das melhores maneiras de se inspirar. Leia livros de diferentes gêneros e autores para ter uma ideia do que funciona em uma história e o que não funciona. Além disso, leia notícias, artigos e outras fontes de informação para encontrar ideias para suas histórias. Anote tudo o que chamar sua atenção e use isso como base para criar sua própria história.
Preste atenção ao seu ambiente: Às vezes, a inspiração pode estar bem na nossa frente, mas não percebemos. Preste atenção ao que está acontecendo ao seu redor e use isso como inspiração para suas histórias. Observe as pessoas, as paisagens, os sons e os cheiros. Tudo pode ser transformado em uma história fascinante.
Pergunte "E se?": Uma ótima maneira de começar a criar ideias é perguntar a si mesmo "E se?" e explorar diferentes possibilidades. "E se um avião caísse em uma ilha deserta?" ou "E se um cientista criasse uma máquina do tempo?" Essas perguntas podem levar a ideias interessantes para uma história.
Mantenha um diário: Manter um diário é uma ótima maneira de registrar suas ideias. Anote tudo o que vier à mente, mesmo que pareça bobo ou sem sentido. Você nunca sabe quando uma ideia pode se transformar em uma história completa.
Não tenha medo de falhar: Muitas vezes, o medo de falhar impede os escritores de tentarem coisas novas e criativas. No entanto, a falha é uma parte natural do processo criativo. Não tenha medo de experimentar coisas novas e arriscar em suas ideias. Às vezes, as melhores histórias surgem de ideias que inicialmente pareciam improváveis.
Conclusão:
Encontrar a inspiração para criar boas histórias pode ser um desafio, mas com essas cinco dicas essenciais, você pode superar a barreira do bloqueio criativo e começar a criar. Lembre-se de ler amplamente, prestar atenção ao seu ambiente, perguntar "E se?", manter um diário e não ter medo de falhar. Com essas técnicas, você estará bem encaminhado para criar histórias emocionantes e envolventes.
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grandvhs · 9 months
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1. The Devil's Advocate.
PT/BR: Christopher Burns é um empresário milionário que tem o mundo na palma de sua mão. Toda a sua carreira começa a ir pelo ralo após ser acusado de assassinar brutalmente um homem que não teve a identidade revelada. Com todo o assédio dos paparazzi, imprensa e até mesmo pessoas desconhecidas, seu secretário acaba contratando um dos melhores advogados de toda Califórnia, Michael Schmenberg. Para Michael, o que seria apenas um caso, acabou se transformando num relacionamento conturbado, cheio de mentiras e segredos. Uma verdadeira montanha-russa de sentimentos.
[Você pode alterar qualquer coisa na história. Créditos não são necessários.]
ENG:
Christopher Burns is a millionaire entrepreneur who has the world in the palm of his hand. His entire career begins to go down the drain after being accused of brutally murdering an unidentified man. With all the harassment from paparazzi, press, and even strangers, his secretary ends up hiring one of the best lawyers in all of California, Michael Schmenberg. For Michael, what was supposed to be just a case turned into a tumultuous relationship, filled with lies and secrets. A true rollercoaster of emotions.
[Feel free to change anything in the story. Credits are not necessary. I used translator.]
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haruthinks · 1 year
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(descrição de imagem: retângulo azul claro tendo nas bordas duas formas geométricas arredondadas em um azul levemente mais escuro para decoração. uma foto de um óculos fechado com a escrita “haruthinks” embaixo indicando o autor do post. em seguida, o título da série “guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão”, seguido de uma linha para separar o texto do indicador da parte “parte 3: clichês para evitar quando escrevendo um personagem cego" fim da descrição de imagem).
guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão parte 3: clichês para evitar quando escrevendo um personagem cego
e aí, tudo beleza? aqui é mais uma parte da tradução do guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão escrito por mimzy cujo blog você pode acessar clicando aqui. o post original vai estar linkado na source!
a parte 1 fala sobre a construção do personagem e você pode acessar aqui.
e a parte 2 fala sobre escolhas narrativas e dicas de descrições visuais e você pode acessar aqui.
mimzy é uma pessoa com deficiência visual que está escrevendo seu próprio livro de fantasia, e ao decorrer de sua jornada na escrita já escreveu dois personagens cegos.
agora vamos aos disclaimers de sempre: este post é uma tradução de um guia já existente, não são experiências pessoais minhas pois eu não sou uma pessoa com deficiência visual. resolvi traduzir para compartilhar conhecimentos e informações de algo que acho interessante e importante de saber. tentei traduzir da forma mais fiel possível, mas caso haja alguma inconsistência ou termo inadequado, favor falar comigo! sem mais delongas, vamos ao post!
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a partir daqui começa a tradução. o guia foi escrito em primeira pessoa por se tratar muito das vivências pessoais de mimzy, então irei traduzir em primeira pessoa também. retorno a dizer que NÃO SÃO minhas experiências.
atenção!! em uma certa parte do post há um tópico que pode conter gatilhos para pessoas que possuem desconforto com temas como depressão e suicídio, não é nada gráfico. porém, caso queira evitar, eu coloquei um aviso antes do tópico, não se preocupe.
CLICHÊS CEGOS QUE VOCÊ PRECISA EVITAR
TODOS os personagens cegos usam óculos escuros O TEMPO TODO
isso não é verdade, principalmente se o personagem ainda tem alguma visão restante e prefere não utilizar as lentes escuras, pois elas deixam mais difícil de enxergar. às vezes, uma pessoa cega vai usar óculos escuros, mas você deveria considerar a razão por trás.
pessoas com muita sensibilidade à luz vão usar óculos escuros quando o dia está muito claro, com o sol muito forte.
pessoas que gostam de moda e gostam de usar acessórios provavelmente usarão óculos.
pessoas que não têm muita sensibilidade à luz, mas mesmo assim querem proteger os olhos do sol vão optar pelos óculos.
note que os pontos também se aplicam a pessoas que enxergam, afinal existem várias pessoas que enxergam que possuem sensibilidade à luz, gostam do acessório ou apenas querem proteger os olhos dos raios solares.
outras razões para usar os óculos: às vezes o seu personagem pode sentir que os desconhecidos que enxergam não levam a cegueira dele a sério quando ele pede por ajuda, então é comum colocar os óculos e pegar a bengala para tentar uma segunda vez na esperança que agora ele seja levado a sério (pessoas que enxergam podem ser bem ignorantes ás vezes).
disclaimer: eu sou o clichê, mas é porque eu tenho muita sensibilidade à luz, tanto que não consigo andar na rua sem óculos escuros. a luz me dá muita enxaqueca, até mesmo a luz dos faróis dos carros. então sim, eu sou aquela pessoa que usa óculos escuro de dia e de noite. mas seu personagem tem o mesmo problema que eu? ele precisa de óculos de sol como eu preciso?
notas da tradutora: esse último parágrafo se trata da experiência pessoal de mimzy, não minha. já disse antes, mas não custa repetir.
a criança prodígio cega
vejo muito isso com instrumentos musicais, principalmente piano. tenho certeza que várias pessoas cegas aprenderam um instrumento, mas duvido que todas se tornaram prodígios especificamente por conta da perda da visão. se o seu personagem é muito bom naquilo, você precisa explicar com todas as horas de estudo naquilo e como ele aprendeu as músicas (ele tem visão suficiente para ler partituras?). o problema maior desse clichê é que é chato e raso.
notas da tradutora: pesquisei sobre partituras em braile e acabei descobrindo que elas são mais difíceis de compreender, o que acaba exigindo um maior grau de abstração do músico e uma bagagem de conhecimento extensa, além de uma memória muito boa pra conseguir memorizar a partitura por completo, pois não vai poder enxergá-la enquanto toca. você pode ler mais sobre isso aqui.
o demolidor
seu personagem pode ter uns sentidos meio aguçados, mas isso não vai fazer dele um ninja cego. claro, talvez ele consiga distinguir um cheiro dentre muitos outros, mas isso está mais pra um problema do que pra uma benção (por exemplo, sou muito sensível a cheiros de produtos de limpeza, me dão dores de cabeça). pessoas cegas podem ser mais ligadas nos sons em volta delas porque elas precisam ser, mas isso não significa que elas escutem uma conversa que está acontecendo a um quarteirão de distância. mesmo com os melhores sentidos possíveis, acho que ninguém seria o demolidor (não me leve a mal, eu amo o demolidor, mas ele não é quem você deveria estar escrevendo porque ele já existe. vá escrever um personagem novo).
o cego psíquico
o exemplo mais recente que consigo pensar é na série da bruxa sabrina da netflix, onde a amiga cega perde a visão e então vira psíquica, como se isso de alguma forma melhorasse algo. se você tem um personagem cego, ele precisa ser cego. não use nenhuma trapacinha que faça ele enxergar mais do que a deficiência dele permita. se você realmente quer que seu personagem cego seja psíquico e tenha visões, então eu sugiro que as visões que ele tenha envolvam a mesma quantidade de visão que ele tem restante em sua vida normal. por exemplo, se ele vê com visão em túnel, então as visões dele também terão a visão em túnel.
atenção: seu personagem cego não precisa de uma habilidade mágica que negue sua cegueira
se ele tem uma habilidade assim, por que fazê-lo cego então? qual é o ponto? realmente se pergunte por que você quer dar a ele essa habilidade. se for porque o seu personagem não conseguiria fazer tudo o que você quer que ele faça sem ela, então será que você deveria ter feito dele cego? será que você não conseguiria pensar em outra maneira dele fazer essas coisas?
cães guias super poderosos
isso é algo que vi em várias fanfics, onde o cão guia é, de alguma forma, super inteligente e sabe de tudo ao seu redor. ou seja, não é um cachorro comum. não é uma boa ideia fazer isso e você não deveria, nem mesmo nos gêneros de fantasia. o cão guia do seu personagem cego deveria ser um cachorro que foi devidamente treinado por uma escola de cães guias, e ele deveria agir como um cachorro normal quando não está a trabalho e nem usando o colete. cães de serviço ainda são cachorros comuns quando estão de folga e ainda amam brincar e passar tempo com seus humanos.
para um bom guia sobre cães guias, cheque o canal de molly burke, ela tem uma playlist inteira sobre isso.
notas da tradutora: me repito aqui falando que o canal de molly é inteiramente em inglês, então, caso você não saiba a língua, recomendo pesquisar um pouco na internet. Inclusive, uma das partes desse guia (creio que a parte 4) fala sobre cães guias, então vem aí.
o olhar "nublado" e distorcido
você provavelmente já viu alguns personagens cegos que possuem olhos esbranquiçados e meio estranhos. esse clichê é, na verdade, bem incorreto e um pouco perigoso, pois acaba afetando como o público geral enxerga as pessoas cegas. a maioria das pessoas que vive com perda da visão possuem olhos normais. a menos que a forma com que o seu personagem se tornou cego cause essa aparência nos olhos (como queimaduras químicas ou cataratas severas, coisas do tipo), provavelmente ele vai ter olhos normais.
uma exceção a isso é o nistagmo, que é uma condição que causa movimento involuntário nos olhos da pessoa, como um tremor. é meio comum em pessoas com condições oftalmológicas e perda de visão. na perspectiva externa, os olhos do personagem podem estar se mexendo de um lado para o outro, ou até em círculos. já na perspectiva da pessoa com essa condição, provavelmente é bem desorientador. luzes e imagens que eles veem irão se mexer porque seus olhos estão se mexendo.
molly burke tem nistagmo há muitos anos já fez alguns vídeos sobre isso. ela se refere a isso dizendo que seus olhos estão dançando. você pode encontrar o vídeo clicando aqui. essa é uma das condições médicas que realmente pode mudar a aparência dos olhos do seu personagem sem que você caia nesse clichê, até porque é comum para pessoas com perda de visão.
notas da tradutora: bem, novamente, o vídeo é inglês, mas você pode achar informações sobre essa condição na internet em portais de oftalmologia brasileiros e até alguns artigos científicos sobre isso.
FALAS ESPECÍFICAS PARA SE EVITAR
ou, em outras palavras, diálogos clichês que vão fazer com que seus leitores desistam do que estão lendo no mesmo segundo que baterem os olhos nessas frases (especialmente os leitores cegos que buscam por uma boa representatividade).
"você poderia descrever essa cor pra mim?"
esse clichê já morreu. isso não é mais um momento super significativo entre personagens. talvez tenha sido na primeira vez, mas agora, um milhão de pessoas já fizeram isso, com exatamente o mesmo diálogo. pense assim, você tem um certo limite de tempo e palavras em um texto para mostrar os personagens se conectando entre si, não gaste isso em algo como descrever cores. que tal fazer um momento único para os seus personagens ao invés disso?
se você precisar descrever cores para alguém cego na sua história, eu recomendaria o vídeo onde gabby hana descreve cores para molly burke. acho que gabby fez um bom trabalho. você pode acessar o vídeo clicando aqui.
mesmo assim, não é mais um momento significativo. provavelmente se você fizer isso, vai fazer alguns leitores suspirarem e apenas irem embora (acredite, já vi isso em um milhão de histórias que envolvem personagens cegos).
notas da tradutora: olá de novo, adivinha só? sim, em inglês. porém, tem alguns sites em português que falam sobre isso, só não sei se é tão confiável assim.
"posso sentir seu rosto?"
NÃO! por favor, nunca faça isso. isso é péssimo. é tão vergonhoso. não é realista, pessoas cegas não fazem isso. alguma pessoa que enxerga inventou isso em hollywood e a comunidade cega até hoje tem raiva disso. leitores cegos vão abandonar sua história no mesmo segundo que eles lerem essa frase. não. faça. isso.
"como você se parece?"
isso não é um "nunca faça isso", mas eu não recomendaria. eu sinceramente não sei te dizer um jeito de usar essa frase sem soar vergonhosa de alguma forma. porém, tem alguns jeitos de contornar isso. depende do motivo pelo qual seu personagem quer saber disso. é algum interesse amoroso? então coloque um amigo do seu personagem cego para falar pra ele como a tal pessoa é. é curiosidade sobre um amigo novo? então coloque outros amigos ou até os pais do seu personagem que viram essa pessoa, para descrevê-la.
"quando vejo fulana, vejo nuvens cinzentas de tempestade por trás de ondas quebrando, ouço o som do trovão e a chuva caindo, eu sinto o fogo..." "quando penso em sicrano, penso em prados ensolarados e o sentimento do verão, penso em céus limpos e noites quietas..."
não sei se conseguiria dizer muito mais. mas calma, antes que você fique com raiva, eu não estou dizendo que você nunca pode usar esse tipo de escrita. eu não estou dizendo para que você corte imagens que seus personagens associam aos seus respectivos amados, não é nada disso. o que eu estou dizendo é que não deveria ser assim que seu personagem cego descreve toda e qualquer pessoa que ele conhece. a razão pela qual eu estou falando isso é porque no ÚNICO livro que eu encontrei na loja que envolvia uma protagonista cega, ela descreveu TODOS os membros da família dessa forma. e depois disso, levou o cachorro normal dela para a escola como um cão guia falso. nunca mais li esse livro depois disso. fazem anos e isso ainda me ofende, ainda mais depois de entrar na vida adulta e escrever meus próprios livros.
o que você pode fazer no lugar disso é mostrar como seus personagens são através de ações e diálogos. o exemplo que dei acima é basicamente falar ao invés de mostrar. você me diz que fulana é como nuvens cinzentas de tempestade antes mesmo de me mostrar duas linhas de diálogo dela, é meio estranho.
O QUE EVITAR NO GERAL
ou, coisas que eu não gosto de ver acontecer com personagens cegos.
seu personagem cego não deveria sofrer bullying na escola
quando eu estava no ensino médio, eu ainda tinha uma visão normal, mas haviam duas garotas que eram cegas na escola que frequentei durante alguns anos. até onde eu sei, ninguém encheu o saco delas. inclusive, minha irmã era amiga de uma delas.
o bullying que você vê na tv não é tão baseado na realidade quanto parece. a geração atual de estudantes tem experienciado uma queda no bullying se comparado com gerações anteriores. mesmo que o bullying ainda exista, a maioria dos adolescentes vai evitar fazer isso com um colega cego (eles provavelmente iriam fazer bullying com outros colegas).
o que eu estou dizendo é, eu não quero ver o seu personagem cego apanhando como um condenado apenas por ser cego. quero ver esse personagem encontrando sua comunidade e sendo feliz com seus amigos e família.
ATENÇÃO!!! ALERTA DE GATILHO AQUI, SE SE SENTIR DESCONFORTÁVEL COM TEMAS COMO DEPRESSÃO E SUICÍDIO, PULAR PARA O PRÓXIMO TÓPICO!!!
por favor, não faça seu personagem se tornar suicida depois de ficar cego
deficiência é uma coisa difícil de se conviver. algumas pessoas ficam deprimidas enquanto se ajustam a uma deficiência, e sim, algumas delas se tornam suicidas por conta dessa deficiência. porém, livros e histórias são um lugar de escape, especialmente para pessoas que vivem com essa condição. essas pessoas querem ver alguém como eles e que se sinta feliz e amado, não uma pessoa que está prestes a acabar com sua vida durante toda a metade da história.
aqui eu coloco outra daquelas perguntas "por que você tornou seu personagem cego?", foi apenas para fazê-lo sofrer? então não faça. pessoas cegas não existem para sofrer, existem para viver suas vidas e serem felizes. seu personagem é cego apenas para deixar a vida dele mais dramática? a cegueira causa drama, sim, mas isso não deveria ser sua única fonte de história.
por favor, não faça com que a família do seu personagem cego o trate mal por conta da cegueira
ênfase no "por conta da cegueira". algumas pessoas crescem em famílias abusivas, mas a família do seu personagem não deveria se tornar abusiva apenas porque ele é cego. fazer um personagem que cresceu em um lar abusivo porque ele tem pais ruins é ok, e se acontecer do personagem ficar cego e os pais dele continuarem sendo uns bostas, ok. mas, sinceramente?
você não deveria vitimizar seus personagens com deficiência. você não deveria maltratá-los apenas porque você pode.
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galinho-henry · 1 year
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Por que devo estudar gramática para escrever?
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Essa é, talvez, uma das principais perguntas que surgem na nossa cabeça quando começamos a escrever. A resposta é simples: a gramática é a principal ferramenta que nós temos.
Não adianta criar um mundo incrível, uma história cheia de reviravoltas, personagens complexos e profundos... Nada disso adianta se eu não souber transmitir a mensagem que está na minha cabeça para a do leitor.
A nossa obra é uma linha que liga a minha mente com a do leitor. Se essa linha é fraca, a conexão também é.
Um bom domínio da língua, acima de tudo, nos permite passar uma mensagem da forma mais clara possível e das mais variadas formas.
Algumas pessoas pensam que, ao estudar gramática, perderão a liberdade criativa na hora de escrever. Muito pelo contrário, se eu sei usar a ferramenta que está nas minhas mãos, posso fazer o que quiser.
A gramática é a base da escrita.
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