Tumgik
#com a cabeça nas nuvens
elliebass · 21 days
Text
everything has changed — flashback.
Brigar com seu melhor amigo de infância no qual tinha uma agora-não-tão-mais-secreta paixonite estava sendo um pouco diferente dessa vez. Ellie se sentia mais frustrada do que de costume, encarando o celular por diversos minutos enquanto considerava ceder e mandar uma mensagem, mas acabou desistindo e se trancando no banheiro. O dinheiro nem importava tanto assim, provavelmente havia sido só um gatilho depois de horas "presa" na casa da árvore em construção, tentando evitar olhares e se sentindo especialmente tensa quando Matías tirou a camiseta pelo suor iminente do esforço. Ellie pensou nisso e abaixou a temperatura do chuveiro. Às vezes ser adolescente era uma merda. Ela voltou para o quarto após o banho, a cabeça nas nuvens, uma toalha enrolada no corpo enquanto ela cantarolava a música que tocava de seu aparelho de som. Levou um puta susto quando se virou e deu de cara com o corpo do Riegler se esgueirando por sua janela. "FUCKING HELL! You scared the shit out of me!" Exclamou após arfar, segurando mais firmemente a toalha.
162 notes · View notes
renjugyu · 5 months
Text
* ˚⁺ resumo: : aparentemente yangyang tem algum problema com a cor vermelha.
* ˚⁺ ͙۪conteúdo: : smut, punh*ta, yangyang meio que tem um fetiche com mãos.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
sente que sua figura sentada na cama, que finalizava os últimos ajustes nas suas unhas recém pintadas de vermelho, é alvo da atenção de yangyang. suas costas ardem com o olhar excessivo, a presença dele, mesmo em uma distância considerável, é intensa. é difícil precisar exatamente o momento em que ele abandonou o jogo em que estava envolvido para se concentrar exclusivamente em você.
"terminou, gatinha?" você escuta o barulho de uma cadeira se arrastando, e em alguns segundos ele aparece na sua frente.
balançando a cabeça afirmativamente, você estende a mão, exibindo suas unhas cuidadosamente feitas diretamente em sua linha de visão.
"mhmm" solta um som pensativo. "você pintou com a minha cor favorita." fala baixinho. os olhos dele cintilam com um brilho suspeito, que você inicialmente não consegue decifrar.
"sim, gostou? cuidado-" alertou quando notou ele erguendo o braço para segurar seu punho, analisando a cor de forma mais detalhista. "a tinta ainda tá secando."
a língua pendeu pra fora, umedecendo os lábios, enquanto os olhos pareciam grudados na sua mão, quase a deixando inquieta pela forma como ele estava fixado. depois de alguns segundos, ele direcionou o olhar para você, adotando uma expressão hesitante, abrindo a boca algumas vezes, porém sem proferir nenhuma palavra.
"não quero que você me ache um pervertido-." começou, mas antes que ele pudesse terminar você o interrompeu.
"como você não fosse um." revirou os olhos, mas mantendo o tom brincalhão na voz.
"err..." um sorriso envergonhado se formou em seus lábios enquanto ele olhava para qualquer coisa, menos para seus olhos. "tá, por favor, não fica com raiva de mim... mas, ah, suas mãos, gatinha." perde a compostura, jogando-se ao seu lado na cama, enterrando o rosto no seu pescoço. a respiração quente dele a acaricia sua pele, causando arrepios.
"o que tem as minhas mãos, yangyang?" questiona, mesmo sabendo a direção em que os pensamentos dele estão se encaminhando.
-
e, de fato, suas suspeitas sobre as verdadeiras intenções dele se concretizaram. e na verdade, agradece que isso tenha acontecido, a atual imagem dele se desmanchando no suas mãos, pré gozo manchando seus dedos, é o suficiente para mandá-la direto para nuvens.
"porra-." arfa, arqueando o tronco para trás, com a respiração pesada. "amo pra caralho suas mãos, gatinha-" abaixa a cabeça, soltando um gemido ao ver seu polegar rodear a glande inchada. a visão o enlouquece, principalmente como a cor vermelha acaba se destacando em meio ao líquido viscoso.
após falar deliberadamente que queria, de uma forma muito urgente suas mãos no pau dele — a excitação que yangyang sentia foi o suficiente para fazer evaporar a hesitação inicial, e após sua confirmação, se desfez da camisa e abaixou o moletom apenas o suficiente para liberar o membro semi duro.
mas após seu olhar fixo no pau dele e o toque inicial, com apenas as pontas dos dedos, sendo intencionalmente provocativo, foi o suficiente para deixá-lo rígido e desesperado por mais.
você para com os movimentos, deixando apenas que sua mão continuasse fazendo uma leve pressão. sobre ele. e não demora muito para seu namorado começar a mexer o quadril em direção ao seu toque, na tentativa de ampliar o contato, de aumentar a sensação de fricção, mas fazendo com um desespero palpável. o barulho molhado que ecoa pelo quarto compete com os barulhos que escapam da boca dele.
ele é naturalmente vocal nesses momentos, deixando escapar sons obscenos, mergulhando no momento como se o resto do mundo não existisse mais.
"uh." revira os olhos, antes de fechá-los com pouco de força. "vou.. vou encher sua mão de porra, posso?"
"vai em frente." encoraja, voltando a traçar movimentos para cima e para baixo na ereção proeminente e com veias latejantes.
com um pouco de urgência em gozar, ele envolve a mão por cima da sua guiando seus movimentos na velocidade desejado por ele. yangyang murmura baixinho xingamentos em meio a uma voz entrecortada.
"vou gozar, porra."
soltando um último gemido longo, ele libera a tensão acumulada em jatos brancos, que disparam em diferentes direções; alguns pingam no seu colo, outros na sua bochecha.
"ah, vou ter que fazer minhas unhas de novo."
87 notes · View notes
renjunplanet · 10 months
Text
| Vícios e Virtudes Lee Haechan
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
haechan x reader; donghyuck meio vibe skatista vagabundo. tem palavrao, erros de digitacao, mencao de leve a drogas e mais de 1k de palavra (provavel q tenha pt2
Tumblr media
O laranja do céu beijava o cenário. O quentinho do sol ia embora aos poucos deixando apenas o fervilhar da euforia dos grupinhos de jovens e adolescentes que se encontravam na pracinha do bairro.
E você, como todas as tardes de sábado — quando tinha oportunidade —, estava lá. Radiante e sorridente.
Ah, se você soubesse como seu sorriso mexia com Lee Donghyuck, o garotinho problema da vizinhança, você pararia de sorrir na hora. Ou talvez não. Depende se você curte brincar com fogo.
Para falar a verdade, você e Donghyuck tinham mais química do que você gostaria de ter. A troca de olhares distantes, a maneira folgada de se aproximar da sua rodinha de conversa entre amigos — amigos quais dividia com ele —, aquele jeitinho galanteador que só ele sabe ter... Ah, se Mendeleev visse a tensão sexual entre vocês, ele teria de estudar e reinventar seu conhecimento sobre química todo do zero.
A leveza que a amizade de vocês fluía era de enlouquecer a cabeça.
Haechan, como os amigos o apelidaram, era todo revoltadinho. Usava e abusava de palavras chulas, trejeitos e sinais rudes e vivia se metendo em problemas, vezes por pichar muros com frases motivacionais que roubava no instagram, vezes por invadir construções da prefeitura para fumar e "encher o cu de cachaça". Segundo ele, era a maneira dele de se aventurar e aproveitar a juventude. Totalmente contrária do garoto maluco, preferia aproveitar a mocidade colecionando pores do sol, conversas e fofocas. Além, claro, de paqueras e sorrisos.
— Ei, princesa. 'Tá livre hoje? — Donghyuck se apoia na ponta do skate, encarando você.
Revirou os olhos como o de costume.
— Já te falei que eu não curto dar rolê de madrugada, bobão.
— Afe... Você é muito chata, boneca... — tombou a cabeça para trás, resmugão — Quando a gente vai poder ter a oportunidade de curtir que nem adoidado? Menina, você tem quase 20 anos. Tem que curtir a vida! — lhe cutucou o ombro, totalmente indignado.
— Ai, seu chato! — massageou a área que levou o cutucão forte e gratuito — Diferente de você, eu curto a vida de uma maneira mais light. Não preciso me embebedar ou me drogar 'pra curtir e ser feliz.
— É essa a imagem que tem de mim? De um cara que vive se drogando e causando problemas? — ele pergunta, com um tom amargo de chateação bem de leve.
— E não é essa imagem de rebeldia que você curte mostrar 'pros outros?
Donghyuck olha nos seus olhos e suspira pesado, desviando o olhar para longe.
— Porra... — solta uma risada irônica, empurrando a língua contra a bochecha; indignado — Valeu mesmo. — te encara mais uma vez e, com raiva e o skate surrado na mão, volta para a pista.
— Ei! — chama por ele, que apenas ignora — Haechan!
E assim postergou Donghyuck de sua presença. Sendo engolido pelas sombras das nuvens e o frio noite, presenciando a tardezinha dar adeus aos poucos.
E dando lugar para novos sentimentos.
Tumblr media
Se ficou na espera do rapaz voltar e lhe receber com um sorriso quentinho, muito se enganou. Estranhamente, o Lee se manteve distante por muito tempo. E, quando digo muito tempo, estou falando de exatos sete dias onde sua presença foi totalmente ignorada.
E lá estava mais uma vez, colecionando outro sábado na praça. Mas este dia em específico parecia uma peça fora do quebra-cabeça. As coisas soavam diferentes, o sol parecia frio em suas cores, o céu não estava vibrante e os sorrisos e conversas soltas pareciam melodias fora do tom.
Na verdade, se sentiu assim a semana inteira. Sentiu saudade do olhar agridoce, da risada suave. Sentiu saudade dos olhos tímidos e envergonhados quando você notava ele errando alguma manobra. Sentiu saudade do calor que emanava suas bochechas quando os braços do moreno se apoiava em seus ombros.
E por sentir tanto, se viu depois do grande encontro pulando a janela de seu quarto às onze horas. Se viu correndo por debaixo da luz da lua até o último quarteirão da rua principal, onde no final da estrada estava a construção abandonada que era sempre o ponto de encontro de Donghyuck e seus amigos.
Se viu parar de caminhar, perguntar ofegante para Mark onde estava Donghyuck e, com a resposta do canadense, se pôs a correr em direção a casa do coreano.
Como um clichê paralelo, lá estava você. Jogando pedrinhas no segundo andar da casa dos Lee, esperando alguma resposta do rapaz.
— Ei! Quem é o infeliz que tá jogando pedra aqui, caralho?! — gritou o pai do moreno, abrindo a janela com força.
Sorte sua que conseguiu se esconder no arbusto antes de ser notada.
— Que foi, pai? — da janela esquerda saiu o Lee mais novo, coçando os olhinhos e com o cabelo bagunçado.
— Tem algum filho da puta tacando pedra aqui. — respondeu o homem totalmente amargurado — Volta a dormir, filhão. — ele fecha a janela novamente.
Assim que o pai sai fora da cena, Donghyuck desliza o olhar pelo pátio, que coincidentemente paira sobre sua presença, fazendo você ser notada pelo garoto rebelde — que estava estranhamente atraente naquela noite.
Ele arregala os olhos e logo após franze o cenho, gesticulando com a boca um "Que porra você 'tá fazendo aqui, sua maluca?".
— Vim me desculpar... — disse num sussurro após se aproximar da parede da casa e falar "perto" da janela dele.
— Quê?
Você rola os olhos, puxa o celular do bolso e envia uma mensagem para ele.
minha boneca ❣️
eu vim me desculpar seu cagao
Olhou para o rapaz na janela que pegou o celular na mão para respondê-la.
donghyuck 103 b
mds sua cabeçyda estranha
isso eh horario pra aprecer na casa dos outros? ainda mais sozinha
porra nao tem medo do perigo nn? o bairro eh tranquilo mas n qr dizer q n existe gente ruim princesa
minha boneca ❣️
deixa de papo furado homi
desce aqui p nois conversa pfvr :(
ta frio
donghyuck 103 b
ta bom chata
perai entao que eu ja vou
Da janela você viu Donghyuck sair correndo, colocando uma calça todo desengolçado e vestindo o moletom que ele sempre usava. Desceu as escadas da casa correndo, aparecendo na frente dela ofegante e procurando por você. Te avistou e foi ao seu encontro e afobado lhe disse:
— Vem comigo. — te puxou pelo pulso e levou seu corpo junto do dele para outro lugar que não fosse perto da janela dos pais e de sua casa.
Andaram por uns 60 segundos até chegarem num banquinho perto da rua principal. Ficaram os dois parados de frente para o banco, de pé.
— Ta vamos logo com isso... — virou para você, apertando as têmporas estressado — O que cê teve na cabeça pra vim até minha casa, tacar pedra na janela dos meus pais e ainda me fazer sair do quentinho do meu quarto só pra conversar contigo?
— Eu tive remorso, ta legal? — disse direta — Eu fiquei mó mal porque tu se distanciou de mim... Sei que é exagero da minha parte, porque foi só sete dias, nada demais. Mas mesmo assim eu fiquei triste. — mordeu os lábios, pensando por um momento e logo após olhando novamente para os olhos amendoados do moreno — Porra, Hyuck... Eu só queria te pedir desculpas pela baboseira que eu falei, eu pensei que tu ia levar na boa como sempre, se eu soubesse que tu ia ficar chateado e parar de falar comigo eu teria pensado melhor antes de dizer aquilo...
O Lee pisca os olhos meio atônito com a confissão. Molhou os lábios e lhe respondeu.
— Po... Eu... — suspira tentando encontrar as palavras certas — Eu que devia me desculpar. — esfregou a nuca meio incerto e envergonhado — Eu não queria ter feito esse drama todo. Porra, eu sei que foi algo bobo e tal, mas me machucou, sabe? Eu... Eu não queria que você tivesse essa imagem ruim de mim. — coçou nariz e desviou o olhar para a estrada — Sei que eu sou todo errado, que eu curto coisas que 'cê não curte. Que eu faço coisas que 'cê não curte... Eu 'tô tentando melhorar esse lado meu, tentando ser alguém diferente. — voltou a te olhar, dessa vez carregando uma mágoa e uma tristeza estranha nas pupilas — Dói demais saber que eu te curto tanto e você não gosta de mim da mesma forma por erros meus...
— Como assim eu não gosto de você? Por que você acha isso?
— Cara, toda vez que eu te convido pra algo você me rejeita... Semana passada te convidei pra um rolê bacana e você me dispensou sem nem pensar...
— Donghyuck, você literalmente me convidou pra um dos seus rolês com os meninos mesmo sabendo que eu não vou nesses tipos de encontros. — levantou as sobrancelhas, dizendo o óbvio — Se você real quisesse sair comigo, tinha me convidado para dar uma voltinha, sentar na areia da praia e fazer um piquenique. Uns treco brega desse tipo.
— Po, gatinha... Agora tu me fez parecer um idiota.
— É porque você é idiota, Donghyuck.
— Porra...
Você ri.
Ah, maldito sorriso bonito. Pensou ele.
O rapaz não aguenta por muito tempo a carranca, sorri de leve para você. Totalmente derretido, porque ele sabia que mesmo no escuro sua risada estranha ainda brilhava para ele. Amava quando você estava assim, alegre. Amava quando você ria para ele e somente para ele.
— Do que você 'tá rindo, estranha? — tomba a cabeça para o lado, balançando fraquinho seu braço que ele ainda segurava.
— De você.
— Por eu ser um idiota?
— Não. — negou com a cabeça ainda sorrindo largo.
— Por que então?
— Porque você consegue ser tão bobo que é adorável. — confessa, vendo os olhinhos brilharem e as bochechas ficando vermelhinhas.
— Cala a boca...
E você ri mais uma vez.
198 notes · View notes
se-avexe-no · 4 months
Text
"Amas-me? Perguntou Alice.
Não, não te amo! Respondeu o Coelho Branco.
Alice franziu a testa e juntou as mãos como fazia sempre que se sentia ferida.
Vês? Retorquiu o Coelho Branco.
Agora vais começar a perguntar-te o que te torna tão imperfeita e o que fizeste de mal para que eu não consiga amar-te pelo menos um pouco.
Sabes, é por esta razão que não te posso amar. Nem sempre serás amada Alice, haverá dias em que os outros estarão cansados e aborrecidos com a vida, terão a cabeça nas nuvens e irão magoar-te.
Porque as pessoas são assim, de algum modo sempre acabam por ferir os sentimentos uns dos outros, seja por descuido, incompreensão ou conflitos consigo mesmos.
Se tu não te amares, ao menos um pouco, se não crias uma couraça de amor próprio e de felicidade ao redor do teu Coração, os débeis dissabores causados pelos outros tornar-se-ão letais e destruir-te-ão.
A primeira vez que te vi fiz um pacto comigo mesmo: "Evitarei amar-te até aprenderes a amar-te a ti mesma!"
©️ Lewis Carrol
72 notes · View notes
tecontos · 1 month
Text
Sexo a 3; Eu, meu Marido e minha Amiga.
By; Kelly
Oi meu nome é Kelly, tenho 22 anos e sou casada há dois com meu maravilhoso marido, Paulo de 27 anos. Somos swingers desde que casamos de fato mesmo antes do casamento adorávamos a idéia de ter sexo com outras pessoas mas sempre achamos que deveria ser feito entre amigos.
No meu primeiro ano de faculdade conheci Laura e ficamos muito amigas e como todas as amigas com o tempo estávamos conversando sobre tudo, inclusive sobre sexo. Logo descobri que ela era bissexual e tinha uma quedinha por mim, fiquei muito excitada e Paulo também.
Laura de vez em quando me dizia que adoraria “brincar” comigo e eu sempre ficava muito excitada mas não dizia nada para ela, desconversando um pouco. Ela percebia minha excitação mas não me queria provocar problemas por isso um dia me disse que quando eu estivesse pronta ela estaria também.
Uns meses depois estávamos conversando e eu fui logo dizendo que havia chegado a hora, combinamos e em meia hora estávamos na casa dela esperando que ela descesse.
Ela desceu entrou no carro e já me deu um beijo na boca delicioso, eu não acreditava que estava fazendo aquilo era muito gostoso, perguntei para o Paulo se podia ir para o banco de trás, ele concordou na hora. Laura voltou a me beijar e comecei a ficar louquinha de tesão e pelo volume na calça do Paulo ele também. Ela me pediu para mostrar a buceta, desci a calça junto com minha calcinha preta até os joelhos, ela deu um sorriso e disse:
- Que coisinha linda, vamos brincar muito hein! - deu um beijo nela e continuou: - Agora só falta eu ver o pau que entra nela. Posso ver?
Eu com a cabeça disse sim e ela foi abrindo o zíper da calça do Paulo que continuava dirigindo louco para chegar em casa e libertou aquela pica maravilhosa segurando-a bem forte. Eu fiquei molhadinha na hora vendo o meu maridão com o pau na mão da minha amiga.
Estávamos chegando em casa e como moramos em um apartamento me vesti rapidamente enquanto Laura recolocava aquele pau de volta na calça. Subimos o elevador e não falamos nada só ouviamos nossa respiração ofegante de tesão.
Chegamos em casa e nos sentamos no sofá, eu estava muito nervosa e tímida embora cheia de tesão e Laura me deu um beijinho na boca e me disse que era normal ficarmos nervosos mas que iríamos brincar e nos divertir muito, disse também:
- Agora é minha vez de mostrar minha bucetinha para vocês.
Começou a tirar a sainha preta e uma calcinha branca que pude ver que estava bem molhadinha, não sei porque mas fiquei excitadíssima vendo aquela bucetinha raspadinha bem rosinha e tive vontade de tocá- la. Comecei a passar minha mãozinha naquela bucetinha e estava adorando e Laura também, ela então beijou minha boca e começou a beijar meu corpo inteiro principalmente o meu umbiguinho meus peitinhos (duríssimos já nesta hora)minhas pernas até para na minha bucetinha, ela começou chupando os meus grandes lábios depois meus pequenos lábios deu um beijinho no meu grelinho enfiou a língua dentro de mim e depois pouco me lembro pois estava nas nuvens, ainda mais quando ela me chupou e me penetrou ao mesmo tempo, comecei a gozar, realmente mulher sabe chupar.
Ela me deu um beijo e pude sentir meu próprio gostinho em sua boca e pedi para chupá-la o mais rápido possível comecei a chupar e descobri que o gosto de uma mulher é puro tesão, chupei mordisquei e a penetrei com a minha língua sentindo na minha boca, fui beijá-la e fiquei abraçadinha com ela no chão.
Meu marido estava quase gozando (estava se masturbando o tempo todo)e como sou louca por uma porrinha quente fiz ele gozar na minha boquinha com algumas chupadas e aquela pica continuou em pé.
Laura pediu para chupá-lo e eu deixei (era lindo demais), estava louca para receber ele dentro de mim quando Laura falou para eu sentar nele comecei a sentar bem devagar sentindo aquela cabeça enorme me penetrar e em alguns segundos o estava cavalgando, Laura que estava na nossa frente começou a chupar o saquinho dele, ele berrou:
- Assim não dá, assim eu vou gozar!!
Eu então diminui o rítimo e ele conseguiu se segurar, só que para minha surpresa e felicidade Laura passou a me chupar enquanto eu cavalgava meu maridão, não resisti e gozei duas vezes seguidas, Paulo teve que se segurar mas não aguentou e gozou na minha bucetinha, senti aquele picão todo murchar dentro de mim e me levantei deixando aquela porra escorrer para Laura provar um pouquinho do néctar do meu marido, ela adorou.
Ficamos sentados falando como tinha sido gostoso e Laura se levantou e disse que não podia deixar aquele pinto sem colocá-lo dentro dela na mesma, hora o pau do Paulo subiu e eu resolvi retribuir tudo o que ela tinha me proporcionado naquele dia, disse para o Paulo:
- Mô vamos fazer ela gozar gostoso?
Ele rindo me respondeu : - Com todo prazer.
Ele a pegou e a colocou na mesa com as pernas bem abertas e disse:
- Deixa eu dar umas lambidinhas nessa bucetinha que minha mulher teve o prazer de provar.
Começou a chupá-la um pouquinho e percebendo que ela já estava excitada olhou para mim e disse:
- É bem gostosinha mesmo, agora vamos ver se ela me recebe gostoso.
Fui junto deles dei um beijo na boca de cada um e ele começou a penetrá-la e comecei a ouvir os gemidos dos dois e passei a fazer o que ela tinha feito comigo chupei a bucetinha dela enquanto meu maridão realmente brincava com ela até que ela gozou e gozou e gozou, 3x bem gostoso.
Estávamos todos cansados e melados fomos tomar banho rindo muito do que acabavamos de experimentar trocamos alguns beijinhos e carícias nos vestimos e a deixamos em casa super satisfeitos trocando mais alguns beijinhos.
Chegamos em casa e conversamos sobre o que tinha acontecido e quanto nós nos amávamos, dormimos abraçadinhos super felizes.
Depois disso a Laura se tornou ainda mais amigas e até hoje nos divertimos muito (ela e mais outros amigos nossos).
Enviado ao Te Contos por Kelly
43 notes · View notes
nascitadiveneres · 3 months
Text
Tumblr media
ㅤㅤAquele dia estava estranho demais para o gosto de Gwen. Havia acordado com dor de cabeça e umas quatro pessoas haviam esbarrado com ela, a cabeça totalmente nas nuvens. Será que haviam feito alguma festa e esqueceram de chamá-la? Deu de ombros, quando encontrou com muse no corredor, parando com um toque suave no ombro. ⸻ Ei, você. Sabe me dizer que bicho mordeu todo mundo? ⸻ A pergunta era genérica, porém havia aprendido que as perguntas mais simples podiam revelar mais do que se esperava. De toda forma, estava abraçada com uma pilha de livros. ⸻ Aliás, sabe dizer se a biblioteca está vazia? Queria devolver esses livros... ⸻ O que não disse é que seu plano era entrar quando estivesse muito lotada para que ninguém a visse deixando os livros de volta para não precisar pagar as dez multas de atraso que tinha em seu nome. Que culpa ela tinha se lia muito e esquecia que os livros não eram dela?
Tumblr media
54 notes · View notes
llorentezete · 1 month
Text
Assento da sorte — Esteban Kukuriczka.
Capítulo — 1
Tumblr media Tumblr media
Warnings: nenhum.
Info: eu dei um nome a personagem porque pra mim é estranho escrever uma fanfic com SN, mas por favor, imaginem outro nome se quiserem.
Sinopse: Eloisa sempre pega o mesmo ônibus todos os dias, mas naquela sexta feira nublada, ela encontrou alguém diferente sentado em seu lugar.
Contagem de palavras: 1.606
Tumblr media
As mão de Eloisa apalparam a mesinha de cama até encontrar o despertador. Estava menos barulhento do que o usual, haja vista que lá fora o mundo parecia desabar a qualquer momento. Seus olhos se abriram depois de alguns minutos. O despertador já estava desligado e agora as nuvens escureciam o pequeno quarto de seu apartamento. Elô decidiu que precisaria levantar ou perderia seu ônibus.
A verdade é que morena odiava acordar cedo, era a primeira coisa de sua lista top coisas que odeio fazer, e ela pontuava com frequência. Arrastando-se para o banheiro, seu banho durou menos do que o esperado, já que a água não esquentava e o frio lá fora não ajudava. Bufando, ela vestiu roupas quentes e confortáveis, seria um longo dia de trabalho.
Buscando suas chaves e seu guarda-chuva, ela perdeu mais cinco minutos do usual. Atrasos não era frequentes na vida de Elô, mas ela alguém que perdia a noção do tempo muito rápido. Como quando estava prestes a sair mas brincava com o gatinho preto da vizinha do vinte e dois. Um estrondo do lado de fora a fez perceber que já deveria estar no ponto de ônibus. Apertava freneticamente o botão do elevador, mas se lembrou das palavras do síndico Marcelo, que era um querido, e disse que em casos de chuva e raios, é proibido o uso do elevador ou qualquer parte elétrica do prédio.
Sem pensar duas vezes, mas praguejando, Eloisa desceu as escadas correndo, hora ou outra ela pulava de duas em duas ou três em três. Poxa vida, era uma sexta feira nublada, fria e possivelmente chuvosa. Não era assim que que pretendia acabar sua semana de trabalho. Elô passou pela recepção como um raio, apenas gritou bom dia para Marcelo que se assustou e quase largou as caixas que segurava no chão. Pelo contrário da maioria dos síndicos, Marcelo era novo demais pra aquela função, ao menos era o que Eloisa pensava.
Suas pernas curtas corriam o mais rápido que podia. O vento fazia seus cabelos grudarem no rosto e seus óculos escorregarem, mas ela não tinha tempo de arrumar-los. Apenas se concentrava em chegar no ponto e pegar seu ônibus. Correndo contra o tempo, foram quatro minutos de desespero até ver a sombra de seu ônibus vindo em sua direção. Ela não chegaria a tempo, mas para sua surpresa, o ônibus desacelerou e parou completamente. Eloisa continuou correndo até chegar perto o bastante para andar. As portas automação se abriram e Lúcio sorria para a garota.
— Pensei que não viria — O motorista disse. Lúcio estava acostumado a ver Eloisa todos dias.
— Eu perdi a hora, por pouco — A morena ajeitou a bolsa que caia de seus ombros.
— Sorte que te vi correndo como uma maluca — Eles sorriram.
— Valeu mesmo, Lu — Elô deixou uma expressão de gratidão escapar enquanto passava seu cartão para tarifar sua passagem.
Ela guardava o cartão que acabara de usar na carteira e seus pés se moviam sozinhos para o mesmo lugar de sempre. Era no meio do ônibus, o assento da janela, aonde ela podia ver a rua sempre que seus olhos desviavam de um dos seus livros. Porém, dessa vez, seu sorriso se desfez quando ela o viu pela primeira vez.
Sentado em seu lugar, o rapaz parecia tirar uma soneca das boas. Sua cabeça caia lentamente para frente, mas ele voltava sem ao menos acordar. Elô notou seus cabelos loiros escuros, vez ou outra escorregando por sua testa, as sardinhas em suas bochechas pálidas e seus lábios finos. Ele parecia muito sereno e também era muito lindo. Com um abanar de cabeça, ela jogou longe o último comentário.
Seus dedos gélidos cutucaram a bochecha do homem que ainda dormia. Ele pareceu não sentir o toque. Eloisa o cutucou novamente, dessa vez mais forte e ele apenas resmungou algo incoerente. Do outro lado, o ônibus parava em outro ponto e outras pessoas subiam. Elô não teve escolha a não ser se sentar ao lado do desconhecido.
Ela tocou seu ombro quando se sentava de forma desajeitada, não por querer, mas porque o ônibus se moveu inesperadamente. Dessa vez, o impacto foi suficiente para o homem acordar. Ele abriu os olhos lentamente e limpou a boca por precaução, não queria sua baba escorrendo por aí. Ele notou Elô o encarando sem expressão e se endireitou no banco.
— Hm... oi, bom dia — Ele disse um pouco sem graça sobre o olhar da morena.
— Bom dia, esse lugar aí é meu — Elô sempre foi direta com as pessoas. Era seu defeito.
— Como? — O loiro pareceu não entender. Deixou um sorriso escapar. Elô estava atenta a isso, mas desviou os olhos em uma fração de segundos.
— Esse lugar aonde você tá sentado — Ela apontou pra ele —, é meu. Eu sento ai todos os dias por quase dois anos! — Ela gesticulava com drama.
O rapaz a sua frente a encarou da mesma forma que foi encarado, sem expressão, com a boca um pouco aberta. Estava processando a informação recebida. Sua mente se negava a acreditar no que estava ouvindo.
— Espera, o que? — Ele negava. — O ônibus tá quase vazio.
— Não importa, esse é meu lugar favorito! — Elô rebateu.
— Ei, não estamos no quinto ano. — Ele respondeu sem sorrir dessa vez. Eloisa sabia que estava sendo infantil, mas não ligava. Era seu lugar sagrado.
— Olha, você pode só trocar de lugar comigo e tá tudo certo. — Ela se levantou com uma expressão esperançosa. Segurava firmemente sua bolsa. Mas o homem não levantou, ele ao menos se mexeu.
— Mas eu cheguei qui primeiro! —Ele mexeu os ombros como se fosse óbvio.
— Moço por favor, esse lugar é praticamente meu, todo mundo senta no seu lugar — Ela apontou, discretamente, para algumas pessoas a sua volta.
— Primeiro, meu nome não e moço, é Esteban e segundo, eu não vou sair do meu lugar público — Deu ênfase na palavra. —, só porque uma adolescente mimadinha quer! — Cruzou os braços enquanto fechava os olhos.
— Só pode ser piada... — Elô conseguiu notar o sotaque forte que ele tinha quando pareceu mais nervoso, porém não disse nada. — Olha só, Esteban, sei que não está dormindo e pra o seu governo, eu não sou uma adolescente e muito menos mimada. — Ela bateu o pé nervosa.
— Não é o que parece! — Ele sorriu sugestivo para o ato da morena. Ainda com os olhos fechados, ele se ajeitou ainda mais no banco.
— Bom, espero que esteja confortável! — Ela cruzou os braços imitando o homem.
— Você não faz ideia... — No momento em que ia retrucar, o ônibus freiou bruscamente, fazendo Elô se desequilibrar e cair com a cara no chão. O barulho foi tão alto que Lúcio virou seu corpo para checar se estava tudo bem.
Eloisa estava jogada no chão com a mochila no alto da cabeça, presa a seus cotovelos e seus óculos a alguns centímetros de distância. Esteban se levantou no mesmo segundo puxando a bolsa da morena. Ele a levantou com cuidado ouvindo protestos da mais nova.
— Tá vendo só, se tivesse deixado a sua birra de lado, isso não teria acontecido. — Ele advertiu tirando os fios de cabelo do rosto de Eloisa. Algumas pessoas observavam quietas, outras sorriam disfarçadamente.
— Isso é culpa sua, se não tivesse sentado no meu lugar! — Ela se livrou das mãos do mais velho e tentou ficar de pé por si mesma. Mas novamente o ônibus se mexeu e seu corpo seria jogado pra trás quando as mãos de Esteban foram mais fortes e agarram-na. Colados, eles ouviram Lúcio gritar um perdão ao longe. Eloisa não pode deixar de encarar Esteban, e agora de perto, ele parecia muito mais bonito do que antes. Sua mão se moveu contra o peitoral do loiro e ela o empurrou quando notou a ação. Ele não se moveu muito, mas estendeu a mão em que os óculos da mais nova estavam.
— Por nada, não? — Ele sussurou. Elô agradeceu com breve acenar de cabeça. Tudo parecia resolvido, mas a morena foi esperta e passando como um furacão, se sentou no seu lugar, ao lado da janela. A expressão chocada de Esteban a fez segurar um riso. — Você é impossível!
— Era só ter feito isso desde o começo, amigo. — Ela deu de ombros tirando seu livro da bolsa.
Esteban não disse nada, apenas ajeitou sua roupa e se sentou ao lado de Elô. Ele parecia sereno como quando estava dormindo. Eloisa observava-o com discrição. Não parecia bravo ou chateado, mas estava um tanto quieto demais, talvez ele fosse assim.
— Você pode se sentar em outro lugar se quiser — Ela abaixou o livro. Dessa vez o encarando de verdade.
— Quero me sentar aqui, ou vai me explusar de novo? — O loiro disse. Mas não pareceu nervoso. Elô analisou suas bochechas rosadas.
Eloisa se calou. Voltou ao seu livro e seu mundinho, aquele que seguia todos os dias. Estava quase finalizando a leitura, mais um para a conta de sua lista.
— Sabe de uma coisa? — O loiro comentou depois de um período de silêncio. A morena o olhou como se perguntasse o que? — Eu não sei seu nome.
— Eloisa, mas pode me chamar de Elô — Ela deu de ombros. Esteban levantou a mão direita até a altura dos olhos da garota.
— Muito prazer, Elô - Ela apertou a mão quente de Esteban. — Te vejo por aí. — Ele se levantou puxando a cordinha solicitando a parada.
— Essa confusão toda pra você ficar dez minutos dento do ônibus? — Ela riu com desdém.
— Não fui eu quem começou — Levantou as mãos e os ombros. Elô não respondeu. A porta automática se abriu e Esteban desceu.
Aquela seria a última vez que Elô veria o loiro no mês.
.
.
.
.
31 notes · View notes
tinyznnie · 7 months
Text
N-U-M-A-B-O-A - l.j.
Jeno x leitora gênero: sad mas com final feliz wc: 1.0k parte da série Jota25
Tumblr media
2016
Você e Jeno caminhavam para fora dos portões da escola em direção a sorveteria que ficava na pracinha, onde sempre iam quando tinham algo para comemorar ou algo para conversar, porque, de acordo com o coreano, tudo ficava melhor com sorvete. 
Jeno havia se declarado pra você há cerca de 7 meses, e vocês namoravam desde então. Não foi algo muito grande, afinal, ele era um garoto de dezesseis anos que não tinha emprego, dependia totalmente dos pais, que se dividiam em dar atenção a ele e a irmã mais velha de dezoito anos, que tinha acabado de sair do ensino médio. E desde a declaração, tudo eram flores. Vocês eram O casal da escola, todos achavam incrível como vocês tinham química e diziam que vocês pareciam ter saído diretamente de uma comédia romântica. Jeno te levava para casa depois das aulas, e às vezes, vocês até conseguiam ir ao cinema ou ao arcade que tinha no shopping. Era algo doce, inocente, e você se sentia nas nuvens quando estava com ele. 
Ele pediu seu sorvete favorito, de flocos, e o dele, de chocolate meio amargo, e vocês começaram a comer em silêncio, o que era bastante incomum porque, apesar de ser introvertido, Jeno costumava falar muito enquanto estavam juntos. 
“Neno, tá tudo bem?” você perguntou depois de ele só brincar com o sorvete por 10 minutos sem dizer uma única palavra. 
“Temosqueterminar.” ele falou tão rápido que você mal entendeu qualquer palavra daquela frase. 
“O que? Não entendi.” sua expressão era confusa, e Jeno suspirou pesado, segurando suas mãos por cima da mesa antes de repetir. 
“Temos que terminar.” ele foi claro dessa vez e a expressão em seu rosto não era das melhores. 
“Como assim temos que terminar?” isso não fazia o menor sentido na sua cabeça. Vocês estavam felizes, certo? Não tinha o menor motivo pra isso. 
“Você sabe como meus avós moram na Coreia, certo?” você assentiu antes de ele continuar. “Bom, o meu avô está doente e ele quer passar a empresa da família pro meu pai, e pra isso, vamos precisar estar lá. E-eu me mudo no fim do mês, assim que acabarem as aulas.” ele concluiu, fazendo carinho no dorso de sua mão. “Jagi, me desculpe por isso.”
“Não tem outra opção, não é?” você perguntou, mesmo que já soubesse a resposta. 
“Infelizmente não, meu amor. Mas o que me conforta é saber que, por mais que doa, estou tomando a melhor decisão por nós dois, por você. E nós temos tanta vida pela frente, afinal, só temos 16 anos, né? Um dia eu posso encontrar você, andando por aí.” ele tentou te animar. Na verdade, Jeno queria se esconder e chorar, porque na mente dele, de garoto de 16 anos, você era a maior e única paixão que ele teria na vida, a única chance que ele teria de experimentar o amor. Mas ele precisava ser forte, pra que você não sofresse tanto com a partida por tempo indeterminado dele. 
“É, você tem razão.” você limpou rapidamente as lágrimas com o dorso da mão, tentando evitar o choro. “Somos jovens.”
2023
Os anos se passaram, e você não teve mais qualquer notícia de Lee. Nos primeiros dois meses, vocês ainda se falavam e trocavam mensagens, e você fazia o esforço de ficar acordada em horários estranhos para que Jeno tivesse mais facilidade em falar com você. Mas aí veio a preparação para faculdade, tanto sua quanto dele, as conversas foram ficando escassas até que eventualmente, elas pararam de vez. Você parou de acompanhar a vida de Jeno, era doloroso ver que ele estava tão bem sem você. 
Jeno por outro lado só parecia bem naquela época. Ele sentia sua falta, sentia falta da expressão confusa que você sempre fazia na aula de matemática, e de como você sempre vinha com fofocas novas nos fins de semana. Além disso, ele sentia falta do Brasil, de falar português e de comer açaí no Parque Ibirapuera. Mas ele se forçava a seguir em frente, afinal, não estava sob seu controle. 
7 anos depois, numa sexta-feira qualquer, sua mãe avisou que alguém iria se mudar pra casa de frente a sua, depois que os últimos inquilinos tiveram que sair porque não pagavam o aluguel e as contas, ou pelo menos eram o que diziam as más línguas do bairro. Você não ligou muito, afinal, era irrelevante quem seriam seus novos vizinhos, já que você era introvertida ao extremo. 
Coincidentemente, era o aniversário do fatídico dia em que Jeno foi embora para Coreia, levando seu coração junto com ele. Você nunca havia esquecido, e chorava agarrada ao ursinho que ele te deu de presente antes de partir. Para todos que te conheciam há mais tempo, era como se fosse o aniversário da morte de alguém, já que você se isolava, comendo potes de sorvete e se enchendo de porcarias, e eventualmente, com álcool, depois da sua maioridade. 
Você assistia Para Todos os Garotos que já Amei pela enésima vez, afogando as mágoas em sorvete de flocos, quando, infelizmente, seu pote acabou. Você até tentou choramingar para sua mãe ir até o mercadinho comprar mais, mas ela não cedeu às suas lamentações e disse para ir você mesma. Você resmungou, mas calçou seus chinelos e pegou as chaves de casa, saindo em direção ao mercado, e vendo o caminhão de mudanças enorme parado do outro lado da rua. Deu de ombros e seguiu seu rumo, comprando um pote de dois litros que pretendia comer sozinha, e depois voltou para casa. A distração de olhar curiosamente o caminhão a fim de identificar que tipo de família iria se mudar para a casa fez com que você esbarrasse em alguém bem de frente.  
“Meu Deus, me desculpe mesmo, eu não tava olhando por onde ia.” você falou prontamente, para não dar tempo da pessoa ficar com raiva de você. 
“Tá tudo bem. E eu disse que um dia ia encontrar você andando por aí.” Jeno falou com um sorriso, e ele jura que a expressão que ele viu no seu rosto quando se virou foi simplesmente a melhor coisa que ele já viu na vida. Afinal, ele tinha voltado pra você e agora estava tudo numa boa.
63 notes · View notes
delirantesko · 7 days
Text
Múltiplos eus (texto, 2024)
A tristeza pode criar uma versão de você que não é o seu eu real.
Quando a tristeza chegar, sinta ela, mas apenas por um momento.
Esse você se lamentando em excesso não é você.
Esse você que se julga indigno, não merecedor de coisas boas não é você de verdade.
No decorrer da sua vida, você criou essa versão de si mesmo, digno de pena, porque carregar sua grandeza constantemente é difícil, pesado.
Grandeza não é uma palavra com a qual você está acostumado, não quando fala de si mesmo.
Os outros, os mais velhos, os fictícios e indiferentes podem ser grandes, mas você no máximo pode ser medíocre, é o que lhe disseram, é o que você acreditou.
A simples ideia de grandiosidade parece algo que está nas nuvens, inalcançável não é?
"Quem é você pra achar que pode fazer algo grandioso?", a vozinha do crítico interior puxa seu braço quando você acaba de descobrir que tem asas.
Todas as pessoas tem problemas, todas as pessoas passam por dificuldades.
Algumas pessoas só conseguem amenizar e tratar através de substâncias, legais ou ilegais, prescritas ou sugeridas.
O que eu me pergunto é quanto eu aumento o problema real, talvez se eu disser pra mim mesmo que é impossível eu não precise resolvê-lo...
Pois então eu posso usar o "superpoder de reclamar", como falei numa postagem anterior.
Uma vez eu li, e nunca me saiu da cabeça: quando você se altera emocionalmente, se afaste um pouco dessa versão, observe a distância. Quem é essa pessoa?
Você se reconhece nessa versão de si mesmo? O que você diria pra ela? Ela é digna de apoio, atenção, carinho, compreensão? Ou ela merece mesmo sofrer?
19 notes · View notes
inutilidadeaflorada · 3 months
Text
Algodões São Países de Todas as Nuvens Infantis
Hoje eu aponto os dedos em dívida A boca é um cárcere que guardo teu nome As torres que se findam nas mãos E toda a amônia convertida em areia
Rastejando pelo céu de carne Cessando heróis fronteiriços Com o infinito despropósito A dor que engolira precipícios
Há um caso que as cruzes não se intimidam E insistem que provar as cores secas Por baixo de cada assento do banquete Este olhar tão esvaziado por naturezas mecânicas
Todas as cabeças de peixe Choram ao lembrar da pele Um adeus ressentido com o vento Dançando um tango no quarto escuro
Gaia sempre alheia, fruto da conquista dos homens Persuadindo com ameaças veladas Adulterando liberdades intransigentes Envenenando rios com o feitiço de sua química
Derrama o amanhecer como natureza morta Um dia tão inócuo, procura razão Nos braços magros de seus credores Ofertando carcaças de cervos abatidos na estrada
Tanatoscopia romântica, escreve sintomas em versos O deslumbre do caleidoscópio é um prato farto de substâncias Evitar a comunhão com o último fator da tristeza Essa gente penará para reconhecer-nos um par
Tal cântico nobre recria sonho sem cores Como um algodão encharcado de devaneios Que ironia, para além da chaga, o próprio tempo Para além de nós, um cinismo sufocando vaidades
32 notes · View notes
versoefrente · 28 days
Text
Amor toxico
Um devorador de almas ou de corações. Uma praga. Uma doença. Um sofrimento. Um dor difícil de curar. Pode se dar o codinome de cumplicidade ou parceria. É uma ferida aberta para qualquer pessoa mexer. É o inferno. O caos. A ruína. É o inferno na terra e todas as coisas que pode ser chamadas de ruins. Têm um sorriso bonito, olhos que nos fazem perder o ar, faz promessas, faz nos sentirmos especiais e únicos. Tem a capacidade de mexer com os nossos instintos mais primitivos, mexe com a nossa cabeça e o coração. São cheios de mistérios e segredos, um dia está presente e no outro dia nos abandona. Um dia nos tratam bem e no outro toca o foda-se. Ele traz uma ingenuidade de um anjo e a pureza sem igual, tem a voz suave e doce, uma risada gostosa e contagiante. Ela é confiável, intrigante e parece ser diferente de tudo o que já vimos, até tudo ruir, até tudo acabar. Basicamente é uma pessoa que oferece um amor tóxico e não sabemos de primeira. Existe uma camuflagem nesse tipo de amor, no início é tudo o que achamos que merecemos, algo bonito, diferente, raro e intenso. Sabe aquela história de ser recíproco ao amor que recebemos? Nós fazemos isso sem imaginar que ele pode nos arruinar em questão de dias ou até mesmo em segundos, igual uma doença silenciosa que vai te adoecendo por dentro e quando vamos ver já é tarde demais. O amor tóxico ele vem disfarçado de pessoa, achamos que merecemos tudo o que tem para nos oferecer e que aparentemente é uma coisa boa, ouvimos o que queremos, nos sentimos amado e cuidado e te faz sonhar, flutuar em meio as nuvens, parecido com conto de fadas, faz você querer viver e se entregar em uma bandeja de prata até ela te destruir, estragar para as outras pessoas e principalmente faz acreditar que você não merece ser amado. O ser humano tem a capacidade de destruir uma pessoa. Ela tem sagacidade, prazer, saciedade, vontade quando quer destruir um coração ou alguém é como enfiar uma faca no nosso peito enquanto estamos vivos, parece simples né? Para a pessoa que faz é, mas para quem sente? É como cair em um buraco sem fim. O "não" sempre vem primeiro do "sim", nos é que querermos acreditar que ela merece segundas chances e nós merecemos o que? Algo pouco? Coração quebrado? Uma cabeça fodida e traumas? Claro que não, mas de novo, uma pessoa ruim não pensa ou questiona quando quer fazer algo. Então sabe aquela história de intuição? Acredite nela. Sabe a energia que você sente de uma pessoa? Confie nela. Somos teimosos, cabeça dura e está tudo bem, não temos como adivinhar e elas não vêm com manual de instruções, mas sabemos de uma coisa o lobo tem a pele de um cordeiro.
Elle Alber
23 notes · View notes
moonlezn · 9 months
Text
The Story Of Us I
– O primeiro amor, Jaemin Na. Segundo Ato: Fearless.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
notas: com a parte dois, chegamos ao fim do primeiro capítulo de the story of us. quem será o próximo? espero que gostem!
Tumblr media
Jaemin é um namorado de presentes. Muitos, até. Mas não como se vê por aí, com embalagens, laços e afins. Depois de mais de um ano de namoro, ele percebeu que queria muito mais te marcar com memórias do que com artigos materiais. Por isso, ele dava tudo de si para te proporcionar as melhores experiências.
Certo dia, você confessou duas coisas ao garoto: morre de medo de andar de skate e tem muita vontade de ir à praia na chuva. Conseguiu ver a lâmpada acender sobre sua cabeça, sinal de que já sabia o que faria.
Assim, vieram passar um final de semana na casa de praia da família dele. Devido a previsão de chuvas fortes, a pequena cidade do interior está vazia, apenas os poucos moradores fixos circulam por ali. Jaemin precisou quase implorar para que os pais permitissem a invenção, preocupados com vocês. Mas para tudo existe um charminho a ser feito, então ele conseguiu o que desejava.
O anoitecer de sexta está com o tempo preguiçoso, do mesmo modo você e Jaemin, grudadinhos no sofá. Apesar das nuvens escuras pintando o céu de cinza, a chuva ainda não deu o ar da graça.
O garoto olha pela janela ao ser cutucado pela brisa gélida visitando a sala e pensa que seria uma boa fazer a proposta que ronda sua mente.
— Bora na orla? — Ele pergunta esperançoso e, mesmo ao ouvir teu resmungo dengoso, não cede. — Aproveitar um pouquinho, amor. Vamos, vai...
— Fazer o quê lá? — Você o vê dar uma risada pela tua manha. Pura falta de vontade de sair do quentinho.
— Ah, a gente pode caminhar um pouco. Rapidinho, prometo.
Maldito sorriso lindo que sempre te convence das maiores burradas.
Agora que já está em cima do skate do namorado, toda equipada com capacete, joelheira e cotoveleira, não pode desistir. Deveria ter previsto... A sorte é que a praia está vazia, obviamente. Ninguém vai ver esse sofrimento.
— Mô, calma. — Ele murmura, depositando um beijinho no teu braço enquanto segura tua cintura. — Tô aqui contigo e vou andar só um cadinho.
Ele movimenta o skate para a frente e você tenta não soltar um gritinho. A tremedeira torna tudo mais difícil, tem de se equilibrar.
— Pega impulso com o pé.
— QUAL PÉ? — Acaba questionando mais alto do que tinha calculado e fecha os olhinhos com pavor.
— Não precisa ter medo, tô aqui. Tô aqui. — Ele reafirma. — Deixa que eu empurro um pouquinho, tá? Esquece o pé.
Cuidadosamente te empurra mais um pouco, e você abre as pálpebras. Sentindo o vento no rosto, sorri fraco, o que Jaemin vê como um bom indício. Então ele toma um pouco mais de velocidade, mas sua mão te sustenta com mais força. A segurança que sente é vívida.
A maior qualidade de Jaemin é que ele quase não tem medos, e o teu maior defeito é ter muitos. Aos poucos, o menino deseja riscar um por um da tua lista. Portanto, remove as digitais repousadas sobre teu corpo com a leveza de uma pluma. Você não as sente, mas sente um impulso por trás do skate.
Uma exclamação de surpresa deixa os teus lábios entreabertos, mas o ar traçando teus fios soltos rouba tua atenção e, pelos breves segundos que avança na ciclovia, esquece o temor.
Perdendo intensidade, o instrumento para devagar. Você pousa um pé no chão, rindo, sem acreditar. Girando o corpo para falar com o namorado, repara que ele não está mais ao teu lado. Procura-o atrás de si e o vê há poucos metros de distância, o sorriso rasgando as bochechas e os punhos para o alto, batendo palmas.
Jaemin riscou um de teus medos.
Tumblr media
Com delicadeza você dobra as roupas de cama antes emboladas e organiza os lençóis. Mesmo com a janela cerrada o frio consegue se espalhar pelos cômodos rapidamente. Jaemin está lá fora no quintal, aparando a grama porque sua mãe pediu.
Vocês amam passar um tempinho sem fazer absolutamente nada juntos, porque então só aproveitam a companhia. Poderiam rir de doer as costelas, ou simplesmente ficar em silêncio, dormir... Se conheciam bem para saber qual momento era o melhor para cada coisa.
Mergulhada nos pensamentos, leva um susto ao ouvir a voz alta de Jaemin ainda fora de casa. Não deu para compreender uma palavra do que ele disse.
— NÃO ENTENDI NADA! — Você declara de volta, parando as ações abruptamente. Ouve os passos apressados se aproximando.
Ele aparece na porta, o rosto vermelho pela pequena corrida.
— TÁ CHOVENDO! — Trocam sorrisos animados e você vai até ele acelerada, entrelaçando suas mãos e disparando até o portão de madeira.
Atravessando a rua, chegam na areia da praia bem quando os pingos grossos aumentam, deixando-os encharcados em instantes. Apenas sentem a chuva tocar suas peles cálidas por um momento, até que Jaemin aperta teus dedos para que abra os olhos.
Ele faz uma reverência formal e você ri, permitindo que ele envolva tua cintura para uma dança sem música no meio da orla vazia.
— Como é aquela música mesmo? — Ele olha para cima, caçando a melodia que você cantarola de vez em quando. Apesar de nunca ter assistido High School Musical 3, conhece bem a música por tua causa.
— It's like catching lightning...? — Canta o refrão para verificar se é mesmo a letra que ele procura.
— ISSO! The chances nanalarará... like youu... — Ele arrisca completar, sem recordar-se das palavras direito, o que te faz soltar uma gargalhada. Ele é tão lindo.
Os pés deslizam sobre a areia molhada numa valsa muito desajeitada porque não paravam de rir, cantando absolutamente tudo errado. Jaemin gira o teu corpo e prende-o contra si, te deixando de frente para a água. A dança chega ao fim e vocês contemplam a paisagem tão distinta.
O céu cinza claro em contraste profundo com o azul tão escuro do oceano que recebe as gotas do alto te deixa sem fala. É mais bonito do que imaginara. Com o queixo apoiado na tua têmpora, o namorado solta um suspiro satisfeito. Mais um de seus presentes inesquecíveis deu certo.
— Nana, te amo. — Segreda tímida, quebrando o silêncio entre os dois. — Obrigada por isso. — Você gira para mirá-lo e mais uma vez aquele sorriso te quebra.
— Eu te amo muito. — Os lábios acariciam os teus e os tomam num beijo geladinho pelo frio. Pouco se importam com o estado no qual a tempestade os deixou.
Jaemin segura tuas bochechas num afago íntimo e você o traz para ainda mais perto, sentindo aquela mesma faísca do primeiro beijo.
— Jaemin, quero ir pra casa... — Você diz entre os selinhos duradouros que espalham eletricidade entre os dois.
— Mas a gente acabou de chegar. Tá tudo bem? — Ele toma certa distância para olhar nos teus olhos.
— Jaemin. — Ele assente como que para dizer que te ouve. — Eu quero ir pra casa.
A mesma luz acende em sua cabeça, no entanto, o sorriso traz consigo as bochechas ruborizadas.
— Tem certeza? — Jaemin espera que você não consiga ouvir as batidas de seu coração. Como conseguiria se o teu próprio martelava teu ouvido?
Você balança a cabeça positivamente e outra vez correm de mãos dadas, voltando para casa.
A maior qualidade de Jaemin é querer tirar todos os teus medos. E ele tira um por um com tanto carinho, com tanta devoção. Nunca se arrependeria da entrega ao teu primeiro amor.
Alguém poderia ter te avisado que o primeiro nem sempre é o único. Quando um elevador sobe rápido demais, também cai facilmente.
Nas férias, Yangyang resolveu chamar uns amigos para um dia de video games. Na verdade, ele só queria passar um tempo com a Nath, tua amiga, porque está interessado nela.
Quando os meninos cansaram de Fifa, debateram calorosamente sobre o próximo jogo, mas não chegaram num consenso. Por isso, pararam para comer as pizzas que pediram e para esfriar a cabeça com uma coquinha gelada.
— Não acredito que falta só mais um ano pra gente se formar. — Yangyang declara aliviado. Jaemin, no entanto, que ria de uma besteira, fecha a cara. — A gente tem que viajar, dar uma festa, soltar fogos, sei lá...
— Viajar não tem graça. Tem que ter festa e chamar a gente! — Nathália diz, rindo com o rapaz. — Né, amiga?
Você afirma levemente, preocupada com a reação do namorado. Ele mastiga olhando para baixo, o que era estranho demais. Jaemin sem fazer contato visual?
— Decidi nem faculdade, imagina o que vou fazer de formatura... Se eu não passar, minha mãe me mata. — O amigo continua, comendo mais pizza. Dessa vez, derrotado.
— Vai passar, cara. Calma. — Nath o tranquiliza. Observa ele tentar alcançar a mão dela, que o encontra no meio do caminho, brincando com os dedos.
De repente, Jaemin funga e foge para o banheiro. Apenas você repara, e seu coração aperta. Alguma coisa está acontecendo, porém o conhece bem. Ele não falaria nada aqui.
Respira fundo e tenta controlar a vontade de ir atrás dele. Não pretende pressioná-lo, não precisam disso. Quando ele volta com o nariz avermelhado e os olhos irritados, tenta esconder o máximo que pode com um sorriso forçado. Você aperta seu joelho e deposita um beijinho em seu ombro, e ele apoia a testa na tua. Está tudo bem, por enquanto.
No caminho para casa, Jaemin não estava correndo em volta de você, nem fazendo piadas ou gracinhas. Passaram por um canteiro de flores, e ele não teve forças de ir pegar uma delas para te dar. Há algo de absolutamente errado.
— Amor... — Você tenta iniciar uma conversa leve, ele está claramente tenso.
Nana para de andar de súbito, e você se volta para ele. A face tão bonita se contorce quando as lágrimas transbordam pelo canto dos olhos, ele morde o lábio para acalmar-se, sem sucesso.
— Eu preciso... Preciso te contar uma coisa. — Ele finalmente conecta as íris molhadas nas tuas. Teu carinho no peitoral o ajuda a lembrar-se como respirar.
— Tô aqui, fala comigo.
— Eu vou fazer um intercâmbio. — Ele profere como um arfar fatigado, mas espera a tua reação.
— Nana, isso é incrível! — As bochechas se inclinam para aproveitar que as tuas digitais tentam sossegar seu pranto escorrido. Ele nega com a cabeça. — Qual o problema, vida? — Sente tuas próprias pálpebras arderem, não é capaz de vê-lo desse jeito sem chorar também.
— Antes era só um curso pra depois da formatura. — Ele cerra os olhos, mais algumas lágrimas deslizam teimosas. Jaemin inspira mais uma vez. Guardou isso por tanto tempo que a ansiedade tomou conta do peito, postergou te contar por dois meses porque não sabia como. Infelizmente, vai ter de ser assim, aqui e agora. — Mas meu pai viu uma oportunidade pela empresa... Terminar o ensino médio e fazer a prova da faculdade de lá com prioridade pra entrar.
— Terminar o ensino médio?
— Eu... Eu vou embora em um mês. — Quando as palavras saem dos lábios, Jaemin sente o peso da realidade e o desespero embarga a garganta novamente.
Iria para outro país sozinho, sem amigos, sem o seu amor... Ele deveria estar feliz pela chance, quer muito estar feliz, mas não consegue. Não é o que ele almeja para si, e mais outra vez terá de realizar os desejos do pai.
Como reagir? Não sabe o que dizer. Logo, abraça-o com toda vontade de fazê-lo feliz que existe em teu interior. Tanta coisa passa na cabeça jovem dos dois...
Têm exatamente 29 dias. Os vivem de maneira intensa, romântica e, no fundo, melancólica. Não há para onde correr. Em nenhum dos vinte e poucos dias que tinham, conversaram sobre o que fazer. Já sabiam a resposta e isso os consumia com a mesma velocidade das horas avançando.
No dia 27, percebe que não dava mais para adiar a conversa que machucaria os dois. Chorou sozinha por horas... Mal pode crer que vão acabar assim.
Você, então, pega uma das pastas organizadoras 50mm que tinha sobrando no armário e coloca todas as suas fotos, flores secas, notinhas dos passeios, alguns presentes pequenos que cabem ali.
Remexendo as memórias, acha a carta que Jaemin te deu quando disse que te amava pela primeira vez. Sem coragem de abrir novamente, mira o envelope enquanto um filme de tantas outras vezes que trocaram as três palavras visita tua mente.
No dia 28, a rotina de Jaemin já está uma loucura. Conferência de malas pela milionésima vez, se despede de alguns amigos que ficaram sabendo por outros... e ele vive cada ação como um robô.
Ao tocar a campainha, uma urgência de correr para o mais longe possível corre pelo teu sangue fervendo. A saudade antecipada junto com a ardência no nariz te recorda que era necessário estar ali.
Pela primeira vez, o teu primeiro amor não sorri quando reconhece tua figura em sua frente. Ele sabe porque está ali. Te levando para o quarto dele, antes tão alegre, e agora preenchido por uma tristeza quase palpável pela partida abrupta, vocês se sentam na cama, confusos, perdidos.
— Me perdoa... — Ele fala, sem saber muito bem o motivo. Apenas escapa. — Eu não queria fazer isso contigo, com a gente. —
— Não, Jaemin... Não precisa disso. — As mãos que se tornariam estranhas em breve se enlaçam na despedida. — Você não fez nada de errado.
— Obrigado por tudo, por ter sido tão maravilhosa. Droga... — A última tentativa de lutar contra as lágrimas foi um fracasso. Não querem fazer isso, simplesmente não dá. Tantos sonhos... — Eu te amo tanto... que merda, eu te prometi tanta coisa.
— Por favor, não faz isso com você mesmo. — Você estende tuas digitais trêmulas para limpar seu rosto vermelho, a imagem dos olhos tristes de Jaemin te destrói. — Eu também te amo. Pra sempre.
— Promete que nunca vai me esquecer? — Inseguro, o rapaz se aproxima. Ter os rostos colados desse modo nunca parou de te tirar o ar, nem agora.
— É impossível te esquecer. — Num último beijo, os lábios se abraçam com gosto agridoce de adeus.
Daqui um tempo, teu número um não seria mais tão teu. A sensação dos beijos, dos toques, dos olhares seriam apenas lembranças no passado e tornariam-se pessoas diferentes por consequência da vida. Entretanto, quem foram um para o outro jamais seria apagado.
No dia 29, não tem coragem de levantar e nem de acompanhar as despedidas pelo instagram.
Tua mãe, Nath, Yangyang... todos eles tentam te animar, conversar, mas não adianta. Precisa de hoje para se recompor, outro dia se daria a chance de aceitar toda risada que eles guardaram.
O envelope que tinha deixado de fora da pasta te encara. O selo rompido arranha teus dedos enquanto você pondera se seria uma boa ideia reler a carta justo agora, depois de tanto tempo.
Cria forças e abre de uma vez, apressada para arrancar o band-aid.
Minha princesa,
Quando te vi a primeira vez, te achei tão linda. Você tava irritada porque tinha que sentar na primeira carteira. Eu fiquei torcendo pra não ficar te encarando, mas então você me olhou. Eu lembro que pisquei pra você, que bobo. 
No semana do nosso primeiro encontro eu fiquei tão nervoso. Não sabia se, do nada, você mudaria de ideia porque fui rápido demais. Por isso, grudei em você. Acabou que era só coisa da minha cabeça e foi o dia mais divertido da minha vida. 
Contigo eu não tenho medo de ser quem eu sou e sinto que posso ser o cara mais legal do mundo. Percebi isso nas nossas caminhadas pra escola todo dia, quando eu fico fazendo um monte de graça, e você ri de tudo. Por mais que eu fique todo nervoso perto de você, eu sinto que sou corajoso pra fazer de tudo. 
Eu amo te ver todos os dias, almoçar contigo todos os dias, te buscar e levar em casa todos os dias, amo tanto te ajudar em matemática, amo falar mal da professora chata de geografia, amo zoar a garota enjoada que vira o nariz pra você… amo te fazer feliz.
Obrigado por ser minha namorada; por ser tão linda; por me ouvir e por ir tomar sorvete comigo naquele dia. E por cinco meses de muitos. 
Eu, Jaemin Na, te amo.
Pra sempre teu Nana.
O maior defeito de Jaemin Na foi ter ido desbravar um mundo enorme após ter te despido de todos os teus medos, apenas para deixá-la com um muito maior: nunca mais perderia alguém de novo, mesmo que para isso tenha de fechar-se.
80 notes · View notes
sunshyni · 10 months
Text
Docinho azedo
Sinopse: qualquer um podia ver que Mark e Mia nasceram um para o outro. Eles estudaram na mesma universidade, exerciam a mesma profissão e até trabalhavam juntos, no mesmíssimo andar, e o melhor de tudo – que rufem os tambores! – estavam noivos há pouco mais de um mês! A situação muda quando os pombinhos são forçados a competirem entre si num duelo para além de desafiador. O que os faz ponderar: “Em quanto tempo aproximadamente aquele docinho guardado no fundo da geladeira pode azedar?” P.S. Não estamos falando de geladeiras. Gênero: fluffy shortfic. Contagem de palavras: 1.078. Notas: e não é que debutei por aqui? KKKKKK Tô com vergonha de postar isso aqui diante de tanto escritor talentoso no Tumblr 👉👈 Mas bora lá! Originalmente, essa fic era para ser postada somente no spirit (se quiser dar uma olhadinha nela por lá é só acessar o link😉), no entanto resolvi tentar a sorte nesse querido aplicativo, boa leitura e espero que vocês gostem! OBS: me inspirei nos posts de alguns perfis maravilhosos que acompanho, como a @mealcandy e a @ncdreaming🍓 Bônus: playlist da fic 🍪
Tumblr media
Prólogo – Macio feito pêssego 🍑
Mia Berry e Mark Lee eram um casal atípico, enquanto pombinhos desapaixonados ao redor do mundo todo consentiam em apenas uma coisa: papeis de divórcio, o double M, como os amigos mais próximos estavam habituados a se referirem ao casal, dificilmente discordava. Isso não quer dizer, em hipótese alguma, que eles tinham se acostumado, eles, sem a menor sombra de dúvida, se amavam e sentiam prazer em comprovar o sentimento sempre que possível, igual Mark fazia naquele instante.
O Lee desferia beijos na face quente de Berry, “desferia” pois os selares eram violentamente carinhosos, fazendo com que Mia vergasse o tronco para trás, mas não a ponto de cair, já que um braço de Mark a amparou no primeiro sinal dessa possibilidade ser efetuada. Mia puxou o tecido da camiseta branca que o noivo vestia, separando a peça do abdome, ambos molhados devido ao mergulho que eles fizeram no riacho próximo da casa da avó de Mia.
— Pervertida — Ele provocou, os rostos perto o bastante para completar um beijo arrastado, daqueles de telenovela, no entanto Mark tombou a cabeça para trás inesperadamente, contemplando o céu ausente de nuvens, azul feito a cor dos pequenos carros que adornavam uma das camisas sociais preferidas do maior — Me prometa que vamos morar no interior quando envelhecermos.
“Ah então ele vai jogar assim” Mia pensou, sorrindo contra o pescoço do noivo que ofereceu o mindinho da mão direita para selarem a promessa, eles entrelaçaram os dedos mínimos, unindo os polegares em seguida como num carimbo, Mark plantou um beijinho nas mãos ligadas uma na outra, insatisfeito com a validação dupla.
— Já conseguimos convencer minha vó de que dormimos juntos — O rosto dele se iluminou com um sorriso capaz de ofuscar o Sol — O primeiro item da lista já foi riscado, então... Acho que é algo plausível.
— E o restante dos itens da lista? — O Lee inquiriu como quem não quer nada ao mesmo tempo em que retirava de uma sacola, um pêssego rosinha e fresco, um presente do representante da associação dos jovens garotos. Vantagens de ter crescido numa província? Não havia nenhum residente da cidadezinha que Mia não conhecesse, portanto sempre que regressava para sua terra natal, ela era recebida com uma série de presentes como os pêssegos ou até mesmo licores que a faziam choramingar.
— Acho que eu já consigo fazer grandes coisas dormindo com você.
Mark cobriu o peitoral com as mãos, a boca ligeiramente aberta, olhos direcionados para a futura esposa que não fazia a mínima ideia do motivo daquela observação intensa, por esse motivo, durante um bom intervalo de tempo eles permaneceram imóveis, havendo somente o som das águas do rio e o canto incessante dos pássaros entre eles.
— Larga de ser atirada — Com a mão em concha, Mark alcançou a água doce e cristalina que batia nos seus tornozelos (por estarem sentados sobre uma pedra), jogando água em uma Mia espantada com a cabecinha perversa que seu cônjuge poderia ter, ela nem se importou com os pingos de água que acertaram seu pêssego acidentalmente.
— Eu não estava falando com malícia! — Protestou em meio a uma risada contagiante que fez os olhos castanhos de Mark se enrugarem nos cantos. As frutas mordidas voltaram para a sacola, o Lee segurou as mãos um tanto trêmulas de sua noiva, talvez fosse pelas pupilas dilatadas perceptíveis pelos raios solares ou pelo conjunto Mark Lee, paisagem e Sol, existia algo de muito encantador nas bochechas aquecidas e rosadas que recebiam as palmas de Mia com ternura.
— Aham, tô sabendo — Incitou, conduzindo-a para dentro das águas vagarosamente, cada passo para trás acompanhado por sorrisos bobos do moreno.
— Gelado — Ela sussurrou, envolvendo os braços ao redor do pescoço do noivo ao passo que Mark capturava seus lábios naquele beijo suspenso minutos antes, os lábios macios se movendo sobre os dela com volúpia e delonga, hesitante em encerrar o toque suave.
— Docinho — O Lee tinha razão. Não existia melhor palavra que retratasse o amor deles. Mark e Mia viviam um amor docinho de fruta.
[...]
— Deveríamos estar dormindo — Murmurou Mark, se ajeitando sobre as roupas de cama do antigo quarto de Mia — Vamos acordar a sua vó.
— Relaxa — Replicou Mia no mesmo volume de voz, compenetrada — É só não fazer muito barulho.
Havia uma superstição na qual Mia ouvia desde criança que dizia que se você pintasse as unhas do seu amado com bálsamo e a cor persistisse até a primeira nevasca, o casal estava fadado a viver o resto dos seus dias juntos, portanto Mark estava sentado de pernas cruzadas à frente do seu primeiro amor, que espalhava a pastinha rubra no dedo mínimo do garoto com um cotonete.
— Não vai durar até a primeira nevasca — A respiração dele tocou a pele dela quando Berry elevou o olhar.
— Eu sei — Sorriu, finalizando seu trabalho ao cobrir o mindinho de Mark com papel filme transparente a fim da coloração agir mais depressa — Mas e daí? Eu não preciso de muita comprovação pra saber que eu vou me casar com você, eu já tenho isso.
Sacudiu os dedos da mão esquerda, como costumava fazer ao exibir o anel de noivado para colegas, em que uma pedrinha rosa em formato de coração tremeluzia no seu centro. Mark esboçou um sorriso, curvando o corpo de Mia perigosamente até que suas costas encontrassem o colchão, o olhar brincalhão jamais se esvaindo da sua expressão.
— O que foi mesmo que você disse? — Ele questionou, envolto numa falsa deliberação — Ah, é só não fazer barulho, né?
Mia soltou um risinho baixo enquanto Mark em cima de si plantava um beijo na ponta do nariz alheio. Os dois só conseguiram sair daquela névoa de paixão quando o celular de Mia trepidou, sobressaltando-os, ela tateou cegamente em busca do aparelho e quando finalmente o encontrou, seu namorado não ousou mover um músculo, dizendo sem a necessidade de palavras que estava afim de fuxicar o e-mail recente.
— Engraçadinha — Foi a reação do Lee com a imagem de plano de fundo, dele dormindo serenamente ainda vestindo uma de suas gravatas peculiares.
Ambos estranharam o fato da mensagem ter sido encaminhada para apenas o casal.
“Caro senhor Lee e Cara senhorita Berry,
Por favor, preciso que compareçam até o meu escritório amanhã, sem falta.
Cordialmente, Johnny Suh.”
Por que raios o filho do presidente estava enviando um e-mail num domingo à noite? Eles não tinham ideia. Tinham certeza de uma coisa entretanto, a de que eles estavam encrencados aparentemente.
— Merda — Deixaram escapar em uníssono.
Tumblr media
(Créditos para a @ch9xhleye por essa artezinha de pêssego tão fofinha❤️)
Não sei quando vou atualizar, mas é isso! KKKKKK
Beijinhos açucarados! 🍬🍬🍬
97 notes · View notes
swfpetrus · 1 month
Text
𝚄𝙼 𝙴𝙽𝙲𝙾𝙽𝚃𝚁𝙾 𝙸𝙽𝙴𝚂𝙿𝙴𝚁𝙰𝙳𝙾.
𝗦𝗘𝗚𝗨𝗡𝗗𝗢 𝗣𝗢𝗩.
A noite parecia mais fria no Acampamento Meio-Sangue. Os relógios marcavam 1h35, a névoa espessa tomava conta do local e o chuvisco fraco rotineiro da madrugada já começava a cair, os campistas há muito tempo já recolhidos após o toque de recolher; ambiente parecia quieto exceto pelo grito ocasional de uma harpia ou outra.
Uma sombra escura se mexeu no chalé treze, a porta pesada se abrindo sem esforço e sem barulho. Enquanto todos dormiam, alguém desobedecia o horário estipulado como regra. Petrus se aventurava pelas sombras, afastando-se sorrateiramente do chalé de Hades em direção ao bosque. Seus passos eram silenciosos como os de um daqueles fantasmas que rondavam os filhos do deus do submundo, ele percorria a trilha vazia, seu coração pulsando com uma mistura de medo e determinação. Não podia adiar mais, não quando as pessoas pareciam não aceitar sua presença.
A lua, oculta pelo véu de nuvens escuras que já havia apostas entre os campistas sobre aquilo ser uma situação permanente do satélite, lançava apenas uma fraca luz sobre o acampamento através de minúsculas frestas no céu, adicionando um ar de mistério à noite. As árvores do bosque tornavam o caminho escuro e Petrus estremecia porque o sussurrar constante da voz sombria que vinha da fenda mandava que usasse o item que pesava em seu bolso direito da calça jeans. Chame-o, ordene que ele traga um coração. Não. Cale-se. Permanecia focado no próprio plano, os passos sem titubear.
O ar estava impregnado com o cheiro úmido da vegetação noturna, uma mistura de terra por causa do chuvisco e a lama das poças que acumularam água. O silêncio da floresta era interrompido apenas pelo ocasional farfalhar das folhas ou pelo eco distante de um animal noturno, adicionando uma sensação de solidão ao coração do semideus. Petrus avançava determinado, sua mente tomada por pensamentos sombrios vindo da fenda, mas que apenas o incentivava a avançar para o meio do bosque… até que parou. Havia algo bem na sua frente, algo que não estava ali há segundos atrás. Uma figura escura, uma sombra que aos poucos tomava forma de um homem alto com sobretudo preto. As plantas ao redor secavam rapidamente, de verde escuro passavam a ser cinzas, sem vida. “Pai.” murmurou baixo, os olhos claros reconhecendo rapidamente a feição do homem que agora lhe encarava.
“Petrus. Quanto tempo.” a voz do deus era profunda, a mesma que o garoto ouviu no dia da festa dos líderes, sua primeira noite acordado no acampamento. “Depois de tanto tempo lá embaixo, é bom sentir o ar puro novamente?” o deus perguntou, a postura rígida não combinava com o sorriso que o mesmo exibia nos lábios finos. “Conviver novamente com Quíron não é tão chato depois da primeira vez, não é?” para a confusão do filho, ele acrescentou, a expressão se tornando maliciosa ao ver que o rapaz lhe encarava sem compreender.
“Eu não sei do que está falando.” Petrus admitiu. Pela primeira vez em dias, não havia vozes perturbando no fundo da mente. O silêncio era algo que não tinha conhecido desde que acordou, mas agora… tudo estava quieto.
“Ah! Eu vejo. É bom ver que a alma de Aidan serviu para alguma coisa útil. Seria um desperdício levá-lo, causar uma confusão com Apolo quando ele resolver aparecer sabe-se lá de onde está escondido e Hécate não ter cumprido a parte dela.” o deus se aproximou vagarosamente, os olhos frios esquadrinhando a figura do filho. “Desculpe pelos monstros em seu encalço no natal. Aquilo era seu presente de boas vindas, eles tinham que te guiar até a clareira.” Hades contou, fazendo um breve sinal com a cabeça na direção onde ficava a colina. Um lampejo de esclarecimento brilhou nos olhos de Petrus e o pai sorriu, assentindo. “Não podia mandar minhas Fúrias, seria óbvio demais minha mão por trás da sua vinda.” fez um movimento desdenhoso com a mão direita, revirando os olhos em seguida. “Todos aqui são tão desconfiados, não podia deixar alguma ponta solta.” ele estendeu a canhota para tocar um dos cachos do cabelo do filho, mas não era um gesto carinhoso e sim avaliativo. “Sinto muito por Hécate ter tirado suas memórias de casa também, eu achei que ela tiraria apenas do Acampamento para que Quíron não lhe reconhecesse. Quando a névoa se desgastar por completo, você lembrará de tudo… se é que ela cumpriu com louvor o favor.” garantiu.
“Tudo o quê? O que eu tenho que lembrar? O que Hécate escondeu na minha mente?” perguntou urgentemente, engolindo em seco. No peito, o coração batia acelerado e desesperado, não imaginava que a noite tomaria aquele curso.
“Não posso lhe dizer, criança. Se você souber, eles saberão e irão lhe impedir novamente.” Hades afastou-se do garoto, os olhos não se desviavam, o deus sequer piscava. “Enterre o apito. Não dê ouvido às vozes, Quíron sabe como fazê-las parar, essa não é a primeira vez que acontece. Mas ele não pode saber sobre o apito então faça o cão ir embora… e cuidado, você não está sozinho. Encontre a espada o mais rápido possível, o tempo está correndo e o silêncio está a espreita.” ao dizer aquilo, a figura do pai dissipou-se no ar misturando-se com a neblina local; a névoa escura mesclava-se com a cinza deixando o semideus sozinho, apesar da implicação do deus. Petrus estava ofegante, confuso, as palavras do pai não faziam sentido… mas ele não hesitou em se agachar e começar a cavar um buraco no chão. De dentro do bolso, o rapaz retirou um cilindro prateado, e, com hesitação, levou até os lábios para assoprar.
Silêncio.
Por alguns segundos, nada aconteceu.
Isto é, até que uma grande sombra preta começou a se movimentar dentro da fenda e sair dali de dentro, se misturando com as sombras das árvores e tomando a forma do cão infernal. A criatura imensa estava sem uma garra na pata esquerda, os olhos vermelhos encaravam Petrus como se estivesse esperando ordens.
Mande-o até os chalés, uma nova alma é requisitada. Não. Não. Agora não, cale-se!
As vozes estavam de volta, não havia mais sossego. “Vá embora, Hans. Você precisa voltar pra casa.” disse ao cão, ignorando as vozes. “Não pode mais ficar aqui, tem que ir embora.” completou, esticando a mão para alisar a lateral do corpo do cão imenso. Uma despedida. Petrus se agachou e enterrou o apito, não iria mais usar aquilo. “Adeus, amigo.” murmurou. Ao invés de sumir como o filho de Hades presumia que aconteceria, o monstro rosnou alto e latiu, dando-lhe uma cabeçada sem forças, mas começando a se afastar. Esperou que o cão se misturasse com as sombras assim como seu pai… mas a criatura apenas pulou de volta na fenda.
Ah não, não, isso não podia estar acontecendo. Temia que enterrar o apito não fosse o suficiente para mandar o cão embora e para confirmar seu medo, na mente pôde ouvir uma nova voz.
Ele não vai embora sem trazer o que queremos.
20 notes · View notes
hefestotv · 5 months
Photo
Tumblr media
A programação da TV Hefesto exibia uma maratona de reprise da décima quinta temporada de Keeping Up with the Olympians no episódio que tinha a cena icônica de Hermes colocando a cabeça de Medusa no trono de Atena na Sala dos Tronos. Todo mundo já havia assistido aquela cena e sabia o quão irritada Atena ficou com a audácia do maior encrenqueiro do Olimpo. Mas agora isso era interrompido em favor de entrar imagens da batalha do dia 23. Dias depois, com apenas as consequências dos semideuses tendo que se recuperar do caos que o Acampamento se tornou, um sinal de que os deuses estavam de olho em tudo veio em forma do vídeo exibido.
“ROTINA DE RISCO: Episódio: Como sobreviver a um ataque antes do Natal!”
A câmera começou a focar em Dionísio, a feição do deus parecia fechada, sombria. A trilha sonora escolhida para música de fundo foi In the House - In a Heartbeat, o instrumental acompanhava as cenas que se seguiam. O olhar do deus do vinho estava voltado para o céu, as nuvens começavam a fazer a chuva cair e o vento ficava mais forte, a bagunçando os cabelos grisalhos do deus. Quando a batida da música fez uma pausa e recomeçou, o foco da câmera mostrava a Colina Meio-Sangue, o raio atingindo o Pinheiro de Thalia e o caos iniciado.
A música mudava para Clubbed to Death de Rob Dougan e a luta iniciava. Patrulheiros armados até os dentes, filhos da Magia com suas mãos brilhantes erguendo escudos protetores, proferindo feitiços. O zoom das câmeras conseguiam exibir com clareza os semideuses alcançando os monstros, a figura sombria de NICO DI ANGELO aparecendo das sombras com sua imponente espada de Ferro Estígio; CLARISSE LA RUE com sua lança elétrica seguia também para o meio do caos. Sob o rugido dos trovões e o desafio dos raios cortando os céus, a Colina Meio-Sangue se via envolta em uma tempestade feroz. A chuva caía impiedosamente, refletindo a confusão que se desenrolava abaixo. No horizonte, a Quimera avançava, suas cabeças se contorcendo em meio à fúria da tormenta, enquanto uma Manticora feroz seguia de perto.
A câmera focava no rosto do Semideus desconhecido que trazia em seu encalço aquelas criaturas, ofegante mas parecendo determinado, ele corria desesperadamente em direção ao acampamento. As criaturas cerravam os dentes na perseguição implacável.
Ao som de This is War, Nico tinha olhos sombrios focalizados na Quimera. Com um movimento ágil, sua espada cortou o ar, encontrando o corpo da besta. O choque das lâminas ecoou na tempestade enquanto o semideus habilidoso lutava contra as cabeças serpentinas. A Quimera rugia, mas Nico, filho de Hades, Rei dos Fantasmas, não se abalava. Conjurava um exército de esqueletos para ajudar os semideuses que vinham também em auxílio para que juntos conseguissem encurralar o monstro. DiAngelo gritava ordens para os semideuses para que estes distraíssem as cabeças da Quimera, não se deixando desviar a atenção nem mesmo enquanto via alguns dos colegas sendo atacados pelo veneno da cauda do monstro. Semideuses caiam envenenados, outros machucados, mas Nico, em uma mistura de habilidade e determinação, silenciava as cabeças uma a uma, até que a fera colapsou aos seus pés.
Enquanto isso, Clarisse, filha de Ares, enfrentava a Manticora com uma coragem indomável. Seu escudo reluzia à luz dos raios, protegendo-a dos golpes da criatura alada. Com um brado de guerra, ela avançou, assim como Nico, Clarisse tinha a ajuda dos semideuses corajosos que vinham também de encontro com a criatura. O monstro estava em desvantagem, ali haviam guerreiros prontos para proteger o Acampamento. A câmera focava em ângulos diferentes da luta, mas em todos dava para ver que havia jovens caídos, machucados, outros sendo levados para longe do campo de batalha. Quando a câmera focou de novo na filha de Ares, ela estava com o corpo emanando uma luz levemente vermelha, a benção de Ares vinha mostrar as caras e ajudar Clarisse a atirar sua sua lança encontrando seu alvo com precisão. A batalha era feroz, mas a destemida semideusa emergiu vitoriosa, a Manticora derrotada aos pés da guerreira…. mesmo que pela terceira vez, a lança da semideusa estivesse quebrada.
Os trechos finais de This is War tocavam, mostrando o Acampamento como um todo e dando alguns focos especiais em semideuses feridos e nos dois heróis responsáveis pelo final da batalha. No entanto, para fechar o episódio especial, a câmera focava em Dionísio se desintegrando no ar com algumas folhas de videira ficando no local. O deus do vinho fugiu no final da batalha, a confirmação de que os semideuses precisavam. A última cena do Episódio terminava com a câmera voltando para o céu, os raios iluminando as nuvens pesadas e os trovões soando raivosos.
A programação voltou ao normal em seguida, como se não tivesse sido interrompida. O reality show retomando de onde tinha parado. Ao longo desse dia em momentos aleatórios as reprises seriam interrompidas e o episódio especial exibido novamente. Os mais esperançosos encaravam isso como um lembrete de Hefesto: estamos vendo vocês.
músicas da trilha sonora do episódio:
In the House – In a Heartbeat by John Murphy
Clubbed to Death by Rob Dougan
This is War by Thirty Seconds to Mars
29 notes · View notes
girlneosworld · 10 months
Text
PAPAI.
Tumblr media
aqui eu coloco toda a minha vontade de ter o tae como maridinho e futuro pai de menina.
tw: altas doses de fofura e Lee Taeyong como um grande paizão.
No exato momento em que o sol deixava o céu e dava espaço para as nuvens alaranjadas e roxas darem a cor que refletia na janela do cômodo, foi o momento em que você tirava o excesso de tinta do pincel no pote d'água apoiado na mesa ao seu lado. Voltou sua atenção novamente para o quadro a sua frente, o lábio entre os dentes enquanto analisava seu mais recente poço de dedicação, uma vez que não saía mais trabalhar todos os dias.
Ouviu um pigarro e olhou na direção que o som vinha, dando um sorriso assim que viu Taeyong parado na batente da porta, um semblante cansado após um dia árduo de trabalho que logo foi substituído por uma expressão de carinho. Esperou que ele viesse até você e se inclinasse para deixar em selar singelo em sua testa. Ele tombou a cabeça para o lado.
— Está tendo sucesso no seu quadro? — O Lee perguntou observando sua pintura. Você deu de ombros, o mindinho afastando uma mecha de cabelo da frente do seu rosto.
— Hm, acho que sim. Mas ainda está pela metade. — Respondeu simplesmente enquanto tentava pegar outra aquarela, tendo um pouco de dificuldade pelo peso que vinha de seu abdômen. — Pretendo terminá-lo antes que sua filha nasça.
O homem riu e olhou diretamente para sua barriga enorme. Estava com 39 semanas exatas de gestação e mal podia aguentar o peso que carregava, mas o que te confortava era saber que a qualquer momento a neném de vocês viria ao mundo. Taeyong ficava completamente encantado, se já te achava linda antes, agora, grávida da filha dele, não conseguia simplesmente achar adjetivos que definissem como estava maravilhosa. E cenas como essa, você com um dos seus marcacões de moletom que começou a usar na gravidez, o rosto sujo de tinta e a luz da tarde ilumindo seu rosto, só contribuiam para que ele se apaixonasse por você outra vez, várias e várias vezes.
— E como está minha garotinha? — Se agachou a sua frente e deixou a mão descansar sobre sua barriga, um toque terno enquanto tentava sentir algum movimento vindo lá de dentro. O olhar do Lee era sempre tão carinhoso em sua direção que te deixava boba.
— Dando bastante trabalho. — Se apoiou no encosto da cadeira estofada, a voz com um pingo de cansaço — Está mais pesada do que nunca, não para de se mexer e está deixando minhas costas doloridas.
Ouviu o que pareceu ser uma risada soprada e arqueou uma das sobrancelhas.
— Você deveria ir descansar, seus pés estão parecendo pãezinhos de tão inchados. — Brincou lhe causando um riso nasal enquanto começava a organizar as coisas para fazer o que ele disse. — Deixe isso ai, eu arrumo. Vá tomar banho.
— Sempre tão prestativo, por isso engravidei de você. — Sorriu antes de deixar um beijinho nos lábios dele, se levantando com uma mão na base da coluna e a outra no topo da barriga. Taeyong logo te ajudou a ir até o corredor. — Sei andar sozinha, Tae. — Disse brincalhona.
— Claro que sabe, amor. Mas tenho medo que seus pés explodam se colocar muito peso neles. — Assim que chegaram na porta do banheiro de vocês, ele abriu a porta e sorriu — Não demore, eu já venho.
— Ok.
•••
Assistiu Taeyong abrir a porta do guarda-roupa e mexer em algumas coisas lá dentro. Estava deitada na grande cama de casal com dois travesseiros abaixo de sua cabeça. Sentiu vontade de rir quando percebeu que mesmo assim ainda não conseguia enxergar seus pés e nem nada que estivesse abaixo da sua virilha. Viu seu namorado voltar para perto de você com um vidro de creme em mãos e se sentar ao seu lado.
— Tenho que passar creme nessa barriguinha. — Ele disse enquanto abria seu roupão de banho. — Hoje é dia de conversar com essa pequenina aqui.
— Mas você fala com ela todos os dias. — Riu junto com ele, que deu de ombros concordando. Taeyong despejou um pouco do creme em suas mãos e começou a espalhar por toda circunferência de sua barriga. — Quem sabe ela fica quietinha se você conversar com ela.
— Ah, eu queria que ela mexesse. — Um bico se formou nos lábios do homem e você não pode evitar de achá-lo adorável. O Lee continuou passando as mãos pela pele dura e esticada quando aproximou o rosto e para sentir o perfume do creme.
— Porque não é em você que ela dança, 'né?!
— Minha linda, ela está apenas imitando o pai dela. Aposto que vai ser uma grande dançarina quando crescer. Não é, neném?
Você revirou os olhos.
— Filha, conta pro papai — Ele começou dizendo — Você vai parecer mais comigo ou com a mamãe quando estiver maior? Tomara que se pareça comigo.
— E por que ela não pode se parecer comigo? — Indagou rindo.
— Está doida? Imagina se ela fica bonita como você, com esse cabelo e esse rostinho? Vou passar por muita dor de cabeça. — Explicou gesticulando com as mãos antes de voltar a falar com sua barriga — Se bem que ela vai ser tão linda se vier igualzinha a você, vão ser as mulheres da minha vida.
— Eu queria que ela tivesse os seus olhos. — Você diz colocando uma das mãos ao lado da dele. — Filha, você vai vir igual ao papai, ou igual a mamãe?
Vocês dois ficaram uns segundos em silêncio, esperando alguma resposta da garotinha dentro de você. E então, como se ela realmente entendesse alguma coisa, ela chutou sua mão. Taeyong abriu um sorriso de orelha a orelha.
— Ah, eu vou sofrer pelo resto da minha vida — Choramingou fazendo drama — Em compensação, você vai ser a menina mais linda e perfeita desse mundo. — Ele deixou um beijinho sobre sua mão, já que era, aparentemente, onde a bebê estava.
Ele pegou mais um pouco de creme para espalhar em você antes de voltar a dizer:
— Mas sabe, filha, você já está ai a muito tempo, 'né? Acho que já está na hora de sair do forninho. — Voltou a passar as mãos na barriga — Sua mãe já está ficando cansada e com dor, acho que você já está grande demais para continuar na barriga da mamãe. E ficando sem espaço para dançar ai dentro. E o papai não vê a hora de ver o rostinho da minha princesinha, de pegar você no colo e sentir o seu cheirinho também. Você precisar sair daí logo para dançar com o papai aqui, e não dentro da sua mãe.
Enquanto ouvia tudo que ele dizia atentamente, você nem percebeu quando seus olhos ficaram aguados. Um sorriso espontâneo decorava o seu rosto com todo aquele amor que Taeyong transmitia e com o carinho que já tinha mesmo antes da bebê nascer. Quando descobriu sua gravidez, a nove meses atrás, não tinha dúvidas de que Lee Taeyong adoraria a notícia, e olhando para a cena que presenciava agora, não conseguia ter mais certeza disso.
— Meu amor, você está chorando? — Foi tirada de seus pensamentos com a voz macia de seu homem. Então notou que as lágrimas já estavam rolando pelas suas bochechas inchadas.
— Argh, são essas drogas desses hormônios. — Resmungou passando a mão pelo rosto. — Estou bem.
Taeyong fechou o vidro que estava sobre o cama e o deixou no móvel ao lado de vocês. O Lee se ajeitou deitando sobre seu busto, tomando cuidado para não deixar o peso em seus seios sensíveis e lotados de leite materno. Ele tornou a colocar as mãos em sua barriga enquanto falava com a voz mais baixa, você fazendo carinho nos cabelos rosa dele.
— Eu fico pensando, em qual o momento isso aconteceu. As vezes eu não sei como isso pode acontecer de uma para outra.
— Você quer mesmo que eu te diga como isso aconteceu? — Ele podia apostar que você estava com as sobrancelhas arqueadas agora e riu com esse pensamento.
— Claro que eu sei como você engravidou. Aliás, fui em quem colocou nossa neném em você. — Revirou os olhos quando ele riu outra vez. — Quero dizer que não sei como as coisas podem ser assim. A um ano atrás nós nem morávamos juntos ainda. As vezes, quando eu estou na sala de prática com o restante dos garotos, eu fico me perguntando: será que eu serei um bom pai?
— Tae, sinceramente, eu nem sei como você chega nesse questionamento. Você já tem um instinto de cuidar e zelar pelos outros, seja comigo, com os meninos do grupo ou com qualquer pessoa que você tenha o mínimo de carinho. Não consigo imaginar como seria diferente com nossa filha. Tenho certeza absoluta que você será o melhor pai do mundo para ela, vai amá-la incondicionalmente e fazer com que ela sinta orgulho de ser sua filha todos os dias.
— Eu te amo — ouviu ele dizer com a voz embargada enquanto se levantava para te beijar carinhosamente, as mãos agora em rosto. Assim que descolou os lábios do seus, ele ficou com o rosto ainda próximo, os narizes se tocando e olhos fechados. — Ah, e falando nos meninos, acabei de lembrar de uma coisa.
— O quê?
— Eles pediram para você ir até lá vê-los qualquer dia desses. Estão com saudades de você e querem te ver grávida antes que ela nasça. Palavras deles.
— Posso ir lá amanhã, se não tiver algum problema.
— Claro, problema nenhum. — Te beijou outra vez antes de você o empurrar repentinamente. — Yah, o que foi?
— Preciso fazer xixi. — Você foi até o banheiro o mais rápido que sua barriga permitia antes que fizesse tudo nas calças, deixando um Taeyong rindo na cama.
•••
Passaram pela porta da sala de prática da SMTOWN e logo uma explosão de comprimentos recebeu vocês. Taeyong estava segurando suas bolsas nas mãos, já que segundo ele, era melhor estar sempre prevenido e nunca se sabe quando você pode começar a entrar em trabalho de parto. Você estava vestindo um dos vestidos longos de alcinha e tecido leve que tinha ganhado ao longo da gravidez e estava com os cabelos soltos ao redor do rosto. Ouviu uma série de elogios do pai de sua filha antes de saírem de casa.
— Até que enfim você veio nos visitar. — Doyoung se aproximou de você e te deu um abraço. — A gente queria mesmo te ver antes da minha afilhada nascer.
— Yah, parece que você engoliu uma melancia — Ouviu Donghyuck dizer e semicerrou os olhos na direção dele enquanto abraçava o outro.
— Muito engraçado, Haechan. — Ironizou para ele.
Terminou de cumprimentar o restante dos meninos e agradeceu aos elogios de todos eles. Mesmo que tenha tido a oportunidade de conhecer os 23 garotos do grupo, com certeza tinha mais afinidade com os membros do Nct 127. Talvez por ser a unit que seu namorado fazia parte, não sabia ao certo, mas os considerava seus amigos também. Nunca se esquecia de como foi quando eles ficaram sabendo da gravidez, até hoje eles discutiam sobre quem seria o padrinho da bebê. Como estavam fazendo agora.
— Pare de chamá-la de afilhada, já sabemos que sou em quem vou ser o padrinho dela — Ouviu Taeil dizer em frente ao espelho da sala, o que causou um alvoroço com o restante dos membros — Sou o mais velho, tenho mais autonomia para cuidar de uma criança.
— Como assim? EU vou ser o padrinho dela, desencana disso ai — Foi a vez de Jaehyun dizer — Eu quem apresentou os dois, portanto, nada disso aconteceria se não fosse por mim.
— Mas eu sou o melhor amigo do pai. — Doyoung retrucou.
— E eu o melhor amigo da mãe. — Yuta cruzou os braços.
— Essa é claramente uma função para mim, quem vai conversar em inglês com essa criança? — Mark pergunta.
— Eu vou! — Johnny e Jaehyun dizem ao mesmo tempo.
— Mas eu fiquei sabendo da gravidez primeiro. — Jungwoo argumentou.
— Ah, parem com isso, ela nem saiu de dentro de mim ainda. — Você interrompeu a discussão, colocou a mão na coluna e fez uma careta. — Preciso sentar em algum lugar antes que a sobrinha de vocês me mate de escoliose.
— Vem cá, amor, senta aqui. — Taeyong te guiou até um dos sofás que havia ali, te colocando sentada confortável. Você soltou um suspiro de alívio quando encostou as costas no assento, mesmo que o desconforto não tenha passado.
— Você já sentou, como podemos notar — Haechan disse fazendo todos na sala rirem e você lhe lançar um gesto nada amigável com a mão. — Nossa, mas 'pra que isso.
O ignorando, você começou a acariciar sua barriga enquanto eles se distraiam com algum assunto que não prestou atenção em qual era, sentindo um incômodo no começo do abdômen. Antes que pudesse se questionar o que estava acontecendo, viu o Nakamoto se sentando ao seu lado.
— Como está? — Ele falou mais baixo, apoiando o rosto na mão. — Ansiosa com a chegada dela?
— Muito, na verdade. — Admitiu. Como ele mesmo já tinha dito anteriormente, Yuta realmente era seu melhor amigo entre todos. Mesmo que tivesse sido Jungwoo a ficar sabendo da gravidez antes de todos, foi o japonês quem te deu coragem a contar para o pai da criança. — Não vejo a hora dela sair daqui de dentro. Mesmo que eu ache que vou sentir falta da gravidez.
— Mas nada vai se comparar a conhecer finalmente a nova integrante da neo city. — Ele sorriu. — Estou muito feliz por você e pelo Taeyong. Certeza que vão ser pais incríveis para ela.
— Obrigada, Nayu. — Sorriu também, mas logo seu rosto foi tomado por uma expressão de dor. — Ah, merda.
— Hm? O que foi? — Yuta perguntou vendo você começar a ofegar.
Sentiu uma pontada de dor se alastrar desde seu ventre até suas costas, uma dor muito mais insuportável do que as que estava acostumada. Sentiu algumas cólicas durante a madrugada mas preferiu ignorar e não perturbar Taeyong com isso, mesmo que ele não se importasse nenhum pouco em te amparar durante a noite. Mas agora estava ficando impossível aguentar, ao ponto de você contorcer todos os músculos do seu corpo com a dor.
— Linda? O que foi? Está passando mal? — Taeyong correu até você quando ouviu seu gemido de dor, vendo que estava apertando os olhos e o estofado do sofá entre os dedos. Ele pegou sua mão a sentindo gelada, os meninos começando a olharem preocupados para você. — Amor, fala comigo.
— Lee Taeyong a sua filha está me dando muito trabalho. — Você gemeu outra vez, a dor ficando mais forte.
— Ok, fica calmo. — Ele sussurrou para si mesmo, um pouco perdido nos acontecimentos. O que ele tinha que fazer mesmo?
— Fica calmo o caralho. Eu te amo muito mas quero te esganar agora mesmo por ter me engravidado. — Colocou ambas as mãos na barriga enquanto os outros, menos Taeyong, riram pelo o que você tinha dito.
Até que, no meio de vários xingamentos e gemidos altos de dor, você sentiu algo escorrer entre suas pernas e molharem o sofá da sala de prática. No mesmo momento, direcionou seu olhar para Taeyong, que arregalou os olhos quando o líquido começou a pingar no chão.
— A bolsa estorou. — Você murmurou ainda estática.
— AH, MEU DEUS! A bolsa estorou! — Taeyong gritou exasperado e em pânico.
— Ah, meu Deus, o meu sofá!
100 notes · View notes