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#A Medicina do Povo
edsonjnovaes · 1 year
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Revista Manchete e Curandeiros Potiguares
A Revista Manchete era publicada semanalmente e distribuída quase todo o Brasil. Além disso, trazia reportagens especiais sobre vários acontecimentos nacionais e internacional. No ano de 1982, eles criaram uma reportagem para falar dos curandeiros que aprenderam ler pelo programa Mobral e participaram do encontro da instituição que tinha o objetivo reunir a tradição. O repórter foi o potiguar…
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idollete · 1 month
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oii amg, tudo bem? lembrei aqui quando alguém falou sobre o mati com a trope grumpy x sunshine e você completou com ele e leitora estando na faculdade, pois bem parei pra pensar qual curso cada um do elenco faria e qual profissão eles teriam no futuro se não fossem atores.. meio bobinho talvez mas sou estudante de cursinho e adoro saber/fico curiosa pra qual curso cada um quer ou combina mais kakakakaka
no elenco, pra mim enzo é da área de humanas, só não sei que curso exatamente.. esteban e fernando pra mim são colegas de sala e estudam medicina (tenho pra mim que eles ficariam lindos de jaleco e estetoscópio) enfim, o que você pensa sobre? vou deixar essa foto do blas aqui pq ele ta com uma vibe muito universitário pra mim!! (mas não sei qual curso ele faria tbm, talvez alguma coisa na área de T.I..?)
beijoss e obrigado!! (ai o blas ta tão lindo aqui😮‍💨)
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oiii, neném!!! tudo ótimo, e contigo? 💌
o blas é taaaaaaaaaaão aquele menino fofinho e educado que você pega matéria no semestre e fica meio obcecada por ele 💭😣 e, NOSSA VOCÊ FOI LUZ, AMIGA!!!!! ele tem uma vibe de total universitário, principalmente nessa foto. consigo imaginar o blas tanto em T.I. quanto em contábeis/adm, porque ele tem uma carinha de quem é filhinho de papai e tá fazendo faculdade só pra assumir os negócios da família skshaksbsj
also você tocou num ponto muito sensível que é fernando contigiani as med student............eu TREMO na base de pensar nesse homem desse jeito. pra mim combina suuuuuper com ele!!!! e eu adorei como você colocou ele e o kuku de colegas de sala, confesso que nunca tinha pensado no esteban como estudante de med, mas até que combina, sim. ele parece aqueles menino que vieram de algum interior pra estudar em uma federal da capital e são super doces e simpáticos com todo mundo, provavelmente é o xodó dos professores e é a aposta da turma de quem vai ser o melhor profissional de todos ali. agora eu também consigo vê-lo como estudante de jornalismo! penso que combina, ele tem uma carinha do repórter bonitinho do jornal que você até presta mais atenção nas notícias que ele fala
o enzo é 300% de humanas! cursa sociologia, com certeza. e na federal, viu? outro que é de humanas também é o simón, mas cursa história
jerónimo faz medicina na mackenzie. periodt.
o pipe entrou na faculdade de direito por pura pressão da família, porque o sonho dele é fazer fotografia ou cinema
pode ser controverso, mas eu imagino o fran em um curso da área de saúde, terapia ocupacional pra ser mais específica, porque ele me remete muito ao cuidado e acho que combinaria. no futuro, provavelmente trabalha com crianças e usa crocs cheia de enfeite de desenho
agus lain: faz economia na particular e vai assumir a empresa do pai no futuro
agustín pardella: obviamente faz faculdade de música e no primeiro semestre começa a dar aula de violão pelo campus
agustín della corte: não lembro quem foi a diva que falou isso aqui, mas ele passa uma vibe BEEEEEEM agroboy, então, ou faz med vet ou zootecnia pra cuidar dos animais da fazenda do paí ou faz agronomia. e participa daqueles rolês que o povo fica cantando uns sertanejos brabos no meio do mato enquanto se entopem de cerveja
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astcrixs · 4 months
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I. INTRODUÇÃO
XOLO MARIDUEÑA? Não! É apenas ASTERIOS, ele é filho de ESCULÁPIO do chalé VINTE E SETE e tem VINTE E UM ANOS IDADE DESCONHECIDA. A TV Hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há CINCO ANOS, sabia? E se lá estiver certo, RIO é bastante CARISMÁTICO mas também dizem que ele é CABEÇA-DURA. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
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II. RESUMO
Asterios nasceu na Grécia antiga, em Atenas, na época em que a cidade-estado grega, juntamente com Esparta, era um dos polos, dada como uma das mais poderosas dentre as civilizações. Ele não conheceu sua mãe, tendo crescido sob a tutela de um filósofo charlatão, devoto de Asclépio, na periferia até seus oito anos, quando foi alistado no exército ateniense. Por sua mente extraordinária e seu cuidado com seus aliados, ele acabou por chamar a atenção de uma filha de Zeus, que o convidou à sua companhia e, aos quinze, tornou-se estratego do batalhão de semideuses que ela coordenava.
No ano seguinte em que foi instituído no cargo, uma missão foi dada ao batalhão pelo próprio rei dos deuses, à sua filha, mais especificamente. A missão era de resgate de seu meio-irmão, outro filho de Zeus, capturado por soldados persas devido à guerra que acontecia entre os povos. Haviam recebido um mapa de Hermes para essa missão, no entanto, acreditando que não seriam capazes de interceptar as tropas inimigas antes de chegarem em território persa, Asterios optou por um atalho. Atalho o qual custou a vida de seus companheiros nas garras da Quimera, assim como sua própria dignidade, manchada mental e fisicamente por Zeus com uma maldição.
Com seu psicológico destruído, o jovem ateniense se voltou à bebida para acalmar seu coração, no entanto, o que encontrou foi uma taverna, Lótus, onde ficou aprisionado durante mais de 2500 anos. A taverna se mudou para o novo mundo junto com os deuses e se tornou o que hoje é conhecido como Hotel e Cassino Lótus. Não se sabe o motivo de Asclépio ter decidido tirar o filho de dentro do Cassino, mas o que se sabe é que também retirou dele suas memórias mais dolorosas, portanto, o que se lembra do passado são apenas fragmentos que aparecem em seus pesadelos.
III. HISTÓRIA COMPLETA
Alguns dizem que Asterios nasceu quando uma rainha grega chamou a atenção do Deus da Medicina, outros dizem que ele veio da união de uma Musa e Esculápio, mas a realidade é que pouco se sabe sobre o passado o rapaz, afinal, nem mesmo ele sabe a história completa. Tudo que se sabe é que Asterios é um sobrevivente e um ótimo comediante em horas vagas. Desde que se lembra esteve sob o zelo de Agapetus, um filósofo e médico charlatão, devoto de Asclépio, mas sua vida nunca foi fácil; era obrigado a usar sua mente criativa para tornar as palavras de Agapetus verdadeiras aos olhos daqueles que ele tentava enganar sugerindo poções, ervas mágicas e a cura para as febres e tosses.
Sua história começa realmente aos seis anos, nas terras atenienses, sendo perseguido por criaturas que o imaginário mortal não conseguiria produzir nem sequer em uma vida. As vestes rasgadas, o sangue e o suor se misturando em seu corpo infantil, fazendo arder as feridas abertas, o fôlego escapando por entre suas inspirações, e o terror invadindo seu coração, em pânico, enquanto corria, vez ou outra olhando para trás, para aqueles olhos brilhantes, dourados, em meio à escuridão, cada vez mais próximos. Mesmo que a força já lhe deixasse os músculos, o ar ficasse cada vez mais difícil de se respirar e sua consciência já piscasse, não desistiu. Quando já não havia mais esperança em sua mente, um brilho de luz fez acender a área ao seu redor, o grito monstruoso atrás de si sumindo tão rápido quando surgiu. Esse foi seu primeiro encontro com seu pai, que até então julgava ser apenas o Deus que serviam.
Sob as orientações de seu pai, seguiu trabalhando com Agapetus, aos poucos guiando o homem no verdadeiro caminho da medicina. Sugeria livros e revisões, explicava as ervas medicinais, mostrava misturas que um dia se tornariam medicamentos... Isso durou pouco, entretanto. Tempos de guerra eram famosos por tirar a vida de pessoas que menos as desejavam. Aos oito anos, foi alistado no exército de Atenas, treinando sob a tutela de Lysander, um homem grisalho, rígido, conhecido como veterano de diversas batalhas, mas ferido em guerra e promovido a instrutor para poder repassar seus ensinamentos. Por dois anos treinou sob as asas dele, cada dia um treinamento mais infernal que o último; por suas conexões a Esparta por parte de sua família, o homem não era nem um pouco misericordioso. Isso teria feito de Asterios apenas mais um soldado a cegamente seguir a doutrina do exército, no entanto, ao mesmo tempo que Lysander os condenava ao Hades diariamente, à noite, suas lições eram com Irene, uma devota da deusa da sabedoria que dava nome à cidade-estado, que ensinou a ele estratégia, mas, acima de tudo, modéstia e compaixão.
Os anos de serviço serviram para moldar o caráter de Asterios na pessoa que viria a ser, mas o que realmente selou seu destino foram suas primeiras missões com o batalhão da retaguarda, onde trabalhou incessantemente para guiar seus colegas nas artes da medicina, para poderem assim ajudar os soldados caídos durante as batalhas travadas. Por mais cinco anos serviu nesse batalhão, resgatando os guerreiros mais imponentes que se feriam, fazendo o nome do grupo, que viria a ser conhecido como paraïatrikós (παραϊατρικός), ou paramédicos; termo o qual se perderia na tradução anos depois e voltaria a se tornar importante apenas no futuro. Sua devoção à prática e sua mente estratégica e criativa foram o que culminaram o interesse de Ambrose, filha de Zeus, uma comandante de uma companhia especial do exército ateniense, responsável pelo maior número de vitórias. O convite veio quase como uma ordem de seus superiores para sua realocação imediata à posição de estratego, uma posição de bastante importância, no regime de Ambrose, mas isso viria a se tornar verdadeiramente um caos.
Pelo ano que se sucedeu, guiou habilmente o esquadrão sob comando da filha de Zeus, sempre acertando em suas predições, assim como prestando primeiros-socorros em soldados durante as batalhas. Devido ao sucesso, a glória recebida por Ambrose chegou aos ouvidos de seu pai olimpiano, que a concedeu uma missão direta sob a promessa de eterna glória. A missão era de resgate de um semideus aprisionado, um filho de Zeus como ela, nascido em terras gregas aliadas, mas não em Atenas; Asterios advertiu sobre os perigos que uma missão como aquelas podia oferecer, mas a comandante havia sucumbido ao orgulho típico das proles dos Três Grandes. Sob cobrança de um favor, que Rio nunca viria a descobrir qual fora, o Deus dos Mensageiros, Hermes, forneceu a eles um mapa detalhado, capaz de localizar seus objetivos. Com esse mapa, o filho de Asclépio traçou a rota que deveriam seguir, porém, em seus cálculos - realizados dezenas de vezes -, se fossem seguir pelo caminho convencional, mesmo em marcha constante e com as capacidades sobre-humanas de semideuses, ainda lhes faltaria tempo para alcançarem o grupo de persas antes de chegarem em terras desconhecidas.
Seu maior erro não foi relatar o achado ao comando, seu pecado foi a ganância, afinal, também havia crescido desejando pela glória divina, como qualquer outro grego, e em seu sangue também corria o líquor etéreo dos deuses. Sugeriu uma rota diferente. Por um atalho em meio às montanhas, com anotações que ignoraria do próprio Hermes, advertindo a cautela, guiou o grupo; e a queda das alturas foi mais dolorida. Perdeu seu grupo inteiro para a Quimera que os aguardava em emboscada, incapaz de fazer qualquer coisa senão observar a cena à sua frente e fugir em derrota sob as últimas ordens de sua comandante. Essa fuga, entretanto, não foi vista com bons olhos por Zeus, que enxergou apenas o abandono de sua prole, o fracasso da missão e o erro do filho do Deus da Medicina, amaldiçoando-o em punição por seus crimes.
Punido, mas ainda vazio e incapaz de encontrar o próprio perdão, Asterios tentou curar a mente desolada e o coração pesado com bebidas fortes, acabando por cair nas garras de uma nova armadilha sob o nome de Taverna Lótus. Eras se passaram, o estabelecimento deixou o solo grego para criar raízes no americano juntamente com a polarização, tornando-se o Hotel e Cassino Lótus, porém, Rio continuava lá, perdido. Talvez por pena, ou talvez seu pai só tivesse lembrado que tinha um filho na época, mas foi por obra de Asclépio que o garoto deixou o local. Sua memória roubada de si, fosse por pena ou por graça divina, chegou aos portões do Acampamento Meio-Sangue no final de Julho de 2018. Em seu corpo, a armadura ateniense, em sua mente, apenas seu nome e o de seu pai.
IV. PODER
Restauração: O poder de estabelecer um padrão sobre algo ou alguém, concedendo a esse a habilidade de retomar seu estado original assim que uma alteração ocorra. Diferente da cura, a restauração não permite dar fim a ferimentos que já ocorreram, apenas àqueles que ainda irão ser infligidos sobre o alvo.
V. HABILIDADES
Fator de cura acima do normal & durabilidade sobre-humana.
VI. ARMA
O primeiro anel, que enfeita seu dedo médio esquerdo, foi presente de seu pai durante suas missões com o batalhão de retaguarda no exército ateniense, por guiá-los no caminho do que viria a se tornar a medicina tradicional. Ao pressioná-lo com punho cerrado, ele se transforma num escudo de bronze celestial adornado em prata, bastante reflexivo, nomeado Egó, ou "eu", quando traduzido e, de forma literal, ataques realizados contra o escudo espelhado mágico são retribuídos a quem os aplicou, como um reflexo de si próprio.
O segundo anel, que enfeita seu dedo médio direito, foi recebido por seus próprios méritos no Acampamento, quando se tornou Conselheiro do Chalé de Asclépio. Ao pressioná-lo com punho cerrado, ele se transforma numa espada de bronze celestial com detalhes e fio em ouro imperial, bastante pesada, nomeada Excalibur, como a da mitologia inglesa.
VII. MALDIÇÃO
A marca que envolve seu braço esquerdo com raios negros é a prova de seu pecado, assim como arauto de sua punição. A Maldição do Sacrifício, cujo nome está impregnado em sua mente como uma advertência divina, incapaz de ser apagado por qualquer ser ou divindade sob ordens de Zeus, reflete sua fraqueza. A dor proveniente de cortes, queimaduras, venenos ou qualquer outra fonte, restaurada pelos poderes do semideus será eternamente sua punição; e quando o alvo de seus poderes for ele próprio, o que seria a dor de uma farpa que seja, se torna uma estaca cravada diretamente em seu coração, multiplicando-a pelo dobro do usual.
VIII. CARGOS
Instrutor de Arco e Flecha.
Membro da Equipe de Curandeiros.
Conselheiro do Chalé de Asclépio.
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rainhafrozen · 7 months
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𝙝𝙖𝙡𝙛 𝙖𝙜𝙤𝙣𝙮 ; 𝙝𝙖𝙡𝙛 𝙝𝙤𝙥𝙚 .
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𝐡𝐞𝐚𝐝𝐜𝐚𝐧𝐨𝐧𝐬.:
é formada em medicina com especialização em pediatria;
tem um talento secreto para a música. ela toca piano e muitas vezes se refugia na sala de música do castelo para expressar suas emoções através das teclas.
aprendeu com sua avó os segredos das ervas e poções ━ ela tem uma pequena horta onde cultiva plantas medicinais e muitas vezes auxilia na preparação de remédios para os doentes do reino.
a pressão constante de governar e proteger seu país pode levar emilia a momentos de estresse intenso, afetando sua saúde física e emocional.
nome completo: emilia agnheiður inarssdóttir
apelido(s): ems, lia.
significado do nome: "aquela que rivaliza" ou "a que se esforça".
idade: vinte e três anos.
data de nascimento:  25 de novembro.
local de nascimento: reykjavik, islândia.
gênero: cisgênero feminino.
pronomes: ela + dela.
orientação sexual: demisexual.
orientação romântica: panromantica.
religião: agnóstica.
ocupação: rainha da islândia.
nível de educação: formada em medicina.
status financeiro: ryca, muito ryca.
línguas que fala: islandês, inglês, espanhol, francês, português (br), italiano e alemão.
APARÊNCIA FÍSICA.
faceclaim: florence pugh.
cor do cabelo: loiros e longos, lisos até a cintura.
cor dos olhos: azuis
visão: tem astigmatismo, mas utiliza lentes corretivas.
tatuagens: nenhuma.
piercings:  nenhum.
estilo de roupa: a rainha opta por conjuntos mais simplificados, como ternos bem cortados ou cardigãs, demonstrando uma abordagem prática e funcional em seu vestuário diário.
características diferenciadoras: as características diferenciadoras de Emilia, a Rainha, são o seu carisma magnético, a sua compaixão genuína e a sua inteligência aguçada. Ela possui a habilidade de cativar a atenção das pessoas ao seu redor com sua presença calorosa e autenticidade. Além disso, a sua capacidade de se conectar em um nível humano profundo a torna uma líder respeitada e amada por seu povo ━ sua capacidade de empatia, sua visão de futuro e seu compromisso com o bem-estar de seu povo são características que a destacam como uma líder notável e inspiradora. Esses atributos a tornam uma figura verdadeiramente diferenciada no cenário político e social de seu reino.
perfume característico: baunilha de madagascar, emanando uma doçura envolvente e calorosa.
SAÚDE MENTAL E FÍSICA:
transtornos mentais: síndrome do pânico, síndrome do estresse pós traumático, transtorno de ansiedade generalizada, depressão.
deficiências físicas: nenhuma, mas possuí astigmatismo.
alergias:
hábitos noturnos: dorme cedo, mas gosta de ler antes de dormir.
hábitos alimentares: provável que a rainha siga uma dieta equilibrada, incluindo uma variedade de alimentos dos diferentes grupos alimentares, como frutas, vegetais, proteínas, grãos e laticínios.
sociabilidade: tímida, não possuí muitos amigos.
relacionamentos amorosos: teve apenas um namorado durante sua vida.
temperatura corporal: normalmente baixa.
vícios: remédios contra ansiedade.
uso de drogas ou álcool: nenhum.
PERSONALIDADE & PREFERÊNCIAS.
label: lady lazarus.
pontos positivos: empatia e compaixão, sabedoria e discernimento, determinação e resiliência, integridade e ética Inteligência estratégica
pontos negativos:
gostos: aprecia obras de arte e música clássica, valoriza momentos de introspecção e meditação, gosta de caminhar nos jardins do palácio, desfruta de conversas intelectuais e debates construtivos, tem uma predileção por pratos da culinária local e saudável
desgosta: o tio, não aprecia atitudes desonestas ou traiçoeiras, não é fã de ambientes excessivamente agitados ou tumultuados.
medos: receia não ser capaz de proteger seu reino e seu povo, teme a possibilidade de traição de pessoas próximas, preocupa-se com o impacto de suas decisões no futuro do reino, receia não estar à altura das expectativas de liderança.
habitos: roer as unhas, mantém uma rotina de leitura diária para se manter atualizada.
objetivos e ambições: seu principal objetivo é provar que o tio é o verdadeiro assassino do pai ━ deseja ser lembrada como uma líder justa e visionária, que deixou um legado duradouro para seu reino.
signo: sagitário.
tipo de personalidade: infp, o mediador.
alinhamento moral: neutral good.
elemento: ar.
casa de hogwarts: corvinal.
vício principal: rancor.
virtude primária: compaixão.
clima preferido: clima temperado e ameno.
cor favorita: azul profundo e sereno
filme favorito: "O Jardim Secreto". Ela aprecia a mensagem de renovação e transformação que o filme transmite, além da beleza das paisagens e da trilha sonora encantadora
música favorita: love will tear us apart, mas o cover de susanna and the magical orchestra
livro favorito: as crônicas de gelo e fogo, sim, ela gosta de sofrer.
anime/manga favorito: evangelion, eu quero comer seu pancreas, your name.
esporte favorito: futebol.
bebida favorita: licor de rosas, uma bebida delicada e perfumada, feita a partir de pétalas de rosas selecionadas à mão.
comida favorita: predileção por pratos de inspiração mediterrânea, especialmente um risoto de limão e manjericão com frutos do mar frescos.
animal favorito: tem uma afeição especial por cisnes, admirando a graciosidade e a elegância dessas criaturas.
estação favorita: outono é a estação que mais encanta emilia ━ ela aprecia a melancolia suave que permeia o ar, assim como a explosão de cores quentes que pintam as folhas das árvores. Além disso, é uma época que traz uma certa serenidade ao seu reino.
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sharmingman · 1 year
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Acolhemos orgulhosamente ARCHIBALD AJAY SHARMA em nosso corpo docente! Ele é um LICANTROPO que leciona na Casa APOLLO aos 33 anos. Ele pode passar a impressão de ser SOLÍCITO e SEVERO, e talvez você o confunda com o padrão RAYMOND ABLACK, mas garantimos que é apenas uma coincidência.
s t o r y .
Acredita-se que o clã Sharma é o mais antigo dos grupos de lobisomens do sul asiático, destacando-se por verem a licantropia como algo divino. Desde sempre convivem com padrões, que, antigamente, acreditavam que os lobos eram deuses e faziam até mesmo sacrifícios na lua cheia para agradá-los. Com o passar dos séculos, os costumes foram mudando, mas nunca abandonaram aquela filosofia: não havia nada de errado com os Sharma, e nem haveria se continuassem abraçando quem verdadeiramente eram. 
Archibald, o caçula de três filhos, nasceu na primeira geração americana da família, que decidiu imigrar para os Estados Unidos a fim de estender sua crença aos licantropos do continente. Instalaram-se perto de Boston, em um grande terreno transformado em uma vila própria para acolher qualquer licantropo que desejasse se juntar a alcateia, e fundaram o Downward Dog Spa tanto para obterem renda quanto para oferecerem serviços relaxantes ao seus. Muitos dos membros do clã passaram a focar suas carreiras na área da saúde a fim de contribuir com o negócio da família, e Archibald não foi diferente. Assim que formou-se em Nevermore, buscou educação em universidades padrões para conquistar um diploma em Medicina Veterinária e seguir até o doutorado com sua pesquisa voltada aos lobos. Em segredo dos padrões, claro, especializou-se cada vez mais em licantropia. 
Aos trinta anos, Archibald era um grande nome na veterinária e zoologia norte americana, fazia pós doutorado e dava aulas em Harvard, tornou-se uma celebridade dentro da academia. Por outro lado, sentia-se insuficiente, inútil para seu povo. Foi quando decidiu enviar um currículo para a escola que havia o formado: Nevermore. Não pensava que seria aceito, tanto por estar distante de ensino de excluídos quanto por incluir algumas exigências na sua aplicação, só mudaria de emprego caso fosse livre para ensinar a filosofia Sharma da licantropia e pudesse continuar suas pesquisas, desta vez sem segredo da instituição. Para a sua surpresa, Larissa Weems o recebeu de braços abertos, e Archibald mudou-se para Jericho.
i n f o .
MBTI: ISFJ-T.
Alinhamento: Neutro.
Astros: Sol em Virgem, Ascendente em Touro, Vênus em Touro e Marte em Capricórnio.
Qualidades: Solícito, leal, altruísta, inteligente, sensível, esforçado.
Defeitos: Teimoso, parcial, severo, introvertido, arrogante, sobrecarregado.
Licantropia: Archibald, como todos em seu clã, considera a licantropia uma bênção dos deuses e tenta incorporar essa visão quando ensina seus alunos sobre os lobos, desmistificando a ideia de que seria uma maldição. Também tem uma preferência clara pelos alunos da mesma espécie, e cuida de todos durante a lua cheia, para que tenham uma experiência menos desconfortável, dentro do possível. 
Dom: Transformação controlada. Os Sharma, possivelmente por conta de sua antiga ligação sagrada com a licantropia, são capazes de controlar sua transformação. Tanto na lua cheia quanto fora dela, Archibald pode escolher transformar-se completamente em lobo ou apenas parte dele, como as garras, os dentes ou até mesmo o nariz para farejar algo. 
Disciplinas: Vampirismo e Licantropia, Bioquímica, Medicina Criptozooa, Medicina Veterinária e Criptozoologia.
Inspirações: Carlisle Cullen, Severus Snape, Derek Hale, The 12th Doctor, River Song, Annalise Keating, Jeff Winger.
t r i v i a .
Archibald tem dois irmãos mais velhos, Robert Ranjan e Nathaniel Navin, sendo o primeiro o “alfa” da alcateia. Ele, no entanto, não acredita que seja um termo válido cientificamente e se recusa a se referir ao irmão dessa forma.
Para se manter em forma (e calmo), faz aulas de yoga e muay thai.
w a n t e d .
Ezgi e Guadalupe, por qualquer motivo que seja, aceitaram dividir uma grande casa em Jericho com o colega de trabalho Archibald, que acredita ser incapaz de morar sozinho depois de passar a vida inteira com uma família tão grande. ( F/M/NB )
Muse C foi reprovado várias vezes por Archibald e guarda um grande rancor do professor, ajudando de bom grado para manter sua fama de carrasco. ( F/M/NB )
Sisi tem muita dificuldade em aceitar a licantropia, mas Archibald está determinado a convencê-lo de que não é algo ruim. ( F/M/NB )
Muse E pretende fazer seu projeto de pesquisa com Archibald como seu orientador, por isso age como o famoso aluno puxa-saco. ( F/M/NB )
Muse F já está sendo orientado por Archibald em seu projeto de pesquisa e tem uma relação bastante conflituosa com o professor, que costuma exigir demais dos alunos, especialmente orientados. ( F/M/NB )
Muse G é um vampiro que percebe como Archibald se esforça para esconder o desgosto que tem da espécie rival e adora provocá-lo para tentar arrancar uma resposta mais agressiva. ( F/M/NB )
Nerissa adora flertar com Archibald e se diverte testando os limites, já que ele nunca percebe a intenção por trás das palavras um pouco mais do que gentis. ( F/M/NB )
Muse I e Muse J já foram aprovados em algumas disciplinas que Archibald leciona e, em troca de uma bolsa oferecida pela instituição, passaram a trabalhar como monitores, ajudando-o a arrumar o laboratório, corrigir trabalhos e tirar dúvidas de alunos após as aulas. ( F/M/NB )
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fciryboy · 1 year
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Acolhemos orgulhosamente JAXON “NIMBUS” WALKER em nosso corpo estudantil! Ele é um ELFO matriculado na Casa ANDROMEDA aos 25 anos. Ele pode passar a impressão de ser POSITIVO e MANIPULÁVEL, e talvez você o confunda com o padrão WOLFGANG NOVOGRATZ, mas garantimos que é apenas uma coincidência.
s t o r y .
Galaxy era uma elfa alada que, como toda mãe de sua espécie, teve de entregar o filho para ser criado por uma família em terra firme. Sim, o mito dos changelings é real. Naquela noite, Galaxy sequestrou um bebê padrão e deixou seu recém nascido em seu lugar na maternidade, com apenas um sinal de quem verdadeiramente era: uma cicatriz mágica na palma de sua mão com o nome “Nimbus”.
Nimbus foi criado com o nome de Jaxon Walker, o único filho de um casal de figurões australianos, que o mimavam com tudo que uma criança poderia querer. No entanto, nem tudo era perfeito, desde pequeno os médicos notavam estranhos sinais em seus exames: possuía ossos mais porosos do que deveria (embora perfeitamente resistentes) e um coração cheio de problemas inexplicáveis pela medicina. Para manter-se vivo, Jaxon foi submetido a 16 cirurgias cardíacas antes mesmo de atingir a puberdade. Enquanto qualquer pai se afundaria em preocupações, os Walker tiveram outra ideia. Chamando Jaxon de um milagre, esconderam as cirurgias e fundaram uma empresa de marketing multinível de óleos essenciais, dizendo que era o que havia salvado a vida do filho. Na mesma época, decidiram juntar-se à cientologia.
Conforme o tempo passava, os Walker ficavam mais e mais ricos, enquanto Jaxon desenvolvia cada vez mais problemas psicológicos. Detestava mentir, por isso se convencia de que seus pais diziam a verdade e as memórias do hospital eram falsas. Ao mesmo tempo, sentia-se em uma eterna corrida contra a morte, afundava-se em hábitos supostamente saudáveis, como entupir-se de suplementos, fazer exercícios físicos obsessivamente, comer apenas o recomendado por seu nutricionista tirânico e, claro, usar os óleos essenciais.
Quando completou dezoito anos, sua vida mudou. Experienciava uma estranha dinâmica com o ar, especialmente quando corria, e sentia uma coceira intensa nas costas. Nenhum médico sabia explicar o que acontecia, até que, certo dia, um par de asas brotou de suas escápulas. Galaxy chegou bem a tempo, com sua intuição materna dizendo que era a hora, e se apresentou para Nimbus, o elfo alado. Aceitar a realidade não foi nada fácil, Jaxon passou meses em negação até que Galaxy o convenceu a contar aos Walker que iria viajar com amigos e migrar pelos céus com seu povo. Eventualmente, seguiu o conselho da mãe biológica e matriculou-se em Nevermore, fingindo que estudaria em Harvard, a fim de conhecer melhor o mundo dos excluídos que jamais imaginara existir.
i n f o .
MBTI: ESFJ-T.
Alinhamento: Leal e bom.
Astros: Sol em Peixes, Ascendente em Gêmeos, Vênus em Peixes e Marte em Libra.
Qualidades: Positivo, simpático, amigável, inteligente, esforçado.
Defeitos: Ansioso, manipulável, mimado, distraído.
Espécie: Jax é um elfo alado, uma subespécie também conhecida como fadas. Esses elfos são nômades do ar, por isso costumam desenvolver problemas cardíacos quando em terra firme. Aos dezoito anos desenvolveu um par de grandes asas retráteis translúcidas furta-cor e o dom da aerocinese, que o permite voar. Outra particularidade dos elfos alados é que os cérebros deles adormecem metade de cada vez por viverem voando, por isso Jaxon passa 12h por dia raciocinando também pela metade.
Extracurriculares: Clube de conservação de unicórnios, clube de apicultura, clube de xadrez e clube de quebra cabeças .
Inspirações: Chris Traeger, Annie Edison, Fred Jones, Winston Bishop, Schmidt (New Girl), Schneider (ODAAT)
t r i v i a .
Jax sonhava em ser astronauta quando pequeno, mas descobriu que nunca poderia se tornar um por conta de seus problemas de saúde, então decidiu tornar-se astrônomo.
w a n t e d .
Melancholia está ajudando Jaxon a se enturmar e entender melhor o mundo dos excluídos, já que ele acabou de entrar em Nevermore. ( F/M/NB )
Muse B e Muse C são funcionários que vivem em um prédio em Jericho que pertence a Jaxon. Ele ganhou um imóvel para alugar como presente dos pais, agora precisa resolver todos os problemas de seus inquilinos em relação à estrutura do lugar. ( F/M/NB )
Sisi conheceu Jaxon 9 anos atrás, quando ele fez um intercâmbio nos Estados Unidos em uma escola padrão e acabou sendo abrigado pela família de Muse D. ( F/M/NB )
Sadiye sentiu o cheiro do fantástico combo dinheiro + ingenuidade de Jaxon assim que ele apareceu no campus e decidiu tentar conquistá-lo para se aproveitar um pouco. ( F )
Muse F também sabe reconhecer um riquinho mimado em qualquer lugar e tem um profundo desprezo pelo tipo. Não importa o quanto Jaxon tente ser simpático, ele decidiu adotá-lo como inimigo. ( F/M/NB )
Abby teve uma conversa com Jaxon sobre as disciplinas de Nevermore e encontraram algo em comum: ele ama astronomia e Muse G astrologia. Os dois fizeram um pacto para trocar conhecimentos sobre os dois assuntos. ( F/M/NB )
Ezgi é uma professora que chamou a atenção de Jaxon, que costuma se interessar por mulheres mais velhas. Ela não está nem um pouco interessada, mas acha engraçado como ele tenta conquistá-la. ( F )
Muse I conhece as lendas sobre as fadas e entendeu imediatamente quem é Jaxon: um usurpador. Não confia nem um pouco nele, e pode inclusive conhecer uma família que foi vítima do rapto changeling. ( F/M/NB )
Muse J é colega de quarto de Jaxon, os dois estudam na Casa Andromeda e agora passarão alguns anos juntos. ( F/M/NB )
Tyler não conhece Jax, mas conhece os Walker porque foi vítima do esquema de pirâmide deles, comprou caixas e caixas de óleos essenciais para revender, desenvolveu alergia aos produtos de tanto usar e não conseguiu nenhum retorno financeiro. ( F/M/NB )
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p4zeequilibrio · 2 years
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O dia 29 DE SETEMBRO é um dia festivo muito especial para os cristão: é o dia dos arcanjos. É o dia de celebrar os três arcanjos mais importantes da história do catolicismo: São Miguel, São Gabriel e São Rafael. Eles fazem parte da alta hierarquia dos anjos, são os mensageiros principais de Deus. A palavra “Arcanjo” significa anjo principal e anjo mensageiro. Além de mensageiros, partilhando grandes novas ao mundo, os arcanjos são os protetores dos homens. ✨ Arcanjo Miguel ✨ Considerado o chefe dos anjos e o protetor do trono celeste e do seu povo, o Arcanjo Miguel derrotou o Diabo em combate, sendo visto como o padroeiro da Igreja Católica. Acredita-se que o Arcanjo Miguel é quem guarda os portões do paraíso e quem decide se uma alma entra ou não no céu. Encontram-se muitas igrejas dedicadas a ele na Alemanha, visto ter sido o padroeiro deste país. Miguel significa “quem como Deus”. ✨ Arcanjo Rafael ✨ Rafael, cujo nome significa “Deus cura” ou “medicina de Deus”, é o guardião da saúde dos seres humanos, física e espiritual, estando responsável pela proteção dos doentes. Ele surge no Antigo Testamento no livro de Tobias, a quem restitui a vista. ✨ Arcanjo Gabriel ✨ O Arcanjo Gabriel foi quem anunciou a Santa Maria a chegada de Cristo ao mundo, e quem anunciou o nascimento de São João Batista. Como mensageiro divino é representado com uma trombeta e é encarado como padroeiro dos correios. O seu nome significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. SIGAM: @PAZeEQUILÍBRIO 👈 Canal do Telegram ⤵️ https://t.me/familiapazeequilibrio #espiritualidade #alma #espiritualismo #pazeequilibrio #mensagempositiva #espiritismo #namastê #deus #fé #reflexão #budismo #gratidão #zen #positividade #goodvibes #energiapositiva #paznaalma #conselhos #pazdeespirito #natureza #filosofia #centelhadivina https://www.instagram.com/p/CjHKtn9LlHQ/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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elcitigre2021 · 1 year
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Belíssima cena do filme O Perfume (2006)
Este filme conta um pouco  da aromaterapia e como o cheiro influencia o estado emocional.
ACUPUNTURA AROMÁTICA
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"As leis da natureza são as leis da saúde , e quem vive de acordo com essas leis nunca adoece. Aquele que obedece a essas leis mantém um equilíbrio em tudo, e assim assegura a verdadeira harmonia e harmonia é saúde, ao passo que a discórdia é enfermidade".
A Aromaterapia pertence ao reino da medicina natural,  baseia-se em certos princípios, dos quais integram a acupuntura, a medicina herbária e a homeopatia. Não há  especificamente uma data conhecida  do inicio em que as plantas foram usadas para fins medicinais, mas há registro de tratamento através de defumação com ervas em pacientes .
Enquanto os Chineses estavam desenvolvendo a acupuntura , os Egípcios  se dedicavam as essências. Na tumba de Tutankhamen(1922) foram encontrados potes, vasos  com resquício de  unguentos.  O uso de ervas tem registro em papiros datados por volta de 2.800 a.C, antes do reinado de Khufu  e evidencia que a magia era considerada tão eficaz quanto a medicina.
Os primeiros aromaterapeutas e perfumistas foram os sacerdotes e o povo egípcio não foi o único a utilizar ervas aromáticas nessa época.O povo judeu que inciou seu êxodo do Egito por volta de 1240 a.c  à terra prometida, foi enviado, por Deus a Moisés ,um grande numero de mandamentos e  entre eles  havia instruções para o preparo de óleo bento e de incenso sagrado, que deveriam ser usados com finalidades sagradas, e não para uso comum entre as pessoas:
" O Senhor falou a Moisés, dizendo: "Pega aromas de primeira qualidade: 5k de mirra virgem, 2k e meio de cinamono aromático, 2k e meio de cana aromática, 5k de cássia, segundo o peso do santuário, e 9 litros de azeite de olivas. Farás disto um óleo para a unção sagrada, uma mistura de especiarias preparada segundo a arte da perfumaria. Será este o óleo para a unção sagrada""(Êxodo 30.22.25)
Os gregos aprenderam muito de perfumaria com os egípcios, bem como as propriedades e usos dos aromáticos. Os egípcios costumavam atribuir a eficácia dos remédios aromáticos à crença de que teriam sido originalmente formulados,ou usados, por um dos deuses, já os gregos atribuíam aos deuses, e de acordo com uma antiga crença, os homens adquiriam seus conhecimentos acerca dos perfumes de Aeone, uma ninfa de Vênus.Em cerimonias religiosas ou apenas para aliviar dores musculares, a massagem aromática tem sido usada há muito tempo. Um dos maiores curadores dos tempos antigos foi  Jesus Cristo, que utilizou óleos aromáticos para curar.
"Sobre alguns impunha as mão, e eles ficavam curados, com outros pronunciava a palavra, e sua saúde se reestabelecia plenamente: outros, tinha de laválos em certas lagoas; e outros, ainda, eram ungidos com óleo santo" (Evangelho de Aquario 74,3).
Os chineses com o conhecimento antigo de acupuntura, talvez eles já empregassem as ervas aromáticas antes mesmo que os egípcios
A descrição das funções energéticas dos óleos essenciais, segundo a terminologia da Medicina Tradicional Chinesa, é algo bastante recente nesta escala cronológica  possibilitando o encontro e a fusão da Aromaterapia com a Acupuntura, duas  conhecidas terapias milenares  de cura  .
Na Acupuntura Aromática, tanto os óleos essenciais quanto os acupontos são escolhidos para associação de acordo com o quadro energético dos óleos essenciais e sintomatologia   apresentado pelo paciente bem como sua história atual e passada.
A Acupuntura Aromática  é uma nova prática que, apesar de independente, deve ampliar e integrar perspectivas  terapêuticas nas duas áreas que abrangem, fazendo com que acupuntura e aromaterapia complementem-se de maneira especial e trabalhem intimamente juntas, mostrando fortes evidências de que óleos essenciais e pontos de acupuntura, quando ligados diretamente, produzem fortes e amplos efeitos terapêuticos,visando o bem estar físico, mental e espiritual do paciente
É de conhecimento, que os componentes químicos dos óleos essenciais tem propriedades farmacológicas importantes, conhecidas e  estudadas, como por exemplo o Eucalipto glóbulo   que é amplamente usado em pacientes com bronquite pois, dentre outros efeitos reduz  a concentração de acetilcolina , substância responsável pelos espasmos dos brônquios , no sangue ou, segundo a visão da MTC, atua dispersando o Vento/Calor que se alojou nos Pulmões, originando a bronquite.
Fonte: Livro A Arte da Aromaterapia de Robert Tisserand.
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myplaced · 1 year
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Tentaram me dar um golpe
Eu não tenho amigos, já disse várias vezes, e eu pensei "pq não tentar fazer um amigo virtual?" E eu fui no Facebook e procurei grupos de pessoas com depressão porque eu queria uma amizade de alguém que passasse o mesmo que eu, ai eu não ia colocar o meu whats lá, porque eu tenho medo, e pensei, vou criar um tumblr só para isso (não é esse) e coloquei o link e lá e disse que se alguém quisesse conversar era só abrir o link. Eu acho que até aqui, não teve nada de mais! Eu ACHO!
Esse texto é bem aleatório porque eu preciso contar isso pra alguém e não tenho ninguém além de você!
Ai uma menina me mandou msg, e ela é meio estranha, mas quem sou eu pra julgar! kkkkkkk Ela fala umas coisas meio nada a ver com nada, uns troço sem nexo, mas ok! No desespero pra fazer amigo, vai qualquer coisa! Depois de um tempão começamos a conversar pelo whats, tbm tudo tranquilo, ela sempre com os papo doido!
Preciso dizer que ela dizia que fazia faculdade pública (medicina) aí abandonou o curso, psicologia e que a mensalidade era só R$ 400 e pouco 😵🫠e depois resolveu fazer direito em faculdade particular (xente é caro!!!!) eu perguntei se ela ia tentar bolsa, falei do prouni, e ela disse que ia pagar, detalhe a guria disse que não trabalha!
Ai do nada a guria sumiu e depois de uns dias apareceu no tumblr dizendo estar sem celular, e tudo bem! Aqui as coisas ficam engraçadas, segunda ela disse que não queria fazer faculdade e eu disse qu tbm estou com esse problema e que eu queria ter nascido herdeira, e do nada ela disse que pegou empréstimo kkkk e logo em seguida disse que nasceu herdeira respondendo a minha mensagem, ai só piorou! Perguntou se eu queria trabalhar pra ela, que queria dar dinheiro pra alguém e do nada "quer R$200?" e eu disse "se for de graça sim" ela pediu meu pix e eu disse "haha🫥🤪🙃 para de ser boba", ai o papo ficou mais estranho e eu só parei de responder e respondi depois.
Hoje ela soltou essa "me empresta R$200 até dia 5?" eu🤡 "aliás R$250 é o preço da tela do meu celular".
XENTE! Eu sou pobre! Eu moro numa favela em SP! Eu sinto cheiro de golpe a quilômetros de distância! Eu trabalho no setor de contestação de compra e o que mais vem é cliente falando que sofreu golpe ou que teve o cartão fraudado! Senti que tinha algo estranho nas primeiras conversas, mas eu disse, eu to carente! Não tenho amigos, qualquer doido serve, mas eu quero um amigo doido e não um amigo golpista! Na parte do "herdeira" eu ri de mais, juro! Quando ela veio com esse papo de dar dinheiro, eu já fiquei meio 🤔🤨🤥 pq é sempre assim, eles te tão R$100 reais e depois querem que vc venda o rim por eles! E eu já cortei! Eu sou assalariada, trabalho para pagar as minhas contas e para a minha SOBREVIVÊNCIA! TUDO POM!
E hoje foi o dia! Pq eu comprei um liquidificador na shopee, e o vendedor me mandou msg falando que deu um problema na etiqueta da compra e que teria que envia pela transportadora que eu teria que pagar R$25,90!🤨🤡 ÉÉÉ!!! Ai eu falei "uai! eu sou pobre mais não sou troxa! Eu tenho pouco dinheiro pra ficar dando na mão desse povo ousado!", fui lá e mandei msg pra shopee, mandei um print da msg dele e perguntei "ele pode fazer isso?" e a shopee disse que não, ele não pode cobrar nada por fora! Ridículo! Provavelmente a compra vai ser cancelada, mas vou ter que esperar o retorno! Eu só queria um liquidificador bom e barato e eu só queria um amigo!
Eu contei tudo isso pra você que foi muito guerreiro de ler até aqui, pq o texto está com um monte de erro ortográfico e várias abreviações kkkkkkk, enfim. Eu contei isso pra você se ligar, pq esse povo se aproveita da gente, nos nossos piores momentos! Essa menina entrou em um grupo de pessoas com depressão e agora vem meter esse loko pra cima de mim? Ta tirano? Se alguém começar a te oferecer dinheiro, do nada, com ou sem motivo, não aceita, porque depois essa pessoa vai fazer tortura psicológica com você pra você dar dinheiro pra ela! Eu nunca passei por isso pq como eu disse eu sou pobre e tenho pouco dinheiro, então eu aprendi na raça como não perder o pouco que eu tenho, pq eu não fico escutando cliente me xingar todos os dias pra vim um doido desse e tirar dinheiro de mim! Não, não! É isso! kkkkkkkk ai to leve! obrigada por me ouvir
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claudiosuenaga · 1 year
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Conheça os Boletins da Sociedade Brasileira de Estudos Sobre Discos Voadores, de Walter Bühler - P1
Assista aqui a parte 2:
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Apresento-vos minha coleção encadernada de Boletins da SBEDV (Sociedade Brasileira de Estudos Sobre Discos Voadores), editado de 1957 a 1988 pelo médico alemão naturalizado brasileiro Walter Karl Bühler (1915-1996), e que me foi presenteada por sua esposa, Vilma Romito, a autora de muitos de seus desenhos e ilustrações.
Walter Karl Bühler imigrou para o Brasil em 1933 fugindo do regime nazista. Fez curso de Aplicação no Instituto Oswaldo Cruz e tornou-se livre docente pela Cadeira de Clínica Cirúrgica da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil.
Começou seus estudos ufológicos em 1950, e em 1957 foi um dos fundadores da SBEDV, uma das primeiras entidades civis do gênero a surgir no país, e que editava os referenciais Boletins da SBEDV, os quais traziam estudos completos sobre todos os tipos de casos, principalmente envolvendo humanoides, às vezes até com transcrições completas. Esse boletim durou quase três décadas e era (é) leitura obrigatória dos ufólogos de todo o mundo.
Em sua obra O Livro Branco dos Discos Voadores, Bühler, em parceria com Ney Matiel Pires (não creditada e creditada erroneamente a Guilherme Pereira, que apenas emprestou o nome) fez um apanhado dos casos que considerava mais relevantes.
À frente da SBEDV, Bühler teve a oportunidade de pesquisar aproximadamente uma centena de contatos de graus elevados, dos quais boa parte está publicada em seus boletins.
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edsonjnovaes · 1 month
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Dia Mundial da Água
A água é essencial para todos os seres vivos na terra. Nas aulas de Ciências e nos livros da escola você já deve ter aprendido que 70% do planeta Terra é feito de água. Existem muitas teorias sobre como os oceanos se formaram ao longo dos últimos 4,6 bilhões de anos. Uma delas é a de que gases terrestres se condensaram e começaram a cair em forma de chuvas intensas, que deram origem a grandes…
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blogdojuanesteves · 1 year
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UBUNTU Eu sou porque nós somos > ANDRÉ FRANÇOIS
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Ubuntu - Eu sou por que nós somos (Image Mágica, 2022) do brasileiro André François é o maior projeto desenvolvido pelo fotógrafo, realizado ao longo de 13 anos. Como diz o mesmo,  um trabalho de conexão com o outro e demais culturas. As imagens mostram inúmeras iniciativas positivas na área da educação, saúde e cultura em comunidades de 15 países. 
O fotógrafo é um autor não somente prolífico, mas de importância fundamental no documental, em especial no voltado para a medicina humanizada, como publicado em seus diversos livros. Desde seu primeiro livro Cuidar (2006), um documento sobre a medicina humanizada no Brasil; A curva e o caminho (2008) que trata da buscas das pessoas pelo acesso à saúde no país; De volta para casa (2010) que mostra o tratamento domiciliar, entre outros editados pela ONG ImageMagica, criada por ele em 1995, que desenvolve projetos de impacto social.
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O ambicioso projeto resultou em uma grande publicação de cerca de 300 páginas, fruto de uma longa caminhada de André François, que já em 1992 publicava seu primeiro livro tendo como tema os trabalhadores nas pedras de São Thomé das Letras, no sul do estado de Minas Gerais. Desde então, vem percorrendo o mundo e fotografando os problemas da sociedade e os costumes dos mais diferentes povos. Ubuntu, palavra de origem africana Zulu, pertencente ao grupo linguístico bantu, intraduzível em outras línguas, cujo significado mais amplo está ligado a diversas questões humanísticas, como "Eu sou porque somos" ( como no subtítulo do livro) ou "humanidade para os outros".
O projeto é sustentado justamente por esta espécie de filosofia e os conceitos de humanidade, pertencimento e comunidade. "Umntu ngumntu ngabantu", provérbio sul-africano, explica bem: "Uma pessoa é uma pessoa por meio de outras pessoas". Você é quem você é por causa da relação que tem com os outros ao seu redor. Ou simplesmente: eu sou porque nós somos, explica François. Em resumo algo de precioso que está faltando na sociedade contemporânea mundial e em especial no Brasil cujas políticas de saúde pública, educacional e social estão sendo reduzidas sistematicamente nos últimos anos.
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Paula Poleto, jornalista e idealizadora-parceira que cuida dos projetos especiais na ImageMagica, selecionou mais de 60 mil fotografias no decorrer deste projeto e chama a atenção para o fato de não conter imagens de pessoas sozinhas. "Todos os temas abordados estão interligados e nos apresentam a importância da conexão humana para seguirmos adiante." Ela escreve no livro uma espécie de diário da jornada empreendida detalhando os lugares como em Roraima (com os Yanomami), Camboja, Haiti, Japão, África do Sul, Moçambique e Lesoto, Quênia, Uganda, Ruanda, Burundi, China, Bolívia e em São Paulo (a questão da COVID 19), ricamente ilustrado, inclusive com imagens do making of, em cerca de 100 páginas. Além dela, escrevem André François, a escritora e ativista de direitos civis sul-africana Mungi Ngomane, que fez o prefácio,  e o  filósofo sul-africano Mogobe Ramone, que escreve na contra capa.
O livro é daqueles que demanda não somente uma estrutura enorme e organizada, como o desejo e a tenacidade de seus autores, coisa que o fotógrafo e sua equipe já mostram há anos, "Construir Ubuntu foi um esforço de entender como saúde, educação e cultura se relacionam a partir da interação humana. Nós nos perguntamos como poderíamos juntar fotos de desastres ambientais, com crises humanitárias e plantios no meio das favelas no Quênia. Foi no decorrer do trabalho que percebemos como André estava capturando a essência do ‘nós’”, disse Paula Poleto.
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Apesar da temática contundente, o mérito principal do livro, além de trazer informações importantes através dos textos e de alentadas legendas, é a fusão entre o documento e a arte, como encontramos nos retratos belíssimos dos Yanomami, como a menina no curso de formação dos agentes de saúde (AIS) na comunidade Xitei em Roraima, de 2008, ou da menina Massai segurando um cabrito recém nascido, em uma comunidade no Quênia, de 2012, em contrapartida com os tensos close-ups de médicos na luta contra pandemia feitos em 2020, na Emergência do Hospital da Clínicas em São Paulo. Uma dosagem perfeita na edição para que o romântico chiaroscuro dos primeiros e a expressão captada em cor, de maneira quase científica dos médicos, não se destaquem um dos outros mantendo assim uma narrativa instigante.
Trabalhos deste tipo, alinhados com questões humanitárias ou análogas como as ambientais, entre outras, exigem a resiliência do fotógrafo além de uma boa dose de idealismo, cujo objetivo é a transformação de uma sociedade injusta ou a preocupação com o planeta, coisas que entrelaçam-se e ultrapassam as fronteiras geográficas como neste livro. Lembramos dos americanos Eugene Smith (1918-1978) e seu trabalho contra o envenenamento por mercúrio dos pescadores na Baía de  Minamata, no Japão e  Ansel Adams (1902-1984) reconhecido também como ambientalista, que ajudou a criar o Golden Gate National Recreation Area, um parque protegido, em São Francisco, Califórnia, que protege a flora e fauna de cerca de 300 mil Km2. [ leia aqui review sobre Adams em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/189579054116/cl%C3%A1ssicos-the-portfolios-of-ansel-adams ], Além de brasileiros como Lalo de Almeida e seu trabalho com as vítimas do vírus Zica, e José Medeiros com suas publicações sobre os questões ambientais do Pantanal.
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O acesso à água, o cuidado ao meio ambiente e os direitos humanos são pautas do livro em histórias completas: 95 imagens na edição principal, registros de terra indígena Yanomami, no extremo norte do Brasil, a lugares como Haiti, depois do terremoto, Japão após o tsunami, China, países da África como Moçambique, Quênia, Ruanda e Burundi, O projeto traz a reflexão de como o trabalho coletivo e comunitário pode transformar positivamente nossas vidas. Além das fotografias principais, majoritariamente em preto e branco, do qual François sempre foi um virtuose, existem outras em cor, em um conjunto bem harmonizado entre projeto gráfico e edição de das fotografias.
A edição de Ubuntu contou com a curadoria da holandesa Corinne Noordenbos, fotógrafa e educadora visual. Conhecida pelas transformações nos projetos que se engaja, como a sua série Modern Madonna, feita logo depois que ela se tornou mãe. Seu projeto sobre Alzheimer depois que sua mãe foi diagnosticada com a doença, trabalhos que impactaram a fotografia internacional e o modo de produção documental, renovando-o significativamente. Segundo André François, a convivência profissional com a artista o “virou do avesso” e o fez conhecer melhor sobre como contar uma história completa por meio de imagens.
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François conta que: “Não é um livro sobre lugares, mas sim, sobre pessoas se conectando por meio de ações diversas. Normalmente viajamos para mostrar como as pessoas mundo afora têm uma vida simples e difícil, com o intuito de levar algo para elas. E eu acredito que com Ubuntu seja exatamente o contrário: essas pessoas muito simples têm muito a nos ensinar - elas têm essa sabedoria de viver do “nós” de uma maneira muito mais intensa do que a gente. Um pensamento sacramentado por Mungi Ngomane "Nossa conexão é inescapável, e somos quem somos por causa dos outros. Ubuntu é mais que gentileza. Gentileza é algo que tentamos mostrar ao mundo, e ubuntu nos pede a ir um passo além e reconhecer o valor intrínseco de cada ser humano."
Imagens © André François.  Texto © Juan Esteves
Ficha técnica básica:
Fotografias : André François
Curadoria: Corinne Noordenbos
Coordenação editorial: Paula Poleto
Produção: Camila Pastorelli
Design: Bloco Gráfico ( assistente Nathalia Navarro)
Tratamento de imagens: Estúdio 321
Impressão: Gráfica IPSIS
Exposição
Parque Bruno Covas: horário de visitação da exposição é das 7h às 18h e segue até 29/01/2023 - Av. Magalhães De Castro, R. Pedro Avancine - Jardim Panorama, São Paulo - SP, próximo à passarela do Hub Global no Panamby (estacionamento no Hub Global com acesso à passarela para o parque)
Para adquirir o livro
https://imm.ong/livroubuntu
https://www.amazon.com.br/Ubuntu-Sou-Porque-N%C3%B3s-Somos/dp/8561921072/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=FY45FKMNLA1T&keywords=ubuntu+eu+sou+porque+nos+somos&qid=1668100156&qu=eyJxc2MiOiIwLjAwIiwicXNhIjoiMC4wMCIsInFzcCI6IjAuMDAifQ%3D%3D&sprefix=ubuntu+eu+sou+porque+nos+somos%2Cspecialty-aps%2C189&sr=8-1
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afterlikefm · 1 year
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ERA UMA VEZ . . .
Foram 3 anos de pura alegria antes de Corona cair em desgraça. Afetada pela praga que corrompia o solo vizinho no reino de Moors, os governantes foram obrigados a mover sua capital para uma ilha mais afastada. Várias famílias perderam tudo: plantações, casas, cada pequeno móvel conseguido a custo de muito suor e esforço. Eles exigiram respostas e medidas do governo, amontoados em uma pequena ilha, mas não existia nada que Rapunzel pudesse fazer.
Pouco a pouco, os habitantes de Corona começaram a ir embora, procurando outros lugares onde pudessem viver sem se preocupar com espinhos e pessoas caindo de sono. Rapunzel fez a única coisa que conseguia: pediu asilo aos outros reinos, implorou para que aceitassem seu povo e os tratassem bem. Quando seus olhos finalmente voltaram para seu reino despedaçado novamente, havia pouco para salvar… Mas ainda valia a pena.
Diversas foram as tentativas de recuperação. O auxílio vindo de outros reinos os ajudou a suportar, mas Corona já não era uma terra generosa para seus filhos. Rapunzel passou a utilizar seus dons curativos até desmaiar todos os dias, tentando curar a terra e as pessoas ao seu redor. Muitas foram as vezes em que Flynn teve de levá-la para o quarto, completamente exausta e ainda querendo continuar seus rituais. Sem esperança, restava apenas tentar explorar outros reinos para encontrar algo que pudesse ajudá-los.
A Floresta das Estrelas não compartilhava sua estranha tecnologia, e a Baía Diamante tão pouco se mostrou aberta a acordos. As Ilhas Quebradas eram povoadas por doidos, então restaram apenas os Reinos Sombrios. Flynn e Rapunzel partiram por alguns meses em uma jornada esperançosa, mas voltaram de lá com Rider completamente traumatizado após ter descoberto suas verdadeiras origens em um reino frio, invernal e obscuro, onde seu pai esperava por sua volta por séculos. 
Eles tinham mais problemas do que mãos para resolver agora e Rapunzel já não suportava, até ver a luz no fim do túnel: a Seleção. Se um de seus filhos pudesse ganhar a coroa, então teriam condições de salvar Corona e restabelecer sua antiga glória. Não era egoísmo e ganância que lhe movia, mas pura necessidade de salvar sua gente. Eles precisavam ganhar.
ESPELHO, ESPELHO MEU . . . 
Rapunzel — gênero feminino / 40 - 50 anos / casada / Lady de Corona e curandeira;
Flynn Rider (Eugene Fitzherbert) — gênero masculino / 40 - 50 anos / casado / Lorde de Corona;
1º descendente Sonnen — gênero utp / idade utp / profissão utp;
2º descendente Sonnen — gênero utp / idade utp / profissão utp.
FELIZES PARA SEMPRE?
FAMÍLIA ASKARI — Não é algo que Rapunzel se orgulhe ou que seja publicamente divulgado, mas, em meio à crise, eles se viram obrigados a auxiliar os Askari com cuidados médicos. Na calada da noite, com curas milagrosas e cirurgias improvisadas, tudo foi feito e vidas foram salvas. Os Asha não fazem ideia de que isso ocorreu, sendo desnecessário dizer que afetaria relações diplomáticas entre os dois reinos de maneira extensivamente negativa. A única preocupação de Rapunzel, no momento, é que Scar tenha divulgado seus serviços para outros vilões.
FAMÍLIA BJORGMAN — Anna tem sido um anjo nas vidas dos Sonnen durante os últimos anos, principalmente com seu projeto de auxiliar outros reinos a se reerguer. Os Sonnen não podem negar sua gratidão, mas também um pouco de inveja do período amplamente fértil em todos os ramos que se espalha por Arendelle e nunca chega até Corona.
FAMÍLIA WOLF — Ainda hoje a natureza dos metamorfos é desconhecida, mas muito interessante para pesquisadores e para a medicina num geral. Contanto que ofereçam cuidados médicos gratuitos, os Wolf se põe à disposição para pesquisas relacionadas, principalmente para aqueles dispostos a investigar uma possível cura para a licantropia. Foi assim que o glamour temporário foi inventado, mesmo que não dure tanto tempo com os metamorfos.
NOTAS DA MODERAÇÃO
CONTOS — Rapunzel (Enrolados).
SUGESTÕES DE FCS — Seguindo o primeiro personagem aplicado. Os filhos podem ser adotados.
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maiconcmuller · 2 years
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RAONI E SUA BUSCA POR UM GUERREIRO
Um conto por Maicon Carlos Muller Rosa.
12/10/2022.
Raoni, nasceu ano de 1.340 DC, e vivia em algum local próximo ao litoral do Oceano Atlântico, no continente Sul Americano.
Pertencia a uma comunidade indígena dos Carijós, um povo gentil e antigo que vivia há incontáveis séculos por aquela região. Naquela época, os Carijós eram em torno de 15.000 pessoas, espalhadas em 14 comunidades principais, e diversas outras menores. Raoni pertencia a uma das 14 comunidades, a Tribo dos Ubiratan, que ficava próxima ao litoral, mas na parte baixa de uma grande cadeia de montanhas, que precedia um planalto. Os Ubiratan eram em torno de 800 indígenas.
Nos Carijós, existiam 4 repartições sociais básicas:
⦁ Caciques ou xamãs, que eram pessoas que administravam, julgavam e ditavam leis dentro da comunidade. Também interpretavam sinais divinos e comunicavam diretamente com os Deuses. Por fim, eram os responsáveis pela medicina do povo. Era permitindo terem filhos somente entre eles ou com os guerreiros ou caçadores.
⦁ Guerreiros ou caçadores, pessoas que em tempos de paz eram responsáveis pela caça, pesca e vigia da comunidade Carijó. Eram os responsáveis também pela navegação pela costa em tempos de paz, nenhum Carijó poderia navegar pela costa sem um Guerreiro junto. Eram os líderes de todos os indígenas Carijós da comunidade em tempos de guerra, realizando os treinamentos e liderando-os em batalhas. Era permitido terem filhos com qualquer das classes, com exceção dos lavradores.
⦁ Artesãos ou construtores, responsáveis por construir e manter as estruturas das aldeias, artefatos e utensílios. Era também a classe que auxiliava os caciques em suas tarefas de administração. Poderiam ter filhos somente entre si, com guerreiros ou lavradores.
⦁ Lavradores, eram a imensa maioria da população da aldeia, em torno de 80% dela. Eram responsáveis pelas plantações, manter a limpeza das aldeias, auxiliar os artesãos, enfim, todas as tarefas que não eram submetidas às demais classes. Era permitido terem filhos somente entre si ou com as artesãos.
Raoni era filho de Nadi (lavradora) e Yakecan (guerreiro). Por ser fruto de um amor proibido, foi aplicado a seus pais a regra que se aplica a todos que “misturavam” as classes: todos se tornaram lavradores por decisão dos Caciques. Assim, considerando que a classe do pai passava para os filhos, todos descendentes de Yakecan seriam lavradores, inclusive seu filho Raoni.
Yakecan era um grande guerreiro, tido como um dos melhores dos Ubiratan, seus feitos em batalha eram constantemente lembrados por seus companheiros. Em que pese os grandes feitos em batalhas anteriormente realizados por Yakecan, o mesmo aceitou passivamente a decisão, pois sabia das regras quando se apaixonou por Nadi, e não queria abrir mão daquela que era o amor da sua vida.
Contudo, quando Raoni tinha 8 anos de idade, houve uma grande guerra entre os Carijós e os Potiguara, que viviam mais ao Norte. Algo relacionado a um acidente de caçada, onde um Potiguara acidentalmente flechou e matou um Carijó, mas que tomou proporções enormes por ser um descendente da classe dos Caciques.
Após reunião dos caciques das 14 comunidades, todos os homens de todas as tribos Carijós em condições de luta foram convocados para guerra e seriam liderados por seus guerreiros.
Yakecan, que já estava na classe dos lavradores, foi convocado, e partiu rumo ao norte, juntamente com seus confrades. Como a guerra iniciou, terminou: após cerca de 5 meses, sem alteração de território ou grandes baixas. Estes conflitos não eram incomuns dentre os indígenas, e eram muitas vezes somente para provar a bravura do povo e de seus homens, e não eram levados até as últimas consequências entre os povos.
Mas, próximo ao término da guerra, Yakecan foi ferido no abdômen por uma lança de um Potiguara, já quando tinham ordens para recuar e se retiravam de um cerco que fizeram a uma aldeia Potiguara cerca de 12 Km ao norte das terras Carijós.
Carregado por seus companheiros até sua aldeia, Yakecan foi recebido por sua esposa Nadi e seu filho Raoni, que rogaram a um xamã que tratasse os ferimentos de Yakecan. O xamã Amanayé atendeu o pedido e tratou as feridas, contudo, disse que se Yakecan morresse, seria por ter se juntado com Nadi, que era um relacionamento desaprovado pelos Deuses, pois misturava um guerreiro com uma lavradora. Yakecan, ainda consciente, bradou contra o xamã , dizendo que se os Deuses fossem desta forma, preferia morrer ao lado de Nadi.
O xamã, então, profetizou e amaldiçoou Yakecan: “Sua morte comprovará que você sempre deveria ter sido um lavrador. Esta foi a vontade dos Deuses, foram eles quem permitiram esta lança penetrar em seu abdômen, para mostrar sua fraqueza como guerreiro.”.
Yakecan, apenas fitou o xamã nos olhos e franziu a testa, não se intimidando com as palavras, mesmo enfermo. Após longo silêncio, disse “Pois que assim seja, por Nadi.”.
O xamã abandonou então o tratamento de Yakecan e desautorizou qualquer ajuda ao mesmo por qualquer outro indígena, para provar que sua profecia estava certa. Uns interpretaram isso como uma ajuda externa para cumprir uma profecia, mas nada disseram para não desafiar ao xamã. Foram covardes.
Sem tratamento, as feridas de Yakecan pioraram, tomadas por infecção. Seu filho Raoni acompanhava o padecimento de seu pai, impotente. Yakecan estava febril em virtude da infecção que lhe assolava quando Raoni perguntou se ele era, afinal, um guerreiro, e de qual classe de fato pertencia Raoni? Yakecan, muito febril e semi consciente, passou a falar.
“Pouco importa a classe que os atuais caciques te derem. São corruptos, não traduzem mais a verdade dos Deuses, não aceitam ser confrontados. A origem dos guerreiros carijós é outra, e não depende das palavras de um cacique, são provadas por si mesmo.
Ouça, meu filho, em tempos antigos, os guerreiros Carijós tinham que passar por uma prova para serem guerreiros, não eram assim, somente por serem filhos de guerreiros. E podiam decidir se seriam guerreiros ou não.”
Raoni ouvia atentamente o que seu moribundo pai falava.
“Tinham que realizar duas provas. A primeira, era matar e arrancar a pele de uma pantera negra, adulta, forte e saudável. A pele, devia ser levada até uma das nascentes que ficam no monte Cauã, 12 Km acima de Ubirajara, e lavada em uma de suas nascentes. Esta era a segunda prova. Tudo isso devia ser feito sozinho. O guerreiro tinha que levantar a pele e olhar diretamente para ela, revelará ali, para si, se é um guerreiro Carijó.”
Raoni estava admirado, nunca ouviu falar de tal prova, pensou ser um segredo que seu pai guardara de sua linhagem antiga de guerreiros. Questionou “Mas se quiser ser um guerreiro, como farei isso? Não parece algo possível!”.
“Se for sua vontade e seu destino descobrir isso, os Deuses te darão forças. Minha lança será sua, nos momentos essenciais, ela nunca erra.”
Raoni sentia seu pai cansado com a conversa, o tom da voz diminuindo pelo esforço. Lágrimas corriam no rosto de Raoni, não conseguia segurar o choro, como tinha intenção, para mostrar ao pai que era um bravo guerreiro. Fez mais perguntas ao pai, que já não consegui responder, que apenas o olhava com os olhos entreabertos.
Nadi que, emocionada, acompanhou tudo, pediu para Raoni deixar seu pai Yakecan descansar.
A noite estava silenciosa, estranhamente, nenhum animal fazia barulho naquela oportunidade. Apenas uma leve garoa caia, calma, brilhando em certos pontos pelo reflexo da lua. Era lindo ver ela caindo, devagar e serena. E assim foi com Yakecan, calmo e sereno foi fechando os olhos, decaindo, e, pouco antes do amanhecer, o guerreiro abandonado pelo xamã morreu, ao lado somente de Nadi e Raoni.
Seu funeral foi simples, ninguem compareceu, somente Nadi, Raoni, e 2 lavradores designados pelos caciques para auxiliar. Nenhum xamã veio para realizar a cerimônia, apesar de ter sido Yakecan morto em virtude de ferimento em batalha por seu povo.
Os anos passaram e Raoni cresceu. Sempre tido como “filho do lavrador amaldiçoado”, “que se dizia guerreiro mas nunca foi”. Alguns guerreiros falavam, mas somente a Raoni, das histórias de seu pai nas batalhas, como era bravo, dizendo não entender como os Deuses permitiam um lavrador ser tão bravo. Foi secretamente treinado na caça e na arte da guerra por 2 companheiros de batalhas de seu pai, que o fizeram como forma de retribução e reconhecimento à Yakecan, contudo, seu treinamento não era pleno, não tinha como ser pois eram treinos necessariamente curtos em virtude da necessidade de sigilo.
Aquela mistura toda levou Raoni até seus 17 anos de idade, um jovem praticamente isolado que procurava entender tudo que acontecera. Era amargurado pela forma como seu pai foi tratado, morto em consequência de uma guerra estúpida por vaidades de caciques, algo que poderia ter sido resolvido de outra forma em virtude do acidente de caça que originou a guerra. Seu coração era amargurado, ressentido, e isso se refletia em seu jovem semblante, que trazia sempre uma figura séria, cisuda.
Raoni era abertamente um crítico dos caciques e xamãs, por isso, era designado às piores tarefas na aldeia. Sua palavra dentre os demais indígenas não tinha credibilidade, pois era “filho de um lavrador amaldiçoado”. Isso fez com que Raoni criasse ainda mais desprezo pela ordem imposta na tribo, especialmente das classes estabelecidas.
Assim, certo dia, já cansado das provações diárias, disse à sua mãe que partiria em exílio, sozinho e sem rumo, levando consigo somente a lança de seu pai. Nadi tentou dissuadir Raoni, mas ele já estava decidido. Preferia ser um exilado do que viver em meio a tanto desprezo. Vendo que não convenceria o filho, Nadir pediu a ele que esperasse ao menos que ficasse pronta uma manta que encomendaria com um artesão que, em segredo, ainda mantinha contato com Nadi e Raoni, compadecido por Nadi e em respeito aos feitos que testemunhara de Yakecan.
A intenção de Nadi era ganhar tempo, para que Raoni desistisse enquanto a manta era confeccionada. Por isso, sempre inventava algo para justificar que a manta não ficava pronta. Mas, Raoni estava inflexível, e, percebendo o truque - mesmo que de boa intenção -, disse que partiria em 2 dias. E assim o fez, ao nascer do sol de um dia de primavera, acordou sua mãe Nadi e disse que estaria partindo.
Nadi, com o coração apreensivo e partido, disse que a manta estava pronta. Entregou-lhe e disse que servia também como capa, que era de um couro especial que lhe traria certa proteção.
A manta tinha partes de couro trançado, era grossa e de um animal que Raoni não sabia identificar. Não esticava, não cedia a qualquer esforço que fizesse contra a mesma, extremamente resistente. Tinha cerca de 1,80m de altura, e tinha um trançado especial para amarrar, pelo pescoço e pelas axilas, quando utilizada como capa, que cobria praticamente todo o corpo, deixando exposta somente a cabeça e os braços, que podiam ficar livres por duas grandes fissuras verticais.
A lança de Yakecan, agora pertencente a Raoni, era de cerca de 2,00m. Servia tanto para ser arremessada quanto para estocar. Era pontiaguda, contudo, tinha uma lâmina de cerca de 30cm na ponta, para ser usada como corte em caçadas e batalhas. Era a ferramente perfeita, tanto para batalhas como para caçadas a grandes animais.
De posse destes 2 itens e poucos outros para sobrevivência na floresta, Raoni se despediu de sua mãe e partiu. Não despediu de mais ninguém, pois mais ninguém lhe faria falta ou merecia saber diretamente de sua boca de seu exílio.
Rumou para o litoral, a leste. Seus planos eram chegar ao litoral e, depois, percorrer a costa rumo ao Norte, sem destino certo. Se encontrasse Potiguaras, não teria piedade, como não tiveram de seu pai, em que pese a paz entre estes povos estar vigente. No fundo, buscava vingança, sua mente estava inquieta e contaminada por todo o ocorrido com sua família, e alguém deveria ser penalizado.
Sabia que estava sozinho e, por isso, não podia se expor, era uma vítima em potencial. Assim, se deslocava furtivamente no início da noite, preferencialmente por pequenos riachos para não deixar rastros ou indícios de sua passagem.
Chegou ao litoral em poucos dias e pode contemplar sua beleza, mas nunca de forma tranquila, pois eram habitados por outros Carijós, e ele não saberia nem poderia explicar o que estava fazendo ali sozinho, certamente seria capturado e devolvido para sua tribo. Decidiu, então, rumar para o norte. Percorria alguns quilômetros e ficava estabelecido por algumas semanas, quando reiniciava sua peregrinação incerta.
Neste período, desenvolveu muitas habilidades de caça, deslocamento silencioso, seu ataque com a lança aos animais de caça estavam precisos, sua visão, audição e olfatos estavam apurados. Raoni se tornou um excelente sobrevivente. Seu corpo se adaptou a estas condições: estava magro, mas não por falta de nutrientes, já que era um exímio caçador. Era magro pelos deslocamentos constantes e pela necessidade de caça sozinho. Estava na verdade esbelto, pois seu corpo era leve, porém, forte, capaz de desempenhar muita agilidade e velocidade. A natureza adaptou um corpo perfeito para aquelas condições e atividades.
Após cerca de 1 ano nestas peregrinações lentas ao Norte, Raoni topou, sem ser percebido, com um povo diferente. Era ua aldeia Potiguara, e após atentar às características, percebeu que era a aldeia que seu pai participou do cerco e foi ferido mortalmente. Ao concluir ser este o povo que levou seu pai, seu sangue ferveu, sua visão ficou turva. O jovem e saudável Carijó sentiu-se mal por instantes, teve que se apoiar, cambaleante, em sua lança.
Sua mente se tornou escura, ficou por horas em um local escondido observanado a aldeia, alimentando seu ódio e pensando em quantas vidas iria tomar para vingar seu pai. Já havia pensado e planejado como iria fazer isso, a forma de ataque e a crueldade que iria usar para causar o máximo de dor aos Potiguara. Iria fazer o ataque rápido e mortal no cair da noite, quando a visão estava comprometida.
Aguardou em uma trilha que levava a um grande rio próximo, de onde os Potiguara voltavam com pescados. Ouviu passos na relva, suas habilidades de caçador identificaram: eram apenas 2 Potiguara. Era sua chance! Ao se aproximar de uma ��rvore, o índio potiguara que vinha a frente foi surpreendido por Raoni, que saltou em sua direção, batendo de forma certeira e em um só golpe com a base da lança na testa do Potiguara, que caiu desfalecido, derrubando seu pescado ao lado da trilha.
Raoni rapidamente deu alguns passos em direção ao outro Potiguara, e com a parte cortante da lança, desferiu um golpe certeiro e reto no vulto que, estranhamente, não se mexia. O golpe foi exatamente no meio da cabeça, a lança transpassou toda sua parte cortante. Foi um momento de silêncio absoluto naquele escuro início de noite, todos ficaram estáticos nesta posição, o segundo Potiguara de pé com a lança em seu crânio e Raoni em posição de ataque, segurando a lança.
Foi quando o segundo Potiguara iniciou uma lamúria, chorando de forma contida. Raoni não podia crer em seus aguçados ouvidos: como um índio poderia estar vivo com uma lança de 30cm em seu crânio?
Foi então que o "crânio" do segundo Potiguara saiu de seu corpo, e Raoni percebeu que se tratava de um pequeno balaio com peixes menores. O balaio era coincidentemente do tamanho de uma cabeça, e vinha sendo levado por um pequeno Potiguara de cerca de 10 anos de idade.
O pequeno Potiguara estava vivo e, lamentando em baixo som, foi ver o primeiro Potiguara, que estava retomando os sentidos após ser atingido pela parte de madeira da lança de Raoni. Aparentemente tratava-se de seu pai, que estava pescando com o pequeno Potiguara.
Raoni empunhou sua lança, sua mente entoxicada pela vingança clamava por aquele momento, seu coração amargurado sentia que finalmente seria acalentado por tirar aquelas duas vidas, vingando tudo que seu pai e família injustamente sofreram.
Ele empunhou a lança com a parte cortante à frente e foi em direção aos mesmos. Viu o pai Potiguara retomando os sentidos. O pequeno índio não olhava Raoni, estava preocupado com seu pai, segurando sua cabeça e falando palavras chorosas em outra língua. Iria matar primeiramente o pai Potiguara, planejando rasgar lentamente seu abdômen da bexiga até a base do peito. Olhou em seus olhos, estavam entreabertos. Hesitou neste momento.
Aqueles olhos entreabertos lembrou de quando seu pai Yakecan estava morrendo, fitou o pequeno Potiguarada e viu nele a si mesmo. Sentiu a dor dele, sua memória trouxe aquele momento de sofrimento de volta, reviu de forma clara em sua mente cada detalhe da partida de seu pai; a mesma noite calma e silenciosa e ele, tal qual o pequeno Potiguara, sofrendo todas as dores possíveis, agravadas pela impotência diante da situação.
Percebeu que, ao fazer isso, sua mente ou seu coração não teriam nenhum alento, e sim carregariam somente o fardo de terem feito exatamente a mesma injustiça que havia sido cometido contra si. Concluiu, então, que sangue não traria justiça ou paz para si, e sim somente mais mazelas e dores. Colocou sua lança de pé, agachou ao lado do menino, que, assustado, finalmente tornou sua visão para Raoni. O menino não mais chorava. Raoni colocou a mão em seu ombro, baixou a cabeça, como um pedido de desculpas.
Raoni não desferiu os golpes fatais. Embrenhou-se na mata em direção ao Sul de forma acelerada, para não ser pego por Potiguaras. Enquanto corria na mata, seus olhos estavam lacrimejando, mas tinha um sorrido contido em sua boca. Sabia que muito da sua consciência pedia aquele sangue e que seria prazeroso fazer, por isso os olhos lacrimejantes. Mas seu sorriso contido era pela alegria de ter conseguido fazer o que sabia ser o correto. Seu semblante era de paz, não sentia mais o peito apertado. Não desejava mais o mal aos Potiguara, pois sua mente, agora não enubriada pelo malefício da vingança, o fez compreender que foram as circunstâncias da guerra que causaram aquela situação.
Os dias foram passando e Raoni continuou sem rumo, desta vez em direção ao Sul. Estava novamente em terras Carijós. Ficava pouco tempo no mesmo local, sempre indo ao Sul.
Em suas andanças, encontrou um remanso de rio onde certamente haveria peixes, decidiu pescar ali. Estranhamente, nenhum animal estava por perto, geralmente haveria pequenos jacarés e outros animais neste tipo de local, aproveitando-se do ambiente propício para alimentação.
Aproximou-se da água por uma pequena clareira de forma silenciosa, como sempre. Entretanto, quando estava a poucos metros da água, observou algo escuro na beira do rio. Seus olhos não o traíam, mas ele não queria acreditar: era uma pantera negra. Bebia água calmamente na beira do rio, sem qualquer preocupação em ser vista já que era, de longe, o maior predador daquela região.
Raoni ficou atônito. A onça negra parou de beber a água. Raoni percebeu isso, mesmo ela estando de costas, pois ela cessou qualquer barulho. Ambos ficaram imóveis por alguns segundos, a pantera sondando o ambiente e Raoni temeroso. Mesmo com medo, Raoni não conseguia parar de admirar aquele animal: sua pele era negra e brilhante; se observadas atentamentes, poderiam ser vistas as pintas extremamente pigmentadas de negro; seu crânio era enorme e traingular; suas costas evidenciavam a força do animal, eram vincadas pela musculatura hipertrofiada do grande felino; suas patas eram largas e podiam ser vistas gigantescas garras que não se continham e ameaçavam sair a cada movimento que fazia. Certamente um macho adulto. Era um animal magnífico!
A pantera levantou a cabeça e usou seu olfato. Raoni sabia que seria descoberto: o vento soprava em suas costas, levando seu cheiro diretamente para o animal. De pronto, a pantera virou seu corpo em meio rodopio em direção a Raoni, já caindo olhando em seu rosto. Raoni e o grande felino sabiam que o embate era inevitável, cada um por seus motivos.
O Carijó teve tempo de apertar os nós da manta que sua mãe lhe dera, empunhou a lança com ambas as mãos e ficou em posição de defesa. A pantera inicou um caminhar lento e lateral em direção à Raoni, sem mais tirar seus olhos - ameaçadoramente arregalados - do indígena. Foi agachando seu corpo enquanto caminhava, encurtando a distância e abrindo sua enorme boca de forma agressiva, mostrando suas presas que mais parecidam facas pelo tamanho. Sua cauda estava ereta, os pelos das costas oriçados. O animal estava em fúria pela invasão de seu território e pelo combate eminente, usava tudo que podia para ameaçar e mostrar que era um predador do topo da cadeia alimentar, iniciando sua vitória já pela intimidação.
O cheiro dela era muito forte, um cheiro que Raoni nunca tinha sentido tão intenso, já que encontros com onça eram raros. Enquanto a onça fazia sua caminhada para reconhecer e ameaçar Raoni, ele estava estático na posição de defesa, lendo todos os detalhes de movimento da onça, sua forma de deslocar, até mesmo os múlculos que ativava para acionar esta ou aquela pata para andar. A adrenalina fazia tudo parecer em câmera lenta na visão do jovem indígena.
E esta leitura fez Raoni prever o ataque da fera. A onça aproveitou-se de um barranco para apoiar as patas traseiras e lançar seu pesado corpo em um salto sobre Raoni, em um ataque típico de felino, com ambas as patas esticadas, garras em prontidão e a boca aberta, tudo com muita rapidez e ferocidade. Raoni conseguiu agachar e recuar a lança, projetando-a (sem soltar das mãos) em uma estocada reta em direção ao peito do felino. A pantera percebeu a arma e com uma das patas bateu na lança enquanto caia sobre Raoni, jogando-a de lado, fazendo-o conseguir segurar a lança com somente uma das mãos.
Enquanto ainda caia, com a outra pata bateu com força no rosto de Raoni, enterrando-lhe as garras no lado esquerdo de seu rosto, rasgando-o da base da orelha até próximo da boca. Caiu com seu pesado corpo sobre o homem, que caiu de costas no chão com o rosto dilacerado. Mal caiu, a pantera não deu chances e tentou mordê-lo no pescoço, mas errou o alvo porque Raoni conseguiu desviar rapidamente seu corpo. A forte mordida atingiu a altura do ombro, esmagando-o de forma extremamente dolorida. Contudo, esta região estava protegida pela manta, o animal não conseguia perfurá-la.
Subjugado debaixo da onça, com poucos segundos de combate Raoni entendeu que a luta era extremamente desigual e que jamais conseguiria vencer a onça em um combate direto. Estava aceitando a derrota no curto embate, quando conseguiu empunhar melhor sua lança. Não tinha posição para estocar a onça com a parte pontiaguda, mas conseguiu, milagrosamente, bater com a base da lança de forma contundente nas costelas da fera. Ela sentiu o golpe inesperado. Com um arfar de dor soltou a mordida, momento em que Raoni se desvencilhou e saiu debaixo dela.
Cambaleante, empunhou sua lança novamente e ficou em posição de defesa. Seu rosto pingava sangue e a pantera, já recuperada, estava ainda mais agressiva pelo frenesi da batalha e pelo cheiro de sangue do adversário. A pantera macho passou a urrar alto, seu som estarrecedor poderia ser ouvido a quilômetros, o calor e o cheiro de seu hálito impregnavam as narinas de Raoni. Era um animal fora de si, mas que sentiu o golpe nas costelas e reconhecia que tinha diante dele alguém que não era uma simples presa, e sim um adversário! O indígena então teve alguns segundos para pensar enquanto a onça urrava em ódio desenfreado.
Não pretendia mais tentar estocar a lança, sabia que era muito mais ágil e que nova tentativa seria fatal. Fixou então a lança pela base em duas pedras e se colocou exatamente na frente da parte pontiagua. O animal deu mais um rugido, e iniciou uma curta corrida em direção ao inimigo, que ficou estático. No momento certo, Raoni virou seu corpo lateralmente e deu 1 passo para trás, em direção à lança, ficando colado à ela mas com 1 passo atrás da parte pontiaguda.
A pantera, irracional que era, não percebeu a artimanha e focou no Carijó desprotegido e com os braços baixos. Mais uma vez saltou na mesma posição do primeiro ataque, com seus braços a frente para golpear e agarrar. O truque de Raoni funcionou: a pantera projetou seu corpo contra a lança, fincando-a em seu peito, caprichosamente na altura do coração. O peso e a ferocidade do ataque foram tamanhos que a lança atravessou completamente o animal, que nada mais fez, apenas deu um breve rugido, que foi diminuindo até cessar, alimentado tão somente com o ar que ainda restava em seu pulmão após sua última inspirada.
O animal majestoso ali morreu e ficou, literalmente espetado na lança que Raoni herdou de seu pai. O jovem assistiu aquele cena com seus olhos cobertos de sangue não de forma prazerosa, pois sentiu certo remorso em abater aquele magnífico felino. Porém, entendeu que, diferente do seu encontro com os Potiguara, aquele evento destinava-se a ser fatal desde o início.
Lembrou do que seu pai havia dito e, mesmo não sendo o destino que procurava - já que encontrou a pantera ao acaso - retirou a pele da onça. Retirou também os dentes e fez um colar. De forma respeitosa, enterrou seus restos, entendeu que aquele animal raríssimo não merecia se tornar uma carniça e ser consumido de forma "desrespeitosa" ali, ao olhar de toda floresta.
Limpou como pode suas próprias feridas, que viriam a se tornar enormes e evidentes cicatrizes de batalha com uma onça. Concluiu que a morte do animal não deveria ser em vão, pediu forças aos Deuses e partiu em direção ao monte Cauã para descobrir se, de fato, era um guerreiro.
Após muito caminhar em direção ao Sul, chegou à base do monte Cauã, que ficava 12 Km ao norte de sua terra Natal, Ubirajara. Circundou o monte e não encontrou nenhum sinal de água, algo que seu pai disse no leito de morte que haveria. Sem exitar, iniciou a subida no monte. A subida não foi fácil, mas Raoni estava no áuge de sua forma física em função de tudo que viveu nos últimos meses. Além disso, sua obstinação por descobrir a verdade e finalmente ter um objetivo eram incentivos enormes. Para quem tem um objetivo definido, os obstáculos são somente uma etapa.
Várias horas de subida foram necessárias, uma noite sem dormir, Raoni estava obstinado e não queria parar para descansar. Contudo, após sofridamente chegar ao topo do monte, Raoni teve visão completa do mesmo e não visualizou nenhuma nascente. Começou a ficar desesperançoso, confuso e furioso. Seu pai mentira para ele? Era tudo uma ilusão? Será que ele o fez somente para alimentar um sonho impossível do filho?
Enquanto vagava pensativo pelo cume do monte, Raoni adentrou em uma abertura nas rochas, uma pequena caverna. Deitou ali para descansar, enquanto pensava e lamentava. Ao recostar a cabeça sobre uma pedra, ouviu algo. Leve, baixinho, mas não escapava dos ouvidos de Raoni: barulho de água. Com a ajuda de uma tocha improvisada, explorou um pouco mais a caverna e percebeu uma pequena abertura ao fundo, onde passou com certa dificuldade.
Na abertura visializou uma pequena nascente que era alimentada pelas chuvas que caiam no topo do monte, que por aberturas dentre as rochas, confluiam para aquele local para formar o pequeno fio dágua. Colocou a pele da onça na água, nada aconteceu, nada mudou. Observou os arredores de onde estava, encontrou escritas antigas dos Carijós nas paredes.
De forma rudimentar, as escritas traziam uma curta mensagem: "Aqui os Carijós descobrem quem são. Mas somente os bravos entenderão a forma justa para todos, pois a verdade nunca é descoberta no começo da jornada". Raoni ficou feliz em descobrir a escrita, mas o caráter enigmático dela o desacalentou. Por vários minutos, Raoni ficou observando e sondando as escritas e a pequena nascente.
Olhou melhor a nascente e viu que ela descia em forma de aclive, não era uma queda vertical/reta. A água adentrava em um buraco na pedra de cerca de 1 metro de diâmetro e seguia. Todavia, não podia ver onde isso ia dar, se havia alguma queda mais acentuada adiante ou não.
De repente, um estalo: "somente os bravos irão descobrir, a verdade nunca é descoberta no começo da jornada!" Gritou isso 3 vezes pois entendeu, apesar de não ter plena certeza, que deveria adentrar nascente adentro. Qualquer ser humano normal não o faria, pois era perigoso demais. Entretanto, imbuído pela falta de respostas, começou a pensar na vida que teve até ali, todos os problemas causados pela forma que sua própria tribo agia. Decidiu, então, fazê-lo.
Sentou na beira da nascente e foi escorregando, controlando a descida. Após certo ponto, não mais conseguia diminuir a velocidade, sabia que seria impossível voltar. Passados alguns segundos de apreensão, a descida foi ficando mais leve e Raoni aportou em um pequeno lago no interior da montanha. Olhou ao seu redor e viu que o pequeno lago era alimentado por diversas nascentes semelhantes às que ele escorregou, todas vindas das rochas. Tinha plena visão, pois a rocha tinha algumas fissuras que deixavam feixes da luz do dia adentrar. O pequeno lago continuava sua jornada pelo interior da montanha, desta vez em local impossível de prosseguir.
Raoni concluiu, naquele lugar lindo e inabitado, que era ali que estava sua resposta. Também, que não encontrava rios na base da montanha porque as águas seguiam pelo interior do monte, desaguando secretamente em um rio maior, quilômetros abaixo.
Observou a água do lago e viu que não era comum. Era cristlina, porém cintilava muito conforme a luz se abatia sobre ela. Eram pequenos minerais trazidos pela montanha que davam este aspecto maravilhoso e único naquela água.
Pegou sua pele de onça e a lavou naquela água. Nada aconteceu na parte externa da pele. Por um momento achou que novamente estava fazendo algo errado, que algo estava faltando. Foi quando virou a pele do animal, visualizandoa parte interna da mesma. Estava como um espelho, pois a água com os minerais especiais retirou todos os restos moles da parte interna da pele, deixando-a como um espelho. Algo que não acontecia com a pele de animais tratada regularmente, era algo em decorrência daqueles minerais.
Ao levantar a pele, e a olhar de frente, mais precisamente na parte do abdomen da pantera, Raoni viu que duas grandes marcas naturais percorriam o couro, deixando um desenho redondo oval, coincidentemente no formato da uma cabeça. Encaixou seu rosto no desenho, e percebeu que duas pequenas saliencias provenientes da pele - que não era um espelho regular - se encaixavam exatamente sobre suas bochechas, como duas pequenas marcas horizontais em cada bochecha.
Raoni sentiu seu sangue gelar, suas pernas ficaram quase sem forças. Em uma fração de segundo ele concluiu o motivo de tudo aquilo! As marcas projetadas nas bochechas eram iguais as marcas que todos os Carijós, de todas as classes, tinham tatuadas em suas bochechas quando crianças. As marcar que os identificavam como povo, eram de sua cultura há séculos!
Concluiu, então, que estas marcas pertencendo a todos os Carijós, e não somente aos guerreiros, eram a marca de todo o povo, e que a separação de classes pré-definidas eram uma invenção. O fato de estar na parte interna da pantera mostrava que cada Carijó deveria olhar para si, mas não de fora para dentro, por suas classes, e sim de dentro para fora, aí sim se veriam a si e seu povo.
A escrita na pedra era clara: "Mas somente os bravos entenderão a forma justa para todos". Raoni entendeu que as os bravos descobririam a verdade, mas esta verdade não pertencia a eles, pois os bravos a entenderiam e a distribuiriam para seu povo. Raoni descobriu, sozinho, a essência do povo Carijó. Seu pai estava certo, ele não mentiu ou inventou nada no leito de morte.
O indígena Carijó caiu de joelhos e chorava com a pele em suas mãos, pressionando-a contra o rosto. Descobrira a verdade, finalmente aquele jovem que sofreu injustamente durante toda sua vida nas mãos de sua própria tribo, se sentia no direito de ser alguém, que a verdade estava ao seu lado.
Decidiu partir de volta a Ubiratan. Não mais sentia raiva ou remorso, ele estava em paz consigo mesmo, havia se encontrado. Ficar longe da sua mãe não era mais uma necessidade, Raoni precisava contar o que havia feito e descoberto.
Em pouco tempo chegou em Ubiratan, pois o monte Cauã era próximo. Na entrada da aldeia, as pessoas o reconheceram na capa de sua mãe e com a velha lança de seu pai. O olhavam com o mesmo desprezo e desdém de antes, nada havia mudado.
Ao chegar na oca de sua mãe, a encontrou triste e solitária. Em pouco mais de 1 ano, ela parecia ter envelhecido mais de 1 década. Contou que depois que Raoni saiu, o desprezo dos demaiis quanto a ela somente aumentou. Que as pessoas a desprezavam não somente por ser viúva de Yakecan, mas também por ter sido abandonada pelo filho Raoni. Havia se tornado uma párea da aldeia.
Ao ouvir aquilo, Raoni ficou em fúria. Sua mãe, que nada fez àquela gente, havia sido subjugada socialmente, era penalizada sem ter cometido crime algum.
Raoni mal havia chegado, mal havia visto sua mãe, e saiu furiosamente da oca para falar às pessoas. No centro da aldeia, enfiou sua lança no chão e começou a gritar: "Que povo é este que abandona seus guerreiros à morte e não dá à eles nem o direito à um enterro digno? Que povo é este que despreza seus filhos, humilha suas viúvas? Este povo não é Carijó!" As pessoas começaram a aglomerar ao redor de Raoni.
Olhavam-no com desprezo, cochichavam nos ouvidos umas das outras e riam. Raoni não esmorecia e continuava seu discurso, furioso: "Não pensem vocês que dividindo-nos em castas pré-definidas farão justiça às pessoas, cada um deve poder escolher o que quer ser, ser merecedor do lugar que ocupa. As viúvas e as crianças merecem proteção, e não desprezo!"
Observava as pessoas e via nos olhos delas a incredulidade em suas palavras, já o conheciam como adolescente agitador, parecia que olhavam-no agora somente como um jovem que estava somente aumentando o grau da sua agitação.
Este discurso chamou a atenção de todos, e num curto espaço de tempo, os caciques e guerreiros estavam em frente a Raoni, incrédulos ouvindo suas palavras subversivas. O xamã Amanayé decidiu interromper e confrontou Raoni: "Sei bem quem é você jovem. É o filho de Yakecan. Ele nunca foi guerreiro, eu mesmo tratei suas feridas e, pela vontade dos Deuses, ele morreu. Você é somente o fruto de algo que nunca deveria ter acontecido. Juntar alguém que deixou de ser guerreiro com uma lavradora, não poderia sair um verdadeiro Carijó. Você é o fruto de uma árvore envenenada, e vem aqui para tentar envenenar a mente de nosso povo?"
Os Carijós regojizaram com as palavras de Amanayé, e davam gritos de saudação. Raoni sentiu seu sangue ferver, segurou a lança fincada ao solo e falou, com a voz firme e grave, tão grave que todos pararam e o ouviram: "Eu sou Raoni, filho do guerreiro Yakecan, o injustiçado, e de Nadi, a mãe zelosa. Sou um guerreiro Carijó, e assim sou não por ser filho de um guerreiro, mas porque o mereci. Passei muitas coisas durante minha peregrinação e decidi, contra a minha vontade mas a favor do meu destino, trazer a verdade e a justiça para este povo!"
Todos se calaram diante do tom de voz de Raoni, que havia mudado da fúria para a convicção. Amanayé ficou mudo pela fala firme de Raoni, balbuciou: "Olhe para você, magro, desfigurado, você sequer parece um Carijó!"
Raoni respondeu: "Estas cicatrizes são a prova de que não temo o enfrentamento com um inimigo, mesmo que superior. As marcas que tenho, dentro e fora de mim, são a prova de que mesmo um inimigo inferior, subjugado, não merece a morte ou a humilhação, merecem a compaixão, algo que você, Amanayé, não teve com meu pai, que sequer era seu inimigo!"
Desta vez Amanayé não hesitou diante da acusação direta, e gritou "E não temos guerreiros para mostrar a este lavrador o lugar dele?" A convocação do xamã não passou despercebida, o melhor guerreiro da trivbo, Kamaiurá, prontificou-se. Com sua lança em mãos caminhou em direção a Raoni, mandando-o se calar e ir embora de vez da tribo.
Raoni apertou sua lança com a mão, mas não a retirou do solo. Vendo que Raoni não respondia, Kamaiurá partiu para o abate, aproveitando a oportunidade que toda tribo o observava, para fins de aumentar sua fama como guerreiro. Afinal, abater aquele magro indígena seria fácil e rápido. Após partir na direção de Raoni com a lança em mãos e na posição de ataque, Raoni sabia que o truque da lança fincada ao solo não funcionaria.
Quando Kamaiurá chegou perto de Raoni, que estava extremamente hábil pelo verdadeiro treinamento ao qual havia passado, lembrou da forma como a pantera o atacou e feriu seu rosto. Assim, impusionando-se com um dos pés sobre a lança fincada (como a onça o fez impulsionando-se do barranco), prejetou-se contra Kamaiurá. Pegou seu adversário de surpresa, este movimento não era esperado, ele nunca havia visto isso.
O filho de Yakecan parecia uma pantera no ar em direção a Kamaiurá, que desferiu um ataque com sua lança através de uma estocada reta. Raoni, como a pantera, desviou o ataque com uma das mãos, girou sobre a lança se apoiando nela e, com a outra mão, desferiu um soco em Kamaiurá, que caiu de joelhos, tonto e indefeso. Raoni pegou a lança de Kamaiurá, colocou no peito do guerreiro, que percebeu a derrota e a morte eminentes.
Raoni disse, desta vez em voz baixa e calma à todo o povo que observava apreensivo: "Não vou matar este guerreiro que somente obedecia cegamente às ordens de um xamã injusto. Um guerreiro não luta pelo sangue, isso é a sede dos crápulas. Um guerreiro luta pela justiça, e isso não na consegue com uma morte injusta. Já tive compaixão contra quem julguei ser meu inimigo, eu entendi que este é o caminho correto. A verdade foi relevada para mim, pelas experiências que tive e pelos sinais que soube ler".
Em seguida, retirou a capa que sua mãe lhe dera, revelando a pele da pantera negra, seu dorso era adornado pela parte negra da pele, e seu peito era coberto pela parte interna da pele, revelando o espelho, algo que os Carijós sequer conheciam. Ambas reluziam muito, cada uma a sua forma. As pessoas levaram as mãos à boca, surpreendidas e maravilhadas pela beleza daquele artefato.
Raoni então contou toda sua jornada e sua descoberta feita nas fontes do monte Cauã. Todos acreditaram, pois a verdade era óbvia e totalmente comprovada pelo artefato raro. Algumas pessoas choraram de arrependimento e ali mesmo pediram perdão a Raoni e sua mãe.
Contudo, caciques e xamãs não concordaram com isso. O xamã Amanayé, julgando Raoni com base nas sua próprias convicções, pensou que iria querer vingança dele especificamente. Num ato de desespero, empunhou uma lança e partiu para cima de Raoni, aproveitando seu momento de distração enquanto falava. Raoni rapidamente percebeu o movimento, empunhou sua lança. Amanayé, sabendo que não teria chances de combater Raoni, arremessou sua lança, na esperança de acertá-lo em um golpe de sorte. Raoni, ao perceber o movimento, igualmente lançou sua lança contra Amanayé.
Ambas as lanças no ar, Raoni facilmente desviou da lança contra si com um movimento lateral. Já Amanayé foi atingido pela lança, caindo morto. Raoni lembrou das palavras de seu pai de que, nos momentos essenciais, sua lança não erraria.
Mesmo não sendo a vontade de Raoni matar o xamã, entendeu ser necessário para mostrar aos demais caciques e xamãs que a aldeia tinha que mudar, e Amanayé era alguém que não iria mudar suas convicções, continuando e replicando os costumes ruins e as injustiças. O recado foi duro, mas claro e direto.
Após, Raoni assim falou: "A partir de hoje, é consenso que não mais existirão ordens ou classes de nascença, e que todos os Carijós poderão ser o que quiserem de acordo com suas capacidades demonstradas, bem como poderão casar com quem quiserem. As marcas que temos em nossos rostos mostram que somos um só povo, e o espelho da pantera mostra que temos que olhar para nós mesmos antes de tudo, para aplicação da justiça".
Raoni foi aclamado cacique da Ubiratan, as demais tribos Carijós ficaram sabendo dos feitos de Raoni e passaram a respeitar ele e ter Ubiratan como o centro do povo Carijó. Todos os Carijós passaram a abolir as classes pré-definidas e proibições de casamentos, havendo mais harmonia na tribo.
Raoni, então, viveu uma vida plena, percebendo que toda sua jornada e sofrimento de sua famíla não foram em vão, passando a ser conhecido pelos Carijós como Raoni, o guerreiro da verdade.
FIM.
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ventimomenti · 1 year
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Meus livros favoritos dos últimos dois anos (2019-20)
Geralmente essa lista é anual, mas 2019 e 2020 foram muito atípicos — o primeiro especialmente para mim; o segundo para todos nós — , então tomei a liberdade de fazer esse compilado abrangendo um período um pouco maior, já que nesses dois últimos anos a vida (rsrs) me fez uma leitora meio medíocre (alguns diriam que foi uma pausa justa) e eu não conseguiria dar corpo ao texto se fosse falar do que li em um ano só. Nunca li tão pouco na década. Apesar de tudo, algumas leituras significativas me/se salvaram nesse período e viraram Favoritas da Vida — como sempre, elas não falham. Foram sete ao todo e vale a pena falar delas, sem nenhuma ordem de preferência (desculpa pelo textão e não desiste de mim).
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Carcereiros — Drauzio Varella
Esse foi o primeiro livro que li escrito pelo médico favorito do Brasil, mas não será o único, porque Drauzio tem tanto domínio e fluidez ao transitar pelas palavras quanto esbanja competência atuando na área de saúde há décadas. Livre de nomenclaturas e jargões, não se pode dizer que esse é um livro de divulgação científica como eu esperava a princípio porque a proposta do Drauzio não é falar sobre medicina, e sim sobre pessoas; é um livro escrito sobre e para gente como a gente. Aqui ele fala das amizades e histórias que viveu com diversos agentes penitenciários do sistema prisional de São Paulo, mais especificamente no Carandiru, onde atuou como médico voluntário de 1989 a 2002, ano em que a instituição foi desativada. Muito conhecido por Estação Carandiru (1999)(preciso ler!!!), obra-prima que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio literário do Brasil, e que ganhou uma adaptação cinematográfica (2003) nas mãos do diretor Hector Babenco mostrando o cotidiano dos prisioneiros no local que hoje é símbolo da marginalização dessas populações, em Carcereiros Drauzio nos faz ver o mesmo ambiente através de outro ângulo, o dos funcionários, pessoas livres mas que passavam seus dias inteiros dentro do presídio. Esse livro mostra como as dores podem ser diferentes, mas estão em todos os cantos, e é impossível estar inteiramente bem se quem está ao meu lado padece, porque a desigualdade é um mal que se alastra.
‘’Estava tão envolvido com aquele universo, que abrir mão dele significava admitir passar o resto da existência no convívio exclusivo com pessoas da mesma classe social e com valores semelhantes aos meus, sem a oportunidade de me deparar com o contraditório, com o avesso da vida que levo, com a face mais indigna da desigualdade social, sem ouvir histórias que não passariam pela cabeça do ficcionista mais criativo, sem conhecer a ralé desprezível que a sociedade finge não existir, a escória humana que compõe a legião de perdedores que um dia imaginou realizar seus anseios pela via do crime, e acabou enjaulada num presídio brasileiro.’’
Por Todos os Continentes — Roberto Menna Barreto
Todo ano (em que não tá rolando, sei lá, uma pandemia) eu vou à Feira do Livro de POA com uma amiga e tenho o ritual pessoal de comprar pelo menos um livro do qual eu nunca tenha ouvido falar antes, pra sair da minha zona de conforto literária e conhecer coisas novas, quem sabe me surpreender. Por Todos os Continentes foi adquirido assim (o tema de viagem me fisgou de cara) e virou favorito. Roberto Menna Barreto foi um empresário e escritor que colaborou com diversas publicações brasileiras e rodou MUITO mundo afora, visitando mais de oitenta países ao longo dos seis continentes, sobre os quais escreveu em suas colunas, como um diário de viagem. Esse livro compila vários desses textos e outros do acervo pessoal do autor, um aventureiro inveterado, contando sobre suas andanças, conhecendo as riquezas materiais e imateriais de vários povos, observando costumes e refletindo conosco sobre diversos assuntos inspirado pela variedade cultural com que se deparava em cada canto que visitava. É um livro denso (não é uma leitura das mais fluídas, mas isso não é defeito aqui) e muito interessante. Ele virou um favorito porque a leitura acabou se transformando numa experiência muito pessoal, já que o li de forma bem espaçada (acho mesmo que é a maneira ‘’certa’’ de ler esse livro, episodicamente) durante um ano inteiro, coisa que eu nunca faço, e ele me acompanhou em diversos cenários (trabalho, passeios, ônibus, salas de espera em hospitais, banco de praça, aqui e ali), meio como minha própria viagem, e olhando em retrospecto lembro de várias fases da minha vida (porque 2019 foi algo) pelas quais passei enquanto acompanhava Roberto andando pela Índia, Alemanha, Berlim Ocidental... Lembro de pensar em muitos momentos que esse é o tipo de livro que eu gostaria de escrever, e quando acabei a última página e descobri que o autor faleceu em 2015 fiquei triste como se tivesse perdido um conhecido.
‘’Toda volta é sempre mais problemática do que a ida, por que será?’’
A Revolução dos Bichos — George Orwell
Eu não esperava ser tão marcada por um livrinho curto de cento e poucas páginas, mesmo depois de ter lido Orwell da biblioteca do colégio no ensino médio e achado incrível, então não deixei de me surpreender quando fui descobrir por mim mesma por que esse livro está sempre ao lado de 1984 (outro favorito) como magnum opus do autor. Mesmo que já dispense apresentações, A Revolução dos Bichos nos mostra uma fazenda onde os animais tomam o controle e se voltam contra seus algozes humanos, reorganizando a dinâmica do local de modo que todos desfrutem dos benefícios da propriedade; mas logo os porcos (sugestivo) se colocam no alto da hierarquia, promovendo injustiças e subjugando os outros animais, o que desencadeia uma sequência de tragédias. É um enredo comicamente simples que satirizou a ditadura stalinista e sua decadência (alguns porquinhos representam claramente figuras específicas como Stálin e Trotsky), e que se tornou uma obra atemporal como crítica alegórica a projetos políticos que sucumbem às fraquezas humanas e corroem a vida em sociedade através do autoritarismo. Alguma pessoa muito mais sagaz cujo nome desconheço e a quem não vou poder atribuir os créditos já fez uma síntese da fábula dizendo que ‘’de certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens’’, e é uma frase boa demais pra eu deixar de parafrasear. A Revolução dos Bichos é um livro fluidíssimo que li em dois dias no trabalho porque você voa pelas páginas se compadecendo com as desgraças do cavalo, do pato e da galinha pensando que eles já foram, são e ainda serão pessoas como você em algum lugar, talvez aqui, quem sabe hoje.
‘’O resultado da pregação de doutrinas totalitaristas é o enfraquecimento do instinto graças ao qual as pessoas sabem o que representa ou não um perigo.’’
Anna Kariênina — Tolstói
Esse livro foi o primeiro russo que li e escolhi logo um calhamaço de mais de oitocentas páginas porque tenho tara por livro grande e queria mergulhar de cabeça; nada melhor pra começar conhecendo a literatura de lá do que um dramalhão de família cheio de amores proibidos e gente infeliz. :) O livro tem como pano de fundo a Rússia czarista e nos apresenta vários núcleos de personagens, tanto que é difícil definir um protagonista (sabe-se, inclusive, que Tolstói cogitou dar à obra o nome das duas cidades russas que mais ambientalizam o enredo, São Petersburgo e Moscou), mas Anna Kariênina é uma aristocrata casada que se envolve num relacionamento extraconjugal com Vronski, um oficial da cavalaria, e vive o drama de escolher viver suas vontades pessoais em oposição a manter a aceitação da alta sociedade, ambiente em que desfruta de status, riqueza e admiração, mas se sente vazia e infeliz. Em paralelo, também acompanhamos Liévin, um misantropo inconvertível que tem dinheiro, terras e posses mas nunca se encaixou nos rolês e vive solitário e isolado em eterna (são quase mil páginas rsrs) desilusão amorosa, apaixonado por Kitty, que por sua vez é a fim do Vronsky, aquele que tem um caso com a Anna do título. E é esse todo mundo vai sofrer aí mesmo, rs. Mais do que os (des)amores dos personagens, essa história se consagrou graças à ambiguidade de todos eles; não há heróis nem vilões, e sim pessoas complexas que não cabem em rótulos, como é na realidade — ou deveria ser. Esse livro é uma baita novela, me acompanhou na mala em duas viagens (nada prático, não recomendo, ele é um tijolo; mas também pensei que seria minha única chance no ano de lê-lo de uma vez) e passou as férias inteiras comigo, mas nem assim fiquei satisfeita com o tempo que passamos juntos, e digo pra quem pergunta (ou não) que ele é tudo que você espera de um drama de mais de oitocentas páginas. Anna Kariênina é um livro que terminei há menos de um ano e já quero reler.
‘’ — Entenda bem — disse ele — , isso não é amor. Eu já estive apaixonado, mas isso não é a mesma coisa. Não se trata de um sentimento meu, mas de uma força exterior que se apoderou de mim. Veja, eu fugi porque decidi que tal coisa não poderia acontecer, entende, como uma felicidade que não pode existir na Terra; mas lutei contra mim mesmo e vejo que sem isso não existe vida.’’
A Guerra Não Tem Rosto de Mulher — Svetlana Aleksiévitch
Ganhei esse livro e outros mimos de presente de uma amiga e quando abri o pacote gritei de alegria, porque desde que li e favoritei Vozes de Tchernóbil em 2017, da mesma autora, não tinha nenhum outro livro no mundo que eu queria mais do que esse e ela acertou muito na escolha. Svetlana é uma jornalista ucraniana e ganhadora do Nobel de Literatura em 2015, internacionalmente consagrada por seus livros-reportagem onde ela retrata momentos históricos já amplamente divulgados e discutidos mas às vezes de forma unilateral, coisa que ela procura reparar em suas obras expondo ângulos pouco ou nada explorados, e muito intimistas, através das vozes de protagonistas e sujeitos históricos que vivenciaram esses episódios. Reunindo relatos e delineando lembranças pessoais alheias, ela recompõe uma teia de histórias verídicas construída ao longo de anos de pesquisa e conversa incansável. Em A Guerra Não Tem Rosto de Mulher ela entrevista dezenas de mulheres soviéticas que integraram o exército vermelho lutando contra o nazismo na II Guerra Mundial, seja nas trincheiras, nas estradas, como enfermeiras, cozinheiras, atiradoras, telefonistas que cuidavam da comunicação das tropas ou onde quer que fossem aceitas (o que nem sempre era o caso), elas eram voluntárias. Naturalmente, também temos aqui um forte recorte de gênero evidenciando o apagamento da atuação das mulheres na guerra, e aqui o título do livro é perfeito; a guerra não tem rosto de mulher porque a imagem delas é a última coisa que nos vem à mente quando pensamos nesses eventos, ‘’mulheres não vão à guerra’’. Mas foram sim, e não foram poucas, elas existiram, e nesse livro Svetlana escreve ao mundo sua história não contada. Esse é um livro de memórias que dá voz a vivências silenciadas (como os homens veteranos cheios de traumas e feridas, essas mulheres sofreram muito no pós-guerra, mas com uma faceta de perversidade que eles não conheceram, a do sexismo; a mesma guerra que aos olhos dos outros transformou-lhes em heróis fez delas vadias) e joga luz sobre experiências ocultas. Além de sua importância como registro histórico, esse livro é precioso pela intimidade com que a narrativa é construída, atentando sempre no universo particular das pessoas afetadas por esse conflito de dimensão global e priorizando a sensibilidade e a delicadeza em complemento aos registros mais abrangentes dos acontecimentos. A Guerra Não tem Rosto de Mulher é um livro duro e comovente, uma verdade a ser lida e relida.
‘’Tudo o que sabemos da guerra conhecemos por uma ‘voz masculina’. Somos todos prisioneiros de representações e sensações ‘masculinas’ da guerra. Das palavras ‘masculinas’. Já as mulheres estão caladas. Ninguém, além de mim, fazia perguntas para minha avó. Para minha mãe. Até as que estiveram no front estão caladas. Se de repente começam a lembrar, contam não a guerra ‘feminina’, mas a ‘masculina’. Seguem o cânone. E só em casa, ou depois de derramar alguma lágrima junto às amigas do front, elas começam a falar da sua guerra, que eu desconhecia. Não só eu, todos nós.’’
Sapiens, Uma Breve História da Humanidade — Yuval Noah Harari
Difícil não cair em redundância com o título autoexplicativo descrevendo o livro, então começo falando do autor: Harari é um professor israelense de história que leciona na Universidade Hebraica de Jerusalém e ganhou notoriedade quando esse livro virou best-seller em 2014, alavancando-o ao status de celebridade acadêmica (provavelmente ele desprezaria esse termo, mas meu vocabulário é limitado). Sua especialização é história mundial e processos da macro-história, o que, segundo a Wikipédia (após ler em meu face energy aqui), é um método analítico ‘’que tem como objetivo a identificação de tendências gerais ou de longo prazo na história’’, e é isso que ele faz neste livro colocando em perspectiva toda a trajetória da humanidade, desde a origem do homo sapiens na idade da pedra até a contemporaneidade e domínio tecnológico no século XXI. Como protagonistas que somos aqui (vilanescos, muitas vezes), é interessante encarar nossa pequenez individual diante de um panorama que traça com muita nitidez todo o nosso percurso, viável desde que coletivo, e que tira o ‘’eu’’ de foco pra narrar as aventuras e desventuras da espécie. O livro é dividido em quatro partes, das quais três são sobre as revoluções cognitiva, agrícola e científica pelas quais passamos e suas consequências, que definiram o que nos tornamos. À parte (na parte 3 do sumário, sendo específica), Yuval fala da unificação da humanidade e ressalta nossa característica que para ele é a mais fundamental e responsável por nossa prevalência sobre outras espécies: nossa capacidade imaginativa, responsável por nos unir em torno de conceitos abstratos (religião, leis, mitos, dinheiro, Estados…) sem valor concreto em si, mas que regem a sociedade graças a importância que lhes atribuímos e que seriam incompreensíveis pra, sei lá, uma lhama. Obviamente um livro sobre a humanidade é regado por análises sobre os mais variados assuntos em que possamos pensar (foi o livro que mais me fez refletir sobre vegetarianismo, por exemplo), então vale a leitura até como acesso a um acervo de informações muito curiosas e interessantes. Lamento não ter memória suficiente pra gravar pra sempre tudo o que esse livro ensina, porque ele é muito rico, mas talvez isso seja apenas mais um convite a infinitas releituras no meu exemplar já todo grifado. ;)
‘’Avançamos de canoas e galés a navios a vapor e naves espaciais — mas ninguém sabe para onde estamos indo. Somos mais poderosos do que nunca, mas temos pouca ideia do que fazer com todo esse poder. O que é ainda pior, os humanos parecem mais irresponsáveis do que nunca. Deuses por mérito próprio, contando apenas com as leis da física para nos fazer companhia, não prestamos contas a ninguém. Em consequência, estamos destruindo os outros animais e o ecossistema à nossa volta, visando a não muito mais do que nosso próprio conforto e divertimento, mas jamais encontrando satisfação. Existe algo mais perigoso do que deuses insatisfeitos e irresponsáveis que não sabem o que querem?’’
A Casa dos Espíritos — Isabel Allende
Li dois livros da Allende e em ambos ela é impecável. Desde o primeiro (Eva Luna, fiquei apaixonada) já me parecia impossível que essa mulher fosse capaz de escrever algo ruim, então quando comecei este aqui, sua obra-prima, estreia na literatura e livro pelo qual é mais consagrada, eu já esperava que ele virasse um favorito da vida; não foi surpresa, mas foi maravilhoso acompanhar essa história. Isabel é prima de Salvador Allende, presidente do Chile morto durante o golpe que implantou a cruel ditadura militar no país, levada com mão de ferro e regada a sangue de 1973 a 1990, e por ser filha dessa terra e ter um laço consanguíneo tão forte com os traumas desse período, a ditadura chilena é um dos principais panos de fundo de suas histórias inventadas. Em A Casa dos Espíritos temos um romance de família que perpassa gerações na casa dos Del Valle, destacando as mulheres indomáveis da família em contraponto ao patriarca intransigente. Seus dramas pessoais que às vezes ultrapassam os limites do lar, o casarão da esquina onde coisas fantásticas acontecem (espíritos se manifestam, objetos se movem, uma mulher tem cabelo verde e a clarividência de Clara impera), e se desdobram pelas ruas da cidade em conflitos, aventuras e subversão refletem o clima geral da sociedade, as intempéries, sofrimentos e desordem que precederam a fatídica insurreição política que condenou o país e os personagens fictícios, mas muito reais, dessa história à tragédia, à busca por redenção ou à superação. Allende faz uso do realismo mágico como espelho para a história nacional (sem citar o nome do Chile em nenhum momento, note-se) num livro em que ficção e realidade se enlaçam, tecendo uma trama onde elementos fantásticos dialogam com a realidade bruta, desse jeito latino-americano familiar a muitos leitores que já conheceram outros nomes e títulos incríveis semelhantes. Os personagens aqui são extremamente cativantes (Jaime, o médico dos necessitados, é meu favorito de todos esses livros), as mulheres Del Valle são excepcionais e todos eles tomam contornos de velhos conhecidos para o leitor. Tudo que acontece com os membros da família é sentido em nossa pele e lendo você pensa no quanto disso foi escrito pela autora na necessidade desesperada de expurgar os demônios do passado de sua própria família. Allende é uma romancista fantástica e A Casa dos Espíritos é um livro maravilhoso que honra a história chilena. Quero ler tudo que essa mulher escrever.
‘’As pessoas caminhavam em silêncio. Subitamente, alguém gritou, rouco, o nome do Poeta, e uma só voz, saída de todas as gargantas, respondeu: ‘Presente! Agora e sempre!’. Foi como se tivessem aberto uma válvula, e toda a dor, o medo e a raiva daqueles dias saíssem dos peitos e rodassem pela rua, e subissem num terrível clamor até as nuvens negras do céu. Outro gritou: ‘Companheiro presidente!’. E responderam todos num só lamento, pranto de homem: ‘Presente!’. Pouco a pouco, o funeral do Poeta transformou-se no ato simbólico de enterrar a liberdade.’’
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Sebo Beco dos Livros - Porto Alegre (24/08/2019)
Ufa, é isso. Li outros livros maravilhosos que eu também gostaria de [obrigar meus amigos a ler sob ameaça de agressão física só pra eu ter alguém com quem conversar sobre] recomendar a todos, mas priorizei só os que viraram Favoritos Absolutos da Vida Amém pro texto não ficar insuportavelmente grande (mais do que já está, eu sei, eu sei…). Eu francamente acho que desprezar ficção é coisa de otário, amo muito e sempre li quase tudo quanto é gênero, mas gostei de ver como quatro desses sete livros são literatura de não ficção porque tenho dado muita atenção a essas narrativas nos últimos anos, é a primeira vez que são maioria entre os favoritos. Espero que essa retrospectiva literária possa servir de incentivo pra que alguém leia qualquer um desses títulos, se tiver a chance. Eles valem a pena. Desejo um ótimo 2021 em leituras a todos que curtem livros, porque se a moda continuar e todo o resto der ruim com força pelo menos a gente leu coisa boa. ;)
[Texto publicado originalmente no Medium em fevereiro de 2021.]
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falangesdovento · 4 days
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Piso sobre ervas e flores
danço sobre as águas da chuva
canto canções das minhas ancestrais
sopro incenso de mirra no ar
Acendo o fogo, rezo ervas
faço chás e unguentos
misturo amor e compaixão
na colher mexendo em círculos
cozinho medicina do amor
Lá fora o vento canta
folhas balançam no povo em pé
levam receitas às casas irmãs
curando almas, sanando dores
dos que procuram alento
no colo das curandeiras
Rezo com lágrimas que escorrem
curadoras águas salgadas
que lavam as almas
dos que recebem o intento
que emana do coração rezador
Sou curandeira e rezadeira
abençoo quem pede auxilio
estendo as mãos com alecrim
levando alegria aos cantos dos lares
plantando anjos guardiões nas portas
Sou rezadeira e curandeira
varrendo a maldade do mundo
lavando os pés e as mãos
beijando as testas dos irmãos.
Rose Kareemi Ponce
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