Tumgik
#talarico!
butvega · 10 months
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TA-LA-RI-CO! XV
"Eu posso fazer tudo ser melhor do que da última vez."
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notas. olá, pessoal! espero que curtam mais um capítulo do nosso nanazinho carioca!
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— Eu não vou. Não tem jeito, no carro com esse moleque eu não vou.
— Lucas, pelo amor de Deus, entra nessa porra! Eu não vou dirigir esse carro daqui até em casa.
Você estava estressada, e com razão. Lucas se negava veemente a ir no carro com Jaemin para casa. Tinha até colocado a própria mochila no carro de Jeno, com a justificativa de "não saberia o que fazer caso Jaemin passasse mal de novo". A mentira mais deslavada dita pela boca do Wong. Considerando-se um cupido nato, Lucas queria que você passasse o máximo de tempo com o amigo, e o resto? Bom, o resto que Jaemin se virasse, a parte dele ele havia feito.
Jaemin já estava dentro do carro, meio sonolento ainda pelo remédio que havia tomado mais cedo. Você suspira, vê que realmente não tem jeito. E movida pela coragem, que dentro de si misturava-se com paixão, abre a porta da porsche, e se senta no banco do motorista. Jeno não faz questão de dar as caras, e você entende que precisa dar uma explicação. Engana o próprio coração com o pensamento de que provavelmente Lucas não botará lenha na fogueira, e irá explicar que você está ali para ajudar Jaemin como amiga. Nem você acreditava nisso.
Já Jaemin, estranha o fato de você estar ali no banco do motorista, mas não nega o alivio: Lucas é um péssimo motorista, e dirigir seu bebê do Sana até a Barra seria um pesadelo.
— De boa ir dirigindo 'pra mim? — Jaemin pergunta, e você estranha a falta de humor em sua voz. Ele realmente parece cansadinho.
— Aham, 'tem problema não. Eu te deixo em casa e pego um uber. — diz saindo com o carro, dá até um pulinho no banco pelo barulho e potência. Buzina para Renatinho, que manobra o próprio carro para ir embora também.
— Imagina, pô. Fica na sua casa, e eu levo o carro 'pra minha. Não precisa ter esse trabalho todo.
Aham. Senta lá, Jaemin. Em menos de trinta minutos de estrada Jaemin já estava dormindo, no décimo sono, com o balancinho do carro. Aí que vem o perigo: aquele incômodo que você sente a cada cinco minutos de saber se ele está com frio, se ele está com calor, se está com fome, ou até mesmo desconfortável. Sua preocupação com Jaemin ultrapassa os limites da amizade, e você passa a repará-lo. Tão lindo. A boca rosada em formato de coração se encontra entre aberta, mostrando os adoráveis dentinhos de coelho. Ressona de levinho, a franja lisinha parece incomodar quando encosta nos olhos orientais, quando ele franze o nariz arrebitado. Você joga a franja cheirosa para trás, e em seguida escuta uma buzina alta do carro atrás de ti, e se assusta. Percebe o quão devagar está, culpa de Jaemin e seu rosto bonito. Sacode a cabeça negativamente, e prefere espantar os pensamentos com ele. Pelo menos até que estivessem em casa.
A viagem de volta demora quase três horas para ser concluída, e Jaemin só acordou quando sentiu o tranco do carro sendo estacionado na garagem de sua casa. Acordou meio desnorteado, bocejando e coçando os olhinhos enquanto você tirava seu próprio cinto de segurança.
— Ah, coé... Que vacilo, era 'pra você ter me acordado e parado na sua casa. — ele diz cruzando os braços, faz um bico fofo.
— Não quis te acordar. — você sorri carinhosa.
— Não quero tu indo 'pra casa de uber essa hora. É perigoso. Vai com meu carro. — ele diz. Tira seu próprio cinto também.
— Não precisa disso, cara.
— Claro que precisa. Vou ficar bolado se você não aceitar.
— 'Tá bom, seu encrenca. Amanhã antes de ir 'pra faculdade eu deixo ele aqui.
— Boa. Aproveito e te dou um bonde, de você quiser.
— Combinado. — você diz, e espera que Jaemin saia do carro, e pegue suas coisas para enfim você ir para casa, mas ele não o faz.
Fica te olhando, te encarando como se estivesse capturando todos os seus detalhes. Abre a boca para falar algumas vezes, mas suspira, e desiste. Diferente de quando estava com Jeno, o silêncio não é constrangedor. É até engraçado. Jaemin te olha, mas não consegue dizer uma palavra. As mãos dele soam, esfregam na calça para que as limpe, mas não disfarça o nervosismo.
— Nana...? — você pergunta, metade preocupada, metade risonha.
— Fica aqui um pouquinho? — ele diz rápido, e você não esconde a feição confusa.
— Jaemin?
— Só 'pra a gente fazer um lanche. Ver Shrek 2, sei lá. Por favor, fica um pouco.
— Nana, eu não sei se é uma boa ideia...
— Não é só uma boa ideia, é uma ótima ideia. Fica, namoral. Como amigos, sei lá, como qualquer coisa que você quiser. Eu só quero você por perto mais um pouquinho. Só até eu dormir.
Você suspira, não havia possibilidade nenhuma de dizer não para aquele Jaemin, ainda meio debilitado, cansado, e implorando para você assistir Shrek com ele.
— Vê se pede a nossa pizza naquela pizzaria que faz tudo sem lactose, cabeçudo. — você sorri, e na mesma hora ele morde os lábios sorrindo.
Ok, você havia aceitado ficar mais um pouco com ele, e isso era um ótimo sinal, mas o que fazer em seguida ainda era um mistério para Jaemin. Ele realmente só queria ficar mais um tempinho ao seu lado.
Jaemin recusou sua ajuda para carregar sua mochila para dentro de casa, e aproveitou a ausência dos pais para deixá-la em qualquer canto. Seus pais estavam aproveitando o domingo para jantarem juntos. Jaemin sempre admirou o fato dos pais serem casados há tanto tempo, e ainda tratarem-se como recentes namorados. Almejava ser assim com você.
Enquanto Jaemin tomava um banho, você esperava a pizza. Não sabia se era uma boa ideia ou não estar ali, sabia que era arriscado, que não tinha força de vontade o suficiente para negar algo. E ainda havia aquele incômodo presente sobre querer explicar a situação toda para Jeno. Mas como explicar algo que nem você entendia? Deixou rolar mais uma vez, pegou a pizza com o motoboy, e seguiu novamente para dentro de casa, dirigindo-se para o quarto de Jaemin, tão bem conhecido por ti.
Abrindo a porta, Jaemin estava sentado na cama apenas com uma bermuda de pijama, o cabelo molhado penteado para trás, com as luzes apagadas, ar ligado, e colocando Shrek 2 na televisão. Você só queria estar de pijama também, se enfiar de baixo das cobertas com ele, e dormir agarradinha nele. Mas não podia. Sentia-se brincando com o coração dele, e de Jeno. Aliás, sentia-se jogando um jogo muito perigoso com o próprio coração.
– Trouxe a pizza. — você sorri fraco, se senta na ponta da cama e oferece a caixa para Jaemin, que se ajeita ao seu lado.
— Oba. — ele murmura mordendo um pedaço.
Você não ousou dizer nada. Permaneceu em silêncio comendo, e prestando atenção no filme que é um de seus preferidos, se não o que mais gosta. Devido o cansaço, você, e Jaemin, sem perceberem, foram se deitando, até que estivessem completamente recostados nos travesseiros, focados no filme infantil. De barriga cheia, e pós viagem, o sono dominava Jaemin, que não sabia muito bem como iniciar algum assunto contigo.
Só... Te olhava. Te admirava rir levemente envergonhada pelas coisas que o Burro dizia na televisão, a empolgação em ver a fada madrinha de se dar mal. Para Jaemin, você era uma princesa de contos de fadas. Ele te admirava, se sentia adolescente novamente, assim como seus pais ainda se viam. Você repara a maneira em que ele te olha, o sorriso bobo no rosto, os olhinhos quase se fechando de sono. Vira o rosto para ele, e sorri igual, espantando os problemas, as duvidas. Ali, naquele momento, era apenas você, e o seu Nana.
— Te amo tanto, tanto, tanto... — é o que ele murmura, inebriado pelo momento, e você ao menos consegue responder, de tão nervosa que está. — Me deixa ser melhor pra ti. Eu posso fazer melhor do que da última vez, te prometo.
Ele levanta a destra até seu rosto, acaricia de levinho sua bochecha quente e rosada, e indo de encontro até você, deposita um selinho demorado e molhadinho em seus lábios. Permanece por um tempo com a testa colada na sua, ainda sorrindo, o coração quentinho. E em minutos dorme, alí, em seus braços, sob seus cuidados, sob seu carinho e amor.
Seu coração, que está acelerado como nunca, quase sai pela boca. Se sente sufocada, como se uma chave tivesse virado em sua cabeça. É Jaemin. Sempre foi Jaemin.
Não só mais um namorado, não só mais um ficante. Jaemin era o amor de sua vida, e era insuportável tentar negar, tentar mudar. Com muito esforço você deixou Jaemin dormindo. Desligou a televisão, e partiu até a Porsche dele, onde respirou fundo depois que entrou, e se sentou no banco do motorista. Aspira o perfume caro de Jaemin que emana por todo o carro, e sorri de verdade. Não havia mais dúvida alguma. Você amava Jaemin Na com toda sua alma.
Pega o celular, e desliza os dedos pela tela até encontrar o número de Jeno, e imediatamente o manda uma mensagem.
você: neno, mil perdões mesmo! eu sei que a gente ficou, e eu sei que foi completamente errado eu ter te dado esperanças me sentindo tão confusa. nunca foi minha intenção magoar você, brincar com você, essa não sou eu. eu senti necessidade de te dar explicação uma vez q te deixei p ficar com o nana o fim de semana inteiro.. é foda, eu não consigo mais guardar isso p mim, esconder, sl. eu amo MUITO o jaemin. eu me preocupo com ele, eu quero estar com ele, a presença dele me faz bem. e infelizmente não consigo continuar ficando c você, ou algo do tipo, sabendo que eu estaria traindo além de tudo a mim mesma. neno, me desculpa mesmo por ter q te dizer isso.. mas sempre foi ele. sempre foi o jaemin.
E algumas ruas do condomínio de Jaemin, um Jeno sentado na varanda de sua própria casa recebia sua mensagem com lágrimas nos olhos. Chega de tentar ter o que nunca havia sido dele. Ele realmente a amava, e realmente amava o primo. Se isso queria dizer deixá-los serem felizes sem se intrometer, era isso que ele faria. Deixaria com que vocês fossem felizes. Com um amargor lá no fundo, mas ainda assim com uma sensação estranha de alívio, ele te responde.
jeno lee: tá tudo bem. sério, tá tudo bem. te amo, p sempre, e desculpa por tudo que te fiz. quero que você seja feliz, não importa como, ou com quem.
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HOW CHRISTIANITY SUPPORTS MULTIRACIAL, MULTICULTURAL DEMOCRACY
'The Bible doesn't mention abortion or gay marriage, but it goes on and on about forgiving debt, liberating the poor, and healing the sick' — This pastor perfectly explained how the values expressed in Christianity can support a multiracial, multicultural democracy instead of right-wing extremism (via jamestalarico on TikTok)
#christianity #religion #democracy
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liberalsarecool · 1 year
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James Talarico is the perfect spokesperson to explain religion and government, and how Republicans are deeply un-Christian.
#TenCommandments #Texas
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beatricecenci · 24 days
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Achille Talarico (Italian, 1837-1902)
Dopo un ballo
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random-brushstrokes · 3 months
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Alex Duschnitz (Austrian, 1866-1942) - Pierrot's Dilemma
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Achille Talarico (Italian, 1837–1902) - Her Final Act
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artcapella · 6 months
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Watch the new Hbomberguy video that just dropped! Yes it is 4 hours but it’s one of the best things I’ve ever watched and all revenue from it goes to a good cause he explains around the 3:20:00 mark
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catalise-comenta · 10 months
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Oh yes, the strongest resemblance q!quackity has to q!ElQuackity: being a spiderbit hater
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topcat77 · 6 months
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Teresiña Talarico
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butvega · 10 months
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TA-LA-RI-CO! XVI
"Tanta gente equivocada, faz mal uso da palavra, falam, falam o tempo todo, mas não têm nada a dizer. Mas eu tenho santo forte, é incrível minha sorte, agradeço todo tempo ter encontrado você." — senhor do tempo; charlie brown jr.
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notas. penúltimo capítulo (fora os 3 bônus) do nosso queridíssimo talarico. não quero me despedir! obrigada por todos os comentários, e todas as perguntas. leio tudo e fico muito feliz, ♡ ps: licença poética para os termos "amo ela", em torno desse texto. duvido um pouco que no dia a dia real eles dissessem "eu a amo".
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Jaemin tinha apenas cinco anos, e Jeno seis. Jeno adorava o fato de seu primo, mesmo que mais novo, estivesse na mesma sala de aula que ele. Seriam alfabetizados juntos, e isso, a longo prazo, facilitaria imensamente a inserção dos dois no âmbito social escolar. Ambos sentiam-se sozinhos, e eram constantemente zombandos por serem de ascendência oriental. Mas não havia problema. Eles tinham um ao outro.
Jeno sempre fora o mais centrado: um entusiasta de matérias exatas, rapaz tímido, porém engajado em qualquer movimento acadêmico. Jaemin sempre fora seu oposto: quase um poeta, defensor dos fracos e oprimidos. Era recorrente que Jaemin recebesse advertências por entrar em confusões na escola. A mãe de Jeno, MyongHee, culpava Jeno, afinal, ele era o mais velho, deveria ser responsável e cuidar de seu dongsaeng.
Em torno dos dez, Jaemin já não chamava mais Jeno de hyung. Jeno fingia não sentir, mas era inevitável os primeiros olhares tortos ao escutar seu priminho chamá-lo pelo nome. A mãe de Jaemin, GaHee, prezava em dar ao filho uma educação brasileira. Falava em português com o filho em casa, ensinava bastante sobre a cultura do país, para que o filho se familiarizasse o mais rápido possível. Jaemin era nascido no Rio, sua mãe veio grávida para o Brasil com a cara, e a coragem, afim de trazer uma filial da empresa da família.
Meses depois, sua irmã mais velha MyongHee veio auxiliá-la. Trazia Jeno à tira colo com apenas meses consigo. Sempre foi mais rígida com a educação de Jeno, fazendo com que ele nunca esquecesse suas raízes. Não só os primos, mas também as irmãs, guardavam um enorme histórico de brigas por suas diferentíssimas personalidades. Os dois estavam se tornando um espelho de suas mães.
A empresa cresceu exponencialmente, ganharam bastante dinheiro, e com isso, GaHee sempre deu ao filho tudo aquilo que o dinheiro conseguia dar. Tudo de melhor possível. MyongHee era diferente, via o dinheiro com respeito. Achava que Jeno só poderia ganhar aquilo que merecesse, o que não era em si um problema. O problema era que para Jeno agradar sua mãe, e fazer por merecer em seu ponto de vista era quase uma missão impossível.
Quando entraram na adolescência, Jeno sempre fora o mais introvertido. Jaemin o levava para as festas, Jaemin desenrolava as meninas. Jaemin havia dado o primeiro beijo antes de Jeno, e dava dicas ao primo de como ser, o que fazer. Quando Jaemin perdeu a virgindade primeiro, relativamente novo, Jeno mascarou a inveja com a felicidade pelo primo. Jeno sempre quis ser tão leve, extrovertido e amigável quanto Jaemin.
Por volta dos dezesseis, em uma das inúmeras festas com os novos amigos, Jaemin conheceu uma garota da qual se afeiçoou. Trocou mensagens, riu, conversou, tentou ficar com ela, mas não conseguiu. Mais tardar, esta garota se transformou na primeira namorada de seu primo. Essa garota era você. E com o passar do tempo, Jaemin sentirasse... Diferente. Vê-la mal fazia Jaemin sentir raiva do primo. Vê-la você sendo consolada por Jaemin, fazia Jeno sentir raiva do primo. Você era a principal ligação entre eles.
Certa vez, Jaemin estava enfiado no quarto de Jeno. Jogavam Fifa quase sem piscar; competitivos demais, é claro. Diferente do que acontecia frequentemente, Jeno havia ganhado.
— "Perdeu, otário!" — Jeno dizia, repleto de bom humor. Jaemin ria sem graça, a culpa o consumindo.
Na noite anterior àquele dia, consolando você pós mais um comentário maldoso de sua tia, Jaemin reparou tempo demais seus lábios. Encarou sua boca, e fez até mesmo menção de fechar os olhinhos para beijá-la. Irresponsável. Como poderia desejar a namorada de seu melhor amigo?
Fora então que cada vez mais Jaemin se afastara de Jeno, de você. As festas realmente o distraia, o deixava feliz. Até... Encontrar você solteira, e não resistir. Quando Jeno soube de vocês dois, sentiu-se traído, ludibriado. Não acreditava no qual infiel seu próprio primo, seu melhor amigo, pode ter sido com ele próprio. Chorou. Escondido, se sentindo fraco, tapeado, passado para trás. Não sabia se realmente te amava, ou se só sentira-se mal por ter sido tão bobo. Ele sabia dos sentimentos de Jaemin por você. Quem não sabia? Era ridiculamente óbvio. Mas você era a única coisa que Jeno conseguiu, que Jaemin não. Até aquele momento. Jaemin conseguia tudo que queria, e aquilo se tornou uma guerra particular para Jeno. Ele tinha que ter você de volta.
Te ver escolhendo Jaemin inúmeras vezes fora doloroso. Te ter dizendo que Jaemin era sua escolha, com todas as palavras, fora mais doloroso ainda. Alí ele percebeu que realmente amava você, e que abriria mão de tudo para vê-la feliz. Mais ainda, ali ele percebeu que amava seu primo com toda sua força, e que abriria mão de você para vê-lo feliz. Jeno a amava, mas não da mesma maneira incondicional que Jaemin.
Fora aí que Jeno decidiu se libertar de suas correntes e amarrações, aquelas que ele próprio colocou em si mesmo, e deixá-los serem felizes, sem os atrapalhar. Naquela segunda-feira ensolarada, Jeno ao menos pisou na faculdade. A surpresa foi de sua tia, GaHee, ao vê-lo em sua porta.
— Jeno, meu filho... Oi! — não disfarça a confusão em sua voz doce. Havia visto como Jeno deixou o rosto de Jaemin em sua última briga, e recebido as ligações histéricas de sua irmã mais velha após ver o rosto do filho dela. Não imaginava o que poderia ter levado Jeno alí, mas esperava que não fosse mais uma provocação de seu filho.
— Oi, tia. O Nana já chegou? — ele pergunta sem graça.
– Ahn, não. Mas você pode esperar ele, se você quiser. — ela diz, dando espaço para que ele entre em casa.
— Quero sim, obrigada. — ele a cumprimenta formalmente, descendo seu tronco.
— Você quer um suco, uma água? Um biscoitinho? — ela acaricia de leve os cabelos do sobrinho.
— Quero não, tia, obrigada. — ele sorri. Gosta da maneira que sua tia sempre fora carinhosa, não importa o que acontecesse.
— Então tá. Qualquer coisa só chamar, tá bom? Espera lá no quarto dele, daqui a pouquinho ele tá chegando.
— Beleza, tia, valeu.
GaHee até sorri aliviada. Pelo jeito, o encontro dos dois não cheira a problema, e sim a solução. Jeno vai até o quarto de Jaemin, o qual ele não pisa à bastante tempo. Repara os livros no mesmo lugar, a bagunça na cama, os pacotes de biscoito espalhados pela escrivaninha... Até que repara os porta-retratos na estante de livros, onde em sua grande maioria eram os dois. Seja quando crianças, ou quando adolescentes, o quarto era repleto de fotos dos primos.
Jaemin ainda amava e respeitava seu primo. Havia chorado depois de sua briga física com ele, não só pela culpa de estar apaixonado por você, mas também por violentar Jeno. Aquilo parecia demais até para ele, mas era por você, afinal. Jeno havia desrespeitado você, e aquilo Jaemin não poderia tolerar.
Jeno se senta na cadeira rotatória, o espera ansioso. Jaemin faz questão de deixá-la em casa após suas aulas, e vai direto para casa se sentindo confiante. Marca em seu bloco de notas no celular milhares de coisas que poderia fazer por você: presentes, surpresas, jantares. Estava certo de que desta vez vocês iriam se acertar. Quando estaciona a porsche na garagem de casa, a dúvida surge em sua mente quando vê o Corolla parado alí. Era definitivamente o carro de Jeno, e não sabia se aquilo era bom sinal depois do fim de semana que tinham passado.
Jaemin abre a porta de sua própria casa como um espião; se esconde atrás de paredes com a mão fechada, e só falta rolar no chão. Estava preparado para apanhar do primo desta vez, sabia que talvez tivesse passado dos limites, indo até o Sana atrapalhar uma possível volta sua, e de Jeno. Mas quando chega em seu próprio quarto, se surpreende em ver o primo sentado com um dos porta retratos na mão. Jeno nem mesmo levanta o olhar, continua encarando a foto dos dois bem novinhos.
— Jeno? — Jaemin pergunta confuso. Esperava que assim que o visse, Jeno voasse no pescoço do mais novo, mas não aconteceu.
— E aí, Nana. — Jeno repousa o porta retratos na escrivaninha, e gira a cadeira para estar de frente com Jaemin. O mais novo, por sua vez, fecha a porta atrás de si devagar, ainda desconfiado. — Vim falar com você.
— P-pode falar. — Jaemin dá de ombros, tenta parecer indiferente, mas está de fato nervoso.
— Eu queria te pedir desculpa.
— Descul...Desculpa? Mas... Me pedir desculpa exatamente pelo o quê? — Jaemin franze o cenho, agora está mais confuso do que nunca, se senta na beira da cama de frente para Jeno.
— Desculpa por todo esse tempo onde... Onde eu senti raiva só por você ser você.
— Olha, eu não tô entendendo onde vo-
— Só cala a boca e me escuta. — Jeno revirou os olhos, meio sem paciência, e Jaemim obedece. — Quero te pedir desculpa, por ter tido inveja de você todo esse tempo. Por querer ser como você, não conseguir, e te culpar por isso. Pedir desculpa por tentar de fazer infeliz, tentar roubar sua namorada, tentar te atrapalhar.
Jaemin se encontra incrédulo. Engole a seco umas três vezes antes de conseguir responder qualquer coisa. Sentimental como é, os olhos puxados já estão ardendo de leve.
— Neno... — resmunga baixinho. — Eu que tenho que te pedir desculpa. Você não roubou ela de mim, eu que roubei ela de você.
— Jaemin. Será que você não percebeu que ela nunca foi minha? Que eu nunca consegui tratar ela da maneira que você sempre tratou? Que nunca consegui cuidar dela do jeito que você cuidou? — Jeno ri sem humor. — Eu só não queria acreditar.
— Eu... Eu amo ela, Neno. Eu amo essa garota 'pra caralho, chega a doer. Ficar longe dela dói. — e as lágrimas já se formavam no canto dos olhos do Na. Jeno, o mais velho, sente lá no fundo o instinto de acolhe-lo.
— Eu sei. Eu nunca vou conseguir amar ela do jeito que você ama, porque sempre foi você. — Jeno quase sussurra a frase que foi dita por você. Sempre foi Jaemin. E agora Jeno entende isso.
— Eu nunca quis te magoar. Eu só achava que você realmente não... Não amava ela, não gostava dela, eu só... Eu só me permiti, porque Neno, eu nunca gostei de ninguém assim. Eu sinto que posso fazer de tudo.
— E você não 'tá no erro não. — Jeno brinca com as próprias mãos. — Eu não fui suficiente. Eu fiz ela sofrer, então é justo que ela seja feliz agora. Na realidade eu deveria te agradecer por fazê-la feliz. De verdade.
— Eu não queria que a gente tivesse brigado desse jeito. Se eu pudesse escolher...
— Não diz que não escolheria ela, porque eu sei que é mentira.
— É... — é a vez de Jaemin rir sem humor. — Desculpa. Eu não tenho qualquer outra coisa que eu possa falar. Me dói te ter longe, ficarmos brigados. Você é meu irmão, é minha família. Você é o meu melhor amigo.
— Eu sei que não dá pra esquecer tudo e voltarmos a ser como éramos antes, mas... Dá pra recomeçarmos, né? — Jeno se levanta de sua cadeira, e se senta ao lado de Jaemin.
— Dá? — os olhinhos de Jaemin brilham. Ali Jeno percebe que Jaemin ainda era só o Nana, seu primo mais novo encrenqueiro e sentimental.
— Dá. Você sempre vai ser meu irmãozinho, e sem você é foda. Somos maiores do que qualquer coisa. Te prometo. — Jeno deu um soquinho na coxa de Jaemin, que não tardou em encostar a cabeça no ombro do melhor amigo.
— Obrigado. Por tudo. — Jeno bagunça de leve a cabeça de Jaemin, o abraçando pelo ombro. — Ah, e outra coisa.
— Fala.
— Te amo, Hyung.
É aí que Jeno não sabe se explode de amor, ou se finalmente se sente tranquilo depois de todo esse tempo.
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sher-ee · 25 days
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James Dell Talarico (born May 17, 1989) is an American politician and former teacher. He was elected to the Texas House of Representatives in 2018 to represent District 52, which includes the cities of Round Rock, Taylor, Hutto, and Georgetown in Williamson County.
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liberalsarecool · 1 year
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Rep James Talarico [D-TX] is making point after point, showing how Republicans are putting the Ten Commandments above the Constitution.
Vote the christofascist GOP out of every office.
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dayurno · 12 days
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thoughts on neil jean friendship
neil wrong as fuck for sleeping with his friend’s first love of five years like that
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louissatturi · 1 year
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So the brazilian fandom is calling q!quackity "talarico" after he posted this tweet lol
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CONTEXT: the word "talarico/a" is a slang term that is used to call people that are your friends but they try/hook up with your crushes/romantic partners
Thats why the brazilian fandom is calling him that
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idollete · 2 months
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juju essa canetada do fernando 😭😭😭 por deus amiga primeiro aquela foto dele q nem uma geladeira eletrolux e agora isso… estou vendo meu amigo com outros olhos…
JURO AMIGA estou genuinamente enlouquecida com ele (e enlouquecerei todas vocês juntos comigo), porque como é possível ele ser tão gostoso assim???????????? não é justo e eu não aguento mais sabe que nunca vou dar pra um homem deste, isso é desumano!!!!!!!!!!!!!!!!
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