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#por favor me livre desse arrependimento
lovecorehs · 1 month
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One person didn't understand me so I'll explain
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Some dancers on top of a truck through the streets at night then a frog came and started dancing in front They were surprised by such talent and hired him as a dancer at the frog party. But then I invaded the room with my microphone and invited him to a rhyme battle like that battle game, so I won the fight and he left and I was left with the party room and I drove out all the other frogs
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tekayfireborn · 1 year
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Neurose
Há tanto entre o tesão e a tristeza que nem sonha nossa vã filosofia. Da química à biologia das sinapses o universo se comprime em uns 1300cm³
Ei tálamo e hipotálamo, que foi que eu fiz para vocês?
Dopamina, por deus! Por que tanto me contamina? Tenho medo da overdose com o tanto de você que há em mim. Você me confunde tão por completo que solto o Id e prendo o Ego, pra depois, quando tu passa, me ver clamando novamente pela tua graça.
E é nessa tensão da neuroquímica que me aprisiono num ciclo de desejo e arrependimento, indo do carnal ao metafísico; do medo do futuro, ao nem pestanejar no presente. Cego ao que há na frente, rumo à imediatez de um vício intransigente.
Dopamina, cadê você novamente? Eu preciso da sua corrente! Me enlaça com ela e deixe livre o delinquente.
Estímulo, eu preciso de estímulo! Pornografia, filmes, música, qualquer coisa… Telas e telas, por todos os lados, meus espelhos negros precisam ser ligados; eu preciso estar logado.
Tanto fogo acumulado! Maldita libido que não se contenta com estímulos de pixels iluminados. Córtex, por favor, me despe do desejo, se for esse o preço a ser pago pelo sossego, mas pelo amor, controle meu desespero.
Controle, controle, uma gota qualquer… Cadê a razão? Cadê você córtex, por que me abandonou? É isso vingança porque nunca te dei atenção? Cadê sua racionalidade ante a tanta insanidade do instinto e tensão?
Saudades do tempo em que sexo era proibido e responsabilidades eram só deveres de casa. Saudades do tempo em que romances não existiam e saudades era só uma palavra.
Deus? Você está por aí? Cadê você Deus? Cadê o amor que me prometeram? Cadê o felizes para sempre e a eternidade no paraíso? O que há de errado comigo?
Deus? Eu queria voltar a acreditar no senhor e acreditar no determinismo da tua onipotência. Mas não consigo… Deveria eu liberar meu espírito pra poder conversar contigo? Descer do muro e levar uma picada de cobra, num grande deserto estrelado, pra poder me desprender desse corpo pesado e finalmente ter amor ao seu lado?
Entre o tesão e a tristeza… há as barras do meu confinamento. Entre o tesão e a tristeza… há covas em um cemitério de sonhos. Entre o eu e o eu mesmo… há versos de desespero em poemas estranhos.
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erinelliotc · 4 years
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“Instinto materno”; pais controladores e narcisistas
Minha mãe hoje falou que quando se chega em certa idade, a mulher sente "o chamado da natureza pra ser mãe". Ai ai, kkk.
Pior que às vezes eu até sinto vontade de ter filhe, mas não é um desejo motivado pelos motivos convencionais, digamos. Eu não sinto muita afinidade e carinho por bebê e criança não, e pensar em passar pela experiência da gravidez e principalmente do parto me causa angústia. Minha vontade de ter filhe é na verdade um desejo de:
Gerar um ser, pois gostaria de saber como seria um ser com meus genes, e também como seria a combinação dos meus genes com os de minhe parceire;
Criar uma pessoa da forma que eu gostaria de ter sido criade, passando os valores que acredito serem os corretos, incentivando o amor próprio e respeito ao próximo, uma criação desconstruída livre de preconceitos e normas de gênero e sexualidade, não controlar e não privar de aprender com a vida (não tratar como minha propriedade, e sim como uma pessoa separada de mim com sua própria cabeça e pensamentos (dar liberdade de escolha conscientizando sobre as consequências de seus atos e respeitando suas decisões));
E essa segunda motivação também leva a uma terceira: Querer colocar mais gente sensata e desconstruída no mundo.
Acho que muitas pessoas acabam se tornando pais controladores e narcisistas porque uma das coisas que os motiva a serem pais é o seu egoísmo, o desejo de ser superior a alguém, de controlar e mandar em alguém, de moldar esse alguém para ser o filho que desejam, esquecendo que trata-se de um ser humano, e não de um objeto. Trata-se de um indivíduo, e não de uma propriedade. Trata-se de uma pessoa com sentimentos próprios, desejos próprios, ideais próprios, pensamentos próprios, com sua própria cabeça, com o direito de escolher, de decidir por si mesma o que acredita ser melhor para si. Trata-se de uma vida independente da desse pai ou mãe, e acabam esquecendo, ou melhor, apenas ignorando isso por possuírem uma visão deturpada do papel de pai, levando-os a confundirem o papel de “criar, educar e orientar” com “controlar, moldar e impor”, e também pelo possível desejo (originado do egoísmo) de se sentirem superiores e donos dessa vida, utilizando como argumento a relação hierárquica entre pais e filhos, a famosa “autoridade” que pais (supostamente) possuem com sues filhes, alegando que estes os devem “respeito” (entre aspas, pois o entendimento desses pais sobre o significado de respeito é distorcido em suas mentes) e obediência sem qualquer questionamento, sendo esta última uma atitude considerada por esses pais como “falta de respeito”, e portanto, sues filhes não podem clamar por seu direito de tomar suas próprias decisões, não podem responder e contrariar seus pais, não podem pensar e decidir por si mesmos, o que deveria ser um direito de toda pessoa. Acreditam que sues filhes só podem fazer aquilo que é decidido por eles, aquilo que são mandados e obrigados a fazer, pois esses pais são tão egoístas e narcisistas, que pensam que o que eles querem que sues filhes façam e sejam é a única maneira correta de agir e ser, e como já dito, pensam que possuem poder de controlar e moldar sues filhes como bem quiserem, e poder de privá-los do direito de escolha, e assim, obrigá-los a seguir a “única maneira correta” a todo custo, privando-os de aprender com a própria experiência, com a própria vida sobre as consequências de suas escolhas. Assim, os pais acabam passando por cima da individualidade de sues filhes, e pensam que possuem todo o direito de desrespeitá-los, já que têm para si o significado de respeito de forma distorcida. É lamentável que tantos jovens tenham que ser submetidos a essa paternidade e maternidade controladora e narcisista, e não possam realmente fazer algo a respeito disso até atingirem a maioridade. E ainda, há muitos que mesmo chegando aos 18 anos, continuam sob esse controle.
Eu nunca desejei e nunca desejarei ser superior a alguém, controlar e mandar em alguém, até porque sou uma pessoa muito passiva, então nem tenho grandes capacidades de mandar em alguém. Se eu tiver filhe, jamais ê privarei de tomar suas próprias decisões e de aprender com a vida. Todo ser humano deve possuir liberdade de escolha, e sempre serei totalmente a favor do aprendizado pela experiência e pelos erros, pois além da questão da liberdade, acredito que sempre é melhor experimentar e não dar certo do que nunca experimentar, é melhor quebrar a cara e ter certeza de que não era para ser do que nunca fazer e ficar na eterna dúvida e arrependimento de não ter tentado. Não deve-se criar os filhos para si, pois os filhos não pertencem aos pais. Deve-se criá-los para o mundo.
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verbrrhage · 2 years
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reza de alhures o novo se inicia, nova novela em princípio de evidente cautela dai-me a coragem para enfrentar às turbulências desse bravio mar santificada seja a nossa carne! anos passados: de dias sem charme neste então dai-me a sujeira cosida, a bile, a explosão conceda-me, por favor, ó Mãe, mais alguns fios de paciência, de esperança, de amor e de saber sambar. tenha misericórdia da nossa alma calejada, só há tanto sofrimento que uma consciência eminente consegue presenciar. parece que há dois anos tudo estagnou e eu ainda não tenho certeza absoluta de quando começou a caminhar. fico desorientado e perdido e empacado entre placas e sinais contraditórios e confusos e duvido do contínuo espaço-tempo, essa continuidade errática e arrabalde em que pisquei e alguns anos saíram voando livres soltos das mãos. fui dormir com 19 anos querendo escrever o mundo e acordei assim, anestésico, meio vário, nesse estado de espírito diáfano, com quase 21 e com a pele embranquecida e anêmica e mole, mais cabelos e mais barba, mais rugas e mais pensamentos e constatações sobre a natureza da vida e do universo fundadas em observações diárias do espetáculo do absurdo ou algum drama coreano barato. o silêncio é a minha oração. prostrado sob a escuridão, eu rogo, peço, submeto e escuto por uma solvência dissolvendo, ó Pai, eu me humilho perante tua benevolente frieza passiva. e choro, entre monólogos sem exatidão. na madrugada, sob a obnubilação retorno ao ponto de partida, arranco a casquinha da ferida, sinto a febre intrometida nos assobrinhados receios, fulgores perecíveis emprestados pelo desleixo da seleção natural; é lá, que repousa o acúmulo de pecados, de todos os arrependimentos, assentados ao lado da catacrese sarcástica definitiva. eu devia ter tentado outra vez e me arriscado. eu devia ter falado mais, não deixar que o tempo construísse um abismo entre a gente. mas uma parte considerável de mim quer sumir. seria uma pena perder também aquilo que eu amo ou amava, as conversas armazenadas no fundo da gaveta de um aplicativo de mensagens obsoleto e, lá, os áudios antigos das risadas trocadas, as figurinhas, vídeos, histórias, estados primordiais de condição. dói ver que isso acabou também.
#me
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eudorameira · 3 years
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[10] SOMETHING IN THE RAIN, 2018
Ou alguém dá o mundo para o Seo Joon‑hee por favor?
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O frustrante caso do homem que merecia mais.
Something in the rain conta a história de Jin-A, uma mulher de 35 anos que após o término de um relacionamento acaba se aproximando do irmão mais novo da sua melhor amiga, Joon-Hee que acaba de voltar para Coréia depois de alguns anos morando nos EUA.
Joon-Hee além de melhor amigo do irmão caçula de Jin-A, é considerado junto com sua irmã parte da família, depois do falecimento da mãe e o abandono do pai.
O carinho entre os dois crescem de forma natural e inesperada até eles se percebem apaixonados um pelo outro.
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A premissa do drama nos dá a impressão que o grande dilema envolveria a diferença de idade do casal protagonista, porém na realidade o grande choque é a reação das pessoas relacionadas à eles.
Um é melhor amigo do irmão do outro.
Os pais de Jin-A são tão próximos de Joon-Hee que em alguns momentos chegam a dizer que o consideram como filho.
Então a descoberta dessa relação causa um turbilhão de emoções e a ruptura nesse ambiente familiar.
Mas vamos falar sobre isso mais pra frente, porque antes de todas as controvérsias há um lindo romance que acontece de uma forma bem construída com cenas de nos deixar como Jin-A, ou seja, apaixonados.
Pra começar Joon-Hee é a personificação do namorado perfeito! Ele é atencioso, carinhoso, gentil, generoso e está sempre pronto a enfrentar o mundo para ter Jin-A ao seu lado, independente do quanto isso possa ser doloroso para ele.
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Ele se torna o principal motivo para que Jin-A mude sua postura e passe a se dar o devido valor.
Ela percebe que a forma que antes permitia que a tratassem era desrespeitosa e amoral, e continuar permitindo esse tipo de tratamento seria tão desrespeitoso com ela quanto com Joon-Hee e seu amor incondicional.
Na verdade se a abordagem do drama girasse em torno da diferença de idade entre os dois, veríamos aqui a inversão dos papéis, pois mesmo Joon-Hee sendo mais novo, ele é explicitamente mais independente e maduro que Jin-A.
E isso fica muito claro em diversos momentos cruciais da relação dos dois, o que torna tudo um pouco mais pesado para o nosso querido protagonista. E a forma como ele lida com os deslizes da namorada é talvez a maior prova do quanto o sentimento dele por ela é forte e incansável.
Esse foi o meu primeiro drama com Jung Hae In e eu já estava de olho nele desde a participação em Goblin e agora posso dizer com convicção que ele se tornou um dos meus atores coreanos preferidos.
A construção do personagem foi extremamente linear e as emoções saltavam em seus olhos. Foi impossível não se conectar com ele, foi impossível não se sentir como seu personagem se sentia assistindo esse drama.
A Son Ye Jin é aquela atriz que eu simplesmente amo assistir! Ela é naturalmente hipnotizante e a gente consegue amar e odiar a sua personagem em fração de segundos de tão intensa que foi a sua atuação.
Eles encenaram uma química impecável, quase palpável de tão profunda e assistir à esse casal foi sem dúvidas o ponto alto de Something in the rain!
Mas como nem tudo são flores e nem só de romance se vive um bom drama, precisamos fala sobre o inicio da jornada sofrida de nosso protagonista encantador.
A sogra!
Dizem que sogra boa não existe, mas com certeza tão má e desagradável quanto a mãe da Jin-A espero que não seja tão fácil de achar!
Kim Mi-Yeon é mesquinha e desprezível.
Enquanto todos tentam digerir a novidade, ela vomita palavras duras e preconceituosas à respeito da origem de Joon-Hee e do quanto ele não está à altura de sua filha e família.
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É doloroso assistir as cenas onde ela cruelmente despreza o namorado da filha, abusa do seu poder de mãe e tenta controlar a vida de Jin-A.
E o pior de tudo, sem esboçar um mínimo arrependimento, nem mesmo quando seu próprio filho e marido a repreende, nem quando sua filha sofre ou nem mesmo quando ela passa ignorar Joon-Hee e sua irmã mas velha, que tinha um carinho especial por ela.
Foi uma personagem muito difícil de digerir!
O drama ainda aborda um tema bem delicado que é o assédio sofrido pela personagem dentro do ambiente de trabalho pelos seus supervisores.
A partir do momento em que Jin-A se impõe e decide dar um basta nisso, ela se vê a frente de uma batalha necessária e dolorosa, onde a vítima é mal compreendida e extremamente julgada pois a hierarquia e misoginia falam mais alto.
Foi importante tocar no assunto? Muito! Porém achei o desfecho bem raso e senti uma dificuldade no roteiro de dar a atenção devida ao tema, e ainda mais em encaixá-lo com naturalidade ao contexto do drama.
O seu desenvolvimento foi lento e a conclusão esperada nunca chegou.
E assim começa o meu grande problema com os dois últimos episódios desse drama.
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A personagem da Jin-A estava numa crescente vagarosa, onde ela ainda cedia aos caprichos da mãe controladora e mesquinha, mas que ao mesmo tempo estava decidida a não romper com Joon-Hee e seguir, ainda que sozinha,  com a denúncia de assédio contra seus superiores.
Ela passa a morar sozinha, ignorando o pedido do namorado para viveram juntos. 
Até então, extremamente compreensível, pois era natural ela querer ter nesse momento de amadurecimento pessoal, a oportunidade de assumir as rédeas de sua vida de forma totalmente independente. 
É quando uma ruptura em seu relacionamento acontece.
Joon-Hee estava cansado, exausto de tudo aquilo que vinha enfrentando durante todo esse tempo. Ele desejava que de alguma forma eles pudessem viver seu relacionamento de forma livre o bastante para que fosse leve, e assim pediu novamente em seu emprego a oportunidade de voltar a trabalhar nos EUA por alguns anos.
Jin-A não aceitou, pois o seu crescimento emocional não a permitia largar tudo e ir atrás de alguém.
Vou dar aqui a minha humilde opinião que ninguém perguntou, o crescimento emocional dela não a permitiu se colocar por uma única vez em todo o seu relacionamento no lugar de Joon-Hee e tentar ao menos entender o porque pra ele era tão necessário fugir de tudo aquilo e acabou o abandonado na única vez que ele a pediu, ainda que não diretamente, para o colocar em primeiro lugar.
E eu juro que a entenderia em qualquer outro contexto que não esse, pois o amadurecimento nos ensinar que pensar um pouco em nós e nos colocar em primeiro lugar nem sempre é egoísmo, muitas vezes é mais que necessário.
Mas foi a permissiva obediência de Jin-A ao controle de sua mãe e dificuldade de se impor aos caprichos dela além de todo o resto que criou um ambiente insuportável para que o relacionamento deles crescesse saudável.
Acabou sendo extremamente desgastante para o namorado que já lidava com os desvaneios da mãe, ter que sempre lidar também com a submissão da filha. 
E para acabar de partir meu coração, após uma passagem de tempo, eles se reencontram e damos de cara com uma regressão decepcionante de Jin-A.
Ela simplesmente volta a ser exatamente a mesma personagem do inicio de todo o drama depois do rompimento e da partida de Joon-Hee.
Mesmo morando sozinha, ela permaneceu no mesmo emprego, mesmo depois de ter sido rebaixada de cargo após a denúncia e em um relacionamento vazio com alguém que é o tipo exato de homem que agradaria mais a sua mãe do que a si própria.
Juro que nesse momento eu já nem torcia muito para que o casal tivesse um final feliz. Eu só queria pegar o Joon-Hee no colo e falar o quanto ele era uma pessoa incrível e desejar que Jin-A colocasse um pouco de juízo em sua cabeça!
Na verdade cheguei a desejar que o drama tivesse acabado junto com o término do namoro, nos deixando com uma Jin-A forte o suficiente para seguir sozinha e Joon-Hee maduro o suficiente para entender que nem só o amor basta para que um relacionamento dure.
Por mais duro que tivesse sido ainda teria sido menos frustrante!
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Mas o roteiro decidiu tentar nos vender um romance onde independente dos erros e acertos, das mágoas e afastamento, o sentimento de um pelo outro permanecia.
E mesmo que sendo impossível fazerem se compreender um para outro, ela após o reencontro decide finalmente abandonar coisas em sua vida que não a permitia ser feliz e ele resolve que não podia se permitir deixá-la de novo.
Mais uma vez eu venho aqui expressar a minha opinião que ninguém pediu. Ela decidiu que o seu relacionamento com Joon-Hee havia encerrado o seu ciclo, mesmo que o sentimento durasse para sempre e ele decidiu ignorar tudo e ir atrás dela e eu só pensava, “Valorize-se!”.
Eu achei esse desfecho meio vazio e frustrante, pois os antigos problemas deles não foram resolvido.
Ela ainda não era capaz de ceder e ele sempre abria mão do seu orgulho por ela. 
Não houve nenhuma evidência de que a opinião da mãe dela mudaria e nem um pedido de desculpas dela à sua melhor amiga.
Eu ainda sim indico, porque qualquer história que seja capaz de me fazer escrever tanto sobre ela e me causar intensas emoções é boa o suficiente para que eu a elogie! 
Além de ter uma OTS maravilhosa!
A sua temporada com 16 episódios está na netflix então corre lá pra ter forte emoções!
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farmabruna · 4 years
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QUE DAS MINHAS CICATRIZES SAIAM CURA....... Permita-se renascer quantas vezes você quiser ou precisar! Nem sempre é uma questão de escolha, muitas vezes é uma necessidade, mas em ambas situações permita-se recomeçar!!! Eu fui convidada para dar uma nova entrevista sobre relacionamento abusivo, dei uma entrevista em novembro do ano passado aí hoje recebi novo convite para dar uma outra entrevista num programa da mesma emissora. Mas eu resolvi por uma pedra em cima desse assunto, estou em outra fase da minha vida, a melhor fase da minha vida aliás em todas as áreas educacional, profissional, amorosa, familiar, tenho os melhores amigos do mundo... enfim, Deus tem me abençoado. Resolvi por uma pedra porque hoje eu consigo desejar o bem pra essa pessoa e sei q se essa pessoa só teve injúrias agressões violência punições e julgamentos na vida o que mais ela poderia me oferecer? Pois é, só oferecemos aquilo que temos e essa pessoa só me deu aquilo que ela tinha. Hoje sinto pena . Hoje eu só desejo que o mesmo Deus que me foi apresentado seja apresentado a essa pessoa, muitas vezes essa pessoa se sentiu grande por obter proveito das coisas fáceis que o mundo oferece, por tantas vezes essa pessoa me humilhou pra se sentir grande, mas hoje sei que para Deus isto é tão pequeno, e no final é entre nós e Deus. E hoje eu perdoo está pessoa, pois perdão é uma decisão. Uma nova história começou em mim, daquela dor só me restou a cicatriz. Jesus foi o remédio que me fez viver." ♫❤ como tudo começou? Eu tinha acabado de sair de um relacionamento de muitos anos, um relacionamento de verdade... mas só hoje percebo essa verdade e quão bem tratada e respeitada como mulher eu era. Eu era uma menina vaidosa, eu era uma menina esforçada e dedicada no trabalho e nos estudos, eu era uma menina alto astral, eu era uma menina que hoje me espelho e me trato na psicoterapia para voltar a ser ela... E graças à Deus estou conseguindo. Eu fui agredida, eu fui humilhada, eu fui maltratada, eu decepcionei e magoei pessoas que me amavam, eu estava cega. Acreditava nas promessas de arrependimento do agressor, achava que ele cuidava de mim queria o meu bem e me viciei neste círculo tão vicioso. o ciclo era sempre assim: fase alerta: Houve momentos em que tinha que controlar até as fisionomias do meu rosto, ficar em alerta com tudo que eu ia dizer e responder não como eu pensava mas da forma que ele iria concordar para não se ter outra briga. fase da explosão: Onde se ocorre agressões físicas, psicologicas, materiais, moral e até mesmo sexual. apertões, empurrões, cuspidas no meu rosto.... Vadia, vagabunda, maldita, desgraçada, biscate, filha da puta, oportunista, ordinária, vc tá fodida na minha mão, vou afundar teus dentes, eu te mato, gorda, ridícula... Por ciúmes, por paranóias. Eu era julgada por tudo. Até pelo que ele imaginava que eu pensava. fase da lua de mel: Ele me fazia acreditar que estava cuidando de mim que eu era a louca e desiquilibrada e que estava me fazendo um favor de me aguentar. conseguia me convencer que eu estava errada e tínhamos momentos de muito carinho. Era essa fase que me impedia de dar um basta, como eu amava sentir cuidada e amada. Tantas vezes ele ameaçou de morte, mas não enxergava que eu já estava morta por dentro. Não saia pra lugar nenhum, não conversava com mais ninguém. Vivia em função de uma pessoa que me maltratava, engordei trinta quilos, entrei em depressão, tentei me matar, por não suportar ouvir coisas que eu não era. Eu tinhas medo do agressor e do que ele pensaria mais ainda de mim se eu saísse, se tivesse amizades, se me arrumasse... ficava em casa para evitar brigas, para ver se ao invés de "vagabunda" eu fosse chamada de "amor". Eu me esforçava para agradá-lo e não conseguia. O agressor psicológico te convence de que a culpa é sua. sua culpa por não ser boa o suficiente para ele. E vc se frustra. me frustrava por nunca conseguir ser boa para ele, sempre estar errada em minhas ações. me perguntava: o que mais eu poderia fazer? E a resposta é nada. A culpa é dele, nada que vc faça irá mudar, menina. se convença disso. Vi a saúde do meu filho comprometida, sim tenho um filho especial, autista e via que aquela situação estava o trancando num mundo particular, impedindo o de se desenvolver. E foi numa dessas brigas que eu ouvi meu filho chorar, uma criança que quase não se comunicava com as lágrimas rolando e me dizendo "mamãe vc é linda, não precisa disso, coloca esse cara pra fora daqui; e o instinto de mãe falou mais alto, o único instinto que ele ainda não me havia roubado. Esse instinto me fez agir, colocar meus filhos num carro e ir denuncía lo. hoje eu me sinto leve, eu superei, eu quis superar, eu abri meus olhos de uma vez e sim tomei coragem de enfrentar todos os meus medos de frente e foi a melhor decisão da minha vida. tenho três filhos e isto não foi motivo para me manter numa relação abusiva, sim por eles eu decidi ser livre para fazê-los felizes. e digo estou na melhor fase da minha vida nunca me amei me senti valorizada respeitada admirada como hoje. me olho no espelho e tenho orgulho desse soirriso natural que aparece refletindo. A melhor sensação do mundo hoje é acordar num feriado, sair com meus filhos, comer o que quero. Ir ao supermercado sem ter o medo do celular tocar e eu não ver, ninguém para vigiar o meu celular, ninguém me criticando. Ninguém desmerecendo o meu trabalho, a minha índole, gritando porque não disse o que ele queria ouvir. Isso é simplório, ninguém machuca mais o meu corpo, a minha mente e o meu coração. o que eu tenho para dizer para quem está numa situação assim? menina não se culpe. Tenho certeza que assim como eu vc se culpa e guarda muita angustia medo no seu coração. Tem coisas que agente não consegue entender porque o motivo de estar acontecendo... mas esteja certa de uma coisa, só vc pode sair dessa. só vc pode fazer esse sofrimento acabar! seja forte! são um ano e quatro meses que consegui sair de uma relação abusiva e te digo existe vida normal depois de anos de abusos sim. uma vida saudavél calma. nada melhor do que vc se sentir respeitada, se respeitar e não aceitar mais que ninguém te falte com respeito. ver teus filhos te olharem com admiração por vc ter sido forte e ter dado um basta... ah isso não tem preço. Mas aí, no meio do choro eu pensei: Caramba, o que eu tô fazendo aqui? Tem um mundo lindo lá fora, prontinho pra ser aproveitado, há pessoas que ainda não provaram do meu melhor, ainda há uma vida inteira pra ser escrita. Caramba, oque eu tô fazendo aqui?” Ser feliz cura....
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fim-dos-tempos · 4 years
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PECADOS QUE REIVINDICAM VINGANÇA NO CÉU
ALERTA! Há pecados que clamam ao céu! ... e são punidos neste mundo.
“Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não se deixe seduzir por várias e estranhas doutrinas ”(Hb 13: 8-9).
Todo homem procura ser feliz e viver em paz. Quem segue a ordem que Deus colocou no mundo vive em paz e obedece às leis que governam o mundo, para que tudo funcione harmoniosamente. A lei natural é obra de Deus, consiste em fazer o bem e evitar o mal. O bêbado, por não obedecer à lei de seu corpo, acaba destruindo seu fígado e morre. O motorista que não obedece à lei de trânsito em uma curva perigosa pode se machucar e morrer. Deus criou o homem com inteligência e livre arbítrio. O mau uso da liberdade produz pecado, e o pecado é a causa dos nossos problemas. Hoje, a filosofia subjetivista liberal, resultado do exame livre protestante e maçônico, não leva em conta as leis da natureza. Os homens que perderam a fé cristã católica, eles pensam que têm o poder e o direito de perturbar as leis da natureza das coisas; Eles acham que a realidade humana deve obedecer às suas idéias, mesmo que sejam falsas. Isso leva a sociedade a ter sérios problemas. A causa dos nossos problemas é o pecado; O remédio é seguir a lei de Cristo e respeitar a lei natural.
O que é pecado?
O pecado é uma desobediência voluntária à lei de Deus. Existem dois tipos de pecado: pecado grave e pecado leve. O pecado grave é chamado mortal, o pecado leve é ​​chamado venial. O pecado mortal separa o homem de Deus e o entrega ao poder do diabo; abre diante dele a porta do inferno eterno. O pecado mortal coloca o homem em uma situação anormal, destrói a graça e a caridade santificadoras e expulsa o Espírito Santo da alma. Se uma pessoa morre em pecado mortal, sem confissão e sem arrependimento sincero, ela cairá no inferno, que é um lugar de fogo e sofrimentos eternos. Existem três condições para um pecado ser mortal: assunto sério, aviso completo de que o pecado é sério e consentimento total. Isso significa que eu sei que a coisa ruim que quero fazer é algo sério e, ainda assim, quero fazê-lo ou dar meu consentimento.
Entre os pecados mortais, existem quatro que são tão graves que Deus os castiga neste mundo. Esses pecados que clamam ao céu são:
1.- Assassinato de inocentes (Gn 4, 10).
2.- Oprimir viúvas e órfãos (Êx 22, 22-23).
3.- Defender o trabalhador de seu salário (Dt 24, 15).
4.- Sodomia ou homossexualidade (Gn 19, 4-9; 1 Cor 6, 9-10).
Vamos ver o que a Bíblia Sagrada diz.
1.- Derramar sangue inocente é um pecado muito sério
No quinto mandamento, você não matará (Êx 20, 13); Deus proíbe matar nossos semelhantes ou espancá-los ou machucá-los; também proíbe qualquer dano a eles: em sua pessoa, em sua honra e em seus bens materiais. Matar inocentes e abortar crianças é um pecado muito sério que clama ao céu. Na Bíblia Sagrada, lê-se que Deus perguntou a Caim: «O que você fez? OUÇA-ME DO SANGUE DO SEU IRMÃO CLARAR »(Gn 4: 10-12). Os homicídios são assediados pelo medo e torturados pelo remorso da consciência, embora ninguém os persiga. Existem três causas que tornam legal a morte de alguém: autoridade pública, defesa legítima e guerra justa. Desses três casos, é sempre pecado matar o próximo e também machucá-lo ou atingi-lo.
O aborto também é um pecado muito sério que reivindica vingança no céu. O aborto é o assassinato a sangue frio das crianças mais indefesas e inocentes. E é ainda mais sério quando são mortos precisamente por aqueles que têm a maior obrigação de defendê-los. Deus diz: "Não faça morrer o inocente, porque não perdoarei a ninguém culpado" (Êx 23,7). Ajudar e proteger assassinos é assumir a responsabilidade por seus crimes; E é exatamente isso que os governos que permitem o aborto fazem, e os cidadãos que com seus votos ajudam o governo do aborto! Isso atrai a maldição de Deus na terra e causa muitos problemas na sociedade. Toda pessoa que colabora em um aborto é excomungada da Igreja Católica.
2.- Oprimir viúvas e órfãos
Deus ordena a todos e cada um de nós: “Você não maltratará o estrangeiro, nem o oprimirá ... Você não prejudicará a viúva ou o Órfão. Se isso acontecer, eles clamarão a Mim, ouvirei seus gritos. Minha ira continuará e eu te destruirei à espada, e suas esposas serão viúvas e seus filhos serão órfãos ”(Êx 22, 22-23).
3.- Desfigurar o trabalhador para pagar seu salário
“Você não explorará os pobres e necessitados diaristas, nem um de seus compatriotas ou um estrangeiro. Pague seu salário no mesmo dia, antes que o sol se ponha, porque ele está em necessidade, e sua vida depende de seus salários. Assim, ele não invocará o Senhor contra você, e você não será responsabilizado por um pecado. Você não violará a lei do estrangeiro ou do órfão ... ”(Dt 24, 14-17).
4.- Os pecados que clamam ao céu: Sodoma e Gomorra
Hoje, a decadência espiritual e moral chegou a tal ponto que as pessoas pensam e agem como pagãos que praticavam todos os tipos de pecados, incluindo o pecado contra a natureza . Deus criou o homem bom e santo, mas devido ao mau uso de sua liberdade, ele perdeu sua santidade e foi despojado de alguns presentes que o ajudaram a viver por ter uma alma que tinha total domínio sobre o corpo. Por essa razão, o homem sente tentação ou inclinação para o mal. Mas ser tentado não é pecado; consentir e querer ou praticar o mal é pecado. Mesmo que você sinta tentações, se as rejeitar, não pecará. Portanto, ninguém diz que Deus me deixou bêbado ou homossexual. Isto não é verdade.
O que a Sagrada Escritura diz sobre o pecado da homossexualidade e outras impurezas?
Na Bíblia, lemos que nas cidades chamadas Sodoma e Gomorra, "do garçom ao velho", eles praticavam de maneira escandalosa o pecado contra a natureza . Deus disse a Abraão: “O clamor de Sodoma e Gomorra é grande; e seu grave pecado ”(Gênesis 18:20). E apesar da intercessão de Abraão em favor das cidades “Javé Deus choveu sobre Sodoma e Gomorra, enxofre e fogo. E ele arrasou aquelas cidades, e toda a planície com todos os habitantes das cidades "(Gn 19: 14-25). Por que essa destruição total por fogo e enxofre? Porque não havia nem dez justos nas cidades. Um exemplo deve nos levar à penitência e ao arrependimento, porque onde há almas justas e santas, há misericórdia para os outros.
Hoje, devido à apostasia das nações anteriormente cristãs, a impureza passa por algo normal, como se fosse um direito.
Pecados que excluem do céu
Falando conosco como embaixador de Deus, São Paulo nos alerta que existem pecados que excluem do céu e levam ao inferno. “Você não sabe que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se engane! Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os homossexuais, nem os ladrões, nem os ladrões, nem os bêbados, nem os bêbados, nem os ultrajes, nem os raptores herdarão o Reino de Deus ... O corpo não é para fornicação, mas para o Senhor ... Fuja da fornicação! Todo pecado que o homem comete está fora de seu corpo; mas quem fornica pecados contra seu próprio corpo ”(1 Cor 6, 9-20).
Na carta aos Gálatas (5, 19-24), o próprio São Paulo nos fala das obras do homem pecador “fornicação, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúme, ira, brigas, divisões, dissensões, ciúmes, intoxicação, orgias e coisas semelhantes, sobre as quais eu te aviso, como te avisei, que aqueles que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Ninguém pode se chamar discípulo de Cristo e praticar essas obras. Para aqueles que pertencem a Cristo, Jesus crucificou a carne com suas paixões e desejos. ”O católico domina e crucifica os maus desejos com a ajuda de Deus e a prática da luta espiritual.
Como deve ser um discípulo de Cristo?
Diz a carta aos efésios (5, 1-20): “Sede, então, imitadores de Deus, como queridos filhos ... Fornicação e toda impureza ou ganância, nem mesmo mencionadas entre vocês, como é apropriado para os santos. A mesma coisa sobre grosseria, tolice ou chocarrerías, coisas que não estão certas; porque, entenda que nenhum fornicador, impuro ou ganancioso, que deve ser um idólatra, participará da herança do Reino de Cristo e de Deus. Ninguém o engane por razões vãs, pois é por isso que a ira de Deus vem sobre os rebeldes. Não faça parte deles. Viva como filhos da luz; Pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade. Examine o que agrada ao Senhor e não participe das obras infrutíferas das trevas; antes, denuncie-as.
Impurezas e outras injustiças atraem a ira de Deus sobre os homens
“Mortifique seus membros terrestres: fornicação, impureza, paixões, desejos e cobiça, tudo isso atrai a ira de Deus sobre os rebeldes. Mas agora, também deixe de lado tudo isso: raiva, raiva, maldade, xingamentos e palavras rudes, longe da sua boca. Não minta um para o outro ”(Col 3: 5-10).
Toda pessoa que finge ser discípulo de Cristo recebe esta ordem: “Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e deitamos as armas da luz. Como no meio do dia, prossigamos com o decoro: sem comedores e embriaguez; sem luxúria e selvageria ... ”(Ro 12, 12-14).
Qual será o lugar dos pecadores mortos no pecado mortal?
"Mas os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os impuros, os feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos terão sua participação no lago que arde com fogo e enxofre", isto é, o inferno eterno (Ap21, 8). ) Você não pode cuspir o rosto de alguém e obter ajuda e favores. Você não pode desprezar a Deus e sua lei e viver em paz na casa de Deus, que é sua criação. Por esse motivo, Cristo adverte a todos no livro de Apocalipse (22, 12-15): “Veja, venho em breve e trago minha recompensa comigo para pagar a todos de acordo com seu trabalho ... Fora dos cães (pecadores sem vergonha como cães) feiticeiros, impuros, assassinos, idólatras e todo mundo que ama e pratica mentiras! ». Em sua soma teológica(II-II 154, 12), Santo Tomas de Aquino, citando Santo Agostinho, diz que de todos os pecados da luxúria, o pior é o que vai contra a natureza. O próprio santo diz: “Em qualquer ordem das coisas, a corrupção dos princípios é muito ruim, porque as consequências dependem deles. Assim, uma vez que nos vícios contra a natureza o homem trabalha contra o que a própria natureza estabeleceu sobre o uso do prazer venéreo, segue-se que um pecado nesse assunto é muito sério. Em seguida, vem o incesto, que ameaça o respeito natural que devemos às pessoas próximas a nós. A ordem natural vem de Deus. Por isso, nos pecados contra a natureza, nos quais a ordem natural é violada, é cometida uma injustiça contra Deus, o computador da natureza. ”Santo Agostinho diz:" os crimes contra a natureza são repreensíveis e puníveis, sempre e em tudo ". como eram os sodomitas, embora todos os homens cometessem esse mal,Confissões III, 8).
Para aqueles que desejam um suposto casamento entre dois homens, a lei divina diz: “Você não dormirá com um homem como com uma mulher; é uma abominação ”(Lv 18, 22; 20, 13).
Homens contaminados pelo liberalismo pensam que são livres para fazer e decidir o que querem. Deus ameaça severamente aqueles que rejeitam a verdade conhecida e aprovam o mal. Em sua carta aos romanos (1, 18-32), São Paulo, denunciando as ações dos pagãos, disse: “De fato, a ira de Deus é revelada do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens que aprisionam o povo. verdade na injustiça ... para que sejam indesculpáveis; porque, conhecendo a Deus, eles não o glorificaram como Deus, nem lhe agradeceram; antes, foram ofuscados em seu raciocínio e seu coração tolo ficou enegrecido: vangloriando-se de sábios, eles se tornaram estúpidos ... Foi por isso que Deus os deu aos desejos de seus coração a uma impureza tal que seus corpos desonraram um ao outro; ... é por isso que Deus os deu a paixões infames; pois suas mulheres investiam relacionamentos naturais para os outros contra a natureza; Da mesma forma, os homens, abandonando o uso natural das mulheres, ardiam em desejos um pelo outro, cometendo a infâmia do homem com o homem, recebendo em si mesmos o merecido pagamento de sua perda. E porque eles não tinham o direito de manter o verdadeiro conhecimento de Deus, Deus os deu à sua mente tola, para que eles fizessem o que não é conveniente. ”
Deus disse: "Você não cometerá adultério" (Êx 20:14). "Não se junte carnalmente à esposa do seu vizinho, nem o contamine com ele" (Lv 18, 22). "Deus julgará fornicadores e adúlteros" (Hb 13, 4).
Em conclusão: os pecados que cometemos prejudicam a nós e à sociedade como um todo. Sem combater o pecado, não há paz verdadeira. Afastar-se da ocasião do pecado já é uma grande proteção. Você precisa orar, implorar, fazer penitência. Deus nunca rejeita um coração arrependido. Ore com confiança e humildade, ouça a massa com devoção, faça boas ações e esmolas atraia a misericórdia de Deus e provoque arrependimento. Cristo disse: “Peça e isso será dado a você; procure e você encontrará, bata e será aberto para você; Pois quem pede recebe, e quem procura encontra, e quem bate, é aberto ”(Lc 11, 9-10). Fazer exercícios espirituais sérios ajuda muito a entender as coisas. Confessar-se bem liberta do pecado, uma vez que Cristo deu aos apóstolos, sacerdotes, o poder de perdoar pecados (Jo 20, 22). Uma alma que temos, se o perdermos, nunca o recuperaremos, disse o irmão Pedro de Betancourt. Cristo diz a todo pecador arrependido: “Eu não te condeno. Vá embora e de agora em diante não peque mais ”(Jo 8, 10-11).
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black-birdsinging · 5 years
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Eu te adoro
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Hoje é só o dia 4 ou 5 e parece cedo demais para falar sobre certas coisas. Mas acho que falar sobre o que se sente, às vezes, é igual comer um jantar: muito melhor fazer quando ainda está quente. Talvez em alguns dias ou semanas eu não seja mais capaz de fazer jus às memórias porque elas são facilmente e naturalmente manipuláveis. Funciona como filtros, olhamos para trás através de filtros suaves, um pouco cruéis, que distorcem levemente o passado para que ele não machuque tanto. “Talvez nem tenha sido tão bom assim”, “eu já sabia que a gente era diferente demais mesmo para dar certo, tá tudo bem”. Ou é claro, podemos olhar para trás retirando os filtros coloridos e mentirosos de gente apaixonada, e nos damos conta pela primeira vez na vida de coisas que nunca enxergamos. “Ele sempre foi assim, como eu nunca percebi?” “Ela era extremamente abusiva, por que eu aceitei isso? ” E nos sentimos tapados, amassamos os filtros e jogamos fora e prometemos mais uma vez que nunca mais vamos nos permitir ser enganados pelos sentimentos. Mas isso foi só um pensamento aleatório que não se aplica a ele. Porque eu não seria capaz de lembrá-lo com mágoas ou arrependimentos, dessa vez não vou me sentir burra por ter acreditado que algo iria surgir dali. Porque ele me salvou, e é isso que eu preciso que fique registrado aqui, e isso não significa que eu não tenha feito nada por mim ao longo desse tempo. Ele me disse que certas coisas só eu poderia fazer por mim e acredito nisso, certamente sou super a favor de amor próprio e auto estima, mas com ele, eu me sentia salva, e isso não podia ser coincidência. No mínimo, ele me mostrou os caminhos para fora de mim, para fora do turbilhão de dor e caos que eu era quando o conheci, que eu sentia estar intrínseco a mim e do qual pensei que nunca escaparia. Eu não sei como, mas ele trouxe paz para a dolorosa guerra que eu travava comigo mesma, talvez fosse só a sua presença constante, todos os dias agindo como se eu realmente fosse alguém que valesse a pena se conhecer, e isso me admirava e me espantava. Ou talvez fosse seu tom de voz tranquilo, imperturbável, essa voz que me trazia a mesma sensação de um banho quentinho de banheira depois de um dia cansativo. Eu deitava, fechava os olhos e sorria escutando sua voz, não queria fazer nada para interrompê-la, me sentia uma criança perfeitamente amparada, como se eu estivesse segura, como se ele estivesse ali. 
Ele também parecia tão machucado quanto eu. Mas acho que com ele as coisas não explodiram de forma estrondosa a ponto de transformá-lo em uma eterna bomba relógio, e sim de forma silenciosa, como uma supernova no espaço. Acho que pouca gente consegue enxergar os resquícios da sua dor, porque ele apenas se tornou mais cauteloso, mais comedido, quase impenetrável por trás da sua máscara de força resoluta. Eu vi o que existe atrás dela, não porque ele tenha se sentido tão confortável em dividir, mas porque dei aquela espiadinha quando ele não estava olhando. Posso ver sua vulnerabilidade, escondida, tão suprimida que já é quase inexistente. Eu o associei com o leão de uma fábula que li em algum lugar quando era criança. Era sobre um leão bem feroz, extremamente revoltado, até agressivo, que rugia para quem tentava se aproximar, até que um dia um ratinho, por ser tão pequeno e insignificante, passou despercebido e conseguiu chegar perto. Descobriu um espinho na pata do leão, preso ali há tanto tempo que praticamente já fazia parte dele, mas o ratinho o tirou com um puxão de uma vez só, destruindo assim, a fonte de sua dor e desconforto. E o leão tornou-se manso, e eles tornaram-se amigos inseparáveis. Ele não é um leão, nem é agressivo, e sinceramente, leões mansos nem fazem sentido. Mas ele também tem um espinho, ou uma sucessão de espinhos, e não serei eu o ratinho a arrancá-los, mas se ele fizer a gentileza de desviar o olhar por algum tempo, talvez alguém consiga passar despercebido e fazer o que ele acha que não cabe a ninguém fazer. 
Eu teria feito o possível para arrancar um por um, mesmo que isso não nos tornasse inseparáveis e eu tivesse que seguir em minha vida ratinheira e desaparecer em algum canto da selva. Mas faria, porque o adoro. E agora me dou conta de uma coisa... Poxa, tantos meses, e eu nunca disse que o amo. É claro que não, nós sabíamos que não era amor. Nunca fomos promovidos na hierarquia sentimental, e existe uma mola entre um “te adoro” e um “te amo”, que pode tornar essa distância longa ou curta. Mas agora posso admitir: eu nunca disse, mas pensei. Umas três ou quatro vezes talvez. Em momentos aleatórios. Por motivos aleatórios. Coisas bobas que ele disse ou fez, ou apenas que eu pensei e idealizei, e talvez ele nem tenha tido algo a ver com elas diretamente. E eu me forcei a me calar, ao menos uma vez não agir por impulso. Mas quem vai dizer que ali, no pequeno infinito desses três ou quatro momentos, não existiu amor? E eu não me importo com isso, porque aprendi que amor pode ser bom, para quem sente e para quem recebe. Pode ser destrutivo, mas foi ele quem me ensinou que poderia vir a ser um dia algo tão pacífico quanto sua voz acalentadora. Sem luta, sem dor, sem receios. E agora, desassociando amor de condenação, sinto-me livre para tentar amar. Nas minhas mãos desesperadas e intensas demais, ele provavelmente se transformará em poesia prepotente. Umas quatro estrofes de rimas óbvias e melancólicas. Ele poderia também virar um romance a aspirante shakespeariano, o mais cafona possível, algo como, “Meu adorado senhor, quão lamentável percebo nossa sina ao descobrir que os ventos que deveriam me levar a ti são os mesmos que nos afastaram. Quisera eu me tornar uma com o vento e voar livre até teus braços, embrenhar-me em tuas entranhas, deixar que me respires e desfazer-me em pedaços menores, ser para sempre parte de ti. ” Talvez seria fácil vender algo assim, literatura boa para moças desiludidas com os homens reais e pouco exigentes, eu só precisaria incluir cenas picantes que nunca aconteceram. Ou talvez, apenas talvez, se eu for suficientemente desonesta comigo, ele vire só uma conversa de bar, confidenciada aos cochichos à uma boa amiga, uma anedota rápida e leve sobre aquela vez em que eu fui ingênua o suficiente para acreditar que algo surgiria dali.
Ele não é nada para o universo, é pouco para o mundo e é tanto para aqueles que tem a sorte de viver à sua volta. Para mim, por enquanto, além de uma profusão de sentimentos contraditórios, ele é apenas este texto, exagerado, desnecessário, totalmente cru em suas manchas de sangue invisível expulso à força de um coração figurativo. Não um que ama. Mas um que adora.
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30 de Setembro de 20**
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Afff ainda só se passou um dia. UM DIA! Desde que eu aqui cheguei, desde que retornei a esta casa. Nunca pensei que as memórias do meu passado estivessem ainda tã vivas e presentes na minha memórias mas, por incrível que possa parecer, o Reiji tratou de trancar o quarto daquela "mulher": a minha madrasta. Pensei em agradecer-lhe mas os meus instintos insistiram em não o fazer. Agora se eles estão certos ou não, isso é outra questão. E, honestamente, não tem muita importância para mim. Eu tenho andando mais estranha desde que voltei para cá e desconfio que seja um tanto normal, mas não assim tanto, uma vez que esta casa tem marcas e armas que abrem cicatrizes que eu pensei já ter superado. No entanto, não é bem isso que me incomoda mais. É como...se eu estivesse ligada a alguém, a sentir o mesmo que outra pessoa. Há pouco, quando estava no meu quarto e deitada na minha cama, o meu punho doeu-me de tal modo que pensei ter partido algum osso ou esmagado algo mas eu nem tinha feito nenhum movimento antes disso. Só sei que eu não tinha nada nos dedos mas continuei com dores até estas começarem a desaparecer rapidamente. E se fosse só isso, eu ficaria contente mas não é. Tristeza, solidão, raiva...tenho estado a sentir isso o tempo todo, bem no fundo. Mas não é o que realmente devo sentir pois até sinto-me calma e leve mas estas sensações são estranhas. Eu não as deveria sentir e é como se não fossem minhas. Estou outra vez a bufar para o nada. Isto é o que me deixa irritada e impaciente. Detesto quando não tenho respostas para as minhas perguntas, muito menos quando estas me colocam confusa ou com a mente cheia. O ambiente lá fora está escuro, talvez porque já caiu a noite, e chama-me na sua direção. Não consigo parar quieta e estou quase sempre a bater com a caneta neste caderno. Talvez seja melhor dar uma volta e levar isto comigo. X-x-X
Os corredores continuam solitários e frios mas antes havia mais sons e agora é só silêncio. Cruzei-me com o Laito antes de descer as escadas, em direção ao jardim, e, como eu já devia estar à espera, ele teve que tocar-me na pele desprotegida dos meus braços num gesto demasiado suave e constrangedor. Quando puxei os braços de volta, ele riu enquanto eu permaneci séria e impassível, embora isso não o tenha impedido de me sussurrar ao ouvido que eu estava a provoca-lo demais. A minha reação a seguir? Bem...depois de respirar fundo, dei-lhe um murro no estômago, sem qualquer arrependimento. Isso foi o suficiente para que eu pudesse passar por ele e descer as escadas. Nunca agradeci tanto o facto de ter maior força que os humanos normais. Recapitulando, seguido desse episódio, tive mais um encontro só que desta vez foi num jardim, depois de eu me sentar debaixo de uma das arvores ali e com vista para as rosas. Rosas de todas as cores. Eu ainda recordo como adorava este sítio, como brincava aqui com o Shuu e o Subaru e até o Ayato, o Laito e o Kanato. O Reiji sempre foi mais reservado e estava sempre perto da mãe ou então a ler um livro por isso, não tinha muito tempo para conviver connosco. Só comecei a conhece-lo melhor depois das minhas aulas de etiqueta e também depois de começar a ler ainda mais do que era habitual da minha parte. Aqui era um dos sitio onde eu ficava a ler e a imaginar-me naquelas histórias ou naqueles ambientes. Era mágico para mim, algo único e que me permitia ver para além das barreiras erguidas nesta que era a minha prisão e centro de tortura. Mas eu tinha luz, tinha os meus amigos. E agora...agora que a minha tortura, de certo modo acabou, sinto que já não os tenho. É como eu disse antes, um monstro como eu não merece amigos. São dispensáveis. Mas não posso deixar de sentir este vazio dentro de mim. É estranhamente esmagador e sinto que não vem só da minha parte. Agora que olho de novo para estas folhas preenchidas, percebo que ainda não falei com quem acabei por me encontrar no jardim. Não foi uma grande conversa mas as palavras sempre ficam bem gravadas na minha mente. Eu estava a pensar no que iria escrever aqui de novo quando o pressentimento de aproximação e de estar a ser observada atingiu-me de rajada, fazendo-me virar para ambos os lados à procura de quem pudesse ser e, quando uma cabeleira albina apareceu no meu campo de visão, senti-me deveras incomodada e, por isso, mais irritada e impaciente. - Humf. - Assim que o ouvi a fazer este som, cerrei o meu punho livre de modo a que os nós dos dedos ficassem brancos. Levantei-me irritada e com as palavras azedas prontas a serem cuspidas na direção do Subaru. Ele não necessitava de ser rude daquela forma. - Se detestas a minha presença aqui dizes "Não gosto que estejas aqui, podes procurar outro lugar por favor?" como as pessoas civilizadas em vez que fazeres esses sons irritantes! - Julgo que, por essa altura, fechei o caderno com força demais e andei na direção dele, com um olhar sério colocado sobre mim. Mas eu não queria saber, eu só queria era sair dali. Já havia percebido que tinha perdido um dos meus mais confiáveis amigos. Já estava a passar ao lado dele, seguindo caminho para a floresta, quando senti uma pressão no meu antebraço de alguém estar a agarrar-me firmemente. Era ele e a minha raiva aumentou...bem como uma sensação estranha. Algo como uma mistura de culpa e incerteza. Sei que já estava a ficar cansada de tudo isso e por isso balancei o meu braço com brusquidão e sem palavra alguma, no entanto, isso não foi o suficiente para que ele me largasse e, devido a isso, olhei-o com a raiva refletida nos meus olhos, embora os dele continuassem duros e quase inexpressivos. - Estás diferente. Revirei os olhos. Estava cada vez mais irritada por ele estar a atirar-me isto à cara quando ele nem tinha direito moral para o fazer. - Que novidade. Mas acredita, não sou a única. - Reclamei, cerrando o punho do braço que ele me agarrava. - Agora, se fazes favor, deixa-me ir embora. - Não. A resposta dele foi tão estranha que franzi o sobrolho e o observei. - Mas o que te está a dar!? Já te disse para me largares. - Só o faço quando me responderes. - Disse ele, aproximando-se logo a seguir. - Como estás. Instintivamente, inclinei as costas e pisquei os olhos surpresa. Ele tinha realmente perguntado se eu estava bem? Okay, isto tinha virado de ridículo para estranho. - Hmmm...sim, estou. Estaria melhor se parasses de me agarrar. - Logo que acabei de falar, ele largou-me e olhou na direção do canteiro de rosas brancas, gesto que acabei por lhe seguir. -... - Podes ficar aqui. Só estava de passagem. Do mesmo modo que ele apareceu, ele desapareceu antes que eu pudesse ter tempo de lhe dizer mais alguma coisa, não que eu realmente quisesse faze-lo. Os meus irmãos transformaram-se num puzzle o qual eu, por muito estúpido que seja, quero resolver. Sinto que isso irá ajudar-me a compreende-los melhor. O do Shuu, creio que foi desde que aquele amigo próximo morreu...recordo-me que foi por volta dessa altura que ele deixou de se comunicar tanto connosco. O do Reiji, o complexo de não ter tido a atenção e o verdadeiro carinho da mãe. O do Ayato, a pressão colocada sobre ele pela minha madrasta para que ele fosse o melhor em tudo. O Laito,...não tenho bem a certeza quanto ao Laito mas também me recordo de ele regressar estranho em algumas alturas a mãe o levar aos seus aposentos. O Kanato, bem esse eu não sei mesmo. O Subaru...uma mãe doente deve ser o suficiente. Ele sempre foi calado mas depois de eu ter ido embora sem uma palavra ele deve ter ficado sozinho no meio desta confusão de família...ou seja, a culpa de ele ter ficado assim é minha... Aishhh é melhor voltar e ir dormir. Estas coisas dão cabo do meu raciocínio e estou a precisar de repousar. Felizmente já não me sinto fraca como antes...e voltei a esquecer-me de agradece-lo pelo que fez! Boa, Kaori! Só melhoras! Kaori Sakamaki
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criadordesorrisos · 7 years
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Capítulo 01
Ás 06:00 da manhã eu já estava de pé; mamãe, há trinta minutos antes. Tomei um banho por tempo suficiente para que realmente me despertasse e vesti minhas roupas na penumbra do quarto, evitando não acender a luz para não acordar Lais que dormia na cama ao lado. Saí do quarto com a mochila em mãos e a coloquei no sofá de estofado gasto, mas que era o único móvel melhor conservado da casa. Encontrei mamãe na cozinha e beijei seu rosto enquanto ela terminava de colocar a mesa para o café da manhã. Eu suspeitava que ela acordava tão cedo somente para deixar tudo pronto para quando eu saísse do banheiro e fosse para a cozinha. A mesa ficaria da maneira como ela deixou até que Lais acordasse e tomasse café, organizando o ambiente logo em seguida. -- Precisa de dinheiro para levar para escola? - mamãe perguntou, já colocando a mão dentro da bolsa. -- Não mãe. - eu quase revirei os olhos para soar mais convincente do que precisaria. - Eu ainda tenho dinheiro. Passo no mercadinho para comprar alguma coisa. - justifiquei. Mamãe sempre era muito preocupada com isso. Ela deveria ter algum receio de que eu passasse fome ou vontade. Mas o dinheiro que ela me dava no domingo á noite, eu fazia o possível para que ele durasse até o final da semana. Economizava poucos reais ao comprar meu lanche no caminho para a escola, no mercado da esquina. A lanchonete da escola, provavelmente, tiraria de mim mais do que o dinheiro que minha mãe me dava. Já com as minhas compras diárias e pequenas no mercadinho, o dinheiro que sobrava eu depositava direto no cofrinho infantil em formato de porquinho que ficava no fundo do guarda roupa. -- Mãe, se eu realmente conseguir essa vaga, ficará ainda mais dificil de arrumar emprego esse ano. Somente no próximo, quando... -- Não se preocupe com isso. - mamãe me interrompeu. - Essa vaga é sua grande oportunidade. Você sabe, não é? Não se preocupe com emprego agora. - ela apertou minha mão livre que estava em cima da mesa. Suas palavras eram convictas, como se a vaga do teste já fosse minha definitivamente. Eu sorri. Se eu realmente conseguisse entrar no time amador de ginástica artística do principal colégio do Rio Grande do Sul, mamãe se desdobraria para trabalhar, cuidar da casa e manter um sorriso no rosto, preparado, para sempre que Lais e eu precisássemos. Isso me preocupava, mas eu me perguntava se eu tinha outra escolha. Ou outra oportunidade caso desperdissasse essa. -- Bom, eu preciso ir. Vejo vocês mais tarde. Você pode cuidar do jantar hoje? - mamãe colocou a bolsa que estava na moda á pelo menos dez anos atrás. Assenti, sorrindo. Ela beijou minha testa antes de sair e fechou a porta com cuidado. Eu suspirei. Desejando que eu me lembrasse desse dia, no futuro, como sendo um divisor de águas em minha vida. E não um dia que eu quisesse mudar minhas escolhas e voltar no tempo. ... No almoço, esquentei a panela de macarrão do jantar de ontem. Lais e eu comemos em frente á TV, rindo de um programa barato de competição entre adolescentes. Minha irmã lavou a louça - somente porque pedi - e logo seguiu para o quarto, arrumando suas coisas para a escola. -- Se você quiser, não precisa ir me buscar hoje. O seu teste pode demorar. E ele é mais importante. - Lais disse quando apareceu na sala. -- Essa foi a melhor desculpa que você arrumou para que eu não vá te buscar? - atirei uma almofada do sofá em sua direção e ela quase derrubou a televisão ao desviar. - Vamos. Estarei na esquina, te esperando, no horário de sempre. Eu vou te buscar. - afirmei. Lais e eu fizemos um trato. Eu me comprometi com mamãe de buscá-la e eu não a decepcionaria quanto á isso. Mas um dia, há alguns meses atrás, quando me atrasei apenas dez minutos, vi Lais de mãos dadas com um garotinho um pouco maior que ela, mas que aparentava ter sua idade. Abri a boca, impressionada, não sabendo como reagir. Ela me viu, imóvel, e correu para o meu lado sem se despedir do garoto. Dei meia volta, andando apressada, sem olhar para trás, mas sabendo que Lais me acompanhava. – Mamãe ficará muito brava quando souber disso. - praguejei, contornando os alunos do colégio estadual, passando por todos eles sem olhar para seus rostos. – Por favor Lia, não conte. - a voz de Lais soou suplicante como há muito tempo eu não ouvia. – E por que não deveria? - parei abruptamente, me virando para encarar Lais. Ela quase tropeçou em seus próprios pés ao parar logo à minha frente. – Eu vou contar. - Lais sussurrou logo após eu cruzar os braços sobre o peito, aguardando uma resposta. - Eu conto para mamãe. – Eu espero. - me virei depois de encarar Lais por mais alguns instantes. Voltei à andar e alguns metros adiante, quando Lais estava ao meu lado, sem dizer uma palavra, eu disse: – Eu também esperava que você me contasse. Minha voz soou mais chateada do que deveria e um lampejo nos olhos de minha irmã demonstrou arrependimento. Sempre fomos muito amigas. Lais e eu. Mesmo com a diferença de idade conversávamos sobre tudo e sobre todos. E não esperava que, com o primeiro namoradinho dela, isso fosse diferente. – Me desculpe. - Lais sussurrou. - Eu prometo te contar daqui pra frente. E assim aconteceu. Lais realmente se encarregou de dizer para mamãe do seu primeiro grande amor. Mamãe a alertou. Nada de ir na casa dele sem a presença dos pais, nada de matar aula para ficarem juntos - apesar de serem do medo colégio, eles eram de salas diferentes - e, principalmente, nada de se envolver demais e abandonar os estudos. Lais era nova demais para se preocupar com amores e coração partido. Desde então, combinei com minha irmã de espera-la na esquina. Assim, Miguel - esse era o nome do garoto - a acompanhava até nos encontrarmos e seguirmos juntas para casa. No caminho, Lais agora me contava. As aventuras de um amor precoce e supervisionado que, eu torcia que ela não se machucasse para que não deixasse de acreditar em um amor cada vez meus raro, mas que sua irmã mais velha pensava que existia e que fosse real. Ela apenas esperava, como uma boba adolescente ingênua, que o amor batesse á sua porta e trouxesse felicidade. Mesmo sendo tão “velha” aos 18 anos.
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imaginesefics1d · 7 years
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Pedido: Faz um do Zayn onde a família dele nao goste dela só o pai dele q gosta pq sabe q ela não é metida como todos pensam ela só é insegura e ele faz um discurso defendendo ela e aí todos percebem q a julgaram errado e no fim fica tudo bem, eles namoram - Anônimo Obrigada por ter feito o pedido.❤ *** Imagine Zayn Malik: -Vamos S/n! Chamei minha namorada. Cinco minutos se passaram e nada dela aparecer. Entrei no quarto e a encontrei deitada na cama. -Porque não me respondeu? Perguntei preocupado. -Z...eu não quero ir, você sabe como sua mãe e suas irmãs me tratam toda vez que eu vou lá. Choramingou. Suspirei antes de me aproximar. -Qual é...dá mais uma chance para elas...eu vou tentar convencer ela de que é a melhor namorada que já tive! Falei passando a mão em seus cabelos. -Pra que? Para logo depois ela jogar na minha cara como sua ex era muito mais bonita e suas irmãs falarem o quanto adoravam suas outras namoradas? Falou escondendo seu rosto com o cobertor. -Você sabe que não é verdade. Eu te amo mais do que qualquer uma no mundo! Isso elas não podem nem comparar as minhas antigas namoradas. Falei descobrindo seu rosto. -Pode parar okay? Sua ex era modelo! Como posso sequer competir com alguém assim? Falou cruzando os braços. -Tem razão, você não pode. Falei vendo-a me olhar triste. -Porque você deixaria Gigi nos pés e isso seria muita maldade, o que não é do seu feitio. Falei e vi um sorriso tímido aparecer em seus lábios. -Diz isso porque é meu namorado. Resmungou. -Isso mesmo, e você não precisa agradar ninguém! Você já é perfeita para mim. Falei depositando um beijo em sua bochecha. -Ainda temos que ir visitar sua mãe? Perguntou acariciando meu rosto com o polegar. -Sim, e eu espero que a senhorita já esteja pronta. Falei dando um selinho ao que ela fez bico. Após muita conversa - tentando a convencer de que não seria tão ruim visitar minha família - entramos no carro a caminho de minha antiga casa. Percebi o tamanho nervosismo de minha namorada, por ter que dirigir com uma mão só já que a outra ela agarrava quase que esmagando meus ossos. -Chegamos! Avisei assim que estacionei o carro em frente à casa tão conhecida por mim. S/n me olhou apreensiva antes de soltar minha mão e pegar sua bolsa que estava no banco de trás. Saímos do carro e antes mesmo de tocar a campainha vi que meu pai estava consertando seu carro na garagem. -Hey pai! O chamei e ele me olhou logo pegando a chave para abrir o portão. -Filho! S/n! Que bom que vieram! Sorriu e nos abraçou. Meu pai é o único que não odeia minha namorada. -Olá Sr.Malik, é um grande prazer revê-lo. S/n sorriu. -Que isso, não precisa de tanta formalidade, você já é praticamente da família! Aliás, pra quando é o casamento? Perguntou brincando e eu ri. -Não apresse as coisas pai, estamos curtindo nosso namoro por enquanto. Falei dando um leve tapinha em seu ombro. -Zayn diz isso porque provavelmente não tem idéia de como fazer um pedido decente de casamento. Meu pai falou para S/n que me olhou antes de gargalhar. -Ok, ok antes que queimem mais ainda o meu filme...onde está mamãe? Perguntei vendo S/n tencionar. -Ela está na cozinha. Suas irmãs estão com ela. Respondeu e eu assenti logo entrando em casa junto a S/n. -Sunshine! Ouvi minha mãe e quando me virei ela me abraçou. -Mãe! Sorri e ela beijou minhas bochechas. -Quanto tempo eu não vejo meu bebê! Porque sumiu? Não me diga que andou aprontando. Falou e eu ri. -Não mãe, eu apenas...estava aproveitando um pouco meu tempo livre com a minha namorada. Falei apontando para S/n. -Então quer dizer que é só começar a namorar que esquece da família? Perguntou e S/n continuou parada ao meu lado sem saber o que fazer. -Sabe que não esqueço vocês por nada! Respondi sorrindo. -Mas pela namorada esqueceu né? Falou me fazendo desmanchar o sorriso. -Oi, tudo bom querida como você tá? Perguntou para S/n. -Estou bem dona Trisha, e a senhora? S/n falou sorridente. -Estou bem também, como está sua carreira de modelo? Se mostrando muito? Perguntou e eu tentei me intrometer para que aquela conversa não tomasse um mal rumo. -Não mãe! Ela não é modelo, S/n é bióloga, ela cuida dos animais. Mas mudando de assunto… Tentei mas minha mãe me interrompeu. -Oh sim! Me desculpe, Gigi era modelo. Você é bióloga não é mesmo? Deve ser muito inteligente...na verdade eu já havia notado isso desde que nos vimos pela primeira vez, você gosta muito de falar sobre o seu trabalho não é mesmo? Perguntou e vi que S/n estava quase me Implorando para que a tirasse dali. -Vamos lá fora? Está um dia tão bonito para ficar aqui dentro e… Não pude nem terminar a frase pois duas garotas haviam corrido em minha direção e me abraçado. -Zayn! Eram Safaa e Waliyha. -Oi, senti saudade de vocês duas me perturbando. Falei retribuindo o abraço. -Cadê a Doniya? Perguntei vendo que só haviam duas das minhas três irmãs ali. -Ela foi em um evento de maquiagem, sabe que agora ela faz tutoriais de maquiagem na internet? Safaa perguntou e eu neguei. -Não, não sabia. Respondi confuso. -É porque ele não tem mais tempo pra família! Minha mãe falou me fazendo revirar os olhos. -Não é assim mãe. Já disse que gosto de passar um tempo com você mas também gosto de passar um tempo com minha namorada. Expliquei e voltei ao lado de S/n envolvendo sua cintura com meu braço. Waliyha e Doniya encararam S/n de cima a baixo antes de apenas acenar com a mão e dizer um breve “Oi”. Depois de tanto tentar deixar minha namorada um pouco mais a vontade, todos nos juntamos na sala e ficamos conversando sobre tudo o que aconteceu enquanto estive fora, menos S/n, ela apenas ficava calada ao meu lado de vez em quando brincando com os anéis em meus dedos ou simplesmente com a cabeça apoiada em meu ombro. Sei que ela não quer se intrometer na conversa por achar que minha mãe pode falar algo que a magoe, como quando ela tentou contar a história sobre nossas férias no Caribe e minha mãe fez o comentário “Não precisa esfregar na nossa cara o fato de vocês poderem viajar enquanto ficamos em casa vendo as fotos” pois é, o último almoço em família não foi muito agradável. -Filho, pode ver o carro? Eu estava tentando arrumar o motor mas creio que você entenda mais sobre isso. Meu pai perguntou e eu assenti, mas antes que pudesse levantar senti que S/n apertou minha mão me fazendo a olhar. -Por favor, não me deixe aqui sozinha. Pediu baixo para que somente eu ouvisse. -Não se preocupe, são só cinco minutinhos, prometo que quando eu voltar nós vamos embora. Respondi e a selei. Caminhei com meu pai até a garagem e comecei a ver o que ele estava fazendo. (...) Assim que terminamos, reparei que não se ouvia nenhum barulho da sala onde estavam minhas irmãs, minha mãe e minha namorada. Preocupado, entrei na casa vendo a sala quase vazia, apenas Safaa estava sentada mexendo em seu celular. -Onde está a S/n? Perguntei a mesma que apontou para o andar de cima sem nem sequer dar importância a minha presença. Subi as escadas e olhei nos quartos, estavam vazios. Vi que a porta do banheiro estava fechada e ouvi soluços vindos do mesmo. -S/n?! Bati na porta e logo ela abriu. -Eu sou horrível Zayn! Sua mãe tem razão, você não me merece...eu não te mereço! Olhe para mim! Eu sou feia, gorda e você é o cara mais lindo que eu já conheci! Você merece algo melhor. É por isso que elas me odeiam! Você deveria terminar comigo agora mesmo! S/n falava sem nem respirar entre uma frase e outra. -Calma! Você não é nada disso. E eu não irei terminar com você. Vamos, eu preciso ter uma conversa muito séria com a minha família. Falei secando suas lágrimas e voltando para a sala decidido a mudar isso de uma vez por todas! -Eu preciso que vocês me ouçam! Falei e vi minhas irmãs e meus pais se juntarem na sala novamente. -S/n é minha namorada. E não a nada e nem ninguém que possa mudar isso! Vocês são minha família e eu respeito muito vocês, mas do jeito que está não está dando! Qual o problema de vocês em ao menos tentar conhecer uma pessoa antes de a julgar? S/n é uma pessoa incrível, e extremamente inteligente, mas ela não vive se gabando por isso e muito menos por ter o trabalho que sempre sonhou. Eu sei que é difícil de acreditar que uma pessoa tão inteligente e perfeita não viva se gabando por ter tudo o que quer, mas ela não faz isso! E é por isso que eu a amo. Joguei tudo o que estava entalado em minha garganta me sentindo aliviado. -Então ao menos dêem uma chance a ela! Sei que não irão se arrepender, mal sabem o quanto ela se importa e se preocupa com o que vocês acham sobre ela e o quanto a machuca todos os comentários ruins que vem de vocês. Dêem uma chance e conheçam a pessoa que eu tanto admiro. Falei vendo S/n chegar atrás de mim com seus olhos inchados pelo choro. -Zayn tem razão. Porque são tão malvadas com a S/n? Ela é uma pessoa tão boa. Meu pai falou e vi a cara de desconforto de minha mãe e minhas irmãs. -Zayn meu filho...eu não sabia que se sentia assim...e nem que S/n se sentia desse jeito quanto a nós. Me perdoem. Minha mãe falou e pude ver o arrependimento em seus olhos. -S/n...vem aqui, me dê um abraço. Minha mãe falou e S/n a abraçou, foi até emocionante ver as duas mulheres que eu mais amo e admiro finalmente se entenderem. -Desculpe S/n, nós só nos preocupamos com nosso maninho. Sabe como é, não é fácil ver Zayn se distanciando tanto de nós. Waliyha falou e Safaa concordou. As três se abraçaram e pude ver poucas lágrimas nos olhos de minha mãe. -Eu prometo que trago ele mais vezes aqui. Nem que tenha que o arrastar pelos cabelos. S/n falou fazendo minhas irmãs rirem. -Então...daqui pra frente iremos ser melhores. Meu pai falou meio que em forma de pergunta e minha mãe e minhas irmãs concordaram. -Eu amo todos vocês! Falei sorridente e todos disseram em uníssono “Também te amamos!”. Não poderia pedir algo melhor. *** Espero que tenha gostado.😘
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jubs07 · 7 years
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Ele me chamou de filha
Tinha chegado o tempo, em que as coisas desse mundo já não preenchiam o vazio que havia em mim. Eu já havia tentado preencher esse vazio de todas as formas possíveis, mas parecia que ele só aumentava mais dentro de mim. A pior parte, era que eu sabia como preencher esse vazio, mas admitir era difícil. Colocar o orgulho no pó e renunciar o que agrada a carne, não é uma tarefa fácil. Durante essas muitas tentativas, sem êxito, de tentar preencher esse vazio, eu via minha vida indo de mal a pior. Muitas coisas acontecendo e eu dentro da igreja, com a cura do meu lado. Muitas vezes, estava com a cura nas mãos, mas a palavra renuncia me causava medo. Outras vezes, me sentia sufocada pelo fato da igreja proibir muitas coisas e novamente, a cura me escapava. Eu só conhecia um Deus distante, que dificilmente me ouviria. Minha visão era servir à Deus era: o que você gosta, não pode! Desde os meus três anos, a frase que eu mais ouvia era “não pode fazer isso, não pode fazer aquilo”. Isso era um fardo pra mim e na minha juventude, o que eu menos queria era algo me prendendo. Na minha idade, o que eu mais queria era poder aproveitar a minha “liberdade” e com as doutrinas da igreja, sentia que eu tinha que ser outra pessoa para poder agradar a Deus. Foi quando decidi largar tudo e ir curtir a minha vida. Aos meus 17 anos eu comecei a beber, mentir e a frequentar festas. Todo final de semana era a mesma coisa: ir na casa dos meus amigos e beber até cair no chão da casa. Porém, aos domingos eu estava na igreja, como uma “boa religiosa”, somente com o meu corpo (pois minha mente já planejara a próxima mentira para o próximo final de semana). Tudo isso causava uma confusão na minha mente. Milhões de pensamentos passavam ali em poucos segundos. Muitas vezes eu queria a cura, mas achava que já tinha esgotado a minha “cota de perdão”. Outra vezes, queria me afundar no mundo de vez e ver o que eu daria da vida. Eu já havia recebido muitas profecias. Muitas pessoas falavam que Deus tinha sonhos para mim. Também haviam vários livramentos de morte e de suicídio. A princípio eu me arrependia, mas era tudo na hora da emoção. Arrependimento consiste em mudança de hábitos e eu não estava disposta a mudar nada disso. Naquele momento, meu pensamento era como o da maioria das pessoas: servir a Deus quando minha velhice chegasse. Minha família via tudo isso e sofria calada. Minha mãe tentava me obrigar a ir à igreja, mas nada funcionava. Não era em vão a tentativa dela, mas na época eu via como uma tortura. Então, mais uma vez chegava o fim de semana, e com ele a bebida, mentira e pornografia. Não posso dizer que a culpa era totalmente da minha companhia, até porque na maioria das vezes, era eu quem os influenciava. Não sei qual o real motivo de fazer isso, mas acho que queria chamar atenção. Nessa fase, eu achava que ninguém me entendia. As pessoas não faziam ideia do que se passava comigo, mas de alguma forma, eu queria que elas entendessem. Queria que em apenas um olhar, elas entendessem tudo o que se passava dentro de mim. Queria apenas um abraço, sem palavras e sem julgamentos. Apenas um abraço longo e apertado, mas nada disso acontecia. As pessoas sempre vinham com sermões e julgamentos. Hoje consigo entender porque toda essa falta de compreensão. Deus não permitiu que as pessoas me compreendessem como eu queria, pois só Ele poderia fazer isso. Ele me encurralou! Fechou todas as minhas saídas e só sobrou uma, que era Ele. Quando Deus tem promessas na vida de alguém, pode passar o tempo que for, um dia essa pessoa vai perceber que a única saída será Ele. Você pode vir machucado, magoado, traumatizado e envergonhado como eu vim. Mas Ele é a cura, Ele é o amor, Ele é o milagre e Sua misericórdia dura para sempre! Quando eu pensei que não havia mais saída, pensava que tudo o que tinha para mim era um vazio eterno. Quando encontrei Ele, vi que ele não estava com a cura. ELE ERA A PRÓPRIA CURA. Sempre fui uma pessoa rodeada de amigos. Amigos que só estavam comigo nas horas boas. Só conheciam o meu lado feliz, animada, espontânea e alto-astral. A outra parte triste, frustrada, confusa e cheia de raiva só eu conhecia. Mas mesmo assim eu os amava. Sabia que teria que abrir mão deles por um tempo para que eu pudesse ser restaurada. Sempre que eu ia até o altar para tentar recomeçar, vinha o medo de perder eles. Novamente meu corpo estava na igreja, mas minha mente nos meus amigos. Era uma confusão em mim. Queria a cura, mas também queria meus amigos. Queria mudar de vida, mas a vergonha que eu tinha pelas coisas que tinha feito falava mais alto. É impossível descrever como eu me sentia exatamente. Então, teve um dia em que eu estava no meu quarto. Eu já estava cansada de todas as coisas que eu tinha feito e de todas as coisas que tinham me acontecido. Sem acreditar muito na solução dos meus problemas, chamei Ele. Não havia ninguém em casa e eu falei baixinho: Se for pra você entrar, vai ter que ser de uma forma diferente porque eu não sou uma pessoa normal. Sou diferente e quero receber você de uma maneira diferente. Ele viu a sinceridade das minhas palavras e entrou completamente diferente. Foi ali mesmo no meu quarto, eu e Ele. Sem igreja, sem pastor e sem profeta. Tudo aquilo era novo para mim. Já não era o mesmo Deus distante que haviam me apresentado. Era diferente! Eu senti paz, amor e perdão. Mal sabia eu que nunca mais voltaria a ser a mesma. Estava disposta a abrir mão de tudo pra nunca perder aquilo que senti naquela noite. Era como se eu estivesse em um oceano turbulento e do nada, puff... tudo havia passado. Minha mente estava limpa e eu me sentia como se estivesse num oceano tranquilo. Me sentia livre na presença dEle. Aprendi que Deus trabalha e que nos usa com as nossas características em favor do Reino dEle. Aprendi que para servir ao Pai, não preciso mudar o meu estilo. Não preciso usar saia, e ter um cabelão até os pés. Não julgo de modo algum quem se veste e é desse jeito. Não concordo em usar isso como justificativa de viver uma vida cristã. O Deus que eu conheço se preocupa com o que está dentro de nós. E então, a palavra renúncia, para mim, era sinônimo de amor. Renunciei tudo e doeu! Mas aprendi na pratica que, se renunciarmos tudo por amor ao Pai, ele nos recompensara com o melhor que Ele tem para nós. Renunciei meus amigos, e Ele me deu mais do que amigos, irmãos! Ganhei um irmão na minha vida. Digamos que ele foi uma alavanca na minha vida. Foi ele quem me ajudou a ver Deus da forma que eu consigo ver hoje. Através dele, ganhei mais dois irmãos. Com eles eu posso mostrar meus defeitos e minhas qualidade porque jamais irão me abandonar por isso e tudo o que fizerem, tenho certeza que será para o meu bem. Recentemente, ganhei mais um irmão também. E como Deus se importa com os nossos gostos, esse tem o sotaque que eu acho o mais lindo (minha opinião). Não quero te iludir. Ter Jesus não significa que jamais vamos ficar tristes, ou que jamais teremos problemas. Muito pelo contrário. Isso vai se intensificar, pois nosso inimigo não quer ver um filho voltar para os braços do Pai. Mas o Espirito Santo sempre vai estar do nosso lado para nos consolar quando precisarmos. Nunca esqueça que carregamos a eternidade dentro de nós. Jesus morreu por nós, não somente para nos dar a salvação, mas também intimidade! O que Ele mais quer é se aproximar e mostrar sua identidade. Mas para isso, a renúncia é necessária, pois Deus não curte a ideia de nos dividir com outras coisas. Ele tem ciúmes de nós. Aos poucos Deus foi me limpando, curando e transformando. O mais louco é que conforme eu fui conhecendo Ele, eu também fui me conhecendo através dEle. Minha caminhada tem sido maravilhosa. As lutas vêm, mas com Ele eu sou mais forte. Meus traumas foram curados e minhas feridas cicatrizadas. As cicatrizes ainda existem para me lembrar de onde ele me resgatou. Lembre-se: Deus é o maior interessado em te fazer feliz! Por: Bruna de Brito Andrade
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marianeluizac · 4 years
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Exame de consciência
Limpava o presbitério, não porque achava que precisava que fosse limpo, apenas por terem me demandado essa tarefa. Talvez para tentar justificar a minha preguiça eu pensava: afinal a igreja não está livre das sujeiras? Não existiam outras igrejas na ilha, e ano passado a nossa pegou fogo. Ainda não encontraram as causas ou causador. Foram destruídos todos os vitrais das paredes laterais e do teto. De dia, antes do incêndio, era tudo claro, as imagens pareciam vivas. Existiam portas de vidro nas laterais e aberturas de ar por elas. Depois do incidente, as paredes ficaram todas pretas, parecendo carvão. Sobraram poucos assentos dos fiéis. Estávamos em processo de reforma. Da casa, e das ideias. Realizavam só uma missa por mês, na qual cada pessoa devia trazer sua vela. Todas entradas de ventilação foram transformadas em pedaços de madeira e não entrava mais luz natural no local. Para economizar, deixávamos o ambiente menos iluminado possível, acendendo velas apenas onde íamos. Acostumei-me ao escuro. O altar ficava elevado do restante da igreja e a entrada foi reduzida para apenas a porta da frente, de onde podia-se observar toda a construção e todos que entravam. Houve um tempo em que o padre atendia confissões todos os dias da semana, possuía uma sala específica para isso, mas fora queimada. No entanto, ou as pessoas cessaram de pecar ou desistiram de serem perdoadas mesmo. Acredito na primeira hipótese. Então, o padre passou a atender só às terças das quinze às dezesseis horas. Nesse horário, ele ficava no antigo confessionário nos fundos da sacristia, esperando qualquer pessoa que aparecesse. Quando aquele homem entrou, sem demora o identifiquei como o assassino que tinham noticiado na televisão hoje pela manhã. Se tivesse um celular, o fotografava. Fiquei sem ar, me abaixei, pensei em me esconder, contudo, ele seguiu até o fundo parecendo não notar minha existência. Passou direto pela lateral e foi direto ao confessionário. O reconhecia além do noticiário, ele era um frequentador das missas. Por isso, ele devia saber sobre os horários e o caminho. Todavia, não significava que fosse um fiel. Tinha parado com a limpeza, abaixada, o vi se sentar, tomando seu lugar no estande de confidências. Parecia não conseguir me levantar, ao mesmo tempo de medo e assim como por dor. Nas costas e nas pernas. Na noite anterior eu levara chicotadas por uma hora e passara o resto dela de joelhos, conforme recomendado pela Madre, em causa das minhas desobediências. Sentia os vergões arderem ao encostarem na roupa. Eu gritara com o padre depois de ele ter anunciado sua opinião favorável sobre pena de morte, dependendo do crime. Imagine, um pároco a favor de um humano decidir sobre a duração da vida de outro. No mesmo instante que o padre iniciou com a oração, madre Alda, como toda vez que aparecia um arrependido de seus atos, se postou na lado contrário que o rapaz se sentara. Desde que consigo me lembrar das coisas, recordo que vivia entre a casa das freiras e a igreja. Ficavam em lados opostos de um mesmo quarteirão. Contavam-me que eu havia sido deixada em sua porta mais ou menos uma década atrás, muito doente. Adotaram-me. Devido a isso me chamavam de Talita, aquela que sobreviveu. Fiquei alguns segundos decidindo sobre vigiar, me esconder, sair correndo até o posto policial e contar sobre o vi. Porém os pensamentos chegaram em conjunto com a recordação da penitência da noite anterior. Apeguei-me no conforto de que padre Francisco passaria ao 
sujeito a sua devida provação de arrependimento. Entrei por um dos corredores que conhecia, atrás do batistério. Lavei todas as vestes litúrgicas que devia. Dois dias depois, na casa das freiras, quando já era noite e descansava no quarto a madre entrou. Pegou sua toalha e saiu para o banheiro. Retornou depois com roupa trocada e cheirando sabonete. Eu via televisão. Informavam que as autoridades ainda estavam em busca do assassino. Todas as saídas da ilha estavam sendo vigiadas desde a denúncia, o dito cujo não era para ter como fugir. Contrariando as possibilidades, desaparecera. Reportaram que estava com um roupão de tecido florido e um anel grande que era de sua mãe na mão esquerda, coisas que eu tinha percebido assim que ele entrou na igreja. A própria mãe que ele salvara, também foi quem o denunciou pra polícia. Madre Alda pegou o controle remoto e desligou o que eu assistia. Se eu tivesse celular ou computador, pesquisaria na internet sobre o assunto. Pelo voto de pobreza, ou por falta de dinheiro mesmo, não tinha nenhum dos dois. Antes de conseguir dormir lembrei da notícia do crime. O rapaz que entrara na igreja essa semana fora anunciado como responsável pela morte de seu pai, conhecido pescador da ilha. João, de profissão costureiro, costurou com linhas de anzol, os lábios do pai e ainda os braços juntos ao corpo. O velho morrera bêbado e sofrendo como nunca. Suspeitavam que o motivo de crime tão atroz se dava pelas ameaças e atos violentos concretizados que seu pai realizava contra a sua mãe, em sua presença. Essa história terrível não me deixava dormir. Eu tive pesadelos a noite inteira. Por isso, decidi falar com o padre no dia seguinte: - Padre Francisco, deveria contar para as autoridades que João esteve aqui, não? E o que ele deve ter te contado também. Afinal, era um criminoso! - Querida e jovem Talita, não podemos entregar os homens que se examinaram e se arrependeram de seus pecados. Mas, acredito sim existirem alguns com merecimento que decidamos nós mesmos por suas penitências. Não consegui ter argumentos contra o padre. Pela tarde, encontrei com minha amiga Raquel. Estávamos de férias escolares. Precisei esperar que retornasse de suas tarefas no barco com seu pai. Aguardei sentada no porto. Assim que ela chegou, contei sobre o assassino que vi na igreja, já prevendo sua reação: - Talita, nenhum policial acreditará em uma criança. Deve no mínimo ter provas de que ele foi à igreja. Abortei a missão com incentivo de minha amiga e receio de ser desacreditada. Mas decidi procurar por mais pistas, para conseguir me munir de argumentos para me levassem a sério. Sabia que madre Alda estava sempre ouvindo por entre as portas. Certa de que ela teria alguma informação, passei acompanhá-la, sem que fosse vista. Após essa decisão, percebi que carregava consigo certa hora do dia uma grande quantidade de peixe até a cripta. - A quantos alimentam com esse peixe todo madre Alda? - Os mesmos moribundos que sempre ajudamos. Eu concordei e me afastei. No dia seguinte, quando carregava os peixes, a acompanhei até uma sala no subterrâneo. Uma das poucas antes dos corredores dos túmulos, e que havia restado inteira do incêndio. Ela entrou e fechou a porta. Não consegui ver nada pelo buraco da fechadura nem por baixo. Dei a volta pela escada, atrás da sala que ela entrara, encontrei uma passagem de circulação de ar, entrei.  Observei o local de cima. Era uma sala escura. Da distância em que estava consegui sentir um fedor de putrefação. Enxerguei abaixo de onde me posicionei, o que pareceu um resto 
de corpo humano. O conjunto caído no canto tinha aparência de vestígios de ossos cobertos com pedaços de pele. Percebi João no centro, ajoelhado e acorrentado. Ele tinha um arco de ferro redondo em sua cintura. Desse círculo metalizado partiam correntes presas à parede. Em sua testa havia um corte em forma de cruz, de onde escorria sangue. Encontrava-se com o mesmo roupão da televisão e descalço.  Esperei a madre sair. Sem que fosse vista, desci as escadas da passagem e tentei convencê-lo a me dar o anel. Disse que o levaria para polícia, tentando o ajudar a sair ali.  - Quem é você para dizer que eu mereço sair daqui menina? – Disse João, recusando. Como era noite, esperei amanhecer e corri para casa de Raquel, no fim da rua. Contei tudo sobre o aprisionado. - Será essa a penitência informada pelo padre? – ela me perguntou e me fez refletir. Eu mesma tenho vontade de castigar ao meu pai cada vez que ele grita e ofende a minha mãe. Depois de mais algum tempo de conversa, percebi que não levaria a lugar nenhum. Minha amiga teve medo de se envolver ou não quis acreditar na minha história. Eu teria de resolver sozinha. Procurei madre Alda e confessei que sabia de João. Que ele estava na cela.  Madre Alda me disse que já o soltaria e me convidou para ajudá-la. Fomos em direção a cripta, ela sabia o caminho.  A madre citando salmos, nos quais tinham punições para que se redimissem dos erros. Estava muito escuro e não levávamos velas. Entramos no local onde estava João. Logo  ele me identificou e disse para a madre que eu tentei libertá-lo, que eu chamaria a polícia. Madre Alda não teve duvida, me agarrou pelos punhos, me mandou ajoelhar e acorrentou-me junto ao assassino.
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CORRETAGEM ESPERTA
  JUNHÃO
Vinte e dois anos de idade. Não sai de perto do telefone fixo do apartamento o dia inteiro. Quando o telefone toca, ele se apressa em atender a ligação sem demora. Esbaforido, pega o fone e fala baixo, quase inaudível. Alguns segundos depois, quando a conversa termina ele não coloca o telefone no apoio e, a seguir, faz uma ligação. A sua voz continua baixa do mesmo jeito, cochichando com alguém do outro lado da linha.
MÃE
Quarenta e dois anos. Os olhos giram de um lado para outro demonstrando ansiedade, pois está curiosa para saber qual o segredo daquelas conversas murmuradas. Por mais que se esforce em ouvir, as palavras são incompreensíveis e isso a deixa muito nervosa. Ela passa a maior parte do dia perto do aparelho telefônico fingindo varrer o chão ou espanando algum móvel no intuito de tentar ouvir o motivo daqueles cochichos. Frustrada por não conseguir o seu intento, fala baixo para si o que está pensando. Referindo-se ao filho, comenta:
– Esse segredo todo “tá me cheirando” a mutreta… Esse mau elemento “tá” armando alguma coisa errada… O dom dele é só pra fazer merda. Parece que esse sujeito só nasceu pra descambar para o lado errado. Toda hora aparece um malfeito dele. Já não aguento mais tanta injúria, meu Deus!
JUNHÃO
Furtivo, sem perceber que está sendo observado ele segue o mesmo roteiro, recebendo e fazendo ligações telefônicas o tempo inteiro. Tudo no maior sigilo.
MÃE
Continua ansiosa porque está obcecada para saber a razão de tanta conversa murmurada. Fala baixinho:
– Já pensou um marmanjo desse passar o dia todo grudado no telefone sem fazer nada na vida? Ele não sai de perto desse aparelho. Não se desgruda daí nem por um minuto sequer. Ele come com o prato na mão e nem na privada essa criatura vai porque está colado no telefone aguardando as tais ligações.
A seguir diz com determinação:
– Mas eu ainda descubro esse segredo, seja lá qual for!… Ah, se eu descubro!… Jesus vai “mim” ajudar nessa tarefa. Se o que ele está fazendo for alguma coisa errada aí eu vou botar esse vadio pra “chimbar” ou não me chamo Ceiça!…
Depois se queixa:
– O sujeito não paga sequer “um mil réis” da conta telefônica e ainda se acha no direito de ocupar a linha o dia inteiro; até de noite ele continua com essa treita. Mas eu ainda vou descobrir do que se trata.
Gloriosa e demonstrando esperteza, exclama:
– Eu, Ceiça, percebendo que existe alguma coisa errada debaixo do meu “fucinho” e não saber o que está havendo?!… Só se a imbecil for outra criatura com um nome parecido com o meu. E Deus que “mim” livre de ter uma “homônima” minha!
E completa com entusiasmo:
– Mas eu, batizada, crismada e registrada no cartório com o bonito nome de Maria da Conceição Paiva de Brito, nascida no povoado de Nova Cruz, em Baixa Grande, filha de Felismina Soares Silva e Antero Inocêncio Paiva, jamais vou permitir que ocorra qualquer tipo de falcatrua debaixo do meu teto sem que eu saiba o que é! “Comigo não jacaré”! O meu Deus está no controle deste lar!
JUNHÃO
Continua sorrateiro na sua atividade de receber e fazer ligações. Mas, às quatro horas da tarde, chega o momento em que ele tem a obrigação de ir comprar o pão. Não podendo falhar com esse compromisso, sai do apartamento correndo para ir à padaria. Tem pressa em voltar logo para continuar com a sua atividade logística.
MÃE
Fica sozinha no apartamento e se senta na cadeira junto ao aparelho. Aguarda ansiosa por uma ligação que seria para o filho. Instantes depois o telefone toca e ela arregala os olhos de alegria. Ouvem-se os estrondos do seu coração pulsando de ansiedade por causa da curiosidade. Ela pressente que chegou a hora de desvendar o segredo que a deixou curiosa por vários dias. Imediatamente se acalma e atende ao telefone. Sua voz soa melodiosa:
– “Alôoo”!…
Ouve alguma coisa do outro lado da linha que não lhe agrada e o seu semblante muda na hora. O interlocutor continua falando. Ouvindo o que não quer, ela fica embrutecida e cerra as sobrancelhas. O olhar esbugalhado demonstra estar com muita raiva e as ventas expelem fogo e fumaça. Embrutecida, ela interrompe a fala do homem de modo ríspido:
– Agora escute você, cidadão! O senhor “tá” pensando que eu sou o quêêê???…
Com a resposta dada ela fica desvairada com o que ouve e quase grita ao telefone:
– “Mim” respeita “cabra safado”!… Eu sou uma mulher honrada, mãe de família e muito bem casada! Não sou quem o senhor está pensando, ouviu?!…
Mal-humorada, determina espumando de raiva:
– Vá cantar a sua mãe, sujeito abusado!!!
Ela estranha novamente o que ouve e grita:
-O quêeee?!!!…
Com a explicação dele, ela repete com incredulidade:
– O meu telefone está num anúncio da internet???!… E esse tal de anúncio diz o quê???!!!…
Sem acreditar no que está ouvindo, exclama repetindo o que ouviu:
– A tal de publicidade diz que a minha casa é uma agência de garotas de programa?!… E o senhor afirma que paga comissão a um elemento de nome “Jéqui” pela intermediação do “serviço”?!…
Constrangida, se defende quase suplicando:
– Isso é mentira, meu senhor!… Essa propaganda é enganosa. Aqui é uma casa de família! Esse tal de “jégui” deve estar usando indevidamente o número do meu telefone.
A seguir promete lamuriosa:
– Vou tomar as providências necessárias imediatamente para corrigir essa situação vexatória. Tenho certeza absoluta que o tal de “Jégui” nunca mais vai usar o meu número para esse tipo de coisa errada. Isso eu garanto!
Apesar de estar desesperada, percebe imediatamente “quem” é o culpado por ela estar passando por esse vexame. Bem que já havia desconfiado daquela treita, quando o filho ficava recebendo e fazendo ligações. Determinada, informa da sua intenção ao homem que ainda continua na linha:
– Por favor, senhor, não ligue mais “práqui”, porque eu vou matar o miserável que fez essa maldade comigo!… Passar bem.
A seguir ela bate o telefone com força no apoio ao terminar a ligação. Depois lastima chorosa:
– Uai, meu Deus!… Eu não aguento mais esse “jégui”. Se eu fosse uma mulher separada eu entregava esse marginal com urgência ao pai; mas como graças a Deus não sou, tenho que aguentar essa cruz pesada. “Mim acode” Jesus! …
Ainda atormentada, continua prometendo:
– Mas eu vou dar um jeito nesse “jégui” porque o sangue de Cristo tem poder!…
Demonstrando arrependimento de fatos passados ela relembra:
– Quando o Júnior começou a andar já dava mostras de ter um temperamento genioso. No entanto, ao invés de lhe dar uma lição, eu achava engraçado tudo o que ele fazia. Principalmente quando ele embirrava no mercado ou numa loja querendo um doce ou um brinquedo e eu não tinha condições de comprar. Nesse momento, o pirralho se jogava no chão esperneando, chorando alto e dando calundu. Amuado, exigia que eu comprasse a todo custo. O escândalo dele chamava a atenção das pessoas. Apesar disso, eu achava a coisa mais linda do mundo.
Continua relatando as lembranças:
– Quando ele foi crescendo parou de fazer aquelas presepadas. Eu fazia as compras tranquila com ele parecendo um rapazinho “mim” acompanhando. Mas ao chegar em casa eu descobria que tinha doces e brinquedos que eu não tinha comprado no meio dos pacotes. Para mim o Juninho tinha uma sabedoria muito grande porque pegava as coisas escondido e ninguém percebia. Cansei de elogiar a inteligência dele.
A seguir diz aparentando remorso:
– Todo mundo “mim” alertava sobre a natureza do Júnior e eu não dava importância.
Depois lamenta:
– Como eu fui injusta com as pessoas esse tempo todo… O primo Erival “mim” alertou diversas vezes, mas eu fui cega na minha “ingnorância” em querer proteger o meu filho. Olha aí o resultado! O peste do menino é mil vezes pior do que aquilo que ele falou da última vez. Agora estou com a “cara no chão” perante o primo.
E prossegue falando consigo:
– Só não vou pedir desculpas ao primo Erival porque irei ouvir muito “disaforo” dele. E o pior é eu terei de ouvir calada, ficando quieta de boca fechada, humilhada, porque ele tem razão em tudo que disse sobre o caráter do Júnior. É triste a gente estar errada porque não pode se defender.
A seguir ela encontra uma alternativa para se desculpar com o primo. Diz com entusiasmo:
– Já sei! Vou pedir à prima Rutinha para “aliviar a minha barra” conversando com Erival sobre o assunto da marginalidade desse miserável inconsequente.
Logo depois se arrepende e comenta:
– Percebi agora que não posso falar nada disso com ninguém. Se eu “mim” queixar de alguma coisa sobre essa criatura indigna, isso vai virar a maior fuxicaria do mundo no seio familiar com todos acusando a pobre da Ceiça, como se eu fosse a culpada desses desatinos do Júnior.
Continua com o raciocínio:
– Por isso tenho que ficar sofrendo calada. Se uma conversa dessa cair na boca de João, o marido da prima Rute, aí é que vou “mim” lascar de vez. Aquele sujeito tem uma “língua grande” e vai espalhar pra todo mundo saber da minha desventura com o Juninho. E ainda vão aumentar a conversa “mim” tachando de coiteira da vagabundagem do menino.
E fala com amargura:
– Vão terminar dizendo que a errada sou eu, apoiando o primo Erival. Infelizmente tenho que reconhecer que o primo enjoado tem razão em tudo que disse. ¬ apesar desse reconhecimento em relação ao primo, ela ainda nutre um enorme rancor por ele ter lhe informado sobre os defeitos do filho na época do alistamento militar.
E conclui com resignação:
– Que sina essa minha, meu Deus!…
Depois se lembra que tem um assunto urgente para resolver e vai para a janela enraivada. A seguir grita várias vezes tão alto chamando o filho que estronda o apartamento:
– Alcebíades Júnior, seu picareta “duma figa”!… Venha “pracá” ligeiro, seu infame!
JUNHÃO
Pouco tempo depois ele entra apressado na sala do apartamento carregando um pacote com os pães. Está ofegante devido à carreira que deu ao ouvir os gritos alucinados da mãe. Sonso, fingindo inocência, ele se justifica e depois indaga o motivo do chamamento enquanto aproveita o ensejo para aconselhá-la:
– Demorei um pouco porque os pães estavam assando e tive de esperar a fornada sair, mas isso não é motivo para tanto escândalo. Eu estava a dois quarteirões daqui e ouvi os seus berros. O que houve?!… Morreu alguém?! “Praquê” esse estresse todo?! Na sua idade tenha cuidado com o coração pra não ter um infarto…
MÃE
Seus olhos estão vermelhos e esbugalhados. Ela está cuspindo fogo quando fala. Seu rosto está rubro de raiva e envolto em labaredas. Mesmo arquejante, fala esbravejando:
– O que houve o quê, seu dissimulado!!!…
E completa:
– Você ainda vai “mim” matar do coração, seu pilantra! Isso é coisa que se faça, seu verme?!!!
JUNHÃO
Presumindo o motivo da raiva da mãe, ele arregala os olhos receoso das consequências dos seus atos. Fingido, pergunta com a voz trêmula:
– Mas o que foi que eu fiz dessa vez?!…
MÃE
Continua enfurecida:
– O que foi que fez o quê, pilantra?!!… Você só faz aprontar, “fela da puta”!
E prossegue:
– Descobri que você é um rufião, um cafetão de meia-tigela! Você vai ver: vou te internar na FEBEM, aprendiz de proxeneta!…
JUNHÃO
Percebe que está sem escapatória e fica em silêncio sem saber o que fazer. Não consegue nem murmurar.
MÃE
Está alucinada de rancor e continua com os esporros:
– Você vai terminar me matando de desgosto, seu peste!… “Tá” querendo “mim” desmoralizar, seu corno!… Eu sou uma mulher decente, ouviu?!… Não fique “mim” difamando, seu imundo! E se lembre bem, que a minha casa é de família, ouviu, seu gigolô barato?!…
JUNHÃO
Fica emudecido. Olha para o teto e faz um gesto com a boca significando desilusão por haver perdido a oportunidade de ganhar um dinheiro extra para as suas farras.
MÃE
Está tremendo de raiva devido ao ocorrido. Pensa em beber um copo de água com açúcar para se acalmar, mas devido ao nervoso se esquece. Logo depois começa a conjecturar como seria a sua vida doravante se o marido viesse a saber das malditas ligações telefônicas do filho:
– Alcebíades pai não pode saber de uma “miséra” dessa; se cair nos ouvidos dele eu fiquei de papo com um indivíduo libertino, serei uma mulher largada. O que vai ser de mim, meu Deus?!
Choramingando, lastima:
– Todo mundo “mim” alertava sobre os desatinos desse menino sem-vergonha desde quando esse peste ainda era uma criança, mas eu imaginava que falavam mal dele porque tinham inveja da gente. E olha agora o resultado: criei um monstro, uma cobra venenosa pra “mim” morder. Estou toda picada, morrendo aos poucos por casa do veneno nocivo desse “discarado”.
E continua o lamento dirigindo-se a ele:
– Jesus não vai permitir que você continue fazendo as suas malandragens aqui dentro do meu lar. E também que seu pai jamais saiba dessas misérias que você apronta no apartamento que ele adquiriu às custas de muito trabalho. É triste saber que, enquanto o inocente está trabalhando feito um burro de carga, você fica barbarizando aqui com as suas molecagens.
Ela está revoltada com a má conduta do filho. A seguir, enfeza a cara com muita raiva e cerra as sobrancelhas. Depois faz bico com os beiços e, com o dedo em riste na direção do rosto do filho, informa o castigo pesado que será aplicado como punição:
– De hoje em diante você “tá” proibido de pegar no telefone!… Ouviu, seu peste malparido?!…
JUNHÃO
Está murcho planejando o que poderá fazer para minorar o seu sofrimento sem a grana extra. Vai para o quarto de cabeça baixa. Deita-se na cama e cruza os braços por detrás na nuca apoiando-os no travesseiro e descansa a cabeça neles. Fica pensativo olhando para o teto e murmura planejando uma vingança:
– Vou providenciar um remédio de tarja preta para essa criatura tomar sem ela saber. Vou colocar uma dosagem dupla da droga no suco que ela bebe todos os dias. Vou dizer a ela que suco de maracujá é bom para a memória. Ao tomar ela vai sentir uma moleza muito grande e pensará que é por causa do maracujá. A mistura “batizada” vai ser uma “sopa no mel”.
E continua a determinar:
– A desgraçada vai ficar grogue e isso facilitará a minha vida. É a única solução que tenho. A sujeita precisa se acalmar, porque só vive revoltada. Nada agrada a ela. E, no final, sou eu quem “pago o pato” das loucuras que ela inventa.
E conclui com desgosto:
– Se eu não precisasse de casa, comida, roupa lavada e dinheiro para as farras já teria me “picado” daqui. Não tem quem aguente uma “coroa” problemática igual a essa.
MÃE
Quando se acalma fica analisando toda a situação e depois conclui:
– O meu Juninho faz essas traquinagens porque é um inocente na vida. Tenho certeza de que isso que ele faz é devido à influência das amizades ruins. Sozinho ele não teria a noção para praticar esses atos vis. O meu filhinho é muito puro. Mas Jesus há de “mim” ajudar a dar uma direção na vida dele. Aí ele vai virar uma pessoa decente.
Imbuída da vontade em conseguir redirecionar o Júnior, fala com entusiasmo:
– Irei frequentar uma igreja evangélica aqui perto de casa. Com o tempo vou “si” batizar e serei uma crente fervorosa. Um milagre vai acontecer em nossas vidas. Tenho certeza de que o Juninho irá seguir o meu bom exemplo.
Continuando empolgada e diz:
– O meu menino segue todas as minhas determinações. Ele irá congregar comigo todos os dias no templo e logo se afastará dessa vida nefasta na qual os tais amigos forçam esse cabeça de vento a fazer asneiras. Isso eu garanto!
Esperançosa com a libertação do filho, exclama sorridente:
– Adeus galera do mal! De agora em diante quem vai mandar nele é Jesus!!!
JUNHÃO
Enquanto isso ele continua com o seu planejamento:
–  Essa “coroa” vai ficar à mercê das minhas vontades quando estiver dopada com os remédios que vou administrar a ela. Já encomendei um “bocado” de caixas da tarja preta à Mérinha que trabalha no hospício como auxiliar de enfermagem. A minha coligação não me deixa na mão. Ela sabe como “dar os pulos” para conseguir desviar o medicamento controlado.
E completa o seu plano dizendo:
– Prometi dar uma boa grana a Mérinha pelos comprimidos depois que a velha for medicada. Com a “coroa” dormindo entorpecida é fácil eu surrupiar o montante na gaveta da cômoda onde ela esconde o dinheiro. Vai ser uma beleza eu ter um banco particular!
Cheio de autoridade sentencia:
– Vou dar uma direção à vida dessa carrasca. De agora em diante ela “vai comer na minha mão”. A velha Ceiça vai saber quem manda aqui neste apartamento.
MÃE
Está martirizada pelo tremendo castigo que impôs ao filho. Fica triste e com remorso, diz arrependida:
– Fui muito má punindo o meu filhinho. Vou liberar ele para usar o telefone quando quiser. Esses malfeitos são coisas de crianças. Com certeza ele não irá mais fazer essas bestagens. O que eu mais adoro no meu filho é a inocência dele, coitado…
E conclui com a voz tenra:
– Estou “mim” sentindo péssima por ter sido tão rude com ele. Ainda mais sabendo que o meu Juninho é incapaz de fazer mal a alguém. Ele é uma pobre criança e precisa de muito carinho…
Autor: Joswilton Lima
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Nos EPISÓDIOS DO JUNHÃO: ‘Corretagem Esperta’ CORRETAGEM ESPERTA JUNHÃO Vinte e dois anos de idade. Não sai de perto do telefone fixo do apartamento o dia inteiro.
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