patys de plantão que ainda estão acordadas, vamos lá:
SPOILERS SOBRE O MUSICAL DE MENINAS MALVADAS ABAIXO!!!
Eu confesso que, nas últimas semanas, eu duvidei MUITO desse filme. Eu sou muito fã do musical e quando saiu World Burn, não peguei muito a vibe. Mas daí entra o problema, que não é bem um problema quando você vai ver o filme. Eu, e digo isso frisando que: eu, não gosto quando tornam um musical extremamente pop chiclete pra vender com mais facilidade. É claro que nem todo mundo gosta do estilo que um musical segue, aquela coisa mais teatral e Broadway core, e eu entendo isso. Mas apenas musicais específicos conseguem se sair bem tendo essa pegada, um exemplo disso é o que fizeram com Hairspray em 2016. Detestei, repudiei, não existem palavras pra descrever o quanto eu abomino o que fizeram com as músicas de Hairspray (talvez, meu problema seja com a Penny da Ariana Grande em específico) então fiquei com medo.
Confio cem por cento na Reneé Rapp e no potencial dela, até porque ela tá reprisando o papel de Regina, mas algo na escolha que eles tavam tomando com o ritmo da música me incomodava. Daí, saiu a trilha sonora do filme e existem músicas que foram cortadas (Meet The Plastics, por exemplo, que era uma das que eu mais queria ouvir) e isso me brochou um pouco. Honestamente, eu fui ver completamente desanimada porque achei verdadeiramente que não ia gostar. Mas fui de cabeça aberta.
Fui surpreendida, claro. Existem sim, diferenças do musical da Broadway pra essa versão do cinema (seja em letra, quanto músicas sendo encurtadas e etc) mas eu acho que funciona muito bem. A Tina Fey soube atualizar a própria história pela terceira vez com muita maestria, de uma maneira que ficasse bom e atrativo pra essa galera mais nova que não conhece o original mas que não ficasse uma coisa forçada pra quem já é familiarizado com a obra. E sim, eu ainda senti falta do número musical todo de Meet The Plastics, mesmo tendo amado o filme novo.
Pra ser sincera, é uma releitura do musical então não vão ver esperando uma adaptação copiada. Acredito que a própria Tina Fey e o elenco já tenham falado que é diferente do musical da Broadway, mas reforço aqui que mesmo que a história seja a mesma, algumas decisões de direção são diferentes. Entretanto, eu acho que tudo se encaixa perfeitamente bem no filme. Eu suspeitava assim que comecei a assistir que as músicas iam soar melhores no filme do que na trilha sonora sozinha em si, e eu não estava errada.
Meu, eu nunca vou entender por que tem produção que faz isso mas literalmente existem partes das músicas que tão incluídas no filme mas na trilha sonora, não. Imploro pra que parem de tratar trilha sonora de musical como trilha sonora de filme porque eu fui toda xoxa capenga e crente de que tinham cortado minhas partes favoritas de Sexy (número musical da Karen) e elas estavam todas lá no filme. Só não na trilha. Enfim, fora isso que me irritou um pouco, o musical foi me ganhando e essa versão pop mais cativante pra essa galera que não curte tanto musical se estabelece bem. Não parece que eles tão cantando só uma música qualquer porque o filme realmente se trata como um musical, existem números de dança e a melhor parte (na minha opinião) que são as conversas entre as músicas.
Outra coisa que devo elogiar é a forma como o filme se mescla perfeitamente, tipo assim… Fazia tempo que eu não via um filme tão bom em misturar música com narrativa. Pra quem não gosta de musical, em minha humilde opinião, o filme consegue equilibrar muito bem música e narrativa. Claro que vai ter muita música, é musical, mas a história não é contada só através de música como Hamilton, por exemplo. E sinto que devo avisar, meus caros seguimores, fomos enganadas… Regina George não é lésbica. Não foi dessa vez.
Fiquei o filme torcendo por um romancezinho entre ela e a Cady desde que saiu aquela música da Reneé com a Megan, mas não teve nada. Ela nem sequer chega a ser bissexual, mas nada que interrompa no seu divertimento. Mas é isso, esse filme é incrível e eu, com certeza, veria de novo. Agora, posso ouvir a trilha sonora em paz porque sei que vou gostar. Minha nota pra ele seria, provavelmente, um 7/10. Perdeu alguns pontos pelos motivos que citei acima. Mesmo que eu tenha gostado, iria preferir se fosse muito mais teatral. O elenco é muito carismático também, até mesmo o Christopher Briney que todo mundo caiu em cima do garoto por ter sido escolhido pra viver o Aaron Samuels. Sou suspeita pra falar porque amo ele, mas ele faz o papel de parzinho romântico burro perfeitamente. O Aaron nunca foi um grande galã também pra ter tido a comoção que teve com o Chris.
Nem preciso dizer que Reneé Rapp é a dona da minha vida, né? Arrasou na Broadway e arrasou no filme também, inclusive, amei que houve uma mudança na letra de Meet The Plastics que tenho certeza que deve ter sido ideia dela com a Tina Fey (essa linha já existia em versões Off-Broadway, mas imaginei que iam trazer pro filme também pro fato da Reneé ser midsize).
MAS CHEGA NÉ? É isso, galera! Vão ver o filme de coração aberto que tenho certeza que vocês vão gostar, foi uma ótima releitura da obra original. De verdade mesmo.
E fiquem ligados: tem uma surpresinha no filme pra quem é fã e viu a versão original de 2004!