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#maniqueismo
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(Celebración del Bēma - Fragmento de un códice iluminado maniqueo de Turfán)
"La necesidad de salvación parece aquí, como en la Gnosis, haber nacido de una experiencia del mal. Pero -mientras que en la mayoría de las experiencias religiosas la prueba del mal consiste en el desgarramiento, la separación, o la dualidad, y el deseo de salvación tiende a la reunión, a la unificación de la conciencia o la existencia dividida, al retorno del todo a la unidad- los mismos sentimientos conducen al maniqueo a ver, por el contrario, en la división, en la dualidad (con tal de que sean radicales), el bien primero y final, a resolver los datos del problema por reducción, no a la unidad, sino a la dualidad. La búsqueda de la salvación toma aquí como punto de partida, en efecto, la convicción de que la situación presente del hombre es intolerable y anormal porque es 'mezcla' o -por retomar una metáfora fiamiliar al maniqueísmo- 'aleación' de sustancias heterogéneas, contrarias entre sí y que se limitan mutuamente, unión artificial y violenta del Bien y el Mal, de lo divino y lo demoníaco, de la Inteligencia o el Espíritu y la Materia; en una palara: de la Luz y las Tinieblas. Este estado mixto no sólo constituye nuestra existencia en lo que ésta tiene de finito y pasajero, sino que se mantiene, prolonga y agrava por la ley misma de la existencia, puesto que, si no se libera de él, el hombre está condenado a pasar por una serie de vidas donde se volverá a encontrar, junto a la 'mezcla', con el sufrimiento y el pecado. 'Trasvase' perpetuo (métaggismos), término tomado de la Gnosis, a menudo equiparado en los texto de Trufan al samsara búdico, y que forma un Geboren-Totsein en que nos introduce cada uno de nuestros nacimientos.
Pero la existencia no nos mezcla sólo con el mal por lo que tiene de transitivo y por su continuo volver a comenzar: nos sumerge en el mal y hace de él una parte de nuestro ser actual. Veremos que, para el maniqueísmo, el mal tiene una realidad positiva y que, a sus ojos, el mundo no ocupa una zona intermedia entre la Luz y la Oscuridad, sino que se sitúa en el interior mismo de la Oscuridad de la que ha emergido como consecuencia de una mezcla cada vez más indiscernible de las partes caídas de la Luz con la Materia. Si hay un mundo, si existe un devenir, es porque hay Materia y cuerpos. Materia viva, cuerpos vivos, sin duda, gracias a su combinación con la Luz y el Alma; pero -como dicen os maniqueos- mundos y cuerpos envenenados por esta amalgama y que, al mismo tiempo, del mismo modo en que un vaso manchado corrompe su contenido, envenenan la Luz y el Alma que retienen. De ahí la impresión, hecha de malestar y repulsión, que experimenta el hombre implicado en este caos de impureza y que se traduce en imágenes de asco o de horror: mundo hecho de cadáveres y excrementos de demonios; Reino del Mal horadado en 'cinco simas', tierra pestífera hecha de humo, de fuego devastador, de viento destructor, de agua pútrida, de tinieblas opacas, a las que corresponden cinco gustos: lo salado, lo agrio, lo acre, lo insípido, lo amargo, y frecuentada por monstruos estúpidos; Materia que es un perpetuo movimiento desordenado, convulsión y desgarramiento, y que se disuelve y se devora a sí misma, tiña que se corroe a sí misma. De ese contacto íntimo y horrorizado con el mal, el hombre extrae una doble impresión: el hastío de existir y, al mismo tiempo, el sentimiento de aquello que su condición tiene de extraño. La repulsión que experimenta sugiere al hombre que su origen y su vocación deben ser otros que los que le impone su esclavitud actual".
Sobre el maniqueísmo y otros ensayos, Herni-Charles Puech
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fredborges98 · 1 year
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Bom dia!!!!
Por: Fred Borges
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Senhores Jurados, levantem o braço direito.
Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão, de acordo com a vossa consciência e os ditames da Justiça.
Assim que eu disser o nome do jurado, por favor responda:
Primeiro jurado:
Luiz Inácio Lula da Silva
Segundo Jurado:
Alexandre de Moraes
Terceiro Jurado:
Arthur Lira
Quarto Jurado:
Rodrigo Otavio Soares Pacheco
Assim o prometo!!!
Tudo que irei dizer é a plena verdade, somente a verdade, nada alem da verdade.
A verdade está diretamente ligada à qualidade do ensino público e privado em todos os níveis no Brasil; do maternal, fundamental, médio e superior.
Estamos vivendo ainda consequências do AI-5 de 13 de Dezembro de 1968 na área educacional.
Estamos vivendo uma forma política, "modus atuante" e "modus operandi" de uma ditadura da má ou péssima qualidade de ensino no Brasil.
Uma ditadura que tira qualquer esperança de um futuro melhor.
Uma ditadura disfarçada de democracia que valida a educação como fundamental, mas que a inviabiliza em termos qualitativos, logo estratégicos, e a quem interessa tal formato?
A forma e a fôrma!
Que formata a educação é a mesma, com variações de conteúdo, mas a fórmula sempre será a mesma: 7x's cuja na fórmula integral é responsável por 1% da elaboração final da Coca-Cola, mas devida a " complexidade" da identificação dos componentes,nunca foi e nunca será descoberta, numa espécie de ditadura da fórmula, forma e fôrma, que complica, não explica, torna inacessível, ou seja democratiza a ignorância e a dissemina.
Triste viés e linha tênue entre democracia e ditadura.
Se não temos qualidade, pouco importa a quantidade!
Vejo colégios públicos sendo construídos onde a ênfase está no exercício e prática física, da educação física( nada contra, desde que seja para estabelecer o equilíbrio de: " Mens sana in corpore sano" de Juvenal,mas com quadras enormes, refletores o circo está formatado, mas, perguntaria: onde está a inteligência sendo acrescida de questionamentos, da hermenêutica, da filosofia, das artes, da matemática, física, química e biologia, mas sobretudo do estudo do poder na política, pela política, pelos políticos, o estudo da manipulação, da doutrinação, do dogmatismo, do idealismo, do maniqueismo e etc?
Enfim, onde está a qualidade do pensar que nos faz atuar como atores,protagonistas de nosso futuro?
Sacha Noam Baron Cohen (Londres, 13 de outubro de 1971) é um ator, roteirista, produtor e comediante britânico.
Seus principais personagens são Borat, Ali G, Brüno e Almirante General Aladeen.
Cohen é judeu praticante; formou-se em História pela tradicional Universidade de Cambridge; sua linha de pesquisa contemplava as raízes dos preconceitos do mundo contemporâneo.
O seu trabalho foi reconhecido com um prémio BAFTA, uma nomeação para um Emmy e um Oscar de melhor argumento adaptado de 2007.
Nesse mesmo ano, ganhou um Globo de Ouro de melhor ator em comédia ou musical pela sua actuação em Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan.
Pelo seu alto teor de humor negro, o filme gerou controvérsias antes, durante e depois de seu lançamento; alguns membros do elenco se posicionaram contra a realização da produção, alguns chegaram a processar seus produtores.
Borat foi proibido em todos os países árabes, com exceção do Líbano; na Rússia o filme não chegou a ser censurado, mas foi alvo de um boicote promovido pelo governo daquele país que fez uma grande campanha para desencorajar os espectadores de assistí-lo.
Interessante que tais países são ditaduras declaradas por seus atos ou disfarçadas de uma "democracia".
Seria o caso do Brasil e dos EUA?
Seria o Brasil e os EUA a metáfora do 7x's da Coca-Cola, invisível aos esportistas amadores das magníficas quadras nas escolas públicas de todo Brasil?
Seria o pão, o circo, e no lugar do vinho, as colas bebidas e as " colas" escolares um dos sinais da mediocridade e deterioração da educação no país?
Em seu discurso, Borat( Sacha Noam Baron Cohen) torna nudez a aparente democracia americana e o "emburrecimento de grande parte da população":
"Por que vocês são tão antiditadores?
Imagine se a América fosse uma ditadura.
Você poderia deixar 1% das pessoas ficar com toda a riqueza do país.
Você poderia ajudar seus amigos ricos a ficarem mais ricos cortando seus impostos e resgatando-os quando jogam. e perder.
Você poderia ignorar as necessidades dos pobres por saúde e educação.
Sua mídia pareceria gratuita, mas seria secretamente controlada por uma pessoa e sua família.
Você poderia grampear telefones.
Você poderia torturar prisioneiros estrangeiros.
Você poderia ter fraudado eleições.
Você poderia mentir sobre o motivo de ir à guerra.
Você poderia encher suas prisões com um grupo racial específico e ninguém reclamaria.
Você poderia usar a mídia para assustar as pessoas e levá-las a apoiar políticas que são contra seus interesses."
Estes na realidade são os atos cometidos pela " democracia " americana.
O que, por último, é uma ditadura da aparência e da " quantidade", desqualificando a democracia, no que ela tem de mais precioso: o pensar crítico, analítico, dialético, hermenêutico, inovador que faz a humanidade melhor para todos,não um punhado de famílias controlando o mundo, e países como o nosso e os EUA, o que concluindo- se é uma DITADURA!
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mundo-rayuela · 2 years
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(73) Manes
Manes, también conocido como Mani, fue el profeta fundador del maniqueísmo, una doctrina religiosa gnóstica con influencia del budismo, el islam, el cristianismo y el zoroastrismo. Su doctrina se basaba en el dualismo entre el bien y el mal, la eterna pugna entre la luz y la oscuridad.  
Según el maniqueísmo, Manes era el último profeta después de Jesús, Mahoma y Buddha. El objetivo de Manes era proponer una religión universalista y sincrética que reemplazara las demás doctrinas religiosas, pues las consideraba incompletas. Inicialmente tuvo una gran acogida y se esparció rápidamente en Oriente y Occidente, pero, tanto el Imperio Romano como el Imperio Sasánida, comenzaron a perseguir a sus seguidores, lo que, con el tiempo, provocó un gran declive en el número de sus seguidores hasta su posterior desaparición.
Si bien ninguno de los trabajos originales de Manes se ha conservado en su totalidad, ha sido citado y comentado por grandes intelectuales y estudiosos, entre ellos San Agustín, quien llegó a ser parte de la secta maniquea en su juventud, pero la abandonó para convertirse en uno de sus mayores opositores.
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tiofenix · 2 years
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Maniqueísmo, move computadores, e paralisa mentes !
Maniqueísmo, move computadores, e paralisa mentes !
O grande salto do desenvolvimento da tecnologia, veio com a limitação do espectro possível para um espectro binário, onde 1 e zero, criam um limite, que torna fácil, o controle do todo. Para lidar com as nuances entre os extremos, o computador precisa ir fracionando cada pedaço, que esta no meio, em dois pedaços, essa digitalização nos afasta da realidade, mas permite controlar a informação. O…
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dellamonica · 5 years
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Mais fácil que vender aquele sabão em pó que “faz milagres” O grande talento de Bolsonaro é a espontaneidade. Não existem grandes teorias na elaboração de seu "marketing"
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gabdelai · 5 years
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O lucky man!
Lindsay Anderson, 1973
Seguimos una narrativa lineal sumamente cargada de contenido pero que logra entretener y mantenerte interesado. Es una crítica masiva al mundo, emplea una versión moderna del coro griego con el músico Alan Price, que anticipa y acompaña los sucesos narrativos. 
Acompañamos a Malcolm McDowell transformarse en distintos papeles a lo largo de la cinta. Así siendo testigo del capitalismo, corporaciones grandes, suicidios, hospitales experimentales, secretos de gobierno, injusticia social para mencionar un poco. Anderson hace cambios abruptos de narrativa tiendo varios momentos soprendentes para finalmente cerrar en que todo había sido una película es metacine.
No hay un maniqueismo aparente en donde los pobres son buenos y los ricos son malos, sino demuestra los matices de la humanidad en donde la gente es cruel y ve por si misma. Esto ejemplificado hacia el final cuando va alimentar a los pobres y éstos lo rechazan y lanzan hacia la basura. 
 El espectador siente una catársis a través de la risa debido a que muchas veces se dice “esto parece de película” olvidando que las películas se inspiran en la vida real.
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El bien y el mal
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Hace unos días en una conversación amigable, un hasta ahora desconocido me llegó a preguntar qué era el bien y el mal y si existían. Fueron muchas las preguntas que me lanzó mi curioso interlocutor y sólo fui capaz, por el poco tiempo, de dar unas pinceladas.
El mal, le dije, puede definirse como algo fáctico que se valora como pernicioso en contra de los seres humanos, animales, o la propia naturaleza y que puede considerarse, por tanto, como algo objetivo. En cambio, la maldad es la génesis voluntaria del mal, algo volitivo que se quiere o se lleva a cabo por alguien y puede considerarse por su origen como una realidad subjetiva.
El acto moral (bueno o malo) incluye una voluntad (un querer) y una conducta (el propio acto en sí), la voluntad es subjetiva pero la conducta y sus consecuencias o resultado de la acción es objetiva. El acto moral debe tener postulado un prerrequisito, la libertad del hombre; sin libertad el efecto benéfico o pernicioso de la acción es idéntico al de la lluvia o el rayo. Tomamos la decisión (se dice que la voluntad toma la decisión) tras un análisis racional y sentimental, más o menos superficial o profundo, en base a lo que es razonablemente bueno y favorable, y sensorial, emocional y afectivamente apetecible.
¿Qué es más importante el querer, o la conducta o resultado de la acción? Y ¿Qué podemos decir de la libertad humana? ¿Quién es el responsable último del mal?
Para dar respuesta a tan profundas y lacerantes preguntas me ayudé del camino ya hoyado y trillado por el ilustrado Immanuel Kant (1724-1804). Kant concluye que se debe elaborar juicios morales correctos desde la racionalidad y por medio de juicios analíticos y a priori sin el concurso de la experiencia como en la lógica y en la matemática.
Para Kant la racionalidad, igual que no necesita de lo empírico (de la experiencia) para saber y demostrar la verdad acerca de que 2+2 = 4 y de que su certeza se mantiene a lo largo del tiempo (su verdad es absoluta), cree él que es apta para establecer un juicio racional moral válido correcto, absoluto para cualquier lugar y tiempo; por ejemplo matar o robar siempre serán un mal. Se trataría de seguir un mandato a una norma racional autónoma, pero que se pudiera constituir, según tú, en una ley universal, esa máxima racional o imperativo categórico para Kant te diría: 1) obra de manera que la máxima que guie a tu voluntad pueda valer siempre como principio de legislación universal y 2) obra de tal modo que uses la humanidad tanto en tu persona como en la de cualquier otro, siempre como un fin y nunca como un medio. Elegir ese principio de bondad, de buena voluntad, ese querer hacer el bien, actuar con la mejor buena voluntad posible es lo que Kant considera como de un acto moral correcto. Además Kant le reconoce la máxima dignidad a todos los seres humanos sin distinción, son una finalidad en sí mismos. Kant no tiene en cuenta las consecuencias de nuestra decisión porque según él estas son imprevisibles. La Ética de Kant es formal y a priori, no necesita de la experiencia y como las matemáticas sería universal y necesaria; es un filósofo del deber o deontológico. Kant no está de acuerdo con las Éticas materiales, a posteriori, tras la experiencia, o consecuencialistas o teleológicas o finalistas o utilitaristas que analizan el acto ético y su bondad en base a sus consecuencias o sus resultados. Son éticas materiales las que nos dicen que debemos actuar para obtener algo, la consecución de un fin, ya sea la felicidad (Aristóteles), el placer (Epicuro), o la mayor felicidad en el mayor número de seres (los utilitaristas o pragmáticos).
Además de este imperativo categórico de buscar el bien (que te dice como deber haz A), hay otros mandatos condicionados, lo que Kant llamó imperativos hipotéticos, si quieres A, entonces haz B, por ejemplo si no quieres ir a la cárcel no robes, son condiciones que te pueden seducir para llevar a cabo una acción. Toda acción que se guía sólo por imperativos hipotéticos es una acción moral incorrecta. Para Kant lo es incluso aunque los resultados de la misma sean beneficiosos.
Le debemos a Kant el noble intento y su esfuerzo de crítica del papel de la razón en la práctica (en la moral), y nos aclara hasta dónde nos puede servir la racionalidad como guía de nuestros actos.
Como crítica, es problemático y difícil de demostrar, en un supuesto real, que frente a un mismo dilema moral una misma persona dé la misma solución racional, en dos etapas de su vida, como imperativo categórico absoluto. Incluso es muy probable que dos jurados populares bienintencionados no dieran la misma sentencia de los mismos hechos en dos lugares distintos y en épocas distintas. Es cuestionable que las leyes morales autónomas sean universales y absolutas y del mismo nivel que la lógica y la matemática. Y también es absolutamente difícil y problemático de descartar que no estuviera motivada esa decisión personal y autónoma por condicionantes ideológicos, pensamientos, o atractores sensoriales, afectivos o emotivos. Por último, las consecuencias previsibles de nuestros actos son, a veces, tan obvias que no tenerlas en cuenta restaría racionalidad a nuestra decisión. La moral se desarrolla en relación y en el mundo y lo único cuantificable y observable es la conducta y las consecuencias de la acción. La sociedad ha instaurado el derecho, la legalidad pretende implantar la justicia elaborando leyes, generalidades, que abarquen los casos particulares en un intento de juicios sintéticos a priori, pero que es evidente y obvio que no se trata de una ciencia.
Lo que, desde mi perspectiva, siempre se mantiene como válido y prioritario, desde el punto de vista moral, es ese querer hacer el bien, u obrar con la mejor buena voluntad, que se impone como un deber autónomo, primero y principal. Dicho deber de hacer el bien no tiene que estar mediatizado por intereses particulares o emocionales. Pero en esa decisión para actuar lo más racionalmente posible debemos considerar que las consecuencias absolutamente previsibles también sean las más favorables. Si bien, desde un punto de vista moral la autonomía del deber está por encima incluso de las consecuencias legales.
Kant analizando el papel de la razón en la práctica (en la moral) establece tres postulados morales: la libertad humana, la inmortalidad del alma y la existencia de Dios; sin los cuales la moralidad humana quedaría, para él, incompleta o coja. Ninguno de estos postulados se puede certificar que sean verdaderos. Sin la libertad humana, sin la capacidad de elección ninguna conducta puede sancionarse como buena o mala. Es igual que no se considera malo a un león porque muerda a otro animal o a un hombre, está en su naturaleza, no es libre. También para él se quedaría incompleta o coja la teoría moral si para el que ha sido bueno, y no ha tenido recompensa en esta vida, no hubiera una justicia divina que le recompensara. Y al contrario para el que había sido malo. Para ello implícitamente se necesitaría la inmortalidad del alma y un juez divino, Dios.
Es cuestionable la libertad humana. Estamos todos condicionados, por nuestros genes, por la naturaleza, por el ambiente, por la cultura y por la sociedad, y también por la enfermedad. Sin libertad no se puede sancionar moralmente. La Medicina nos informa de los graves condicionantes congénitos o adquiridos que hacen al ser humano irresponsable. El aparato emocional de la amígdala humana puede estar tan deteriorado (determinadas psicopatías) que la conducta de ese ser no sea muy distinta a la de un animal irracional. Otras veces es el racionamiento enfermizo el que te hace elaborar pensamientos e ideas paranoides (psicosis) que conducen a situaciones aparentemente violentas. En estos casos la ciencia nos advierte de la incapacidad humana ¿Pero el hombre medio, normal en estadística, actúa siempre libremente o está condicionado? Difícil pregunta, en general todos nos reconocemos un cierto grado de libertad que hace posible el juicio moral.
Los otros dos postulados son más problemáticos. Entramos en el terreno de la metafísica, y una necesidad de algo o de alguien para redondear una teoría no hace verdadero nada. La necesidad moral de la divinidad es una de las falsas demostraciones de la existencia de Dios.
Siguiendo el camino de la metafísica, por hacer preguntas “últimas” nos hemos preguntado los humanos por la responsabilidad del mal, ¿a quién se le echa la culpa de su existencia? A esa pregunta la ciencia no puede responder. Qué respuestas tenemos.
El maniqueísmo proponía una concepción dualista del mundo: defendían que la realidad está formada por dos principios, un principio bueno y otro malo, que se encuentran en continua lucha. Proponen no ya que el mal provenga del mismo Dios sino que el bien y el mal son los principios supremos que rigen cuanto existe, ambos con el mismo grado ontológico, que dan lugar a todas las cosas.
El neoplatonismo (una deriva de la teoría de la caverna de Platón) defendía que Dios, al igual que las Ideas para Platón, era lo inmutable, perfecto y el sumo bien. El mal se encontraría en la materia y por tanto en el mundo. La materia según los neoplatónicos es increada y es la responsable del mal.
Para san Agustín el mal nace de la libre voluntad del hombre. En el ser humano se da una lucha,según él, entre la materia y el espíritu. Se puede hacer una analogía con la lucha que se da entre los principios maniqueos y también con la concepción dualista de Platón respecto del hombre. Para san Agustín el mal no tiene entidad ontológica sólo el bien, para quien el mal es principalmente la privación de un bien. Por lo tanto, no existe el mal en sí mismo sino en la medida en que no se realiza un bien.
Para Leibniz (1646-1716), Dios estaba obligado moralmente a crear el mejor de los mundos posibles. Dios evaluó la perfección total, y combinó la mejor proporción de bien metafísico, bien físico y bien moral. Por lo tanto, la criatura creada por Dios se encuentra al nacer con un mundo en el que existe el mal ontológicamente y que además está determinado a actuar de una forma concreta, aun respetándose su propia libertad. Por ejemplo, Dios desde toda la eternidad ya había contado con el mal que en el siglo XX iba a producirse por causa de Hitler, sin embargo, para mantener la armonía en el mejor de los mundos posibles (el actual), estaba moralmente obligado a crearlo. Aquí, según él, todo lo malo que se encuentra en el ser (imperfecciones, limitaciones, pasividad, temporalidad, etc.) se debe a la pobreza ontológica de la que parte.
Está claro que el hombre es un ser arrojado al mundo, y el mundo es como es, con sus reglas, que pueden ser motivo de daño y de mal por inundaciones, tormentas o caída de un meteorito como el que aniquiló a los dinosaurios y que nos aniquilará si nosotros no lo hacemos antes. Ontológicamente es así y hay que conformarse como decía mi madre. Está claro, también, que vivimos en parte la vida diseñada por otro. Pero…nosotros somos responsables de crear un mundo, un mundo de amor o de odio, de compasión o de competición, de bondad o de maldad. Es labor del hombre añadir grados de libertad a su conducta. Humanizar la conducta del hombre consiste en eso. El hecho mismo de que los criminales, en su mayor parte, no son psicópatas y que actúan con libertad, que ni siquiera están locos o no son especialmente malas personas nos debe hacer reflexionar. El mismo Adolf Eichmann, coronel de la SS en el juicio de Jerusalén se defendió diciendo que él sólo había cumplido órdenes. A esto precisamente es a lo que Arendt llamó mal banal. Hannah Arendt fue una periodista y filósofa que siguió ese juicio y a partir de él teorizó sobre el bien y el mal, Arendt apreció que Eichmann era una persona vulgar, gris e irreflexiva, un burócrata que hizo bien su trabajo, que nunca cuestionó, se trataba de mandar a judíos a los campos de exterminio. Arendt defiende que la vulgaridad de gente como Eichmann es la causante de que las ideas de personas como Hitler igualmente vulgares puedan llegar a realizarse.
El verdadero problema se da cuando cualquier persona deja de pensar sobre sus actos, cuando alguien se somete a una idea, a un partido, a una persona sin dejar cabida a la propia reflexión. Es en ese momento en el que puede llevar a cabo actos terribles sin apenas ser consciente de la magnitud del mal que está produciendo. La consideración del mal como algo no puramente ontológico y determinado sino como fruto de la ausencia de juicio moral racional, algo de una mente superficial, propiciado por la falta de reflexión (y a esas personas yo las llamo cariñosamente malitontos).
El mal es algo que está al alcance de todos y que hay que evitar cada día, impidiendo que la sumisa irreflexión, de la que somos responsables, se convierta en costumbre. Haz el bien, sé dueño de tu vida, se consciente de cada acto, y evita la maldad como un automatismo fruto de la ausencia de reflexión crítica. Un abrazo.
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angelanatel · 6 years
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LAGO, Samuel Ramos. A inquisição não acabou. Curitiba: Nossa Cultura, 2017, p. 14. #maniqueismo #books
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seastinta · 7 years
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México o la eterna frustración del fútbol tico
México o la eterna frustración del fútbol tico #Aztecaso #Chauvinismo #CostaRica #CostaRicavs.México #Maniqueismo
Cada eliminatoria rumbo a los mundiales es la misma historia: repetir el “Aztecaso”, golear a México en San José y, si se puede, eliminarlo para que sea doblemente satisfactorio. Eso nos convertirá en la potencia del área, nuestro destino manifiesto. No importa que la Uncaf la perdamos miserablemente con una banca que no tenemos. La fijación con México cansa. Es el cuento de cada cuatro años y de…
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blackguto · 7 years
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Duvide dos que são bons o tempo todo, e aceite que até o mal pode ser o bem... #maniqueismo (em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul)
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ecstasyinstants · 5 years
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Novela nominada all Booker Prize en 2017 y ganadora del Women's Prize for Fiction y de algún premio más, tengo que admitir que me ha fascinado el talento de Kamila Shamsie para narrarnos todo un mundo del que somos muy conscientes a través de las noticias pero no todo lo que nos llega es objetivo, sino muy manipulado por intereses y cierto maniqueismo y sin embargo Kamila Shamsie se las arregla para que entendamos mejor lo que significa ser musulmán en estos tiempos tan dificiles y conflictivos. En esta novela Kamila Shamsie nos sumerge en la historia de Isma y sus hermanos mellizos, Aneeka y Parvaiz que aunque ciudadanos británicos han sufrido la ausencia de un padre yihadista, que los abandonó desde temprana edad quedando al cargo de su madre y abuela. A la muerte de ellas casi en el mismo año, Isma muy jovencita se hace cargo de sus hermanos y se convierte en una madre para ellos. Y ahí es cuando empieza la novela, una vez cuando los mellizos son ya casi independientes con 19 años, Isma abandona Londres para terminar sus estudios en la universidad de Amherst en Estados Unidos. Se aleja de ellos temporalmente aunque emocionalmente los tres hermanos no pueden desconectar de ese trauma de infancia que les persigue como una sombra en la figura de su padre. La novela está dividida en varias partes y cada una de ellas contada desde el punto de vista de uno de los hermanos y de algún personaje más, una estructura muy interesante y enriquecedora porque nos ayuda a entender las diferentes formas de enfrentarse al mismo problema. Kamila Shamsie es una escritora con un talento inmenso a la hora de narrarnos todo este mundo complejo manipulado por la politica, las tradiciones y la familia que a veces no son más que otra esclavitud. Magnífica.
Los Desterrados, Kamila Shamsie
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inutilidadeaflorada · 5 years
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Eu procurei tua presença nos palcos Nas esquinas, nos bordéis O pouco vestígio teu que impregnava minha boca Fora ofertado como prova cabal de um crime Procurei alento em outros corvos Procurei alimento com outros lobos Convulsionei em outros dedos Entretive outras ancas que não as minhas Em outra época, teria carregado minha mágoa Para dentro do meu inabitável país E dentro deste território abriria votação Para ouvir quem seria a rainha nua a governar-me Eu não posso, mas eu quero Eu não tenho, mas eu preciso Eu não sou, mas eu pretendo ser Eu não vejo, mas invento O toque em substituição Era o maniqueismo As palavras eram um doce Servido como almoço ao ego Após o uso, descarte Após o delírio, vide o abandono Traga-o ao encontro de meu corpo Para que eu o amaldiçoe como meu desprazer Desta vez a insônia Me come de dentro para fora A pele está sendo descascada pro traças Que fazem horas em salas e eu somente as assisto A próxima que encontrar-me nu Me verá vestido de feridas Cada vez mais parecido com paredes  brancas Me desculpe, mas não sirvo mais para ser o teu amante
O Mal Não Espera o Roer de Cortinas, Pierrot Ruivo 
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non-stalgia · 6 years
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No quiero ver la dualidad real. Reformulo. La realidad dual. Me quiero negar a mi maniqueismo maldito occidental. Busco una unidad. Me niego a creer que todo es así de práctico, decir que puede haber cosas que existan por ahí sin alma sólo porque a unos vatos tripeados se les ocurrió, ¿con qué fin? Quién sabe, ¿trascender? Es probable, ¿a dónde? Y sobre todo, ¿qué clase de gran significante puede contener la universalidad de la infinitud de los significados? Claro que ninguno. Sólo el el universo material podría contener el universo de almas, no sean estúpidos, ¡somos tantas! Ok, sí, ya entendí y sé que no lo trago, lo tengo claro, el trip ése no lo quiero, no de alma/cuerpo, no fondo/forma, no división del signo lingüístico hasta la deshebracion de todo en una teoría de cuerdas imaginarias e hilos rojos de almas gemelas...
¿entonces qué se siente así?
¿qué es una mirada vacía? ¿un hombro apático bajo una cabeza que llora a mares? ¿una incómoda sonrisa forzada donde cupo el mundo entero algún día? ¿una, sobre todo, oración dicha que nunca debió ser dicha por no haber sido nunca pensada o tal vez demasiado pensada? 
¿qué es un gesto despojado? ¿qué me sabe a asalto?
no dirás que es la muerte, ¿o sí?
eso sería una anulación completa, la muerte es el primer paso, el segundo es la desaparición del cuerpo, el desvanecer del significante....
¿y el recuerdo?
tal vez ésa es la cuna de los significados, el recuerdo
el único sitio donde todo nada en un agua autoreferencial porque no tiene que referenciarse porque da igual que exista y el tiempo y el presente... el único sitio donde el significado y significante se mezclan en una sola bola de sentido inseparable y autónoma ¿o me dirás que la imagen mental es un significante por ser imagen?
por eso vivo en el recuerdo, porque ahí cabes entero, como te hubiera gustado estar siempre
 muerto 
pero vivo (vivo, pero sin cuerpo)
una luz iridiscente, una molécula, una palabra pensada
un viento leve que pasa y despeina y apenas con el aleteo de una mano se vuelve a ir y nunca estuvo y no sé lo que siento ni procuro saberlo 
(pero sé que lo sé, y sólo eso quiero saber. Ay Pessoa...)
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samoempalador · 2 years
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dasaevreis10 · 2 years
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É quem o assiste. É quem julga. É quem aclama. A vida é um espetáculo, e isso não tem a ver com elogios.
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“Só é para calar a boca”, quando você perde a aposta e seu chão desmorona. Você cai.
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“Tenha mais percepção”, quando você perde a aposta e seu chão desmorona. Você cai.
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“E seguir em frente”, quando você perde a aposta e seu chão desmorona. Você se levanta.
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Maneira de pensar, de ver, de julgar. OPINIÃO
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Ação de repartir, separar em partes. Falta de acordo, discórdia, dissensão. DIVISÃO.
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Aquilo que contém em sua essência duas substâncias, dois princípios, duas naturezas. DUALIDADE.
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Divisão de um conceito cujas partes, geralmente, são opostas. Classificação cujas divisões possuem somente dois termos. DICOTOMIA.
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Abordagem que divide o mundo em aspectos opostos e incompatíveis. Dualismo entre dois princípios opostos, normalmente o bem e o mal MANIQUEISMO
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Processo de contar um fato, organizar enredo, expor acontecimentos testemunhados ou não. Vivenciados ou não vivenciados. NARRATIVA
Continua...
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Rubens Gerchman, Sem título. Litografia a cores sobre papel,1974. 
Entre 1968 e 1973, o artista Rubens Gerchman (1942-2008) morou em Nova York, antes de assumir a direção da Escola de Artes Visuais do Parque Lage em 1975.
“Em Nova York, acima do equador, Gerchman descobre uma nova geografia. Que não se limita às cartas geográficas, mas possui um lirismo conceitual não limitado. O equador deixa de ser um marco geográfico apenas. Surge com uma nova dimensão. Já no século XVI Barléus tinha sacado essa do equador, não apenas dividindo o globo em dois hemisféros, mas também separando o bem do mal. Maniqueismo? Bem/Mal, Norte/Sul, Branco/Preto?”
Fonte: Carlos von Schmidt, Revista Arte, 1974. Citado no catálogo de Rubens Gerchman, “Tempo”, 1962/1979. 
Rubens Gerchman: “Nas minhas proposições procuro desenvolver uma consciência que se opõe à do homem branco europeu-norte-americano de que somos herdeiros por extensão. Proporia um pensamento que fosse brasileiro/ latino-americano, algo como portuñol ou espanholês num plano plástico, pois paradoxalmente nunca vivi tanto Brasil e América Latina como agora, longe daí, da minha cultura, de meus amigos.” 
Fonte: GERCHMAN, Rubens. Uma arte Brasileiro/Latino- Americana. In GULLAR, Ferreira.
Arte brasileira hoje: situação e perspectivas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1973, p. 163. Citado no texto de Dária Jaremtchuk, Experiências em Nova Iorque na década de 1970*. 
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