Tumgik
#letargia
gregor-samsung · 2 years
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“ – Non vedo in cosa questo matrimonio sconvolgerebbe la nostra vita, disse Serag. – Come fai a non capire! Questa donna può rovinarmi. Una donna vuole sempre vestiti, gioielli, e chissà cos’altro ancora! Un giorno può credersi posseduta dal demonio e voler organizzare una seduta d’esorcismo. Ci vedi a dormire in mezzo a tutte queste ballerine frenetiche? Serag si mise a ridere. L’idea di Rafik lo divertiva come uno scherzo formidabile. – Non ridere, disse Rafik, severo, è molto grave. Tuo padre può perdere sino al suo ultimo millesimo in quest’avventura. Forse saremo obbligati a lavorare! – Ebbene! disse Serag, non chiedo di meglio. – O idiota! Ti pentirai di queste parole. – Te l’assicuro, Rafik, voglio lavorare. – Vuoi lavorare! Mi domando come una tale idea abbia potuto germogliare in te. Sei probabilmente un mostro o un imbecille. In ogni caso, sicuramente non sei della famiglia. – Voglio lavorare, disse Serag con accento disperato. E anche andarmene da questa casa. – Sul mio onore! Sei un ingrato. Se non fossi mio fratello, ti avrei lasciato fare questa follia. Ma ho pietà di te. A proposito, a che punto sta la tua fabbrica? – La fabbrica sta sempre allo stesso punto, rispose Serag. Sono stato a vederla di nuovo stamattina. È come se nessuno volesse finire di costruirla. – Allora finiscila tu stesso, disse Rafik. Ecco un lavoro eccezionale. Di che ti lamenti? – Mi prendi in giro, maledetto! – Ascolta Serag, non ti prendo in giro. Cerco solo di allontanarti da una cattiva strada. Credimi, il lavoro non fa per te, né per nessuno di noi. – Forse, disse Serag. Ma non posso piú continuare a vivere cosí. – Sei giovane. Ho veramente pietà di te. Non sai ancora cosa sia una fabbrica. – E tu, lo sai? – Sí, disse Rafik. Quando studiavo per fare l’ingegnere, ci hanno fatto visitare delle fabbriche. Erano grandi edifici insalubri e tristi. Vi ho passato i momenti piú penosi della mia vita. Ho visto gli uomini che lavorano in quelle fabbriche; già non erano piú uomini. Tutti portavano l’infelicità impressa sul viso. Se ho abbandonato i miei studi, è unicamente per non essere a capo di una tale orda di moribondi. A sentire questa evocazione lugubre, Serag rabbrividí. Chiuse gli occhi; vedeva il suo romantico sogno di lavoro crollare, sprofondare nel dedalo di un dolore incommensurabile. Il lavoro dunque non poteva essere che dannazione e sofferenza. Serag taceva: era in preda a una sorda inquietudine. “
Albert Cossery, I fannulloni della valle fertile, traduzione e cura di Giuseppe A. Samonà, Einaudi (Collana Letture n° 69), 2016¹; pp. 59-61.
[1ª Edizione originale: Les Fainéants dans la vallée fertile (roman), Éditions Domat, Paris, 1948]
P.S.: Devo ringraziare per il piacere di questa lettura sorprendente @dorettaus, sempre attenta ed interessante nei suoi suggerimenti.
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Két Világ, Egy Üres Térben
Tegnap este valahol az ég alatt elmerültem egy gondolatban, amit nehéz szavakkal kifejezni. Ez a letargikus kapcsolatokról, két lélek közötti üres tér érzéséről szól.
Van valami szép abban, amikor két ember útja keresztezi egymást, mint két elválaszthatatlan csillag a végtelen égbolton. De néha mintha ez a kapcsolat elveszne egy ködös térben, és mindketten egyre inkább elvesznek a saját világukban.
A férfi és a nő közötti kapcsolat egy olyan tánc, amelyben mindketten próbálják megtalálni a helyüket. De mi történik akkor, ha ezt a táncot elveszítjük, és csak együtt létezünk egy üres térben, szó nélkül, érzések nélkül?
A férfi egy elmosódott emlék a múltból, a nő egy homályos árnyék a jelenben. Néha a közöttük levő távolság olyan, mintha a világok közötti szakadékot próbálnánk áthidalni, de valahogy mindig érezzük azt a letargiát, amely egykor vibráló kapcsolatunk helyére lép.
Az érzéseink elhalványulnak, a mosolyok elvesznek, és az üres szavak csak úgy lebegnek a levegőben. Talán a kapcsolat egy elveszett zene darab, amelynek nincs ritmusa, vagy csak két szív, amelyek már nem érzik egymás dobbanását.
Ebben az üres térben néha azt kívánom, bárcsak megtalálnánk újra az elveszett dallamot, és megtalálnánk azt a színt, ami egykor ragyogott a kapcsolatunkban. De talán a letargia része a fejlődésnek, és néha el kell engednünk, hogy megtaláljuk a saját utunkat a sötétben.
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Észre se veszi hogy megfullaszt a letargiájával...
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lenevralgiecostanti · 2 years
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ecoline e acrilico su carta per il nuovo numero di @collettivointeriors "Hikikomori Parte 2" . #artesucarta #letargia #hikikomori #darkartandcraft #illustration_daily #commissionart #contemporaryartist #lethargy #darkillustration #psiche #annientamento #depression #artonpaper https://www.instagram.com/p/CizuTL8qQCH/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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wickedmasha · 7 months
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MAITREYI RAMAKRISHNAN – Por Glinda e sua varinha mágica! Olha só se não é LETARGIA THROPP caminhando pelos corredores da TORRE DOS PESADELOS. Por ser filha de ELPHABA THROPP, é previsto que ela deseje seguir caminhos parecidos com o dos pais. Ao menos, é o que se espera de alguém com VINTE E DOIS ANOS, mas primeiro ela precisará concluir o módulo MÓDULO I, para depois se assemelhar como um conto de fadas.
nome: letargia thropp fun fact - letargia é um anagrama para o sobrenome de seu pai (fiyero tigelaar), já que quando elphaba engravidou tanto ela quanto fyiero tinham sido dado como mortos e viviam escondidos e fugindo dos "mocinhos".
apelidos: gia, gigi, letty.
idade: 22 anos
daemon: Seu daemon se chama Wicked, o ovo tem a coloração roxa e está um pouco rachado. Gigi o leva para todos os lugares, realmente o trata como se fosse desaparecer se ela não estivesse com ele o tempo todo. Como seu sonho sempre foi ter um cachorro e bem, sua mãe nunca deixou, Gigi está fazendo de tudo para que esse ovo dure tempo suficiente para se tornar um lindo dragão.
poderes: transmutação animal - tem a capacidade de transformar matéria (principalmente inorgânica) em seres vivos. como animais e insetos. ainda não consegue controlar o resultado final do seu poder, a transmutação pode criar algo que ela não tenha idealizado inicialmente. acontece bastante quando quer transmutar em algo grande ou se ela se distrai com algum outro pensamento no meio do processo.
dragonball: joga como lateral dos escorpiões
novo conto: emboscada (masha, a sensata), faceclaim - amita suman
família: elphaba thropp (mãe), fiyero tigelaar (pai), nessarose thropp (tia ♰), shell thropp (tio) melena thropp (avó), frexspar thropp (avô), mágico de oz (avô biológico).
era uma vez um conto atrás...
elphaba foi julgada desde o seu nascimento, afinal nenhum pai iria querer um bebê verde para início de conversa. melena e frexspar lidaram com o fato do melhor jeito que conseguiram: ignorando, e claro, dando mais atenção aos seus outros filhos. melena se culpou por aquilo, afinal havia tendo um caso com o mágico de oz antes de engravidar. mesmo com a culpa, nunca revelou este segredo ao marido. apenas tentou aceitar elphaba, como se fosse sua punição divina.
elphaba e sua irmã frequentaram a mesma universidade. elphaba queria se tornar uma grande bruxa e admirava o mágico de oz por ser um ótimo governante. ela odiava sua colega de quarto, glinda, por ser, bem... muito diferente dela. e glinda não ficava atrás por nunca fazer nada quando elphaba era humilhada por seus colegas. no entanto, acabaram se tornando amigas por causa de uma boa ação de glinda para com nessarose, irmã de elphaba que era paraplégica.
no entanto, ocorreu um burburinho sobre o governo de oz estar começando uma campanha contra os animais sencientes (animais que se comportam e falam como humanos), isso acabou deixando elphaba inconformada e assim ela convenceu glinda, sua amiga, a acompanhá-la até a cidade das esmeraldas para confrontarem o mágico de oz a respeito do assunto.
o mágico não compadeceu da rebeldia de elphaba de acabar com o preconceito e ódio a respeito dos animais sencientes, ao invés disso o mágico induziu elphaba a realizar um feitiço em que fez crescer asas em um macaco, mesmo percebendo a tamanha dor que o pobre animal estava sentindo. elphaba soube bem ali que aquilo não estava certo e fugiu sozinha quando glinda não quis acompanhá-la.
por anos elphaba ficou escondida, enquanto ajudava os animais sencientes sem ser notada pela guarda de oz. mas no dia do casamento de glinda e fiyero (quem sempre foi apaixonado por elphaba desde a universidade), elphaba finalmente apareceu e fiyero acabou fugindo com ela. glinda cheia de ódio contou ao mágico que a única forma de capturar elphaba seria fazendo algo contra sua irmã, nessarose. e assim aconteceu. o ciclone, controlado pelo mágico, que levou a casa de dorothy até oz a fez cair no exato lugar onde nessarose estava, a matando. e então, quando elphaba chegou já era tarde demais. descobriu que glinda tinha dado os sapatos de nessarose para dorothy e estava verdadeiramente furiosa... até que os guardas apareceram para levá-la. no entanto, fiyero apareceu ameçando a vida de glinda para forçar os guardas a soltarem elphaba, mas na confusão fiyero acabou sendo morto pelos guardas e elphaba conseguiu fugir mais uma vez.
elphaba foi atrás do mágico e o transformou em um homem de lata sem coração. e então sem saber do paradeiro de fiyero começou a proclamar um feitiço para que não importa o que acontecesse ele não morresse e vivesse para sempre. e então, prometeu a si mesma que jamais faria uma boa ação porque apesar de ter tentado ser uma boa pessoa sua vida inteira sempre foi punida. achando que seu feitiço tinha dado errado, elphaba sequestrou dorothy por ter roubado os sapatos da sua irmã e foi quando glinda a encontrou, tentando coagí-la a fugir e libertar dorothy. no entanto, elphaba já tinha se tornado quem todos a julgavam ser: a bruxa má do oeste. então, no meio da confusão o vestido de elphaba começou a pegar fogo e para ajudá-la dorothy jogou água na bruxa, mas isso fez com que ela derretesse e morresse.
toda oz festejou a morte da bruxa má do oeste, mas o derretimento de elphaba tinha sido apenas um truque que ela tinha na manga para conseguir fugir novamente. ela acabou encontrando fiyero que tinha se transformado em um espantalho, e como se sentiu culpada pelo feitiço ter dado errado prometeu a ele que viveria tentando ajudá-lo a voltar a sua verdadeira forma.
era uma vez a filha da bruxa má do oeste e do espantalho sem cérebro...
Letargia sempre soube que ela era mais afortunada que os outros. Seus pais sofreram muito para lhe dar a vida que ela tinha agora. Principalmente a sua mãe. No momento em que nasceu, seus pais tinham sido dados como mortos porque se pusessem seus pés em Oz, provavelmente aquilo iria se concretizar. E o que seria dela? Letargia não conseguia nem pensar na possibilidade. Foi por isso que Elphaba deu apenas seu sobrenome à filha, seria menos chamativo. A bebezinha foi deixada na porta dos Thropp com o seguinte bilhete de que era de uma das filhas mortas deles, Nessarose, é claro. Frexspar e Melena ficaram aliviados e acreditaram que aquela bebê era de sua falecida e amada filha, afinal ela não tinha pele verde.
Por dois anos e um mês, Letargia foi criada pelos avós até que seus pais acharam seguro voltar para buscá-la. Os vilões tinham vencido a guerra e agora tudo seria diferente. A filha de Elphaba e Fiyero não precisaria sofrer o que a própria mãe sofreu durante toda a sua vida, ela teria uma vida longa e feliz. Afinal, ela era filha de uma vilã. Letargia Thropp cresceu sabendo que era muito amada pelos pais e principalmente que nenhuma boa ação fica impune. No entanto, mesmo tendo uma infância perfeita, não significa que sua vida era um mar de rosas. Ter tido uma vida difícil no passado transformou Elphaba em uma mãe rígida e superprotetora. Todas as vezes que Letargia discutia com a mãe, era a mesma resposta: “tudo o que faço é porque só quero o seu bem”, o que queria dizer: “não quero que sofra como eu sofri”. Mas não fazia Letargia se sentir menos sufocada. Fiyero entendia o sentimento da filha de querer ter mais liberdade de escolha, mas também entendia porque sua esposa se sentia na necessidade de protegê-la, então apenas tentava mediar os conflitos. 
Foi aos seus onze anos que Elphaba contou à filha toda a história de sua vida. Letargia, é claro, tinha feito algo que ocasionou a revelação repentina. Ao pensar o quanto queria um cachorro, e Elphaba negou o pedido durante toda a semana que a filha pediu, Letargia acabou transformando o baú onde guardava suas roupas em um cachorrinho. A menina pensou que a mãe ficaria no mínimo furiosa com aquele feito, no entanto era “hora da história”. Tinha sido apenas quando sua mãe pediu algo que Letargia entendeu do que tudo se tratava, ou pelo menos tanto quanto uma menina de onze anos poderia entender. Elphaba queria que a filha ajudasse a transformar Fyiero de volta em sua forma humana. O que começou com Elphaba com brilho nos olhos, terminou com a bruxa desconfiada da capacidade da filha. Afinal, se passaram anos e, tanto mãe quanto filha não obtiveram sucesso. A decepção no olhar de Elphaba era visível para Letargia, a menina sentia como se alguém estivesse arrancando seu coração do peito apenas para esfaqueá-lo de novo e de novo e só depois colocar de volta no lugar. Claro, que ela não sabia como era essa sensação, mas imaginava que deveria doer muito.
A Academia era a última fagulha de esperança de Elphaba. E Letargia queria que o pai voltasse a ser humano também, mas tinha um sentimento dentro dela que era mais forte que isso: o de deixar sua mãe orgulhosa pelo menos uma vez na vida. Letargia queria ver os olhos da mãe brilhando de novo, e ela queria ser o motivo. Talvez fosse algo egoísta e malvado de se pensar, até mesmo para ela. Mas estava tudo bem se nunca dissesse isso em voz alta para a mãe.
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juliaridulaina · 1 year
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Son o letargia//Sleep or lethargy//Sueño o letargo
El son humà o letargia Qui diu?: Estic cansada.., estic contenta., he tingut un mal dia.., el cap em fa mal.., això ho trobo salat, allò em sembla massa dolç, tinc les cames cansades.., etc.? Sempre ens referim a allò que sentim a través del cos; per tant, qui ho diu?, el cos o jo? I jo.., qui sóc?.., sóc una part del cos, sóc les cames que em fan mal… per exemple? Evidentment, no, no sóc allò.…
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bugajakab · 1 year
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Merevedési probléma
Erről a témáról aztán szinte senkivel sem tudok beszélni az egyik legnagyobb férfi tabutéma.
45 évhez közel engem is elért, eddigi kapcsolataimban ezt megoldottam mint utóbb kiderült erőből de ez az erő mára elfogyott, mondjuk ehhez kellett egy elég zűrös elmúlt négy évnyi magánélet és egy olyan mostani partner aki szinte mindent megtett hogy ez kialakuljon én meg abszolult partner voltam ebben.
 Az első randin elmondta hogy ő az elmúlt másfél évben talált magára szexuálisan jobbnál jobb partnerei voltak jobbnál jobb szexuális élményekkel. Ugye azok a magunkkal szemben támasztott elvárások szinte lebénítottak az első együttlétünkkor de ezt akkor még rá lehetett fogni az alkoholra. Viszont utána ha volt is kezdetben erekció az aktus közben megszűnt de valahogy csak sikerült a végére érni, míg egyszer egyik reggel egyáltalán semmi altesti reakció pedig volt ingerlés, teljes csőd ekkor jött a megjegyzés hogy lehet hogy le kellene cserélni engem egy fiatalabbra. Mint férfi itt teljesen összeomlottam hihetetlenül a szívemre vettem, napokig teljes letargia az okok keresése. Valami gyors megoldás kellett hát rendeltem a netről potencianövelőt. Nagy reményekkel bedobtam egy felet, a kezdeti hatás mindenhol vérbőség, szinte éreztem hogy zakatol a fejemben a vér de a hatás odalenn sem maradt el viszont a szex valahogy nem volt jó. Ez igy ment pár hétig aztán már a potencianövelővel is egyre bizonytalanabb lett az erekció és ekkor jött a következő felütés, megkérdezte hogy mit szólnék ha nyitott lenne a kapcsolatunk mert neki ez a szex nem kielégítő neki ettől többre jobbra van szüksége amit egy előző 30 év körüli partnerétől megkapna. Itt jött a következő összeomlás ekkor már jött a depresszió és a szakítás. Itt éreztem hogy ebből egyedül nem fogok kimászni.Hetekig szinte semmi életjel nem jött lentről se reggeli erekció, se magamnak ingerlésre semmi.
Kezdtem vérvétel,urológus,hormonszintmérés,ultrahang minden a legnagyobb rendben találtak. Az urológus mondta hogy a vérképem hormonszintem mint egy 25 évesé túl jó értékek hogy ilyen problémám legyen. Ő nagyon mást nem tudott csinálni mint receptre felírt potencianövelőt. Mivel rendszeresen sportolok súlyfelesleg sincs. Szóval a testi okokat kizártuk.
Ezután kezdtem el keresni szexuálpszichológust, mivel a város ahol élek itt nincs ilyen igy olyanok jöhettek szóba akikkel online lehet konzultálni. Érdekes hogy a szexuálpszichológusok nagy százalékban nők akikről eleinte azt gondoltam hogy ezekre a problémákra teljesen máshogy látnak rá mint a férfi kollégáik. Nagy gonddal kiválasztottam két férfi szakembert mivel telefon szám nem volt csak email cím igy emailben kértem időpontot semmi válasz nem jött aztán írtam még kettőnek onnan sem jött semmi válasz aztán akik szóba jöhettek írtam mindnek ebből kettő válaszolt hogy nincs időpontja végül sikerült időpontot egyeztetni egy tündéri kedves közvetlen szexológus nővel. Az első feltáró beszélgetés nagyon jól sikerült, szorongásos erekciós problémával küzdök. Ezt a szorongást próbáljuk feloldani a jövőben különböző módszerekkel. Már az első beszélgetés után éreztem hogy mintha valamennyit leraktam volna a lelki teherből. Visszatértek a reggeli merevedések és kezdek benne hinni hogy egy megfelelő partner mellett újra az lehetek aki régen voltam.
Szóval kb itt tartok most hosszú még az út mire minden rendben lesz. Kedves férfitársaim ne féljetek segítséget kérni mert még mindig jobb felvállalni ezeket a rázós beszélgetéseket mint nulla önbecsüléssel élni.
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belladecasa · 6 months
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Non ho fatto altro che rimandare questo giorno, ma domani devo andarmene; non ho che quattro cose nella stanza di Francesca, perché qui non c’è più un posto mio. Lascio questi muri che ho abitato grossolanamente, pateticamente, per tre anni, e, come è naturale, e come si dice, tiro le somme, mi riconnetto al momento in cui ho messo piede per la prima volta in via San Vitale e Bologna mi sembrava un presepe, un diorama, non una città; forse non è stata mai una città, ma un’entità viva, senziente, osservatrice. Occhi, vetri, braccia e strade, muri e ossa, le piazze e i mercati che si affacciano sui i capelli umidi di sudore dentro a letto, da sola o sempre con qualcuno di diverso, quindi sempre da sola. Come ogni volta, vorrei aver vissuto di più e sofferto di meno; c’è così tanto che ancora non ho visto, per colpa della letargia, del logorio interiore, della claustrofobia psichica, di tutte le cose visibili e invisibili che dalla mia testa hanno risuonato fuori coprendo ogni altro suono, ogni parola di conforto, ogni volto amico, ogni nostalgia abbandonata per la fame di fuga. Eppure c’è sempre qualcosa o qualcuno che mi riacchiappa, una lacrima di commozione delle mie coinquiline che non vorrebbero mai me ne andassi. E alla fine cos’altro importa? Le cose grandi finiscono sono quelle piccole che durano. Che mi resta di tre anni di vita? Di una città? Di una casa? Una scatola piena di oggetti inutili, qualche lacrima, e basta
#s
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myborderland · 9 months
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Oltre alla difficoltà di comunicare se stessi, esiste la difficoltà suprema di essere se stessi. Quest'anima, o vita dentro di noi, non è affatto in accordo con la vita fuori di noi. Se si ha il coraggio di chiederle cosa pensa, dice sempre l'esatto contrario di quello che dicono gli altri. [...] L'uomo consapevole di se stesso diventa indipendente; non si annoia mai, la vita è troppo breve ed è intrisa di una felicità profonda ma temperata. Egli solo vive, mentre altri uomini, schiavi della cerimonia, lasciano scorrere la vita in una specie di sogno.
Una volta si conformano, una volta fanno quello che fanno gli altri perché si fa così, e una letargia si impossessa di tutti i nervi e delle facoltà più sottili dell'anima. Tutto diventa spettacolo esteriore e vuoto interiore; la vita diventa spenta, insensibile e indifferente.
Virginia Woolf, The common reader.
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xolilith · 1 year
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Perfume - Jung Jaehyun
Estava tão irritada. Tão, mas tão irritada que não conseguia colocar em palavras. A vontade que tinha era de grunhir, rosnar por algumas horas, quebrar todos os móveis daquele quarto até que tivesse sua vontade satisfeita.
Porém, ainda era uma ômega racional. Por isso, toda aquela raiva que mascarava a mágoa por saber que Jaehyun teria que ficar longe outra vez, manifestava-se silenciosa, apenas expressada por todos aqueles pensamentos violentos.
Você arruma o ninho pela milésima vez sobre a cama. Junta todos os objetos que pudessem dar um pouco de conforto naqueles dias: alguns dos casacos de inverno de Jaehyun, trocou o travesseiro que dormia pelo dele.
Porém quando se acomoda sobre o ninho feito, não é o que você esperava. É tão frio, e não tem um terço do cheiro engolfador do alfa.
Chuta os lençóis para longe, bufando, senta-se sobre o chão, as costas encostadas na cama, traz os joelhos até o peito, dramática.
– Você não ia arrumar o ninho? – Jaehyun indaga quando vêm do closet carregando algumas roupas para pôr na mala, confuso, ao vê-la sentada ali, mas você não responde. Então ele balança a cabeça assertivamente, ri. – Entendi. Tratamento de silêncio para o seu alfa.
Ele larga as roupas sobre a cama e vêm na sua direção. Seus olhos seguem fixos na figura esguia se aproximando. Sério. Argh! Se tivesse visão raio laser, partiria aquele alfa bobo no meio.
Jaehyun agacha-se, o rosto na mesma altura que o seu.
– Vem aqui, uh?
Chama, abrindo os braços.
– Eu não quero ficar perto de você, Jung.
Jaehyun então senta-se ao seu lado.
– Por que você está tão brava comigo?
Você respira fundo, mais irascível pelo tom.
– Você não precisa falar comigo como se eu fosse uma criança que não consegue reconhecer os próprios sentimentos. – Fala rápido e ríspida, mas fecha os olhos após alguns segundos, arrependida pelo tom rude. – Eu só estou frustrada, não estou brava com você.
Jaehyun assente compreensivo.
– Você sabe que só são dois dias. E eu também não estou satisfeito em ficar longe de você outra vez.
Usa do tom baixo, atencioso. Seus olhos marejam, excessivamente sensíveis, o beicinho trêmula.
– Ei... não chore, bebê. – Ele pede. Chama outra vez para você se sentar sobre as coxas. – Vem aqui.
Você não reluta mais, senta-se, uma perna de cada lado, os joelhos no chão; o rosto enfiado no pescoço voluptuoso. Então você chora, a sensação angustiante crescente parece sufocadora e você não entende essa dependência, pois já era acostumada com tais viagens. É só que estava tão sensível e carente, mas não conseguia explicar a fonte daqueles sentimentos.
Jaehyun solta mais do próprio cheiro, que espalha-se mais ávido e territorial. Não é sufocante mas toma mais presença do que já estava e é eficaz em te deixar menos angustiada e o choro cessar.
– Me dê seus pulsos, bebê.
Estende as mãos, obediente. Jaehyun primeiro segura o esquerdo, esfrega a pele da área sobre o próprio pescoço, sobre as glândulas de cheiro.
– Vou deixar você coberta pelo meu perfume, ômega... – Elucida. Beijando carinhoso em cima do pulso após o ritual e antes de repetir com o direito. – E você ainda vai conseguir me sentir por dias, como se eu estivesse aqui com você, uh?
Junta suas mãos, beijando o torso delas. Depois traz seus lábios para perto, envolvendo-a num ósculo profundo e lento. Suspira contra os lábios, amassando o tecido da camiseta dele entre os dedos.
Os lábios famintos e úmidos serpenteiam até seu pescoço para pousá-los sobre a marca sobre sua pele quando finda o toque. O contato úmido e quente te causa um estremecimento aprazível.
– Alfa... – Chama da forma íntima. – Eu vou sentir tanto sua falta.
Jaehyun sorri, amoroso, contra sua pele.
– Eu amo quando você me chama de alfa...
– Você é o meu alfa.
– Eu sou.
Confirma, orgulhoso, selando os lábios outra vez.
Deita a cabeça sobre o ombro do homem. Suspirou, sentindo a letargia recair, as pálpebras pesarem. Seus músculos relaxam sobre o corpo naturalmente quente e você se aconchega mais no coreano. Todo o corpo reagindo ao almíscar tórrido e envolvente.
– Eu vou ficar aqui até você dormir, ok?
Jaehyun promete.
– Você não vai se atrasar?
– Minha ômega é mais importante.
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cartasparaviolet · 10 months
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Eu não sou difícil de ler para aqueles que enxergam com o coração. Aqueles que veem com olhos turvos jamais conseguiram compreender a profundidade do que eu busco. Cresci em uma família pequena e desequilibrada, um ambiente tóxico em meio à classe social média. Sentia-me constantemente castrada e ofuscada por aqueles que deveriam dar-me o suporte para que eu pudesse brilhar por mim. A luz que me era permitido ter era refratada de outros, por suas expectativas. Um diamante incolor e opaco que cresceu solitário e inconstante. Ninguém pode dizer que eu não tentei encaixar-me no coletivo, todavia era impossível. Entreguei as rédeas quando percebi que não sabia lidar nem conduzir as coisas por aqui. O meu voar não era tão natural quanto eu gostaria. Existia aquele sentimento de não pertencimento que pulsava diariamente e cada vez mais intenso. Ansiava encontrar um lugar para pousar e descansar. O cansaço das inúmeras tentativas falhas puseram-me em um estado de letargia onde apenas via a vida passar diante de meus olhos de forma atemporal, sem sonhos ou desejos a alcançar. Sabia que não me encaixaria, então para onde eu iria? Foi dessa forma que compreendi que se você não encaixa-se nos panoramas sociais, talvez seja porque você nasceu para construir um novo caminho, algo que somente você é capaz de realizar com a sua forma natural de ser. Isso tem me possibilitado forças para continuar em meio às tempestades de desconfianças. No instante em que você desiste de tentar ser igual a todos, é o momento em que se aprende uma lição importante.
@cartasparaviolet
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magicdreamspoetry · 8 days
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Se você fosse louco por mim, ah, eu estaria arruinado, correria pela praça, ligaria para você ver o afogado. Se você fosse louco por mim, não sei, eu subiria na rocha mais alta, orgulhoso e firme, para contemplar o mundo empoleirado aos meus pés. Ah, por que você não me diz, morena, que você é louca por mim? Vou te contar um segredo, vou te levar ao barulho, vou te pagar uma vodca! O seu amor é tão grande, parece um luar, mas falta a loucura da minha. Olhos doces como os seus, com esse seu olhar, mas por que tão distante de mim? Braços bonitos e pescoço macio, mas por que tão ausente do meu? Ah, se você fosse louco por mim, eu comeria pochocho, fugiria, de repente começaria a cantar. Eu dançaria com você, querido, um tema nervoso e sutil. Se você fosse louco por mim, eu lutaria um duelo sorrindo, me lançaria numa estocada mortal. Estudaria com você o mistério das estrelas, a geometria dos pássaros, declamando poemas assim: se eu morresse amanhã… Se você fosse louco por mim… Se você fosse louco por mim… ah pequenina, Eu iria ao mercado ao amanhecer, iria ver os aviões decolarem. Eu faria tantas coisas, que delícia, se você fosse louco por mim! Repare, por exemplo, que eu peguei, fui e comprei um belo piegnoir para você. Ele te tiraria das filas, te embrulharia numa chinchila, até te daria um vuaturé. Não me diga por que, anjinho, por que você não é louco por mim? Ai, meu Deus, como é triste viver nesta dura e cruel incerteza! Perco o apetite, não vou ao cinema, só por saber que você não é louco por mim. (E ainda assim devo dizer, a título de aparte, que você até gosta muito de mim…) Mas não sei, gostaria de fazer brilhar o seu olhar contra o meu. Embora eu não saiba, gostaria de ver você como minha escrava morena. Vamos, meu amor, vamos ser um ao outro de forma total? Vamos, meu querido, morar numa cabana com luar, coqueiro e violão? Vamos pular no carnaval, né, negra, vamos entrar na confusão? Vamos, amor, viver a miséria e deixar uma conta pendurada no bar. Quer que eu comece uma briga para você ganhar dinheiro para mim? Vamos entrar no elevador, eh, doçura, nós dois subindo juntos, que bom! Vamos a uma boate, beber pinga 1 e cerveja e bater um papo? Vamos, negra, vamos passear na praia? Vamos ver o dirigível que é um espanto nacional? Vamos, pequenina, vamos para a rua Tampico, onde o pai matou a filha, ó pequenina, com um bom golpe de picareta? Vamos, pequenino, vamos morar em Jurujuba, andar de veleiro, ó pequenino, e comer camarões notáveis? Vem cá, meu bem, vem aqui, meu bem, vem aqui, meu bem, vem aqui, se você não vier rápido, meu bem, vou contar para o papai. Ah, minha flor, que linda, a embriaguez do amor dá frio na sua espinha, meu amor, e imediatamente aquele calor… Você é tão linda, pequena, se seu nome fosse Marina, eu te levaria para nos levar para um banho de mar. Vocês são tão meigas, lindas, se seu nome fosse Teresa eu teria certezas, minha querida. Mas não tenho certeza de nada, ó desgraça, ó ruína, ó Tupá! Você sabia que em você existe um Taiti, uma linda ilha de amor e adeus? E que tem feitiço, tem mascate, pão de açúcar com café, tem Chimborazo, Kamchatka, Tabor, Popocateptl? Tem palavrões, tem jettaturas e até danúbios azuis, poças, jamundás, iççás, tapajós, purús 2 - Meu amor, meu amor, meu amor, que carinho bom para você, quantos beijos alados que se perdem, quanto sangue no meu coração! Ah, se você fosse louco por mim eu deitaria na areia e ficaria olhando as estrelas. Se você fosse louco por mim, eu fugiria de repente, para espanto de tanta gente. E eu diria para você: Oh eu! Eu diria a você: Ai de mim! Eu te diria: olá!…Eu te contaria tantas coisas que não há poesia capaz de expressá-las. Eu inventaria uma linguagem, falaria besteira, faria besteira, meu bem. Ó pentagrama fatal, ó Lomas Valentinanas3, ó tetraca, ó serviço, ó letargia! Mas não há nada a fazer, meu destino é sofrer: e seria tão bom não sofrer. Porque toda a alegria seria sua e minha, se você fosse louco por mim… Mas você não é louco por mim… Mas você não é louco por mim… Mas você não é louco por mim…
Vinícius de Moraes
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ndav1d42 · 9 months
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Izland 7. nap /1. (szept6. sze)
(Közben hazaértünk, itthon minden szar (jó, nem minden, mert vannak cicák!), se hegyek, se fjordok, csak utazás utáni letargia és depresszió... de nézegetem a képeket, lélekben még itt járok)
hú, ez is egy mozgalmas nap volt. nagyjából 270km utazás volt a terv jónéhány megállóval, úgyhogy haladni kellett. a reggelt azért nem kapkodtuk el, főztünk reggelit a Mývatn tó melletti kempingben, pakolásztunk, aztán indultunk a közeli Hverfjall vulkánhoz.
2500 éve tört ki, egy km átmérőjű a tufagyűrű kráter, és kb. 100km/h-s szél fújt a tetején, de úgy, h tényleg ledöntött a lábunkról és közben ugyanezzel a sebességgel fújta a hamut is a szemünkbe (meg az összes nem takart testfelületre). gyors körülnézés volt, jöttünk is le hamar.
köv gyors megálló a Mývatn fürdő túloldalán lévő szolfatáramező, amit előző este a fürdőhöz sietés miatt kihagytunk. a fumarolák tolják ki magukból a kénes mindenfélét, elég menő a táj. színes, büdös és persze itt is szeles volt.
aztán jött 60km után Húsavik, ami az északi bálnaközpont. innen (is) indul rengeteg bálnanéző hajós kirándulás, és itt van A bálnamúzeum. a múzeum izgi, tele van csontvázakkal, meg infókkal, tetszett (kivéve a bálnavadászós rész, de hát az is hozzátartozik sajna)
múzeumozás után ebédeltünk, megnéztük a kikötőt, meg úgy a város parti részét, nagyon szép. bevásároltunk, aztán innen már végülis a kemping jött, ami 200km-re volt még (muszáj volt lenyomni nagy távot, h haladjunk a szigetkörrel). de azért amit útba lehetett ejteni, ejtettük, így meglestük a Geitafosst, aztán megálltunk lábat nyújtani az Eyjafjörður partján, ami után keresztül kellett menni Akureyri városon, aminek nem örültem túlzottan, a városi vezetés azért leizzasztott. majd mesélek az izlandi kétsávos körforgalmakról...
Öxnadalur is megért egy kis pihenőt, majd 6 után befutottunk Varmahlíð kempingjébe, ami a legjobb kempingünk volt a sok nap alatt! de erről majd a köv részben.
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contosobscenos · 4 months
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O Departamento de Fantasias Secretas - 06 — A doutora
NA SALA OCULTA
— Então você curou o Roberto? — perguntou Denise
— Quem me dera, ele ainda não consegue fazer nada fora daqui.
— Vocês não transam em casa não? — Denise olhou para Amanda, que abaixou a cabeça.
— Ele foi nessa doutora, pelo menos?
ROBERTO
Um momento sentado na sala de espera era um momento perfeito para pegar seu caderno de anotações e começar a escrever, mas não era o lugar para isso. Nem mesmo se sentia à vontade para exercitar sua criatividade naquela sala. Roberto estava tenso. Não queria estar ali e só foi convencido após a insistência de Amanda. Era impossível negar algo a ela, principalmente depois da surpresa com Sandra. Aquele ménage o fez acordar para a vida mais uma vez, mas continuava com medo de fazer qualquer coisa fora daquela sala. Apesar dos receios e da má vontade, refletia no tamanho de sua sorte em ter Amanda consigo. Muito provavelmente qualquer outra mulher teria perdido a paciência com ele, sobretudo alguém tão especial como ela.
Uma vez lá, Roberto se despiu dos receios e abraçou a esperança. Imaginou como seria excelente ter uma vida normal com Amanda. A ideia de participações eventuais de Sandra provocavam sorrisos tímidos enquanto imaginava seu eventual futuro. Pensar nessas coisas o deixava um pouco mais tranquilo, pelo menos enquanto ele não fosse chamado.
Uma voz suave buscava impor um tom firme ao chamar o seu nome. O coração de Roberto acelera ao se levantar e dispara ao se deparar com a Doutora Íris. Os olhos azuis prendiam a sua atenção a ponto de quase não reparar em toda a beleza de seu rosto. Os cabelos longos e ondulados desciam sobre os ombros, cobrindo um dos seios para terminar na altura da cintura. Os seios, de tão fartos, tensionaram o tecido da camisa social, onde um discreto decote os revelava timidamente. A calça jeans apertada em seu corpo denunciava a sinuosidade de suas curvas. Apesar da beleza impressionante, Íris tinha uma expressão simpática, sem abrir mãos da seriedade, deixando Roberto um tanto intimidado.
De fato, deixar aquele rapaz tímido sem jeito não era difícil, mas esse misto de uma beleza impressionante com um olhar tão sério o acuava além do normal. Sentar-se de frente e encará-la era difícil. Mais ainda era explicar o seu caso. Íris era uma mulher impressionante, capaz de fazer a imaginação de Roberto imaginar mil fantasias para os seus textos onde ela e ele se envolveriam e mais cenas deliciosas. Entretanto, ali não era uma de suas fantasia e teve de respirar fundo antes de assumir a sua própria impotência. Se em suas fantasias ele impressionaria a Doutora, na realidade se despiu de todo o imaginário, assumindo para ela o seu lado mais frágil. Não apenas pela disfunção, mas também pela própria timidez. As palavras saiam de sua boca praticamente a força enquanto descrevia sua própria desgraça.
— Entendi. Preciso que tire as calças para examiná-lo.
Roberto sempre escreveu histórias protagonizadas por homens dominantes. O papel masculino sempre foi o da ação sobre mulheres submissas. O pedido da doutora, dito com naturalidade, soava como uma ordem para a qual ele não estava preparado. Ficou inerte em sua cadeira, congelado pela ideia de tirar a sua roupa na frente de uma mulher desconhecida, cujo olhar parecia julgá-lo o tempo todo. Quando as sobrancelhas dela subiram, indicando sua impaciência, tirando Roberto de sua letargia.
Em qualquer um de seus textos, estar nu com uma mulher incrível daquelas, ajoelhada na sua frente, significa incontáveis linhas de textos detalhando o melhor sexo oral de sua vida. Na realidade, foi o oposto. Íris segurava e tocava seu pênis com uma luva e o olhava de toas as direções. Aqueles olhos investigavam seu corpo com profundidade, dando a Roberto a impressão de estar vendo algo errado a cada mudança de expressão. Expressões, inclusive sempre sérias. Ao invés de uma situação excitante, Roberto tinha a impressão de ter seu pênis encolhendo de tão constrangido. Seu rosto queimava de tanta vergonha.
Com o fim do exame físico, Roberto vestiu sua calça o mais rápido possível e voltou a se sentar de frente para Íris. O olhar sério da doutora parecia julgá-lo o tempo todo, provocando nele um desejo desesperado por sair dali. A doutora, porém, estava longe de terminar a consulta, fazendo uma série de perguntas. Roberto nem percebeu, mas nessa longa conversa, ele foi verdadeiramente despido, falando sobre seu dia a dia, sua dieta, seus hábitos, seu relacionamento com Amanda, sobre sua frustração em não conseguir atender às expectativas dela. Roberto chegou ao ponto de, no final da consulta, estar falando sobre seu peculiar passatempo de escrever contos eróticos. Uma sobrancelha dela subiu mais uma vez, na segunda alteração de expressão durante toda a consulta. Roberto se arrependeu de ter se sentido a vontade de falar tanto, com a certeza de estar sendo julgado. Ao ver a expressão dela, se sentiu péssimo consigo mesmo. Como se tivesse algo de muito errado com ele, bem além da disfunção erétil. Ele não era normal, e por isso era tão sozinho. Foram poucas, mas as lágrimas caíram na frente da doutora.
Para um homem tão tímido, Roberto poucas vezes passou tanto tempo conversando com uma mulher, e pior, se abrindo totalmente. Chorar na frente de Íris era humilhante, porém libertador. Sentia-se como se tivesse descarregado um peso de suas costas. A doutora lhe deu um lenço para enxugar as lágrimas, prometendo resolver o seu problema, em um gesto empático. Aquilo o confortou um pouco. Saiu da consulta carregando um pouco de esperança e uma lista de exames para fazer. Enquanto voltada do consultório, sua mente criativa se agitava. O jeito sisudo de Íris diferia de todas as personagens já escritas por ele até então, sendo irresistível a ideia de ela inspirar personagens em seus escritos eróticos.
Todos os exames foram feitos e lá estava ele uma semana depois Íris usava um vestido comprido até os joelhos, cinza, justo o bastante para dar a Roberto um vislumbre de suas curvas. O decote era generoso dessa vez. Apesar de ele estar preparado para mais uma consulta tensa, a doutora tinha o semblante mais leve, inclusive recebendo-o com um discreto sorriso. Foi mais uma longa conversa, mas desta vez, foi Íris quem praticamente falou o tempo todo. Leu os exames, explicando para ele o que cada resultado significava. Foi praticamente uma palestra onde Íris relacionava sua saúde física com seu desempenho sexual. Orientou-o a melhorar sua qualidade de vida, com práticas de exercícios e melhorar a alimentação, mas também chamou a atenção para questões peculiares.
— Me preocupa um pouco tudo o que envolve ter relações com sua namorada apenas naquela sala. Isso, aliado ao seu hábito de escrever contos, pode indicar um componente psicológico forte. Essas recomendações não servem apenas para sua vida sexual, mas para tudo, inclusive para ter uma qualidade de vida melhor na velhice. Mesmo assim, se seu desempenho sexual não melhorar, precisaremos fazer um acompanhamento psicológico.
A decepção no rosto de Roberto era visível. A ideia de ter de parar de escrever o deixou nervoso, pois a escrita já se tornara parte de si.
— Não estou dizendo para parar de escrever, só um psicólogo pode emitir uma opinião sobre isso. Só estou dizendo que pode ser necessário o acompanhamento de outra área.
Roberto respirou, aliviado.
— Aliás, você escreve muito bem. Seria uma pena, se parasse.
Dessa vez foi a vez do paciente subir as sobrancelhas. Se perguntou se ela teria lido seus últimos textos publicados.
— Quando disse escrever contos, fiquei curiosa. Depois a Sandra me falou ter me indicado para você. Sabe como é a Sandra, não é? Enfim, eu li alguns e achei você bem talentoso. Não sei se está se dedicando demais a isso, ou se sua escrita reflete alguma questão pessoal, apenas acho que, na hipótese de precisar de ajuda psicológica, seu hábito de escrever será observado. Eu, pessoalmente, gostaria de continuar lendo seus textos.
Se no início da consulta, íris tinha um sorriso tímido, nesse momento ela tinha um sorriso aberto, fácil, principalmente quando citou Sandra. Parecia oura mulher, ao elogiar seus textos e forma de criar cenas excitantes e sua capacidade de retratar a independência e atitudes femininas, mesmo com cenas de submissão. Roberto saiu da consulta feliz, esperançoso. Assim que retornou ao trabalho, conversou com Amanda e Sandra. Amanda decidiu tomar conta de sua alimentação, obrigando-o a almoçar com ela todos os dias. Sandra disse ter ideias para ajudá-lo a se exercitar, com um sorriso cheio de más intenções no rosto.
Com a saída de Roberto do consultório, Íris consultou sua agenda para ter certeza de ter uma hora livre. Interfonou para a secretária, dizendo estar ocupada na próxima hora. Andou pelo consultório fechando as cortinas e apagou a luz. Antes de se sentar, pegou o celular e acessou o site onde Roberto publicava seus textos. Olhava a tela, balançando o rosto negativamente enquanto sorria maliciosamente. Se perguntava se aquele texto, sobre uma médica seduzindo seu paciente, era uma provocação proposital ou uma inocente expressão de suas fantasias. Cada vez que ela lia aquele texto, imaginava uma resposta diferente a essa pergunta e cada uma delas enchia o texto de sentidos novos.
Subiu o vestido até a cintura e se sentou em sua cadeira. O assento reclinou, e seus pés deixaram os sapatos para repousar em cima da mesa. Tirou os braços das alças dos vestido e o desceu, expondo seus fartos seios e em seguida se desfez do sutiã. Olhava fixamente a tela do celular enquanto massageava seus seios. Lia uma curta história onde uma médica seduzia seu paciente. A atitude totalmente proibida e antiética mexeu com suas fantasias. Era inadmissível para uma profissional fazer isso, mas justamente o proibido a instigava, como se pudesse fugir da realidade dura onde seu comportamento profissional era amarrado a regras rígidas. Se sentia livre, travessa, indecente.
Jogou o celular na mesa, pois já lera aquele texto tantas vezes a ponto de decorá-lo. Enfiou dois dedos na boca, e fechou os olhos, se lembrando da descrição de como os lábios da personagem sentia cada veia grossa da rola ao entrar em sua boca em um delicioso vai e vem. Com a outra mão, massageava o seio, lembrando-se de Roberto perdendo seu olhar no decote várias vezes. As coxas se esfregavam sobre a mesa, denunciando a sensação deliciosa brotada entre elas.
Íris tirou a calcinha.
Deu um leve gemido ao sentir o grelo duro resistir ao toque dos dedos. Se a imaginação de fazer sexo com um paciente era uma fantasia de transgressão, a masturbação no trabalho era a própria realização dela. Íris tirou o vestido, e assim como o sutiã e a calcinha, o jogou em qualquer lugar naquele consultório. Seus gemidos eram discretos, assim como seu rebolado enquanto se masturbava. Seus dedos melaram e ela os lambia, imaginando uma rola lubrificada do tesão de um homem por ela. Os dedos voltaram a penetrá-la em um ritmo acelerado, enquanto outros dançavam com seu clitóris até seu corpo inteiro tremer naquela cadeira. As carícias ao próprio corpo continuavam, mas devagar. Gradualmente, Íris recuperou o fôlego e se deu conta da sua situação: nua em seu consultório. Sair da fantasia e retornar a realidade não a assustou, pelo contrário. Ainda havia muito tempo na janela em sua agenda e ela aproveitou-se disso para degustar a recém-descoberta liberdade. Desfilou nua pelo consultório e se masturbou mais vezes e em lugares e posições diferentes. Precisou de alguns orgasmos até conseguir tirar aquele texto da sua cabeça, achar suas roupas e se vestir.
Íris continuou seu dia normalmente, atendendo pacientes e esperando quando Roberto voltasse.
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abatelunare · 4 months
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Su di lui scese una specie di letargia (John Williams, Stoner, Roma, Fazi, 2018).
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lisboaumretrato · 4 months
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Três horas da madrugada Três horas da madrugada: onde está Lisboa? Este largo varrido do vento, iluminado por fantasmas de candeeiros, deserto de um lado a outro — ainda é o Rossio? E este chão liso, onde os passos ressoam como no interior de uma caverna, que tem que ver com o campo de feira da luz diurna? Em qualquer parte, enquanto eu descia a Rua do Carmo, uma janela batia e atroava o desfiladeiro da calçada. E à entrada da praça um remoinho erguia folhas e papéis no ar, enquanto no centro dele um pequeno duende invisível (assim mo disseram, pelo menos) repetia os jogos de uma infância nunca vivida.
Lisboa dorme. Dorme profundamente. Todas estas janelas fechadas protegem a escuridão das casas. E lá dentro estão as mulheres e os homens desta cidade, mais as personagens vagas dos sonhos e dos pesadelos. Por sobre os telhados faz-se uma grande permuta de figuras e imagens. Lisboa é uma rede de transmigrações. Ninguém está seguro dentro do seu corpo. Em um lugar da cidade, alguém que dorme chama alguém que dorme, e esta atmosfera que se move no vento frio é toda ela atravessada de apelos urgentes. Abrem-se as paredes deste dormitório de um milhão de almas, longa enfermaria ou camarata multiplicada até ao infinito por um efeito de espelhos. E as figuras dos sonhos juntam-se aos seres adormecidos, e Lisboa aparece-me irreal, como suspensa entre o ser e o não ser já.
Sem os prestígios da luz, os manequins são baços e indiferentes, quase sumidos sob as roupas e os adornos. Tudo parece insignificante e falso. Entre o vidro e o diamante não há diferença, e os perfumes são líquidos inertes que não acordarão nunca para a vida dos aromas. Dorme tanto a cidade.
Falo e oiço, e estas vozes são, de todas, as únicas que resistiram à letargia. Agora recusamos a porta falsa do sonho — e vamos pelas ruas subitamente intermináveis, onde só os nossos passos reconstituem Lisboa, pureza transparente e quase angustiante de paraíso perdido e achado, e achado e perdido, nesta hora tão breve que não poderemos deter, mas que não se perderá (que não se perderá) nunca.
Três horas da madrugada, talvez quatro. Não tarda que venha o dia. A noite ainda vai durar, mas há nela já uma suspeita de manhã. Sobre o rio começará a nascer a brancura indecisa que o sol manda adiante. Arrefeceu mais. Daqui, vêem-se as estrelas. Como elas brilham, nítidas, duras, e, para nós, eternas. Dorme a cidade ainda. O rio passa, escuro e profundo, vivo e profanado, com cintilações rápidas à superfície, como as arestas luminosas de um cristal negro. Sobre a muralha de pedra que defende a cidade, as nossas mãos seguram ardentemente o mundo.
José Saramago, Deste Mundo e do Outro, crónicas, 1997
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