Tumgik
#etnografia
helfirat · 1 year
Text
feelings
Tumblr media
20 notes · View notes
dzasny · 7 months
Text
Tumblr media
3 notes · View notes
dirtonhisleather · 2 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Silesian traditional costume from different regions; details
Collection in Górnośląskie Muzeum in Bytom, Poland
15 notes · View notes
thoseolddays · 1 year
Text
Ankara..
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
3 notes · View notes
Text
Tumblr media Tumblr media
6 notes · View notes
claudiosuenaga · 2 years
Text
Tumblr media
De como Michael, filho caçula do ex-presidente dos Estados Unidos Nelson Rockefeller, foi devorado vivo por canibais
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
John Davison Rockefeller (1839-1937), o homem mais rico da história, fundador em 1870 da Standard Oil Company, o primeiro grande truste, foi o primeiro norte-americano a juntar mais de US$ 1 bilhão. Em 1937 sua fortuna com petróleo, bancos e indústrias chegou a US$ 1,4 bilhão, o que atualmente corresponde a cerca de US$ 664 bilhões. John D. teve cinco filhos: David, Nelson, Winthrop, Laurance e John D. III.
Tumblr media
John Davison Rockefeller
Tumblr media
A família Rockefeller (Michael está de pé, na extrema direita, e seu pai Nelson está sentado logo à frente). Keystone / Arquivo Hulton / Getty Imagens.
O sobrenome Rockefeller virou sinônimo de riqueza e opulência, de magnitude e poder, de dinastia perpétua e de cabala secreta, a invocar reverência e medo em todo o mundo. Ou melhor, em todo o mundo civilizado. Em novembro de 1961, o jovem etnógrafo Michael Clark Rockefeller, filho mais novo de Nelson Aldrich Rockefeller (1908-1979), então governador de Nova York (1959-1973) e futuro vice-presidente dos Estados Unidos (1974-1977), decidiu se aventurar em um dos poucos lugares onde sua fama e fortuna não significavam nada: Asmat, na costa sudoeste da Nova Guiné Holandesa, que agora faz parte da província indonésia de Papua.
Tumblr media
Mapa da região de Asmat, na Nova Guiné Ocidental. Autor: Guilbert Gates.
Michael, colecionador de arte primitiva, foi ao encontro de um dos povos mais atrasados do planeta, os Asmat, que como descreveu o The Washington Post, eram “os últimos puros caçadores-coletores na Terra, sem culturas de cultivo de alimentos além do sagu que eles misturam com pedaços de qualquer peixe ou carne que possam matar.”
Formado com louvor na Universidade de Harvard, em 1960 Michael serviu por seis meses como soldado no Exército dos Estados Unidos, e no ano seguinte juntou-se à expedição do Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia de Harvard para estudar a tribo Dani, povo das terras altas centrais do oeste da Nova Guiné Holandesa.
Tumblr media
As viagens de Michael Rockefeller para a Nova Guiné acabaram por levá-lo além do alcance de sua afortunada família. Foto da Associated Press.
Como membro da expedição Harvard-Peabody, o antropólogo e documentarista norte-americano Robert Grosvenor Gardner (1925-2014) filmou os Dani do Vale do Rio Baliem e com base nesse material lançou em 1963 o documentário Dead Birds. “Pássaros mortos” são termos que os Dani usam para as armas e ornamentos retirados do inimigo durante a batalha. Esses troféus são exibidos durante a dança da vitória de dois dias depois que um inimigo é morto.
Tumblr media
Robert Grosvenor Gardner
Michael e um amigo deixaram brevemente a expedição Harvard-Peabody para estudar a tribo Asmat, e depois de se juntarem novamente à expedição, Michael retornou à tribo Asmat para estudá-la melhor e recolher material etnográfico.
Em 17 de novembro de 1961, Michael Rockefeller e o antropólogo holandês René Sylvester Wassing (1927-2011), estavam em uma canoa de 12 metros a cerca de 3 milhas náuticas (6 quilômetros) da costa quando seu barco de pontão duplo foi inundado e virado. Seus dois guias locais nadaram para pedir ajuda, mas demoraram a chegar. Depois de dois dias à deriva, Rockefeller disse a Wassing: “Acho que consigo”. Ele então nadou para a costa. O barco estava a cerca de 12 milhas náuticas (22 km) da costa quando ele tentou nadar em segurança, no que supôs que ele teria morrido por exposição, exaustão ou afogamento.
Tumblr media
Michael Rockefeller operando um barco a motor de popa. Foto da Associated Press.
Tumblr media
René Sylvester Wassing
Wassing foi resgatado no dia seguinte, mas Rockefeller nunca mais foi visto, apesar de um intenso e demorado esforço de busca. Na época, o desaparecimento de Rockefeller foi uma grande notícia mundial.
A versão oficial de sua morte foi a de que seu barco havia virado em um rio em Nova Guiné, no que se afogou ou foi atacado por um tubarão ou crocodilo de água salgada.  Mas seu corpo nunca foi encontrado. No entanto, como a caça às cabeças e o canibalismo ainda estavam presentes em algumas áreas de Asmat em 1961, também houve especulações de que Rockefeller pudesse ter sido morto e comido por tribos da aldeia Asmat de Otsjanep.
Tumblr media
Michael sendo "preparado para o banquete" pelo povo Asmat. Divulgação / Graveyard Shift.
Milt Machlin (1924-2004), editor da revista de aventura Argosy, decidiu estudar o caso pessoalmente e viajou à Nova Guiné em 1969 em busca de respostas para o enigma, baseando-se em um depoimento que afirmava que o jovem etnógrafo estava sendo mantido contra a sua vontade pela tribo Asmat. Foi durante seu tempo na Argosy que Machlin cunhou os consagrados termos “Triângulo das Bermudas”, para designar a área misteriosa no Oceano Atlântico em que barcos e aviões desaparecem, e “Abominável Homem das Neves”, para o Pé Grande ou Yeti.
Tumblr media
Machlin apurou e filmou tudo o que era relacionado com o destino trágico de Rockefeller, e após sua viagem, publicou o livro The Search for Michael Rockefeller (Nova York, GP Putnam’s Sons, 1972),no qual ele concluiu que Michael chegou vivo à costa apenas para ser morto por caçadores de cabeças. Machlin descartou que Rockefeller estivesse vivendo como um cativo ou uma figura parecida com Kurtz na selva, mas constatou que a tribo praticava o canibalismo e recolheu evidências de que o próprio etnólogo tivesse vítima desse hábito. Ou seja, a pesquisa de campo em tribos primitivas tem um efeito colateral: o contato com seus hábitos menos civilizados.
Tumblr media
Quatro anos após a morte de Machlin, o diretor, produtor, roteirista e ator Fraser Clarke Heston (1955-), filho dos atores Charlton Heston e Lydia Clarke, descobriu quinze rolos de filme de 16 milímetros da viagem de 1969, incluindo entrevistas de Machlin com missionários holandeses que viajaram de tribo em tribo e ouviram histórias que corroboravam a versão da morte do jovem nas mãos do povo aborígene em um ritual canibal macabro. Heston utilizou a filmagem para criar o documentário The Search for Michael Rockefeller (2010), mesmo título do livro de Machlin.
Tumblr media
Vários líderes da vila de Otsjanep onde Rockefeller provavelmente teria ido se tivesse chegado à costa, foram mortos por uma patrulha holandesa em 1958, fornecendo assim alguma justificativa para a vingança da tribo contra alguém da “tribo branca”. E apenas dois anos antes, a guerra entre as tribos na região de Asmat resultou no ritual de caça às cabeças e canibalização de 51 adolescentes. Nem o canibalismo nem a caça a cabeças em Asmat eram indiscriminados, mas faziam parte de um ciclo de vingança olho por olho, de modo que é possível que Rockefeller tenha se tornado vítima inadvertida de tal ciclo.
Tumblr media
Michael Rockefeller remando em uma canoa Asmat em 1961. Crédito: Associated Press.
O jovem jornalista australiano Paul Toohey foi até Nova Guiné Ocidental e conversou com dezenas de pessoas associadas ao caso, incluindo o detetive particular australiano Frank Monte, que foi contratado em 1979 pela mãe de Michael para tentar resolver o mistério de seu desaparecimento. Em seu livro Rocky Goes West (Australia, Duffy & Snellgrove, 1997), Toohey afirma que o investigador particular trocou um motor de barco pelos crânios dos três homens, todos europeus, que uma tribo alegou serem os únicos homens brancos que eles já mataram. O investigador voltou a Nova York e entregou esses crânios à família, convencido de que um deles era o crânio de Rockefeller. Se esse evento realmente ocorreu, a família nunca comentou nada a respeito.
Tumblr media
O artista, ativista e antropólogo norte-americano Tobias Schneebaum (1922-2005), não só conviveu na juventude por vários anos com os Asmat, como também com os Harakmbut, na região de Madre de Dios, perto da fronteira brasileira na Amazônia peruana. No documentário Keep the River on Your Right: A Modern Cannibal Tale (2000), dirigido pelos cineastas David Shapiro e Laurie Gwen Shapiro, que se basearam em seu breve livro de memórias publicado em 1969, Schneebaum, já idoso, revisita essas duas tribos canibais. Ele e os cineastas conseguiram localizar alguns dos membros da tribo Asmat de Otsjanep que ele conheceu durante esses períodos, e que descreveram terem encontrado Rockefeller na margem do rio e o comido.
Tumblr media
O jornalista e escritor norte-americano Carl Hoffmann viajou pelo Afeganistão, Sudão, Congo, Nova Guiné, Groenlândia, Mongólia, Rússia, China, Indonésia e mais de 75 outros países. Ex-editor contribuinte das revistas National Geographic Traveler, Wired, Outside, Smithsonian, Men’s Journal, National Geographic Adventure e muitas outras, escreveu vários livros narrativos de não-ficção sobre suas próprias viagens e de outros viajantes e exploradores contemporâneos.
Tumblr media
Carl Hoffmann em 2014
Hoffmann começou a pesquisar o desaparecimento de Michael Rockefeller em 2012 e dois anos depois lançou o livro Savage Harvest: A Tale of Cannibals, Colonialism, and Michael Rockefeller’s Tragic Quest for Primitive Art (New York, William Morrow, an imprint of HarperCollinsPublishers, 2014), em que confirma que Michael Rockefeller morreu devorado por quinze canibais como vingança por um massacre de indígenas quatro anos antes pelas mãos de “homens brancos”. Em suas incursões às aldeias da área, Hoffmann ouviu histórias semelhantes àquelas coletadas na década de 1960 sobre homens de Otsjanep discutindo e decidindo matar Michael depois que ele nadou até a praia, em vingança pelo referido incidente de 1958 no qual homens da aldeia foram mortos em um confronto com oficiais coloniais holandeses. Logo após o assassinato, as aldeias foram varridas por uma epidemia de cólera e os aldeões acreditaram que aquilo era um castigo por terem matado Rockefeller. Quando Hoffman deixou uma das aldeias pela última vez, ele testemunhou um homem representando uma cena em que alguém foi morto e parou para gravá-la.
Tumblr media
Muitos dos artefatos Asmat coletados por Rockefeller fazem parte da coleção Michael C. Rockefeller Wing no Metropolitan Museum of Art em Nova York. O Museu Peabody publicou o catálogo de uma exposição de fotos tiradas por Rockefeller durante a expedição à Nova Guiné.
Tumblr media
Michael C. Rockefeller Wing no Metropolitan Museum
Estaria Michael Rockefeller imbuído da missão de coletar bonecos de vodu para invocação de demônios?
O cineasta, diretor, produtor e conspiracionista britânico Christopher Everard, fundador do Enigma Channel, foi muito além dos pesquisadores citados e especulou em seu documentário Spiritworld, lançado em 2020, que Michael Rockefeller acabou involuntariamente devorado por canibais por conta de seus próprios pecados e de sua família, já que estaria entre os Asmat encarregada por ela de coletar artefatos e bonecos vodu que seriam usados para invocar demônios, os mesmos que os mantinham na posição de homens mais ricos e poderosos do planeta.
youtube
youtube
Os Rockefeller, assim como grande parte da elite satânica, segundo Everard, seriam seguidores de uma antiga tradição judaica-babilônica, na qual as riquezas são obtidas mediante o sacrifício de um de seus filhos. Everard revela em Spiritworld, que Nelson Rockefeller possuía a maior coleção de bonecos de vodu do mundo, e que seu filho foi comido vivo justamente enquanto tentava adquirir mais desses bonecos entre os Asmat. Seria isso apenas uma coincidência macabra, como também que o empresário escocês Andrew Carnegie (1835-1919), que como os Rockefeller foi o homem mais rico e poderoso de seu tempo, igualmente possuísse uma vasta coleção de bonecos vodu?
Tumblr media
Andrew Carnegie, por Theodore Marceau
Everard lembra ainda que essa cabala pratica não só sacrifícios rituais de sangue, como o próprio canibalismo ritualizado, tais como aqueles registrados em cultos na Índia, Egito, França, Dinamarca, América Central e do Sul e em muitas outras nações desde o início da história até hoje.
Canibalismo em Arquivo X
“Our Town” foi um dos mais estranhos e obscuros episódios (o 24º do segundo ano) do seriado The X Files (Arquivo X, 1993-2002), criado por Chris Carter e produzido e exibido pela Fox Television. Tão estranho e obscuro que foi um dos dois episódios censurados (o outro havia sido “The Miracle Man”, o 17º do primeiro ano) pela Rede Record (de propriedade do bispo evangélico Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus) no Brasil, que a exibia nas noites de domingo.
Tumblr media
Roteirizado por Frank Spotnitz e dirigido por Rob Bowman, “Our Town” (que estreou em 12 de maio de 1995) abordava justamente o canibalismo, algo que não se enquadrava muito bem na infinidade de fenômenos sobrenaturais e inexplicáveis que caracterizava e costumava permear a série.  
Os agentes especiais do FBI Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) são enviados a Dudley, Arkansas, para investigar o caso do inspetor de saúde George Kearns, que havia sido assassinado na floresta por um sujeito empunhando um machado usando uma máscara tribal.
Tumblr media
A dupla descobre que ele estava prestes a recomendar que uma fábrica de frango local, a Chaco Chicken, fosse fechada por violações de saúde. Enquanto faziam um tour pela fábrica, o gerente Jess Harold lhes diz que Kearns intentava prejudicar a Chaco Chicken. Depois de ouvir isso, uma alucinada operária da fábrica chamada Paula, agarra e segura Harold com uma faca. Mulder e Scully tentam argumentar com Paula até que ela é baleada e morta por Arens, o xerife local. O médico da fábrica, dr. Vance Randolph, mais tarde alude que Paula estava sofrendo de dores de cabeça constantes.
Os agentes vão ver Walter Chaco, avô de Paula e proprietário da fábrica, que permite que eles realizem uma autópsia, e nisso constatam que, embora ela tivesse 47 anos, não parecia ter mais de 20 e poucos. Eles também descobrem que Paula sofria da doença de Creutzfeldt-Jakob, uma doença neurodegenerativa rara e fatal na qual parasitas do tipo príon se encontram nos tecidos dos indivíduos infectados. O roteirista Spotnitz estava muito bem informado a respeito, pois o povo de Fore, na Nova Guiné, quase foi levado à extinção por uma doença que eles chamavam de Kuru, e que não era senão a doença de Creutzfeldt-Jakob, já que praticavam o canibalismo e se contaminavam ao comerem a carne uns dos outros. Aliás, para conceber o episódio, Spotnitz inspirou-se em parte na descoberta arqueológica de ossos humanos fervidos em Chaco Canyon, Novo México, tanto que deu o nome de “Chaco” à fábrica.
Quando os agentes notam o escoamento de sangue em um riacho próximo, Mulder ordena que o relutante xerife Arens a drague. Nisso encontram os ossos de nove pessoas, incluindo Kearns. Ao inspecionar os restos mortais, os agentes percebem que os crânios estão faltando e que os ossos parecem ter sido fervidos.
Tumblr media
Ao consultarem os registros do FBI, Mulder e Scully descobrem que 87 pessoas desapareceram em um raio de 300 quilômetros de Dudley no último meio século. Mulder suspeita que os moradores da cidade estejam praticando canibalismo para prolongar a vida, dada a aparência jovem de Paula. Mulder também percebe que Kearns originalmente tinha a doença de Creutzfeldt-Jakob, e que os outros moradores pegaram a doença depois de consumirem seu corpo. Os agentes tentam pesquisar os registros de nascimento da cidade para confirmar a idade de Paula, mas descobrem que eles foram destruídos. Na mansão de Chaco, Chaco e Harold se encontram com Doris, que em lágrimas acusa Chaco de ter ajudado a matar seu marido; Chaco a instrui a obstruir a investigação do FBI.
Doris liga para Mulder, acreditando que Chaco quer matá-la; depois que ela desliga, ela é atacada pela figura mascarada. Scully vai ajudar Doris enquanto Mulder procura Chaco em sua mansão. Lá, ele encontra as cabeças encolhidas de Kearns e outras vítimas em um armário. Mulder telefona para Scully e a ouve sendo nocauteada por Chaco. Ela é levada para um campo isolado, onde Harold acende uma fogueira e inicia um ritual para canibalizar Doris. Chaco os repreende por matar um deles, mas Harold o recrimina por permitir que a epidemia de Creutzfeldt-Jakob tivesse se espalhado, e nisso Chaco é executado pela figura mascarada. A própria Scully está prestes a ser morta quando Mulder chega e atira na figura misteriosa. Por trás da máscara, estava o xerife Arens.
Tumblr media
Na narração, Scully explica que a fábrica de Chaco foi fechada pelo Departamento de Agricultura, e que 27 moradores de Dudley morreram da doença de Creutzfeldt-Jakob. Ela revela que Chaco, que tinha 93 anos quando de sua morte, havia passado um tempo com a tribo canibal “Jale” depois que seu avião de transporte acabou abatido sobre a Nova Guiné durante a Segunda Guerra Mundial. Ela também diz que seus restos mortais nunca foram encontrados. A cena final sugere que os restos mortais de Chaco estão sendo dados às galinhas em sua fábrica...
Tumblr media
Um pouco da história do canibalismo e de suas práticas rituais
O termo “canibalismo” se originou da corruptela da palavra “caribe” em “caniba” na língua taíno, da etnia Arawak. Para os Caribs, significava “ousado”, mas para os Arawak, inimigo”, e para os europeus, “comedores de carne humana”. Cristóvão Colombo reportou que os Caribs ou Caraíbas antilhanos, nativos que Cristóvão Colombo encontrou na ilha de Hispaniola em sua primeira viagem, praticavam antropofagia, e que atacavam os Arawaks para obter saques e capturar as crianças que depois castravam.
Tumblr media
Caribs retratados como canibais.
Vestígios arqueológicos na Mesoamérica e na América do Sul indicam a prática de canibalismo. Uma das sociedades que mais desenvolveu essa prática foi a dos Guarani, que a praticavam para fins religiosos, por acreditar que era uma forma de adquirir certas capacidades e aptidões da vítima. Na América do Norte, análise de restos descobertos em sítios arqueológicos habitados entre 1150 e 1200 d.C. pelos Anasazi, confirmou a existência de canibalismo nesta cidade. Restos de hemoglobina humana foram encontrados nos vasos cerâmicos da cultura Anasazi, sugerindo que foram cozidos com sangue humano.
Tumblr media
Ruínas do povo Anasazi.
De acordo com as narrativas dos conquistadores, a prática do canibalismo era comum entre os povos nativos aliados e adversários de Hernán Cortés em atos religiosos e após escaramuças, para as quais o sal era usado até mesmo nas batalhas para salgar os inimigos mortos, de modo que sua carne duraria mais e eles poderiam voltar com ela para suas aldeias e distribuí-la entre seus parentes. Entre a aristocracia asteca, o canibalismo era comumente praticado em rituais religiosos.
Em 14 de fevereiro de 1779 , o comandante da expedição naval inglesa James Cook e alguns de seus homens foram mortos e consumidos na baía de Kealakekua, no Havaí (embora ainda haja controvérsia sobre a certeza desse fato) pela população local, após uma tentativa malograda de sequestrar seu rei, em retaliação pelos roubos dos nativos.
Em 1809, os 66 passageiros e tripulantes do navio The Boyd foram mortos e comidos por Maoris na Península de Whangaroa da Ilha do Norte como parte de um utu (“vingança”) pela chicotada dada a um Maori que se recusou a trabalhar no navio durante a viagem da Austrália. O incidente continua sendo o maior massacre da história da Nova Zelândia.
O canibalismo ritual como oferenda aos deuses ou como forma de obter a força e a coragem do guerreiro inimigo sempre foi o mais praticado. O princípio simples que sustentava a antropofagia Guarani era que a pessoa acumula energia ao longo de sua existência, e que essa energia podia ser usada por outra pessoa para expandir a consciência. O objetivo vital dos Guarani era transcender os limites da existência cotidiana, acessando o que eles chamavam de “Terra Sem Mal”, um estado vital onde uma pessoa escapava do mal e até da morte (como supressão do nível físico da existência). Nesse contexto, consumir a personalidade de uma pessoa e seu corpo fisicamente, proporcionaria ao canibal um aumento de energia impossível de se obter por outros meios. Assim, os Guarani não comiam qualquer um, mas apenas os melhores.
Tumblr media
Uma gravura representando o canibalismo no Brasil. Imagens Getty.
A elite oculta sempre foi obcecada pelas práticas mais abomináveis, e o canibalismo sempre fez parte dessas práticas que visam absorver a força divina guardada dentro do corpos para com isso não só manterem, mas potencializarem ainda mais suas riquezas e seus poderes. E foi pela vontade de poder desmesurada e infinita de sua família, que Michael se sacrificou – ou foi sacrificado e comido – por ela.
Tumblr media
Uma das últimas fotos de Michael Rockefeller cercado pelos Asmat. Foto de Jan Broekhuijse.
4 notes · View notes
costancen · 2 years
Text
Lo studio e, in generale, la ricerca della verità e della bellezza sono una sfera di attività nella quale ci è consentito di rimanere bambini per tutta la vita.
~Albert Einstein
Tumblr media
3 notes · View notes
maluornela · 2 years
Photo
Tumblr media
Lançamento da mostra fotoetnográfica "La frontera de la esperanza “ e encerramento do evento Memórias em Movimento. O @projeto.reconduz acredita que a melhor maneira de contar as histórias dos imigrantes e refugiados de Botucatu é a de deixá-los falar por si próprios. Orgulho de fazer parte desse projeto e dessa equipe maravilhosa @pia.ornelas, @davidguirra , @giverniano e @joaogilbertofernandesjr @zukultura #maluornelas #portrait #retratos #photography #fotografia #projeção #mostra #botucatu #antropologia #historia #migracao #imigracao #comosrefugiados #conlosrefugiados #venezuela #fronteiras #semfronteiras #cultura #arte #etnografia #withtherefugees #pinacotecabotucatu (em Pinacoteca Botucatu) https://www.instagram.com/p/CiMHu8jrlgX/?igshid=NGJjMDIxMWI=
2 notes · View notes
rosateparole · 2 years
Text
[Ernesto De Martino] tagliò corto con un’asserzione che mai dimenticherò: «della follia non si può fare storia». Certo, follia per lui è questo: crollo di ogni processo di soggettivazione, caduta dalla «storia» – in quanto comunitario orizzonte di senso – nella non-storia – in quanto perdita di tale orizzonte.
Clara Gallini, Presentazione a La Terra del rimorso
5 notes · View notes
eksopolitiikka · 1 month
Text
Mitä UFO-kultistit voivat opettaa meille nykypäivän poliittisesta paranoiasta
kirjoittanut Arthur Goldswag, teksti mukailtu kirjasta The Politics of Fear: The Peculiar Persistence of American Paranoia Kuten psykologi Leon Festinger kirjoitti vuonna 1956: ”Vakaumuksellinen ihminen on vaikeasti muutettavissa. Kerro hänelle, että olet eri mieltä, ja hän kääntyy pois. Jos hänelle näytetään faktoja tai lukuja, hän kyseenalaistaa lähteesi. Jos vetoat logiikkaan, hän ei ymmärrä pointtiasi.” Miksi […] https://eksopolitiikka.fi/tiede/mita-ufo-kultistit-voivat-opettaa-meille-nykypaivan-poliittisesta-paranoiasta/
0 notes
romantizar-as-drogas · 5 months
Text
Dissecação do artigo “Anthropology and addiction: an historical review”, de Merril Singer 
Identificação do artigo: 
SINGER, M. (2012), Anthropology and Addiction: na historical review. Addiction, 107(10), 1747-55. 
Objetivo do Estudo: 
Analisar o que se escreveu acerca da antropologia de consumo de álcool e drogas, bem como identificar as principais temáticas abordadas pelos antropólogos, a metodologia utilizada, mas também os modelos teóricos desenvolvidos e o que se procurará no futuro. 
Metodologia: 
Pesquisa de artigos e livros através de palavras-chave (como “etnografia do consumo de drogas”, “antropologia do consumo de drogas”, etc.) na internet. 
Conclusões: 
Verifica-se desde 1970 uma tendência crescente para a realização de estudos antropológicos sobre o consumo de álcool e de drogas (impulsionada pela pandemia da SIDA), mas também que os mesmos são cada vez mais valorizados. 
O artigo ressalta também que as experiências dos consumidores são culturalmente moldadas e que, para tais indivíduos, certos aspetos da dependência podem ser encarados de forma positiva e sustentável. 
Resumo:
Singer começa por revelar que os consumidores de álcool ou de outras drogas não foram sempre considerados “problemáticos” ou “dependentes”. De facto, a própria dependência surge apenas no século XIX aquando do refinamento das drogas existentes a fim destas serem capazes de produzir apetência e necessidade compulsiva. Curiosamente, também foi este o período em que a Antropologia floresceu — tempo, mas também espaço — surge inclusive nos mesmos lugares em que a dependência nasce por ambos estarem ligados à emergência do capitalismo. Todavia, a Antropologia não se foca no consumo de drogas até 1970 por evitar assuntos tabu e se dedicar mais aos padrões sociais do que a quem deles fugia. Mas a década de setenta trouxe a revolução das drogas — o momento em que a droga deixou de ser o vício dos artistas para ser a chaga da juventude —, para além da Antropologia se voltar agora para as sociedades ocidentais e aplicar-se na resolução de problemas sociais. Outra razão para o súbito interesse no tema foi a pandemia da SIDA (percebeu-se a relação entre o consumo de drogas e a doença). 
O modelo cultural, proposto por Heath, é a principal abordagem antropológica quanto à utilização de drogas. Dá-se o exemplo dos Camba — onde a ingestão de álcool (ou substância semelhante) é socialmente valorizada, mas onde não há sinais de alcoolismo (das consequências que lhe atribuímos). Presumiu-se então que tal acontece pelas experiências aquando do consumo de substâncias serem influenciadas pela cultura. Os Lele são também referenciados como argumento para o modelo cultural. No entanto, a teoria está sujeita a críticas como as apresentadas por Robin Room: de que os antropólogos têm a tendência de suavizar o problema do álcool, já que, por exemplo, muitos deles provêm de contextos onde beber era considerado normal. Com o tempo, também o mundo dos Camba foi-se modernizando, sugerindo que o consumo de álcool sem as consequências por nós conhecidas acontece somente quando a vida social tradicional não foi conspurcada pelos capitalistas. 
Apela-se à ideia de que o consumo de drogas é também um estilo de vida e não uma “fuga” à vida; que os consumidores passam a fazer parte de uma subcultura (também ela com valores e estatutos sociais) e que, portanto, tomar drogas é algo benéfico e que lhes traz recompensas. 
A antropologia médica crítica enfatiza três questões quanto às razões do consumo de substâncias — a produção social do sofrimento, automedicação (por lesões sociais) e a estruturação política dos mercados de drogas lícitas e ilícitas. Analisando os primeiros dois, percebe-se que o primeiro tem a ver com muitos toxicodependentes viverem parcamente, mas serem diariamente expostos à grande riqueza de outros indivíduos (sofrimento social), e o segundo por muitos destes indivíduos viverem ciclos viciosos de stress sentido, seguido da intoxicação e da consequente estigmatização social. 
A sindemia, a interação/relação entre doenças estudadas pelo contexto socioecónomico dos indivíduos, tem vindo a valorizar cada vez mais a etnografia e a antropologia na prevenção e detecção de populações em risco. 
Citações Importantes: 
“the fairly long human interaction with mind-altering and potentially addictive drugs — dating to at least 8–10 000 years ago — did not lead directly or immediately to the social delineation of a subset of consumers who were identified as problematic by their peers.” (p. 1) 
“he advocated the use of beer or even opium, noting that the ‘the different preparations of opium are a thousand times more safe and innocent than spirituous liquors in all spasmodic affections of the stomach and bowels’” (p. 1) 
“the term ‘addiction’— with reference to drug consumption at least — appears to be relatively new, dating to the refinement of various drug preparations into very concentrated forms that were capable of producing craving and compulsive use. This occurred during the 19th century as a consequence of political economic changes in Europe and North America leading to drugs becoming widely available global commodities.” (p. 1) 
“by 1900 it became possible to be labeled publically an alcoholic (or inebriate) or a drug addict (although a number of decades earlier for alcoholic/inebriate)” (p. 1) 
“The late 19th century was also the period during which anthropology developed, and it occurred in the same locations that drug addiction became a socially recognized pathological condition.” (p. 1) 
“Indeed, both these developments can be linked historically to the emergence of global capitalism and its desire for labor control, with anthropology focusing (at least initially) on understanding peoples of subordinate colonial status (including their potential as passive laborers) and addiction being used commonly to label possibly unruly and resistant sectors within dominant colonial societies.” (pp. 1-2) 
“historically, anthropologists ‘avoided tackling taboo subjects such as personal violence, sexual abuse, addiction, alienation, and self-destruction’. During the 1970s this began to change, influenced by the drug revolution and the significant expansion in the numbers of people reporting using drugs in the West, as well as by the growing anthropological focus on western societies and the application of anthropology to addressing social problems.” (p. 2) 
“The core component of the anthropological approach to human interaction with psychotropic drugs is known as the ‘cultural model’.” (p. 2) 
“the association of drinking with any specific ‘problem’, be it physical, economic, psychological or interpersonal, is quite rare among cultures throughout history.” (p. 2) 
“most consequences of alcohol consumption are mediated by cultural factors rather than being narrowly determined by pharmacobiological factors.” (p. 2) 
“While not denying that alcohol is a potent chemical, from the cultural model what is of key to determining the effects of heavy drinking are culturally constituted beliefs about the effects of alcohol.” (p. 2) 
“Of equal importance is the issue of meaning. As a culturally constructed social practice, drinking (and the type and context of consumption) evokes emotionally charged cultural meanings about diverse issues, including social solidarity, identity, recognition of new social statuses and accomplishment, nostalgic remembrances, the honoring of loved ones, hospitality, mourning, initiation of work efforts, transitions, celebration of cultural heroes, intimacy, fun, health, religious experience and anticipated futures.” (pp. 2-3) 
“MacAndrew & Edgerton [25]: ‘The way people comport themselves when they are drunk is determined not by alcohol’s toxic assault upon the seat of moral judgment, conscience, or the like, but by what their society makes of and imparts to them concerning the state of drunkenness’.” (p. 3) 
“Heath’s work, and that of other anthropological contributors to the cultural model, suggests that while routine heavy drinking without signs of addiction still occurs, it tends to be in settings in which traditional community social life has not been penetrated fully and disrupted by the forces of capitalist globalization.” (p. 3) 
“the cultural model found expression in anthropological research on drug use as a life-style or a distinctive subculture tradition.” (p. 3) 
“In an effort to counter simplistic stereotypes and narrow pathological accounts of drug users and addiction, Preble & Casey [56] argued: ‘Their behavior is anything but an escape from life. They are actively engaged in meaningful activities and relationships seven days a week’.” (pp. 3-4) 
“In constructing their description of drug users and addicts, anthropological and related ethnographic researchers of other disciplines use participant-observation ethnography to better understand and represent the world as it was actually seen and experienced by drug addicts. As Friedman et al. [57] comment: In contrast to views that see [injection] drug use as simply a matter of individual pathology, it is more fruitful to describe [injection] drug users as constituting a ‘subculture’... This calls our attention to the structured sets of values, roles, and status allocations that exist among [injection] drug users... From the perspective of its members, participating in the subculture is a meaningful activity that provides desired rewards, rather than psychopathology, an ‘escape from reality,’ or an ‘illness’.” (p. 4) 
“Within the domain of drug use and addiction, the critical medical anthropology model has emphasized three issues: the social production of suffering, the use of drugs to self-medicate the emotional injuries of injustice and mistreatment and the political economy of the licit and illicit drug markets, including their parallels and entwinements.” (p. 4) 
“In the context of structurally imposed distress, the term ‘social suffering’ has been used by anthropologists to refer to the immediate personal experience of broad human problems caused by the exercise of political and economic power. In other words, social suffering refers the misery among those on the weaker end of power relations in terms of physical health, mental health and lived experience.” (p. 5) 
“From the perspective of critical medical anthropology, inequality as it is experienced by people who must endure its consequence is a major force driving heavy drug use and addiction. Life for a drug addict is often a vicious cycle of felt stress followed by self-medicating drug consumption and resulting social stigmatization and a sense of damaged self-worth (which, in turn, triggers the desire for comfort through drugs).” (p. 5) 
“Whatever the harm wrought by legal and illegal drug use, at the moment of craving and desire they are seen as relief, temporarily removing the sufferer from their prison of personal misery. The consequences of such ‘relief’ always come back to haunt the user as craving returns and they are confronted with the fact that there are always more drugs seeking those in need of being ‘fixed’.” (p. 5) 
“in addition to suffering, addiction has other dimensions including creating opportunities for new experiences and new social relationships, some of which provide positive, self-affirming occasions for drug users. (…) Addiction, in short, plays a role in the making of personal identities, and is thus more than suffering and social rejection.” (p. 5) 
Críticas e Reflexões Pessoais:
Considero o artigo extremamente interessante na medida em que explora a relação do consumo de drogas (álcool incluído) e a Antropologia, revelando-nos simultaneamente o modo como foram percebidos os indivíduos consumidores ao longo da História. Nos dias que correm, especialmente proveitosa e importante é a noção de que os efeitos que esperamos destas substâncias, o que assumimos que provoquem, influencia grandemente o que de facto acontecerá. A meu ver, interiorizar que a cultura molda as experiências leva a uma maior consciencialização do que de facto acontecerá ou poderá vir a acontecer, bem como um maior autocontrolo. 
Critico apenas o facto do modelo cultural de Heath ser somente explorado no universo do álcool.
Em última análise, a Antropologia contribui para a compreensão contextualizada do consumo de substâncias, fornecendo bases para a futura aplicação de medidas que visem controlá-lo.
Palavras-Chave: 
Antropologia, antropologia médica crítica, etnografia, drogas, sindemia. 
0 notes
r3v3rsid3 · 9 months
Text
[•] #ai.caramba _
0 notes
digfish · 11 months
Text
Museu da cidade de Lisboa - um verdadeiro museu local?
O Museu de Lisboa que se encontra sedeado no Palácio Pimenta no Campo Grande deveria intuitivamente cair dentro da classificação de um museu local ou regional. Mas há razões para crer que se trata mais provavelmente de um museu artístico-arqueológico. Veremos os dois pontos de vista com exemplos para que seriam razões para crer se preenche as condições de um doutro tipo.O museu regional pertence…
View On WordPress
0 notes
passagensdojoao · 1 year
Text
Cancioneiro atua na Misericórdia de Faro
A propósito da época festiva a Santa Casa da Misericórdia de Faro tem vindo a desenvolver um conjunto de realizações. E para além destas festividades estão pensados outros eventos, os quais ainda com data a anunciar.
A 6 de Janeiro, pelas 19.30 hrs., na Igreja da Misericórdia de Faro decorreram as janeiras numa atuação do Cancioneiro do Grupo Folclórico de Faro, cantando a tradição algarvia numa das mais emblemáticas igrejas da cidade de Faro. Falo da Igreja da Misericórdia de Faro. Cancioneiro iniciando as Janeiras Com os seus 92 anos de existência, brinda a cidade de Faro com mais uma excelente atuação,…
Tumblr media
View On WordPress
1 note · View note
gdanskstrefa · 2 years
Text
Jeden z ostatnich z pokolenia księży‐badaczy ukształtowanych w trudnej walce z zaborcą
Jeden z ostatnich z pokolenia księży‐badaczy ukształtowanych w trudnej walce z zaborcą
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
wosted · 2 years
Text
La necedad, el error, el pecado, la tacañería,
ocupan nuestros espíritus y trabajan nuestros cuerpos,
y alimentamos nuestros amables remordimientos,
como los mendigos nutren su miseria.
Nuestros pecados son testarudos, nuestros arrepentimientos cobardes;
nos hacemos pagar largamente nuestras confesiones,
y entramos alegremente en el camino cenagoso,
creyendo con viles lágrimas lavar todas nuestras manchas.
Sobre la almohada del mal está Satán Trismegisto
que mece largamente nuestro espíritu encantado,
y el rico metal de nuestra voluntad
está todo vaporizado por este sabio químico.
¡Es el Diablo quien empuña los hilos que nos mueven!
A los objetos repugnantes les encontramos atractivos;
cada día hacia el Infierno descendemos un paso,
sin horror, a través de las tinieblas que hieden.
Cual un libertino pobre que besa y muerde
el seno martirizado de una vieja ramera,
robamos, al pasar, un placer clandestino
que exprimimos bien fuerte cual vieja naranja.
Oprimido, hormigueante, como un millón de helmintos,
en nuestros cerebros bulle un pueblo de demonios,
y, cuando respiramos, la Muerte a los pulmones
desciende, río invisible, con sordas quejas.
Si la violación, el veneno, el puñal, el incendio,
todavía no han bordado con sus placenteros diseños
el lienzo banal de nuestros tristes destinos,
es porque nuestra alma, ¡ah! no es bastante osada.
Pero, entre los chacales, las panteras, los podencos,
los simios, los escorpiones, los gavilanes, las sierpes,
los monstruos chillones, aullantes, gruñones, rampantes
en la jaula infame de nuestros vicios,
¡Hay uno más feo, más malo, más inmundo!
Si bien no produce grandes gestos, ni grandes gritos,
haría complacido de la tierra un despojo
y en un bostezo tragaríase el mundo:
¡Es el Tedio! — los ojos preñados de involuntario llanto,
sueña con patíbulos mientras fuma su pipa,
tú conoces, lector, este monstruo delicado,
—hipócrita lector, —mi semejante, — ¡mi hermano!
Al lector
-Charles Baudelaire
1 note · View note