O universo é totalmente indiferente a nós
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
O universo é absolutamente indiferente a nós, para não dizer refratário, e não se importa a mínima com o que eventualmente pensamos ou no que acreditamos, ou mesmo, em nossa limitação e insignificância, com o que fazemos, e segue imponente e impavidamente o seu curso, o seu caminho, a sua “agenda”, independentemente de qualquer um de nós.
O universo, esta estranha e absurda "realidade" em que fomos condenados a “viver”, ou a "Matrix" em que fomos jogados e no qual estamos indefectivelmente aprisionados – como um personagem de videogame, adrede programado e sujeito às regras do programador –, como desejar, foi configurado – por quem ou o que?, eis a pergunta de um milhão de dólares – de modo que não faça o menor sentido para nós, que pareça o mais ilógico e absurdo possível, e por conseguinte injusto, e o fato de você achar isso ou aquilo, acreditar ou não nisso ou naquilo, não altera em nada o status quaestionis.
A ignorante arrogância humana, e suas maiores aliadas, a presunção e a prepotência, é que leva certas pessoas à ilusão de que alcançaram a compreensão plena da realidade e da própria existência, da vida e de tudo o mais, e passam a querer impor às demais a sua visão da totalidade, como se tudo estivesse vinculado a alguma razão, que é no fundo a dela mesma, aquela que ela mesma concebeu de uma forma precária, parcial, fragmentária, tendenciosa e incompleta.
Quantas religiões, ideologias e meras teorias “científicas” não foram assim concebidas e impostas a ferro e fogo e continuam a dominar mentes, a ditar comportamentos e a subjugar e escravizar povos e sociedades inteiras! De certa forma, não seria esse modus faciendi uma replicação e amplificação de nossas condições originais, de meras criaturas, de seres sujeitos a leis e regras que nos foram impostas por sabe-se lá quem ou que, e nas quais estamos profundamente imersos sem escapatória, só nos restando a resiliência, e não obstante, em vez de lutarmos ao menos um pouco contra essa natureza, essa tendência, de nos libertarmos desse padrão, refutando a programação adquirida e admitindo nossa incapacidade e ignorância com um simples "não sei", como a única resposta honesta ao grande e maior mistério que é a nossa própria existência, muitos de nós assume inadvertida, imprevidente e inopinadamente o papel de “deuses” que nem sabemos – e talvez jamais venhamos a saber – o que de fato são. Um simples "não sei" ao menos deixa espaço e motivo para que sigamos buscando pela “verdade”, ainda que, como disse, jamais venhamos a encontrá-la.
Já ouço alguém dizer a esta altura que a “verdade” é isso ou aquilo, e que eu deveria abraçá-la, sob pena de ser condenado, mais do que já estou, aliás, e ao que parece, o castigo é a maior, senão a única, constante do universo.
Em suma, o que cada um tem na cabeça é uma condição inteiramente pessoal, ignorada pelo universo, já que o universo e tudo o que acontece nele é uma propriedade do próprio universo.
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quem é o verdadeiro deus
Hoje em dia, todos são inseparáveis da Internet. A Internet é invisível e as pessoas não conseguem distinguir a sua cor. A Internet é invisível a olho nu. A Internet não existe? Por que tantos cientistas acreditam em Deus? Existe apenas um caminho para a verdade, não muitos. Existe apenas um Deus verdadeiro, não vários. Existem tantos falsos mestres, tantas escrituras falsas feitas por homens e clássicos falaciosos. Até mesmo o conhecimento mundano não-vivo tem enganado os olhos de muitas pessoas. Aqueles que entraram nesta verdade e alcançaram a vida eterna são raros. A porta que leva a isso a estrada é estreita. Invisibilidade não significa que não haja nada. O ar é incolor e tudo não pode viver sem ele.
O Deus Pai-Criador criou o universo, as estrelas, o sol e a lua, bem como o céu, a terra, o mar e tudo o que nele há. Ele criou o sol para nascer pela manhã, o sol para se pôr e a noite para outono e as quatro estações do ano mudam dia e noite; humanos, animais, organismos, microorganismos, minerais e nutrientes. , essas matérias-primas não são criadas pelo homem. Os pássaros no céu não mergulharão na água, e as pessoas não criarão asas e voarão no ar. Por que existem o dia e a noite, o sol e a lua, de onde vêm as estrelas no céu e o universo, e tudo no céu, na terra e no mar (incluindo animais, plantas e todos os tipos de coisas)? recursos), foi feito por mãos humanas ou foi feito pelos ídolos em templos feitos pelo homem? mundo vêm de um só Criador: Deus, o verdadeiro Deus.
Os falsos deuses da verdade e da vida são criados pelo homem. Existem muitos deuses feitos pelo homem no mundo. São vários ídolos esculpidos por pessoas de acordo com os costumes locais. Existem figuras históricas, personagens fictícios, animais, o sol, a lua e as estrelas, e também há líderes de deuses feitos pelo homem. Existem "deuses" gregos na Grécia, "deuses" japoneses no Japão e "deuses" indianos na Índia. Este lugar tem seu "deus" e aquele lugar tem seu "deus". Você deve conhecer o origens do Budismo e do Taoísmo. Os seres humanos e o fundador do Islã, ou seja, o líder, eram todos humanos antes, e eles nunca disseram que eram "deuses" durante suas vidas, muito menos que criaram o sol, a lua, o universo, e tudo no céu e na terra (só a Bíblia menciona este criador). Mas depois ele foi transformado em um “deus”!
Como pode o verdadeiro Deus ser manipulado pelos homens? Como os vivos podem pedir e confiar nos mortos? Poderia o verdadeiro Deus ser feito e esculpido por mãos humanas e depois adorado? As pessoas também inventaram mitos, lendas e escrituras religiosas feitas pelo homem sobre os deuses de várias religiões. O criador ainda tem que se ajoelhar, orar e servir essas criações? Outras religiões também têm os chamados “testemunhos milagrosos”, todos causados por demônios para confundir e cegar os olhos das pessoas, e para fazer com que as pessoas pereçam. Se as pessoas querem ficar ricas, criam um “deus”; se querem manter-se seguras, criam um “deus”; se querem ter filhos, criam um “deus”; por confusão e medo da morte, elas ainda criar um “deus”; para todos os fenômenos da natureza e das estrelas do céu, existem todos os tipos de “deuses” criados pelo homem emergindo indefinidamente.
Você pode tentar derrubar os ídolos e falsos "deuses" esculpidos por pessoas que adoram em casa ou no templo. Se ninguém os ajudar a se levantar no dia seguinte, veja se eles conseguem se levantar sozinhos. Como eles podem abençoar você ou proteger você se eles não puderem ajudar sua família?
Testemunho científico! Em 1990, "Nature and Man" publicou que o famoso astrofísico americano John Hollows, com base em pesquisas rigorosas e textuais, acreditava que existem 2.500 profecias diversas na Bíblia, das quais 2.000 foram confirmadas até agora. Ele usou a matemática para fazer cálculos quantitativos sobre os milagres descobertos na Bíblia e concluiu que, para uma previsão tão precisa, se não fosse pelo arranjo de Deus, a probabilidade de um palpite casual seria aproximadamente igual ao número total de todas as moléculas materiais. que compõem todo o universo. Por esta razão, Hollows destacou que a Bíblia foi escrita pela vontade de Deus através do homem. (Extraído de "Global Expo")
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MUDE A SUA VIDA MUDANDO A SUA FREQUÊNCIA
Muitos cientistas têm estudado as ondas sonoras e as influências sobre a nossa vida.
O Dr. Masaru Emoto ficou famoso quando demonstrou que os sentimentos poderiam interferir no aspecto das moléculas da água.
A Numerologia já sabia disso há milênios.
Um nome é um som e influencia a sua vida.
Mas numa escala de frequências vibratórias, o ser humano pode captar entre 20Hz e 20.000Hz e as emoções e reações humanas vibram entre 20 e 700 Hz pra mais. Nessa escala, podemos verificar que o ser humano emite vibrações que variam com o seu estado de espírito.
E elas são:
20Hz o estado da vergonha,
30Hz o da culpa,
50Hz a da apatia,
75Hz o do luto,
100Hz o do medo,
125Hz o do desejo,
150Hz a da raiva,
175Hz o do orgulho,
200Hz a da coragem,
250Hz a da neutralidade,
310Hz a da vontade,
350Hz a da aceitação,
400Hz a da razão,
500Hz o do amor,
600Hz a da paz,
700Hz pra mais, a da iluminação.
Todas essas frequências foram obtidas em laboratório com voluntários.
O que se sabe é que uma pessoa na vibração de 500Hz, pode afetar positivamente 7.500 pessoas que estejam na faixa de vibração 200Hz.
Uma de 600Hz pode afetar 10 milhões e a de 700Hz pra mais, o estado de iluminação, 70 milhões de pessoas na frequência de 200Hz.
Foi feita uma experiência chamada efeito Maharishi com 7mil monges yogues, espalhados pelo mundo meditando em grandes centros urbanos. Houve mudança de realidade local, ao fim de um mês. Algumas cidades baixaram o percentual de criminalidade, outras obtiveram condições climáticas favoráveis etc..
Com a frequência 528Hz inserida na Limpeza dos 21 dias do Arcanjo Miguel, numa versão recente, o efeito da própria oração se intensifica, pois a pessoa está aumentando a sua vibração para um estado de amor. Está afinando todo o seu campo de energia, seu corpo, seu DNA, na melhor vibração, que possibilita a sincronicidade com a FONTE. Além disso, há também a oportunidade de influenciar o meio em que se vive, seja familiar, ou seja, profissional.
Elevando a vibração para 528Hz ou além, existe uma gravação da 1122Hz que é para entrar num estado de cocriação, é possível fazer, silenciosamente, uma grande mudança coletiva de realidade.
Estamos iniciando um novo ciclo que é a Era de Ouro no planeta, então, vamos ficar, imediatamente, nessa sintonia que será acima de 500Hz.
#crenças#prosperidade#consciencia#despertar#mente#abundancia#harmonia#pensamento#poderinterior#transformação
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Carta ao Planeta Shan, narrada por Alexandre Kadunc, o radialista que canalizou e psicografou Ashtar Sheran, e a famigerada lenda urbana da mensagem extraterrestre que se gravava sozinha mediunicamente em fita cassete nos anos 1980
Por Cláudio Suenaga
Esta lenda urbana só poderia mesmo ter surgido naqueles tempos de gravações analógicas com equipamentos de som hoje em dia para lá de rudimentares.
Em maio de 1981, começou a circular nos meios ufológicos e esotéricos uma fita cassete (k-7) com a gravação de uma mensagem de esclarecimento e advertência ao planeta Shan (a Terra) de autoria atribuída ao extraterrestre Ashtar, posteriormente correlacionado a Ashtar Sheran – embora a “assinatura” se referisse somente a Ashtar –, que se autointitulava Comandante da Frota dos Homens do Espaço. A voz da mensagem, em português e com duração de quase 19 minutos, acreditava-se ser do próprio Ashtar Sheran.
A mensagem se tornou uma "febre" por meio da revista Planeta, que resolveu publicá-la na íntegra em sua edição de maio (número 104-A) às páginas 40 a 45, depois de tê-la recebido por meio de uma carta junto com instruções precisas para que o texto fosse reimpresso em todas as línguas e distribuído entre os educadores e dirigentes de todos os países do mundo.
Entrementes, cópias da fita k-7 iam se espalhando, sem que se soubesse a fonte original. Invariavelmente, todos que repassavam a mensagem contavam a mesma história: que haviam obtido a cópia da fita por meio de uma outra pessoa que, por sua vez, a obtivera no momento em que estava gravando (geralmente em equipamentos de som do tipo 3 em 1) uma música de um disco de vinil (LP), e que esta pessoa, ao rebobinar a fita, em vez da música encontrava a referida mensagem de Ashtar. Ninguém sabia informar o dia e o local da gravação, nem tampouco o nome da pessoa que a obtivera, alegando simplesmente que havia conseguido a cópia da fita com um amigo, que por sua vez obtivera a cópia de outro amigo...
Alguns contavam a história com certas variações. Uma delas era a de que um parente havia comprado um disco e resolvera gravá-lo em fita k-7, pelo que deixara o equipamento de som ligado e fora tomar banho, e que enquanto estava no banheiro, ouvira um barulho estranho e forte na sala, como um relâmpago, e ao sair do banho, encontrava o aparelho desligado. Ao rebobinar a fita, deparava-se então com aquela mensagem de Ashtar, idêntica às anteriores, palavra por palavra, ruído por ruído.
Todas as cópias tinham o mesmo teor (da mensagem publicada na revista Planeta) e a mesma voz, conforme se pôde constatar ao se comparar diversas fitas em poder de pessoas diversas. Inclusive todos os timbres, ruídos, barulhos de fundo e demais imperfeições eram exatamente iguais. A única diferença era a qualidade do som, algumas um tanto ou bem inferiores, já que, como se sabe, nos equipamentos analógicos de outrora, a cada cópia a gravação perdia um pouco da qualidade, algo que soa anacrônico para um jovem dos dias de hoje, já nascido dentro desta Era Digital.
Não faltavam os que exageravam – o que contribuiu, certamente, para aumentar as dimensões míticas da história –, afirmando serem médiuns e terem obtido a cópia por meios mediúnicos, no que agora se sentiam imbuídos da missão de divulgar a mensagem de Ashtar ao mundo, pois acreditavam ser ela imprescindível para a salvação da humanidade. Alguns deles, mais afetados e exaltados, considerando-se especiais e até mesmo escolhidos, chegaram a ingressar em seitas ufológicas e até mesmo a criarem uma, sendo seus líderes e tendo como mestre e guia espiritual, logicamente, a figura de Ashtar Sheran. Não há dúvidas de que essa fita k-7 e as histórias em torno contribuíram em muito para a difusão do mito Ashtar Sheran, ainda em fermentação naquela época, bem como para o crescimento exponencial do misticismo na ufologia e das próprias seitas ufológicas.
Quem mais pesquisou esse caso da apócrifa mensagem e da fita k-7 de Ashtar e acabou por descobrir quem estava por trás delas, foi o engenheiro eletrônico e ufólogo Claudeir Covo (1950-2012), fundador e presidente do Centro de Estudos e Pesquisas Ufológicas (CEPU) e do Instituto Nacional de Pesquisas de Fenômenos Aeroespaciais (INFA), que esclareceu o público a respeito de modo definitivo em seu artigo “As mensagens extraterrestres”, publicado em 1988 na edição especial de Ufologia (às páginas 19 a 22) da mesma revista que inicialmente difundiu essa lenda urbana, ou seja, a Planeta, fechando assim o círculo. Confira abaixo a matéria de Covo na íntegra, incluindo a "Carta ao Planeta Shan":
Alexandre Kadunc, o jornalista e radialista que canalizou e psicografou Ashtar Sheran e que deu voz ao próprio
Covo apurou que a voz da mensagem era do jornalista e radialista paulistano da Barra Funda Alexandre Kadunc (1932-1989), que em 1959 ingressou na Rádio Bandeirantes, onde se tornou um divisor de águas no jornalismo de rádio criando um estilo de linguagem para os noticiosos que até hoje é padrão geral. Kadunc passou por diversos outros veículos, entre eles O Globo, Rádio e TV Record, Editora Bloch, Agência Folhas e Rede Capital de Comunicações, por meio do qual, aliás, transmitiu a mensagem que se espalharia de modo viral, como dizemos hoje. Seus textos concisos passaram a predominar sobre as laudas intermináveis e modorrentas, cheias de expressões caducas e ultrapassadas. Kadunc determinou o uso da sonoplastia para ilustrar os noticiários, e acabou com as cansativas marchas militares como prefixos trocando-as por aberturas mais dinâmicas e modernas. Kadunc, criador dos Tïtulares da Notícia e diretor de jornalismo da Rádio Bandeirantes, era também contundente nos comentários que fazia. Hoje ele é nome de uma praça no bairro da Penha, na Zona Leste, e de uma escola municipal na região de Santo Amaro.
Uma rara foto do radialista Alexandre Kadunc, que gerou toda a confusão ao ler no ar a "Carta ao Planeta Shan", que ele próprio recebeu por via "mediúnica" em Ilhabela.
Kadunc criou nos anos 70 uma expressão bastante significativa e que diz muito de sua personalidade: “O futuro do rádio e da televisão é o jornalismo, mesmo porque só nós jornalistas registraremos o fim do mundo.” Seus livros, pelos próprios títulos, também dizem muito: Klik (São Paulo, Ícone, 1985) e Xok: Buracos Negros do Apocalipse (São Paulo, Ícone, 1988).
Covo descobriu que a voz era de Kadunc por meio do GEONI (Grupo de Estudos de Objetos Não Identificados), que concedeu uma entrevista ao programa Foco, da TV Gazeta (canal 11), que foi ao ar em 24 de agosto de 1985. Durante a entrevista, o ufólogo Osmar de Freitas falou da referida fita e ligou o gravador para o repórter ouvi-la. Depois de escutar um trecho da gravação, o repórter João Carlos Albuquerque identificou aquela voz como sendo a de Kadunc.
Posteriormente, o GEONI ficou sabendo que a referida mensagem narrada por Kadunc em seu programa na Rádio Capital de Comunicações, fora canalizada e psicografada por ele próprio em Ilhabela, município arquipélago marinho no litoral norte de São Paulo. Essa versão está confirmada na contracapa do livro Klik, que crava com precisão a data em que a mensagem foi recebida: 13 de maio de 1981, justamente o dia que ficou marcado como o do início das aparições em Fátima em 1917, e no mesmo instante em que o então Papa João Paulo II, durante uma audiência a céu aberto na Praça de São Pedro, em Roma, era baleado pelo turco Mehmet Ali Agca.
Capa e contracapa do livro Klik, de Alexandre Kadunc, que se assina também com o codinome de "KK de Xangô", evidenciando sua tendência ao espiritualismo e à mediunidade. É na contracapa desse livro que se confirma que foi ele quem, de fato, canalizou, psicografou e leu no ar a mensagem de Ashtar Sheran.
Covo, que não teve acesso a esse livro, considerava mais plausível que Kadunc só lera a mensagem no ar, preferindo acreditar que ela havia sido recebida e/ou escrita por uma pessoa não identificada que de alguma forma fizera que chegasse às mãos de Kadunc. De qualquer forma, algum ouvinte de Kadunc gravou a mensagem em fita k-7 e começou a distribuir cópias a outras pessoas, e estas, por sua vez, idem. Só a Rádio Boa Nova, de Guarulhos, apurou Covo, já havia irradiado essa fita três vezes no programa Realidade Fantástica. "Evidentemente", ponderou Covo, "muitos de seus ouvintes também passaram a espalhar por aí novas cópias. Assim, centenas delas andam de mão em mão pelo Brasil afora, e se conta sempre a mesma história: alguém foi gravar uma música e saiu a tal mensagem. Curiosamente, nunca se consegue chegar à pessoa que a gravou."
Covo concluiu, com razão, que "A mensagem de Ashtar, na verdade, é algo muito terrestre. Ela reflete claramente o pensamento de todos nós sobre os problemas que estamos vivendo. Qualquer criança de dez anos já tem plena noção do caos por que a Terra está passando. Essa mensagem mostra-se muito pobre, de onde concluo que ela é fruto de uma mente humana que está sentindo na pele os problemas do mundo." E arrematou: "De fato, muitas comunicações desse tipo, recebidas por psicografia ou psicofonia, têm aparecido no meio ufológico. Normalmente vêm assinadas por 'comandantes espaciais', como Ashtar, Ashtar Sheran, Agar, Oiom, Godar, etc. Algumas são em hieróglifos que ninguém entende, outras dizem coisas que estamos cansados de saber. [...] A maioria delas, com certeza, são fruto de mentes bem terrestres e não acrescentam nada de novo."
Ashtar Sheran, um delírio
Milhares de pessoas auto-iludidas continuam acreditando nas estapafúrdias promessas de que a Frota Estelar do Comando Ashtar virá e os arrebatará para fora deste condenado planeta em espaçonaves gigantescas, tais quais Arcas de Noé cósmicas.
Logo após a “Operação Resgate”, ainda nas naves, os agraciados da Frota Estelar acreditam que serão beneficiados (se solicitarem) com seus clones, os quais incorporarão, tomando posse definitiva dos novos “biocorpos”. A “Nova Humanidade” será então formada por descendentes de ETs e terráqueos aprovados pelo Comando Ashtar e pela Grande Fraternidade Branca.
Onde estão as naves, todavia? Onde está o inexistente Comando Ashtar que não vem? Apenas para lembrar, não veio nem no ano 2000 nem em 2012. Sempre que você ouvir alguém falar sobre um tal Comando Ashtar, Salusa, Kryon, Sanan de Andrômeda, etc., fique desconfiado e pondere se tudo isso não passa de um faz de conta, de um grande delírio, de uma grande farsa, de um grande engodo tramado por pessoas que se auto-denominam médiuns canalizadores mas que não passam de vigaristas, charlatães e embusteiros. O mito de Ashtar Sheran nada mais é do que o resultado de quantidades doentias de distorção, engano e pura desonestidade da maioria de seus proponentes.
O próprio nome Ashtar não passa de uma mistura, um jogo de palavras com deidades antigas como Ashteroth e Ishtar (a Vênus dos caldeus), outro nome para Semíramis, rainha mitológica que segundo lendas gregas e persas reinou sobre a Pérsia, Assíria, Armênia, Arábia, Egito e toda a Ásia. Parece derivar também de astar (“céu” em etíope). Inscrições que remontam à época do Império de Axum (Etiópia, séculos III a V d.C.) se referem a ele como o “deus dos céus”. O nome é etimologicamente ligado ao do Attar da Arábia Meridional. A crença em Ashtar Sheran certamente foi inventada e fomentada por mentes gnósticas e satânicas para escarnecer o cristianismo e instaurar a Nova Era como parte do programa de implantação de um governo único mundial.
O rematado apelo exercido pelas seitas ufológicas reside em sua capacidade de reatualizar e sintetizar antigas tradições míticas, esotéricas, pagãs, cristãs, gnósticas, espiritualistas e teosóficas, combinando-as com conceitos e elementos da ficção científica e da própria ciência oficial, em particular a física quântica, a astronáutica e a cosmologia.
As tradições mais recorrentes são as do tipo ocultistas e esotéricas, a que poucas pessoas geralmente têm acesso e sobre as quais paira uma aura “numinosa” (aquele sentimento único vivido na experiência religiosa em que se confundem a fascinação, o terror e o aniquilamento), que é o caso, por exemplo, dos chamados “mestres ascensionados” da teosofia e de figuras especiais que consistem em um amálgama de vários delas, como o comandante da Frota Estelar, membro proeminente da Galactic Federation (Federação Galáctica) Ashtar Sheran.
O grau de mobilidade é estendido para o infinito no tempo e no espaço, o que comporta uma imensa gama de crenças, com a admissão de civilizações e continentes desaparecidos (Atlântida, Lemúria, Mu, etc.), reinos e mundos subterrâneos, empíreos, intergalácticos, inter ou superdimensionais (que tem mais de três dimensões), com suas hierarquias de seres, espíritos ou almas cada qual vibrando em sua respectiva “faixa” ou “frequência”.
A presença, enfim, de elementos e aspectos espirituais, místicos, mágicos e supra-racionais a trazerem consigo, em seu âmago, uma verdade íntima, uma “iluminação” interior, uma “epifania”, é uma constante nas seitas ufológicas, que ao revigorarem nos dias atuais uma “mentalidade primitiva”, “arcaica”, dentro de uma rede de participação de valores, revela razões de ordem muito mais profunda.
Se os discos voadores surgiram como uma luva para dar força e atualidade às mais remotas profecias que relacionam tempos de crise para a Terra com a presença de “sinais perturbadores” no céu, a colaboração dos ufólogos para a consagração da mentira e da desfaçatez foi bem mais longe do que a simples influência psicológica por meio da literatura, do cinema, da televisão, da imprensa e da mídia em geral. Muitos deles se tornaram cúmplices, colaboradores e até líderes de seitas satânicas, milenaristas, messiânicas e apocalípticas, montando redes de manipulação e estratégias de dominação.
Nenhum desses baluartes da ética e da moral sente o menor remorso ou abalo na consciência ao ver que suas lições e crenças foram disseminadas, aprendidas, traduzidas e aplicadas na prática, que sua “ciência” propiciou um dos maiores surtos de seitas irracionais e genocidas da história, que ainda hoje aterroriza e destrói milhares de famílias. Ao contrário, muitos deles orgulham-se por terem “acelerado a história”, sentindo que contribuíram para apressar a chegada em massa de extraterrestres à Terra, ainda que à custa de inúmeras vidas humanas.
Ashtar cheirando
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