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#analise livro
sanctaignorantia · 1 year
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A Primavera - Sandro Botticelli
A Primavera, obra também conhecida como Alegoria da Primavera é um quadro de Sandro Botticelli. 
É provável que Botticelli se tenha inspirado nas odes de Ângelo Poliziano para realizar esta obra. As outras fontes são da Antiguidade: os “Faustos” de Ovidio e “De rerum natura” de Tito Lucrécio.
O quadro representa e festeja a chegada da Primavera. No meio do bosque de laranjeiras, Vénus, a deusa do Amor, surge num prado, por cima do qual o seu filho, Eros, atira as flechas de amor, com os olhos vendados.
Soberana do bosque, Vénus encontra-se um pouco atrás.
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A atitude e o movimento das personagens demonstram uma harmoniosa unidade entre o homem e a natureza. Por cima de Vénus, as laranjeiras fecham-se em semicírculo, como uma auréola que circunda a deusa, principal personagem do quadro.
Zéfiro, brisa que banha as planícies de orvalho, as cobre de doces perfumes e veste a terra de inúmeras flores, está representada à direita do quadro sob a forma de um ser alado, azul esverdeado. É Zéfiro que persegue uma ninfa com vestes transparentes (Clóris) que olha para o deus com horror. Da sua boca caem flores e misturam-se com as que decoram o vestido de uma outra personagem que avança ao lado dela.
Esta nova personagem tira do regaço um punhado de rosas que coloca no jardim. Do lado esquerdo, vemos as Três Graças (Aglaia, Tália e Eufrósina), que representam a beleza, a castidade e a sensualidade, dançando numa roda cheia de encanto.
A seguir está Mercúrio, o mensageiro dos deuses, que fecha o quadro à esquerda.
É reconhecido pelas suas sandálias aladas e a espada que tem na mão direita. A presença do sabre que Mercúrio transporta, demonstra a sua função de guardião do bosque.
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Esta obra destaca-se tanto pelo seu realismo que encontramos nas figuras e também no estudo detalhado da anatomia, como pelo seu naturalismo; é também um claro exemplo de retrato.
Enquanto a maioria dos críticos concordam que a pintura, retrata um grupo de figuras mitológicas num jardim (alegoria para o crescimento exuberante da Primavera), outros sentidos também foram dados ao quadro.
Entre eles, o trabalho é por vezes citado para ilustrar o ideal de amor platônico.
texto original aqui
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peter1001r · 6 months
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"Sem esquecer que o processo de ensino afeta igualmente tanto o aluno como o professor."
Eu comecei a ser uma pessoa apaixonada por livros de entrevistas. Li essas entrevistas com professoras-pesquisadoras enquanto tomava café por vários dias e digo que foi uma experiência fascinante. Em muitos momentos, foi possível ver uma seriedade teórica conciliada a uma leveza que acredito ser possível em um livro de entrevistas. Muitos relatos de professoras trouxeram os desafios de educação linguística que toma a perspectiva discursiva em consideração e atua a partir disso. Acho um gesto fundamental para trabalhar com esse objeto tão opaco e cheio de possibilidades, como é a língua. E saber que eu fiz parte disso me deixa ainda mais orgulhoso.
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omanddo · 6 months
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Como a humanidade reagiria próxima a seu fim inevitável? E de que forma as profecias de fim de mundo são recebidas pela população? O mundo rumando a completa destruição possuiria alguém buscando lhe ajudar? Essas e outras inúmeras perguntas apocalípticas têm respostas catastróficas de acordo com H.G. Wells no conto A Estrela.
O conto descreve uma história, não sobre uma pessoa em específico, ou de uma sociedade, mas sim a história de um singelo evento, o surgimento repentino de uma estrela após uma colisão planetária com Netuno. Esse corpo cósmico se moveu rapidamente rumo à Terra e despertou um misto de emoções na humanidade. No início o ser humano deu pouco valor a notícia, isso fica nítido na fala de algumas mulheres que viviam sua vida de forma serena. "Como as pessoas precisam ser inteligentes, para ficar sabendo de coisas assim!” Como pudemos ver em um passado bem próximo, isto não está tão longe da realidade do nosso mundo atual, em meio a um desastre de nível planetário.
A humanidade durante todo o conto segue como um cordeiro rumando ao abate. Apesar de notarem a alteração no cosmo, isso pouco influenciou no fluxo da sociedade em geral, então no momento em que um único cientista expressa uma célebre frase, que as coisas tomam um outro rumo. Após noites sem dormir o matemático proferiu uma explicação aos seus alunos, para que estes compreendessem que os dias de normalidade no planeta estavam acabados, pois, a Estrela tão próxima que destruiria o mundo como conhecemos.
Essa destruição acontece em seguida, após a sociedade se alardar momentaneamente, ela se desfez desse pensamento, acreditando que o fim não estava próximo e que aquilo era apenas charlatanismo. Eles não poderiam estar mais errados, o final violento e catastrófico se aproximou e passou, não foi o fim da humanidade, mas sim do modo como ela viveu e sobre como a Estrela mudou tudo de uma hora para a outra.
Em minha opinião, o conto possui duas reflexões. Em um primeiro momento se trata de uma clara alusão a descrença e descrédito dado as grandes personalidades, uma vez que durante muito tempo do texto a sociedade ridiculariza e até futilizou o debate sobre o incidente.
O final do texto torna o conto uma metáfora ao cotidiano e a problemas que ocorrem conosco. Muitas vezes nos deparamos com situações catastróficas que destroem tudo o que conhecemos e trazem o apocalipse para nossas vidas. Em alguns momentos pessoas mais sábias vem até nós e nos avisam de um desastre iminente que é ignorado por nós. Essa visão se fundamenta na descrição dos "astrônomos marcianos" mencionados por Wells, que para mim, representa a observação de outras pessoas para com nossos problemas. Observadores externos que não presenciaram o desastre em seu "próprio planeta", dirão coisas como: [...]"é espantoso o pouco dano que à Terra, por pouco não atingida por ele, acabou sofrendo"[...]
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conatus · 1 month
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"Testo Junkie" documenta experimento que coloca o próprio corpo como cobaia
Já em um primeiro momento, “Testo Junkie” salta aos olhos: a obra é, além de uma crítica cultural contra a biopolítica na era que o filósofo Paul B. Preciado chamou de farmacopornográfica, um relato da experiência que o próprio autor teve utilizando o medicamento testogel. Nascido Beatriz Preciado, o filósofo decide utilizar por conta própria a testosterona, se recusando a passar por um médico e…
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traderbrasil · 9 months
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A importância da Análise Técnica - Entrevista com Flávio Lemos, CMT
A importância da Análise Técnica Por Monitor Mercantil Flávio Lemos (foto divulgação Trader Brasil) Conversamos sobre a importância da Análise Técnica com Flavio Lemos, professor, autor e diretor da Trader Brasil Escola de Finanças e Negócios. Flávio também é presidente do Brazil Chapter da CMT Association (associação de analistas técnicos dos Estados Unidos). Na sua visão, os investidores…
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gabrielaramalho96 · 1 year
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Análise do conto “Os Objetos” de Lygia Fagundes Telles
Análise escrita por Gabriela Ramalho
O conto é um gênero textual que quase sempre nos prende até o final por conter uma “tensão” ao longo da história. No conto “Os Objetos” da autora Lygia Fagundes Telles não é diferente, o texto desde o inicio tem um desenrolar de casualidades que nos faz querer chegar ao fim.
Ele é narrado em 3ª pessoa, narrador onisciente e que não faz parte da história, o ambiente é uma casa comum, mas que também não é muito descrito. São duas personagens Miguel (O marido) e Lorena (a esposa), a autora não foca muito nas descrições físicas das personagens, a sua descrição parece estar mais focada realmente nos objetos e nas ações e diálogos dos personagens, como nesse trecho:
“Ela esticou entre os dedos um longo fio de linha vermelha preso à agulha. Deu um nó na extremidade da linha e, com a ponta da agulha, espetou uma conta da caixinha aninhada no regaço, enfia um colar.”
Sua descrição está focada também em um perfil psicológico das personagens, não há uma só descrição física, mas há varias descrições psicológicas e comportamentais. O conto é condensado e direto. Apesar das descrições das ações não há nenhuma descrição longa, por exemplo.
Segundo Piglia, o conto sempre apresenta duas histórias: uma aparente e uma oculta, neste conto, a história contada em primeiro plano é a de uma conversa entre o casal Lorena e Miguel sobre objetos:
“Finalmente pousou o olhar no globo de vidro e estendeu a mão.
- Tão transparente. Parece uma bolha de sabão, mas sem aquele colorido de bolha refletindo a janela, tinha sempre uma janela nas bolhas que eu soprava. O melhor canudo era o de mamoeiro. Você também não brincava com bolhas? Hein, Lorena?”
Nesse trecho, a personagem já começa falando sobre um objeto e comparando-o a uma bolha de sabão.  A segunda história contada é a de que Miguel, aparentemente, sofre de um desequilíbrio mental e por esse motivo acha que a esposa não o ama mais e de se tornou um incômodo para ela, dando indícios de irá se suicidar, ainda antes da segunda história vir claramente à tona, a personagem dá “pistas”:
“[...] Os objetos só tem sentido quando têm sentido, fora disso... Eles precisam ser olhados, manuseados. Como nós. Se ninguém me ama, viro uma coisa ainda mais triste do que essas, porque ando, falo, indo e vindo como uma sombra, vazio, vazio. É o peso de papel sem papel, o cinzeiro sem cinza, o anjo sem anjo, fico aquela adaga ali fora do peito. Para que serve uma adaga fora do peito?”
Ainda neste fragmento, a personagem Miguel faz uma comparação dos objetos com as pessoas, partindo do individual, do objeto em si e suas funções, dizendo que eles só ganham função quando lhe damos uma função, para uma reflexão mais ampla da existência humana, só somos algo quando somos amados. Segundo Cortázar, o conto tem esse aspecto da abertura do individual (pequeno) para a essência humana (amplo).
A segunda história de fato começa a vir à tona no seguinte trecho:
“[...] _ Porque ele quer que você me interne e você está resistindo, mas tão sem convicção. Você está cansada, Lorena querida, você está quase chorando e diz que estou melhor, que estou melhor...
Ela endureceu a fisionomia. Limpou a unha com a ponta da agulha.”
Até essa parte do conto, não havia certeza de que Miguel sofria de alguma transtorno mental e de como ele se sentia com relação a isso e agora já temos, porém  ainda não há como saber como será o desfecho da história, é um dos momentos de intersecção das duas histórias, é também um momento intenso, quando ele conta o que vê dentro do globo de vidro cria essa atmosfera. Lorena, a esposa, é claramente afetada pelo que Miguel diz “Ela endureceu a fisionomia”, talvez porque seja o que realmente pode acontecer dentro do contexto da história, Miguel talvez tivesse que ser internado, mas não fica claro, apenas suposto.
A segunda história realmente é descoberta no final, quando Miguel sai com a adaga e a sua esposa o grita perguntando onde esta a adaga, não é deixado claro se Miguel realmente pretendia se matar, mas pelos fatos relatados é possível se pressupor.
“[...] Quando ela gritou, só seus olhos se desviaram na direção da voz vindo lá de cima e tombando já meio apagada no poço.
- Miguel, onde está a adaga?! Está me ouvindo, Miguel? A adaga!
Ele abriu a porta do elevador.
- Está comigo.
O porteiro ouviu e foi-se afastando de costas. Teve um gesto de exagerada cordialidade.
- Uma bela noite! Vai passear um pouco?
Ele parou, olhou o homem. Apresou o passo na direção da rua.”
Um dos objetos foi essencial para o desfecho do conto:  a adaga, que parece sem importância em uma história, é algo importante em outra. Ela é a chave para se pressupor o que Miguel provavelmente pretendia fazer: cometer suicídio. É a história construída pelo não-dito.
O conto só é encerrado quando as duas histórias se unem. Quando a segunda vem à tona e se desfecha, a primeira automaticamente também tem um desfecho, se tornando uma só, o que se encaixa na teoria de Poe: “a história secreta é a chave da forma do conto e de suas variantes.” E “o conto moderno conta duas histórias como se fossem uma só”. O conto é um instante capturado pelo autor.
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markiefiles · 2 months
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oii, escreve um smut do minghao com dirty talk e size kink
obgd!! 💕💕💕
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— NÃO SOLTE
fem reader x xu minghao (the8)
avisos: smut, rapidinha, size kink, uns palavrões, fem!dom(?) uns apelidinhos, frienemies que se comem.
notas: oii gente ☝️desculpa MESMO não postar nadinha por esses dias, eu tive um problema de saúde e não consegui conciliar nadica, pra me recuperar, mas aqui estou (saudável agora).
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Se tinha alguém que era irritante, esse alguém era definitivamente, com cem por cento de certeza, Minghao.
Você o odiava, muito mais agora, pulando sem parar tentando pegar da mão dele um dos livros da faculdade que usaria pra estudar. Ele sorria zombeteiro, rodeando o quarto com você na cola dele, te olhando de cima assim, superior. Ele era muito bonito de um jeito nojento e mesquinho.
Você fechava os olhos toda vez que o hálito de bala de morango batia na sua cara, o cheirinho doce te causava náuseas e ele aparentava satisfeito com sua reação, correndo de um lado para o outro esperançoso que você fosse o seguir feito um cachorrinho. Ele gostava da sua reação amuadinha.
Minghao soltou uma risada gostosa quando você o xingou, “cuzão” foi muito grosso e inesperado, mas ele gostou, pra te irritar como troco, folheou as anotações do seu livro de botânica, genuinamente curioso e distraído.
Era humilhante, você queria chorar de raiva, mas tudo o que fez foi pensar no momento, empurrar Minghao contra a cadeira da escrivaninha e prendê-lo ali.
Você correu os dedos pela mesinha, subiu nas pernas dele e por instinto, você o viu esconder o livro atrás das costas, como imaginava que faria. Pela primeira vez, Minghao ficou surpreso, te observando assustado, passando os olhos pelos teus lábios e te vendo sorrir.
Imperceptível, você passou uma pequena cordinha pelos braços dele, deixando-o preso no encosto da cadeira, mas, distraído, ele não reparou.
— O que você tá fazendo? Quer me beijar tanto assim, garota? Sai de perto!
— Quero meu livro.
— Ah, é? — desdenhou — Quero ver você pegar, toda pequena e fraca desse jeito, duvido que consiga.
Você poderia simplesmente deixá-lo ali e esperar que ele fizesse o favor de soltar o livro ainda preso nos dedos dele, firmemente preso ou tomar à força por conta própria, mas uma ideia assombrou tua cabeça, fez teus olhos brilharem.
Minghao sentiu um gelo na espinha, intrigado com sua expressão, nada parecia fazer sentido e você permaneceu em cima dele, de uma maneira erótica.
Seu corpo derreteu em cima dele, seus olhos foram dos lábios para os olhos muito rapidamente, você deu uma longa lambida na lateral do rosto dele e como resposta ele gemeu e desviou a cabeça…
Mas o livro seguia intacto nos dedos dele.
De repente, ele entendeu que tudo se tratava de uma competição.
Seus lábios se juntaram, ele permaneceu te observando com os olhos estreitos, desacreditado, sentindo uma adrenalina que fazia as pernas dele formigar. Sua língua se embolava na dele, roubava o sabor do morango, você respirava e voltava a beijá-lo cravando suas unhas nos ombros largos dele, muito focada em ter seu livro de volta.
Você rapidamente se colocou de pé, as pernas compridas dele tomando o meio das tuas, mas isso não era incomodo. Você analisou o corpo dele, notou a protuberância tocando abaixo do umbigo e gemeu ansiosa, esfregando seus joelhos na ereção dele, maldosa.
Aí, ele gemeu baixinho pelos ares e te encarou esbravejando feito um moleque mimado.
— Me devolve meu livro e eu paro aqui. — Mentira.
— Não vou fazer isso.
Ele não queria — de qualquer forma — que você parasse nada. Talvez orgulhoso, talvez querendo você.
Você o encarou, passou os dedos pelos ombros dele, provocou os mamilos eriçados e desceu a mão direto pra calça moletom. Seu indicador contornou o pau marcado e você pode escutá-lo prender a respiração por míseros milissegundos. Vocês trocaram olhares, ele seguiu com o livro nos dedos, sustentando as páginas numa espécie de pinça, paralisado, numa posição dolorida, que doía os ombros…
Azar o dele.
Muito rapidamente, você expôs a ereção dele, sem dar muito tempo deixou a barra da cueca e da calça apoiadas nas bolas e encarou o pau, ele quase batendo no seu rosto.
— Você é tão grande, se molha tão fácil…
— C-caralho.
Minghao praguejou entre-dentes, suspirou sentindo-se estúpido vendo você o estudando, com os olhos colados em cada parte do corpo dele, parecia tão impaciente. Você gemeu quando viu a pré-porra escorrer da cabeça até uma das bolas dele, desesperado.
Então você se levantou, tirou o shortinho curto, expôs sua buceta e passou a moer as dobras contra o pênis dele, absurdamente ereto e tensionado, tão rosado que parecia explodir. Minghao gemeu, arregalou os olhos de tal modo que você quis rir pelo desespero genuíno estampado no rosto dele.
Ele revirava as pupilas toda vez que sentia os lábios da sua buceta divididos no pau dele, os dentes presos na boca já não eram mais pra conter gemidos.
— N-não vai caber… sabe? Mas, você é tão grande.
— Tem muitas coisas que— porra, me impedem de afundar meu pau em você, garota.
Minghao confessou num delírio, agarrou o livro e se concentrou na sua buceta molhada— nossa, ele queria tanto, tanto se enterrar em ti. Mas você foi mais rápida.
Você provocou a fenda, contraiu-a envolto da ponta do pau dele e depois deslocou o caminho, batendo a extensão contra seu clitóris. Ele escutou seu gritinho, sentiu você tremelicar em cima dele e no momento em que você repetiu o ato, ele impulsionou o quadril, colérico. Você choramingou com o pau dele rasgando sua bucetinha apertada, escondeu o rosto contra o peito dele, carente.
Assim, você passou a se mexer, zonza, mas compenetrada nas expressões dele, no jeito que os lábios dele se abriam e fechavam toda vez que você o apertava, ia e vinha freneticamente, talentosa com os quadris, se remexendo contra ele.
— E-eu… eu quero dentro, eu quero dentro.
Você murmurou abalada, a saliva escorrendo dos seus lábios, a buceta encharcada, deixando o pau dele tão escorregadio que você praticamente montava nele, o espaço mínimo entre vocês chicoteava barulhos molhados pelo restante do quarto. Sua bunda se mexia e batia contra a coxa dele, você fazia um esforço pra não cair no chão, movendo freneticamente os quadris pra gozar.
Nisso, um rosnado rouquenho saiu da boca de Minghao, ele apertou os olhos, deixou que o cuspe respingasse contra seu rosto após verbalizar sem nexo “Ah, porra, porra, você—”, a cabeça rodeando sem um pensamento coeso enquanto melecava suas paredes. Você continuou se movendo, mesmo com a porra gotejando e escapando pelas brechas da sua vagina, o barulho te excitava, você conseguia enxergar seus mamilos eriçados pelo tecido da sua camiseta.
Ele te olhou, no fundo dos olhos, arrumou a postura do jeito que dava e mais uma vez te beijou, ignorando os dedos doloridos, a mão vermelha marcada pela pressão da corda na pele e a cabeça tonta do recém orgasmo.
E quando tudo acabou, quando você o espremeu, ainda oscilando os movimentos do corpo, com as lágrimas nos olhos de tanta intensidade e prazer, Minghao continuou, ele permaneceu com o maldito livro nas mãos…
Com os pulsos machucados, o corpo dolorido e a cordinha desfeita, ainda mais fome de você.
— Eu quero meu livro de volta.
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ficjoelispunk · 9 months
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The coffee of Love - Capítulo 01 - Sábado.
Avisos da fic: Bom este é o primeiro episódio, aqui não há nada além de tensão, ansiedade, e mais tensão. E lógico, nosso querido Marcus Pike sendo um galanteador, cavalheiro, charmoso, e brincalhão.
PRÓLOGO.
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Resumo: Mais um dia comum em sua vida, se não fosse pela presença de um homem que você nunca viu na vida, mas que alterou a química do seu cérebro em segundos. Marcus o nome dele. Você não pode evitar ser atraída como um cachorrinho por ele.
A brisa do mar mediterrâneo é seu melhor despertador. Sua cama fica posicionada num local estratégico, e quando sua janela fica aberta, a brisa fresca da manhã entra no seu quarto sem pedir licença. É bem cedo ainda, mas você gosta de fazer as coisas no seu tempo, sem pressa, então quando sentiu o vendo fresco invadindo o quarto e refrescando seu corpo, você se espreguiçou. Esticou todos os músculos o máximo que pode, sentou-se ainda na cama, o sol ainda não tinha aparecido no céu.
Se arrastou até a beirada da cama, e levantou-se preguiçosa, levantando os braços acima da cabeça, e ficando nas pontas dos pés, se espreguiçando mais uma vez. Deu pulinhos até a sua janela, ela era grande, o pé direito do seu apartamento era alto, e a janela quase batia em suas canelas, do lado de fora, tinham flores que caíram por toda a lateral dela, como se fosse uma cortina natural, com flores rosa pink. Você se encostou no vidro aberto, observou o mar, as casinhas abaixo de você e sorriu. Feliz em estar ali, naquela pontinha de pedra europeia, olhando para a imensidão do mar mediterrâneo.
“Boungiorno” um casal de senhores que passaram pela viela gritou para você.
“Boungiorno” você acenou.
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Trocou de roupa, colocou um vestido lilás de alcinha, que fazia um decote simples em seu peito, não era vulgar, mas despertava desejo em quem tivesse interesse, nos pés um Oxford batido, mas confortável. Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo desleixado, alguns fios ficavam soltos na frente do seu rosto, fazendo as ondas do cabelo contornarem suas bochechas. Não se importava muito com a roupa, porque chegando na cafeteria você teria que vestir o uniforme para trabalhar.
Colocou alguns itens essenciais numa bolsa de ombro, e desceu as escadas. O caminho para a cafeteria era tranquilo, você precisava descer algumas ruas, a volta para casa sempre era mais difícil, você precisava subir, e por passar muito tempo em pé, as pernas pesavam.
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Chegando na porta do Café, você vasculhou a bolsa pela chave, abriu a porta, e entrou. Como você era apegada aquele cantinho. Olhou no relógio, 7:20 a.m. Fechou a porta atrás de você, acendeu as luzes, e foi para a área de serviço trocar de roupa.
Lorenzo, já estava lá preparando todas as delícias que vocês vendiam na cafeteria, ele arremessou um Zeppole para você, enquanto você ainda estava distraída amarrando o avental.
“Ei!” você gritou, mas conseguiu segurar a tempo, analisou a obra de arte de Lorenzo em suas mãos.
“Bongiorno” Ele falou pra você rindo, e organizando as assadeiras.
“Bongiorno” você respondeu e mordeu um pedaço da rosquinha, “hmmmm” você mastigava de olhos fechados, “Eu te amo Lorenzo” você falou ainda enquanto mastigava e ergueu o Zeppole como um troféu. Lorenzo sorriu e balançou a cabeça revirando os olhos.
Quando chegou no salão, Sr. Francesco já estava posicionado na sua mesinha, ele morava em cima da cafeteria, então era só descer as escadas e já estava pronto para o trabalho.
“Bongiorno mia bella” Ele falou te olhando por cima dos óculos, com o jornal já aberto em sua frente.
Você sorriu, “Bongiorno Sr. Fran, quais as novidades no mundo?” você perguntou enquanto já agilizava o café para ele.
“O de sempre, empresários ficando mais ricos e destruindo mais o planeta, crianças com fome, e homens fazendo coisas estúpidas de homem.”
Você se aproximou da mesa, deixando a xícara de café para ele, e mudando a página, apontando para as chamadas rápidas das matérias, “Após decepção em lançamento de livro, escritor tem reviravolta graças à bondade de um completo estranho.” Apontou para outra “Estudo internacional com pele de tilápia auxilia em cirurgia de córneas de cachorros.”
Sr. Francesco olhou para você, e sorriu, você mostrou as palmas das mãos e sorriu também. “O mundo não te merece mia bella”. Você o escutou falando enquanto você andava em direção ao balcão, sorrindo.
“Ainda existe bondade no mundo sr. Fran”
“Você vê bondade porque você é bondosa.” Ele pontuou com uma frase de efeito, como sempre.
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O dia passava como todo e qualquer dia na cafeteria, você atendia os clientes da casa, e alguns outros que estavam só de passagem, desconhecidos. Era corrido, mas sempre havia um horário da manhã que ficava mais tranquilo, você aproveitava para sentar-se no banco atrás do caixa.
Você estava lendo um livro, l’Arte Italiana de Gloria Fossi, Mattia Reiche e Marco Bussagli, com as pernas cruzadas sob os joelhos, completamente imersa naquelas imagens incríveis que você gostaria de tatuar em seu cérebro. Era incrível como alguém conseguia construir catedrais, murais, vitrais, em desenhos perfeitos, aquilo era um superpoder?
Você foi sugada para o mundo real, quando alguém bateu sobre a caixa registradora te chamando a atenção. Você levantou a cabeça, e se deparou com uma arte?! Sua boca caiu levemente, enquanto olhava para o homem em sua frente. Cabelos castanhos levemente cacheado, alto, braços definidos, musculosos, barba um pouco desleixada, mas era um charme, lábios carnudos, um olhar profundo, ligado diretamente no seu olhar, e, uma covinha que apareceu quando ele começou a sorrir para você com as sobrancelhas arqueadas, tentando entender o que você estava pensando completamente congelada encarando-o.
Você lembrou de respirar. Soltou o ar com um sorriso, enquanto balançava a cabeça, tentando organizar as ideias, você não sabia nem seu nome se ele perguntasse.
“Desculpa eu...” você inspirou o ar pela boca, enchendo os pulmões, e olhou para o livro na sua mão “me distraí” balançando o livro pra ele ver.
Ele assentiu, ainda sorrindo meio torto, o que dificultava muito a sua vida. Você nunca tinha visto aquele homem. Era certeza absoluta, porque o efeito que ele causou em você, você iria se lembrar com certeza, se já tivesse o visto.
“Arte Italiana é realmente uma distração.” Ele falou com uma das mãos no bolso, enquanto a outra ainda estava descansando em cima da caixa registradora em sua frente, ele olhou para trás, e procurando por algo. A voz rouca e grossa, fez você sentir um frio na barriga. “Então...” ele falou se inclinando para você, com as sobrancelhas arqueadas novamente.
Foi quando você se lembrou que você estava numa cafeteria, e que você era garçonete, e que ele era um cliente, e estava na sua frente, querendo fazer um pedido.
“Oh” você se endireitou no banco como em um susto, descruzando as pernas, e pulando para o chão, deixou o livro cair, “droga”, você passou as mãos no avental para ajeitar e olhou para ele “Desculpa, como posso te ajudar? Temos espresso, descaffeinato, doppio, cappuccino, Latte macchiato” foi falando enquanto entregava o cardápio para ele, “se preferir escolher um lugar para se sentar, posso anotar seu pedido quando você escolher.”
Ele ficou te olhando com um sorriso, reparando na sua ansiedade e nervosismo, mas assentiu e escolheu a mesa ao lado do Sr. Francesco. As duas mesas eram posicionadas bem no canto da cafeteria, em frente a janela que dava uma visão da rua.
Depois que ele se sentou, abriu o cardápio e passou os olhos por todo o menu. Você estava ainda respirando de forma completamente irregular, com a boca aberta, enquanto encarava o homem, um formigamento no estomago, uma ansiedade descabível.
Sem pretensão, olhou de relance para o Sr. Francesco, que estava te olhando por cima dos óculos, as sobrancelhas unidas em rugas pela testa, completamente confuso, pois nunca havia visto você agir daquela maneira. Nem você sabia o que estava acontecendo. Ele se moveu para olhar por cima dos ombros, o homem sentado de costas para ele. Olhou de novo para você, e ergueu as sobrancelhas como quem perguntava “você gostou dele?” o que te fez sorrir e balançar a cabeça, desviando o olhar. Porque dentro da sua cabeça você estava, certo, meu Deus, o que está acontecendo? Eu gostei dele? Eu gostei dele. Ele é lindo. E tem olhos lindos, e um sorriso perfeito.
“Mia bella...” Sr. Francisco te chamou, te fazendo erguer a cabeça, e notar que o homem estava pronto para fazer o pedido.
Você assentiu com a cabeça. E se direcionou a mesa dele. “Posso ajudar?” você falou meio ofegante, o que te deixou meio sem graça.
Ele sorriu, e apontou para o cardápio “Vou querer um espresso duplo, e o que seria esse Bomboloni?”
“hmmm, boa escolha, Bomboloni é como se fosse um donuts,  mas sem o furo no meio...” ele não deixou você terminar.
“Perfeito, quero um Bomboloni” ele falou olhando para você e imitando seu jeito de falar o nome do alimento.
“Ok, eu volto em um minuto com seus Bomboloni” você falou imitando o jeito dele de falar. E sorriu enquanto anotava na comanda. O que te impediu de ver a forma como ele te olhava, de cima em baixo, como se quisesse gravar sua imagem no cérebro dele, como você queria tatuar as artes italianas no seu cérebro.
Marcus nunca tinha visto uma mulher como você. Você era lindíssima, traços fortes, jeito leve de se mover, mãos bonitas, cabelo perfeito, sorriso impecável, simpática, tinha algo em você que era diferente de tudo que ele já viu. A viagem dele era para esquecer um amor. Mas ele nunca pensou que poderia ser tão rápido, aquele era o primeiro lugar que ele tinha entrado assim que saiu do hotel. Mas ele agradeceu por nada ter dado certo, e por ter entrado na primeira cafeteria, e pelos seus olhos terem sido abençoados com sua imagem.
Você foi buscar o pedido dele. E fez todo o trabalho sorrindo, feito criança. Voltou para a mesa para servi-lo, com muita concentração, você estava um pouco distraída demais essa manhã. Quando terminou de colocar todos os itens na mesa, levantou o olhar para ele. Ele já estava te olhando. Estava te estudando, os olhos cravados no seu rosto, piscando lento, passou a língua nos lábios. Tombou a cabeça de lado.
Do jeito que você se inclinou para servir o pedido dele, vocês ficavam bem próximos, Marcus conseguia sentir o cheiro do seu perfume, Frutal, fazendo com que ele quase se inclinasse para respirar você com mais atenção. Você só se deu conta da proximidade de vocês quando endireitou o corpo, e reparou nele também. Você assentiu com a cabeça, e deu um sorriso.
“Algo mais?” Você perguntou baixinho. Se demorando mais tempo do que o comum para atendê-lo.
“Sim...” ele respondeu olhando para você, como se quisesse pedir algo sem saber como. Você tombou a cabeça para o lado e ergueu a sobrancelha. Ele abriu a boca, fechou, olhou para o café o Bomboloni na frente dele, balançou a cabeça “Não, é isso mesmo. Obrigado.”
Você mordeu o canto da bochecha, os braços cruzados atrás do seu corpo, você ficou na ponta dos pés enquanto assentiu para ele, e voltou para seu posto. Nesse meio tempo, várias pessoas entraram, tomaram cafés rápidos, comprar pães, doces, e o homem ainda lá. A sua sucessora chegou, e você foi trocar de roupa, colocou seu vestido lilás, prendeu o cabelo em um coque desajeitado. E saiu.
O homem não estava mais na mesa. Você chegou perto do Sr. Fran para se despedir, “Até amanhã sr. Fran, não esqueça de fazer o pedido dos queijos por favor, e amanhã chega os frios, vou chegar mais cedo...”
“Não, mia bella, pode deixar que eu recebo, bom descanso, e cuidado na rua, qualquer coisa grite.” Ele dizia enquanto segurava sua mão.
Marcus ficou observando você, e a forma como você se comportava. Sempre tão educada e gentil com todos. Carinhosa, e cuidadosa com esse senhor.
Você tombou a cabeça com curiosidade, e ele balançou a cabeça para trás. Mas você não entendeu. Colocou a mão no ombro dele. E assentiu. Quando se virou para trás, entendeu do que ele estava falando. O homem lindíssimo por quem você se derreteu em 5 segundos de convivência, por pura carência, estava atras de vocês segurando a porta para você. Um grande cavalheiro. Você pensou enquanto passava por ele, mordendo os lábios.
“Obrigada.” Você agradeceu quando já estava na rua.
“Por nada.” Ele deu um passo ao seu lado, e você parou para olhar.
“Sabe, esse livro que você está lendo, você não acha que seria muito melhor conhecer os lugares, e as obras pessoalmente, já que você já está aqui na Itália?” Ele perguntou enquanto fazia sinal para você seguir seu caminho porque ele iria te acompanhar. Você hesitou.
Quando olhou para trás, Sr. Fran estava de pé olhando pela janela da cafeteria, o que fez você querer sair correndo dali. Você só deu passos largos, para sumir do campo de visão dele. E quando percebeu que estava em uma distância segura, voltou sua atenção para a pergunta do homem.
“Meu nome é Marcus, por falar nisso.” Ele disse virando o corpo de frente para você e dando passos de costas pra rua.
“Eu adoraria conhecer pessoalmente, mas no momento os livros me satisfazem”. Você não iria assumir que era uma quebrada para ele.
Ele olhou para o céu e balançou a cabeça indignado. “Isso é besteira!” ele soltou os braços no corpo.
Ele iria atravessar a rua de costas, e quase foi atropelado por uma vespa, mas você segurou as laterais dos braços dele, em um movimento de urgência, e puxou ele para você, impedindo o acidente.
“Pazzo!!!” o piloto buzinou e gritou depois de passar a milímetros de corpo de Marcus.
O corpo de vocês estavam um ligado ao outro. Marcus era bem mais alto que você, e grande, as costas largas, os ombros delineados. Você o puxou segurando em seus bíceps, e suas mãos não conseguiam nem chegar no meio da circunferência do braço. O cheiro dele era inebriante, e o corpo quente.
Marcus passou os braços por você e segurou seus cotovelos, as mãos grandes seguravam as costas dos seus braços também, forte, firme. Ele estava olhando para o rapaz da vespa enquanto você estava perdida nele. “O que ele disse?” ele perguntou, mas você não conseguiu responder.
Você levantou sua cabeça para olhar para ele “Você está bem?” perguntou limpando a garganta.
Ele estava empurrando você gentilmente para trás, e sua voz o fez olhar diretamente em seus olhos.
“É, estou bem.” A distância era mínima entre seus rostos, você sentiu o hálito quente dele na sua cabeça. Sua respiração ficou irregular, seu corpo começou a formigar, não conseguia entender o que estava acontecendo, mas seu corpo estava reagindo a ele.
Querendo se livrar da confusão mental e corporal que ele estava te causando, você o empurrou devagar, fazendo com seus corpos se afastassem, você olhou para o chão, abaixando a cabeça, deu mais um passo para trás, se separando dele, segurando seus braços na frente do seu corpo.
“Isso” você falou indicando para a rua, “é besteira”.
Ele riu, e concordou balançando a cabeça. “De onde você é?” Ele perguntou, te olhando com as mãos no bolso.
O cara estava realmente querendo conversar com você. Você passou a mão abaixo dos olhos, para não estragar seu rímel, e sorriu, olhando para rua.
“Desculpa não queria ser chato, nem te importunar.” Ele falou abaixando a cabeça e se afastando.
“Não, tudo bem. Não está sendo chato. Eu sou daqui, moro aqui, trabalho na cafeteria caso você tenha se esquecido, e vivo aqui.” Sua mão ajeitou sua bolsa no ombro, estava pesada por conta do seu livro que estava lá dentro.
“Você estuda arte, ou algo assim?” Ele perguntou apontando para sua bolsa, indicando o livro.
“Não...” você fez uma pausa, se envergonhando um pouco por não ter uma graduação. Mas aproveitou a oportunidade por se tratar de um desconhecido, e sem ser audaciosa completou “Mas sou pintora, eu pinto telas.”
“Ual, estou diante de uma artista.” Ele falou sorrindo. O sorriso dele era contagiante, Marcus era expansivo, caloroso, charmoso, simpático, educado.
Você apontou para seguirem o caminho. Ele te acompanhou e estendeu a mão se oferecendo para segurar sua bolsa. Como não tinha nada a ser roubado ali, você entregou.
“E você? Está de passagem? O que faz para viver?” Perguntou dando uma chance para a oportunidade.
“Eu trabalho com Arte, moro em Washington e estou de férias.” Ele disse dando de ombros.
“Com arte?” Você se virou para ele, “O que você faz? Trabalha em museu ou algo assim?” perguntou com animação.
“Algo parecido com isso...” Ele não quis aprofundar. “Então, como você mora aqui, seria muita audácia pedir para que você me ensine o que fazer nesse lugar?”.
Vocês estavam quase chegando na sua casa, você parou um pouco antes das escadas, no seu apartamento, a escada de acesso era do lado de fora. Assim separava-se a casa de baixo, com a casa de cima.
Você suspirou. “Eu não posso, vai que você é um psicopata e me sequestra para tráfico de mulheres.”
Ele sorriu, “Eu jamais faria algo do tipo, a não ser que você quisesse.”
“Então você é um psicopata?” você perguntou encenando uma cara de medo.
“Não, eu sou um cara do bem. Posso provar.” Ele disse procurando algo no bolso.
“Se você vai me oferecer dinheiro, eu juro por Deus que vou socar a sua cara. Ou se você estiver armado, eu quero avisar que também estou.” Você falou em tom de brincadeira, mas se ele oferecesse você iria ficar realmente muito ofendida.
Ele tirou uma carteira, e mostrou o distintivo do FBI. E você gargalhou, jogando o corpo pra trás.
“É isso que você usa para seduzir as mulheres?” você estava rindo muito.
“Ei, isso aqui é de verdade” Ele disse enquanto conferia o distintivo para ver se era a mesma coisa que vocês dois estavam vendo.
“Você quase foi atropelado por uma vespa a minutos atras, que tipo de agente do FBI é você?”
“O tipo que cuida do setor de Artes” ele falou balançando o corpo na última palavra para enfatizar.
Você ainda estava sorrindo, colocou a mão sobre a boca, para se controlar e balançou a cabeça para dar um certo mérito a ele. “É, faz sentido, afinal, como poderia ser perigoso né? Alguém te atingir com um pincel.”
“ha ha ha, muito engraçadinha. Para seu governo, nós combatemos quadrilhas que roubam e matam por quadros, e vários artefatos de arte raríssimos, que valem fortunas.” Ele estava palestrando, e balançando o dedo como quem dá uma bronca.
“Certo, agente. Me perdoe, você realmente é um agente que combate o crime e salva a cultura de milhares de países.” Você falou séria. Tentando segurar o sorriso e o sarcasmo.
Ele te deu um empurrãozinho leve.
“Meu trabalho também é muito importante, eu mantenho pessoas sãs e felizes com doses de cafeínas, eu entendo a responsabilidade, por isso não consigo ser sua guia.” Você indicou o caminho atrás de vocês com a mão.
“Eu sei, e isso é maravilhoso. Mas você tem a tarde livre não tem? Não custa nada, um ou dois dias me mostrar o que tem de bom nessa cidade, embora eu acredite que já tenha visto.” Ele falou com os olhos maliciosos, escurecidos.  “E, eu corro perigo nas ruas desse lugar, se não fosse por você eu estaria esmagado no chão de Positano”
O jeito que ele falou fez seu estomago gelar, era estranho pensar ou supor que ele estava se referindo a você. Seus lábios se separam, e você piscava, como se estivesse enfeitiçada. Mas, voltou a si, e fechou os olhos, balançando a cabeça, ignorando o que você supôs ser uma cantada.
Você cruzou os braços, olhou para o chão, chutou o ar, e se rendeu. “Ok, eu saio da cafeteria...”
“14:15.” Ele te interrompeu.
Você ergueu as sobrancelhas em desdém, “Muito bem, sr. Agente do FBI” você pediu para ele a bolsa que estava pendurada nos ombros dele “esteja lá esse horário, e vista algo fresco, feliz, praiano.” Você se virou para subir as escadas.
“Você acha que eu não estou com roupas adequadas?” Ele esticou a camiseta abaixo dele para olhar.
Você fez um sinal com o dedo subindo e descendo pelo corpo dele, “Só se você quiser cozinhar embaixo dessa roupa de Agente que nunca tira férias.”
“Ai.” Ele respondeu como se estivesse com dor.
“Vejo você amanhã, tente não ser atropelado por nenhuma vespa”. Você estava entrando no apartamento.
“Tão engraçadinha.”
Você passou pela porta, encostou as costas nela. Jogou a bolsa no chão. E ficou olhando pro nada, repassando aqueles minutos que passou com Marcus o agente do FBI, que trabalha com artes. O mundo é completamente maluco. Você estava com um sorriso persistente no rosto, mordiscando as peles soltas do seu lábio. Vamos ver o que pode acontecer.
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erikxphantom · 2 months
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with: @rodzrick
where: aventuras literárias
prompt: ❛I have hope.❜
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os olhos de Erik desviaram-se por um instante da cena que presenciavam, para que pudesse fitar o outro homem ao seu lado. Curioso, o analisou após proferir aquela frase. Ele lhe parecia alguém que tinha vivido muitas coisas, e nem todas elas tinham sido boas, assim como Erik. Mas ele não julgaria o livro pela capa, apenas voltou-se novamente para a cena, infelizmente a morte de Mufasa não lhe parecia reversível, então de quê ele tinha esperança? Com o cenho franzido em confusão, Erik tornou a virar-se no sentido de outrem, "sobre o que exatamente?", questionou um pouco evasivo, mas logo tratou de delimitar sua questão, "é a respeito do conto? Você sabe né, ele tem que morrer para o Simba passar por tudo aquilo e virar rei.", resumiu, pois lhe era previsível que todos os contos tinham alguma parte triste, tensa e dramática. "Ou é sobre a situação dos perdidos? Acredita que podem voltar para casa?", pois aquele também era um pensamento que surgira na mente de Erik ao longo do dia.
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violetagrafics · 3 months
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Apresentação
bem-vindo ao meu perfil! Criei esse perfil focado para desenvolver minha escrita e também como hobby, irei postar qualquer coisa que vir a minha cabeça. Vou postar coisas relacionadas a analise de filmes ou livros, opiniões sobre moda, pesquisas no geral e poemas. Espero que gostem :)
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Como se tornar escritor? + 5 dicas de para isso
Ao contrário do que muitos podem pensar, não surgirá um alienígena do céu e te levará para uma seita secreta e assim você se tornará um escritor — depois de alguns rituais loucos, obviamente.
Apesar de ser uma profissão reconhecida no Brasil, pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), ser escritor não é uma profissão regulamentada. Logo, não possui piso salarial ou jornada de trabalho.
• "Então como eu me torno um escritor?"
Bem, nada impede você de escrever. E quem escreve textos, livros, estrofes ou qualquer outra coisa, pode ser considerado um escritor.
PORÉM… (sempre tem um "porém" aff)
… É necessário estudo para fazer isso bem.
Ou você acha que a técnica se desenvolve em um passe de mágica?
• "Precisa fazer faculdade?"
Não, mas pode ajudar. Existem algumas pós-graduações em escrita criativa pelo Brasil e, caso tenha a oportunidade, recomendo que faça.
Existe também a possibilidade de adquirir conhecimento para escrita por meio de outras graduações. Psicologia, jornalismo e letras são alguns exemplos.
Porém, ter graduações não é essencial.
A única coisa que realmente é essencial é criatividade. E ela pode (e deve) ser praticada. Não vem do dia para noite.
• "Como aprender a escrever bem?"
1 - Leia A leitura é sua aliada nessa jornada. Leia da tudo um pouco e analise como seus autores favoritos escrevem.
2 - Paciência Escrita de verdade requer muita reescrita. Não desanime quando aquele parágrafo ou capítulo não ficar tão bom.
3 - não se limite Cada um tem seu ritmo, estilo, técnica, etc. mude quando necessário, porém seja compreensivo com o que funciona melhor para você.
4 - Cursos e eventos de literatura Além de aprimorar e conhecer técnicas, você também conhecerá pessoas da área. Existem vários cursos online e gratuitos (são mais curtos mas também auxiliam muuuuito no básico da escrita).
5 - Escreva (Uma dica que parece óbvia.) Contudo, a prática leva à perfeição e é ela que te fará um excelente escritor.
Espero que tenham gostado. Até a próxima!
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conatus · 4 months
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"A Humilhação" representa a erosão de uma identidade
O declínio de Simon Axler, um renomado ator que subitamente perde a capacidade de atuar, serve como ponto de partida para uma jornada intrincada pelo labirinto psicológico em “A Humilhação”. Sexagenário, solitário e agora incapaz de exercer sua profissão, Axler enfrenta não apenas a morte simbólica de sua carreira, mas também uma erosão de sua própria identidade. A incapacidade de Axler em…
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traderbrasil · 11 months
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Resenha livro Análise Técnica dos Mercados Financeiros 3a. edição. "SEM LEITURA SEM GANHO 13 "
Resenha Análise Técnica dos Mercados Financeiros 3a. edição. “SEM LEITURA SEM GANHO 13 “ Neste vídeo, Raphael Figueredo nos brinda com um incrível review do livro “Análise Técnica dos Mercados Financeiros“, escrito pelo renomado Flavio Lemos. O livro é uma referência no campo da análise técnica e tem recebido elogios de especialistas e entusiastas do mercado financeiro. O que torna este vídeo…
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discernimentos · 1 year
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Como escrever uma resenha?
• Quem é o autor e quais suas outras obras importantes?
• Quando escreveu? (contexto histórico e social)
• Qual a estrutura? (páginas, capítulos, tipo de tempo usado, tipo textual, gênero textual, personagens apresentados, forma de narrativa)
• Sobre o que é a obra?
• Qual é o enredo apresentado? (sinopse)
• Analise o enredo e dos personagens. (se houver)
• Analise o estilo da obra e do autor.
• Qual a ideia que o autor quis transmitir?
• Como ele faz isso?
• Qual a sua interpretação sobre a obra?
• A obra é agradável e foi bem organizada?
• Qual o público-alvo?
• O que devia ser diferente?
• Para quem você recomenda?
Observação: essa estrutura de resenha se aplica tanto para livros ou filmes.
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pocrix · 1 year
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Máscara da Maldade - BTK Profile (6/10)
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Primeiro livro do ano finalizado, mas comecei ele antes da virada de ano, então claramente foi um livro que eu demorei muito pra terminar de ler.
Ele conta a história da investigação do assassino em série Dennis Rader que levou 31 anos para ser identificado e preso. Não levou tudo isso porque ele era extremamente inteligente, mas sim por conta da falta de procedimentos científicos que identificassem o assassino, como o DNA por exemplo, pela falta de pistas e claro, por todo o contexto dos anos 70.
O livro narra os 30 anos que a polícia de Wichita tentou identificar o assassino de 10 pessoas, com as poucas provas que tinham e com o que poderia ser feito com as cartas que o assassino enviada para o jornal da cidade.
Descobrimos que o BTK não era uma pessoa extremamente inteligente e por isso passou tantos anos sem ser pego, ele era bem burro mas tinha um ego muito grande e muita sorte. Como ele sempre quis notoriedade nacional, nos anos 70 / 80 ele não teria isso. Mesmo que ficasse mandando cartas para o jornal da cidade. Porém, em 2004 com o avanço da tecnologia, tendo assim tv a cabo passando jornais que cobriam os crimes locais e do mundo e com o surgimento da internet, ele achou que talvez fosse a hora de reaparecer. Não houve nenhum assassinato, só um jogo de gato e rato entre ele e os investigadores.
Quando surgiu a possibilidade dele não ser uma pessoa mais tão relevante que nem nas décadas passadas, ele achou interessante tentar fazer a mesma coisa, começar a se comunicar com os policiais e jornalistas. E foi exatamente aí que a polícia foi mais inteligente e usou isso contra ele. Alimentaram o ego dele a ponto de ele cometer um erro e finalmente ser capturado.
No final, ele foi sentenciado a 10 prisões perpétuas, uma para cada pessoa assassinada. Nada mais justo.
Agora saindo um pouco da história, e indo mais para impressões pessoais; primeiro ponto é que essa edição da Darkside é muito bonita, assim como todas as outras, mas a quantidade de erro gramatical que existe nessa minha edição é assustadora. E pior, são uns erros muito bestas. Erro de concordância gramatical, palavra faltando, pontuação toda fora de contexto. Onde estava o pessoal da revisão quando publicaram o livro?
Ele tem 390 e poucas páginas e foi extremamente tedioso ler ele. Primeira vez que eu tive uma ressaca literária antes de terminar a leitura. Pensem que são 30 anos de investigação, de uma pessoa que não sabiam quem era e que não matava ninguém a anos. Foi uma grande encheção de linguiça por no mínimo 200 páginas. E ainda estou sendo bem generosa.
Entendo a importância de destacar o empenho dos policiais e de todo o trabalho que foi feito ao longo de décadas para que ele fosse finalmente preso, mas sinceramente, muita falta de dinâmica na escrita. Esse foi um dos pontos principais para a nota baixa que dei pra esse livro.
Ele só não teve uma nota pior, porque no final, no caso nas últimas 10 páginas ficou realmente interessante.
Descreveram quais eram as impressões dos policiais e em paralelo do psicólogo que analisou ele depois da condenação.
Quando a gente fala de serial killers, sempre tem uma ideia pré concebida de que vieram de lares disfuncionais, com infâncias abusivas, abusos sexuais mas no caso dele não houve absolutamente nada disso. Ele só matava as pessoas porque queria e gostava. Ponto.
O que levou uma análise muito interessante, já que o psicólogo mesmo sabendo dessa vida normal que ele levava, ainda acreditava que houve alguma coisa na infância onde ele associou pessoas sofrendo com prazer. Disse que poderia ser um momento completamente irrelevante e que passaria totalmente despercebido por todo mundo, já que não teve nenhuma das características "padrão" de um serial killer.
Particularmente achei muito freudiano a análise e tenho a tendência a acreditar que as vezes as pessoas só são ruins, por simplesmente serem ruins. Não necessariamente teve algum evento que desencadeou algo. Mas tudo isso, baseado em um total de zero propriedade sobre o assunto.
Vou levar para a terapia amanhã.
No final, se tem uma frase do livro que acho que define bem tudo isso é "ele é o mais próximo de uma pessoa sem alma que eu já vi."
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guerraepaz · 2 years
Note
i don’t know much what you’re saying, but it sure sounds nice. (Theo)
as aulas de poções provavelmente eram suas favoritas, mesmo que ainda só tivesse as aulas teóricas na academia, nada a impedia de tentar criar na prática. havia encontrado um livro antigo na biblioteca com instruções boas o bastante. fazia um ano desde que pegou o livro pela primeira vez, praticamente o roubando, pois temia por seu desaparecimentos, mas não considerava exatamente um furto, ela iria devolver, um dia. — sabe, eles realmente criaram uma poção pra tudo por aqui. — comentou para a primeira pessoa que se aproximou, não tirou os olhos das instruções e ingredientes para notar quem era o dono da presença alheia. — infelizmente é difícil encontrar os ingredientes da maioria, pelo menos das que são interessantes de verdade. você acredita que achei uma com asas de fadas? e nem era só uma, eram sete! uma crueldade! já temos pessoas demais mexendo com fadas nesse reino. — suspirou profundamente, jogando sementes de abóbora no pequeno caldeirão em sua frente. queria criar uma poção da incoerência, para desnortear aquele que a bebe, levando o indivíduo a dizer besteiras e ter alucinações. a voz masculina então a tirou do foco. levantou os olhos até theodore, analisou o rosto do rapaz por alguns segundos, na tentativa de identificar qualquer sinal de ironia. arqueou uma sobrancelha, estava surpresa. será que a poção era forte o suficiente para fazer efeito só pelo cheiro? — claro que não sabe muito sobre. uma poção simples deve ser muito difícil pra você, porter. — respondeu em tom zombeteiro ao que um sorrisinho cresceu no canto de seus lábios. — não prestou atenção nas aulas teóricas? você tá passando bem? — a verdade é que se divertia como nunca com as provocações.
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