Tumgik
#um homem sem chifres
garotochifrudo · 28 days
Text
Tumblr media
𝐁𝐀𝐏𝐓𝐈𝐒𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐋𝐀 𝐑𝐔𝐄 : 28 anos de idade . Nascido em Toulouse ( França ) , mas criado em terras parisienses . Costumava trabalhar como maledom antes de ser transportado com roupa de látex e tudo para o mundo mágico . A partir de agora , você o conhecerá como Garoto Cervo de Branca de Neve . Tomem cuidado com os chifres !
It's something that never existed from the start , very deep underwater !
*:・゚✧ 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐞𝐝 𝐜𝐨𝐧𝐧𝐞𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬 .
𝐓𝐑𝐈𝐕𝐈𝐀 : pontos-chaves sobre o Baptiste .
Nome. Baptiste de la Rue.
Idade. 28 anos.
Local de moradia. Paris, França.
Favoritos. Uva passa, verde grama, vinhos no geral, pintura, confit de pato.
Inspirações. Ken (Barbie), Joey Tribbiani (Friends), Grover (Percy Jackson), Aelin (Throne of Glass).
𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘 : background completo .
Você provavelmente conheceu vários Baptistes pela sua vida. Pode não ser de nome, mas de história, principalmente no início da vida. Nascido em Toulouse, era uma pessoa comum, como qualquer outra. Não tinha nada especial que se destacasse, como uma habilidade particular no ballet ou no xadrez, ou até mesmo um drible do futebol que só ele sabia fazer entre os colegas de classe. Baptiste era isso: uma criança mediana, que até podia ser bom em uma coisa ou outra (ele, particularmente, sempre foi bom em matemática), mas nunca o primeiro de qualquer coisa. A família De la Rue, inclusive, contava com uma história genérica: gravidez na faculdade e, assim que o pai descobriu, viu que não era aquilo que desejava para o resto da vida. Assim, fugiu sem dar muitas satisfações, então o garoto foi abandonado nas mãos da mãe, que ainda era muito jovem e queria curtir o resto da sua vida como solteirona. Não demorou muito para que se mudassem para Paris, onde a avó de Baptiste morava, e ele pudesse ser criado pela matriarca, que sempre foi muito gentil com o neto, mesmo sendo fruto de um relacionamento que não deu certo.
Como dito anteriormente, Baptiste não tinha nada de especial. Você até poderia estar caminhando na rua tranquilamente e sem querer tropeçar no garoto, porque nem percebeu que ele estava ali. Só porque não tinha demais, no entanto, que não quer dizer que não gostava de alguma coisa. A família não era nem pobre nem rica, mas tinha um apreço pela arte, no geral (talvez fosse uma das consequências em morar em Paris). Recorda-se até hoje da primeira vez que foi ao Louvre, fascinado pela história das pinturas que tinha por trás. Ele era apaixonado por pintura, talvez até demais. Tudo bem que, como qualquer criança, o amor pelo esporte, especialmente o futebol, vinha antes, mas a pintura vinha logo atrás, eu juro! Como nunca foi muito habilidoso em chutar uma bola (não sei porque, mas ele ficava muito nervoso com a ideia de todos ao seu redor julgando e esperando ele acertar um gol), tentou focar na pintura como uma forma de entreter a cabeça, algo muito importante para alguém daquela idade. Podia não ser o futuro Michelangelo na infância, mas até que as pinturas eram bonitinhas. Um dia, até ganhou um prêmio de segundo lugar pela pintura mais bonita da escola! 
Na adolescência, ele começou a se tornar um homem belo, mesmo que não tivesse o melhor atlético do mundo. Havia algo sobre ele que captava os olhos das meninas, que estavam no auge dos seus hormônios e com Orgulho e Preconceito na cabeça (a versão de 2005, é claro). Os olhos sem muitos sentimentos, a expressão geralmente distante pensando em qualquer outra coisa, a habilidade com a pintura… Oh, meu Deus, é tão Mr. Darcy! Ou era o que achavam aquelas pobres garotas, de qualquer forma. Fascinado com esse novo mundo em que era visto como desejável, Baptiste começou a se tornar um verdadeiro mulherengo, mesmo que, muitas vezes, acabasse até gostando delas. O que poderia fazer? Era uma pessoa com um coração gigante. É claro que recebia alguns tapas, tanto de mulheres quanto de homens, já que poderia acabar flertando com a pessoa errada. Quando alguém como Baptiste, que jamais foi alguém na vida, começa a receber migalhas de atenção, era de se esperar que ficasse viciado nisso. Não foi uma surpresa que isso tenha decidido o seu futuro.
Assim que se formou no ensino médio, ficou perdido do que deveria fazer. Até chegou a aplicar para algumas faculdades, mas não passou em nenhuma delas, principalmente pela falta de visão do futuro. Não sabia exatamente o que deveria fazer. Foi assim que emplacou uma série de “bicos” que fazia em qualquer lugar que o aceitasse. Foi barbeiro, barista, entregador, motorista, garçom e muitas outras coisas que, se for listar todas as profissões, vão embora várias linhas. Não durava em qualquer desses trabalhos, principalmente devido à natureza irresponsável, que estava mais ocupado com o pagamento do que realizar o trabalho bem feito. Não tinha muitas preocupações na vida, já que continuava morando com a avó, que adorava o neto e não permitiria que saísse da sua proteção. Era incrivelmente mimado, mesmo sendo a pessoa mais comum do mundo. Isso mudou quando conheceu Claire, uma mulher que apresentou para ele a realidade do considerado “submundo” parisiense, no qual começou a aprender a respeito de BDSM e as formas de dominação existentes, assim como ganhar dinheiro em cima disso. Foi assim que, pela primeira vez durante a vida adulta, Baptiste não pediu demissão de um emprego e realmente se esforçou para realizá-lo devidamente. 
Os atendimentos de Baptiste começaram a ser realizados no mesmo espaço que os de Claire e ele realmente gostava do que estava fazendo. Obviamente, não contava para a sua avó de 75 anos o que fazia quando chegava em casa, limitando-se a falar que estava apenas trabalhando. Foi, durante o trabalho, que conheceu Cosette, uma mulher que gostou excessivamente de Baptiste. A verdade é que não envolvia-se romanticamente com os clientes, mas a mulher, que tinha seus 40 e poucos anos, tinha mais dinheiro do que o homem um dia sequer sonhou. Não tinha nenhum problema em ficar com alguém somente pelo dinheiro, certo? Ele também oferecia algo a ela. Então, ficaram juntos por alguns meses até Baptiste decidir que queria mais: desejava colocar todos os bens dela em seu nome caso algo terrível acontecesse. Assim, ficou em um joelho só e pediu Cosette em casamento, já sentindo o dinheiro que entraria em sua conta.
Faltava uma semana para o casamento quando o livro misterioso chegou. Não deu muita importância, já que acreditava ser um dos seus livros de pintura super cool e diferente. Levou ele para o trabalho, pensando que leria um pouco dele assim que tivesse uma pausa. O livro continuou o incomodando, sentindo que deveria lê-lo o quanto antes, já que deveria ser muito interessante. Trabalhou um pouco e, durante seu intervalo, abriu e o resto já sabem. Foi um susto para ele ser transportado para o mundo mágico, principalmente quando estava com um traje todo de látex preto e com o chicote em mãos.
𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘 : conheça mais sobre o duvidoso garoto cervo .
em construção .
20 notes · View notes
dejuncullen · 1 year
Text
O auto do corneado - Johnny Suh
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
N/a: Fiz algo inspirado no "Auto da Compadecida". Eu amo essa obra em todos os níveis. Como nordestina acredito que a comédia foi um marco para a nossa história, sendo assim, fiz essa fic com o Johnny pq imagino muito que ele aceitaria as gaias da Dorinha. Kkkkk Espero que gostem! ❤ Ah! Coloquei algumas gírias de Recife, a maioria coloquei entre aspas para vocês conseguirem pesquisar e descobrir o significado. Boa leitura!
Johnny tinha certeza de duas coisas:
1. Era uma homem trabalhador que fazia o possível pelo sustento da casa e da esposa;
2. Que na surdina sua esposa lhe botava vários chifres, mas se recusava a assumir a galhada a todo custo.
Por mais que toda a vizinhança lhe avisasse sobre as traições, o estrangeiro preferia fechar os olhos a acreditar que a sua querida Dorinha estivesse o trocando por outro homem qualquer. Não era feio, tampouco pobre. Claro, não era rico como o coronel ou o padre, mas ainda assim possuía mais condições que o restante da cidade. Um singelo padeiro, que todos os dias acordava antes do canto do galo, tendo como pedra no sapato dois ajudantes que mais o atrapalhavam, Mark e Donghyuck, estes que aceitaram o trabalho em troca de comida e um teto em suas cabeças. Fora isso, sua casa era bem arrumada, tinha uma cacimba somente sua no quintal, galinhas vistosas e uma vaca que sua sogra havia lhe presenteado antes de bater as botas.
Então, por qual motivo ela o trairia? Tinham uma vida perfeita, não?
Assim ele pensava ao passo que já notava a ausência da esposa e o sereno lá fora.
— 'Mar não é possível que essa mulher ainda não chegou! — reclamou enquanto se apoiava na meia porta procurando pela silhueta feminina na rua — Eu ainda hei de enlouquecer com Dorinha, vão me ver andando sem rumo na rua "falando água" pelos becos — concluindo, tratou de deixar a porta bem fechada antes que fosse dormir — Vai demorar? Pois então que durma na rua!
Passos apressados foram ouvidos contra o piso de terra, era ela, trajando um vestido lindo e branco, os cabelos escuros bem encaracolados e o batom vermelho borrado no canto da boca. Ele fingiu não ouvir, mesmo assim se encostou na porta para tentar descobrir se ela estava sozinha ou acompanhada.
— Johnnyyy... — arranhou a porta de leve, tal como uma felina — Oh meu dengo, abre essa porta, vai? — a voz doce fazia o coração do Suh derreter, só que ele precisava ser forte pelo menos naquela vez.
— ISSO SÃO HORAS DE SE CHEGAR NUMA CASA DE RESPEITO? ME DIGA! — abriu somente a parte superior da porta, mantendo a outra trancada — Tu acha que tu tá certa me botando gaia mundo a fora?
— Gaia? Meu "fi", e eu lá sou mulher disso?
— Ah não é? Então por qual motivo seu Zezinho do peixe veio essa manhã me dizer que tu 'tava de chamego com Jaehyun? — sua voz tremulava, ele parecia querer chorar, e ia. Dizem que dor de corno é terrível e ele estava sentindo com toda a intensidade.
— Jaehyun? — fingiu desentendimento e ele riu desacreditado — Oxe, menino! Jaehyun só me ajudou na feira hoje de manhã. 'Tás ficando doido, é?
— Então Nena está mentindo? — citou a vizinha, ela que logo abriu uma fresta da janela para poder ouvir melhor — Ela me disse que ouviu teus miados de "quenga" nessa casa, e Jaehyun só saiu depois de três horas. O que tu vai me dizer agora? Que tava rezando com ele esse tempo todo?
Ela o olhou abismada, de fato tinha aproveitado a tarde com o rapaz só não queria admitir para o seu querido esposo.
— Meu dengo...
— Não me chame de "dengo"
— Meu amor, eu não fiz nada com ele, não. Olhe, eu vou explicar — caçou a mão do esposo e iniciou uma massagem na pele calejada — Eu encontrei Jaehyun na feira, conversamos sobre a nossa infância e ele me ajudou a trazer as compras para casa. E essa história de ouvir miado, dona Nena precisa é limpar os ouvidos, — aumentou o tom da voz só para que a mais velha pudesse ouvir — estávamos dançando xaxado, depois passamos para o forró e Jaehyun pisou no meu pé sem querer. Oh, meu amor, você sabe bem como sandália de couro dói quando toca nos dedinhos. Se brincar arranca até o "samboque".
— E tu acha que eu vou acreditar nessa mentira? "Apois viu!" — retirou a mão de perto dela e se preparou para fechar a porta outra vez — Quer saber de uma coisa? Hoje tu vai dormir é na rua, para a vizinhança conhecer a qualidade de mulher raparigueira que eu tenho em casa.
— Mas Johnny, espere...
— MARK, DONGHYUCK!
— Sim, senhor? — falaram em uníssono, descendo da cama improvisada e indo direto até ele.
— Vão lá na igreja chamar o padre, ele precisa ver com os próprios olhos essa safadeza — deixou-os para trás e seguiu para o quarto, deitando na própria cama de qualquer jeito.
— Olhe, Mark, eu já vi me pedirem atestado de tudo, mas de corno é a minha primeira vez — satirou Donghyuck e Mark o puxou para que chegassem na igreja o mais rápido possível.
— SE VOCÊ NÃO ABRIR ESSA PORTA EU VOU ME JOGAR NA CACIMBA! — gritou a mulher pelo lado de fora
— E eu lá tenho essa sorte? Se pelo menos tu fizesse isso eu não seria mais conhecido como corno nessa cidade.
— EU NÃO DIGO É NADA, TU VAI MORRER É DE REMORSO.
— Vou nada! Eu vou ficar é feliz de ter me livrado da peste que tu é.
— VÃO DIZER QUE FOI TU QUE ME MATOU!
— 'Tão nem doido
— E POR CIÚMES!
— Para de graça, Dorinha, que tu não é doida de fazer isso.
A mulher arteira como era, aproximou-se da cacimba com uma pedra, curvou-se até que o ângulo estivesse bom para o eco de sua voz e o barulho do objeto que pretendia jogar.
— Eu não aguento mais essa vida. Adeus mundo, adeus Johnny, MEU ÚNICO AMOOOOR... — acompanhou a pedra caindo até que fizesse "pluft" e quando assim aconteceu o homem correu pela casa em desespero. Ela então se levantou rapidamente e se esgueirou ao lado da porta.
— Dorinha, meu amor, não faça isso pois eu sou louco por ti — debruçou na cacimba e foi só o tempo de ouvir a porta ser fechada e trancada, revelando a travessura que sua mulher tinha cometido.
Contornou então a casa e como um dejavu viu a cena de minutos atrás se repetir, dessa vez ele sendo o errado da história.
— Dora, abre essa porta! — esmurrou a madeira duas vezes e ela abriu a parte de cima, o olhando com desgosto — Me deixe entrar.
— ISSO. SÃO. HORAS. DE. UM. HOMEM. CASADO. ESTAR. CHEGANDO. NUMA. CASA. DE. RESPEITO? — gritou pausadamente fazendo questão de atirar nele algum objeto nos espaços de tempo. Quando mais nenhum lhe sobrou, ergueu o balde que tinha separado e lhe tacou a mistura de água e cachaça que tinha feito — POIS VAI DORMIR É NA RUA, 'PRA TODO MUNDO SABER A QUALIDADE DE HOMEM CACHACEIRO QUE EU TENHO EM CASA!
— Johnny, encontramos o padre — Mark anunciou e o homem idoso encarou a cena assustado.
— Minha nossa senhora! O que... — aproximou-se do Suh e voltou alguns passos ao sentir o cheiro forte do álcool — Por Deus, meu filho, que cheiro é esse?
— 'Tá bebinho, padre, não sabe nem o que diz — a mulher forçou um choro e cobriu os olhos com as mãos — Todo dia isso, gasta o dinheiro da casa com cachaça e "mulé".
— É MENTIRA, SEU PADRE, FOI ELA QUE...
— Calado rapaz! Não tem vergonha de querer acusar sua esposa fedendo a enxofre que nem o próprio satanás?
— Mas eu não fiz na...
— Peça desculpas a ela. AGORA! — ordenou e Dora prosseguiu fingindo o choro — Vamos, pegue na mão da moça e peça perdão por isso, e claro, depois vá a igreja para que Deus possa perdoar seus inúmeros pecados.
Mesmo a contragosto, Johnny pegou a mão da esposa, ajoelhou-se no chão molhado e a olhou com raiva.
— Me desculpe.
— Dorinha... — o lembrou do apelido e ele respirou fundo
— Me desculpe.... Dorinha. — rosnou a última parte e beijou o dorso da mão magra, fazendo-a aceitar o pedido e permitir a entrada dele dentro de casa.
— Muito bem, meus filhos, e lembrem-se que o casamento é uma união divina, valorizem o que vocês tem em mão.
— Pode deixar, seu padre, ficarei de olho para que ele não volte a beber. Donghyuck, Mark! — chamou os rapazes que gargalhavam atrás do mais velho — Leve o padre de volta e lembrem-se de dormir cedo, amanhã tem trabalho — ambos concordaram e seguiram até o local destinado.
— Satisfeita? — questionou irônico, se enxugando no tecido mais próximo que encontrou.
— Oxe! Largue o meu vestido novo, eu nem usei e tu já tá esfregando esse rosto seboso nele? — tirou a peça das mãos molhadas do homem e levou para longe — E estou satisfeita sim. Não acredito que estava me acusando de traição.
— É o que dizem na vizinhança, só se fala isso.
— E tu prefere acreditar no povo ou em mim?
— Em você, é claro.
— Pois então trate de saber que eu não trocaria meu homem por nada, quem dirá pelo "tabacudo" do Jaehyun.
— Tem certeza disso, meu amor? Você sabe como eu te amo e não conseguiria te ver com outro.
— É claro que tenho, meu dengo. Mas agora venha, eu preparei algo maravilhoso para você — desabotou os primeiros botões do vestido e deixou que ele deslizasse pelos ombros — Venha cá me mostrar o homem selvagem que só você sabe ser.
— 'Tô indo, Dorinha. Mas saiba logo que hoje eu estou com "sangue nos olhos".
— Pois então venha quente que eu já 'tô fervendo.
109 notes · View notes
zeusraynar · 2 months
Text
Tumblr media Tumblr media
CALAHAN SKOGMAN? não! é apenas RAYNAR HORNSBY, ele é filho de ZEUS do chalé 1 e tem VINTE E NOVE anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há DEZESSEIS anos, sabia? e se lá estiver certo, RAY é bastante ÍNTEGRO mas também dizem que ele é CIRCUNSPECTO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news para atrair audiência.
LINKS IMPORTANTES: n/a.
⚡If you piss me off, then I'll shrug it off
🗲 Willow sabia que não deitava com um homem comum. Em nenhum momento engolindo a farsa que tão pomposamente espalhavam pelos corredores do hotel. Grande ator? Rico milionário? O nome da revolução? Cada canto era uma história diferente, e um único detalhe em comum: poder. Willow fechou os olhos para a aliança no dedo, sufocou a culpa no abraço apertado entre lençóis desarrumados. Ela era apenas uma camareira fazendo o serviço, interpretando a falta de aviso na porta como um convite para fazer a limpeza. E ele chegando logo depois, cheirando a bebida cara e charutos cubanos. A química foi tão instantânea quanto a explosão do contato, uma noite de amor perfeito finalizando como qualquer conto de fadas da vida real. Horas depois Willow acordava numa cama vazia, uma mensagem de despedida má escrita na folha timbrada do hotel.
🗲 Nove meses depois, Raynar nasceu e o mundo virou de cabeça para baixo. Sozinha na cidade de Aspen, no Colorado, sem qualquer rede de apoio e vivendo no hotel, Willow usou os próprios aposentos e colegas funcionários para manter a criança. It takes a village to raise a child. Alguém ficava com o pequeno em algum momento, revezando com a mesma facilidade que trocavam os lençóis de cama ou limpavam um copo no bar. Foi assim que ele aprendeu a ser silencioso e esperto, esconder quando estava em perigo. Treinou os olhos para detalhes que sumiam em certo ângulo, o que era bom do ruim, o jeito certo de abordar um visitante não admitido como hóspede. Raynar aprendeu o poder dos segredos e dos favores. Os olhos azuis e cabelos claros facilitando o trânsito, tirando de si o estranhamento de alguém tão pequeno num ambiente adulto.
🗲 A rotatividade do Hotel disfarçou o cheiro do semideus, que crescia e crescia e crescia. Tanto em poder quanto em tamanho. A criança deu um salto antecipado da puberdade, ficando maior do que as crianças da sua idade. E com a maioridade física, o mundo do lado de fora tornou-se impossível de ignorar. Neve, esqui e velocidade, Raynar ajudando as crianças nos circuitos mais baixos e aventurando-se com os adolescentes nas montanhas radicais acima. Na neve, o céu aberto em imensidão, Raynar sentia-se vivo. O cheiro do ar limpo, da surdez pelo vento passando rápido demais e da perturbadora ansiedade a cada curva. As árvores pareciam esconder um segredo, estendendo os galhos para o meio da pista enquanto modulavam o som da brisa em uma linguagem desconhecida. Avisando, lembrando, cantando uma canção antiga cuja letra ou língua Raynar não conhecia.
🗲 O princípio do fim veio três dias depois do aniversário de treze anos. Raynar levou a nova prancha de snowboard para um teste daqueles. Coisa rápida, tinha prometido à mãe. Só uma ou duas voltas. Contudo, duas viraram dez e o sol descendo no céu instaurou o desespero animado no menino. Correu, escorregou, fez o caminho deslizando. O que deveria ser uma mãe raivosa o esperando nas escadas dos funcionários, Raynar foi recebido por uma aos prantos. Gritando, chorando, empurrando para um caminho diferente do normal. Ela não falava coisa com coisa, mencionando monstros e deuses e guerras antigas. Quando falou sobre Os Três Grandes, a risada do mais novo quebrou a loucura. Ele tinha percebido aquelas outras pessoas ao redor, mas só agora notava a estranheza de sua fisionomia. Bamboleantes, chifres despontando de capuz, um rabo agitando a neve dos pelos.
🗲 De dentro do helicóptero, Raynar soube que aquele era o último dia ali. As suspeitas confirmando quando ninguém respondia suas perguntas. Por que a mãe não ia junto? Por que estavam indo embora? O que estava acontecendo? Tudo interrompido com um urro retumbante, árvores quebradas e o ponto escuro na neve que era mão desaparecendo sob uma mancha vinte vezes maior. Foi necessário do sátiro mais velho o uso do dardo tranquilizante no garoto ou ele fritaria tudo com o poder adormecido.
🗲 Raynar tivera um pouquinho de cada de tudo enquanto crescia no meio da diversidade. Construindo a personalidade com a inocência e humildade de uma criança. Adaptação era uma brincadeira na tenra idade, um grande jogo de quebra-cabeça interativo. Agora? O acampamento era uma ameaça, um lugar inseguro. Cada pessoa provocando aquela voz interna que gritava perigo, perigo. Alarmando de tal jeito que ele enlouquecia de tensão, pressionado até o mais escondido nervo, acuado sem saber para onde ir. Ninguém era capaz de acalmar o ataque de Raynar, ainda menos enquanto o corpo vibrava com o poder. Correntes elétricas lambendo a pele sem feri-la, chamuscando a grama e fervendo a água empoçada. Não cheguem perto. Ele gritava e agitava os braços, chorando de medo e raiva. E o sátiro vinha de novo, ancião de mira exemplar, acertando o dardo tranquilizante mais uma vez.
🗲 Levou tempo para Raynar aceitar sua nova realidade, todas as consequências que envolviam sua natureza. Desde a história até as diferentes 'provas' de que deuses estavam entre nós. A criança aventureira fechou-se numa taciturna e distante, grande demais e assustadora sem querer (ou queria). Vivendo sob o teto de Hermes, Raynar encontrou uma nova maneira de viver, resgatando a adaptação que lhe era tão fácil. Em toda a oportunidade, ele se enfiava em missões e tarefas menores. Qualquer coisa, de verdade, para se colocar o mais longe possível dali e buscar respostas de Aspen. Notícias de jornal, matérias de televisão, boatos de qualquer natureza. Só que, toda vez que saía, os monstros o encontravam rapidamente. Sim, era normal ter dificuldades, mas com Raynar era um absurdo. Sim, ele conseguia controlar o ataque, mas precisava de tanto? Tanto afinco para matá-lo? Revoltado depois de uma missão particularmente difícil, decidiu queimar a maior oferenda que conseguiu comprar. A fumaça espiralando para os céus levando a mensagem de Raynar, que cuspia e acusava o pai do abandono da mãe. Falou do hotel, contou a história de Willow sobre o pai, do... Terminou com um grito e foi embora. Determinado a não mais submeter a deus nenhum.
🗲 Raynar acordou com os filhos de Hermes rodeando sua cama. O símbolo de Zeus brilhando bem na frente do seu rosto. Digamos que o filho de Zeus precisou de muito controle para sair do chalé e se afastar pela praia. Andando tão longe quanto conseguia para soltar a pequena tempestade de raios acumulada pela raiva. Daquele dia em diante, sua vivência no chalé foi por obrigação e pelo amor aos irmãos. O pai não merecia nada, nada, nem homenagem nem o mínimo reconhecimento. E, bem, vamos dizer também que o semideus riu consigo mesmo quando confirmaram que o contato com os deuses tinha sido cortado. Ele estava presente durante a profecia, foi um dos primeiros a participar da patrulha, tudo o possível ele se envolvia.
🗲 A mãe tinha ensinado algo que ele levava para vida: se quer algo bem feito, faça você mesmo. E, dependendo de Raynar, os deuses longe só facilitava seu trabalho.
⚡I'll probably say I'm sorry with my fingers crossed
PODERES: ELETROCINESE. Capacidade de controlar, gerar ou absorver a energia elétrica.
HABILIDADES: durabilidade sobre-humana e fator de cura acima do normal.
ARMA: KATHAROS. Visando a liberdade de movimento e a certeza de que terá todos os lados defendidos, Raynar escolheu a lança de dois gumes. Uma peça de dois metros e meio com lâminas afiadas em cada ponta, capaz de se dividir ao meio. Uma metade é de ouro imperial, a outra de bronze celestial.
MALDIÇÃO OU BENÇÃO: Não se aplica.
DESEJA ESCOLHER ALGUM CARGO DE INSTRUTOR? Instrutor de Simulação de Ataques. Membro da equipe azul de queimada e parede de escalada. Individual da equipe de corrida de Pégasos.
PERMITE QUE A CENTRAL USE SEU PERSONAGEM PARA DESENVOLVER O PLOT? PERMITE QUE A CENTRAL USE SEU PERSONAGEM EM PLOT DROP, EVENTOS, TASK OU ATIVIDADES EXTRAS SEM AVISO PRÉVIO? Sim.
⚡'Cause when I commit, I get away with it
Tem um colar de lâmpadas que reagem com o descontrole e potência da eletrocinese. Piscam em aviso, acendem em alerta e... Bom, você não vai querer estar perto quando a luz azul, bem no meio, se acender.
Sua músicas vem de filmes. Trilhas sonoras épicas e divertidas, carregadas de suspense ou tensão. A verdade é que não gosta de letras, e sim da melodia e dos instrumentos.
O instrutor mais comprometido da Simulação de Ataque. Sério. A intensidade é tão grande que fica um pouco (muito) suspeito ser tão bom no papel de vilão.
Quando saía em missão no mundo mortal. Raynar coloca uma proteção de metal ao redor da perna direita. A névoa transforma em prótese e ele consegue ficar com a lança, esta como bengala.
Surfe, snowboard, skate, patins, ski... Esportes e atividades que usam o equilíbrio são suas preferidas. E os mais de dois metros não atrapalham tanto.
14 notes · View notes
tecontos · 11 months
Text
Me vinguei do meu marido
By; Fabricia
Ola a todos me chamo Fabricia, tenho 34 anos e sou de São Paulo, mas moro em Ribeirão Preto.
Eu fiz um desses cursos de auto ajuda e acabei me formando onde passei a dar aulas em um local que montei.
No meu 1º curso era de uma etapa de várias semanas com mulheres e alguns homens, mas entre eles havia um homem que me chamou atenção era jovem, másculo e bem educado.
O curso começava desde manhã e ia até fim da tarde, e meu marido que ia me ajudar brigou comigo e não foi. No decorrer do curso eu e meu colega começamos a conversar e ele me deixou atraída, com tesão mesmo, mas não podia deixarem notar isso.
Fazia os relaxamentos eu ia até ele e o induzia a se “projetar” mais longe, acariciando sua cabeça, e quando senti sua mão encostei a perna, deixei e deu pra notar que seu pau estava duro, caramba que vontade de pegar naquela pica, chupar …tesão demais …mas tive de me conter, no outro dia para disfarçar fiz o mesmo com todos eles, mas com ele caprichei e falei bem baixinho no seu ouvido:
-Está excitado…, Luan, aposto que está louco pra fazer amor comigo!
-Demorou …você me deixa com muito tesão ….professora.
Ele esboçou um sorriso, e colocou a mão que estava entre minhas pernas, por dentro da saia e alisou minha bucetinha.
Agora era uma questão de tempo e de honra, a gente transar, afinal acabei descobrindo que meu marido tinha me traído com a secretária, e sempre pensei “chifre trocado não dói”.
Terminado o curso, passei a atender na minha sala e já tinha várias consultas de massagens trânticas e massagens comuns .
Um dia, meu ”galã ” marcou numa 3ª feira depois do almoço e chegou meia hora antes, comecei a atendê-lo, dizendo que seria uma consulta normal, mas sabia que não seria, geralmente 1 hora de conversas e massagens !
Subimos e logo pedi pra ele ficar de bruços só de cueca, e comecei o tratamento normal, até eu ficar totalmente transtornada, louca de tesão por este macho tesudo, tirei meu avental, blusa e sutiã, sem ele notar e esfregá-lo em suas costas,ele deixava, acabei ficando nua e fazendo-o virar e aí não tinha mais tratamento, era sexo puro louco animal e selvagem ali mesmo na maca de massagens, ele nem dizia nada, chupava meus seios e logo nus, nos beijávamos como dois adolescentes e num 69 delicioso que me deixava louca de tesão, depois sem perceber já cavalgava em sua rola, era demais o tesão parecia que estava anos sem parar.
Fizemos sexo louco e com amor devasso pois havia muito sentimento verdadeiro alí….. Mudamos de posições várias vezes e ele gozou dentro da minha bucetinha umas duas vezes e na 3ª foda sensacional….
Eu quis que ele gozasse na minha boca e chupei até a ultima gotinha, ele urrava de prazer e eu mais ainda !
Nessa hora por interfone, minha secretária me avisou que precisava sair e se poderia fechar a sala eu disse que sim e “o caso” era complicado e tive de dar uma pausa, pois o paciente adormeceu profundamente, mas ela podia ir!
Os atendimentos semanais continuaram, até meu marido me pedir desculpas da sua traição e como eu o amo ainda tive que dar um tempo ao meu “paciente galã”.
Porém aquela sensação ficou viciante e hoje permaneço casada porém continuo atendendo meu paciente galã pelo menos 2 ou 3 vezes por mês.
Enviado ao Te Contos por Fabricia
24 notes · View notes
jorgenfrost · 8 months
Text
Tumblr media
𝑷𝒐𝒓 𝑮𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒆 𝒔𝒖𝒂 𝒗𝒂𝒓𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒎𝒂́𝒈𝒊𝒄𝒂! Olha só se não é JORGEN LEIF FROST caminhando pelos corredores da torre DAS NUVENS. Por ser filho de JACK FROST, é previsto que ele deseje seguir caminhos parecidos com o dos pais. Ao menos, é o que se espera de alguém com VINTE E QUATRO ANOS, mas primeiro ele precisará concluir o módulo II, para depois se assemelhar como um conto de fadas.
𝐓𝐑𝐈𝐕𝐈𝐀:
10 de julho, sol em câncer, lua em gêmeos.
panssexual, solteiro (apaixona e desapaixona fácil).​
1,76 m, 66 kgs.
toca piano e faz patinação no gelo.
habilidades: esgrima com duas espadas, lanceiro e artes marciais (sojutsu).
novo conto. adônis, o tritão do conto o forte tritão.
atacante titular do time leões.
( mais informações abaixo + conexões )
𝐌𝐀𝐆𝐈𝐂𝐀𝐋 𝐀𝐁𝐈𝐋𝐈𝐓𝐈𝐄𝐒:
MIMETISMO DE GELO — é a capacidade de se transformar ou ter um corpo composto por gelo, criando uma imunidade ao gelo, podendo criar um armamento natural de gelo e uma armadura dérmica, além da capacidade de poder congelar outras formas biológicas com o toque quando está com o corpo dominado pelo gelo. Jorgen também consegue fazer o seu corpo ficar em um construto vivo de diamante, apesar de tomar a forma de um cristal de gelo, essa capacidade lhe dispõe super resistência, invulnerabilidade, força melhorada e supressão de dor, porém o uso dessa parte de sua habilidade inabilita o uso das demais, ou vai acabar lhe causando uma exaustão muito grande. Em ambientes dominados pelo gelo, ele consegue se camuflar e ficar invisível com o uso dessas habilidades.
𝐃𝐀𝐄𝐌𝐎𝐍𝐒:
YONG — de escamas brancas peroladas, tem um corpo esbelto, quase parecido com uma serpente, pescoço longo e chifres em torno da cabeça que parece uma coroa. Tem o tamanho grande no qual Jorgen consegue montá-lo facilmente, as suas chamas são azuladas quase embranquecidas, tem o poder de fogo baixo, mas é uma boa arma para bloquear a visão de quem olhar na direção delas. É uma fêmea, tem uma enorme coleção de fobia: teme o ferro, teme coisas estranhas como insetos, lagartixas, centopéias e fios de seda tingidos em cinco cores diferentes, também tem medo de chuva ou tempestades, coisas que costuma atrair quando está triste ou decepcionada. Gosta de dormir com o toque da luz da lua sobre as suas escamas, é muito sensível e fica magoada muito fácil, por isso que só consegue se dar bem com Jorgen, pois ele é o único que consegue lidar com o seu temperamento delicado. Só tem um único ambiente em que ela possui uma personalidade mais fácil de lidar, no dragonball é extremamente disciplinada, focada e competitiva.
𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘:
Primeiro, é preciso saber como é a história por trás do nome Jack Frost, sendo ele a personificação da geada e do frio, uma figura lendária élfica pertencente ao folclore do norte da Europa, tem como missão fazer a neve ou criar as condições típicas de inverno, colorir a folhagem no outono e deixar a geada branca nas janelas no inverno. Ele é encarregado de criar as condições para que Papai Noel possa fazer a sua entrega de presentes. A sua origem se dá pelo toque sutil e suave da lua após um acidente gravíssimo, dizem que para ser um guardião é preciso morrer e ser beijado pela lua, mas na verdade, não é apenas a energia lunar que faz com que seja possível nascer um guardião, mas também as ações na vida terrena sob os olhos atentos daquele que pode ser chamado de Homem da lua ou apenas um mago, essa parte é mais parecido com uma lenda, já que ninguém nunca viu a figura mágica existente naquela parte do mundo.
Os guardiões tem o poder de ir além do universo mágico em que se vivem os contos, na verdade, eles são os únicos que fazem a magia ultrapassar a linha que se separam do mundo sem magia, fazendo com que eles sejam capazes de andar por aquela região, protegendo e encantando as crianças para que continuem acreditando neles, em todos eles. Mas, se um guardião nasce de tal forma, como pode existir um filho desse ser mágico?
Um floco de neve, um corpo frio e congelado, e a magia lunar lhe cobrindo por completo, Jorgen nasceu com o nome de Jimin em Seul, Coreia do Sul, não a Coreia mágica que se conhece no universo em que vivem, mas a Coreia sem magia. Ele foi uma criança comum, sonhadora e que acreditou até os seus oito anos, que existiam todos os seres mágicos que diziam que não era possível existir naquele mundo. A sua vida foi curta e muitos ainda choram a sua ausência, Jimin brincava em um lago congelado na Islândia no momento em que todos assistiam as mágicas luzes da aurora boreal, onde dizem que os espíritos seguem a trilha até chegar no paraíso, pois bem, era nesse momento que Jack Frost fazia a sua ronda noturna em busca de crianças que precisavam voltar a acreditar e foi assim que um deslumbre de nostalgia lhe tomou o peito, no exato momento em que passava, mas não foi um sentimento bom, Jimin trocou o olhar com ele e quando fez menção de dizer aos pais que viu um homem flutuando na geada, o gelo se quebrou e ele afundou no lago gelado.
Seu espírito não seguiu aquela trilha, no mesmo lugar em que o gelo se partiu, ele ficou, ofegante e assustado, enquanto via as pessoas desesperadas em busca de um corpo, aquele corpo que nunca seria encontrado. Jack pegou esse corpo, observou ao longe o espírito do garoto ainda perdido com as imagens que tinham a sua frente, então ele fez um grande floco de neve mágico, colocando-o no meio do seu peito e esperando então a luz da lua cobrir todo o corpo do garoto para que fosse possível que o seu espírito o encontrasse. A intenção era apenas levá-lo com ele, fazer com que a morte fosse aceita, mas o homem da lua foi um pouco mais longe, Jimin deixou de ser filho de mortais desacreditados e passou a ser fruto da magia de Jack Frost.
Sim, Jorgen nasceu de um floco de neve e se tornou um futuro para os guardiões, ainda que não entenda em que momento ele seria capaz de ser um novo Jack Frost. Deixou o mundo sem magia e foi designado a ser treinado no mundo mágico, ele precisava entender a importância do seu papel, principalmente quando fosse capaz de ter o seu próprio conto, pois ele teria que fazer um papel duplo, ter uma história forte o suficiente para atrair as atenções e continuar com a missão de proteger e encantar as crianças.
Ao contrário de Jack Frost, Jorgen foi capaz de crescer e envelhecer até que a magia lunar decidisse que não precisava mais, ao alcançar a idade que eles queriam, Jorgen se tornaria eternamente jovem, assim como o seu pai. Nesse caso, com a memória da infância apagada de sua mente e completamente guardada junto a Toothiana, Jorgen cresceu como filho do espírito guardião e possui exatamente as mesmas características que o homem, rebelde e inconsequente, travesso, desinteressado, sujeito a não seguir regras, ama usar seus poderes fora de hora e quase sempre está na detenção, tem um foco na diversão e menos nas obrigações, mas apesar de tudo isso, é gentil e generoso, empático grande parte do tempo, sonhador e romântico, um lado bom que prevalece a rebeldia. E sim, isso afeta demais a relação entre ele e o seu pai, dificultando demais o diálogo e aumentando as chances de discussões acaloradas.
8 notes · View notes
cwishes · 24 days
Text
EX-NAMORADA, UM TÓPICO!
Não raras vezes, a mulher que mais marca a vida sexual e sentimental de um homem é a que agiu de maneira mais safada e desonesta com ele
Tumblr media
Toda vez que falamos de fetiches, fantasias sexuais, estamos falando de algo que é estimulado pelas partes lúdicas do cérebro humano, pelas emoções, memórias, traumas que se transformam em desejos, etc. Não faz sentido algum acreditar que existe alguma racionalidade na construção de nossos desejos. Com isto em mente, podemos conversar um pouco sobre um tópico chamado ex-namorada. Ou ex-mulher, ex-ficante, ex.
Quando conversamos com homens que curtem o meio liberal de alguma forma. Gente com fetiche em ser corno, em ménage masculino, Cuckold, caras com inclinações submissas e betas assumidos notamos que o termo ex-namorada está quase sempre presente. Não é raro encontrar em fóruns do tema por aí nicknames como: Tesão na Ex, Ex isso, ex aquilo. Bem como relatos que são verdadeiros atos de devoção sexual a este ser chamado ex. São muitos os que sentem um imenso tesão por suas companheiras do passado. Ex-namorada é toda uma tara específica.
Fora do ambiente fetichista, ampliando a questão para relacionamentos no geral, existe uma reclamação muito recorrente das mulheres quanto a isto. Toda mulher já teve ou vai ter em algum momento que lidar com o fato de que seu companheiro detém muitos sentimentos por alguma ex em específico. É algo que costuma dar muito problema e D.R.
Não raras vezes, a mulher que mais marca a vida sexual e sentimental de um homem é a que agiu de maneira mais safada e desonesta com ele. Aquela que o traia, aquela por quem ele era super apaixonado e que lhe deu um belo de um pé na bunda.
Freud explica que os fetiches são formados na fase da primeira infância mas na verdade o que é formado ali é a predisposição a determinados fetiches que com o avançar dos anos de um indivíduo vão ganhando corpo, forma e complexidade. Uma criança não pode ter tesão na ex namorada porque nunca namorou mas pode estar criando caminhos em sua rede neuronal que ligam prazer à cada vez que sua mãe o abandona ou o deixa de lado por instantes.
Os nossos fetiches funcionam como um espiral. Um tornado que vai rodando e por onde vai passando vai pegando o que lhe interessa e integrando em seu corpo, passando este elemento a girar junto com o todo. Algumas pessoas vão tão fundo em seus fetiches e taras por submissão e humilhação que a simples rejeição ao invés de lhe causar dor lhe causa prazer. É toda lógica por trás dos caras que sentem um enorme prazer em denominarem-se como betas. Levar um fora, um chifre, um pé na bunda, ser rejeitado pelas garotas quais lhes atraem é motivo de excitação. E este elemento está completamente presente no sujeito que sente tesão na ex.
🆔Eu mesmo posso dizer que já experimentei esta sensação. Havíamos acabado de terminar e ver ela postando fotinhas safadinhas, saindo para rolê enquanto eu ainda sofria bastante, não demorou muito para que eu me excitasse com isto. Uma sensação que já vi inúmeros amigos também relatando.
Não é só isso. É claro. Pode ser que o nosso amigo apenas tenha saudade de alguma ex-companheira por ela ser muito gostosa ou transar muito bem ou até mesmo pela bao forma que ela o tratava durante a relação, sem nunca ter tido contato com fetiches por submissão ou chifre. Entretanto, se de qualquer modo você se excita por uma mulher que escolheu estar com outra(s) pessoa(s) e não você, existe aí um embrião de fantasias por cornitude, que uma hora ou hora pode se manifestar.
2 notes · View notes
hermeneutas · 1 year
Text
Ofertas extravagantes são desnecessárias
Post original por @verdantlyviolet/Original post by @verdantlyviolet
Os pagãos helênicos muitas vezes se preocupam demais com a qualidade das oferendas ou sacrifícios que fazem aos deuses gregos, quando na verdade as oferendas diárias não eram nada extravagantes.
Os Deuses geralmente estão mais preocupados com a aparência agradável da oferenda do que com a qualidade ou quantidade fornecida. A deliciosa oferenda, agalma, (literalmente significando 'um deleite') geralmente se refere a uma estátua de culto porque as divindades devem ficar satisfeitas com o que é oferecido a elas; o cheiro do sacrifício, o arranjo agradável da oferta ou entretenimento como canções, danças ou competições atléticas.
O mais antigo mito conhecido de Prometeu foi escrito por Hesíodo na Teogonia. Prometeu dividiu o sacrifício de um touro de tal maneira que os ossos foram agradavelmente apresentados cobertos de gorduras suculentas e as boas carnes e entranhas escondidas no estômago do boi. Zeus escolheu a mais atraente das duas oferendas, os ossos e outras peças não comestíveis para o homem.
“Desde então, os povos da terra queimaram ossos brancos para os imortais em altares aromáticos.” (529-558)
Em Os Trabalhos e os Dias, Hesíodo também escreve: "Faça sacrifícios aos deuses imortais de acordo com seus meios em santa pureza e queime fêmures reluzentes."
Xenofonte (Memorabilia 1.3.3) nos fala de Sócrates que refletiu sobre as palavras de Hesíodo:
"[Sócrates] considerou que quando ele fez pequenos sacrifícios de seus pequenos meios, eles não eram inferiores aos muitos sacrifícios prodigiosos realizados por aqueles de grandes e abastados recursos. Ele disse que não seria apropriado que os Deuses tivessem mais prazer em grandes sacrifícios do que pequenos, porque então eles prefeririam muitas vezes os feitos por pessoas más aos feitos pelos bons, e não valeria a pena viver se as oferendas de os maus eram mais agradáveis aos deuses do que os bons. Em sua opinião, os Deuses gostam mais da adoração dos mais piedosos (nota de Piristephes: "eusebia", ou piedade, é um valor descrito como diligência religiosa, respeito e virtude)."
E sobre o que os deuses preferiam melhor, Porfírio (Abstinência 2.14-15) tinha isso a dizer sobre Apolo e dois tipos de oferendas:
"[…] uma abundância de frutas e outros vegetais é mais facilmente obtida do que a dos animais. […] A experiência também atesta que os Deuses se alegram [no que é obtido com pequeno custo] mais do que em oferendas suntuosas. Pois quando aquele tessálio sacrificou à divindade pítia bois com chifres dourados e hecatombes, disse Apolo, que a oferenda de Hermioneus foi mais gratificante para ele, embora ele tivesse sacrificado apenas o máximo de refeição que pôde tirar com seus três dedos de uma saco. Mas quando o tessálio, ao ouvir isso, colocou todo o resto de suas ofertas no altar, o Deus disse novamente que, ao fazer isso, seu presente era duplamente mais inaceitável para ele do que sua oferta anterior. Portanto, o sacrifício que é acompanhado com uma pequena despesa é agradável aos Deuses, e a divindade olha mais para a disposição e maneiras daqueles que sacrificam do que para a multidão das coisas que são sacrificadas."
Os gregos ofereciam o que tinham disponível. Deixe-me dizer novamente, os gregos ofereciam o que tinham disponível. A oferta mais comum era uma libação de vinho, água ou óleos, as ofertas diárias mais comuns eram frutas, pão, bolos e às vezes carnes de sacrifícios queimados - e esses sacrifícios de animais eram mais frequentemente feitos para compartilhar uma porção com várias pessoas como a matança de um animal, bem como os outros requisitos para o sacrifício (lenha!) eram uma despesa muito grande para ser feita com frequência. Na verdade, muitas vezes você verá festivais sem sangue que incluem pão ou bolos em forma de animal usados no lugar da coisa real.
Compare as ofertas históricas com a dieta grega antiga, e uma clara sobreposição se torna aparente. Para festivais mensais mais privados ou relevantes para a família e o lar, a tarifa era simples. Noumenia tem incenso e bolos; os Kadiskos continham 'tudo o que você encontra' (ao redor da casa); Deipnon um jantar de legumes e peixe. Festivais ainda maiores incluem refeições sagradas como a panspermia e a sopa de feijão servida para a Pianopsia, que são pratos frugais típicos, incluindo sementes, cereais e legumes misturados de várias maneiras, de acordo com a estação e a disponibilidade.
Seria muito mais apropriado dizer que os sacrifícios devem ser feitos de acordo com a necessidade. É um festival importante? Uma situação terrível? Você precisa fazer reparações ou orar por um grande pedido? Ofereça de acordo. As celebrações pela vitória na guerra incluíam a hecatombe, uma oferta de 100 vacas. É minha opinião que não há nada que você possa fazer em sua vida cotidiana normal para justificar tal extravagância.
Ofereça o que você tem. Mesmo ao imitar os gregos antigos, as escolhas comuns são simples: vinho, água, mel, óleo, pão, frutas, bolos, flores, incenso, música, dança. Aumente ou diminua a quantidade ou frequência de acordo com as suas possibilidades, e só ofereça cem vacas se realmente precisar.
-- Nota final do tradutor --- (@piristephes)
Violet nos oferece uma postagem muito bem-feita que fala sobre a possibilidade de ofertar coisas de modo genuíno sem as preocupações exacerbadas quanto ao luxo da oferenda. Historicamente comprovado e eficaz, esperamos que o post sirva-lhes de inspiração.
Violet offers us a very well done post that talks about the possibility of offering things in a genuine way without the exacerbated concerns about the luxury of the offering. Historically proven and effective, we hope this post serves as an inspiration.
21 notes · View notes
carlosreys-blog1 · 1 year
Text
Boa tarde,
Aqui um Homem que nasceu pra ser corno…
Desde cedo, que sentia essa vontade de ser só de uma mulher e fazer suas vontades. Me excitava quando via outro homem querendo minha namorada ( hj esposa) só não entendia isso na época, em meados de 2015 comecei a ler contos de cornos e o desejo veio com mais força. Fiquei com vergonha de falar pra minha esposa e depois de um tempo, contei pra ela kkkkk que de momento me chamou de doido e me perguntou se eu não amava mais…Inocente ali nascia de vez por toda um CORNO… Depois de 6 meses um chifre acredito que esse ela fez mais pra mim ver feliz, expliquei pra ela que esse desejo eu já sentia desde namoro e fui conversando entre sexo à noite com ela sobre essa minha fantasia de ser corno. ( NASCI PRA SER CORNO COM MUITO ORGULHO) depois tivemos outros encontros com os comedores. Daí fui passar um tempo em São Paulo, mas precisamente em Itapevi-SP lá só teve conversas com comedor e nada mais. Voltei para o Pará e pouco tempo um parente do amigo meu veio pra cá, notei logo os olhares dos dois ( esposa e o cara) imaginei e deixei acontecer não dei outra kkk uma certa noite depois de umas cervejas sexo entre minha esposa chamei o Cara ( Comedor) aceitou na hora o convite e resultou na nossa foto do perfil. Que noite maravilhosa olhar outro homem na nossa cama com uma pica bem maior e mais grossa que a minha toda dentro da minha esposa putinha e o melhor sem camisinha… que noite…
@ TODA MULHER MERECE TER TODOS OS HOMENS QUE ELA QUISER TER…
( EU NASCIR PARA SER CORNOOO)
Hj minha esposa está grávida minha. Kkk
Esperando a hora dela ter a bb pra mim cuidar da nossa princesa enquanto ela vai para a pica de outro macho…
Continua a saga do CORNO…
9 notes · View notes
meuschifres · 6 months
Text
Quando o single abriu a porta ela falou: vem me limpar! 
Confira toda angústia, tesão e prazer de um marido corno manso na primeira vez que sua amada se entregou a outro homem sem que ele estivesse com ela.
Leia, comente, compartilhe!
Blog Meus Chifres
4 notes · View notes
felipecostarvl · 1 year
Text
- VERSOS INFERNAIS -
Aqui faz-se metáfora sobre momentos marcantes e seus efeitos, traumas, sentimentos e uma busca de entender a mim mesmo.
Nasci em um mundo perdido Entre o fim e o começo O alvorecer de um tempo de extremos O futuro aos avessos Onde o perverso e cruel prospera E os humildes são punidos. Quando criança me lembro do momento A queda das torres, as dores, fome e violência Era assim na minha casa e em volta Tinha mãe e pai, irmãos, amigos, cordas e livros Tinha a represa, o quintal e o sonho de ciência Mas criança não sabe o que é angústia Que a fome é sintoma da miséria Nem que o choro na reza era medo da morte E que o nome daquilo é amor Dividindo o pouco na escassez Do mundo e do abismo sabíamos pouco. Aprendi o que eram os infernos nas leituras Primeiro como fogo e enxofre e os chifres O gelo queimante do povo do norte A provável ausência de inferno e de seu oposto E que vivemos nossos infernos todos os dias O que as culturas e leituras não me previra É de como no inferno a gente se sentia.
Conheci o Inferno primeiro por Ameaça Cativeiro a mão armada Dentro de casa com a família reunida Entra o vizinho que gritava e agredia Euforia dele que hoje sei bem de onde causa No revolver como de filmes policiais Cores azuis em um estojo branco Do seu rosto não me lembro nada Ainda menino mui novo Mas recordo sua angustia e ira Falaram alguma coisa sobre energia Foi Luz de Maria que livrou do trágico desfecho O brilho que vibrou de suas mãos Quando juntas em apelo e pranto Suplicando pela vida e pelo amor Tentando acalmar a recém nascida E o homem transtornado e confuso gritando Ele mesmo disse ter visto a luz Que fez recuar e não desejar mais aquilo Então saiu fugindo o homem arruinado Que pediu perdão em outro momento Foi encontrado morto na semana seguinte Um cadáver que por balas fora perfurado.
O Inferno seguinte é de toda vergonha e agonia me sinto sujo e infectado quando penso Nao falo nem com o mais confidente Pois sinto humilhação e desprezo Como jamais saberei ao todo explicar Convidado pelo vizinho padrasto de meninas Que era como cidadão de bem Mas velava discreto sua pedofilia Meu pênis acariciado naquele quarto E meu corpo aprisionado em fotografia Queria ter dito que não ia E que nao tivesse ido a sua casa Como eu pude deixar ele fazer isso comigo? Cresci a força para entender o que aconteceu Já não me via mais o mesmo Meu corpo se tornou objeto de dúvida e culpa As mãos tremem e acusam o desconforto o que fizera comigo desconcertou meu desejo Nao quero ser igual a ele E sei o que exatamente ele era É leproso sentir esse tipo de medo
Ainda que amores inocentes aconteceram outros Infernos logo foram revelados caminhos da vida cheios de pedras e espinhos Na estaçao em que o primeiro amor florescia Ele ameaçava me matar para ter o corpo dela E mais outra vez abuso e estupro velado Foi nesse momento em que quis de vontade Mandar um alguém pro Inferno com as mãos, tortura e mutilação Quis tanto e ensaiei em pensamento Encontrei recurso e não tive coragem O primeiro ódio que senti de verdade Nao quero ser igual a este e a aquele também Por essas coisas desejei minha própria morte Com esses Infernos já nao aguentava por conta Todos os meus sonhos escondidos no vazio Toda vontade carregada de receio Sentir que nao deve ser conhecido Que algo horrivel aconteceria Procurei refúgio, fuga e anestesia Na bebida e no cigarro primeiro, e precoce Depois outras drogas, venenos e fantasias Melhor era quando mais eu me esquecia
Quando amei uma ultima vez Já era migalha de mim mesmo Sem me reconhecer no espelho Sem sucesso em nada feito De tanto fugir, já não consegui mais voltar Por isso a deixei, e com ela a esperança Deixei escorrer entre meus dedos E pelos meus olhos Para outra sorte de destinos Por nao saber meu nome E ter a alma roubada logo cedo Me via condenado a recear Que sucede a vida que começa desse jeito? O Inferno é como ver através de vidro A vida que você perdeu E o lugar onde voce cresceu Onde mais gostaria de estar E ver o amor da sua vida Seu carinho e intimidade Ver as estrelas como se flutuasse no espaço E seus sonhos mais felizes Diante de tudo que deveria ser Mas que jamais havia de realizar O abismo me olhou de volta Mas não pode me enxergar Eu não estou aqui Eu me tornei um corpo vazio Sem entender como fiquei dessa maneira Dos infernos saem os grilhões e correntes De corpo presente mas feito cativeiro No espelho estou do outro lado Sou ausente primeiro em mim.
A fuga das dores esse silêncio fez perder quase tudo que encontrei Perdi tanta coisa em meus pensamentos E junto a razão, foco e a ação Logo estava trocando noite por dia Pra evitar as multidões Passam os prazos, meses, anos e chances As pessoas em volta nao podem adivinhar Que sofremos dessa aflição Deram nomes de indiferença e negligente Outros torceram o nariz de uma vez acusando minha falta de atenção Enquanto me afundava em um coma induzido Para não sentir as dores dos infernos Como se algo cruel me perseguisse A sombra pesada de enxofre do inferno Vem como sono e extrema fadiga Envolve o pensamento, toma o controle projeta uma confusão de memórias revive as vias mais dolorosas E os rostos de que sente falta A culpa por tudo que já foi E as coisas que não conseguiu Vem justo quando mais preciso brilhar E rouba de mim o sentido da vida Esse é um inferno difícil de atravessar.
O tempo no inferno não passa Um instante preso na sombra É como duram as eternidades E quando eu calo e encolho subtraído São as dores do Inferno de volta Os anos que sucedem são redundantes Nada segue adiante, nem fica para trás Grandes vitorias e poucas, e permaneço calado Ao mesmo que avanço repouso estático Esperanço a vida que resta Dia após dia ganho senso das coisas Pouco de cada vez e crescente Tenho a sensação de que dormi por anos E que das sombras é preciso sair uma hora E aos poucos vou deixando de fugir Não crescemos para apenas lidar com Infernos Mas para vencê-los e voltar a vida Tenho vontade de entrega e confidência E rezo por justiça e conforto Ainda sonho o amor e com a ciência E toda sorte desejo a mim mesmo e aos outros Mas onde está meu coração e alma? Em quantos Infernos hei de queimar Até que possa viver de novo?
8º O inferno é a espera Do tempo que não avança A exaustão da esperança Mas como do inferno posso sair? Dos Infernos por onde estive De tudo que vi e que me foi tirado não levarei quase nada comigo cicatriz, memória, sabedoria O inferno é a prisão das almas Só desejo a liberdade Mas ainda não sei como alcançar Segue assim tropeçando Até que aprende e sai voando Começo toda via de novo se necessário
10 notes · View notes
d3m0nsartstation · 1 year
Text
Tumblr media
Irmãos brigam. Essa afirmativa não é nenhuma novidade, desde sempre irmãos brigam, as vezes por motivos sérios mas na maioria das vezes é por nada. Aqui o caso não é diferente, Hazel Salazar, um homem com longos cabelos brancos, irmão mais velho de Nick Salazar, que nunca tira a luva da mão direita, teve uma ideia brilhante para matar o tédio após a longa missão que ambos fizerem com Fincyr, o ser de chifres acompanhado por Salém, o gato.
— Que tal um 'corujão'? — perguntou Hazel para Nick.
— Com direito a refrigerante e pizza? — complementa o mais novo.
— Sem dúvidas — afirma Hazel com um sorriso de 'orelha a orelha'.
— Deixa que eu arrumo a sala — falou Nick enquanto já pegava umas almofadas e ligava o videogame.
— Eu ligo pra pizzaria e compro o 'refri' — falou Hazel enquanto pegava as botas do uniforme.
— 'Pra' onde você vai com uma calça moletom e as botas do uniforme? — indagou Fincyr, barrando Hazel na porta da casa.
— Compra umas coisas. Não se preocupe não vamos destruir sua casa — falou Hazel dando uma pequena risada.
— Tudo bem, só não esqueça de limpar a bagunça quando acabarem o 'corujão' — falou Fincyr indo em direção ao próprio quarto, acompanhado de Salém, em busca de um livro.
"Como ele escuta tudo?", se pergunta Hazel. Após tudo estar em seu devido lugar, refrigerante comprado, e pizza na mesa de centro. Os irmãos Salazar, se sentam confortavelmente no sofá e escolhem dois jogos para zerarem nessa madrugada: "God of War e God of War: Ragnarok" . Eles amigavelmente decidem quem começa e para deixar as coisas mais divertidas para ambos, eles escolhem começar um novo jogo na dificuldade mais difícil, assim "quem morrer passa o controle" fica mais "justo", pelo menos na cabeça deles. Uma madrugada inteira e eles acabam o primeiro jogo da lista, a sala, antes arrumada, se encontra com copos ao chão, uma caixa de pizza vazia na mesa de centro e uma garrafa de refrigerante no chão, apenas o copo com café se encontra em ordem na mesa ao lado dos pés de Fincyr.
Indo para o segundo jogo da lista é que a intriga começa. Hazel começou com o controle mas em um determinado momento o protagonista "morre" mas retorna rapidamente, sendo um recuso narrativo no meio da jogatina. Mas isso importa? Ele morreu, mesmo que seja 'pra' seguir a história ele morreu agora era vez de Nick jogar certo? Errado. Aquele cenário caótico da discussão entre os irmãos para saber quem toma posse do controle incomoda a leitura pertinente de Fincyr, que através do olhar de Salém direcionado aos irmãos, percebe que aquela discussão vai longe.
— Vocês dois, parem de falar, agora de preferência — falou Fincyr direcionando um olhar mortal a ambos. — Vamos resolver da maneira mais simples, tirem ímpar ou par e quem perder arruma tudo enquanto o outro joga, ou vocês podem...— a sugestão foi cortada por uma notificação no seu telefone, algo como: "Invasão a Ymir" foi lido por ele. — Deixar isso 'pra depois'. Se arrumem, Ymir precisa da nossa ajuda.
Assim a discussão foi adiada para a viagem, bem como a bronca do dono da casa pela situação caótica de sua sala.
4 notes · View notes
beforethe-autumn · 2 years
Text
Tumblr media Tumblr media
As ninfas espalharam que Summer Zhang chegou ao acampamento e estão dizendo que se parece com Jessie Mei Li, mas deve apenas ser o poder da névoa o confundindo. Ela tem vinte e quatro anos e é do panteão grego, filha de Dionisio. Dizem as más línguas que é antissocial, mas também é leal e carinhosa em seus melhores dias, por isso está na segunda coorte e é bibliotecária. Espero que se adapte bem, estamos muito felizes por tê-la aqui!
• Background: 
“Viver no mundo da lua” é a frase principal para entender Summer, pois desde pequena vive imaginando mundos mágicos e esquecendo de viver no mundo real. Para aqueles desatentos, podem achar que a jovem é desapegada e que não precisa de ninguém para viver, mas a verdade é extremo oposto: seu maior medo é perder aqueles que ama, e por isso tem dificuldade em deixar as pessoas entrar em sua e vida e em seu coração.
Mas é claro que existe um motivo para isso e que deixa a realidade – aquilo da qual Summer corre como o diabo foge da cruz - nada apetitosa. Sua mãe Mei Zhang era um grande nome da pesquisa sobre esquizofrenia e outras doenças da universidade de Havard, e provavelmente foi isso que atraiu o deus do vinho, com seu olhar único e sensível sobre aquilo que os leigos chamam de loucura.
A vida de uma mãe solo nunca é fácil, ainda mais de pesquisadora e professora universitária, mas Mei conseguiu ser uma ótima mãe para a sua pequena, mesmo sem o apoio dos pais muito idosos e que moravam em outro estado. A mãe era o céu e as estrelas de Summer, mas tudo mudou quando a garota tinha doze anos e Mei foi diagnosticada com câncer de mama. Após um ano de muito sofrimento, a mãe acabou falecendo deixando Summer sozinha.
Bom, mais ou menos, a guarda foi para os avós, mas coitados, eles eram muito idosos e sem paciência para cuidar de uma adolescente em luto e que mal viam – tirando feriados especiais. Summer nunca perguntou, mas ela achava que a mãe e os avos não tinham uma boa relação, já que sua mãe se recusava a falar sobre o assunto. Quando Mei morreu, a garota se deu conta que deveria ter feitos varias perguntas: seus avós, como descobriu sua vocação, por que raios era professora, e o mais importante, sobre seu pai. Até a mãe morrer, Summer, não tinha ideia de quem era até o segundo pior dia de sua vida (a morte da mãe era o primeiro, obviamente). Veja bem, ela tinha 14 anos, revoltada e de luto, morando com pessoas que praticamente não conhecia e que não estavam gostando muito a sua presença, então é claro que aconteceram varias brigas, até o ápice. Palavras foram ditas, outras não foram entendidas, pois a avó gritou em mandarim, mas Summer entendeu que ela era um fardo, alguém muito difícil de conviver e que perderia todos aqueles que amava. Ela fez a coisa mais natural: fugiu. E chorou. Chorou tanto que não viu por onde ia e basicamente tropeçou no que pensou ser um cachorro, mas era um manticore. Não conseguiu reagir rápido o suficiente, mas foi salva quando um sátiro a resgatou. Foi aí que tinha certeza que tinha enlouquecido, pois foi salva por um homem metade bode, com chifres e tudo (nem vamos entrar na discussão que ver um maticore é muito mais esquisito que um sátiro). Mas o sátiro avisou que ela não estava tendo alucinações devido ao luto e sim era uma semideusa.
Mas nem tudo foram flores quando chegou ao acampamento. Summer não era e nunca foi muito boa com esportes ou qualquer coisa que precisava se esforçar fisicamente, por isso o ritual de passagem foi quase mortal e totalmente catastrófico. Ela quase perdeu a vida, mas então aconteceu uma das lutas mais estranhas que todos ali já viram: o monstro esqueceu de Summer, virou e atacou o nada. Isso mesmo, não tinha nada ali, mas ele me parecia bem entusiasmado em comer vento. Isso deu a oportunidade da garota, estranhamento calma para quem quase morreu, de chegar perto e mata-lo com uma adaga de bronze celestial. Depois de interrogada, os pretores e centuriões descobriram a habilidade da garota de criar imagens da cabeça do alvo, ou melhor, alucinações. Então, foi reclamada por Dionisio, o deus do vinho, festas e da loucura.
• Maldições ou Benções:
Não tem nenhuma.
• Poderes e Habilidades: 
Alucinações e Delírios: Summer tem a capacidade de criar alucinações – imagens, sons, cheiros, tudo aquilo relacionado aos sentidos – e delírios – julgamentos falsos, como acreditar que tem superpoderes, ou que está sendo perseguido. Seus poderes afetam qualquer ser humano, ninfas ou monstros, todo ser com a mínima capacidade de pensar. Mas tem dificuldade quando são vários alvos. Desde pequena, seus amiguinhos relatavam aos pais conseguirem ver monstros ou coisas fantásticas que Summer inventava em suas brincadeiras, e sua mãe, percebeu que a causa era a filha – ou um estranho caso de alucinações perto de uma garotinha de 5 anos – e a ensinou a controlar suas habilidades sem nunca dar nome à isso. Só quando descobriu ser uma semideusa que entendeu seu poder.
Sensação de embriaguez: Ela é a filha do deus do vinho, então não podia faltar algum poder relacionado a bebida. Summer pode fazer com que as pessoas ao seu redor fiquem animadinhos como se tivessem bebido moderadamente. Mas ela odeia fazer isso, pois não é afetada, então é como se estivesse numa festa sendo a única a não beber nada alcoólico.
Escrita: bem, essa não é exatamente uma habilidade ou poder herdado de Dionisio, mas Summer é uma grande escritora: a pessoa por trás do pseudônimo Olivia M Stafili, um dos maiores nomes da ficção. Seus livros, de acordo com a críticas, trazem mundos completamente originais, com personagens bem construídos e desenvolvidos, além da escrita da autora praticamente teletransportar o leitor para dentro do livro. A garota sempre gostou de criar fantasias, e quando descobriu a escrita, encontrou um lugar para derramar todas a suas ideias e criar um mundo novo só dela. Mas, com sua personalidade antissocial e reclusa, odeia mexer com editoras, públicos e críticos, e vê no acampamento um lugar seguro para viver e escrever seus livros. E é logico que seria secreto, poderia contar nos dedos quantas pessoas no acampamento sabem desse segredo.
• Arsenal: 
Summer é péssima com qualquer arma que os deuses inventaram, mas anda sempre com uma ou duas adagas para de defender.
• Extras: 
@ Ser bibliotecária no acampamento foi a oportunidade perfeita em fingir trabalhar e escrever ou ler o tempo todo. Se a interromper, ela vai lhe lançar um olhar mais afiado que uma espada de Ares, pois como ousa atrapalhar seu momento de escrita? Grande ultraje.
@ Nunca saiu em missão, gosta muito do conforto e segurança do acampamento (na verdade, morre de medo de sair)
@ Está sempre acompanhada de um caderninho para escrever ideias, e um copo de café já que quase sempre esquece de dormir.
@ Está sempre atrasada e aérea, no mundo das ideias.
@ Seu nome real é Chow Zhang, pois Chow significa Verão (sua mãe não era conhecida pela habilidade com nomes)
6 notes · View notes
filipemduarte · 2 years
Text
As Cores de Lúcifer.
Nada sei das condições de meu nascimento, se é que posso chamar assim, somente sei da condição em que fui imposto ao ganhar consciência, e esta condição seria aquela que eu iria carregar pelo resto da minha vida: o fato de eu ser um monstro ou pior ainda, um demônio desconhecido aos olhos do homem comum.
Quando este monstro que vos fala nasceu, germinou desnudo, como se eu estivesse brotando da própria terra de onde acordei pela primeira vez. Meu corpo ainda estava dormente e eu sentia o frio, por mais que ainda não soubesse nomeá-lo. Eu de fato, tinha a aparência de um humanoide comum, porém, alguns traços físicos me diferenciavam daquele ser que chamas de homem. Eu tinha duas pernas, assim como um homem, porém, ao invés de pés com cinco dedos, eu tinha três garras e pernas reviradas. Assim como o ser humano, eu me beneficiava de um par de braços, porém, a minha mão esquerda era completamente deformada, pareciam-se quatro garras longas malfeitas que nunca se chegaram a desenvolver e pausaram no meio do processo, enquanto a minha mão direita apresentava uma clara assimetria em relação ao seu par, ela assimilava-se mais à uma mão humana, porém eu tinha apenas quatro dedos e eles eram tortos e em formato de ganchos. Assim como o homem comum, eu portava uma cabeça com nariz, olhos e boca, um par de orelhas mais pontudas do que o comum e um par de chifres tortuosos escondidos por um longo cabelo negro que caia aos meus ombros baixos. Meu tórax era afilado por conta das pernas longas e eu era muito magro e esguio desde sempre, minha pele sempre pálida e meus olhos escuros como a escuridão da noite ou as sombras da ingenuidade.
Quando acordei, fui consumido por uma torrente de sons muito altos para a minha recém nascida audição, pois chovia forte e torrencialmente. Foi neste momento que eu notei que a minha audição era extremamente aguçada, assim como meu tato, pois sentia cada gota de água escorrendo pelo meu corpo desprotegido. Era noite, mas eu conseguia enxergar a floresta onde eu acordei em tons de cinza, o que me fez acreditar que o mundo tivesse aquelas cores. Meu paladar também era apurado, quando abri a boca para deixar as gotas de água escorrerem para dentro de mim foi quando eu notei que sentia sede e fome, foi quando eu percebi muitas coisas sobre mim.
A priori, eu não era um ser totalmente irracional e sem nenhuma consciência previa, caso fosse, eu jamais conseguiria me desenvolver de forma tão rápida ou quem sabe, sobreviver às condições de onde foi arremessado. Eu não tinha o dom a linguagem ou da escrita humana, estes conceitos ainda eram muito desconhecidos naquela época, mas eu pensava de forma clara, desenvolvia ideias como um acadêmico e tinha muitas noções sobre as coisas naturais. Por exemplo, eu sabia que para saciar a minha sede eu precisava de água, mas não qualquer água, mas sim água doce e sabia que eu poderia encontrar tal água em riachos específicos, mas não sabia onde e nem tinha noção de onde estava, aquele território era alienígena para mim. Eu também tinha noção do que eram montanhas, animais, frio, fome, entre outras coisas. Mas devo afirmar que as filosofias e ciências humanas eram misteriosas para mim. Eu sabia controlar o meu corpo de forma adequada, por mais que tive certas dificuldades no começo, eu aprendi rápido à caminhar, usar minhas garras e a correr pela grama.
Assim que eu conquistei os processos de meu próprio corpo, notei que sentia frio e que precisava me aquecer, notei também que sentia fome e sede e que precisava satisfazer tais desejos naturais, caso contrário à minha vida única acabaria tão rápido e abruptamente como começou.
    Então, sem muitas escolhas, vaguei pela floresta enquanto analisava o terreno em que me encontrava. Era uma larga floresta de pinheiros extensos, e com a neblina da chuva forte eu não conseguia ver o fim das copas e nem sequer conseguia me orientar muito bem, me perdi algumas vezes antes da chuva se encerrar e o dia raiar definitivamente, foi quando eu vi a luz do sol e as cores pela primeira vez. O céu se transfigurou em um azul vivo e quente enquanto a grama escorria de um verde aquoso, os riachos tinham sua própria tonalidade anil e transparente enquanto as árvores se misturavam em vários tons de verde. Eu notei pela primeira vez o impacto das luzes e das sombras na paisagem, algo que eu não ainda sabia nomear ou sequer expressar. Ao observar com deleite a paisagem à minha frente, inconscientemente, minha mente quis expressar-se e minha garganta quis emitir um ruído por si própria, mas nada saiu, pois eu ainda não sabia o que era o ato de falar.
    Depois de me esbanjar por um mundo de cores, eu consegui encontrar um riacho para quebrar o meu ritmo sedento e com as minhas garras, eu percebi que era extremamente rápido e ágil, afugentei um esquilo em minhas mãos e o mordi, pois sabia que dali viria o meu alimento, mas quando o esquilo contorceu-se ao se encontrar com os meus caninos, quando o sangue escorreu e ele emitiu aquele som agudo de dor e desespero eu me assustei e larguei o animal, que rapidamente se disparou para o refúgio mais próximo entre alguns arbustos. Eu não entendi o motivo do desespero do animal e me sobressaltei com a reação do bicho. Eu passei a entender que talvez todas as criaturas deste mundo sintam dor e isso me fez cair em demasiada compaixão pelo bicho, que estava, agora, ferido. Eu segui o mínimo rastro de sangue e encontrei a pequena criatura se contorcendo debaixo do arbusto. O pequeno ser emitia sons agudos cada vez mais fracos e cada vez mais tristes e solitários. Morrera ali, sem ninguém para resguarda-lo além de mim. E eu o fiz sofrer em minhas mãos inocentes à busca de comida, fui carregado de culpa e tristeza que eu nunca senti antes, minhas mãos tremeram e lágrimas escorreram do meu rosto esguio e pálido, o que eu tinha feito com aquela pequena criatura que vagava pelo seu lar? Porém, a fome era grande e tinha chegado ao seu limite. Eu não queria comer a pequena criatura, senti extrema dor ao ser forçado a fazê-lo. E pior ainda, com o meu paladar aguçado, conseguia sentir cada mordida com extrema sensação. Devorei-o aos prantos em troca de saciar a minha fome. Eu me permiti aquele momento de tristeza, mas logo levantei para seguir em frente, por que dali em diante eu precisaria comer mais daquelas pequenas criaturas para sobreviver, mesmo me considerando um ser de extrema impureza, por retirar vidas daquele modo tão cruel e terrível, eu tive que aceitar aquele pecado a fim de sobreviver. Desta forma, carregando grilhões de culpa, eu segui em frente, caminhando pela mata úmida e agora iluminada pelo raiar do dia.
    Quando alcancei o final de um monte íngreme, o qual minhas patas tornaram extremamente fácil de escalar, eu vi largas construções se espalhando pelo horizonte, eram estruturas muito mais complexas do que aquelas árvores que tinha visto na floresta. Eu não sabia ainda, mas estava olhando para um pequeno vilarejo, um daqueles que não sequer se igualam à grandiosidade de uma capital ou metrópole, mas para mim aquele lugar era imenso e lindo, suas cores misturadas, aquela fumaça subindo ao céu escapando das construções, aqueles sons distantes e cheiros distintos, era tudo novo para mim, talvez, eu pudesse descobrir algo ali, naquele lugar estranho.
    Antes de alcançar os encalços do vilarejo eu presenciei uma cena única, um largo homem de barba cumprida e barriga grande, sentado em um banco de madeira à frente de uma tela de pintura, olhando para a paisagem e com o seu pincel ele traçava cores que pintavam a mesma paisagem úmida à sua frente. Curioso, eu me aproximei pela grama para observar o que ele fazia naquele quadro em branco, e me surpreendi quando vi, era um homem extremamente talentoso e aquilo era um simulacro perfeito da realidade, onde o homem misturava cores apenas com uma ferramenta e por meio de gestos complexos, ele copiava a realidade em um quadro em branco. Me apaixonei pelas cores, pela sutileza dos traços e pela beleza simplista da paisagem representada. Não era a realidade em seus completos detalhes, mas a expressão do que ela apresentava. Para mim, um demônio que não conseguia me expressar ou falar, aquilo resumia os sentimentos de mais cedo, aqueles que eu não conseguia colocar em palavras, aquele quadro me trazia a sensação de ver as cores pela primeira vez, um sentimento que não se igualava a nenhum outro.
    Perplexo pela obra, eu me aproximei mais um pouco, foi quando o homem conseguiu me escutar, ele virou-se para mim com um rosto levemente irritado por ter sido incomodado e levemente cansado, provavelmente por ter acordado cedo para pintar o quadro e o sono ainda carregava a ranzinza matutina. Porém, ao colocar os olhos para a minha forma hedionda, o homem grunhiu em medo e bateu contra o seu quadro em um sobressalto, fazendo manchar-se a tinta fresca, o homem se derrubou ao chão, em um instinto tolo, eu levantei levemente minha mão deformada por sentir pela da obra ter caído ao chão, mas o homem apenas gritou enquanto tentava rastejar para longe de mim. Entre várias palavras que na época eu não entendia, eu consegui apenas discernir uma que não parecia ter conexão com as outras, e uma que ele havia repetido muitas vezes antes de disparar para longe da minha presença na direção do vilarejo, e enquanto a sua forma corrida para baixo do monte eu ainda ouvia as suas pragas ecoando na minha cabeça enquanto a palavra reverberava em minha mente recém nascida. Colocando a mão nos meus lábios eu repeti a palavra e falhei diversas vezes antes de acertar, abaixando levemente eu peguei o quadro com o cuidado e olhei com pena para a obra manchada, ainda repetindo a primeira palavra que eu aprendi com aquele homem desconhecido e talentoso, capaz de dar vida àquela obra que extasiou:
    - ...Lúcifer... – eu repetia para mim mesmo, ele usara esta palavra enquanto apontava para mim, talvez aquele fosse o meu nome. Tolice de mim pensar isso hoje em dia, pois qualquer humano saberia que era apenas um adjetivo e não um nome próprio, mas eu não conhecia as nuances da gramática ainda, assumi que Lúcifer era o que eu era, e por não ter visto mais nenhum como eu, assumi que eu era o único Lúcifer à vagar por esta terra, e que as pessoas se aterrorizavam com a minha presença.
    Olhando para o quadro tristemente manchado, eu pensava: Talvez esta fosse a minha vocação para o mundo, o meu presente para a humanidade, destruir tudo que toco. Isso novamente me fez sentir-se horrível, por que eu era destinado à acabar com aquela beleza esplendida que não havia me dado nada além de êxtase? Eu não queria ser o portador de um pecado tão grande ou de um destino tão cruel. Por um momento eu cai em um poço escuro de melancolia onde me via apenas como uma criatura terrível marcada por um destino horripilante e maldito, se pudesse praguejar, eu o faria, mas nada fiz além de mergulhar nestes vales infindáveis onde fiquei por um tempo inominável.
    Eu só escapei do meu transe soturno quando consegui o som de passos, vozes, medo e ódio vindo na minha direção. Como a minha audição era aguçada, eu conseguia ouvi-los se aproximando à distância, e como conseguia sentir o perigo, eu fiz a escolha de correr para o bosque e me esconder entre as folhagens, carregando comigo aquele quadro que marcava a minha maldição sobre esta terra. Quando esperei para ver o que se aproximava, escondido entre as árvores, vi novamente aquele pintor que eu havia assustado, mas agora ele carregava algo em suas mãos, parecia um enorme cano de metal com um gatilho na ponta. Outros homens, todos vestidos iguais, embora fossem de feições diferentes, o acompanhavam, eles também carregavam canos semelhantes, mas eram menores e mais compactos. Enquanto o pintor utilizava a sua mão para gesticular e falar algo que eu não entendia, os homens uniformizados usavam as suas pequenas ferramentas para apontar à toda volta, confusos e com medo. Eu não sabia o que eram aquelas coisas que eles seguravam, mas se usavam com aquela intenção, provavelmente deveria ser algo perigoso, e me mantive escondido até os homens se recolherem. Eu vi o pintor irritado e depois, cansado, recolher as suas coisas quando os homens uniformizados foram embora. Ele olhou para os lados e percebeu que eu havia levado o quadro, praguejou algo que eu não entendi e começou a descer o monte para algum lugar no vilarejo. Curioso, eu me mantive distante, mas acompanhei-o.
    O pintor desceu o morro por um caminho esculpido pela mão humana, abriu um portão na cerca e quando ele alcançou o vilarejo eu notei que já escurecia, luzes artificiais me assustaram quando eu vi que as ruas precisavam ser iluminadas e percebi que talvez os seres humanos não tivessem as mesmas percepções que as minhas. Eles eram mais cuidadosos, mais engenhosos, mais frágeis, porém, mais abençoados e não carregavam a maldição da destruição consigo, mas sim a capacidade da criação, algo que eu admirava e ao mesmo tempo invejava.
    O pintor desceu a rua solitária e vazia, eu me cuidei para me manter escondido por enquanto, queria evitar a reação que tinha tido antes. Quando o pintor finalmente alcançou a soleira da sua porta e abriu para uma estrutura iluminada, uma pequena criatura saltou e soltou um grito de felicidade, pulando para abraçar o pintor enquanto o mesmo devolvia o afeto de forma carinhosa e sorria. Eu invejei aquele afeto, aquela felicidade que eu não conseguia sentir, mas ao mesmo tempo contemplei tal ação, com uma sensação de esperança em meu peito. Vi a pequena criatura, que também poderia ser obra daquele homem, segurar a mão do pintor e ambos entraram na construção e fecharam a porta atrás de si.
    Me esgueirei e olhei através da janela aquela vida acontecendo. Essa foi a minha rotina por dias, ou melhor, semanas e meses. A vida daquela garota e daquele homem. Eu percebi que não era tão dependente da comida e da água quanto os seres humanos, então eu só saía quando eu precisava, em todos os outros momentos, eu observava pelas janelas o desenrolar da vida. Naquele tempo, eu aprendia muitas coisas, pois o pintor, em um horário fixo, sempre ia até o quarto da garota e a ensinava muito sobre tudo. Ele a mostrava mapas, escritas e os dois se divertiam juntos, eram felizes um com o outro. Quando o pintor precisava ensinar à garota os dons da escrita e da linguagem, eu aproveitava para aprender junto. Eu meu ritmo, eu aprendi muito mais rápido e em questão de meses conseguia entender com grande facilidade a linguagem humana, as coisas passariam a se tornarem mais obvias e as minhas observações mais precisas.
    Naquele tempo, eu descobri que o homem se chamava Victor e que a pequena garota era a sua filha, ela se chamava Elizabeth. Descobri que o dom da criação humana requisitava tanto um homem quanto uma mulher, e que os seres humanos tinham um modo muito complexo de afeição chamada de casamento. E que Victor já fora casado, por alguma circunstância que não entendi completamente, a sua mulher, cujo nome eles evitam de falar, faleceu, deixando a pequena Elizabeth sob os cuidados de seu velho pai pintor, que vivia uma vida complicada pois ele precisava de dinheiro – uma forma dos seres humanos de trocarem objetos complexos e simples – e aparentemente, eles precisam desse dinheiro para comprarem comida de outros seres humanos dispostos a caçar por eles. O próprio Victor parecia velho e frágil demais para caçar e a pequena e inocente Elizabeth, jovem e inocente demais para tirar uma vida. Apesar de eu, jovem e inocente como ela ter sido capaz. O velho Victor pintava desde criança, e essa era a ocupação de sua vida, o que lhe trazia felicidade e paixão. Porém, ele não era reconhecido apesar de seus quadros serem uma obra prima. E não digo isso por era a única arte que eu conhecia, ao decorrer do tempo, aprendi sobre muitas artes junto da jovem Elizabeth e ao comparar, Victor não era apenas um pintor, mas um bom pintor. Porém, não havia ninguém interessado em comprar suas artes e ele não sabia como vende-las sozinho. Dessa forma, para sustentar Elizabeth ele era forçado a trabalhar durante o dia em uma fábrica, de onde ele sempre voltava sujo e infeliz. A única felicidade na vida de Victor era a sua jovem Elizabeth e os quadros que pintava. Porém, as vezes ele mesmo sacrificava o pouco dinheiro que ganhava para comprar comida para a sua filha ao invés de investir em material para pintura, mais um motivo para que ele não conseguisse pintar tantos quadros quanto gostaria.
    Triste pela sua situação, eu decidi que aquele homem precisava ser recompensado pelo que me ensinou. Mesmo sem saber que eu estava ali, como uma sombra solitária à espreita, ele me ensinara muito sobre o mundo e sobre a linguagem. Por causa dele eu era agora capaz de falar e entender os humanos, por mais que faltasse sutileza e o meu idioma era arrasado. Eu esperei a noite cair e esperei Victor e a sua filha adormecerem para sair dali. Eu adentrei na cidade e fui até a loja onde Victor costuma comprar o seu material de pintura. Foi fácil entrar pela janela, mas eu precisei quebra-la para conseguir passar, fazendo um barulho que me forçou a acelerar a minha ação, com medo dos humanos me encontrarem e terem uma terrível reação com a minha aparência. Com meus braços eu segurei o máximo de tintas, pincéis e quadros que eu pude, joguei-os pela janela em um saco que encontrei ao balcão e quando fui pular a janela para sair da loja, alguém desceu as escadas e viu a minha silhueta saltando, eu só consegui ouvir os gritos e uma voz feminina velha gritando “Parado aí mesmo!” enquanto corria para me alcançar, mas eu temia pelo vislumbre e pela minha descoberta. Eu até pensei em parar, mas isso faria com que os humanos soubessem de mim, isso me faria perder a minha vida com Victor e com a jovem Elizabeth, nada disso eu queria. Apressei-me, segurei o saco e corri dali, sem ser visto. Deixei tudo na frente da porta de Victor e esperei, sorrindo. Eu finalmente conseguira devolver um pouco do que ele me fornecera, e como eu sabia que a pintura era muito importante para o velho Victor, eu passei a noite me deleitando em imaginar a felicidade daquele homem ao encontrar o material para a sua felicidade na sua porta. Naquela noite, eu sonhei com Victor me agradecendo e me abraçando como fez com a jovem Elizabeth, Victor me convidava para entrar e me ensinava a ler, ele me ensinava a pintar aquela linda paisagem que eu ainda carregava comigo, o meu sonho terminou com Victor sorrindo e me chamando de filho.
O dia raiou e eu acordei no bosque onde havia dormido, me apressei alegre na esperança de ainda conseguir ver a primeira reação de Victor quando visse os materiais, mas para a minha surpresa algo estava acontecendo na frente a casa de Victor. Vários carros daquele grupo de homem uniformizados estavam parados na frente da casa, eu ouvi várias vozes misturadas e vi Victor sendo levado pelos homens uniformizados, ele gritava:
    - Eu não sei o que é isso! Eu estava dormindo, eu não roubei nada!
    - Nós iremos discutir isso na delegacia, Sr. Morgan – um dos homens uniformizados falou enquanto impedia uma jovem Elizabeth assustada e chorosa de se aproximar do seu pai, que era arrastado até um carro.
    Eu pensei em fazer algo, mas o que poderia eu fazer? Ao mesmo tempo que estava confuso, eu entendi a situação. Isso me fez mergulhar mais ainda em arrependimento e culpa, tinha deixado a felicidade e esperança me consumir, de fato, tinha esquecido da minha maldição.
    A pequena Elizabeth também foi levada pelos homens uniformizados, e lá estava eu, o pequeno Lúcifer amaldiçoado a destruir tudo que toca. Aquelas pessoas que eu almejava em conquistar foram destruídas por mim.
    Levando o quadro que eu roubei em minhas mãos, eu entrei na casa vazia dos Morgan. Era muito diferente estar lá dentro e não fora olhando por uma janela. Entrei no corredor que levava à sala de estar e à cozinha. Vi as portas que entravam para o quarto da pequena Elizabeth, do Victor e a oficina onde ele pintava os seus quadros. Era uma casa modesta e pequena, mas ainda sim arrumada. A pequena Elizabeth fazia faxina todos os dias quando não estudava ou brincava.
    Eu fui até a cozinha e sentei-me em uma das cadeiras da mesa, imaginei o Victor servindo os seus pratos quentes e complexos que jamais fui capaz de copiar. A pequena Elizabeth corria pela sala e Victor chamava-a para o desjejum, meu velho pintor olhava para mim com tenro carinho enquanto perguntava se eu queria suco.
    - ...Eu... Quero... Victor... – respondi, enquanto sorria, minha mão deformada alcançava o ar e o meu sorriso morreu quando eu vi aquela deformidade que eu era. Lembrava do meu reflexo e lembrava do rosto aterrorizado que eu fiz Victor passar.
    Eu me levantei e caminhei, ainda com o quadro por debaixo do braço, na direção do quarto da pequena Elizabeth e a imaginei brincando no chão. Ela sorria para mim, me chamando de “irmão Lúcifer” e perguntava se eu queria brincar com ela.
    - Do... que... você quer brincar... Elizabeth? – Eu falei, olhando para ela da mesma forma que Victor olhava para ela. A garota respondia que podia ser de qualquer coisa, desde que eu estivesse com ela, então, me sentei e peguei o tabuleiro de damas que ela tanto gostava, comecei a jogar.
    - Sua vez... – Eu falei, enquanto ela quebrava a cabeça. Claramente, eu a deixei ganhar e ela sorria com a vitória, perguntava se eu queria jogar mais uma vez.
    - Eu... Preciso ajudar o seu pai... Ele me chamou para ajudá-lo na oficina...
    Ela fez uma cara de emburrada e eu ri, confortei-a e ela me deu um abraço, falando que só iria largar se eu prometesse a ele que eu voltarei para brincar mais tarde.
    - Eu... Prometo...
    Com o quadro debaixo do braço, eu me levantei e os meus olhos foram em direção à janela fechada onde eu costumava observar as lições diárias, vi o meu reflexo hediondo pelo espelho e abaixei o rosto, não queria olhar para mim mesmo.
    Saí do quarto e fui até a oficina de Victor, onde hesitei na maçaneta. Mas abri, entrando no escritório empoeirado onde vários quadros estavam escondidos por baixo de panos sujos. Era um dos poucos lugares que eu só conseguia ver quando Victor deixava a porta aberta ou entreaberta. Eu raramente conseguia ter uma visão tão completa do local de amor do Victor até agora, então, me deleitei por horas em observar as pinturas que ele tinha, de uma à uma, cada uma era uma surpresa diferente quando tirava aquilo que as escondia.
Me apaixonei novamente pelas pinturas de Victor, uma a uma eu via paisagens, objetos e obras que me faziam chorar. Coloquei a velha pintura que carregava em seu devido lugar antes de tirar o último pano da pintura mais recente, mas ainda incompleta, de Victor. Eu quase conseguia ver Victor, com a sua roupa suja de tinta, suas mãos manchadas por vermelho, verde, azul, amarelo e laranja. Ele sorria para mim, me oferecendo o pincel e perguntando se eu queria tentar.
    - Eu... Só conseguiria estragar... Eu não sou bom para fazer... Coisas... – Eu disse, tristemente, encarando o quadro que eu havia destruído. Mas ele negou a minha afirmação e disse que se eu quisesse, poderia fazer diferente, uma lágrima escorreu do meu rosto e eu fui até o seu quadro mais recente, tirei o pano enquanto segurava um pincel velho e sujo de poeira. Quando vi a obra, meu rosto paralisou e minhas emoções falharam, eu chorei e as lágrimas felizes escorreram pelo meu rosto. Era um quadro meu, Victor estava pintando a mim. Minha forma hedionda estava sendo apreciada e simulada pelas mãos e de fato, aquele homem me amava. Devem ter sido horas que eu me exclamei em êxtase, as emoções eram tão fortes que minhas sensações me falharam, eu não ouvi ninguém se aproximando até uma voz quebrar a minha emoção subitamente.
    - Você está triste? – Uma jovial voz familiar me perguntava, a voz da pequena Elizabeth, quando eu me virei, eu que estava ajoelhado no chão, vi a garota e seus cabelos loiros longos descendo pela sua forma inocente. Em seu olhar, não havia qualquer medo sobre mim e nenhum ódio, fiquei paralisado por um tempo, assustado demais para responder ou fazer algo. A criança parecia hesitar ao ver um desconhecido tão estranho, mas não tinha corrido nem gritado, mas logo falou novamente – Por que você está chorando?
    Dessa vez, encontrei forças para responder:
   - Não... Não estou triste.
    - Então por que você está chorando? – Ela perguntou, notando a minha falta de agressividade apesar da minha aparência. Naquele momento, eu já tinha adotado hábitos mais humanos e estava coberto, meus pés estavam escondidos por botas mal colocadas e rasgadas, meu braço coberto por um sobretudo longo e luvas negras, apesar dos meus chifres estarem para fora.
    - Eu... Eu não sei... Mas eu não estou triste, Elizabeth... Não se preocupe... Estou feliz...
    - Como você sabe o meu nome? – Ela hesitou e eu engoli em seco, mas tentei sorrir.
    - Conheço o seu pai... Vim devolver algo para ele... E... Pedir desculpas...
    - Você fez algo de errado?
    - Fiz... O seu pai... Onde ele está?
    - Ele está lá fora conversando com o policial – Ela disse, agora entrando na oficina de vez e colocando suas pequenas mãos para trás – Que disse que houve um engano e que o ladrão não era ele, uma mulher disse que viu o ladrão de verdade.
    - Ladrão...? – Eu perguntei com a sincera dúvida.
    - Sim, alguém roubou a loja de pinturas – Elizabeth exclamou com certa tristeza – E tentou culpar o meu pai.
    - Não... Eu... – Eu me segurei, talvez esta fosse a minha chance e não podia estragar tudo – Talvez... Talvez o ladrão não quisesse fazer isso...
    - Acho que não, senhor – Ela disse – Meu pai disse que todos os ladrões são maus e que eles só querem prejudicar os outros. Que eles são egoístas.
    - São...?
    - Sim – Ela falou – Meu nome é Elizabeth, mas o senhor já sabe disso, e o seu, senhor?
    Eu hesitei quando a garota estendeu a mão, mas levemente coloquei a minha mão torta coberta com uma luva para cumprimenta-la, rapidamente removi-a com medo da garota perceber que eu não era humano como ela.
    - Eu... Meu nome...?
    - Sim, senhor. Qual é o seu nome?
    - ...É Lúcifer...
    - Lúcifer? Como o da história?
    - Que... Que história...? – Perguntei interessado.
    - Espera, eu vou buscar para te mostrar – Ela disse, correndo para fora do corredor e voltou com um livro em mãos, aberto em uma imagem de um anjo lindo de cabelos loiros e asas largas, pele branca e pose bela, não era nada como eu – Ele foi amaldiçoado, sabe? E foi jogado para fora do céu por Deus, por ter desobedecido, e virou isso.
    Ela virou a página e mostrou a foto de uma criatura horrenda com cascos de bode, chifres e pele deformada, reinando sobre a destruição, era como eu. Aquele de fato era eu? Será que eu já fora belo uma vez e desobedeci a Deus? Ele me castigara com essa maldição? Toquei o meu rosto com a minha mão enluvada e imaginei como seria ser belo e aceito. Lágrimas escorreram pelo meu rosto e Elizabeth olhou-me com preocupação, mas outra voz se aproximava sem a minha percepção, eu levantei com rapidez e vi Victor aparecendo na porta, com um sobressalto o homem gritou assustado, eu tentei falar algo, mas fui incapaz devido a surpresa. O meu sobretudo que escondia o meu braço deformado saltou-se para o lado com a minha rapidez, revelando a minha forma hedionda. Victor puxou Elizabeth que também olhava para mim assustada. Ela com medo e ele com ódio, Victor gritou algo que estava fora de foco para mim.
    Ele abraçou Elizabeth que começara a chorar e eu fui até o quadro que eu tinha destruído na intenção de mostrar para Victor. Talvez, se ele visse o quadro ele entenderia, que eu vim devolver e que eu não queria fazer nenhum mal.
    - O que é isso? – Victor exclamou – O que você quer comigo e com a minha filha, demônio!?
   - Eu... Vim lhe devolver... Isto... Victor... – Eu apanhei o quadro e mostrei. O homem olhou para mim com um nojo que me feriu mais do que jamais tinha ferido.
    - Não quero! Arraste para o inferno de onde veio! – Ele gritou – Ele está aqui! – Victor gritou para alguém que se aproximava e um homem uniformizado apareceu, apontando aquela arma para mim enquanto se colocava entre mim e a minha família.
    - Não se mova, coisa! – O policial gritava enquanto tremia – Ou eu atiro! Atiro de verdade!
    Era tudo um grande engano.
    - Eu... – Falei tentando mostrar o quadro para o policial, mas o homem se assustou, e eu posso culpa-lo? Ouvi o com do tiro que ensurdeceu meus ouvidos sensíveis, vi Elizabeth cobrindo as orelhas e Victor olhando para mim com desprezo, a bala atingiu meu ombro e jorrou sangue vermelho que pintou o quadro mais recente de Victor, uma segunda bala não me acertou, mas perfurou e rasgou o quadro que eu segurava, fazendo-o cair da minha mão, destruindo-o por completo, uma terceira bala alojou-se no meu peito e ali ficou, fazendo sangue escapar e banhar o chão, eu tropecei e me segurei onde pude, quadros atrás de mim se derrubaram.
    O policial tentou atirar mais, só que a arma travou. Eu senti cada dor e pela primeira vez, raiva. Aquele homem estava entre mim e a minha família e ele me fez sentir uma dor que jamais pude compreender, tomado pela maldição, eu alcancei o seu braço que segurava a arma e com um rápido puxão, quebrei seus dedos arremessei-o aos quadros, fazendo sua cabeça bater contra a parede e o homem derramar sangue sob o chão.
    Coberto de sangue, virei para Victor, mas vi apenas Elizabeth ao chão, chorando e gritando desesperada, Victor rapidamente apareceu virando o corredor e entrando na oficina, onde eu permanecia em pé no centro do quarto, manchado do meu próprio sangue. Victor carregava aquela grande arma que eu o vi carregando muito tempo atrás, com ódio em seu rosto, eu não consegui me defender, pois tudo que eu tinha feito era para protege-lo, como eu seria capaz de atacar o meu pai?
    - Fique longe da minha família, seu demônio! – Ele gritou antes de ensurdecer novamente os meus sentidos com o estampido alto e a dor extrema, só que era muito mais poderosa do que antes, eu fui arremessado contra os quadros, quebrando todos em meu caminho e misturado com um grito de susto de Elizabeth, eu gritei de dor extrema e chorava.
    - Por favor... Victor...
    - Como você sabe o meu nome, seu merda?
    - Eu... Observei vocês... Eu só queria ajudar... Eu queria te dar um presente...
    Cuspi sangue, meu peito estava à mostra e eu estava extremamente fraco, Victor olhou para mim com confusão e o seu ódio se intensificou.
    - Você? Foi você que me incriminou? E você estava me observando? E observando a minha filha, seu lunático! – Ele apontou novamente aquela arma para mim, eu só consegui chorar e implorar.
    - Por favor... Dói... Victor...
    Ele atirou novamente e eu gritei de extrema dor, não conseguia mais mexer os meus braços, minha visão tinha ficado embaçada e minhas pernas não se mexiam, a dor era tanta que tudo estremeceu e o meu coração estava mais fraco.
    - Victor... Por favor... Eu amo vocês...
    - Você é um louco! Um monstro! Vai pro inferno! Monstro!
    Quando ele atirou mais uma vez, eu já não sentia nada, minha visão não conseguia mais focar e tudo ficou silencioso. Eu não conseguia mais chorar ou gritar, nem sequer implorar. Tudo que o meu corpo pôde fazer era decair, se misturando com o sangue da minha carne, lágrimas escapavam do meu rosto. E mesmo após tudo ficar dormente e o meu corpo cessar de sentir a dor, ainda doía.
    Em meio a dor, tudo ficou vazio e eu quase conseguia sentir a chuva no meu corpo de novo, a minha última visão foram as cores do quadro em pedaços, aquela paisagem simulada linda, estragada pelo meu toque.
    Se eu nunca tivesse existido, talvez aquele quadro estivesse inteiro. E talvez aquelas cores pudessem ter sido salvas. Ah, e que cores lindas. Lindas demais para um monstro como eu. A única cor que eu mereci, no final de tudo, foi o vermelho.
4 notes · View notes
blackcats7 · 2 years
Text
ESSE RAP É FODA E NECESSÁRIO.
A Divina Comédia 2
Fabio Brazza
Senhoras e senhores
O circo pega fogo se tem Deus do raio
Se empurrar o dono do casa, eu vou causar desmaio
Seja bem-vindo ao meu show de ironia, flow e sarcasmo no grave
Veja à minha volta o que a cena queria
Não passa batido quem veja o que não vê meu último salto
Sambou, nessa base tombou
Brazza, avisa pro Nocivo que esse beat bombou
Trouxe umas ideia no lugar da trança nagô
Posturado e muito calmo com a força de Xangô
O Brasil tá decadente, até o diabo sabe, né?
Falta senso de empatia, sanidade, money e fé
Uns trabalha a vida toda para viajar para Malibu
Uns canalha rouba o povo e vai de iate pro rolé
Maturidade me falta pra servir de exemplo pra quem se deprime
Tomando tombo da vida, me vi na responsa de segurar firme
Psicológico no purgatório com crise de pânico fantasmagórica
Vi que o sujeito mais psicopata tão dentro da câmara que nos oprime
Um par de chifre ao presidente me parece prudente
Se eu sumir sem excedentes, me declarem militante
A geração que se preocupa mais com ouro no dente
Não enxerga que vivemos no inferno de dante
Meu time não é subdivisão, não me subestime
Nem todo papo de visão tem o olhar do crime
O olho condena e às vezes oprime
Se eu não te devo nada, então não é crime
Não ouço conselho de quem não me espelho
Prefiro morrer de pé do que viver de joelho
País do desemprego, uns de beca e uns de bico
E não falta MC que só sabe falar que é rico
Sempre a mema coisa, sempre a mema história
Dinheiro, putaria, roupas, carros e as joias
Tem que comemora e celebrar cada vitória
Mas a vida é muito mais que suas conquista ilusória
Êê, não faço rap pra atender demanda
É o coração que manda, magia igual quimbanda
Assim que a banda toca, não toca nas minha ponta
Não venha me contar o que não é da minha conta
E aí Zelensky cê vai ficar putin
Se eu disser que você é só um fantoche da OTAN
A indústria armamentista só quer saber do din
Os Bolsominion só estudam a versão da Jovem Pan
Quanto mais antitivax, menos antitivax
Quando cê mata um assassino, se tornam iguais
Quanto mais ensino mínimo
Mais presídio de segurança máxima disse o Sérgio Vaz
Não vou no culto, sou ocultista, não vou na missa e tô na missão
Não sou cego, mato meu ego, tô em processo de composição
Rasgo o verbo que se fez carne, o homem ainda faz carnificina
O mundo tá em guerra, essa comédia não é divina
Ahn, só, Mano Fler, é
É os gnomo, teste cardios, puta
Diz: Puta que pariu, mas não surta na Kama Sutra
Palhaço assassino, bom de soco e de tiro
Não fere o inocente, até na faca mata rindo
Com as peças que a vida me prega, eu monto um carro
Que surra o serrote e sarra, sara, tira sarro
Bem-vindo ao picadeiro picotado por pacato
Se o pato perde a pata, tá viúvo ou aleijado?
Quem paga comédia paga com a vida piada
Cagueta até a mãe antes de levar uma piaba
Onde a Peppa é Pig, Pica-Pau vai papagaio
Chove na Espraiada se o choque cheira o raio
Em roupa amarrotada, a vida passa e você num vê
Melhor que cê viver ou cê viver sem querer ser
Carece não se crescer, diz aí o que cê quer ser, CQC
Quem vem pra vencer, amadurecer e renascer
Bife envenenado pro dog que só late
Dezoito quilate, vinte e quatro que morde
Perreco Stop Fox, Start, Pause Stand-up
Às vezes só o que desce, acha o caminho que sobe
Mas se a metade da laranja virou suco
Muitos vão pra luta onde o sorriso chama luto
Os que qué la plata nunca vai pagar de Pluto
Vira, sente o susto e se moscar só sobe o vulto
Aham, ah
Aê temido Diabo, desculpe te mandar esse e-mail
E atrapalhar seu corre no inferno
É que aqui em cima a galera tá de saco cheio
Olhando pro presidente e se perguntando se ele não é seu subalterno
Bota terno, gravata e candidata à senador
Porque tem cristão aqui que apoia torturador
Se cê visse capeta, o que eles fazem só com uma caneta
Ia ver que seu tridente não é tão assustador
É, andam fazendo tanta maldade que cê nem imagina
Depois dizem que estão possuídos pelo Diabo
Tá brabo, tão jogando tanta merda na sua conta
Só pra livrarem o próprio rabo
Você devia cobrar direitos autorais
Pelo uso indevido da imagem do Satanás
Ou melhor, já que muita gente te cultua, vem pra cá
Abre uma igreja só sua e ganha milhões de reais
Demônio, escute o que esse amigo te aconselha
Mas cuidado que o Brasil aqui tá osso
Ainda mais você sendo de pele vermelha
Pode ser confundido com um índio e ser assassinado lá em Mato Grosso
Diabo, de você não tenho medo
Você é sincero na sua maldade, por isso não tenho medo
Temo mais aquele bom cidadão que anda com uma Bíblia na mão
E faz sinal de arminha com o dedo
Gigante, Fler e Zeus, ainda tem muito fariseus
Pessoas ainda defendem o partido que matou mais de seis milhões de judeus
Aí embaixo de você bota fogo nos racista
Aqui em cima a gente bota fogo nas florestas e museus
Na nossa maldade, por favor não se espelhe
Se o ser humano é ruim, peço que não se assemelhe
Você que já foi um anjo de Deus
Então pergunte se a gente realmente é filho dele (será?)
Querido Diabo, desculpe te mandar esse e-mail
É que o negócio tá feio e eu já não sabia à quem recorrer
Pessoas fazendo mal, falando do divino
Enquanto pessoas boas foram mortas acusadas de ser você
Pensando bem, cê não sabia deve ser tão mal assim
Quer saber, Diabo, do jeito que a coisa aqui tá ruim
Para o mundo que eu quero descer
E já separa uma cadeira no inferno aí pra mim
E só de citar seu nome, os péla vão me xingar
Amém, tô zoando, amém não, haha
Composição: Fábio Brazza / Gigante no Mic / Mano Fler / Zeus MC
5 notes · View notes
swffichas · 2 months
Text
Imagem
CALAHAN SKOGMAN? não! é apenas RAYNAR HORNSBY, ele é filho de ZEUS do chalé 1 e tem VINTE E NOVE anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há DEZESSEIS anos, sabia? e se lá estiver certo, RAY é bastante ÍNTEGRO mas também dizem que ele é CIRCUNSPECTO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news para atrair audiência.
BIOGRAFIA
🗲 Willow sabia que não deitava com um homem comum. Em nenhum momento engolindo a farsa que tão pomposamente espalhavam pelos corredores do hotel. Grande ator? Rico milionário? O nome da revolução? Cada canto era uma história diferente, e um único detalhe em comum: poder. Willow fechou os olhos para aliança no dedo, sufocou a culpa no abraço apertado entre lençóis desarrumados. Ela era apenas uma camareira fazendo o serviço, interpretando a falta de aviso na porta como um convite para fazer a limpeza. E ele chegando logo depois, cheirando a bebida cara e charutos cubanos. A química foi tão instantânea quanto a explosão do contato, uma noite de amor perfeito finalizando como qualquer conto de fadas da vida real. Horas depois Willow acordava numa cama vazia, uma mensagem de despedida má escrita na folha timbrada do hotel.
🗲 Nove meses depois, Raynar nasceu e o mundo virou de cabeça para baixo. Sozinha na cidade de Aspen, no Colorado, sem qualquer rede de apoio e vivendo no hotel, Willow usou os próprios aposentos e colegas funcionários para manter a criança. It takes a village to raise a child. Alguém ficava com o pequeno em algum momento, revezando com a mesma facilidade que trocavam os lençóis de cama ou limpavam um copo no bar. Foi assim que ele aprender a ser silencioso e esperto, esconder quando estava em perigo. Treinou os olhos para detalhes que sumiam em certo ângulo, o que era bom do ruim, o jeito certo de abordar um visitante não admitido como hóspede. Raynar aprendeu o poder dos segredos e dos favores. Os olhos azuis e cabelos claros facilitando o trânsito, tirando de si o estranhamento de alguém tão pequeno num ambiente adulto.
🗲 A rotatividade do Hotel disfarçou o cheiro do semideus, que crescia e crescia e crescia. Tanto em poder quando em tamanho. A criança deu um salto antecipado da puberdade, ficando maior do que as crianças da sua idade. E com a maioridade física, o mundo do lado de fora tornou-se impossível de ignorar. Neve, esqui e velocidade, Raynar ajudando as crianças nos circuitos mais baixos e aventurando-se com os adolescentes nas radicais montanha acima. Na neve, o céu aberto em imensidão, Raynar sentia-se vivo. O cheiro do ar limpo, da surdez pelo vento passando rápido demais e da perturbadora ansiedade a cada curva. As árvores pareciam esconder um segredo, estendendo os galhos para o meio da pista enquanto modulavam o som da brisa em uma linguagem desconhecida. Avisando, lembrando, cantando uma canção antiga cuja letra ou língua Raynar não conhecia.
🗲 O princípio do fim veio três dias depois do aniversário de treze anos. Raynar levou a nova prancha de snowboard para um teste daqueles. Coisa rápida, tinha prometido à mãe. Só uma ou duas voltas. Contudo, duas viraram dez e o sol descendo no céu instaurou o desespero animado no menino. Correu, escorregou, fez o caminho deslizando. O que deveria ser uma mãe raivosa o esperando nas escadas dos funcionários, Raynar foi recebido por uma aos prantos. Gritando, chorando, empurrando para um caminho diferente do normal. Ela não falava coisa com coisa, mencionando monstros e deuses e guerras antigas. Quando falou sobre Os Três Grandes, a risada do mais novo quebrou a loucura. Ele tinha percebido aquelas outras pessoas ao redor, mas só agora notava a estranheza de sua fisionomia. Bamboleantes, chifres despontando de capuz, um rabo agitando a neve dos pelos.
🗲 De dentro do helicóptero, Raynar soube que aquele era o último dia ali. As suspeitas confirmando quando ninguém respondia suas perguntas. Por que a mãe não ia junto? Por que estavam indo embora? O que estava acontecendo? Tudo interrompido com um urro retumbante, árvores quebradas e o ponto escuro na neve que era mão desaparecendo sob uma mancha vinte vezes maior. Foi necessário do sátiro mais velho o uso do dardo tranquilizante no garoto ou ele fritaria tudo com o poder adormecido.
🗲 Raynar tivera um pouquinho de cada de tudo enquanto crescia no meio da diversidade. Construindo a personalidade com a inocência e humildade de uma criança. Adaptação era uma brincadeira na tenra idade, um grande jogo de quebra-cabeça interativo. Agora? O acampamento era uma ameaça, um lugar inseguro. Cada pessoa provocando aquela voz interna que gritava perigo, perigo. Alarmando de tal jeito que ele enlouquecia de tensão, pressionado até o mais escondido nervo, acuado sem saber para onde ir. Ninguém era capaz de acalmar o ataque de Raynar, ainda menos enquanto o corpo vibrava com o poder. Correntes elétricas lambendo a pele sem feri-la, chamuscando a grama e fervendo a água empoçada. Não cheguem perto. Ele gritava e agitava os braços, chorando de medo e raiva. E o sátiro vinha de novo, ancião de mira exemplar, acertando o dardo tranquilizante mais uma vez.
🗲 Levou tempo para Raynar aceitar sua nova realidade, todas as consequências que envolviam sua natureza. Desde a história até as diferentes 'provas' de que deuses estavam entre nós. A criança aventureira fechou-se numa taciturna e distante, grande demais e assustadora sem querer (ou queria). Vivendo sob o teto de Hermes, Raynar encontrou uma nova maneira de viver, resgatando a adaptação que lhe era tão fácil. Em toda a oportunidade, ele se enfiava em missões e tarefas menores. Qualquer coisa, de verdade, para se colocar o mais longe possível dali e buscar respostas de Aspen. Notícias de jornal, matérias de televisão, boatos de qualquer natureza. Só que, toda vez que saía, os monstros o encontravam rapidamente. Sim, era normal ter dificuldades, mas com Raynar era um absurdo. Sim, ele conseguia controlar o ataque, mas precisava de tanto? Tanto afinco pra matá-lo? Revoltado depois de uma missão particularmente difícil, decidiu queimar a maior oferenda que conseguiu comprar. A fumaça espiralando para os céus levando a mensagem de Raynar, que cuspia e acusava o pai do abandono da mãe. Falou do hotel, contou a história de Willow sobre o pai, do... Terminou com um grito e foi embora. Determinado a não mais submeter a deus nenhum.
🗲 Raynar acordou com os filhos de Hermes rodeando sua cama. O símbolo de Zeus brilhando bem na frente do seu rosto. Digamos que o filho de Zeus precisou de muito controle para sair do chalé e se afastar pela praia. Andando tão longe quanto conseguia para soltar a pequena tempestade de raios acumulada pela raiva. Daquele dia em diante, sua vivência no chalé foi por obrigação e pelo amor aos irmãos. O pai não merecia nada, nada, nem homenagem nem o mínimo reconhecimento. E, bem, vamos dizer também que o semideus riu consigo mesmo quando confirmaram que o contato com os deuses tinha sido cortado. Ele estava presente durante a profecia, foi um dos primeiros a participar da patrulha, tudo o possível ele se envolvia.
🗲 A mãe tinha ensinado algo que ele levava para vida: se quer algo bem feito, faça você mesmo. E, dependendo de Raynar, os deuses longe só facilitava seu trabalho.
OUTRAS INFORMAÇÕES
PODERES: ELETROCINE. Capacidade de controlar, gerar ou absorver a energia elétrica.
HABILIDADES: durabilidade sobre-humana e fator de cura acima do normal.
ARMA: KATHAROS. Visando a liberdade de movimento e a certeza de que terá todos os lados defendidos, Raynar escolheu a lança de dois gumes. Uma peça de dois metros e meio com lâminas afiadas em cada ponta, capaz de se dividir ao meio. Uma metade é de ouro imperial, a outra de bronze celestial.
MALDIÇÃO OU BENÇÃO: Não se aplica.
DESEJA ESCOLHER ALGUM CARGO DE INSTRUTOR? Instrutor de Simulação de Ataques. Membro da equipe azul de queimada e parede de escalada. Individual da equipe de corrida de Pégasos.
PERMITE QUE A CENTRAL USE SEU PERSONAGEM PARA DESENVOLVER O PLOT? PERMITE QUE A CENTRAL USE SEU PERSONAGEM EM PLOT DROP, EVENTOS, TASK OU ATIVIDADES EXTRAS SEM AVISO PRÉVIO? Sim.
0 notes
fuckles · 2 months
Note
71
claro q já levei chifre, um homem sem chifre, é um animal indefeso
0 notes