JoJo's Bizarre Adventure: The Shining Star
Capítulo 11: Memórias Perdidas
17:10
Renan caminha pelas ruas de Tóquio indo em direção à floricultura de Shui Kimi. Havia acabado de entregar a carta de Marionette para sua família biológica, estando um tanto surpreso que a garota ainda mantivesse contato com eles. Renan olhava para baixo, observando os seus pés enquanto andava pela calçada. A rua aparentava estar um pouco agitada, carros passavam por ela e pessoas a atravessavam
Renan: Agora eu preciso ir pra floricultura sem que minha vó perceba que eu não estava na escola... Eu vou me esconder atrás de uma das árvores do pátio da escola, e... Fingir que estou saindo de lá. Se ela me perguntar qualquer coisa é só eu inventar uma desculpa na hora. -Sussurrava enquanto avistava sua escola de longe. O mesmo suspirava, e logo começava a correr para até lá com velocidade, descendo a mesma escadaria que havia descido de manhã e indo para uma das árvores da escola, estando com a respiração ofegante por um tempo. Havia poucos alunos na escola, o que era um tanto peculiar. A quantidade reduzida de alunos deixou o loiro intrigado.
Renan: Tem poucas pessoas na escola... Provavelmente é por causa do horário... -Sussurrou consigo mesmo enquanto espiava a quadra da escola e a floricultura de Kimi ao mesmo tempo. Enquanto observava, Renan escutava passos se aproximando da árvore, e uma voz familiar o chamando.
??????: Olha só... Se não é o Shui Renan... -Renan olhava para trás, vendo quem estava o chamando. Era Hannah. O mesmo voltava a olhar para a floricultura, ignorando a presença da garota.
Hannah: O que faz aqui? Não o vi o dia inteiro. Nem você, nem o JoJo, e nem... Aquela garota... Achei estranho. Vocês três foram para a enfermaria... E aconteceu um incidente lá tempo depois. O JoJo se meteu em mais uma briga, não foi? Mas uma briga... Na enfermaria... Seria meio controverso, não?
Renan: Sabe Hannah, eu que pergunto. O que você está fazendo aqui enquanto você devia cuidar da sua própria vida e voltar para casa?
Hannah: Eu volto para casa de carro, tenho que esperar me buscarem... Eu sou obrigada a esperar até tarde por aqui. Agora... Responda a minha pergunta Shui, o que aconteceu com o Jotaro?
Renan: Por que quer tanto saber se o Jotaro se meteu em uma briga ou não? Isso vai mudar alguma coisa na sua vida?
Hannah: Eu só estou preocupada com ele! Você sabe... Shui... Você sabe que eu go-
Renan: Tá, tá, tá, eu já sei, todo mundo já sabe Hannah! A forma que você demonstra seus "sentimentos" pelo Jotaro é humilhante, e todos sabem disso. Eu me pergunto quando você irá perceber que tudo que você faz pelo Jotaro é inútil e que ele nunca vai gostar de você. Não vou responder a sua pergunta de merda, Bōryoku, não interessa se você quer saber sobre o Jotaro ou não, eu não vou ser um peão no seu jogo de xadrez. Apenas me deixe em paz. -Respondeu impacientemente, deixando Hannah sem palavras e de olhos arregalados. O garoto lentamente se afastava de Hannah, indo até a floricultura de sua avó um tanto irritado. Não aguentava mais as garotas fanáticas pelo Jotaro, principalmente a Hannah.
Renan: Ah... Só mais uma coisinha... -Disse o garoto se virando de costas.
Hannah: O que? -Perguntou ainda surpresa com as palavras de Renan.
Renan: Bōryoku... Vai tomar no cu. -Repentinamente, um sorriso surgia em seus lábios ao dizer o sobrenome da garota, voltando a caminhar até a floricultura de Kimi. Repentinamente, é interrompido por Hannah, que estava o chamando.
Hannah: Ei, ow Shui. -Renan se virava para trás, irritado.
Renan: O que que você quer?!
Hannah: Eu se fosse você, não me sentiria o maioral falando essas coisas. Não é como se o Jotaro fosse gostar de você também... Até porque... Você é um garoto. -Agora, Renan sente um peso em seu coração, como se tivesse acabado de levar uma facada.
Renan: Como assim? Do que está falando?...
Hannah: Não se faça de sonso Shui... Dá pra ver que você gosta dele também, ainda mais agora, que parece que você está tentando me afastar dele. -O loiro não queria se deixar levar pelas palavras de Hannah, mas sua insegurança em relação aos seus sentimentos acabaram permitindo que isso acontecesse. E então, sem dizer nada, Renan se afastava, deixando a cabeça baixa até a floricultura. Ao chegar na floricultura, o mesmo entrava lá, e a mesma aparentava estar um tanto vazia.
Renan: Vó... Cheguei... -Disse se aproximando da mais velha. Senhora Kimi parecia estar um pouco ocupada, colocando uma margarida dentro de um vaso com terra. A mesma estava usando luvas de plástico e segurando uma pá com a mão direita.
Senhora Kimi: Oh, olá querido, como foi seu dia? Você demorou um pouco mais para vim hoje... -Disse vagamente, mas com seu jeito simpático de sempre.
Renan: É... Foi normal. Eu demorei porque... Precisei limpar a minha sala de aula, e eu tô meio cansado. Só isso. -Mentiu o garoto.
Senhora Kimi: Ah sim, eu sei bem como é. É uma tarefa normal entre alunos japoneses. Eu lembro que quando eu tinha sua idade eu odiava limpar a sala depois da aula, mas eu sempre tinha a ajuda da minha antiga melhor amiga, que fazia essa tarefa não ser tão ruim assim.
Renan: É... Pois é... Ô vó, eu posso dormir na casa da Eduarda hoje?
Senhora Kimi: Oh, é claro que pode, só espera eu terminar aqui para eu poder ir para casa também. Aliás... Onde a sua amiga está? Estranho ela não ter vindo com você. E... Onde está sua maleta? -Disse olhando para a mão de Renan, percebendo que a mesma estava vazia.
Renan: É... A Eduarda foi embora mais cedo hoje. Machucou o pé na escadaria. O Jotaro foi junto com ela, eu decidi dormir na casa dela pra ver se estava bem. -Respondeu tentando fazer Kimi esquecer sobre a pergunta dos materiais. Senhora Kimi parecia estar surpresa agora, terminando de colocar a flor dentro do vaso.
Senhora Kimi: Ela caiu da escada? Como foi que ela caiu? Céus, será que ela torceu o tornozelo?! -Disse ainda surpresa, olhando com os olhos arregalados para Renan.
Renan: Não, não, vó, não se preocupe. Ela conseguia andar, então ela não quebrou o pé...
Senhora Kimi: Oh, mas que ótimo... Bom... A floricultura está vazia, então acho que já posso voltar para casa. Eu vou arrumar alguns lanchinhos para sua amiga e a sua mochila para ir dormir lá.
Renan: Lanches? O que você vai fazer vovó? Não precisa preparar nada. Daqui a pouco já vai anoitecer, vai ficar ruim de eu ir pra lá... -Disse pensativo. Senhora Kimi retirava as luvas de suas mãos, colocando as em cima da bancada da floricultura.
Senhora Kimi: Deixa disso Renan. Me espere ali fora, querido. -Disse amigavelmente, enquanto colocava o vaso de margarida junto com algumas outras flores. Renan saía da floricultura, olhando para o céu. Não iria demorar muito para a noite chegar. As luzes da floricultura são apagadas, e Senhora Kimi saía de lá com a chave da floricultura nas mãos, fechando a mesma.
19h
Passou-se quase 2 horas desde que Kimi e Renan voltaram para casa. No momento, o loiro estava no banheiro, com uma toalha enrolada em seu corpo após terminar de tomar banho. Com a mão na maçaneta, ele gentilmente abria a porta, aos poucos saindo do banheiro. Ao abrir a porta, um doce aroma subia por suas narinas, um aroma doce e encantador de chocolate vindo da cozinha. O cheiro fazia a barriga de Renan começar a roncar, tendo vontade de provar o que quer que fosse que Kimi provavelmente estava preparando em sua cozinha. O garoto parava por uns segundos, sentindo o aroma e tentando identificar o que Kimi estava cozinhando.
Renan: Eu lembro dela ter mencionado que iria preparar um lanche pra eu levar, mas ela não me disse o que iria preparar... Hm... Quem sabe... Biscoitos? Um bolo? Cupcakes? De qualquer forma, eu... Tenho que ir pro quarto pra me vestir logo... Isso vai ser difícil, a minha vó tá ali na cozinha... -Pensava consigo mesmo, olhando para a cozinha. Segurando a toalha com sua mão direita, o garoto suspira, e rapidamente começa a correr, passando pela cozinha. Então, o garoto chega em seu quarto, deixando a porta entreaberta após entrar. A mudança que teve no quarto de Renan desde que chegou no Japão foi surpreendente, havia um grande painel de fotos na parede. Mas, no lugar de fotos, havia múltiplos desenhos grudados com fita adesiva. Havia também uma pequena mesa com uma cadeira, logo a frente de onde está o seu futon estendido. Havia também um pequeno tapete e um pequeno puff no canto do quarto.
Renan vestia uma roupa íntima na parte de baixo de seu corpo, em seguida vestindo uma calça por cima, vestindo meias em seus pés. Agora, Renan abre o armário, pegando um grande lenço de cor preta, tendo quase um metro e meio de comprimento. O garoto colocava uma parte do lenço sob seus peitos, aos poucos o enrolando com certa dificuldade. Após um tempo, quando o lenço estava chegando no fim, chegava a parte mais difícil do processo... Amarrar o lenço.
Com as mãos nas costas, o garoto segurava a ponta do lenço que restava, tentando amarrar em uma parte aleatória do lenço. Renan normalmente escolhe amarrar nas costas pelo lenço ficar mais firme. E então, uma ideia surge na mente do loiro.
Renan: E se eu usar o meu stand pra amarrar o lenço pra mim? -Pensou consigo mesmo, abrindo um sorriso. Renan fechava os olhos, com uma certa dificuldade invocando seu stand. Poucos segundos depois, o loiro abre seus olhos verdes, notando a presença de seu stand ao seu lado.
Renan: Oh, olha você aí! E aí, tudo jóia? -O stand não demonstrava emoção alguma, e Renan o observava por alguns segundos, notando melhor alguns detalhes de sua aparência. Não era só os cabelos do stand que eram estrelados, seus olhos também era repleto de estrelas. Renan estava surpreso, ele olhava os olhos do stand como se estivesse olhando para o céu em uma noite de verão.
Renan: Caramba, você tem estrelas até nos olhos, que loucura. Durante esse primeiro mês vivendo no Japão, eu acabei me interessando bastante em astronomia por causa de alguns livros que li na biblioteca... E as vezes eu fiquei acordado até tarde olhando as estrelas. Será que essas estrelas representam esse meu interesse? Eu... Tenho que pensar em um nome pra você, né? Que tal... "Jorge"? -Disse levemente tocando na bochecha do stand com seu dedo indicador direito, enquanto segurava a ponta do lenço com a mão esquerda.
Renan: Bem... Cê não tem cara de "Jorge", na verdade... Não é uma boa. Pode ser... Um nome inglês também. Um nome envolvendo estrelas, já que você... Bem... É cheio de estrelas. Acho que por enquanto eu vou te chamar só de "Star", depois eu penso em um nome melhor. Enfim... Pode me ajudar com isso aqui? -O stand ia para trás de Renan, em seguida segurando a ponta do lenço e a amarrando com delicadeza. Segundos depois, o lenço já estava amarrado, e Renan desativa o seu stand. Nisso, Renan percebe que a porta estava lentamente abrimdo. O garoto observa a porta assustado. Mas então, o garoto começava a rir, deixando o susto de lado. Na verdade, quem estava abrindo a porta era Haruno. O gato entrava no quarto, se aproximando de Renan.
Renan: E aí gato. -O garoto se agachava, fazendo carinho na cabeça do felino, pegando ele no colo e o colocando em cima do puff. Haruno se aconchegada na superfície macia do móvel, e, em seguida, Renan ia até seu armário, abrindo o, procurando por uma camiseta confortável. Durante no meio das roupas, por alguma razão, havia um pequeno Walkie Talkie de brinquedo preto. Estava um tanto empoeirado. Renan sorria, deixando seu queixo cair de surpresa.
Renan: Nossa, eu tinha esquecido disso! Eu comprei isso aqui na minha primeira semana que estava no Japão! Um pra mim e outro pra Eduarda! -O garoto pegava o Walkie Talkie nas mãos, abrindo um grande sorriso em seus lábios.
Renan: Esse Walkie Talkie me faz lembrar de umas coisas, mas principalmente que lá no Brasil a gente tinha um Walkie Talkie também. Era o meu sonho de infância ter um, e a Eduarda me deu de presente de aniversário!
Flashback ON
Era sábado, dia 25 de Junho. Aniversário de Renan. Uma pequena comemoração na casa de seu vizinho. Os familiares de Renan decidiram comemorar o aniversário do garoto no fim de semana ao invés do dia do aniversário de fato. A casa de Renan era pequena, não teria muito espaço para fazer uma comemoração com amigos e família por ali. Se lembrava de estar sentado em uma cadeira, um pouco mais afastado dos outros convidados que eram seus familiares, estando um tanto impaciente e irritado, principalmente pelo fato de que ele não queria ter uma festa de aniversário, seus pais o obrigaram a ter, praticamente. E então, o garoto virava a cabeça para o lado, percebendo uma garota de cabelos extremamente compridos no portão do local. Era Marionette.
Renan: Que? Meus pais convidaram ela? Ai, que maravilha, ao menos alguém que eu goste... -Na época, ela não havia suas mechas loiras no cabelo, e tinha uma leve insegurança em cortá-lo. A garota estava usando um vestido florido e um casaco jeans. A mãe de Renan ia até o portão com uma chave, abrindo, permitindo que a garota entrasse. A mesma estava segurando um pacote embrulhado. Renan via Marionette cumprimentando a sua mãe, e a garota aos poucos se aproximava de Renan. O loiro aparentava estar um pouco mais alegre agora, se levantando da cadeira, recebendo um abraço apertado de Marionette.
Marionette: Feliz aniversário Renan! -A garota de separava do abraço, entregando o presente para Renan. O mesmo dava uma leve risada, sorrindo para a amiga.
Renan: O que que será que é? Será que é uma granada? Uma arma? Uma faca? Ou... -O garoto se aproximava do ouvido de Marionette, segurando a risada. O mesmo começava a cochichar algo.
Renan: Ou será que é um vibrador?
Marionette: Ai Renan! -A garota empurrava o ombro de Renan, dando um leve tapa nele. Renan arregalava os olhos assustado, encarando a garota. E então, a garota se assusta, percebendo o que havia feito.
Marionette: Quero dizer... Ai Julia, para com isso! -Disse estando um tanto nervosa, mas ao mesmo tempo suspirando de alívio por ninguém ter escutado ela chamando seu amigo de "Renan", apesar de que a mãe de Renan observava a garota, estando confusa. O loiro suspirava desacreditado, pegando a garota pelo braço e a puxando para dentro da casa do vizinho, longe de qualquer outro familiar de Renan.
Renan: Meu deus Eduarda, pelo amor de Deus...
Marionette: Foi mal. Enfim... Abre o presente aí. -O garoto suspirava, abrindo o presente, retirando o que havia dentro do embrulho. Para a surpresa de Renan, era dois Walkie Talkies da Hello Kitty. O garoto suspirava de surpresa, abrindo um pequeno sorriso e olhando para Marionette com seus olhos brilhando.
Marionette: Você tinha dito que era seu sonho de infância ter um desses, não é? Então, está aí. Só que... É de brinquedo. Espero que não se importe com isso, um de verdade estava um tanto caro. Quase 200 ou 500 cruzados. Minha mãe não deixou eu pegar, então eu peguei um de brinquedo mesmo.
Renan: Não, tá tudo bem! Da Hello Kitty ainda, olha só! Tá ótimo! Meu deus, olha isso aqui! -O garoto começava a abrir a embalagem, retirando os dois Walkie Talkies de brinquedo de dentro. O mesmo saltava de felicidade, entregando um Walkie Talkie para Marionette.
Renan: Tó! Esse aqui é seu! A gente vai poder falar pelos Walkie Talkies! Vamo testar agora!
Marionette: Vamo, vamo! Imagina! Mas... Problema é que precisa de pilha pra funcionar.
Renan: Nah, não tem problema, a gente procura umas lá na minha casa! Imagina a gente no intervalo da escola com isso aqui! O que você acha?!
Marionette: Ah, tudo bem. Vai ser legal! -Disse se sentindo mais a vontade, abrindo um sorriso em seu rosto. Por outro lado, Renan observava sua amiga, e seu sorriso levemente se desmanchava. O loiro reparava na aparência dela, havia olheiras profundas embaixo de seus olhos, enquanto que em uma de suas bochechas havia uma estranha marca vermelha. Marionette estava confusa, colocando ambas as mãos em seu peito.
Marionette: Que foi? -Perguntou confusa. Agora, a manga no casaco de Marionette se abaixava levemente, revelando uma pequena parte de seu braço. Os olhos de Renan se arregalaram. Como estava na época de inverno, o garoto normalmente vai sua amiga com um ou mais casacos na escola, então não havia notado o quão magra ela estranhamente estava ficando, dando até pra ver o osso do seu pulso. O garoto também notava que as mangas do casaco jeans de Marionette estavam forradas com lã, o que impedia da garota passar frio.
Renan: Eduarda... Você anda comendo direito esses dias? Não tem pulado nenhuma refeição não? Você parece estar mais magra que o normal... -Marionette respirava fundo agora.
Marionette: Bem... Mais ou menos. Vez eu outra eu não almoço ou não tomo café da manhã, mas eu estou bem. De certa forma, emagrecer é algo bom, não é?
Renan: É, quando você não pula refeições. -Disse com firmeza em sua voz.
Marionette: Ah, relaxa Renan... No final, vai ser tudo por uma boa causa. Pelo menos pra mim. Sabe como é, não é? -Nesse momento, um certo arrepio subia na espinha de Renan, fazendo o mesmo sentir seu estômago embrulhar. Havia algo de errado com sua amiga, e, de certa forma, ele sabia qual era o motivo. Marionette observava o Walkie Talkie, com um sorriso dócil.
Marionette: Depois que a gente testar o Walkie Talkie, você... Pode me dizer onde fica o telefone da sua casa? Você sabe... Pra eu fazer uma ligação... Para... Bem... Você sabe quem.
Flashback OFF
Renan: Hm... Eu... Acho que esse último detalhe eu não devia ter lembrado... Bom... Aqui no Japão o Walkie Talkie normal é um pouco mais caro. Uns 7800 ienes, e os de brinquedo estavam uns 200 ienes. Então, é, peguei um de brinquedo de novo. Se não me engano, tem o alcance de 100 ou 200 metros. Acho que... Eu já sei o que vou pedir pra minha vó de Natal. -O garoto colocava o Walkie Talkie em seu bolso, em seguida pegando uma camiseta roxa de dentro do armário, rapidamente a colocando. Após se vestir, Renan começava a procurar sua mochila, mas não a encontrava. Confuso, o garoto corria para a cozinha para conversar com Kimi.
Renan: Ô vó, onde que tá a minha mochila? -O garoto olhava para a mesa, e ficava surpreso. A mochila do garoto estava em cima da mesa. Kimi começava a rir, segurando um pequeno pote de plástico em mãos.
Senhora Kimi: Eu já tinha arrumado sua mochila enquanto você tomava banho, meu querido. Só falta colocar os lanchinhos da sua amiga.
Renan: Caraca, valeu vó! -O garoto ia até sua mochila, colocando o Walkie Talkie no bolso da mochila. Em seguida, Kimi ia até a mochila, a abrindo e colocando o pote dentro. A senhora sorria para Renan.
Senhora Kimi: Biscoitos! -Sussurrou alegre. A mesma fechava a mochila, a entregando para Renan. Por mais estranho que pareça... A mochila estava pesada.
Renan: Ai vó! O que que tu colocou aqui?! 3 quilos de tijolos?! 599 chumbinhos? Cristo amado. -A senhora Kimi ria simpaticamente, acariciando o ombro do garoto.
Senhora Kimi: É melhor se apressar, não vai querer chegar lá muito tarde.
Renan: É, tem razão, é melhor eu ir. -Renan colocava sua mochila nas costas, indo até a entrada da casa. O mesmo pegava seus tênis o colocando em seus pés, rapidamente amarrando o cadarço. Renan começava a correr para longe, e Kimi ia até a porta enquanto o loiro corria.
Renan: TCHAU VÓ!
Senhora Kimi: Tchau Renan! Não dorme muito tarde!
Renan's POV, minutos depois
Renan permanece correndo por um longo tempo, mas ao ver que estava se aproximando da casa dos Kujo, o garoto foi diminuindo sua velocidade, voltando a caminhar normalmente. O mesmo estava ofegante, quase caindo ajoelhado no chão.
Renan: Tenho sorte das ruas de Tóquio serem seguras também... -O loiro caminhava por mais um tempo, e então, chegava na residência dos Kujo. Renan timidamente retirava seus tênis, entrando dentro da casa após se aproximar, indo pro quarto de Marionette. A garota estava sentada em uma cadeira, junto com uma mesa em seu quarto, usando uma camisola branca com bolinhas rosas estampadas. Marionette aparentava estar escrevendo ou desenhando algo.
Renan: Ô Eduarda. -Chamou impaciente. Marionette a cabeça para o lado surpresa, se levantando.
Marionette: Ai, Renan! Desculpa, eu não te esperei lá fora!
Renan: BOA EDUARDA! -Disse aumentando seu tom de voz.
Marionette: Mas... Você demorou hein, achei até que tivesse desistido de dormir aqui.
Renan: Eu hein, tá doida Eduarda? Se eu tivesse desistido, eu iria ter te avisado por telefone.
Marionette: É... Verdade.
Renan: Aliás, por que você não me disse antes que aquela carta que você pediu pra eu entregar era pra sua família lá no Brasil? Quero dizer... Bem... Estava o endereço da sua casa na carta, deduzi que talvez fosse pra algum de seus cunhados. -Marionette fica em silêncio por um tempo.
Marionette: O Jotaro estava por perto antes.
Renan: Tá... Mas o que tem a ver o Jotaro estar por perto?
Marionette: Talvez seja paranóia minha, mas acho que não seria muito legal falar da minha família biológica perto de um membro da minha host family, ainda mais agora que eu e o Jotaro estamos ficando mais próximos. -Renan dá de ombros.
Renan: É... Foi meio paranóico da sua parte mesmo, mas dá pra entender.
Marionette: Vem, entre. A minha mãe, o Senhor Joestar e o Senhor Avdol estão na cozinha, está quase na hora do jantar. Sendo sincera, eu só não estou lá com eles porque eu comecei a sentir aqueles calafrios estranhos de novo. Mas relaxa, eu tô bem, já estão passando. Daqui a pouco eu vou ir pra cozinha também.
Renan: Ah, beleza. -Renan entrava dentro do quarto de Marionette, que, não tão surpreendentemente, estava organizado. Havia dois futons enrolados no canto do quarto, rapidamente deduzindo que um seria e outro seria de Marionette. O loiro se ajoelhava no chão, abrindo a sua mochila.
Renan: Aliás, sabe onde é que tá a minha maleta com os meus materiais da escola?
Marionette: Acho que sei, está lá naquele lugar onde tem umas fotos do Jotaro. Sabe onde é?
Renan: Ah, sei, tô ligado. Verdade, eu tinha deixado lá. Depois eu vou ir lá pegar, é que a minha vó colocou os materiais que vou precisar pra amanhã aqui.
Marionette: Ah bom, tá explicado.
Renan: Falando no Jotaro... Cê sabe onde ele está? -Marionette dá de ombros.
Marionette: Deve estar lá fora. Conhecendo ele, tem chances dele estar fumando. -Renan franze as sobrancelhas.
Renan: Na verdade... O Jotaro não tá lá fora não. Pelo menos, eu não vi ele lá.
Marionette: Sério?
Renan: É ué. -Marion dá de ombros.
Marionette: Ele deve estar no quarto dele então. De qualquer forma, se ele estivesse lá fora, ele provavelmente estaria fumando.
Renan: É, o Jotaro gosta de fumar. Até entendo o porquê, ainda mais hoje que eu fumei com ele hoje mais cedo.
Marionette: Pois é. Semanas atrás eu até cheguei a falar para ele tentar parar um pouquinho, pois o hábito de fumar pode comprometer os pulmões dele e matar ele aos poucos. Ele olhou no fundo dos meus olhos e disse: "Eu não tenho pressa pra morrer", claramente tirando sarro da minha cara. -Renan ri, estranhamente escutando passos do lado de fora do quarto.
Renan: É por isso que eu amo o seu irmão, Eduarda, ele é tão incrível que não tem medo do câncer de pulmão! Ninguém liga pro câncer de pulmão, nem mesmo eu! -Marionette ri.
Marionette: Hah, é claro que ama ele. De certa forma, vocês dois tem uma estranha similaridade, a diferença é que o Jotaro não é tão extrovertido.
Renan: Ô mulher, e de onde você tirou que eu sou extrovertido? -Perguntou com deboche em sua voz.
Marionette: Ah, sei lá. Mas ó, de uma coisa eu tenho certeza: Você conversa bem mais com as pessoas do que o Jotaro. Logo, isso faz você ser um pouco mais extrovertido.
Renan: Eduarda, você tá me chamando de tagarela?
Marionette: Que? Não Renan! Para com isso! -A garota ria sem jeito, passando a mão direita em sua cabeça, sentindo os fios de cabelo na palma de sua mão. Renan olhava para a porta, e via um estranho vulto preto passando por ela. O coração do mesmo acelerava assustado.
Renan: Eita, que que foi aquilo?
Marionette: O que?
Renan: Acho que eu vi um vulto preto passando aí na porta.
Marionette: Que?! Vulto preto?! Ai meu Deus... -Disse começando a se assustar.
Renan: Eu sei lá, eu vi algo passando por aqui.
Marionette: Pode ser só o Jotaro, sei lá. Você sabe, ele normalmente usa roupa preta, ou se duvidar ele ainda está de uniforme. -Brincou a garota, revirando os olhos.
Renan: Ai cara, se for o Jotaro eu tô fudido. E se ouviu a nossa conversa? Ai meu Deus, que vergonha! E se ele ouviu a parte que eu tava dizendo que eu amava ele?! Ele nunca mais olha na minha cara!
Marionette: Ai, relaxa, que exagero. Ele não deve ter escutado bulhufas, se escutou ele vai esquecer uma hora ou outra. Não fica paranóico com isso não.
Renan: É difícil não ficar paranóico com isso. Sério, ele provavelmente vai me odiar que nem as outras garotas da nossa escola.
Marionette: Ai, Renan, deixa isso de lado. -Renan suspirava, e logo voltava a mostrar umas coisas da sua mochila para a amiga.
Renan: Então tá... Eu vou acreditar em ti... Enfim... Mudando de assunto... Adivinha o que eu achei mas minhas coisas!
Marionette: O que? -Renan pegava seu Walkie Talkie do bolso de sua mochila. Marionette suspirava surpresa.
Marionette: Meu deus! É verdade, a gente tinha esses Walkie Talkie!
Renan: SIM!! TEM O TEU AINDA?!
Marionette: Tenho! -A garota abria uma pequena gaveta que tinha em sua mesa, procurando o Walkie Talkie lá dentro. Pouco tempo depois, a garota encontra. Ao contrário do Walkie Talkie de Renan, o de Marionette era rosa claro. Ambos começavam a dar gritinhos de alegria.
Marionette: Renan, câmbio, está me ouvindo? Câmbio. -Disse apertando em um pequeno botão do Walkie Talkie. O áudio saía no Walkie Talkie de Renan, e ambos começavam a rir e gritar de felicidade.
Renan: Eduarda, câmbio, estou te escutando, câmbio. Tudo certo, câmbio. -Respondeu apertando em um botão do Walkie Talkie. Marionette dava uma risada, apertando em um botão do Walkie Talkie novamente.
Marionette: Câmbio Renan, vamo usar isso aqui na escola, câmbio. -Marionette e Renan riam novamente, e logo Renan voltava a revirar sua mochila.
Renan: Por algum motivo... A minha vó colocou até aquele colar que ela me deu há um mês atrás aqui. -Disse retirando o colar de coração de dentro da mochila.
Marionette: Ah, vai ver ela quer ver você usando ou sei lá. Eu nunca vi você usando esse colar. -Renan dá de ombros.
Renan: Depois do machucado que ele fez na minha mão, eu não uso nem se me pagassem... Aliás, falei pra minha vó que você se machucou mais cedo, e ela preparou alguns biscoitos pra ti. Por isso eu demorei. Aqui ó. -O garoto retirava o pote de biscoitos de dentro da mochila, o entregando para Marionette. A mesma parecia contente pelos biscoitos.
Marionette: Aiai, será que tem problema eu comer alguns antes do jantar?
Renan: Acho que não hein... -A garota abria o pote animada, e logo franzia as sobrancelhas surpresa. Renan ficava confuso.
Renan: Que que foi?
Marionette: Tem... Um bilhete.
Renan: Hein? Eu não vi ela colocando esse bilhete aí não. O que está escrito?
Marionette: Está escrito...
「"夜に8つの最も明るい星に注意を払うことを忘れないでください。というか...最も明るい10の星に注意を払うことを忘れないでください.
――キミさん"
("Não se esqueça de prestar atenção nas oito estrelas mais brilhantes da noite. Ou melhor... Para as dez estrelas mais brilhantes.
-Senhora Kimi.")
Renan: Hein? Dez estrelas mais brilhantes? Essa minha vó e esses bilhetes estranhos...
Marionette: Que estranho... Bem... Talvez seja melhor só ignorar. Vamo comer esses biscoitos logo. -A garota deixava o papel de lado, começando a comer os biscoitos e os dividindo com Renan. Em seguida, Renan pega o papel e o coloca em seu bolso, e logo pegava o pote com a mão esquerda, se levantando do chão.
Renan: Tem problema eu dar alguns biscoitos para o Jotaro?
Marionette: Não, não tem problema, pode ir lá dar pro Jotaro. -Brincou a garota, fazendo Renan rir.
Renan: Bem que eu queria dar mesmo. -Brincou, dando risada. Renan saía do quarto. Marionette seguia logo atrás. Ambos estavam levando seus Walkie Talkies, Marionette levava em mãos enquanto Renan o colocava em seu bolso. Os dois encontravam Jotaro no gramado do quintal. Ao contrário do que Marionette havia pensado, o homem não estava fumando, mas apenas olhando as estrelas no céu com as mãos em seu bolso. O mesmo aparentava estar com uma roupa mais confortável, com uma calça preta e uma camiseta comum.
Marionette: É, pelo visto foi ele mesmo que passou aquela hora. Relaxa, talvez ele não tenha ouvido a parte de tu gostar dele. Eu vou ficar aqui pra você conversar sozinho lá com ele. Vai lá, e fica ligado no Walkie Talkie. -Incentivou a amiga.
Renan: Valeu Eduarda, você é um anjo.
-Sussurrou para a amiga, sorrindo e logo indo até Jotaro timidamente, parando em seu lado.
Renan: E ai, Jotaro, tá fazendo o que? -Jotaro olhava para baixo, observando Renan.
Jotaro: Nada. -Respondeu secamente, olhando o garoto pelo canto do olho.
Renan: Ah... -Renan olha para cima, havia várias estrelas no céu. Aquele sentimento de estar olhando as estrelas ao lado de Jotaro fazia seu coração acelerar.
Renan: A lua está bem bonita, não acha? Já fazia um tempo que eu não parava pra ver as estrelas, normalmente eu só fico trancado no meu quarto quando tô em casa. De certa forma, eu tenho um certo interesse em astronomia... É estranho, né? -Disse o garoto tentando puxar assunto.
Jotaro: Hm...
Renan: Olha só... É até irônico, não é? Tem várias estrelas lá no céu, e tem uma aqui do meu lado. -Jotaro observava o loiro, um tanto confuso.
Jotaro: Do que você tá falando? -Renan levemente puxa a camiseta de Jotaro, deixando sua marca de nascença a mostra.
Jotaro: Tá falando da minha marca de nascença?
Renan: Que que cê acha Jotaro? -Respondeu brincando, olhando para o moreno com uma expressão neutra. Jotaro revirava os olhos impaciente.
Jotaro: Que coisa idiota.
Renan: Ah, qual é, não foi tão ruim assim.
Jotaro: Foi bem ruim. -Renan ria, colocando a mão no braço de Jotaro, levemente passando a mão pelo mesmo, o acariciando.
Renan: Acho que eu tô forçando demais... Será que eu tô forçando demais? Eu não sei... -Pensava consigo mesmo. Renan olhava para o lado pelo canto do olho, mas notava que Marionette não estava mais lá. Renan ficou confuso, mas decidiu continuar conversando.
Renan: Ah, falando em estrelas... A minha vó colocou isso junto com uns biscoitos que ela fez pra Eduarda. Ela soube que ela se machucou e fez alguns. Você sabe como ela é, né? -Disse retirando o bilhete de seu bolso, o entregando para Jotaro. O mesmo lia o bilhete rapidamente.
Jotaro: Estrelas brilhantes... Dez estrelas brilhantes...
Renan: O que você acha? -Jotaro entregava o papel para Renan novamente.
Jotaro: Estanho. Mas por que tá me mostrando isso? Não é como se isso estivesse me envolvendo.
Renan: Queria saber a sua opinião. Eu mostrei pra Eduarda e ela ficou bem confusa. Eu também fiquei, na verdade, mas não é como se essas metáforas da minha vó não fossem habituais... -Dizia observando a mão de Jotaro.
Jotaro: Talvez ela esteja tentando dizer algo sem deixar explícito o real significado.
Renan: Faz sentido... Mas o que será que ela estava tentando dizer então? Com... "Estrelas brilhantes"?
Jotaro: E eu sei lá, eu não sou sua vó pra saber. Eu sempre achei aquela velha bem esquisita, mesmo antes de eu te conhecer, por isso eu quase não entrava na casa dela quando vocês iam pra lá. -Renan ria.
Renan: No início eu também achava ela meio estranha, mas com o tempo eu fui me acostumando e tendo um pouco mais de confiança. Sabe como é... No início de tudo, as pessoas pode não parecer tão confiáveis.
Jotaro: Sei. -Renan pegava o pote de biscoitos, abrindo o mesmo.
Renan: Deixei alguns pra você. Quer? -Jotaro observava o pote, e logo pegava dois biscoitos dele, comendo os mesmos.
Renan: Sabe... Talvez o bilhete seja só ela dizendo para eu observar um pouco as estrelas e sentir a brisa da noite por um tempo. Sei lá também. -Jotaro dava de ombros ao ouvir o que Renan disse.
Jotaro: Não dê tanta importância para para esse pedaço de papel, não deve significar merda nenhuma.
Renan: É... Melhor deixar quieto mesmo. -Um silêncio surgia entre os dois. A única coisa que era possível ouvir era os grilos nos matos do gramado. Renan abria o pote de biscoitos, comendo mais um.
Renan: Os biscoitos da minha vó são ótimos, um dos melhores que já comi.
Jotaro: São bons. -Renan fica em silêncio por um tempo.
Renan: Esses últimos dias têm sido bastante agitados, não acha? Toda essa história de stands e, ainda tem esse tal de Dio... -Jotaro concorda com a cabeça.
Renan: Eh... É um pouco estranho pensar muito nisso, na verdade... E pensar que esse pode ser apenas o começo, já que seu avô disse que vocês precisariam enfrentar ele, né? -Jotaro terminava de comer seu biscoito, em seguida respirando fundo.
Jotaro: É...
Renan: Bom, Jotaro... Se você for enfrentar esse cara, saiba que eu irei junto com você para te ajudar. Quero dizer, eu não faço ideia de quando isso vai ser, mas já tô avisando agora que eu... Quero te ajudar. -O garoto ria timidamente após dizer isso. Jotaro virava seu pescoço para o loiro, o observando por segundos. O moreno, após pensar um pouco no que o garoto disse, concordava com a cabeça, arqueando levemente o canto da boca. Ambos fazem contato visual por um tempo, retornando a visualizar as estrelas logo em seguida. E então, o Walkie Talkie de Renan começava a tocar. Era Marionette.
Marionette: Renan, câmbio. Está na hora do jantar, venha para a cozinha imediatamente, câmbio. -Renan pega o Walkie Talkie do bolso, quase começando a rir.
Renan: Então ela tinha ido pra cozinha. -Pensou consigo mesmo, antes de apertar no botão do Walkie Talkie.
Renan: Eduarda, câmbio. Já estou indo, câmbio. -E então, estranhamente Renan começava a escutar a voz de Holly, mãe de Jotaro, do outro lado da linha do Walkie Talkie.
Holly: Isso vale pra você também Jotaro! A mamãe preparou uma comida deliciosa pra todos comerem, você vai adorar!
Marionette: Mãe, você tem que dizer "câmbio" no final da frase. -Disse do outro lado da linha.
Holly: Ah! Tudo bem então! "Câmbio"! -Foi a última coisa que escutaram do Walkie Talkie. Jotaro suspirava desacreditado, ficando com seu rosto sério novamente.
Jotaro: Yare Yare Daze... -E então, os dois adolescentes vão até a cozinha, prontos para jantar.
To be continued...
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