Tumgik
#becos da memória
sol-em-gemeos · 1 year
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📖🇧🇷 Literatura brasileira 🇧🇷📖 para #maionacional #maionacional2023 - iniciativa da @anaestalendo ✨ Selecionei VINTE E QUATRO livros brasileiros para recomendar. 📖 Alguns deles estão disponíveis no Kindle unlimited 🚨 e também há alguns que estão gratuitos nos perfis dos ilustradores 🚨 E, para mim, separei doze livros para conhecer. A maioria deles são contos, então não se espantem com a quantidade haha E há dois livros que estava ✨ansiosa✨ para conhecer: Coração Morto 🔪 e As bruxas do meu quintal 🪄 APOIAR A LITERATURA BRASILEIRA, GOSTOSO DEMAIS ✨
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voarias · 11 months
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reencontros e recomeços
você ria e dizia “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” enquanto dava um gole e outro na garrafa de cerveja duvidosa naquela sexta-feira à noite. me olhou com os olhos semicerrados de quem já sentia o efeito do álcool e chegou perto de mim. eu nunca gostei de cerveja, mas amei o gosto dela quando teus lábios encostaram nos meus. “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” e depois disso, nossas bocas, assim como nossos corpos, se reencontraram e se recomeçaram várias vezes. tua silhueta marcada pela luz que entrava pela veneziana da janela ainda é quadro pintado na minha memória, e ainda sinto o perfume que você deixou no meu edredom nas noites que meu desejo encontrava o teu. “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” você me disse que amava contar histórias, pois parecia que podia reviver aquele momento várias vezes, quantas vezes quisesse. é por isso que hoje, sentada no bar com alguns amigos que fiz depois de você, gosto de contar a história do dia que bebemos vinho barato e passeamos pelas vielas e becos da cidade, falando sobre coisas aleatórias entre um encontro e outro da tua boca na minha. “meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços” nos reencontramos e recomeçamos várias vezes, porque no final era a vontade de ser. seguramos nossas mãos como quem não quisesse aceitar o fim, mas, no fundo, sabíamos que precisávamos nos encontrar. uma longe da outra. te vi partir com as lágrimas nos olhos de quem não queria contar nossos momentos para reviver, queria vivê-los. tive que ir embora na certeza que não queria me enroscar em mais nada que não fossem teus braços.
meu bem, a vida é um monte de reencontros e recomeços, e espero te reencontrar no mesmo ponto que te vi partir, e recomeçar contigo uma história que não tenha mais fim.
voarias
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star-elysiam · 12 days
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ლ Uma tatuagem na alma e no coração ლ
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◍ pairing: enzo vogrincic x fem!reader
◍ warnings: nenhum
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Nos becos estreitos e ruas de paralelepípedos de uma pequena cidade à beira-mar, morava uma jovem artista cujo coração batia por telas em branco e histórias que deveriam ser eternizadas através da arte.
Nos últimos dias passava seu tempo pintando murais vibrantes para serem expostos nas paredes desgastadas da cidade, proporcionando vida para áreas degradadas e deixando sua marca artística para o mundo admirar através de uma exposição para a qual fora convidada.
Enquanto coloria a tela a sua frente, lembrava dos grafites que existiam em alguns lugares do percurso que vinha a mente como fonte de inspiração. Alguns enxergavam como degradação e crime contra a cidade mas para ela, aquilo era arte. Não se tratava de rabiscos aleatórios ou letras que ninguém poderia entender, eram releituras dos cartões postais do país, espalhados pelo bairro.
Pareciam tatuagens, carregando heranças e histórias sobre os muros.
Tatuagens em si lhe gerava um fascínio especial, não apenas pela beleza das imagens gravadas na pele, mas também pela história e significado que cada uma carregava. Para ela, uma tattoo era mais do que uma mera decoração; era uma forma de expressão pessoal, uma manifestação de identidade e alma.
Em uma noite de verão, enquanto trabalhava em sua mais recente obra-prima, Mia ouviu uma melodia suave ecoando pelas ruas desertas. Intrigada, seguiu o som até encontrar um jovem músico tocando violão sob a luz da lua. Seus olhos se encontraram, e um sorriso tímido se formou nos lábios de ambos.
Os olhos de um âmbar intrigante possuíam um brilho que até a luz da lua refletia sobre eles. O rosto possuía uma estrutura óssea marcada, milimetricamente equilibrada e simétrica. O cabelo com fios compridos e castanhos emolduravam a face.
O músico chamava-se Enzo, um viajante do mundo com uma alma livre e um coração cheio de histórias. Após terminar de tocar a melodia em seu violão e receber os aplausos do pequeno público, ele se dirige a expectadora que lhe chamara a atenção durante toda a noite.
Conversaram brevemente sobre o que faziam. Ele descobriu sobre o amor dela pela pintura e ela descobriu sobre a paixão dele pela a arte em si. Ele vez ou outra fazia pequenas apresentações, se arriscava nas aquarelas, vez ou outra buscava o teatro e sempre que podia estava com sua câmera. Que segundo ele, era a forma que encontrava para melhor se expressar, dizer coisas quando palavras não são suficientes.
Naquela noite seguiram caminhos opostos mas não demoraria muito para que se reencontrassem em um café. Com os encontros se tornando mais frequentes uma amizade nasceu.
Parecia que se conheciam há anos, de outras vidas. A ligação que sentiram fora tão rápida que as vezes até os assustavam.
Fascinado pela arte da mulher, ele a convidou para uma jornada de descoberta e aventura, onde cada rua seria uma tela em branco esperando para ser preenchida com os traços de seus sonhos. Ela pelo anseio de uma aventura em sua vida, de pausar a monotonia da rotina, aceitou sem pensar duas vezes e em suas consequências.
À medida que os dias se transformavam em semanas e as semanas em meses, ambos mergulharam em uma dança harmoniosa de paixão e liberdade. Juntos, exploraram os recantos mais escondidos da cidade, encontrando inspiração em cada pôr do sol e cada onda que beijava a costa.
Compartilhavam um interesse comum por pinturas. Ele sempre carregava consigo na bolsa transversal preta que não saía de seu pescoço um pequeno caderno sem pauta, onde havia inúmeras ilustrações. Cada desenho de Enzo contava uma história, desde as memórias de viagens exóticas até as experiências marcantes da vida. Ela ficava fascinada ao ouvir cada relato, e ele encontrava conforto na maneira como ela entendia e valorizava seus desenhos.
Mas como todas as grandes histórias de amor, a jornada deles não foi sem desafios. Confrontados com as expectativas da sociedade e as pressões do mundo exterior, eles lutaram para preservar sua conexão única e sincera.
A mãe dela, uma mulher conservadora e tradicional, não conseguia entender a paixão de sua filha pela arte e, menos ainda, seu relacionamento com Enzo, um viajante de passagem e que a qualquer momento poderia voltar para seu país de origem. Insistia que a filha deveria seguir uma carreira mais convencional e encontrar um parceiro estável, alguém que compartilhasse suas mesmas ambições e valores.
Do outro lado, Enzo enfrentava a pressão de seus amigos e familiares, que não viam com bons olhos seu envolvimento com uma brasileira, uma garota que vivia à margem das convenções sociais. Eles o pressionavam para abandonar seu estilo de vida nômade e se estabelecer em uma vida "normal".
Apesar das adversidades, permaneceram firmes em seu amor um pelo outro. Eles encontraram refúgio um no outro, uma fonte de força e inspiração para enfrentar os desafios que se apresentavam. Juntos, aprenderam a valorizar a beleza efêmera do momento presente e a abraçar a incerteza do futuro.
Foi durante uma noite estrelada, enquanto olhavam para o mar cintilante à sua frente e deitados sobre a areia branca, que ela percebeu a verdadeira natureza de seu amor por Enzo. Como uma tatuagem na alma, ele deixou uma marca indelével em seu coração, uma promessa de eternidade mesmo diante das incertezas da vida.
Ambos confessaram seus sentimentos naquela noite. Algo que já era implícito mas que precisou ser verbalizado.
Ele não conseguia entender como ela havia conseguido adentrar tão rápido em sua mente e em seu coração. Não conseguia entender como ela lia ele como um livro aberto, como com apenas um olhar ela conseguia descifrar o que se passava na mente dele. Ficava impressionado com a segurança que sentia nela, com o quão confortável ficava com sua presença ao ponto de compartilhar pensamentos e experiências que poucas pessoas ou que ninguém sabia.
Com uma determinação renovada, decidiram enfrentar juntos os desafios que se apresentavam, abraçando a beleza efêmera do momento presente e a esperança de um futuro cheio de possibilidades.
E assim, sob o brilho das estrelas e o som das ondas quebrando suavemente na costa, se amaram. Se amaram até os primeiros raios de Sol aquecer suas peles, lhes dando vitalidade para seguir em diante.
Continuaram sua jornada, unidos pelo vínculo eterno de um amor que transcendia barreiras e limites.
Eles viajaram para lugares distantes, explorando novas culturas e paisagens deslumbrantes. Cada nova aventura fortalecia seu vínculo, alimentando sua paixão mútua pela vida e pela liberdade.
Ao longo dos anos, acumularam uma coleção de memórias preciosas, cada uma marcada por ilustrações, fotografias e pequenas tatuagens que contavam uma parte da história de seu amor. Cada desenho na pele era uma lembrança viva de suas jornadas juntos, uma prova tangível do poder do amor verdadeiro.
E, enquanto o tempo passava e o mundo ao seu redor mudava, permaneceram inabaláveis em seu compromisso um com o outro. Eles aprenderam que, assim como uma tatuagem gravada na pele, o amor verdadeiro é eterno e resistente, capaz de suportar todas as adversidades e desafios que a vida possa lançar em seu caminho.
E assim, enquanto o sol se punha sobre o horizonte distante e aquecia a varanda em que observavam o espetáculo da natureza, sabiam que sua jornada estava apenas começando. Juntos, eles enfrentariam o futuro com coragem e determinação, prontos para enfrentar cada novo desafio de mãos dadas, com o amor como seu guia e símbolo de seu compromisso um com o outro.
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markiefiles · 2 months
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'DOCE, VOCÊ É DOCE.
fem reader x johnny suh
avisos: smut, vampiro!au, implícito size kink, menção a sangue, dubcon se você estreitar os olhos – hipnose, conrole mental, sexo em público (?), uns palavrões, uns apelidinhos, implícito relação abusiva.
notas: escrevi isso após um surto (tava assistindo tvd lixooo☝️) e acho que estou na minha era de canibalismo como metáfora de amor, vampiros são bem explicativos-
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Você sentia o frio corroer os poros da sua pele, corroer os pelos eriçados do seu corpo, o medo te assombrava. Você andava pelos becos da cidade, à noite. E você não estava muito lúcida, talvez hipnotizada, seguindo um inconsciente comando.
Havia algo de extravagante dentro da sua memória, dos caninos roçando contra a cartilagem da sua orelha, do perfume muito forte e o cheiro de álcool que você ainda sentia embaixo do nariz. Tinha um tesão que te consumia, onde Johnny pulava de prédio em prédio, brincando com você, te seduzindo e trazendo para ele. Sua língua guardava um gosto frutífero, intoxicante na boca, era como se dentro do seu peito sentisse que fez a escolha certa, aquela em que contornava o caminho dos amigos da faculdade pra se envolver com ele.
Você… você sabia exatamente o que ele era, sabia que os olhos vermelhos dele te entregavam uma sensação de desespero, de fome. A voz dele era calma, os dedos esguios e pálidos de uma forma tão doente que te fascinava. E você ainda sim seguia caminhando pelas ruas, seguindo os postes que funcionavam comicamente mal.
Então, a risada dele correu dentro da sua cabeça, te fez rolar os olhos, morder a boca. Você conteve a respiração, o peito estufado e o coração inquieto. Suas costas estavam contra os tijolos, apesar do complexo luxuoso de apartamentos, o beco era escuro e amedrontador.
Você piscou, a pálpebra se movimentou rapidamente e por alguns segundos, o susto te congelou. Johnny te observava do outro lado, vocês estavam frente a frente. O cabelo preto caía contra os olhos dele, o sorriso presunçoso fazia sua barriga se revirar. Você notou a camiseta cinza manchada de sangue a cada passo que dava, o salto do sapato batendo contra o concreto, serpenteando e dançando com seus olhos.
Johnny tocou sua bochecha com o dedão, acarinhou afetuoso, culpado, beijou sua pele e deixou que seus olhos brilhantes e ansiosos te entregassem. Ele raspou o nariz contra o seu, suspirou envolvido no seu perfume e mais uma vez a ponta do nariz dele conduziu o seu rosto e se afundou no seu pescoço.
— Você é tão doce... — Johnny sussurrou, os dedos dele descendo pelo seu lábio, pressionando, sedutor.
— Sou?
— Talvez eu deva te mostrar o quanto. — Ele disse escutando sua risada.
Você pareceu sem jeito, o cheiro dele te entorpecia, não sabia mais dizer se toda aquela situação era real.
— Como?
Sua pergunta o acendeu, ele afastou os fios do seu cabelo. Com as costas da mão, acariciou a lateral de seu rosto, inconsequente, você trouxe os dedos dele para sua boca, chupou erótica. Johnny odiou, odiou a sensação de querer o seu sangue, quase que biblicamente.
Ele te beijou, as presas rasgaram superficialmente a carne da sua boca e Johnny sugou o sangue impaciente, seu sabor era vicioso, ele poderia chegar até seu coração, te devorar e de alguma forma, aquela ideia te perseguia e te excitava.
Johnny era cativante, as palavras mexiam com sua cabeça, você sentia pena dele, de como as lágrimas pareciam sinceras e de como ele te controlava, entrava na sua cabeça e te dominava completamente, como um vampiro devia fazer.
Os dedos dele rasparam a pele da sua coxa, ele apertou com força e seus olhos derreteram com o toque, com contraste da temperatura. O tecido da sua calcinha te incomodava, tão pegajoso que parecia patética, a adrenalina deixando seu corpo vulnerável. Johnny esfregou a ereção contra sua pélvis coberta, você gemeu, o abraçou e ele rosnou sentindo o cheiro do seu sangue quente e adocicado, seu pescoço destrutível se misturando com o cheiro de perfume floral, delicado.
Ele resvalou o nariz, se conteve. Uma de suas pernas se apoiou contra o quadril dele, você disse “Por favor, por favor, eu—” descontrolada, o choro se formando de uma forma tão íntima que Johnny por minutos pensou poupar sua vida.
Ele beijou suas lágrimas, comandou amável “Coloca a calcinha de lado” e você obedeceu sendo preenchida, suas paredes aquecendo ele tão ridiculamente bem que ele pareceu possesso e enciumado com a ideia de qualquer outro te provar, te experimentar.
Johnny se movimentou brutalmente, ele te fodia enquanto você cedia, deliberadamente, seu pescoço, sua fonte para ele. Ele sugou seu sangue, gemeu, completamente envolvido. O pau dele te destruía, você ia e vinha contra ele, o sufocava e ele sentia seu sangue contra a língua, os olhos vermelhos intensos se afundando contra você. Como se vocês dependessem um do outro.
Você gemia suave, as palavras eram bagunçadas, presas na sua garganta, você só queria que ele fosse mais rápido contra sua buceta, você só desejava que ele se entranhasse e te usasse.
Ele parecia tão maior naquele momento, parecia tão focado chupando e mordiscando seus mamilos, enrolando-os na língua e soltando eroticamente, a saliva e sangue deixando rastros na sua pele.
— Não posso te– não posso te matar, porra.
Ele versava, olhando nos teus olhos, adestrando suas expressões, te sujando com seu próprio sangue, era erótico pra dizer o mínimo e você estava prestes a gozar. Johnny enfiou um dos dedos dele na sua boca, sentiu seus dentes ridículos cravarem na pele dele e sorriu, despejou a porra perolada contra suas dobras, permanecendo ali, quente, pegajoso e desdenhoso.
O suor cobria seu corpo, sua respiração era atrapalhada e patética, mas tinha algo de prazeroso no morno do esperma, no sangue fresco ainda gotejando dos furos no seu pescoço e Johnny não desperdiçando nada, de alguma maneira te contemplando, endeusando.
— Você é minha.
Ele constatou, te beijando, mordendo sua língua, mais uma vez chupando seu sangue e talvez muito contido.
Você se separou, revirou os olhos quando sentiu o líquido viscoso se desfazendo contra suas pernas, deitou a testa contra os ombros dele e respirou profundamente. Então você sentiu os dedos dele contra seu pescoço, vagueando em sua nuca, trocando olhares, você assistiu as pupilas dele dilatarem, sentiu a voz dele sumir dentro de sua cabeça enquanto os lábios dele se movimentavam em câmera lenta.
E agora… você não sente nada, nada. Apenas o quanto você… você é doce.
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dani-kokama · 1 month
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Textos perdidos em memórias esquecidas
Gosto do que sinto quando estamos juntinhas, me imagino desenhando suas curvas mais bonitas, e não falo somente do corpo, e sim da tua alma, nua e despida, passeio por cada milímetro do seu corpo com as pontas dos dedos, sentindo tua pele quente sob minhas digitais, tu não faz ideia o tanto que tu tem de mim. Quando deitamos juntinhas e você adormece, fico horas imaginando a gente no nosso momento, o tempo para e tudo parece fazer sentido com teus cabelos entre meus dedos, te fazendo cafuné embalado com beijos carregado da energia mais potente que existe no universo, enquanto me colo em seu corpo quente, beco sem saída, toda vez que fecho os olhos vejo e sinto suas mãos, descendo entre meu corpo, tento me fazer distante, tento negar o fato, mas é só ver um sinal teu que tudo retorna. meu corpo esquenta, meu corpo pede o teu, meus olhos se estreitam e meu coração grita “e se?”.  Eu adormeço pensando em fugir, negar, mas o que sinto vem de dentro, não é só pele, é alma, é química, .. e tantas outras coisas que não tem nome, daí, o cérebro se cansa de pensar e adormece, meus sonhos me levam de volta para a curva de canto dos seus lábios temperados de desejos acumulados no tempo..
E, por falar em tempo, ele não tem poder sobre nós.✨🔥♥️
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zillua · 5 months
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alright! i made a post ranking my first semester readings in july but decided to make a tier list of everything i read this year instead of another list for the 2nd semester.
but first: im not including on the list mandatory uni readings, books i gave up on half way through or books i reread. also not including mangas/graphic novels.
so
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the 5 books with 5 stars btw:
frankenstein by mary shelley
ponciá vicêncio by conceição evaristo
a hunger artists by franz kafka
bobok by fyodor dostoevsky
becos da memória by conceição evaristo
i didnt reach my goal of the year without considering the mangas which is upsetting but im happy with most of the things i read so!
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lobamariane · 2 months
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do caminho até aqui
A viagem ao sertão da raiz de minha família, o reencontro com meus avós e a visita ao território Payayá em dezembro do ano passado foi culminância de um primeiro momento da pesquisa na qual veio me envolvendo ao longo dos últimos tempos e que hoje entendo ser um estudo de ancestralidade como memória e raiz de uma existência poética em diálogo com os tempos do agora.
Nasci e cresci em contexto urbano, no centro antigo de Salvador, no entanto meus pais são do interior. Minha mãe é de Ibiaporã, distrito de Mundo Novo e meu pai, do Rio Sêco, povoado de Itatim. São apenas 3 horas de viagem entre um lugar e outro, no entanto só estou aqui hoje porque ambos, cada um por suas razões, resolveram migrar para construir a vida na “cidade da Bahia”. 
Sou de 95, portanto faço parte daquela geração atingida pela ascensão da esquerda no Brasil, muito marcada pela enorme abertura de possibilidades, a exemplo da entrada nas universidades, acesso à internet e aos cartões de crédito. Não foi difícil ser levada pela cultura pop, ser escravizada pelo padrão das garotas brancas e viciar no açúcar capitalista não só porque tive a possibilidade de enfiar revistas, fanfics e literatura europeia goela abaixo por anos, mas também porque, no fim das contas eu não sabia responder o que levou meu pai e minha mãe a deixarem seus territórios para viver na capital.
Demorou muito, mas muito mesmo para que eu visse os traços e raízes indígenas nesses lugares desde o nome. Sei que não sou a única e que isso não é uma coincidência. Crescendo em Salvador eu estava muito mais próxima das filhas e filhos da diáspora africana e morei toda vida na beira do Dique do Tororó que embora também tenha rastro indígena no nome é muito conhecido como lar dos orixás e terra sagrada para as diversas casas de candomblé nos arredores daquele corpo d'água. E quando me aproximei da literatura fiz visitas constantes a Castro Alves e tanto aprendi fazendo e desfazendo o caminho do Pelourinho até a Barra. No entanto, não havia nenhum espelho visível em beco algum da Avenida Sete, nada que eu lia ou ouvia parecia comigo, não reconhecia semelhantes na escola. Apenas na cara do meu pai e da minha mãe havia identificação e mesmo eles pareciam estranhos dentro da "cidade mais negra fora da África", e eu sempre pensei assim, somos pessoas estranhas. Isso porque havia um dado na mistura deles que nunca foi realmente identificado, compreendido, sequer visto. Por muitas vezes fui chamada de japinha por conta dos olhos pequenos e do cabelo muito preto. Eu mesma dizia que tinha a pele amarela, sabia que não era nem branca, nem preta. Ser filha dessa terra por herança era um pensamento inexistente porque eu "sabia" que todos foram mortos ou resistiam em povos isolados. Fora da aldeia, indígenas eram aparições alienígenas.
O primeiro abalo nessa construção de pensamento aconteceu em 2015, eu contava 20 anos e fazia parte do Núcleo Viansatã de Teatro Ritual, grupo que naquele ano viajava em turnê por diversas cidades da Bahia com espetáculo que se propunha a reler o clássico de Shakespeare Romeu e Julieta. Na época estávamos estudando sobre o Sagrado então durante as viagens além de apresentar o espetáculo, saíamos em busca de diferentes manifestações e egrégoras em cada lugar que passávamos. Visitamos prédios históricos, igrejas, terreiros, conversamos com suas lideranças. E no Extremo Sul da Bahia visitamos Cumuruxatiba, no Prado. Nesse dia meu rosto foi pintado com urucum por uma criança do povoado Pataxó da Aldeia Gurita. Eu tirei uma foto e publiquei no instagram. Na legenda eu dizia "virei índia". Nesse mesmo dia olhei para o cacique e pensei "nossa, ele é a cara do meu avô".
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A vida continuou, a foto se perdeu no tempo assim como esse lampejo de memória. No entanto, o incômodo de ser uma estranha nunca cessou. E se na infância não havia história alguma sobre as origens da minha família, tratei logo de preencher os vazios com os produtos ofertados pela colonização que nunca terminou.
E poderia ser assim pra sempre não fosse aquela pesquisa sobre sagrado que foi expandindo, expandindo até Amanda encontrar-se na encruza de povos e a partir disso, artista que é, dar conta de criar a própria realidade, a Bruxaria Mariposa. Vivi a sorte de caminhar ao seu lado ao longo de todo esse itinerário, continuo até hoje e é desse tempo vivido que veio o chamado de ir atrás do que fazia sentido pra mim. Minha ficha foi caindo aos poucos, até perceber que não me reconhecia como coisa alguma, até olhar no espelho e me ver coberta das marcas do apagamento da memória e ver também o desejo de estudar, investigar, limpar e cuidar das raízes que hoje me põem de pé.
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elodallare · 8 months
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[Phoebe   Dynevor]   alto,   quem   vem   lá?   oh,   é   ÉLOISE   ALLAIRE,   a   dama de companhia  de   VALBRUME   de   24   anos,   você quase se atrasou hoje, hein? eu sei que você é normalmente  METICULOSA   e   DECIDIDA.   só   espero   que   não   seja   tão   DISSIMULADA   e   AMBICIOSA   quanto   as   revistas   falam.   por   favor,   por   aqui,   estão   todos   lhe   esperando!
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RESUMO:   Éloise   não   se   recorda   dos   primeiros   anos   de   sua   vida,   apenas   dos   momentos   quando   foi   encontrada   e   acolhida   pelo   elenco   de   uma   das   casas   de   teatro   de   valbrume.   Sendo   criada   no   meio   de   artistas,   tudo   o   que   Éloise   sempre   sonhou   era   ser   uma   grande   atriz,   assim   como   sua   mãe   adotiva,   porém,   seus   sonhos   se   viram   ameaçados   quando   a   crise   na   França   começou.   Chateada   com   a   situação   e   com   a   eminência   da   seleção,   acabou adquirindo um cargo de dama de companhia   fazendo   parte   dos   rebeldes.   Seu   papel   como   rebelde   e   dama de companhia   é   acabar   com   a   seleção   o   quanto   antes,   já   que   não   tem   interesse   nenhum   na   seleção   ou   na   princesa.
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As primeiras memórias da jovem Éloise são praticamente inexistentes, um bloqueio criado por sua mente para afastar o trauma que ocorrerá com ela nos primeiros anos de sua vida. Lembra-se apenas do som de trovões e o barulho da chuva, o resto sendo uma tela em branco. Portanto, não sabe como chegou até ao beco que dava entrada para os bastidores do teatro e sequer se lembra como foi encontrada, sua vida começou após esses momentos e para ela é mais do que suficiente.
Foi assim que Éloise cresceu aos cuidados do elenco que se apresentava naquele teatro de Valbrume. Tendo se apegado especialmente a atriz principal, a mulher que lhe encontrou. Nos primeiros anos de vida, Éloise não passava de uma faz tudo nos bastidores, mas nunca deixou de almejar a ideia de um dia subir nos palcos e tornar-se uma atriz tão conceituada quanto a sua mãe postiça e a mulher a instruía de pouco em pouco para que isso se tornasse realidade um dia. Ao chegar a adolescência que Éloise subiu num palco pela primeira vez como atriz, papéis secundários, figuração, não importava, estava finalmente realizando seu sonho e tornar-se-ia uma atriz de renome.
Suas primeiras peças eram de um sucesso enorme, nunca deixando os lugares do teatro vazios e todos admiravam a beleza e a desenvoltura no palco da jovem garota. Isso até a crise nas províncias chegar. Éloise começou a ver o movimento no teatro diminuir dia após dia, sobrava apenas os moradores da província, os bêbados e os fanfarrões, aqueles que acreditavam que uma atriz de teatro era mais do que apenas uma atriz que estaria disposta a fazer de tudo para ter um pouco mais de dinheiro. Só havia um sentimento para expressar o que estava ocorrendo até ali, ódio, ressentimento, finalmente quando a vez de Éloise tomar os palcos chegou, tudo parecia ter desandado.
Sua revolta apenas cresceu ainda mais quando a seleção foi anunciada. Não somente ela ficou agitada, mas a província e os rebeldes que residiam nela. Foi apenas algumas noite depois do anúncio que vieram bater em sua porta, oferecer a ela a chance única de ser útil ao seu país e servir a causa, pois se encaixava perfeitamente nos padrões procurados pela seleção: era bela, tinhas bons atributos físicos e, além disso, era uma atriz e quem melhor que uma atriz para sabotar a seleção? E assim ela acabou conseguindo uma vaga na seleção, mas não como selecionada e sim como dama de companhia de uma das meninas. Estar do outro lado seria essencial para elaborar os planos para minar a seleção e acabar com a nobreza.
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jcuhqs · 6 days
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Gente, oi! Sabemos que essa mensagem não vem de maneira inesperada, porém, nos causa uma grande tristeza anunciar que estaremos cessando as atividades da JCU. A gente tem vontade de continuar, sim, e muita — se dependensse só disso, ficaríamos aqui por meses a fora, mesmo com personagens reduzidos. Temos ideias para isso, e tínhamos o animo, também.
Porém, novamente, nos vemos cercados de questões pessoais que acabam por nos afastar do computador (de forma até literal, já que meu pc quebrou de novo. mandem corações roxos.), e parece mais prático admitir que não conseguimos doar a energia necessária para a comunidade funcionar. Continuar, dá pra continuar, mas funcionar é outra história. Apresentar todas as facetas que planejamos para a JCU demandaria algo que não estamos tendo de sobra, então, melhor abrir o jogo quanto a isso, antes que esse clima de abandono que vem se estabelecendo acabe por manchar quaisquer boas memórias criadas durante esse um mês de comunidade.
E esperamos que essas boas memórias existam! Entre becos e vielas, rainha da favela trancos e barrancos, podemos dizer que tivemos bons momentos por aqui e desejamos que vocês do lado daí sintam o mesmo.
Por Ariel, Azrael, Remiel e Lilith,
Um beijão com todo carinho do mundo. 🤍
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portalresenhando · 2 months
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Escrito por Conceição Evaristo, o livro "Becos da Memória" será tema de conversa em encontro on-line, em 28 de março, na BVL. Além deste, outros clubes acontecem ao longo do mês também na Biblioteca de São Paulo, zona norte da capital. "Becos da Memória" é um dos mais importantes romances memorialistas da literatura contemporânea brasileira.
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cajusworld · 1 year
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Eu morei e cresci praticamente a vida inteira na mesma cidade e nunca morei fora do meu estado. Minhas memorias estão aqui. Existe uma história em praticamente todo o lugar. As escolas onde estudei, as igrejas que frequentei, a casas dos amigos que visitei. Mas agora há um beco na minha cidade onde sempre que passo a única lembrança que me vem, sou eu passando tentando não correr, mas cheia de pressa para ver você. E na frente da prefeitura, onde agora é o correio e vou todo mês pegar as revistas da minha mãe, é como passar por você, quase consigo ouvir o teu riso se me concentrar. E na praça onde assistir tantos eventos, onde beijei outras pessoas, eu só penso em como sentir vontade de beijar você. Nós temos poucas memorias compartilhadas, o que torna fácil repassar a maior parte delas. Os lugares onde estive com você são como templos sagrados onde eu paro e reverenciou o amor sentido. Se eu pudesse fazer um filme com todas essas pequenas memórias, eu saberia de cor todas as nossas falas. Às vezes eu até penso em ir embora. Mas não há cidade mais bonita do que essa, onde posso esbarrar com o teu fantasma. Não há cachoeiras, ou praias, Cristo redentor ou qualquer cartão postal desse Brasil ou de qualquer lugar lá fora que me daria mais alegria do que sentar no banco de uma praça de uma cidade minúscula e saber que houve um tempo em que dividimos o mesmo instante.
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dreanwitch · 4 months
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Never Give Up Your Dreams
Onde, uma funcionária de um karaokê explica para Denji que alcançar seus sonhos depois de lutar e dar seu sangue e suor em prol deles pode vir a ser uma merda, mas que ainda assim está tudo bem e que ele não precisa se preocupar, afinal, viver é sobre isso.
| Denji x F!Reader | - | 3.500 palavras | - | Conteúdo Sugestivo, sob o corte |
Denji caminhava lentamente pelas ruas movimentadas da cidade. Seu corpo seguia em completa letargia, um passo após o outro, e então tudo novamente, sem realmente prestar atenção no trajeto. Já havia repetido aquele trajeto incontáveis vezes, cada desvio e buraco pelas ruas já estavam gravados no fundo de sua memória.
Bastava ir reto, entrar na rua a esquerda então no beco a direita. Subir a rua novamente, e continuar caminhando até sentir o cheiro da barraca de yakisoba na calçada e então virar a direita novamente.
O ritual foi o mesmo de sempre. Cumprimentar o atendente feioso-cara-de-bunda da forma mais mal eduacada possível e em seguida caminhar pelo corredor barulhento.
Denji seguiu ininterrupto e então entrou tranquilamente na última porta vermelha à direita, da mesma forma que fazia todas as vezes. Ao tempo em que seguia em frente, cantarolou dando pulinhos alegres, atitude bastante controversa ao péssimo humor que o assolava em forma grandes nuvens de chuva escuras nos últimos dias.
Ele apenas não conseguia controlar as emoções direito.
No relógio localizado no topo da porta marcavam sete e quinze da noite. Um fato irrelevante para o garoto, afinal, ele não sabia olhar as horas no relógio analógico.
O terceiro passo foi o telefone. Segurando a respiração por um certo motivo desconhecido, pegou o aparelho no gancho da parede com os dedos inquietos e discou a única tecla disponível. Chamou algumas vezes, e, por fim, ela atendeu.
Era como se já o esperasse do outro lado da linha — Denji abre um sorriso imediatamente.
Ele sentiu o suor escorrer pela testa, ansioso. Gostava de pensar que ela realmente sempre o esperava.
— Oi! — Ele fala, meio nervoso e até meio alegre pela primeira vez na semana.
— Já chegou, é? — A voz do outro lado soa cansada. Denji solta uma risada e brinca com o fio do telefone, ansioso.
— Porra, cadê você, hein? Tá atrasada. — o menino questiona fazendo um bico de meio metro.
— Você lá sabe ler as horas no relógio para me acusar disso? — ele consegue visualizar o rosto zombeteiro dela quando escuta as palavras do outro lado da linha e em resposta, Franzen as sobrancelhas.
A voz dela soou divertida. Denji vacila um pouco com o comentário astuto, olhando para o relógio de ponteiros e números romanos no topo da parede da sala. Aquilo foi o suficiente para sua mente entrar em combustão espontânea.
Ele realmente não tinha a mínima ideia do que aqueles pontinhos significavam. O que ela disse não estava errado. Entretanto, em sua defesa, sempre quando ele chegava, ela o estava esperando na sala. A garota havia o deixado mal-acostumado.
O jovem caçador de demônios até tenta falar mais algumas coisas em resposta, mas acaba não tendo nada coerente para dizer. Sendo assim, decide desligar, ainda ostentando em seu rosto uma carranca. Desta forma, Denji vai logo se sentar no sofá fedido de grudento, observando as luzes coloridas girarem no teto. Estava morrendo de fome e mais desgostoso com a vida do que nunca.
Demora um pouco, mas a maçaneta velha da sala chacoalha um pouco e então a porta é aberta. O menino vira a cabeça ao minimo sinal de som quase que imediatamente, levantando o corpo do apoio do sofá para se voltar em direção a entrada da sala.
Um rangido feio, cheio de agonia vem das engrenagens velhas da fechadura da porta de madeira anuncia finalmente a entrada da funcionária. Sua silhueta brilha como a de um anjo em uma visão de sonho, enquanto a luz branca e forte atrás dela ilumina o corredor. Um anjo com um cheiro maravilhoso de fritura.
A jovem carrega uma bandeja com refrigerante e uma porção gigante de batatas fritas oleosas e murchas cheias de queijo. O que apenas faz o favor de tornar aquela visão ainda mais divina e abençoada para Denji.
O jovem garoto engole seco enquanto a observa caminhar em sua direção. Então sua apatia recente dá lugar a uma agonia fulminante. Suas mãos estão suadas e seu coração bate rapidamente.
Ela tem aquele cheiro de perfume de flores misturado com um aroma forte de fritura, o que torna tudo delicioso e sobrecarrega a mente de Denji quando domina a sala. Ele inspira fundo para egoisticamente tentar roubar com seus pulmões todo aquele perfume delicioso que estava sendo desperdiçado se espalhando pelo cômodo assim.
— Aqui seu refrigerante. — ela riu, olhando Denji nos olhos ao mesmo tempo que colocava os lanches sobre a mesa. O garoto perde alguns segundos assistindo à menina desamarrar o avental e o jogar em um canto da sala antes de se sentar e começar a mexer no celular. Quer dizer, aquilo era algo quase íntimo, não era? Se ele se esforçasse, talvez pudesse imaginar que ela estivesse tirando outras coisas também. — o pensamento gerou nele um sorriso abobalhado.
Sempre quando ela retirava o avental ele tinha um leve vislumbre do seu sutiã através na blusa transparente do uniforme e... — ele bateu nas bochechas com ambas as mãos, balançando a cabeça de um lado para o outro logo em seguida para dissipar os pensamentos. Chega de peitos por um tempo, Power já havia o traumatizado o suficiente. Ele não confiava mais em nada que via.
Assim, Denji não permitiu sua mente vagar por muito mais tempo e tratou logo de atacar as batatinhas murchas e encharcadas de óleo que foram recolhidas dos pratos dos últimos clientes.
Notando que a garota o estava atentamente observando em silêncio, ele apontou para ela com uma batatinha, com a boca cheia após um longo gole de refrigerante e "charmosamente" perguntou:
— O que foi?
Ela deu de ombros para a pergunta mesquinha de Denji e tomou sua bebida.
— Você é muito feio comendo, Denji. — a jovem respondeu simplesmente e foi a vez do garoto dar de ombros e retrucar:
— Pelo menos sou um feio de barriga cheia.
As conversas dos dois eram sempre assim, curtas e grossas. Começavam das formas mais variadas e flutuavam sobre os mais diversos tipos de assuntos, com a maioria deles sendo completamente irrelevantes, como por exemplo: por que pombos são animais tão feios e sem alma? Ou se cachorros fossem chefs de cozinha, que tipo de coisas iriam cozinhar.
Denji não tinha o mínimo de tato, mas aquilo a divertia bastante. Discutir com ele nunca levava a lugar algum e os assuntos eram intermináveis e variados.
Como de costume, desde que havia iniciado seu trabalho na divisão pública de caça, ele começou logo a falar sobre os últimos acontecimentos e demorou por um longo tempo, visto como sua vida andava bastante agitada nos últimos tempos. Bem mais que o comum, até para o Denji.
De toda forma, a garota se acomodou no sofá bastante satisfeita em ouvir Denji com suas lamurias ao mesmo tempo que rolava o feed do instagram. Ela etava mais que feliz em poder o escutar reclamando de algo simples, como ter que fazer a limpeza da casa ou dar descarga no vaso, já que a colega de quarto não se importava o suficiente para fazer isso.
Contudo, enquanto ele falava, a garota notou facilmente sua falta de entusiasmo, Denji parecia frustrado. Muitas vezes parando e encarando o nada em silêncio, enquanto mastigava as batatas.
Ela aguardou pacientemente ele contar sobre seu último grande empreendimento no resgate de um gato que estava sendo refém e caiu na risada, incrédula com tudo o que o jovem caçador de demônios havia lhe contado em primeira mão sobre o desfecho da história.
— Então quer dizer que sua amiga estava usando enchimento de sutiã? — A menina limpa as lágrimas dos cantos dos olhos e segura a barriga com força, rindo das mágoas de Denji. Sempre muito solidária enquanto ele despejava toda sua frustração para fora, reclamando do golpe que Power havia passado nele por causa da porra de um gato.
— Não dê risada de mim! — Denji grita com ela, possesso, empurrando de leve o ombro da menina. Ela respira fundo, tentando conter a gargalhada aos poucos e falha algumas vezes antes de ter sucesso. O grande absurdo de toda aquela situação deixava tudo quase inacreditável. Caso não conhecesse Denji como conhecia, nunca iria acreditar em nada parecido com o que ele tinha acabado de relatar.
— Me dá um motivo pra não dar? Cá entre nós, você é bem ridículo.— Ela aponta, jogando uma batatinha na boca dele. Denji faz uma careta e apanha o petisco com a boca, quase abocanhando o dedo dela junto. A jovem repete o processo e se prepara para jogar outra batata frita na boca de Denji, mas dessa vez o engana e a come, atiçando ainda mais a fúria de do menino.
A garota assiste Denji pegar um punhado de batata ainda mais revoltado e mastigar com raiva para não ter que falar com ela novamente. É engraçado. Ela sorri e por fim, volta sua atenção para as redes sociais novamente, ves ou outra olhando de canto para o amigo, ainda se lembra bem de quando o conheceu pela primeira vez.
Seus amigos estavam todos em uma roda em volta de um garoto estranho. Curiosa, ela foi logo verificar o que estava acontecendo. Aparentemente, todos estavam atormentando um menino de rua que, surpreendentemente, fazia qualquer coisa por alguns trocados.
Eles testavam para ver até onde o menino poderia ir e como ela não tinha nada de bom para fazer no momento, decidiu se juntar à brincadeira que perdurou por alguns dias até que o grupo de adolescentes se tornasse desinteressado. Mas foi bom enquanto durou, o menino era bem ridículo e aquilo a divertia bastante.
— Vai se foder.— Denji mostra do dedo do meio para a garota, que, novamente, cai na risada. Agora em resposta à toda bravata dele.
Ela relaxa no sofá ao lado dele e guarda o celular no canto, voltando toda sua atenção para o amigo. Na cabeça dele parece existir apenas ar em um espaço vazio. Ela sorri.
Uma vez sozinha na companhia do estranho garoto, a menina o convidou para aparecer ao fim do dia no karaokê onde ela trabalhava para pegar algumas sobras. Talvez por pena, talvez por tédio, mas independentemente do motivo aquilo se tornou algo recorrente a partir de então.
E mesmo que não se resumisse mais apenas a ela buscando descobrir até onde o garoto faminto iria por algumas sobras de batatas fritas do lixo que sobravam dos pratos dos clientes. Apenas estar na companhia dele já era simplesmente muito bom e leve, as vezes falta um pouco desse tipo de sensação no dia a dia.
Seu novo amigo não tinha a mínima vergonha de mendigar. Contudo, aparentemente as coisas haviam mudado um pouco de uns tempos pra cá, já que ele havia aparecido com os dois olhos, supostamente as duas bolas e alegando um emprego como caçador de demônios após se fundir com seu cachorro motosserra.
Ah sim! Também tinha Pochita, ela definitivamente sentia muita falta dele durante as visistas de Denji. Nunca em sua vida havia antes imaginado que um demônio pudesse ser tão fofo.
— Assim eu fico triste. Sabe que eu amo esse seu jeitinho, né? — Ela brinca e se finge de ofendida, cutucando a bochecha de Denji com a unha colorida de esmalte descascado. O garoto não evita corar, mesmo sabendo que ela está rindo dele. Os sentimentos em seu peito são bastante conflitantes, mas ele sabe bem que gosta muito daquela sensação de formigamento que ser feito de bobo por uma mulher bonita causa nele. Além do mais, ela tinha acabado de dizer que o adorava, isso deveria significar alguma coisa, certo?
Denji pensa em Makima por um segundo. Ela não ficaria mal com isso, não é mesmo? Ele não estava fazendo nada de mais...
Como de costume, eles seguem com a conversa enquanto compartilham o lanche.
Aliás, outro ponto sobre ele o qual a jovem gostava muito era que a vida de Denji vida era tão absurdamente terrível que, quando colocada em comparação, servia de anestesia para a dor dos próprios problemas. Era muito bom poder olhar as coisas de outra perspectiva de vem em quando.
— Enfim… ultimamente as coisas estão bem merda. — Denji termina seu monólogo sem chegar a lugar algum, esticando-se no sofá grudento. Ele gostava de verdade de ter alguém com quem apenas reclamar das coisas sem pensar muito e ainda por cima, fazer isso enquanto come algumas batatinhas. Era o auge. Pochita também adorava tudo aquilo.
Além disso, acima de tudo, ele gostava dela. Ela tinha um corpo gostoso, um cheiro maravilhoso e sorriso bonito... mas muito mais que isso, pois muitas garotas têm um sorriso bonito... ela o olhava como se o entendesse e realmente parecia interessada em sua vida de merda. Perguntando sempre o que ele havia feito no dia, mesmo que soubesse que a resposta iria consistir basicamente em vasculhar lixo, cortar madeira e eliminar demônios. Nenhum ser humano antes havia o considerado interessante o suficiente ou digno de um olhar mais profundo.
Nada que Denji havia experienciado até hoje, nem mesmo a mais doce e saborosa das geleias, conseguia se comparar com aquela sensação calorosa de ser escutado de verdade, aquela que te deixava com vontade de falar por horas e horas e horas a fio, por mais merda que seja aquilo que ele tenha a falar. Era inexplicavelmente bom.
— Então… resumindo tudo… quer dizer que você caiu numa crise existencial sobre o vazio de perseguir um sonho e percebeu que nunca foi o que você imaginou? — Ela, que agora apenas tinha se limitado a responder a tudo que ele dizia como monossílabos até o momento, decidiu se manifestar. Olhando para Denji com olhos grandes e curiosos, enquanto lambia os dedos engordurados.
Ultimamente, as questões e problemas que ele trazia estavam chegando em um nível mais complexo e o fazendo ter de pensar.
Era engraçado o assistir sofrer, enquanto os seus neurônios se esforçaram para concluir um pensamento funcional sobre qualquer coisa minimamente complexa.
— Bem-vindo ao mundo real. Agora deixa eu te contar uma parada, Denji. A culpa foi sua, pequeno gafanhoto. — Ela fala, séria. Agarrando um dos ombros dele.
— Minha? — Denji questiona, confuso.
— É. Você colocou expectativas demais em uma coisa sem pensar direito no que estava fazendo. Basicamente quis chegar sentando na janelinha e tomou no cu. — Zombou.
— Mais você tá uma merda hoje. — Denji deu um tapinha no ombro dela e virou a cara.
— Na verdade, tô uma merda todo dia. E é apenas assim que a vida funciona, saca? Nem tudo vai ser como você planejou, então nunca se limite a apenas uma meta. Agora que você percebeu que um teto quente e comida na mesa não e tudo, trace varias novas metas e tome várias vezes no cu para as alcançar. Uma hora ou outra, vai acabar se sentindo realizado por tudo. Seja pelo o que consegiu, ou pelo caminho que trilhou para chegar até lá. Bom, talvez...
A jovem termina seu monólogo e da de ombros. Desta vez, seu tom de voz é mais suave e Denji presta atenção no que ela tem a dizer em silêncio, apesar do ponto de vista pessimista. Nada do que ela disse faz muito sentido na cabeça dele.
A garota riu baixinho do próprio conselho, defendia o ponto de vista, apesar de não saber exatamente como aplicar aquilo na própria vida. Talvez estivesse vendo muitos vídeos de filosofia existencialista no YouTube.
De toda forma, doi estranhamente bom, entrar naquela rara conversa mais profunda. Quem diria que o assunto surgiria por causa de um gato e um enchimentos de sutiã.
— Uau, eu com certeza estou bem animado agora.— Denji murmura.
A garota fecha cara diante do comentário azedo do amigo, mas ainda assim se sente bem. Estava meio orgulhosa de si mesma pelas palavras e de Denji também, mesmo sem entender bem o porquê.
Talvez ele mesmo não percebesse, mas estava cada vez mais diferente desde a primeira vez em que eles tinham se encontrado, diferente de uma forma boa.
— Consigo ver a milhares de quilômetros de distância. — Ela olha para ele de canto, desacreditada, sem dar muita atenção procurando pelo telefone no bolso da saia do uniforme para dar uma última olhada no Twitter antes e voltar ao trabalho.
— Ei… todas as coisas são mesmo assim? — Denji se inclinou lentamente em direção à garota, falando baixinho e olhando para ela de canto. Perguntando quase como quem não quer nada.
Não queria bem transparecer sua incerteza sobre as coisas e parecer um idiota. Mas, ao mesmo tempo não tinha outra pessoa a quem perguntar, Power com certeza não saberia lhe responder aquilo e ele também ainda estava meio puto com ela por conta das próprias frustrações. Aki não tinha muita cara de manjar dessas coisas e ele estava envergonhado com a ideia de questionar Makima, mesmo gostando muito dela. Quer dizer, ele não queria parecer uma criança que não sabe de nada na frente dela.
— Mais ou menos… — A menina suspirou profundamente e virou-se de frente para ele. — A questão Denji é… bom, não se preocupe muito com isso, sabe? — Ela deu um tapinha de leve na cabeça dele e bagunçou seus cabelos loiros.
— Você é tipo um filhote de cachorro experienciando as coisas pela primeira vez. Todos nós somos na verdade, tá meio que todo mundo vivendo pela primeira vez. Nem tudo vai sair da forma como você sempre sonhou, afinal, você em sabia como sonhar. Muita coisa também vai dar errado na sua vida, tipo muita coisa mesmo. Olha pra mim, eu já tentei fazer muita coisa e me sinto uma merda por isso. Estou quase reprovando no colegio e tudo o que eu tenho é a bosta de um trabalho de meio período que eu achei que iria resolver minha vida, mas tudo o que ele me trouxe foi vontade de falecer. E olha que eu ainda tenho muito o que viver, então isso não é nem o começo. — Ela reclamou. — Faça o que você faz de melhor e só não pense muito sobre isso, tudo bem?
Denji assente, mesmo sem registar bem o significado daquelas palavras agora, ele ainda vai pensar sobre isso de forma profunda mais tarde. Sua voz passa a sensação de que ela compreende os seus sentimentos, sentimentos esses que nem ele mesmo entende, ou achou que fosse capaz de sentir. De toda forma, ele está feliz agora. Olhar nos olhos dela é difícil, então ele se limita a abaixar a cabeça, corado.
— Ah! E outra coisinha. — Ela sorri para ele se divertindo com uma ideia travessa que surgiu de repente em sua mente. — O mais importante de tudo é nunca deixar de tentar perseguir seus sonhos nem de tentar, mesmo se tudo der errado e parecer uma bosta. Afinal, às vezes a vida pode ter pena da gente e decidir dar uma recompensa por ser resiliente.
Dito isso, a jovem se levantou e ficando de frente para o amigo agarrou a mão direita de Denji com a sua palma macia e gordurosa. Segurando as costas das mãos dele com suavidade, trouxe até o seu rosto e então esfregou a bochecha contra a mão calejada do garoto. Sorrindo para ele, parecia até que era inocente, as bochechas tingidas de vermelho.
Denji engoliu seco.
— Denji, você quer tentar novamente, não quer? — Ela perguntou para ele com a voz manhosa, um sorriso sapeca nos lábios.
Denji que apenas a observava com os olhos arregalados enquanto afundava no sofá assente com a cabeça. Ele não sabe ao que ele está se referindo agora, mas independentemente do que for, ele quer. E como quer.
— Quero sim! Quero muito! — O garoto praticamente grita, esbaforido sem saber bem com o que ele estava concordando mesmo. Sua pobre mente estava em branco e ele não conseguia pensar em nada, preso naquele momento igual a um cervo preso no cruzamento, observando o carro enquanto espera pelo momento de ser atropelado.
E, inferno, aquele carro parece que vai bater com tudo para cima dele.
Denji não consegue mais olhar diretamente para o rosto dela. Sem poder recuar, ele engoliu seco e olhou para baixo fugindo do olhar intenso dela, o que não exatamente melhorou sua situação. Afinal, ele deu de cara com aquele monumental e lindo par de peitos balançando perto demais dele. Pareciam até estar o chamando.
Denji ouviu uma risadinha e olhou para cima cautelosamente.
— Que tocar neles? — Ela pergunta baixinho, como se estivesse lendo a mente dele. Suas bochechas estão rosadas.
— O quê? — Denji estava atordoado. Aquilo não parecia lá muito real, ele já havia fantasiado com isso algumas vezes então duvidou da própria sanidade. Não podia ser real, se fosse assim tão simples, ele teria perguntado antes.
A falta de resposta deixou a jovem inquieta. Ela observou Denji alguns momentos, ele alternava entre encarar seu rosto e os seus seios pesados de boca aberta, quase babando. Sem mais hesitar, ela segurou ambas as mãos de Denji e as colocou sobre os seios salientes, pressionando com firmeza, incentivando o amigo a apertar os montes macios com vontade.
Guiando as mãos dele com movimentos circulares enquanto estava de joelhos no sofá, inclinada sobre ele. Muito perto. Denji podia sentir o cheiro doce que ela tinha misturado com cheiro de comida. Era perfeito.
Ele estava no céu, nem sequer sabia descrever a sensação. Já tinha ido dormir mais de uma vez pensando em uma situação similar àquela, mas nunca sequer imaginou que algo assim fosse possível de um dia acontecer com ele. Mas muitas coisas boas andavam acontecendo ultimamente, então por que não ser grato? Além do mais, nada que ele pudesse imaginar havia o preparado para a sensação real da coisa.
Mais uma vez ela riu, agarrando as mãos dele para fora do alcance ao abrir os braços. Sua expressão confusa foi divertida, ele parecia uma criança após alguém ter tomado o seu brinquedo ou doce preferido. Denji teria protestado se não fosse pelo fato dela, logo em seguida ter unido as mãos atrás do pescoço dele, trazendo ele para perto da maciez do seu corpo novamente.
Merda pochita, tá vendo isso, né? — Ele pensou eufórico.
Denji fechou os olhos sentindo-se no céu, com o rosto no meio dos peitos da moça, enquanto ela o guiava a apertá-los. Se não estivesse sentado e encurralado teria caído no chão. Suas bochechas estavam quentes e ele parecia até aflito, atônito demais com a situação.
Boquiaberto e sem reação, apenas sabia estar adorando. Sabia que seu pau não tinha perdido tempo e estava duro, e como se soubesse ela encostou a ponta do joelho ali. Ela era um anjo e, ao mesmo tempo o pior demônio do inferno e uma vagabunda e ele estava completamente apaixonado por ela (para variar). Ela riu baixinho, soltando ele e segurando suas mãos, antes de se sentar na mesinha.
— Esse tipo de coisa não pode ser feito com qualquer pessoa. Sinta-se especial. — Ela murmurou. — Mas eu até entendo você nessa questão de expectativas e tudo mais. — ela falou como se nada houvesse acontecido, cruzando as pernas na mesinha e os braços rentes ao peito. — Quando eu tive meu primeiro beijo a sensação foi a mesma. — afirmou.
— Beijo?…— Denji repetiu em um murmúrio, ainda se raciocinando direito.
— Sim. Eu imaginava que ia ser igual nos filmes e nas fanfics e tava doida pra poder beijar logo. Escolhi o primeiro cara bonitinho da escola e tomei no rabo, foi horroroso, ele deixou a língua dele parada na minha boca. Parecia até uma lesma morta. Irck. — Ela estremeceu com a lembrança.
— Uma lesma? Mais que merda. Sabia que uma vez eu achei umas no meu barraco depois da chuva? Eu tava morto de fome e comi todas elas junto com o pochita. Não foi tão ruim. —
Ela ri dele. — Você é um cara bem nojento.
— Valeu. — Ele riu meio orgulhoso, afinal, pareceu um elogio. Ainda um pouco nervoso, Denji olhou para a garota, fazendo uma careta estranha enquanto batia a ponta dos dedos no sofá. — Aí, me deixa enfiar a cara nos teus peitos mais uma vez? Assim, uma última vez antes de ir para casa.
A garota ficou surpresa com a ousadia, então riu baixinho de Denji dando de ombros.
— Nem. Meu intervalo terminou. — Ela deu um tapinha no ombro dele e vestiu o avental novamente. Denji olhava para ela com a cara de um cachorro que havia acabado de cair da mudança. Era meio triste, deplorável e fofo em simultâneo. — Talvez outro dia, quando eu estiver de bom humor. Se você der sorte, talvez da próxima vez eu até fique sem sutiã para você.
E com isso, saiu da sala deixando um Denji completamente incrédulo para trás, dando pulinhos em cima do sofá enquanto comemorava a estranha vitória com uma dancinha. Ele agradecia a Power mais tarde por, sem querer, ter acabado causado tudo isso.
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Ela chegou com a família pra morar no vila dos sentimentos,ainda bem novinha,sua casa ficava no alto do morro onde a maior companhia era o barulho do vento,ele trazia os recados e os levava também,sua vida era alí na rua da solidão,um dia passou um barqueiro que lhe contou histórias sobre tudo além do horizonte , ele trabalhava lá embaixo no rio da memória,anos depois já ela crescida queria sair da solidão onde vivera a vida,a rua da solidão, decidida teria que passar pela rua do ódio, praça da cobiça,e beco da inveja,e isso a deixava amedrontada,pois cada um alí era destinado a morar no lugar que mais lhe cabia, não sabia se conseguiria chegar com a alma limpa ou se sucumbiria a ficar nesse lugar pra sempre,ou solitária, odiando, cobiçando ou invejando, só conseguiu uma pessoa para levar suas malas,ele morava na alameda da mentira,e a cada passo lhe falava coisas que a deixavam indecisa, tudo era mentira com certeza,as vezes eram mentiras tão reais que ela quase desistiu,depois de muita luta com sua mente e corpo ela chegou a praça da paz, assim entrou com o barqueiro no rio da memória,seu barco se chamava fé,e esse barco a levaria onde ela quiser,antes de seguir viajem o barqueiro perguntou seu nome,e a parabenizou por ter chegado onde ninguém da vila conseguiu sem se perder pelo caminho,ela agradeceu e disse,meu nome é Esperança.
Jonas R Cezar
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intotheroaringverse · 8 months
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Espaços públicos para Satoru era algo comum. Ainda tinha a memória agradável de todas as vezes em que terminou em detenção com Mikasa por serem dois bocudos e nunca pararem de discutir com Gun. Se o professor de Estudos dos Trouxas soubesse quantas vezes ele comeu a buceta de Ackerman em cima da mesa dele, a mandando ficar quieta enquanto sentia as pernas dela estremecerem em volta de sua cabeça, ele jamais teria os enfiado em tantas sessões da disciplina, especialmente desacompanhados. Entretanto, ele sabia que acharia outros lugares para fazer a garota gemer e choramingar. Ele sempre achava.
Era de se imaginar que ele não ficou nem um pouco ofendido por não visitar a namorada na casa da família adotiva. Ele não podia entrar na casa, mas ele ainda podia entrar nela. Só precisava de um lugar pouco movimentado, a mão sobre a boca de Mikasa e de sua buceta faminta engolindo o seu pau. Claro, ele saía com ela para jantares, tomar sorvete, se distraírem, mas antes que a noite se encerrasse, ele precisava sentir aquela garota fabulosa derretendo ao redor do pau dele pelo menos uma vez. Tinha passado um ano fazendo isso de modo quase ininterrupto, o que justificava ter adquirido um vício na adrenalina e na própria namorada.
Satoru Gojo era completamente viciado em foder Mikasa Ackerman, podia ser resumido assim.
Para quem já tinha feito aquilo até mesmo em um beco abandonado, ali em frente a sala da chefe da namorada não era nada. Todo o castelo de Hogwarts estava se dirigindo para o jantar, os corredores estão desertos, ele tinha acabado de fechar a biblioteca e não tinha nada que o impedisse de prensar o corpo da garota contra a porta, a boca em seu pescoço e os dedos enfiados dentro da buceta dela, entrando e saindo de forma lenta, muito mais para provocá-la do que para satisfazê-la.
— Passei o dia com saudades, sabia? — comentou em um tom até mesmo amoroso, enchendo de beijos pela pele da garota, até chegar em seus lábios, dando início a um beijo caloroso, os dedos se curvando dentro dela e a fodendo com mais pressa dessa vez. A boca de Satoru selou a de Mikasa para que o gemido dela fosse abafado, o que o fez rir em seguida. — Acho que se sentiu da mesma forma.
Gojo ainda continuou mordiscando e beijando os lábios de Ackerman, até sentir que a respiração dela estava cada vez mais rasa e rápida, assim como a buceta dela pulsava em sua mão. Delicadamente, retirou os dedos de dentro dela, lambendo o dedo do meio e o anelar com um sorriso cretino, antes de acrescentar:
— Aguenta esperar até chegarmos em outro lugar? Eu quero ver você gozando.
E por vê-la gozar, ele se referia a assistir, em um lugar privilegiado. Por isso, nem mesmo pensou muito em levá-la pela mão em direção a biblioteca. Ele era responsável pelo grande salão de andares e andares de livros, as chaves estavam com ele, logo, não tinha quem fosse os interromper. Apesar de que a ideia de que isso pudesse acontecer pairava sobre sua mente, trazendo um vontade extra de profanar o lugar com os gemidos deliciosos da garota que prendia os dedos nos dele e tentava fingir que não estava sendo dedada nem dez minutos antes.
Foi ele trancar aquela porta que a empurrou sobre a mesa em que ele ficava o dia inteiro, puxando sua blusa para fora do corpo e abrindo o sutiã dela, se deliciando com a imagem a seguir. Suas mãos agarraram os seios dela e os polegares massagearam os mamilos com um grau de devoção tão óbvio quanto a boca cheia d'água de Satoru.
— Como pode, a garota mais linda do mundo ser minha? — perguntou, sorrindo para ela.
Chegava a ser assustador o quanto ele era apaixonado por ela. Apaixonado pela sua personalidade forte, pela persistência, pela forma como ela inclinava a cabeça para trás e deixava exposto o colo para que ele abocanhasse seu seio e chupasse com determinação enquanto seu dedos voltavam a arrastar o tecido da calcinha para o lado e logo em seguida trabalhar em sua entrada encharcada e quente. Sua língua percorria do vale entre os seios até o umbigo da garota, fazendo todo o caminho de volta até um dos seios, que mordiscava e chupava até deixar marcas vermelhas na pele inteira.
A pressão em seus dedos o deixou atento, o fazendo beijar suavemente a testa de Mikasa, antes de olhar nos seus olhos.
— Minha garota precisa gozar, certo? Então goza, meu amor, na minha boca.
Satoru falava sério quanto a querer assisti-la gozar. Afastou ao máximo as pernas da namorada, se colocando agachado em frente a ela, assistindo os dedos entrando e saindo da buceta dela de forma ágil, o corpo feminino se contorcendo mais a cada minuto que passava. Seu pau pulsava dentro das roupas, sabendo o quanto ela era irresistível para ele. Quando os gemidos de Mikasa se tornaram gritinhos e o aperto em seus dedos se tornou mais intenso, sua língua encontrou o clitóris dela, lambendo, estimulando, chupando, fazendo questão que aqueles gritos ficassem ainda mais altos.
Ele não deu tempo algum para que se recuperasse; uma hora, ele estava lambendo toda a excitação dela que escorreu para além de seus dedos, na outra, estava empurrando a calça e a cueca para baixo, virando a garota para que ela ficasse de bunda empinada sobre a mesa. Estava tão duro e há tanto tempo que o som de alívio que escapou de seus lábios se misturaram com uma risada rouca.
— Puta que pariu, como sua buceta é deliciosa! — falou a Mikasa, ainda rindo em satisfação. Seu quadril foi para frente, empurrando o caralho até que suas bolas estivessem pressionadas fortemente contra a bunda dela. Mais uma vez se pegou suspirando em delírio, antes de se focar em estocar com força dentro dela, o pau saindo por completo apenas para se enterrar até alcançar o útero dela, a mão acertando cada lado da bunda da garota até deixar a pele vermelha e quente. Ele a fodia com força, uma mão em sua cintura, a mantendo estável mesmo com a brutalidade das estocadas, a outra em seus cabelos, a fazendo ficar de cabeça erguida a cada vez que se chocava com força o suficiente para a colocar na ponta dos pés. — Geme, minha putinha, geme bem alto. — E quando ela não o atendeu, o tapa em sua bunda foi ainda mais forte, o som ecoando pela biblioteca. — Grita meu nome, porra!
E quando ela o fez, Satoru pareceu estar no céu, beijando e mordiscando o ombro dela em parabenização. Os movimentos desaceleraram, porque ele queria tocá-la mais um pouco, porque ele queria a fazer choramingar, era difícil de definir. Mas sua mão estava ao redor do pescoço de Mikasa, dois dedos giravam em círculos em seu clitóris e ele ainda a fodia com força, mesmo que mais devagar agora. Sentia uma pressão fodida em suas bolas e estava desesperado para se aliviar dentro dela, mas ainda era a sua garota, ainda queria vê-la satisfeita antes de mais nada.
— Goza pra mim, meu amor, goza pra quem te faz gritar em qualquer lugar desse castelo, pedindo por pica — ordenou, acelerando os movimentos de estimulação no clitóris dela, as pernas de Mikasa estremecendo mais uma vez, o deixando livre para aproveitar o aperto que aquela buceta dava em seu caralho para lhe encher com sua porra, o som de gemidos partindo de seus lábios. As duas mãos seguravam com força os seios dela, o rosto se ocultava na curva do pescoço da garota e ele sentia todo o seu corpo entrar em estado de tranquilidade. Murmurando contra a pele quente, ele disse: — Gostosa. Minha gostosa.
Era um namorado atencioso, a ajudando a recolher as roupas, ajeitando seu cabelo, empurrando com os dedos a porra de volta para a buceta dela antes de puxar a calcinha dela de volta ao lugar. Atencioso, e talvez pervertido o suficiente para continuar com um tesão enorme mesmo depois do ocorrido.
— A gente devia comer alguma coisa. Comer de verdade — acrescentou, olhando para ela de canto, rindo com a garota, mais uma vez oferecendo a mão para ela, saindo da biblioteca em direção ao jantar, que deveria estar no fim a essa altura.
Alguns olhares recaíam sobre eles conforme avançavam pelos corredores, mas ao invés de sentir vergonha, Satoru sentia orgulho. Ele tinha dado um show e sua namorada estava ainda de pernas bambas ao lado dele. Por que ele iria se arrepender de alguma coisa?
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bwrightknight · 10 months
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CUT-SCENE#1
NIGHTMARE
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“Onde estou? Que lugar é este?”
 Bruce começa a se questionar enquanto se levanta do chão. Seus olhos lacrimejantes piscaram algumas vezes, tentando focar nas imagens borradas ao seu redor que lentamente tomavam forma. Era um lugar estreito com um cheiro mórbido. A iluminação era feita por uma sequência de três mastros, e no final desse corredor havia um teatro com luzes piscando acima das letras.
 “Eu conheço esse lugar…”
 Suas memórias não eram das melhores em relação aquele lugar. Em seguida, ele se depara com as mãos e as roupas ensanguentadas, tomando consciência de onde ele está naquele momento. Um lugar em que outrora já teve mais leveza e clarão, porém, com o desleixo dos políticos e a alta criminalidade, se tornou quase um abrigo para os malfeitores. Bruce nunca conseguiu sair daquele lugar maldito!
 “Pai… Mãe?”
 Havia dois corpos caídos no chão sob a segunda coluna, na direção do teatro. Bruce correu o mais rápido que podia, com a respiração ofegante e os olhos marejados. Diante dos corpos, ele se ajoelhou. Os corpos de seus pais estavam cobertos por sangue, caídos na sarjeta. O colar de pérolas de sua mãe havia sido estourado e suas pérolas estavam espalhadas pelo chão. Bruce chora e cerra os punhos de raiva e agora ele houve uma risada, emergindo das sombras. Uma figura misteriosa se aproxima, com passos lentos, o solado ao se chocar com o chão, ecoa por todo o beco. A figura misteriosa para abaixo do terceiro poste de luz, iluminando sua face risonha. Aquela pessoa enigmática, com o rosto destorcido, de olhos vermelhos intensos e com um sorriso diabólico, ergue em sua destra uma arma, apontando para o menino. Bruce se assusta com o feito, com seu coração acelerado e mãos trêmulas, ele tenta dizer não para o ser a sua frente.
 “Você deveria ter vergonha de si, Bruce. Que bem a sorte lhe trouxe? Você não vê o que você fez com eles?”
As luzes dos postes começam a piscar, até que elas se apagam, deixando a escuridão tomar conta. Bruce já não conseguia mais ver seus pais e nem a figura que lhe encarava. No entanto, o garoto se assusta quando houve um estouro vindo atrás de si. Imediatamente seus olhos vão ao encontro do barulho, porém são repelidos por uma forte luz que vinha do terceiro poste. Assim que sua vista começa a se acostumar com o clarão, o pequeno pode perceber um casal vindo em sua direção, e em sua frente, estava uma criança, risonha e ingênua. O casal ri e vê de relance o filho imitando o personagem que acabaram de ver no cinema. Todavia, Bruce sabia bem do que se tratava aquela cena, lhe causando um certa angústia e desconforto, tanto que ele se levantou de seus joelhos e correu novamente, mais rápido que podia. Ele tentava impedir com que aquela família entrasse no beco. Suplicando. Empurrando. Gritando. Foram essas formas que ele tentou usar para alertar e impedir o que iria acontecer, mas tudo aquilo era em vão.
Novamente, aquelas risadas macabras voltam a ecoar pelo beco. A persona sibilina volta a caminhar em passos lentos, entretanto, desta vez ele vinha de encontro a família. Ele falha novamente,
 O menor tenta parar a família, sem qualquer alteração naquele percurso, como se de fato aquilo deve-se ocorrer. Um zumbido alto faz com que o pequeno grito de dor, enquanto suas orelhas sangram. A dor era tanta, que fazia seu corpo ficar debruçado no joelho novamente. Imponte, ferido e com uma dor extrema, Bruce assiste novamente à morte de seus pais. Contudo, no momento em que a luz foca na persona misteriosa, o garoto consegue ver seu rosto nitidamente e então, ele grita.
“Não pode ser… Você não!”
Aquele ser de aspecto indecifrável, trona-se nítido para o menor, que mesmo assustado ele tenta entender por qual razão, a persona tinha sua semelhança mais velha. Entretanto, logo após sua face ser revelada, os olhos ficam mais vermelho, seus ossos partem a carne de seu corpo, rasgando a derme até ficarem expostos. A criatura vai tomando a forma de um morcego, com pressas banhadas em sangue, os olhos rubros e vidrados. A criatura que outrora era um homem, agora mostra ser um morcego gigante.
Imediatamente o pequeno se assusta com os dois tiros vindo da mão do morcego.
“Viu o que você fez garoto?”
Disse a criatura.
Em pequenos movimentos, lances frenéticos diante dos olhos de Bruce, a criatura se aproxima. Blasfêmias são ditas, a respiração pesada vai de encontro a face do menor.
“Admita. Seu maior erro é não admitir que você os matou!”
Com a língua encharcada pelo sangue de seus pais, o morcego lambe o rosto de Bruce, sujando-o. Paralisado e com medo do que estava por vir, o garoto fecha os olhos.
“Veja!”
Grita o morcego, grunhindo para ele, erguendo as mãos cheias de sangue para o garoto fitar. Ele é o maior culpado, só ele, ele os matou. A vingança que corre em suas veias não deixam ele ver que o maior vilão, era ele mesmo.
“Por que você nos deixou morrer filho?”
Nesse momento, o pequeno olha rapidamente para o corpo de seu pai, que repetia várias vezes a mesma frase. Seu corpo já em decomposição mostrava que eles estavam assim há anos. Todavia, quando o pequeno vai se aproximando do corpo de seus pais, tudo torna a ficar escuro. E mais uma vez, tudo se inicia de novo, sadicamente.
“São dois tiros, Bruce! São apenas dois!”
A criatura voa para escuridão e some. O som alto dos tiros faz Bruce gritar de dor, um grito tão alto, tão intenso, tão doloroso que o faz acordar. Bruce havia tido um pesadelo. Estava suando em sua cama, vendo o luar na janela invadir o quarto pela grande janela do cômodo. Ele olha para suas mãos percebendo que já não é mais a criança do sonho que tudo voltou ao normal.
“Foi… foi só um sonho!”
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irisdeamoras · 2 years
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he was sunshine i was midnight rain - taylor swift (midnight rain)
você tem nos braços o peso dos raios de sol
sutis e claros e cheios de glitter
e eu sou a chuva caindo da nuvem que entra na frente dos seus olhos quando nos encontramos
eu embaço os vidros do carro faço cacofonia ao redor das cidreiras e trovoo e ressoo em sons que você não ouve mais.
--
você entrega na minha mão um girassol
e mais um em cada vértice do sorriso gigante regado a chá de hortelã e broa de milho
como alguém pode carregar um jardim inteiro em qualquer lugar que não seja nas mãos?
--
caminho pela antiga estrada em que nos encontrávamos exatamente no meio das nossas planícies
eu nunca poderia pertencer ao seu mundo de sorrisos leves e de preocupações bobas e de
beijos demorados e de glitter e de technicolor
o seu mundo de álcool o seu mundo de êxtase o seu mundo de empolgação
o seu mundo de leveza o seu mundo de sorrisos o seu mundo de solidão
no passado você morou em mim - no passado eu morei em você
e você ainda me carrega nos olhos por onde estiver - e eu te carrego nas mãos e nas músicas e no meu telefone e na minha alma como a lembrança de uma antiga casa numa foto em sépia desbotada num álbum de 1950 que poderia ter sido da nossa família retrô regado pelas suas mãos ao redor dos meus ombros e do meu cabelo no seu rosto por causa do vento da praia de copacabana perturbando meu vestido de mangas curtas e com a gola alta que eu adoro e você também (...)
poderíamos ser memória e saudade e realidade e ambiguidade todos de mãos dadas num altar
poderíamos ser de verdade
o reinado no topo de um bolo.
--
mas você só teve um lado meu
só o lado claro do meu sorriso e a parte boa do meu discurso
eu escondi os dramas e as dores e os tons amargos de cada café passado
como pistas secretas numa peça de teatro
até que você tomasse uma xícara doce demais e me perguntasse o que havia de errado
e eu sorri e meus cílios me condenaram, escuros e molhados de lágrimas
e minhas bochechas mudaram e em três minutos eu envelheci para dez anos mais longe de você
de você e da sua juventude e da sua alegria e de você caindo caindo caindo como uma pena na cama
e sendo banhado pelo sol de manhã
e me carregando na corda bamba entre os cômodos e tornando-a firme com seus polegares cheios de calos
e segurando meu punho quando eu quis socar você no rosto
abrindo-o com os mesmos dedos cansados de barulho e
me tirando para dançar. à lua. à meia noite.
e eu deitei o queixo no seu ombro exatamente quando a lua formou uma linha reta entre nós e nos separou por um único segundo perfeito.
eu senti você brilhar em dourado e em prata tudo ao mesmo tempo e meu Deus do céu você consegue imaginar algo mais bonito do que isso?
você me sorri com olhos de cobre eternos com pontas de ferrugem e de ardósia e de escarlate
consigo.
--
você era sol e eu era uma tempestade à meia noite
caindo enquanto a gente queria dormir e batendo na janela e molhando o seu quarto e fazendo enchente na sua casa
e te acordando do sono profundo e molhando seus sapatos e te assustando
até que você admitisse que estava de verdade, honestamente, com um nó na voz receio nas palavras um ar contido que o diafragma resistia por guardar, com medo de tudo ruir
e há muito tempo atrás eu te assisti dormindo e soube que eu era a enchente e o tornado e o monóxido de carbono ocasional indo de encontro com as suas hemoglobinas
você teria o conforto de um sono profundo ao meu lado, nos meus braços
mas por quanto tempo até desfalecer desmoronar virar poeira?
quanto tempo até o vulcão? até as cinzas sobre Pompeia? até o adeus?
--
e hoje você corre e você é livre e você voa entre quartos e becos e parques e bares
e eu permaneço no chão do meu balão à gás
depois de ter te mandado embora.
eu acho que às vezes nós sempre conseguimos o que queremos
eu pude ser sozinha e brilhar no palco à luz da verdade, banhada pela lua
você se misturou e você se tornou um deles e você passou a erguer seus braços de um jeito diferente do que fazia quando nos conhecemos
agora você se move com graça com música como a brisa com perfume de jasmim
e orquídeas lilases e lianas ao redor dos punhos cálidos
você sabe quem você é e quem se tornou longe de mim, a contraponto de quem eu sou
e você vive uma vida de riso e você encontra a sua casa que não quebra que não alaga que não te expulsa nos braços de um estranho
e agora você sabe dançar
eu sorrio e assisto de longe
agora você sabe mesmo dançar.
--
e, no fim de tudo, depois de uma noite montanhosa ou um sonho febril
você me liga na aurora para dizer que não se esqueceu
e só desliga no crepúsculo para reiterar que se lembra
de me carregar nos olhos por onde for
como se isso fosse uma escolha
você reafirma que não é uma escolha e que se pudesse me exorcizava do seu dicionário e principalmente das suas manias na hora de fazer chá
como se eu do outro lado ainda não tivesse tatuadas nas costas as asas de borboletas que você pintou na minha pele
além daquelas fundidas nas paredes do meu estômago
e das canecas que você esqueceu secando na minha pia
como numa cena de crime.
--
e eu te digo de longe com palavras se formando nas minhas expressões sinceras
(por uma única vez, sinceras)
não há escolha a nós além de carregarmos um ao outro pela mão
a qualquer lugar menos ao lar
que você encheria de sol e eu destruiria com chuva
e que mesmo assim seria lindo
como um disco arranhado
ou como um arco-íris brilhando na luz das estrelas
mas nunca seria a casa em que nosso coração faria morada
porque eu não usaria aquele vestido de cetim que a sua irmã disse que era o mais bonito
e você desistiu da gravata carmim de última hora
e nós dois desistimos
deixando para trás todas as memórias
do que poderia ser
e colocando na frente o olá que você me deu na cafeteria
e o futuro bifurcado em duas estradas irmãs que o tempo e o destino pintaram
dois segundos depois do meu adeus.
---
seguindo a seriezinha do midnights não esperava que faria um texto inspirado em midnight rain. mas veja só. aqui está. e senti uma vibezinha de gold rush também... amor inalcançável e etc. é isso por hoje.
obrigada por ler xoxoxoxox
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