Tumgik
#Olhei para o brilho das estrelas do céu noturno
kiwicidios · 2 years
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A noite III
Eu olho para os prédios na frente e penso: será que alguém ali junto comigo em outro lugar, no silencio e no escuro da noite, vai pra varanda, olha pro céu, e contempla a beleza da noite?
Será que alguém, como eu já olhei pra outros e pensei mesmo, olha pra mim e pensa: quem será aquela moça?
Será que alguém já me viu sentada no canto na almofada pensando na vida?
Será que em algum desses lugares silenciosos tem alguém também escrevendo um texto?
Possivelmente a resposta para todas essas indagações sejam sim. Eu só n��o as vejo.
Talvez sejam esses períodos natalinos de final do ano, que nós brasileiros sobre sobrecarregados com a música da Simone: Então é natal, e o que você fez? Mas parece que a vida toda toma um rumo mais reflexivo de o que eu estou fazendo enquanto estou aqui? o que estou fazendo desse tempo que me é dado e que a qualquer momento pode acabar?
Eu gosto de pensar que em alguns minutos, horas, dias, eu tirei pra observar e sentir a beleza da vida. De olhar pra essas estrelas brilhando, mesmo possivelmente mortas, apreciar o seu brilho que eu ainda vejo. De sentir a Lua, e sentir o vento gelado que toca minha pele e me faz lembrar que eu estou viva. De olhar a luz do prédio que acabou de acender com alguém que entra no cômodo da sua casa durante a madrugada e que segue sua vida sem saber que eu existo. De ouvir a ambulância indo para algum lugar resgatar alguém.
E de saber que estamos todos aqui. Vivos. Alguns encerrando suas jornadas, outros chegando. Mas no final, todo mundo existindo, das melhores formas que podem e conseguem existir.
Mas é isso Noite. Você me faz sentir que eu sou única no meio de um monte, e pequena em uma imensidão, mas que eu ter uma vida, que me sentir viva, em um momento que sinto a falta da vida, tem sido o que me mantém.
Tem horas que meu coração faz esse silêncio noturno. Tem horas que tudo barulha. Eu te escuto noite.
[Bárbara Brito, 21/11/2021]
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sirpierre · 3 years
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Dias Melhores Virão... - Conto
Okay, estamos numa pandemia há... enfim, há um bom tempo. Coisas ruins aconteceram (MUITAS), mas também tiveram coisas boas. Algumas me inspiraram e aqui estamos com mais um conto.
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Dias Melhores Virão
Ter encontrado este lugar foi um golpe de sorte. No começo do ataque, peguei o que pude e corri para longe da cidade. Felizmente, achei esta torre vazia.
Estou escondido há meses. Mantimentos em baixa e a lenha que me aquece está acabando, mas não posso levar meus pés para fora. É perigoso e já tomei esse risco recentemente... e eles estão lá. Sentem meu cheiro, da mesma forma que sentiram dos outros que ficaram para trás. Para onde levam os capturados - quando não assassinados - é uma incógnita, mas não desejo me arriscar a descobrir.
A escuridão toma o meu mundo conforme as brasas da fogueira diminuem. Enquanto ela absorve minha torre apertada, sinto a angústia crescer. Devo seguir nesse campo de incertezas ou me arriscar entre os monstros, buscando recuperar meu estado mental, seria uma escolha mais sábia? Não. Isso não é opção. Devo aguardar dias melhores.
Dias melhores... Dias melhores... Acredito neles. Não há apenas demônios lá fora. Existe a minha luz. Existe algo que, talvez, quem sabe, eu possa chamar de lar. Ela, a esperança, me dá forças para continuar firme, esperando dias melhores. Eles, os dedos que apontam para um futuro melhor, me guiam. Dias melhores virão, deixando os monstros como apenas um capítulo lamentável de nossa história.
Mas e o medo? Também sinto medo. Medo das coisas seguirem como estão. Medo dos objetivos se perderem nesse caminho mortal. Medo das pedras pontudas que espetam a sola do meu sapato me derrubarem. As inseguranças são inúmeras, mas, no fim, continuarei tentando lutar contra os meus próprios monstros. Só assim poderei vencer aqueles lá de fora.
Puxo minha última lenha e toco nas chamas vermelhas. A essência viva de calor consome o pedaço de madeira e, quando levo ao ar, ilumina as paredes da casa apertada. É uma torre circular, com escadas que levam ao topo. De degrau em degrau, é para lá que eu vou.
No topo, pequenas janelas me mostram o que existe no mundo. Os outros seguem, tranquilamente, com suas vidas. Se encontram, se reúnem, se aglomeram. Eu poderia ir com eles, mas os monstros são reais. Eles me pegariam de surpresa. Seus braços são longos, sua fome é insaciável e nunca dormem. Velozes, farejam e saltam sobre suas vítimas. Donde saíram? Com certeza, do fogo do inferno.
Ali está, o que eu desejava ver. Aquilo que eu queria encontrar enquanto subia a escada. Todas as noites eu chego no alto da torre, encaro o horizonte e observo a luz branca e forte da estrela no horizonte. Ninguém mais entende o que é. Nossos reis e seus magos já desistiram de solucionar e jogaram o papel para a Igreja.
Mas eu sei exatamente o que é. Eu sinto. É a minha esperança. É o que me motiva a viver nesse mundo perdido. É o brilho noturno que afasta minhas inseguranças. Não está tão longe... acredito que, um dia, poderei chegar até essa luz. Luz que erradia o céu, brilhando por todas estrelas. Seus raios se espalham pelo tecido escuro. Fios que tocam suas irmãs luminosas, um para cada estrela... um fio para cada estrela. Conectadas por destino. Quem pode dizer o que isso significa para nós, a sociedade que fraqueja para os monstros? Apenas eu.
É nessa luz que eu me agarro. É com seus raios que eu sonho. Com ele, o corpo celeste brilhante, é com quem desejo me encontrar no fim. Espero que seja minha saída dessa torre apertada para um lugar melhor... um novo lar.
Encostei o corpo na janela e adormeci.
Batidas na porta. Uma sequência de batidas me acordou. Desci aos tropeços, sem notar o quão iluminado estava o local, e espiei por uma fresta. Quem poderia ser? Eu não esperava visitas. Eu não queria visitas.
Ninguém.
Olhei novamente.
Ninguém, apenas um clarão imensurável. Não me cegava, e sim o contrário. Meus olhos arregalaram-se, desejando aquela luz.
Movi a mão até o gancho e destravei a porta. Abri e permiti que a luz entrasse.
- O que estou fazendo? Os monstros, a...
A luz me tocou e então compreendi. Era a estrela. O feixe de luz se expandiu até ali. Ele me consumiu, de pouco em pouco, até se tornarmos... nós. Perdi as preocupações, o medo, a insegurança e, finalmente notei, que aquilo era o início de dias melhores.
Vislumbrei o futuro, a paz e o paraíso que viria. Adormeci novamente.
Os dias melhores, aqueles que estão por vir, realmente são muito belos. Quando abri os olhos e me vi no alto da torre, ainda encostado na janela, sob a luz da estrela no horizonte, eu sabia para onde seguir. Minha estrela, aquela que ilumina por todas as outras, a luz que me guia, me falava... dias melhores virão.
Por Pierre Muniz.
Para Alex.
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terra1ndigena · 7 years
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Vazio
“ Hoje parece que o sol se pôs mais cedo. Quer dizer, qual foi a última vez que ele nasceu para mim, afinal? Desde que fechei as cortinas do meu ser, nunca mais vi seu espetáculo. Não me recordo do seu brilho invadindo a minha janela pela manhã, ao menos, de já ter sido iluminada. Quando se está no escuro, fica complexo explicar o vazio do peito; é como buscar significados em um dicionário que se encontra em branco. Abro os olhos novamente e não enxergo nada além das mínimas frechas de luz que se alastram debaixo da porta. Me pergunto se tem alguém do além me observando neste momento. Lamento, mas é só isso que irá ver. Um retalho de mim. Foi o que sobrou dessa semana. O teto do meu quarto nunca esteve tão negro como hoje; agradeço por ter que economizar as luzes da casa, assim a lua me faz uma visita magnífica. Quando cai a noite eu tomo coragem de abrir a janela. Do céu noturno eu não tenho vergonha e posso liberar os meus demónios que descaradamente não buscam luz. Costumo ficar daqui olhando as estrelas são tão lindas... Seria um desastre se refletissem minha alma aflita e o meu olhar distante. Chega um momento que até os fones de ouvido te olham com desdém, hoje eles não podem me ajudar e a trilha sonora do resto do dia vai ser o ventilador que gentilmente me faz sala. Eu queria poder fechar uma porta com a garantia de que nada vai me fazer falta e abrir a janela segura de que não entrará lembrança alguma, mas isso nem sempre acontece (quer dizer, nunca aconteceu comigo). Quando criança eu costumava sentar nas janelas da casa da minha bisavó. Eu amava janelas. Eu amava contar os aviões e contar as estrelas, mesmo sabendo que mamãe havia alertado sobre as verrugas no dedo. Eu sempre quebrei as regras e consquentemente, eu sempre quebrei meu coração desta forma: esquecendo as regras. Mas o que são regras quando o destino resolve meter o dedo na sua ferida? Elas não são nada. Assim como eu , elas não são nada. Eu queria ser mais pra cima, só desta vez. Eu não queria escrever sobre o vazio. Sobre o meu vazio. Tenho evitado o bloco de notas constantemente, mas a solidão sempre bate em minha porta quando você está aqui. Mas hoje eu não vou falar de ti e sim, dos efeitos que me causa as tuas doses.03:15Fecho os olhos sempre que me perco em parágrafos, afim de me encontrar em histórias antigas. Mas tudo que vejo é o meu Eu solitário. Tantas letras, tantos nomes e poucas lembranças de sorrisos que deveriam me fazer sorrir; mas ao abrir os olhos a chuva cai e vergonhosamente não é do céu, vem de mim. O peso de uma lágrima não se põe na balança e não conseguir explica- lá é sufocante. Tic tac. Tic tac. Tic tac. A frequência dos ponteiros ecoam dentro do meu consciente feito hipnose. Mas se eu te contar que eu não estou perto de um relógio soaria um tanto perturbador? Isso é um dos teus efeitos. Uma náusea me faz lembrar que hoje eu não me levantei para ir até a cozinha, comer aquele meu biscoito preferido. Mas a verdade é que engoli tantos sapos que me sinto psicologicamente satisfeita. Mas o que isso tem a ver com os teus efeitos? Exatamente nada. Mas é uma das causas. Ignorei tantas coisas e os dias se passaram de forma tão ligeira, que mal percebi o caminho do abismo que tracei (de novo). O abismo. É um dos teus efeitos. Daqui do alto a paisagem é bonita até lembrar que embaixo dos meus pés a morte me chama. Não tem um segundo se quer de paz a mente de quem te encontra. De quem te vive. Você é gelo, nevasca. E eu sou o mendigo sem agasalho na calçada da vida. Um dos teus efeitos: os calafrios.Aqui dentro do meu quarto todas as mobílias são iguais. Invisíveis. Todas sem cores e sem formas. Não as enxergo. A minha visão capita o nada. Eu não sabia que existiam cometas em forma de pontos de interrogação. Você sabia? Deveria saber. São teus efeitos. A interrogação, a falta de sentido, os porquês. E como eu estou no escuro não sei explicar. Ah, mas eu sei que o "escuro" é consequência dos teus atos sujos. Você me tira o ânimo toda as vezes e o que você me da em troca? Adivinha? Começa com D e mata! Não corre vento , mas a minha atenção sempre da um jeito de fugir num barco a vela. Então eu me pego solucionando problemas que eu ainda não entendi. Me pego buscando motivos parar decifrar o meu próprio comportamento de querer sumir numa segunda-feira e só voltar quando todos os quebra-cabeças estiverem feitos. Mas hoje é sexta e eu deveria estar caindo em bares ou no mínimo linda, em cima da minha autoestima. Mas eu estou aqui. No fundo do baú. Ou do poço, como preferir chamar.Mais uma vez você tirou aquilo que eu não tinha. Mais uma vez você veio e eu odeio quando você vem. E o pior é nunca saber o porquê! Não existe respostas quando se trata de você. Eu só sei te sentir. Inexplicavelmente. Um desastre não poder te dar passagem só de ida. Você tem sempre que voltar. Eu passei do ponto outra vez e eu estou completamente perdida. É exaustivo pra quem lê? Imagine pra quem sente. Eu queria descer pelo ralo da pia junto as lágrimas. Me olhei no espelho e não me vi. Os meus olhos eram de um negro sem vida. Até as trevas tem os seus momentos de aquarela. Os seus 50 tons de cinzas. A corda visivelmente pendurada no ventilador denunciava um pecado cujo Deus não perdoa. O suicídio foi lento e durou uma noite inteira. Ao amanhecer o sol não nasceu, ainda bem, pois eu esqueci de fechar as janelas antes de partir.”
-Helena Fernandes
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v-enantium · 7 years
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Continuei seguindo o caminho que o vento me indicava, quando reparei que a Lua cintilava no céu noturno, o que fazia tudo parecer mais intenso, perigoso e tentador. Por algum motivo, a Lua sempre havia me causado certa curiosidade. Quando pequena, eu costumava abrir a janela durante a madrugada e passava horas observando-a. Sua luz sempre me trouxe algo bom. E, naquele momento, aquela Lua era tudo o que eu tinha.
O encontro nada amigável com Chaos havia me deixado exausta, física e psicologicamente, mas algo me dizia para não parar ainda. Segui até a beira do lago que corria até onde eu podia ver. Ainda não entendia como a floresta podia ser tão grande, se por fora parecia apenas um pequeno amontoado de árvores. Agora o pequeno parecia mais um infinito amontoado, com árvores tão grandes que as estrelas custavam a achar uma brecha para aparecer.
Peguei o cantil que Avah havia colocado dentro da minha mochila e enchi de água até a boca, guardei-o e peguei mais água com as mãos em forma de concha, lavei o rosto e bebi um pouco, guardando o restante para uma possível emergência.
Quando olhei para a água novamente, o reflexo da Lua brilhava com uma intensidade fora do normal. Uma vez li num livro uma frase que dizia que “O mar é o único lugar onde o céu e o chão podem se tocar.” E era a mais pura verdade. Era como se a Lua tocasse a superfície da água e a fizesse ondular. Ondas que chegavam até mim e... Ondas?
A Luz que surgiu quase me cegou e uma imagem apareceu junto a Lua que realmente estava baixa o suficiente para alcançar o chão. Fechei os olhos e senti a presença mais forte que eu já havia sentido, ao abri-los novamente, vi uma mulher de branco que cintilava tanto quanto a própria Lua.
A mulher se aproximou lentamente de mim, seus olhos intensos me hipnotizavam mais a cada passo que ela tava sobre a água. Ao chegar perto, a mulher sorriu.
- Elena Lefevre, finalmente.
- Quem é você?
A voz mal saiu, as palavras se jogavam da minha boca.
- Meu nome é Lumia. Mas pode me chamar de Lua.
Senti meu coração parando.
- Lua? Você é, tipo, A Lua?
Lumia riu.
- É, querida. Eu sou “A” Lua. Sou sua guardiã. Bem, você sempre esteve sob minha luz. Seu facinum está comigo. Mas não poderei dá-lo a você ainda.
- Por que não?
- Ainda está muito cedo criança. Você não está pronta. Bem, eu nem deveria estar aqui, mas eu não pude me conter. Precisava te ver de perto. Você cresceu tanto. Durante sua vida inteira eu te protegi mas, agora, é você quem tem que nos proteger... Agora eu preciso ir, o céu precisa da Lunae Lumen, a luz da Lua.
E era verdade, o céu estava tão escuro que nem as estrelas davam conta.
- Mas... – tentei dizer.
- Fique calma, nos encontraremos novamente em breve.
Antes que eu pudesse tentar dizer mais alguma coisa, Lumia se foi, me deixando apenas com o clarão que surgia diante de meus olhos enquanto ela se afastava pela água, até chegar no céu.
 Fiquei alguns instantes parada, imóvel, sem conseguir pensar direito. Cheguei a acreditar que talvez estivesse cansada demais e minha imaginação estivesse brincando comigo. Mas não, o brilho da Lua me mostrava o quanto aquilo era real.
Naquele momento pensei em desistir, após me dar conta de que estava andando sem rumo há mais tempo que conseguia lembrar. Não podia mais suportar a incerteza na qual nadava, sem saber onde iria chegar. E então, a voz doce de Avah surgiu novamente em minha mente, após tanto tempo sem dizer nada.
- Não desista, pequena. Não desista ainda. Sua missão está quase no fim. Você consegue. - disse a voz que se misturava com o vento.
Senti as lágrimas rolando em meu rosto e, dessa vez, não tentei controlar. Chorei. Chorei por medo, pela solidão. Chorei por não saber para onde ir. Chorei e, pela primeira vez em dias, adormeci.
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Dia 15 - escreva usando algum fenômeno científico
Às estrelas que guiam
Aquela sensação foi indescritível. Eram vários sentimentos que mobilizavam até arrepios em minha pele. Me lembro de que quando escolhi aquela chácara para ir naquela data, não havia nem sequer me lembrado da possibilidade de que durante a noite, teria uma linda apreciação do céu, e esse texto é sobre isso, sobre aquela noite estrelada. 
Depois de vários risos e momentos de diversão, alguns momentos de tensão, o silêncio começou a tomar conta do espaço. As pessoas começaram a ir dormir, as luzes começaram a se apagar. Alguém que que não lembro quem, teve a brilhante ideia de pegar alguns colchões das camas que estavam vazias e colocarem na parte externa, para que pudéssemos olhar o céu noturno que estava maravilhoso. E assim fizemos. 
Poucas pessoas se encontravam ali fora. Um casal de amigos que dividindo o mesmo colchão de solteiro e cobertos por seu edredom, se abraçavam e dormiram admirando o céu estrelado. Outros amigos separados também deitaram em seus espaços e apreciando a imagem que viam, se sentiam sonolentos e depois iam deitar em suas camas. Eu e um amigo fomos os que ficamos até mais tarde acordados, dividindo o mesmo colchão só que deitados invertidos. Ele também dormiu, mas dormiu ali me fazendo companhia.
Quando notei, somente eu me encontrava acordada e desperta. Sentia frio, pois usava um shorts e regata, e não havia levado coberta, manta e nem roupa para me aquecer. Mas o frio não me incomodava tanto, eu estava prestando atenção em outras coisas. 
Enquanto olhava o céu, ficava impressionada com como a ausência de luz artificial me proporcionava ver um céu que na cidade era impossível. Me recordo das várias cores que conseguia ver no negro do céu. Alguns tons rosados, azulados. Pontos brilhantes tão pequeninos que talvez nunca os tinha notado. 
Naquela noite vi três estrelas cadentes. Comentava com os amigos, mas os que dormiram já não estavam mais ouvindo, e o que estava ao meu lado, eu o acordava com minhas falas espontâneas e impressionada sobre o que via. No fim ficamos nós dois. A presença dele ali comigo, mesmo dormindo, eu já não sabia mais se me fazia companhia, ou se eu quem o acompanhava enquanto ele escolhera dormir no lugar mais lindo daquele ambiente. 
Fiquei ali por horas... sentia como se eu estivesse viajando nas estrelas. Cada vez que vejo e aprecio seus brilhos, lembro daquela história de que não sabemos quais estrelas ainda existem, e quais já se foram, mas seu brilho ainda é visto daqui. Eu as apreciava, como talvez nunca havia apreciado na vida. Muita coisa foi permitida ser apreciada ali.
O brilho estrelar nesse céu aberto que não tinha nenhuma nuvem, também começava a me ninar. Lembro-me de antes de optar por entrar para o quarto devido ao frio, para que nem eu nem ele dormíssemos ali no sereno, cantarolei e recitei em voz baixa uma música de uma banda favorita, que naquela experiência se adequava perfeitamente, em conjunto com meus pensamentos e reflexões.
Olhei novamente para o céu, agradeci a ele por ter-me permitido o observar, por ter me ajudado mesmo que de tão longe a me encontrar naquele momento. Chamei meu amigo e entramos. 
Quando deitei e comecei a me aquecer, parecia certo estar ali, era mais cômodo e confortável, mas também percebi que não era ali que eu queria estar. Lá fora o frio me incomodava, mas o que eu via, o que eu sentia, era mais daquilo que eu queria. Fechei os olhos, suspirei e pensei: que bom que eu estive ali. Agora é hora de dormir. 
[Bárbara, 15/05/2020] 
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