DIA 9
Dia nove irá fazer um mês desde que eu terminei. É uma saudade tão estranha que eu venho sentindo. É um sentimento de "ai eu quero te chamar" mas se eu chamar eu vou estar sendo super otária.
Eu tinha perguntado em três dias diferentes se tinha certeza que queria terminar e todos ele respondeu que sim, meio que eu não tenho muito o que fazer eu fiz o meu máximo, e o que me resta é respeitar a decisão.
Mas eu não vou mentir, nos horários ele que costumava me mandar mensagem, eu ainda fico checando pra ver se ele manda mensagem, e nunca chega. Cada dia mais eu estou olhando menos no meu telefone, eu até desativei as notificações pra não ficar checando, só que nos mesmos horários eu estou checando meu telefone e não tem nada. É engraçado, porque é como se eu tivesse esperando uma mensagem dele de bom dia ou boa tarde, dizendo que quer me encontrar pra conversar e pra resolver as coisas, mas eu sei que isso não vai acontecer, mas na minha cabeça parece que vai, eu sonho com isso.
Cara, ele é a pessoa que eu mais amei no mundo, até hoje e, provavelmente, a única que eu verdadeiramente amei, porque meu primeiro namoro não conta muito, já que, eu só namorei pra falar que estava namorando, então nunca amei de verdade. Foi muito chato eu ter que falar pros meus amigos que eu terminei, porque quando eu comentei isso com eles, eles ficavam falando que realmente ele não prestava, sendo que, não foi isso, só não deu certo mesmo. Eu não consigo falar mal dele pra ninguém porque realmente eu não consigo falar mal de uma pessoa que foi o mundo pra mim.
O que eu quero dizer, é que, dia nove está chegando, e que, eu prometi a mim mesma esperar até o dia 10, desse mês de agosto. E dia 10 a gente de fato terminou, e se ele não me chamasse, não me procurasse, nem nada, eu seguiria em frente e, parece que, eu não quero seguir em frente. Mas é uma promessa que eu fiz comigo mesma e normalmente eu não quebro promessa feita comigo mesma.
Eu queria muito poder falar disso com os meus amigos, mas não tem mais o que falar. E eu sei que a melhor maneira é não falando disso, porque é melhor pra esquecer. Com meu primeiro namorado, eu levei seis anos pra esquecer um monte de coisas que ele fez comigo durante um ano, eu não sei quanto tempo eu vou levar pra esquecer o que aconteceu em três meses, até porque minha memória é muito ruim mas eu quero que esse dia chegue logo.
Com o meu primeiro namorado, eu que terminei com ele e bloqueei ele de tudo. Todas as tentativas de falar comigo eu bloqueei, porque eu tinha total certeza da ideia, mas ele ficou me procurando. Até que eu cansei e mudei todas as minhas redes sociais e ele nunca mais me achou. Eu sinto que se eu procurar meu ex-namorado por agora, ou em qualquer outro momento, eu vou estar sendo igual o meu primeiro namorado foi pra mim. Algo que eu realmente não gostava, porque eu só queria seguir em frente. Claro que estava sendo muito difícil pra mim e eu só não aguentava mais. Exatamente por essa razão que eu não chamo mais meu ex-namorado. Eu tenho número dele salvo, eu sei o número decorado dele mas eu não tenho coragem de chamar por causa que eu sinto que eu estarei agindo igual ao meu primeiro namorado e aquele ser humano é alguém que eu tenho repúdio.
Me falaram uma vez que, quando a gente entra num relacionamento tóxico, depois que termina, e entra em outro relacionamento (saudável), a gente acaba sendo tóxico sem querer. E eu concordo muito com isso, porque durante o meu relacionamento, teve vezes que eu tive atitudes tóxicas e eu não percebia. Eu tinha motivos, não irei expor, mas foi tão errado da minha parte.
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Somos todos espelhos uns dos outros...
literalmente. 🪞
«Diversas vezes as pessoas que lidamos estão lidando com as suas projeções, sequer estão nos olhando pelo que somos. E nós fazemos o mesmo com os outros.
E ler sobre isso, reconhecer isso, é tão importante, pois assim paramos de projetar nos outros as nossas coisinhas desorganizadas, bem como paramos de receber tão abertamente as projeções das pessoas como verdades absolutas da (nossa) vida.»
o quanto das suas opiniões acerca dos outros não reflete exatamente a sua visão deles, mas sim o que você sente sobre si mesmo ao olhar para eles?
Damos alguns exemplos abaixo e partilhamos reflexões valiosas sobre isso. Acompanhe
Exemplo 1
Uma pessoa que já está na sua idade adulta e que especificamente tem a frustração de não ter vivido os seus sonhos, não ter buscado algo que a preenchesse, por diversas razões particulares dela. É algo que pede pela cura e harmonização disso, para que a pessoa não viva com essa infelicidade dentro de si mesma.
Porém, muitos de nós não temos o hábito de refletir sobre o quanto o nosso passado impacta o nosso presente, e tampouco sobre o quanto temos as nossas bagagens bagunçadas que refletimos nos outros o tem-po in-te-i-ro.
Eis que a pessoa do exemplo, mais velha, e que tem essa questão específica de frustração, vê uma pessoa jovem adulta sendo independente, correndo atrás de seus sonhos.
Sempre que lida com um jovem que a lembra disso, logo seu ego se confronta com a informação de “eu queria estar vivendo isso”, e a energia deste ser parte para uma posição de inveja, e as vezes pode até mesmo buscar prejudicar a outra pessoa inventando histórias, distorcendo a independência do outro para a arrogância do outro, fofocando, e afins.
E a coisa “louca” é que, acredite, esse ser diz para si mesmo que está fazendo isso por razões que ele mesmo inventa para si próprio (“essa pessoa é arrogante, olha ela, toda independente!”) sendo que, na realidade, é ela que está constantemente se sentindo incomodada com a presença forte e independente do outro. Baixa autoestima e comparação, que, infelizmente, levam a inveja.
O jovem, no caso do exemplo, não precisa dizer algo para a pessoa para que isso seja impulsionado, pois o ego, que é o canal primário por onde tendemos a ter contatos com os outros, capta essa informação.
O ego captará, saberá que é algo que precisa ser compensado internamente mas que a pessoa, por orgulho, por desconhecimento, por desinteresse, por estagnação, ou pelo que for, não correu atrás de corrigir.
Sabendo disso, o ego, que tem funções importantes para a nossa estrutura psíquica, mas sempre dependerá da maneira que o seu “dono” o conduz, lidará com a inveja, pois é essa a forma que a pessoa lida com as coisas que recebe de seu entorno e que “batem” nela no efeito espelho, já que, na realidade, todos servimos de espelhos uns aos outros. O tempo inteiro (e era para isso ser algo bom, mas a maneira que lidamos torna ruim).
O ego humano* é importante, mas não o fim de tudo.
*Ego enquanto parte integrante de uma estrutura psíquica, e não Ego no conceito pejorativo que damos à palavra de vez em quando.
Ele é apenas uma parte da estrutura da mente. Ele é limitado, mas existe para que o ser humano, com suas limitações atuais, lide pouco a pouco com o que conseguir, com o que puder, a partir das trocas que faz. A mente consciente é limitada.
O inconsciente, infinito (e somos mais que 80% feitos de mente inconsciente!). O ego é a parte mais ativa em nós, mas não é a única que existe. E por isso existe um eixo a ser ativado, que é o eixo Ego-Self, para que todo ser humano saiba que o lugar do Ego é o lugar do apoio para viver o momento, para lidar com o momento.
O Ego é como se fosse um filtro para que a consciência se apoie e viva. Mas não é o fim. Por isso, nem tudo que a sua mente consciente diz, é a real.
A mente “consciente” precisa ser refutada e revista por você mesmo, pois ela SE PROJETA o tempo inteiro, ela está a todo momento entrando em contato com os outros e levando aos outros o que é unicamente dela (especialmente as coisas mal resolvidas, mas também as coisas boas), bem como está sempre trazendo para dentro o que os outros dizem.
E se assim é, e se o Ego está na parte da consciência mas ele é limitado, não reflete tudo, ele precisa ser refutado. Para que a nossa vida mental seja mais saudável e de fato consciente, no sentido puro e verdadeiro da palavra.
No exemplo, a pessoa que está invejando sente falta de ter independência e confiança para seguir seu próprio caminho, internamente, ela está ausente disso, é algo que ela sabe que não tem ali dentro dela mas que para o próprio bem-estar dela e sonho, seria importante ter (afinal, quanto mais vivemos a nossa vida em integridade, buscando sermos e vivermos mais lados de nós mesmos, menos restritos, limitados, seremos, e a tua consciência, no fundo, sabe disso).
O outro lado da projeção:
E do outro lado, caso se trate de uma pessoa com traços de personalidade de medo de julgamento, medo de exclusão, essa situação vai negativamente se encaixar, fazendo com que o ser que está invejando pareça estar tão certo e quem tem medo do julgamento, se sente para baixo. É importante cuidar disso para evitar maiores questões internas.
Se você identifica que alguém está se projetando em você de uma maneira bastante negativa, se afaste, cuide disso em ti e deixe que o trabalho interno do outro, é do outro. Mas, apesar de ser difícil, evite a questão de raiva e vingança. Isso vai te prender neste processo por mais tempo que o necessário.
Ambas pessoas precisam de ajuda, no primeiro caso, por ter uma profunda baixa autoestima a ponto de deixar isso respingar aos outros; no segundo caso, por ter uma raiz de medo do julgamento e medo de não agradar aos outros, que a leva a crer que as críticas mais árduas e negativas que surgirem das pessoas refletem a realidade.
Outro exemplo:
Uma mulher que se nega a vivência do seu lado feminino na integridade (a questão do autoconhecimento sexual, por exemplo) por se condicionar a algum tipo de restrição intensa, e que também vive a dificuldade de, ao olhar para toda e qualquer mulher que não faz o mesmo que ela, julga, mas não é qualquer julgamento, mas sim uma categorização e rotulação, porque para ela a ferida com a vivência de outros lados do seu feminino é tão limitada, e, por ela seguir negando isso para ela, a raiva por quem vive em liberdade surge e aumenta sempre que se depara com essa pessoa.
É importante ambos os lados cuidarem disso, o primeiro, que está emanando e se projetando, o segundo, para que suas dificuldades internas com medo de julgamento ou algo similar, não aumentem. Tudo pode ser se reverter< para uma oportunidade de cura! Curar, curar, curar, ainda e especialmente se a pessoa tenha vindo, na maldade, me machucar.
Esses são apenas alguns dos diversos exemplos que poderíamos dar para ilustrar como nem sempre as nossas opiniões sobre os outros e as opiniões que dão são de fato o que as coisas são.
Não se apegue as opiniões alheias. Elas sequer representam a verdade das coisas.
Diversas vezes as pessoas que lidamos estão lidando com AS SUAS PROJEÇÕES, sequer estão nos olhando pelo que somos. E nós fazemos o mesmo com os outros.
E ler sobre isso, reconhecer isso, é tão importante, pois assim paramos de projetar nos outros as nossas coisinhas desorganizadas, bem como paramos de receber tão abertamente as projeções das pessoas como verdades absolutas da vida.
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