Tumgik
#As Aves que me Rodeiam
dashoras · 1 year
Text
2º Domingo do Advento - Hora Média
Hino 
Senhor poderoso, de imensa piedade, 
Aceita a oferenda da nossa humildade. 
Do céu e da terra potente Criador, 
Só a Ti reconheço por Deus e Senhor. 
Oh perdoe ao povo a tua piedade, 
Senhor do universo e da eternidade. 
Abre, claro Céu, tuas portas sublimes, 
Chove-nos o Justo, com que nos redimes. 
Entreabra-se a terra, e como uma flor 
Brote lá de dentro o nosso Salvador.
Se o Domingo IV é o dia 24 de Dezembro. 
Antífonas para o II Domingo, e caso o IV Domingo não seja 24/12, também para o IV
Ant. O anjo Gabriel anunciou a Maria, dizendo: Ave, ó cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as  mulheres.
Salmo 22 (23) 
O Bom Pastor 
O Cordeiro será o seu Pastor, 
e conduzi-los-á às fontes da água viva (Ap 7, 17). 
 1 O Senhor é meu pastor: nada me falta. *
 2 Leva-me a descansar em verdes prados, 
conduz-me às águas refrescantes *
 3 e reconforta a minha alma. 
Ele me guia por sendas direitas, * 
 por amor do seu nome.
 4 Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos, *   
  não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo: †     
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança. 
 5 Para mim preparais a mesa, * 
 à vista dos meus adversários; 
  com óleo me perfumais a cabeça * 
 e meu cálice transborda. 
 6  A bondade e a graça hão-de acompanhar-me, *  
todos os dias da minha vida, 
e habitarei na casa do Senhor, * 
 para todo o sempre. 
Salmo 75 (76) 
Acção de graças pela ­vitória 
Verão descer o Filho do homem  
sobre as nuvens do céu (Mt 24, 30). 
 2 Deus fez-Se conhecer em Judá, * 
 o seu nome é grande em Israel.
 3 Em Jerusalém está o seu santuário, * 
    em Sião a sua morada.
 4  Ali despedaçais as flechas do arco, * 
 escudos, espadas e todas as armas. 
 5 Vós resplandeceis glorioso, * 
 sobre montanhas de troféus.
 6 Os valentes foram espoliados e caíram de sono, *     
os guerreiros não puderam valer-se 
      da força dos seus braços.
 7  Diante das vossas ameaças, ó Deus de Israel, *  
estacaram carros e cavalos. 
  
II 
 8 Sois temível: quem poderá resistir, * 
    quando se inflama a vossa ira?
 9  Do alto do céu proclamastes a sentença; * 
    a terra assustou-se e ficou silenciosa, 
10 quando Deus Se levantou para fazer justiça, *  
para salvar os oprimidos da terra. 
11 Até o homem irado Vos há-de glorificar * 
    e os que escaparem ao furor Vos hão-de festejar. 
12 Fazei promessas ao Senhor vosso Deus e cumpri-as, *  
todos os que O rodeiam tragam presentes ao Deus temível, 
13 que abate o orgulho dos grandes * 
 e que é temido pelos reis da terra. 
  
Ant. O anjo Gabriel anunciou a Maria, dizendo: Ave, ó cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as  mulheres.  
Leitura breve 1 Tes 3, 12-13 
O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade uns para  com os outros e para com todos, como nós para convosco, a  fim de que os vossos corações se conservem irrepreensíveis na  santidade, diante de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Jesus,  Nosso Senhor, com todos os seus Santos. 
V. Lembrai-Vos de nós, Senhor, por amor do vosso povo 
R. E visitai-nos com a vossa salvação. 
Oração como nas Laudes. 
Domingo II 
Concedei, Deus omnipotente e misericordioso, que os  cuidados deste mundo não sejam obstáculo para caminharmos generosamente ao encontro de Cristo, mas que a sabedoria do  alto nos leve a participar do esplendor da sua glória. Por Nosso  Senhor. 
0 notes
patricianicoloso · 2 years
Photo
Tumblr media
Bem-te-vi/Great Kiskadee 
Pitangus sulphuratus
48 notes · View notes
Text
Siga meu Tumblr principal/ Follow my main Tumblr: https://patricianicoloso.tumblr.com/
Instagram: https://www.instagram.com/patricialnicoloso/
1 note · View note
asavesquemerodeiam · 4 years
Text
Siga meu Tumblr principal/Follow my main Tumblr: https://patricianicoloso.tumblr.com/
Instagram: https://www.instagram.com/patricialnicoloso/
1 note · View note
ssscarreira · 3 years
Text
Segunda-feira, memória litúrgica do bispo Santo Ireneu
Hoje é dia vinte e oito de junho, segunda-feira, memória litúrgica do bispo Santo Ireneu, martirizado cerca do ano 200, em Lugduno, na Gália, atual França.
Começa a tua oração em atitude de quem procura... Procura Deus naqueles que te rodeiam... procura os sinais da sua presença nas coisas e tarefas que ocupam o teu dia... Repara como tudo é frágil e passageiro... mas Deus está aí, nessa fragilidade. 
Hoje, procura Deus nas pequenas coisas, nos gestos breves e simples, nas palavras comuns do momento que passa. E começa assim a tua oração. 
Escuta esta passagem do Evangelho segundo São Mateus.
Ev Mt 8, 18-22
Vendo Jesus à sua volta uma grande multidão,
mandou passar para a outra margem do lago.
Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse:
«Mestre, seguir-Te-ei para onde fores».
Jesus respondeu-Lhe:
«As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos,
mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Disse-Lhe outro discípulo:
«Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Mas Jesus respondeu-Lhe:
«Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos». 
Podes imaginar a cena. Dois homens aproximam-se de Jesus numa atitude que parece ser uma oferta. Mas realmente com que disposições estão eles? 
Jesus não engana ninguém nem rejeita ninguém, mas faz-nos pensar e tomar consciência. É assim que trata contigo. 
A um dos homens, Jesus diz: não tenhas ilusões; o caminho é duro! Quais são as tuas intenções? Seguir-me é viver como eu. E ao outro diz: cuidado, não arranjes desculpas para adiar. É preciso estar pronto, hoje.
Escutando de novo o Evangelho, fixa bem as respostas de Jesus. Vai ao encontro de cada um. Pode parecer duro. Mas o que faz é ajudar a tomar reta consciência e a libertar cada um das suas fantasias, dos seus medos e dos enganos das suas e nossas paixões. 
Termina este tempo de oração sentando-te com Cristo numa conversa amiga. Pede-lhe que te ajude a discernir os teus desejos e opções para poderes caminhar com Ele em paz. 
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.
PASSO A REZAR · 28 junho 2021 - Segunda-feira, memória litúrgica do bispo Santo Ireneu - Mt 8, 18-22
5 notes · View notes
raphaelrenato · 2 years
Photo
Tumblr media
Quarto Dia Cristo à minha direita Cristo à minha esquerda. Deus veio morar conosco nesta terra e por isso está presente em volta de mim. Posso ver sua presença no sofrimento e pobreza dos meus irmãos e irmãs que me rodeiam. ORAÇÃO: São Patrício, dai-me a graça de amar a Deus com todo o meu coração, para servi-lo com toda a minha força, e perseverar em bons propósitos até o fim, ó fiel pastor do rebanho irlandês, que teria depositado mil vidas para salvar uma alma, tome minha alma e as almas de meus conterrâneos sob seu cuidado especial. Permita que todos os corações possam compartilhar os frutos abençoados do Evangelho que você plantou e pregou. Cristo comigo, Cristo dentro de mim, Cristo a minha frente, Cristo atrás de mim, Cristo abaixo, Cristo acima de mim, Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda, Cristo quando durmo, Cristo quando descanso, Cristo quando me levanto, Cristo no coração de todo homem que pense em mim Cristo na boca de quem fale de mim, Cristo em todos os olhos que me veem, Cristo em todo ouvido que me ouve. Hoje me levanto com a poderosa força e invoco à Santíssima Trindade com a trinitária fé professando a unidade do Criador e da criatura. Amém! Rogai por nós, ó glorioso São Patrício e interceda por nós na intenção que vos apresento nesta Novena. Pai Nosso… Ave Maria… Glória ao Pai… . . #saopatricio #novena https://www.instagram.com/p/Ca3ad7VuPjn/?utm_medium=tumblr
0 notes
marias-studyblr · 6 years
Note
Olá! Queria saber a tua opinião sobre os melhores sítios para se estudar em Lisboa. Normalmente estudo em casa mas acho que é mais difícil porque me distraio facilmente. Quando estudo na universidade é relativamente produtivo mas eu sou um bocado introvertida e estudo sozinha, não gosto assim tanto de estar num sítio cheio de pessoas conhecidas. Não fica caro estudar num Starbucks?
olá!
Sim, estudar frequentemente no Starbucks fica bastante caro no final do mês!
como solução o que eu faço em tempo de aulas é ir uma ou duas vezes por semana, no máximo. Escolho um dia da semana que me dá mais jeito ou como recompensa de algo. é um limite que tenho que impor a mim própria.
sem ser nos dias que levo a minha bebida para a universidade, eu penso que o dinheiro que estou a pagar é também pelo espaço, porque posso chegar a passar muito tempo no starbucks, até 4 horas!
e há algumas bebidas mais baratas, por exemplo, americano, cold brew, são por volta dos 2€.
já conversei com vários outros estudantes sobre o facto de Lisboa não ser muito student friendly… (e acho que é um problema que devia mesmo ser considerado!)
Os espaços públicos de estudo que conheço são:
O Centro Cultural de Belém, na praça do Império, tem uma sala de leitura aberta ao público.
Caleidoscópio, no jardim do Campo Grande, sala de estudo panorâmica, aberta todos os dias do ano, 24 horas por dia.
O Instituto Superior Técnico, na Alameda D. Afonso Henriques, no Pavilhão de Civil, possui uma biblioteca de acesso livre bem como várias salas de estudo abertas 24 horas.
Tal como o Técnico, o ISCTE na Av. das Forças Armadas e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na Alameda da Universidade têm bibliotecas ou salas de estudo abertas ao público. Nunca as visitei, mas sei que por vezes são necessários cartões de visitantes externos, que podem implicar algum pagamento. mas mesmo assim, é algo para pesquisar se estiveres interessada.
O que não falta por Lisboa são Padarias Portuguesas. Se gostas de estudar no Starbucks, esta é uma outra opção, com opções no menu mais em conta.
pessoalmente não gosto de perder muito tempo em transportes públicos por isso utilizo sempre os espaços que estão mais perto quer da minha faculdade quer da minha casa, e é isso que recomendo ao máximo.
procura pequenos cafés junto de ti, mesmo que não sejam de grandes empresas como Starbucks, gelatarias, McDonalds até (agora servem café com leite, tostas, chocolate quente, etc. :-) ). experimenta ao máximo espaços com mesas e esplanadas onde talvez nunca pensaste puxar do teu livro e fazer os teus apontamentos.
se ainda não o fizeste, experimenta ir ao google maps, pesquisar o local da tua universidade e navegar um pouco para ver os espaços que rodeiam!
🌸
percebo perfeitamente ficar distraída no conforto de casa! mas estudar em casa torna-se um bem muito essencial quando o consegues fazer bem, por três razões muito importantes, por estares no máximo do teu comforto, por teres os teus próprios horários e por não teres que pagar nada. :)
apesar de estudar fora de casa ser mesmo muito giro!! e eu recomendo muito fazer ao longo do semestre, por teres oportunidade de sair de casa, melhorar o estado de espírito quando mais precisas, além de poderes explorar um pouco a cidade, conhecer sítios giros, mesmo que sejam um pouco caros de vez em quando; apesar disso tudo: não desistas do teu estudo em casa!
como aluna, o meu estudo eficente em casa é mesmo vital.
aqui estão os meus posts que talvez te possam ajudar:
study less study smart
self discipline tips
criar uma study area e utilizar a técnica pomodoro, foram as dicas que principalmente me ajudaram a concentrar no meu quarto.
também não desistas do estudo na universidade, talvez haja alguma sala de estudo com menos pessoas que conheças, ou algum canto comfortável mais pacato. a música é a tua melhor amiga para criar uma personal bubble e esquecer de tudo o resto à tua volta e focares-te em ti própria. 
💕 espero ter ajudado! um beijinho! bom estudo :)
4 notes · View notes
diariodecampinas · 3 years
Text
A natureza na universidade: professor de medicina revela fauna do campus da USP Ribeirão
Tumblr media
Caminhar pelo campus e fotografar os bichos virou uma terapia para o médico e a família. Encontro com o Bugio (Alouatta guariba) foi um dos mais marcantes Wilson Salgado Jr/VC no TG O campus da USP em Ribeirão Preto sempre esteve no trajeto do médico cirurgião Wilson Salgado Júnior. Ele chegou ali em 1989 para a graduação, depois fez mestrado, doutorado e hoje é professor na Faculdade de Medicina. A esposa, Valéria, é filha de um ex-professor da Universidade e chegou a morar no campus quando era criança. Já o filho, Vinícus, seguiu outro caminho profissional. Ele estuda direito, mas não trocou o endereço do ensino. Aves silvestres como a coruja-buraqueira (Athene cunicularia) estão espalhadas pelo campus Wilson Salgado Jr/VC no TG “A partir de 2019 com nosso filho vindo fazer Faculdade aqui as coisas mudaram. Passava a ser agora um assunto familiar. Começamos a frequentar a grande fazenda que é o campus em outros horários e com outra visão. E à medida que caminhávamos pelas numerosas ruas e trilhas, percebemos a pujança de sua flora e fauna”, conta o médico. “Passou a ser uma verdadeira terapia familiar. Um momento a mais para estarmos juntos em um lugar que nos traz muito prazer e boas recordações.” Wilson Salgado Júnior, médico Wilson, a mulher Valéria e o filho Vinícius gostam de explorar a natureza pelo mundo Wilson Salgado Jr/VC no TG A família gosta de viajar e conhecer paisagens selvagens. Já desbravaram a Serra da Canastra, Chapadas Diamantina e dos Veadeiros, foram de carro para até o Machu Picchu e o Deserto Atacama. Para quem gosta de natureza, como eles, trabalhar e estudar na USP-RP é mesmo um privilégio. Campus da USP-RP tem 580 hectares e já foi uma fazenda de café Foto: Divulgação USP-RP O campus tem 580 hectares dos quais 160 são reservas ecológicas de caráter permanente. Bosques, jardins e um belo lago rodeiam bibliotecas, laboratórios, um hospital, seis faculdades e duas escolas de ensino superior por onde transitam cerca de 20 mil pessoas por dia em tempos normais. Ao lado de edifícios modernos, se destacam construções seculares como o prédio central, antiga sede da Fazenda Monte Alegre que pertenceu ao Coronel Francisco Schmidt, o rei do café no início do século XX. A área foi apropriada pelo estado em 1940 para ser transformada em universidade. O lago da USP já foi palco de competições de nado e é casa de um jacaré Wilson Salgado Jr/VC no TG Nesse cenário tão especial, professor Wilson e a família procuram seus personagens preferidos: os bichos. Eles já se depararam com pelo menos 50 espécies de aves, macacos, ouriços e até um jacaré-de-papo-amarelo que mora no lago do campus. “Cada vez que víamos um pássaro novo e conseguíamos registrar, ficávamos empolgados. Mas sem dúvida alguma os dois encontros que nos surpreenderam mais foram os dos bugios, com seu característico grito que chega a assustar e também o encontro diurno com o urutau. Já o tinha escutado uma vez de madrugada, perto de casa, mas achá-lo de dia, camuflado entre os galhos, foi fascinante”, revela o professor. Urutau ou Mãe-da-lua (Nyctibius griseus) está entre as aves enigmáticas do campus Wilson Salgado Jr/VC no TG Recentemente ele passou a levar uma câmera a tiracolo e para registrar esses encontros. “Ao publicar vídeos em mídia social, acabei inclusive reencontrando amigos que não via há muito tempo. Com esta inspiração a mais, me dispus a ajudar o professor Silvio Tucci Júnior, docente como eu do Departamento de Cirurgia e Anatomia, que tem um projeto de fazer um livro com as espécies de aves do Campus”, explicou. Atualmente os registros estão na página do professor no Facebook. Jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus) se alimenta dos frutos Wilson Salgado Jr/VC no TG
The post A natureza na universidade: professor de medicina revela fauna do campus da USP Ribeirão first appeared on Diario de Campinas. from WordPress https://ift.tt/3u2miU1 via IFTTT
0 notes
oquererser · 4 years
Text
Texto Longo
Poema (Harpa III – Ao Sol)
I
Tímida e bela e taciturna virgem
Pelos campos, na zona solitária,
Do mar no isolamento, lá do azul
Banhando a terra de uma lua argêntea,
Á matinada sobressalta e foge:
Chama aos seios o manto, os pés retira
Da terra e voa, descobrindo os bosques
Que estremecem, do monte a sombra arranca,
Toma à pressa os vestidos que vão soltos
E as grinaldas d'estrelas, fugitiva.
Roda o plaustro de um príncipe, os cavalos
Vêm novados nos vales do oriente;
Cobre os ares a poeira do caminho
Alva como o pó d’água; se arrepiam
No ninho as aves desatando o bico;
Brisa fresca e geral passa acordando
Os vegetais, o oceano; belas nuvens
De marinho coral, nuvens de pérola
Como a face de um lago os céus abriram;
Estende o colo o pássaro cantando
Por detrás da palmeira, qual pergunta
Aos pastores, ao gado apascentando
“Quem faz este rumor?” desliza o orvalho
Na flor, derrama o vento, o vento leva
Ondulações d’incenso; a natureza
Nas barras da manhã respira amores:
A noiva docemente bocejando
n’alva da noite da esperança longa
Embalada nos berços conjugais.
II
Sol! idéia de meu Deus, me aquenta
Gelada a fronte pálida, sulcada
Do ceticismo horrendo; sol, m’inspira
Um cântico de paz, que a musa afeita
Neste cantar selvagem, rude, aspérrimo,
Que o temporal da sorte ao peito ensina,
Como ao rochedo a vaga, ao monte o raio,
Como a torrente às sombras da espessura,
Duro golpe ao carvalho, ave enfezada
Jamais cantou de amor: abriu-me a boca
Esta sede eternal, que eu mesmo ignoro,
De um desejar ... que seca-me a existência,
Que minha alma lacera, como ao peso
Dum áfrico samum sem fim rolando!
III
Abre um lado da abóbada celeste,
Amostra o rosto, só, centoclo e belo,
Rege de lá seu mundo: apaga os círios
Do seu altar da noite; arrasta a nuvem
E embalança nos ares, sombreando
O vale do pastor e das boninas;
Encarna de mil cores o arvoredo;
Pousa um raio na pétala das flores
Como virgens abrindo alegremente;
Espalha almo chuveiro. Sol! ó sol,
Deus dos meus olhos, meu caminho franco
A unidade invisível, me suspende
Deste lodo da terra onde hei manchado
A alma de meu Deus! rios, montanhas,
Levantai minha voz; aves, favônios,
Não pergunteis que nasce de alegria
Em vosso seio que vos move os ecos:
Cantai, cantai de amor, subi louvores,
Batei as asas, penetrai os ventos:
É nosso pai! enchendo os nossos campos
Da terra de mil dons; as nossas veias,
Como do pensamento Deus nossa alma,
Banha de sangue e vida. A borboleta
Sobre as folhas dormindo, a água passando,
Á beira da corrente, a ti se eleva
Em turbilhões de luzes centelhando,
Deslaçando seus voos, que um raio fura
De cada vez que brilha, matizando
Do pó das asas d'íris; a velhice
Arrasta a ti seus passos; minha vista
Amo cobrir de lágrimas te olhando,
Falar contigo, consultar-te o que és:
Embora a minha voz nos teus fulgores
Tu percas desdenhoso, e não respondas.
IV
Quantas vezes passava a contemplar-te
Solitário no mar! sem pai nem mãe,
Teus raios ensopei com minhas lágrimas,
Que os teus raios secaram: então contigo
Somente e o mar, meu pensamento errava
Ante os meus olhos, mas sem ver abertos,
Nem despertava me roçando a fronte.
Amigos mendiguei, meu peito aos homens,
Meus braços, minha fronte, abri minha alma;
Como os homens vi rindo-me um momento!
Me odiavam depois, logo amanhã:
Outros buscava; mas, as mesmas ondas
Do mesmo oceano mentiroso e amargo;
Corri — terras em fora e passei mares,
Vi novos climas — sempre os mesmos homens!
Nem um só! ... nem um só achei que o nome
Santo de amigo merecesse ao menos!
Ah! se um ente nascera, que eu amasse
Deste amor todo que meu peito espaça!
            Sublime erupção, nasceu minha alma!
Desde então, na descrença ressequido
Murchou, caiu meu coração, e os homens,
Que minh'alma tão rude calcinaram,
Nunca mais pude amar... vou solitário
Pelas praias sombrias da existência.
Às vezes recostado num penhasco,
A minha criação faço ideal:
Formo um coro de virgens de anos d'ontem
Nuas e puras; me rodeiam, cantam,
Eu adormeço ... mas, desperto, rujo!
Tu, deus imóvel, subalterno, seiva,
Despertador da terra, ergues meus sonhos,
Material hipérbole dos céus!
Mentira, ou não sei que vejo em sua frente
Que não entendo, e me repugna ... eu fujo
As minhas solidões, não posso amá-los:
Ah! se eu pudesse, bem feliz que eu fora!
— Mesmo de um Deus descri ... perdão, Senhor!
E mirrado na dor, pelos desertos
Buscava sombra: — as árvores murchavam,
Desfolhavam! da fronte que eu sustinha
Descansar pelo colo de seus troncos,
Tocar meus pés sua leiva! exposto ao clima,
O sol fendeu-me o dorso, como açoite
Da Providência, e amei p'ra sempre o sol.
V
Ó tu, dia primeiro, em que no espaço
A fogueira de ouro o sopro eterno
Acendeu: quando a terra estremecia
Em pasmo se revendo, e tudo em vozes
Naturalmente! Ó tu, dia vindouro,
Em que a mão, que a ergueu, desça apagá-la —
Que bela cena! quanto denso fumo
Não há de se exalar dentre os seus dedos,
Da tocha imensa no morrer! Quisera
Sentir ranger meus ossos, perturbar-me
Nessa emoção de horror! ver-te apagando,
Qual ver-te ao mundo, vindo, eu só quisera
Esses dois dias vida, entre eles morte.
Sol esplêndido e belo! deus visível!
Tu, corpo do meu Deus, queima o meu corpo;
Vá minh'alma à tua alma, ao Deus somente!
VI
Silêncio. Passa o vento em meus ouvidos,
“Emudece!” disseram-me: quem foi? ...
Rios, montanhas, íncolas do bosque,
Cegos nascemos, meus irmãos da morte,
Sem saber quem nós somos, onde vamos ...
Para cantar? ... Cantemos harmonias
Ao sol que se levanta do arvoredo,
Lá das terras de além, fruto d'estio:
Enchamos nossos olhos de seus raios,
Nosso peito de fé — Deus é mais longe
 Análise
 I
À imagem da “taciturna virgem” há o desenrolar de ações rápidas que se justapõem rapidamente. Percebemos, à primeira vista, uma imagem aparentemente confusa sobre o que está acontecendo e elencamos uma série de objetos e personagens com os quais tentamos estabelecer uma relação. Entremeada em uma sucessão quase cinematográfica de imagens sucessivas, a virgem empreende uma fuga. Sem sabermos mais sobre a personagem, nos deparamos com uma mistura de narração e descrição, onde algumas vezes nos são mostradas suas ações – “Toma à pressa os vestidos que vão soltos” – e outras, cenas – “[...] os cavalos/Vêm novados nos vales do oriente;/Cobre os ares a poeira do caminho/Alva como o pó d’água; se arrepiam/No ninho as aves desatando o bico;”. Com isso, podemos perceber a relação existente entre a virgem e o que nos é apresentado, como se sua fuga fosse responsável pelas cenas que, não ao acaso, surgem
II
De pronto nos é revelada a identidade da virgem, agora do ponto de vista de um interlocutor. Elevada à condição de Deus, a virgem nos mostra algo diferente. Na estrofe anterior, caracterizada por um poder imperceptível aos outros, agora aparece ao eu lírico com veemência. Diferente daquele que não percebe quem que arranca a sombra do monte, este interlocutor clama seu calor e mostra o Sol como essencial para ele. Aqui é iniciada uma caracterização do sol menos suave da que é construída na estrofe anterior, e até violenta. Ao que antes era descrito como uma “virgem que toma os vestidos e as grinaldas de estrelas”, agora é como uma “ave enfezada que disfere duros golpes ao carvalho”. Consciente dessa força, o eu lírico anseia por uma ação desse Deus como o raio faz ao monte, a fim de que seu ceticismo tenha fim. Ele se encontra em uma dicotomia entre o ceticismo e o reconhecimento do poder do sol.
III
O sol continua com seu status de deus. Na maior parte da estrofe, é descrito pelo eu lírico de modo semelhante ao que acontece na primeira, pela voz do narrador. Diferentemente da primeira estrofe, no entanto, a virgem-sol não desce mais, mas rege seu mundo do céu. A metaforização da violência solar se esvai por um momento e o mesmo de um cantar rude e aspérrimo é capaz de pousar sob a pétala das flores que se alegram ao receber tal bonança. O eu lírico se coloca na posição subalterna e pede que o Sol o liberte daquele lugar em que o profanou. Como aconselhando outros a não profanarem o Sol, diz que não se deve nem mesmo perguntar o motivo de estarem alegres, pois obviamente é este deus, “nosso pai”, o responsável.
O poeta dedica bastante essa estrofe a louvar o sol por ser tão bom e poderoso, e até mesmo cobrir sua vista de lágrimas (talvez de dor, pelo ato literal de olhar o Sol) é algo que ele ama fazer, apenas pela possibilidade de falar com ele. De repente o tom do poema muda e o louvor parece um resmungar, por não dar resposta nenhuma, o Sol.
IV
Numa retomada temporal psicológica, o eu lírico traz à tona a lembrança de sua solidão em mar aberto, quando só tinha como companhia o mar e o sol, mas ainda não percebia o poder desse. Em meio a essa solidão, ele buscou entre outros homens saciá-la, mas sem sucesso, por não encontrar valor em nenhum deles que pudesse chamar amigo. Depois desse fracasso, há um romper caracterizado pelo destaque de um verso em meio aos outros. “Sublime erupção, nasceu minha alma!”. A partir daí o eu lírico passa por um processo que marca a transição entre dois modus operandi. Ele é tomado de uma melancolia mais acentuada em que afirma percorrer uma existência solitária por ter desistido dos homens. Se esgueira por pensamentos imaginativos onde não há mais solidão, a situação perfeita onde poderia escapar dela, fracassadamente, pois é despertado.
O Sol, deus imóvel, o faz lembrar que são apenas sonhos, e ele o vê com estranheza, que o repugna. É nesse estado em que culpa por sentir repugnância e não poder amar o que vê frente ao sol. E com culpa, pede perdão por blasfemar. Apesar de buscar sombra, não foi capaz de escapar da onipresença solar. O sol fendeu-lhe o dorso, como açoite/Da Providência, e amou p'ra sempre o sol.
V
Como que desviando de assunto, o eu lírico volta a louvar o sol. Descreve o dia primeiro em que o sol dá seu sopro (à semelhança do sopro da vida bíblico), e, a partir disso, a terra pode se enxergar, examinar sua existência, e, em seguida, o dia que há de vir, em que que o sol se apagará. O eu lírico celebra, especialmente, o dia vindouro. Em suas palavras, o poeta deixa facilmente perceptível o alívio que esse sentirá com a morte. Aqui, mais uma vez, o tom do poema muda. Do mesmo jeito que antes louvava o poder solar, agora dá enfoque ao fim de seu corpo. Fica claro que a percepção do eu lírico muda, pois antes falava do “Sol! ó sol,/Deus dos meus olhos, meu caminho franco/A unidade invisível”, e agora se refere ao “Sol esplêndido e belo! deus visível!” Esse contraste invisível/visível nos mostra uma dualidade solar, percebida ao longo do poema, entre deus doce e amável e deus temível.
VI
Aqui está consumada a descrença do eu lírico. Aparentemente perdido em seus pensamentos, ele é representado mais avesso ao que parece ter que perceber. Está, como diz, em silêncio. Escuta apenas o vento, que é cortado por um dizer, que não sabe de quem veio, pedindo que se emudeça. Seus pensamentos aparecem caracterizados por um uso maior de reticências e indagações profundas, filosóficas. “Para cantar?...”, pergunta a si mesmo, como se estivesse avesso à realidade. Mais uma vez, mas não realmente convencido disso, aconselha que “Cantemos harmonias/Ao sol que se levanta do arvoredo”. Aqui, o cansaço é marcado por representações do ser sol com menos potência, menos alegorias. Fé, é o que resta. Não há como lutar contra o que é deus.
 I – INTRODUÇÃO
           Tópicos:
·         Apresentação geral da proposta
o   Tema geral e subtemas
o   Hipótese?
·         Abordar características dos poemas do romantismo em detrimento dos poemas de Sousândrade
o   Autores e textos a serem comparados
  Amo cobrir de lágrimas te olhando,
Falar contigo, consultar-te o que és:
Embora a minha voz nos teus fulgores
Tu percas desdenhoso, e não respondas.
Harpa III – Ao Sol.
 A representação da consciência na obra literária, a partir do final do século XIX, tornou-se questão fundamental e característica indiscutível entre os autores, que viam como necessidade a representação dos personagens com uma complexidade maior, sendo uma melhor representação do ser humano ponto central de uma boa produção. Para se alcançar essa representatividade, os autores desenvolveram diversas técnicas a fim de captar a psique humana, como é o caso do fluxo de consciência, iniciado por Édouard Dujardin em Les Lauriers sont Coupés (1888) e levado ao limite com James Joyce em Ulysses (1922). Segundo a tradição, no Brasil, essa preocupação se inicia juntamente com a ascensão das ideias do modernismo, no século XX, em que os autores tentavam quebrar com a estética do romantismo, principalmente com o conceito de obra que vinha sendo construído desde o renascentismo com delimitações rígidas e baseadas em padrões limitantes, o que inviabilizava a construção de uma literatura de identidade especificamente brasileira. A literatura agora, ao invés de apenas emular uma forma dissociada do ser humano, deveria estar associada à práxis vital, onde arte e vida estão intrinsecamente relacionadas na produção artística.
           A vontade de dissocia��ão entre a arte europeia e a nacional era tamanha que tentava se dar em todos os aspectos literários possíveis. [Aumentar]
           Algo notável é que muitas dessas características estão presentes nas obras de Joaquim de Souza Andrade, conhecido por Sousândrade, que de maneira totalmente divergente de seus contemporâneos também inovou no campo literário. [Biografia do poeta]
           Essa inovação ocorre em todos os níveis descritivos da língua, a saber, o nível fonético-fonológico, o nível sintático e o nível morfológico, o que será melhor abordado no capítulo ?. [ls1] Já é consenso entre os estudiosos que Sousândrade foi um ponto fora da curva em sua época, “o antropófago do romantismo” (Edgarg Cavalheiro, 1957), “O terremoto clandestino” (Augusto e Haroldo de Campos, 1964), “O precursor do modernismo” (Tobias Pinheiro, 1977), para citar alguns.
           Esta monografia será um trabalho de análise dos poemas [AO SOL, ...] da primeira obra publicada do poeta maranhense, Harpas Selvagens, de 1863. Ela consistirá em demonstrar, a partir do texto, como é feita a construção do eu lírico em sua obra, observando a representação da consciência, e como o autor a forma a partir da manipulação da linguagem. Buscarei relacionar sua escrita com a de poetas românticos e modernistas, a fim de evidenciar, justificar e reforçar a ideia de precursor atribuída à Sousândrade.
  II – DESENVOLVIMENTO
 1.      Consciência (II)
 Tópicos:
·         Falar sobre a ideia inicial de James William
·         Demonstrar como isso foi incorporado à literatura a partir do Humphrey
·         Abordar a complexificação do personagem no modernismo
·         Analisar isso dentro do poema
 Bibliografia:
·         William James, princípios de psicologia – Apresentação do conceito e campo de aplicação inicial
·         HUMPHREY, Robert. O Fluxo da consciência – Contextualização do termo e inserção na literatura.
·         VALERY, Paul. Poesia e Pensamento Abstrato – Sobre a tomada de consciência do estado poético, do trabalho poético e da mudança de estado das coisas.
 No capítulo anterior, abordei brevemente como a ideia de consciência começou a se fazer importante dentro da literatura no período do modernismo. Agora trabalharei com essa ideia mais especificamente, desde o nascimento do conceito, na psicologia, até como isso foi incorporado na literatura. Percorreremos este caminho para entendermos melhor em que ponto o assunto tange a esfera literária e qual importância ele assume com o passar do tempo.
[Colocar outros pontos]
Na segunda estrofe do poema “Ao Sol”, vemos um eu lírico que tem consciência do que é o deus que o cerca, diferentemente de outros seres descritos na anterior. Na contraposição de versos entre elas, podemos perceber isso de forma clara. Enquanto um desses seres pergunta “quem faz este rumor?”, o eu lírico se dirige ao deus, clamando, quase em desespero, por inspiração “Como a torrente às sombras da espessura”.
Esta é a primeira vez em que é explicitada a relação entre o eu lírico e o Sol, e, no decorrer das estrofes seguintes, essa relação vai se desenvolvendo (mesmo que unilateralmente). Apesar de o poema falar sobre um homem pedindo auxílio ao deus, para que este o ajude a sair de seu ceticismo, é criado, por meio de metáforas, um campo imagético em que se pode perceber uma representação de processos mentais onde o eu lírico está em conflito consigo mesmo. Podemos perceber que ele está ansioso e, por isso, pede ajuda. Isso pode ser notado na súplica ao deus de que acabe com seu ceticismo, caracterizado como “horrendo”, o que demonstra que o eu lírico tem uma individualidade que não quer aceitar, que deseja ser apaziguada por um “cântico de paz”. Por isso ser algo bastante pessoal do ser humano, vemos o primeiro rastro de preocupação com a representação da complexidade humana. O importante a ser observado, no entanto, apesar de a imagem poética nos colocar frente a uma relação homem-deus, é a relação homem-homem, que acontece, além da representação dentro do texto, na relação entre o texto e o leitor. O eu lírico só é percebido como ansioso diante dessa situação porque um outro, no caso o leitor, o percebe assim. Sobre essa percepção, iremos abordar no capítulo posterior.
      2.      Palavra-pensamento (VI)
 Tópicos:
·         Conceitualizar a ideia de pensamento, abordando conceitos de senso comum e filosóficos
·         Contextualizar a fenomenologia husserliana
o   Como surgiu
o   O que significa
o   Em que se baseia
·         Contextualizar a relação percebida entre literatura e pensamento
·         Relacionar literatura e fenomenologia
·         Abordar a relação pensamento-poesia
·         Abordar metalinguagem x linguagem objeto
·         Falar sobre a relação leitor-texto
·         Analisar como é construído o pensamento do eu lírico no poema
 Bibliografia:
·         PUCHEU, Alberto. A carne crua modo poético do pensamento – Sobre como se estabelece a relação entre poesia e pensamento
·         SEARLE, John R. Mente, Linguagem e Sociedade – Sobre as ideias de senso comum, como a linguagem e o pensamento se relacionam, não necessariamente na esfera literária
·         HUSSERL, Edmund. A Idéia da Fenomenologia – Sobre a filosofia. Observar especialmente a relação com o pensamento.
·         SILVEIRA, Ronie; PERGHER, Giovani e GRASSI-OLIVEIRA; Rodrigo. Linguagem e Pensamento (ideia geral)
·         PIGNATARI, Décio. O Que é Comunicação Poética – sobre a influência da linguagem do objeto na construção do pensamento.
 [Conceitualizar a ideia de pensamento]
O pensamento com o qual lidamos no dia a dia está pautado, na maioria das vezes, no senso comum e em alguns outros métodos científicos desenvolvidos a partir do iluminismo, como o dedutivo, o indutivo, o dialético. O método fenomenológico nos apresenta uma ótica de percepção das coisas de maneira um pouco diferente da qual estamos acostumados, mas que se relaciona muito bem com o estudo literário. Por se basear na experiencia perceptual do homem com o mundo, sem tentar desvencilhá-lo, nos permite analisar a literatura sem qualquer tentativa de torná-la objeto imutável, o que nos permite explorar a relação da obra com o autor e com o leitor.
[Contextualizar a fenomenologia husserliana]
[Contextualizar a relação percebida entre literatura e pensamento]
Ao considerarmos o pensamento fenomenológico, assim como a relação entre texto e leitor é imprescindível, percebemos a importância da relação entre o eu lírico e o espaço em que está inserido. Direcionando a atenção a isso, podemos perceber que o autor estabelece relações metafóricas que constantemente se ligam àquilo que constrói como espaço. As metáforas empregadas estão sempre dentro de um campo visual construído a partir da experiência do eu lírico e da sua relação com seus pensamentos e percepções do que o cerca. A partir da relação estabelecida entre ele e o deus sol, torna-se possível uma construção de personalidade e não outra, em que, por exemplo, o eu lírico pode aconselhar seus “irmãos da morte”, a cantarem harmonias, que só são irmãos e só são da morte porque o personagem os apreende em sua consciência desta maneira.
3.      Temporalidade (IV)
 Tópicos:
·         Demonstrar como é representado o tempo dentro de uma representação artística, acentuando a diferença entre este e os outros tipos de tempo
·         Relação da consciência e do pensamento com a temporalidade
·         Falar sobre o fluxo de consciência e monólogo interior
·         Discutir a relação entre semiótica e literatura, relacionando esse assunto com as ideias trabalhadas até aqui de pensamento e consciência
·         Analisar o poema a fim de demonstrar essa relação
·         Demonstrar a existência de um tempo característico da narrativa poética sousandradina.
 Bibliografia:
·         HUSSERL, Edmund. Lições para uma Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo
·         BARTHES, Rolland. Crítica e verdade
·         HEIDEGGER, Martin - Ser e tempo - parte 1
·         NUNES, Benedito. O tempo na Narrativa – Sobre os diferentes tipos de tempo e como eles se manifestam na narrativa
·         PIGNATARI, Décio. Semiótica & Literatura – Sobre a relação entre semiótica e literatura e como é possível que, a partir daí, seja criado um tempo outro.
·         RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa
·         TSVETAIEVA, Marina. O poeta e o tempo
  Benedito Nunes (1988, p. 15) nos diz que “A narrativa abre-nos, a partir do tempo que toca à realidade, um outro que dela se desprende”. Podemos estender isso para o todo o campo artístico, visto que se relaciona frequentemente com a realidade. O que significa, porém, dizer que o tempo da arte nos abre um tempo outro? No segundo capítulo de “O tempo na narrativa”, Benedito nos ajuda a compreender melhor a noção que temos do tempo a partir de uma classificação: o divide entre tempo físico, psicológico, histórico, cronológico e linguístico, cada um com suas características acerca de sua maneira de existir. Cabe aqui, então, tentarmos, a partir dessas ideias e da análise do poema de Sousândrade, identificarmos com base em que tempo a obra é construída.
[Falar sobre a evolução do romance, entre o romantismo e o modernismo]
O romance psicológico surge, por tanto, da mesma necessidade de se representar a complexidade humana da qual partiu o modernismo. Ele representa uma ruptura na forma de pensamento na virada do século XIX em vários campos de estudo. Assim como no modernismo foi estabelecida uma ruptura com as formas tradicionais a fim ser possível uma maior aproximação com a experiência humana, na psicologia William James “desvanece a apreensão considerada neutra da realidade” (E-dicionário, romance psicológico). Cria então o termo, que foi incorporado mais tarde na literatura, “fluxo de consciência”, e estabelece a ideia de que a realidade está relacionada diretamente ao que o sujeito interpreta. Na filosofia, Bergson determina como durée o “tempo subjectivo vivenciado pela personagem” (E-dicionário, romance psicológico), na sua obra Ensaio Sobre os Dados Imediatos da Consciência (1927), quando “[...] exorta os romancistas à reflexão sobre as contradições da condição humana.” (E-dicionário, romance psicológico)[ls2]  e Husserl desenvolve suas obras acerca da fenomenologia, que, como vimos, apresenta como indissociáveis os objetos da experiência perceptual humana.
[falar sobre o tempo psicológico]
Apesar dessa forma de pensamento começar a ser amplamente desenvolvida entre o final do século XIX e o começo do XX, há características dessa tentativa de interiorização marcada pela temporalidade em Sousândrade.
[falar da relação entre tempo e poesia (parataxe, semiótica)]
Na quarta estrofe do poema “Ao Sol”, podemos perceber uma retomada temporal psicológica em relação à estrofe anterior, em que até este momento, o eu lírico seguia uma perspectiva temporal em que não havia anacronias (explicar). É a primeira vez em que o personagem fala do passado, e não é de maneira cronológica. Não há tempo cronológico, pois ele alterna entre acontecimentos e pensamentos sem necessariamente uma relação de tempo físico entre eles, mas psicológico, perceptível a partir do estabelecimento de momentos definidos e sequenciais, como diz Nunes (1988).
 III – CONCLUSÃO
Ainda falta:
 1.      Definir autores e obras com os quais comparar Sousândrade
  Perguntas:
 1.      Quais cuidados devo tomar na transposição das ideias desenvolvidas sobre a narrativa para a poesia?
2.      Pedir ajuda com interpretação e análise de poemas.
3.      Eu lírico X personagem
4.      Material para estudar modernismo.
5.      Material para estudar a relação leitor-texto.
 [ls1]Ainda estou em dúvida se seria uma boa ideia usar um capítulo para abordar isso. Imagino ser melhor usar como parte de um capítulo para justificar coisas específicas.
 [ls2]Ler e reescrever
0 notes
calangotattoo · 4 years
Photo
Tumblr media
Sou como a mitológica Ave Fênix. Pois tenho um grande fogo que arde dentro de meu coração, cheio de paixão, desejo, amor e esperança. Com milhares de ideias e perseverança para que elas se realizem. Sou como a ave mitológica, pois quando pareço não ter mais forças, renasço das cinzas e incendeio a tudo e a todos com força e esperança. Esta força que nasce de dentro e se espalha, mostrando como não devemos desistir de nossos amores, ideais e lutas. Posso cair mil vezes, mas mil vezes irei levantar, e das cinzas ressurgirei cada vez mais forte, cada vez mais dono de mim, e com certeza que estarei a cada passo mais perto da felicidade. Posso até errar, mas poderei me levantar e mudar tudo para melhor, porque sou único neste mundo, e tenho a obrigação de ajudar a fazer a vida ser algo melhor, não só para mim, mas para todos que me rodeiam. #calango #calangotattoo #tattoo #tatuagem #piercing #tattoobrasilia #tatuagembrasil #tattoo2me #tattooing #tattooist #aguasclaras #brasilia #fenixtattoo #fenix #fenixtatuagem (em Calango Tattoo e Piercing Studio) https://www.instagram.com/p/B71W6LvniBU/?igshid=n50d1k2xympn
0 notes
cronicasheathens · 6 years
Photo
Tumblr media
— A voz das estrelas  — Crônicas sobre o paganismo germânico no Brasil 10
Por Seaxdēor
A Natureza possui muitas vozes. O vento fala suaves encantos aos nossos ouvidos, ou esmurra violentamente. Grilos se comunicam ininterruptamente, rastreando e narrando tudo o que acontece. Aves observam, enquanto voam, e emitem jargões e bordões consagrados.
As Ancestrais que protegem cada humano podem comunicar-se, à maneira delas, conosco. Os espíritos da terra, quando agradados, podem se tornar poderosos protetores espirituais, com suas inerentes limitações. Tudo isso pode ser sentido e experienciado apenas ouvindo o que a Natureza tem a dizer.
E essa voz torna-se ainda mais forte quando posso deixar ofertas aos espíritos locais e aos ancestrais. Eu preciso realizar os ritos na minha casa de maneira silenciosa e rápida, e aproveitei a brecha para deixar parte de nossa colheita de feijão a Freyr, café para nossas ancestrais femininas, e batata doce cozinhada para os deuses cultuados internamente: Seaxnēat e Wōden, graças à falta completa de álcool para essa ocasião, embora uma singela oferta de vegetal enteógeno tenha sido deixada ao deus do êxtase.
Apesar disso, reluto bastante em me aproximar de práticas como bruxaria moderna, magia (em especial com runas), simplesmente porque a maior parte do conteúdo me desagrada em poucas linhas, uma made up shit enorme, e eu tenho um determinado foco naquilo que faço, descartando o que pareça ser estranho se comparado com o todo da visão de mundo que consegui reconstruir dos antigos heathens.
Isso porque parte da *minha* espiritualidade é baseada em se recuperar a percepção antiga de espiritualidade dos povos germânicos pré-cristãos. Existe uma palavra, o termo sueco “håg”, que significa “mente, mentalidade, temperamento, inclinação”, a qual vem do nórdico antigo hugr, que significa “pensamento”, e era uma parte do espírito como os heathens antigos o viam. Huginn é um dos corvos de Wōden, e é amplamente reconhecido que os corvos são tanto ferramenta quanto símbolos importantíssimos de Wōden.  Reconstruir a visão de mundo, para mim, é, assim uma atividade metodológica não por um perfeccionismo ou guerra de ego, mas uma necessidade espiritual de minha própria busca e visão de paganismo.
Parte do que pratico e poderia ser chamado de “religião” é uma religação com os espíritos que me rodeiam, minha família, e meus ancestrais. Eu sei se que sou um heathen de muita sorte por ter tudo isso. 
E foi o que me levou a um interesse por bruxaria tradicional, por até então, me parecer a mais sóbria das vertentes. Realmente é a ideia que me atrai, mas eu não consigo me considerar um bruxo, qualquer coisa assim, embora eu goste de fazer estudos experimentais sobre achados e ideias de magia pré-cristã germânica. Um estudante prático e auto-didata de arqueologia da magia. Todavia, 
E é legal fazer rituais de imaginação ativa, poder levar a se entender o que a natureza pode nos dizer. Pude então ver, com uma forma mista entre humano, que olhado com mais cuidado mostrava ser um cavalo, os Dūrupālas, um velho caolho de barba cinza falando “você faz as coisas direito, apenas faça mais”, são mensagens simbólicas, apenas experiência pessoa abertas a interpretação e não quero alegar que tive um encontro com Wōden ou qualquer divindade. Também vi uma forma de felino assemelhado a um lince mas mais peludo, com um brilho quase como um gel envolvendo-o. Enquanto ela sorria, senti que tinha tido a sorte de ver algo que geralmente é um mal presságio: a fylgja. Desci às profundezas do Hel para ver as poderosas tecelãs ancestrais de nossa família. O conjunto de símbolos é interessante e importantes para mim.
E em tudo isso, em uns versos do livro que venho lendo entre um episódio ou outro de Gossip Girl com uma amiga valiosíssima (coisas que fazemos só porque gostamos muito da pessoa, e passam a nos agradar), o qual se chama “Treading the Mill”, de Nigel G. Pearson, encontrei um exercício de meditação focando-se em uma estrela, e bem, há algum tempo antes eu vinha me perguntando sobre a possibilidade de vivenciar o paganismo sem duas coisas importantíssimas: o céu e a terra.
Já sabemos toda a ladainha de que você é livra pra praticar o que quiser e como quiser, mas eu sinceramente prefiro entender a dimensão além do mistério, da pura e simples experiência pessoal, de uma forma mais diacrônica. E o paganismo é principalmente sobre a interconexão entre espírito, vida e matéria, e como cultuar esses espíritos. Para mim a bruxaria é a manipulação desses espíritos, não importa se com finalidades benéficas ou prejudiciais ao alvo do ritual/objeto feito pelo Crafter.
Foi muita coisa vivida em poucas horas, e esse relato geral não objetiva doutrinar ninguém, apenas compartilhar o sentimento de se vivenciar o paganismo no século XXI, sentido a natureza respondendo com a terra e o vento, e com as estrelas observando e nos guiando num sussurro imperceptível. 
Todavia, quando nos afastamos de nossa conexão com a terra e o céu, nos fechamos em nós mesmos, o paganismo de nossa espiritualidade, como conexão harmônica entre a comunidade humana e não-humana (other than human persons) acaba se enfraquecendo. O paganismo não tem dogmas, mas sem natureza não existe paganismo. As divindades e espíritos não são entes abstratos; e a natureza é como o Numen se manifesta para heathens. Discordar disso não o torna errado, apenas uma pessoa que talvez não seja necessariamente pagão no sentido original da palavra, enquanto alguém que vivencia os costumes tribais hereditários, passados por criação na cultura nativa ou por reconstrução.
E a voz das estrelas, quando ouvida, quando você realmente joga sua alma no mar da visão de mundo reconstruída germânica, pode ser ouvida e entendida. O processo de abertura do self para uma espiritualidade relacional pode ser complexo, mas seus efeitos, caso o processo aconteça, são inexplicáveis  — e é aqui que reside o tesouro da tradição pagã germânica, e que conseguimos recuperar na atualidade. 
2 notes · View notes
araujoelcatolico · 7 years
Photo
Tumblr media
                    ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO
Oh, querida Virgem do Bom sucesso, eu vos saúdo, Mãe de Deus e minha mãe! Contemplo vosso rosto maternal, todo bondade, amor e ternura, que me convida a vos pedir graças. Ah! Minha boa mãe! Oh! Quanto eu preciso do vosso auxilio e proteção! Vós bem sabeis quantas necessidades me apertam, quantos perigos me rodeiam, quantas tristezas me oprimem. Socorrei-me… Defendei-me… Consolai-me. Experimente eu também, como tantos outros, o vosso valioso patrocínio. Vós, que invocada sob este glorioso titulo do “Bom Sucesso”, a tantos infortúnios prontamente acudistes, tantos socorros levastes, tantas lágrimas enxugastes. A Vós entrego e recomendo o porvir incerto da minha vida e, mais ainda, a salvação da minha alma, para que nada de desastroso me suceda, e em tudo eu seja por vós amparado. Lembrai-vos que, embora indigno e pecador, vos pertenço, sou vosso – quero ser para sempre na vida vosso, por toda eternidade. AMÉM! Ave-Maria, Cheia de Graça…..
1 note · View note
patricianicoloso · 3 years
Photo
Tumblr media
Rabo-de-Palha/Guira Cuckoo 
Guira guira
876 notes · View notes
emaus · 7 years
Quote
Fomos criados para relacionamento. Deus sempre foi pleno Nele mesmo, a família já era completa com o Pai, Filho e Espírito. Ainda assim, Ele criou todas as coisas, conforme a sua perfeita vontade: as aves, animais, sol, lua… e a melhor parte (como sempre) fica para o final. Então Ele diz: “Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Isso é absolutamente incrível para mim, visto que Ele nunca precisou que o homem existisse, apenas o desejou. E o fez para se relacionar com Ele. Somos a melhor parte, obra prima de Deus. A nós Ele sujeitou a sua criação, nos colocando em parceria com Ele em um lugar de governo. Não sei se já paramos para pensar a respeito de quem somos de fato. Talvez só precisemos nos lembrar de  que Deus entregou seu único filho, para nos levar de volta a esse relacionamento que havia sido perdido por causa do pecado, restaurando o domínio que fora tomado, nos fazendo retornar ao lugar de amigos de Deus. Tenho aprendido quão importante é entendermos quem somos, ou pelo menos, quem fomos criados para ser. A imagem e semelhança de Deus! E aprender sobre quem Ele é, me leva a entender quem eu sou. Pois a imagem que temos de Deus determina a forma como vivemos, estabelece  nossas prioridades, organiza nossa agenda e é manifesta em nossas ações, ou seja, ela nos define. Há tantos aspectos ou facetas de Deus que me fascinam, mas eu gostaria de falar sobre o Deus que se relaciona. Ele sempre quis habitar conosco, desde o Éden, e quando houve a queda por causa do pecado, ergueu-se então o tabernáculo de Moisés, para que Ele pudesse estar entre os homens. Há muitos nomes que eu poderia citar, como Moisés, que não somente viu a glória de Deus, mas a refletiu, Enoque a quem Deus amava a ponto de toma-lo para si, Abraão a quem Ele chamou de amigo. Aquele a quem chamamos de Senhor e Pai também é Amigo, e Ele colocou em nós o seu DNA. Fomos criados a Sua imagem e semelhança. Portanto, o fato de ser e ter amigos, estão impressos em nós. Nesses últimos dias, temos recebido muitas pessoas em nossa casa (o que me levou a escrever esse texto). É verdade que momentos de solitude são necessários, estarmos a sós com nós mesmos e com Deus gera amadurecimento, e é uma estação essencial em nossa jornada. Porém estar com pessoas e saber ama-las em suas diferenças e sermos também amados em nossas, nos desfia em paciência, amor, bondade e tantas outras virtudes . Podermos nos assentar juntos à mesa (com muito café), conversar até altas horas sem ver o tempo passar, saber o que cada um deles carrega através do partilhar de histórias.  Eu posso celebrar com meus amigos suas vitórias, pois a mim foi confiado suas dificuldades. Eu posso me alegrar quando eles se alegram, porque eu chorei com eles. Somos essenciais na vida uns dos outros, o rei Salomão nos ensina em provérbios que como o ferro com o ferro se afia, assim o homem ao seu companheiro. Você é importante na vida dos seus amigos, independente de quantos sejam. Se você já ouviu algum segredo, é porque foi digno da confiança de alguém, então valorize isso, valorize pessoas, valorize seus amigos. Eles são relevantes em sua caminhada. Sozinho você pode chegar a algum lugar, mas nunca tão longe como chegaria se houvesse com você alguns valentes para te encorajar quando você se cansar, para te fazer lembrar as promessas que já recebeu, fortalecendo sua fé. Tenha amigos que te levem para mais perto do coração de Deus, que “estiquem” sua fome por conhece-Lo, e não somente os tenha, mas seja também esse. Abra a porta da sua casa, sirva com sua atenção, se você parar para ouvir, se surpreenderá com a história das pessoas que te cercam. Carregue o peso deles em oração até que esse peso se torne uma resposta. Encoraje, fortaleça. Chore com eles suas dores e dance com eles suas vitórias. Tirando os olhos de nós mesmos, veremos quantos “mundos” nos rodeiam. Esse é um convite a conhecer novas facetas de Deus expressas através da singularidade de alguém. Podemos não nos dar conta de que estamos cercados de presentes em forma de pessoas, através das quais, Deus deseja demonstrar o Seu amor. E que você pode carregar algo, dado por Deus, que alguém ao  seu lado precisa. Portanto seja hoje a resposta da oração de alguém, cerque-se de pessoas. Deus tem amigos, é nós fomos feitos a imagem e semelhança Dele, criados para relacionamentos.
Roberta Santana
7 notes · View notes
itsunloupsolitaire · 4 years
Text
Num pantano escuro onde há  monstros e não há vida Lá no fundo, bem no meio há algo que ilumina No meu campo onde tem flores coloridas e jarra um hidrante, bem no meio há uma poça e tudo manchado de sangue Um coração ainda palpita, sinto o cheiro e sinto o gosto As flores que estão em volta vão morrendo de desgosto E os pássaros que me rodeiam me apontam uma saída Lá no fundo, no escuro Há algo que ilumina
Os monstros conheço bem e a vida eu quem perdi Depois de me suicidar e do nada surgir aqui Esse lugar é escuro parece o fundo do poço Enquanto vou chegando perto os monstros me pedem socorro O que brilha agora eu vejo e monstros queimam até o osso Na minha frente eu enxergo, é um pássaro de fogo
Ave fenix me salva Vem queimar a minha alma Que se perdeu no caminho, que se perdeu na estrada Me de uma nova vida Me de uma nova casa Me de um novo coração Devolva todos que eu amava Então me mostre a passagem Me guia por entre as portas Me mostre todas as pessoas que agora estão mortas
Me deixe nascer de novo Encontrar um novo caminho E no escuro dos outros enxergar o mesmo brilho Voe até seus poços e lhes de uma nova vida Para que nunca, nunca mais uma alma seja perdida.
- Un Loup Solitaire
0 notes
jolandblog · 7 years
Text
E finalmente tudo começa a acalmar um pouco. A chegada a Paracas foi tranquila. Cerca de 3 horas após uma saída algo atribulada de Lima, chegava finalmente ao terminal de autocarros da Cruz del Sur de Paracas. E após mais uns 5 minutos de caminhada fazia check-in no hotel reservado na noite anterior, o Paracas Backpackers House.
O dono do hotel, o Sr. Álvaro era uma jóia de pessoa. Super simpático, daqueles avozinhos que dão vontade de agarrar e não largar mais, reservou-me um quarto bem tranquilo no 4º piso, longe da eventual confusão e barulho causado pelos backpackers que já estavam instalados no piso térreo. O check in no entanto teria de demorar mais um bocadinho já que eram apenas 11 horas da manhã e o quarto ainda não estava pronto. Sem problema. Deixo a mala no hotel e sigo com a minha câmara para as ruas de Paracas para desbravar terreno e ver se ainda levava comigo algumas fotos jeitosas. Bem, as “ruas de Paracas” resumem-se essencialmente a 2 ruas: a que está junto ao mar e a que está uma linha atrás. Não é uma cidade bonita (de todo), a praia também não é nada de especial e o que há é para turista, mas ainda consegui algumas fotos interessantes, especialmente junto ao mar onde encontrei pelicanos e uma vista fantástica sobre as dunas que a rodeiam.
Almoço num restaurante vegetariano encontrado através do TripAdvisor chamado Pukasoncco, que acaba por se tornar no meu poiso a praticamente todas as refeições até ao dia seguinte. Recomendo a 100%. E a família que gere o restaurante é mesmo mesmo muito simpática.
Volto para o Hotel e, tendo em conta que os tours existentes na cidade e arredores partem sempre pela manhã, apenas me restava pegar no computador e trabalhar um pouco. À hora de jantar ainda vou dar mais uma volta à beira mar, onde se preparava uma grande festarola daquelas à maneira da terrinha, com um palco enorme onde, pelo que ouvi quando estava deitada já na minha cama umas horas mais tarde, se apresentariam “grandes” (presumo eu) nomes da música popular peruana, tudo sob o patrocínio de um hotel local. Embora a musica até desse para abanar o pézinho, acabei por ficar no hotel, já que ainda não tinha recuperado totalmente dos dias anteriores.
No dia seguinte, pelas 8 da manhã, já estava junto ao cais de Paracas pronta para embarcar num barco que me levaria, a mim e a mais umas 20 pessoas, até às Islas Ballestas, uma das grandes (senão a maior) atração da zona. Na fila para o barco conheço a Marie e o Leon, ela nos seus 60, ele nos seus 30. Mãe e filho, australianos, a viajarem juntos pela America do Sul. Algures na viagem já tinham sido 3, mas um dos filhos teve de se ir embora para a Austrália e tinham ficado apenas os 2. Maravilha de familia: super simpáticos os 2 e adorei a relação que tinham um com o outro. No final do tour ainda me convidaram para tomar o pequeno-almoço com eles.
A tour às Islas Ballestas vale mesmo mesmo a pena, garanto-vos. Vi praticamente todos os animais de que estava à espera, à exceção dos golfinhos (que pelo que percebi mais tarde, é mesmo muito raro serem avistados ali): leões marinhos, pinguins, pelicanos e uma série de diferentes aves. A oportunidade de ver estes animais no seu habitat natural, sem estarem presos e a serem exibidos para entretenimento dos humanos, é mesmo algo único. Vi comunidades enormes de leões marinhos, vi os machos a lutarem pelo seu território, fêmeas a descansarem em cima de rochas isoladas no meio do mar, grupos de pinguins sempre atentos ao que os rodeava, e a paisagem magnífica das ilhas que é por si só também uma fantástica atração.
Antes ainda de chegar às Ilhas, passámos pelo Candelabro de Paracas: um desenho com a forma de um candelabro, feito na areia, com uma idade estimada de 2500 anos e uma largura de 180m. A sua origem é ainda hoje desconhecida: há quem diga que é o resultado das aterragens de aliens, há quem diga que foi feito por piratas para identificar a localização de um tesouro e há também quem diga que foi feito por civilizações antigas com o objetivo de se orientarem no mar. De todas, a dos aliens é a que me parece mais interessante confesso!
De volta ao Hotel, e depois do pequeno almoço com a Marie e o Leon, só tive de fazer algum tempo até o autocarro da PeruHop me ir buscar. Menos de 1 hora depois estava no Oásis de Huacachina. Mas essa história fica para uma próxima crónica! :)
Até já!
Dia 04. Paracas: a National Geographic ao vivo e a cores E finalmente tudo começa a acalmar um pouco. A chegada a Paracas foi tranquila. Cerca de 3 horas após uma saída algo atribulada de Lima, chegava finalmente ao terminal de autocarros da…
0 notes