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#A Prisioneira do Tempo
suspirocotidiano · 1 year
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É incrível o valor que um pouco de reconhecimento tem para alguém que se acostumou a ser ignorado.
A Prisioneira do Tempo – Kate Morton
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cartasparaviolet · 4 months
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Não coloco minha energia e nem perco o meu tempo com quem não sabe contemplar as estrelas. Sou uma sobrevivente do Inferno de Dante, sei bem suas passagens e seus caminhos, entre vales e montanhas, porém sem atalhos. Sei bem como sentar à mesa com meus demônios encarando-os com franqueza expondo as fraquezas que minha alma carregava há tanto tempo. Sei que nas noites de Lua Cheia, esse lobo interno uiva e mostra os caminhos. Sirva-me de amor, não o convencional, busco algo que transcenda explicações. O banquete principal é recheado de amor-próprio. Sou o incompreensível que buscam entender, o paradoxo que rejeitam, a nova vida-flor que nasce em meios às rochas que tentam asfixiar. O tempo já me tirou coisas o suficiente, inclusive levou-me com ele. Precisei ser paciente com as minhas imperfeições e aceitar que diante do Senhor do Tempo nada posso, mas tudo possuo. Tenho todo o tempo do mundo, pois encontrei tempo para mim mediante a falta de tempo do mundo. Priorizei-me quando ninguém mais o fez. Acolhi-me quando ninguém ofereceu-me sequer um abraço. Fui meu pai, mãe, amiga e irmã diante das diversas circunstâncias da vida e, quanto mais ela me exigia, mais eu lhe oferecia. Renasci, reaprendi, mudei, transmutei, borboleta à fênix, Eu sou. Portanto, não será de migalhas que viverei e de quem só as oferece, por favor, retirem-se. Não há mais espaço nesse castelo interno para conto de fadas com personagens e roteiros desinteressantes. Não busco o príncipe encantado ou herói, mas também não aceito o vilão. Eu fui todos os personagens em uma só diante do palco da vida. Aprendi a atuar e flutuar por entre suas poses, contextos e dissabores. Cansa ser todos e não ser eu mesma. Busquei em um olhar encontrar a plenitude de mim e encontrei naquele olhar ferino o selvagem que me alimentaria. Sinto muito, sinto mesmo, sou intensidade em todas as medidas. Busco a regeneração, após doses de auto destruição. Busco força, após anos de fraqueza. Busco solitude, após anos de solidão. Busco paz, após anos de tormenta. Busco a luz, após noites escuras da alma constantes e aparentemente infindáveis. Busco amor, após tamanha indiferença. Busco a mim, acima de tudo. Sou mulher, sou deusa, sou loba. Sou amor, sou ternura, sou compaixão. Sou tempestade, maremoto e furacão. Sou tudo e nada. Sou terra, fogo, água e ar. Sigo pelo vento, esse é o elementar. Sigo no fluxo do rio da existência rumo ao mar. Sou feita de magia e minhas verdades, pouco me importa se não segui às suas vontades. Uma mulher decidida possui a força da Natureza, dos anjos, dos demônios, das estrelas e do Todo. Um ser completo em sua incompletude que aprendeu a localizar a saída de seu próprio submundo, não há nada que me impeça de ser livre. Já fui prisioneira e hoje sou quem liberta. Já fui medrosa e hoje transmito força. Já quis desistir de tudo e hoje transmito esperança. Já tentaram falar por mim e hoje sou voz ativa para quem precisa. Já fui cega e hoje vejo além dos véus da ilusão. Já fui caos e hoje sou paz. Já morri em vida para renascer na morte e mostrar para quem a teme que ela é uma aliada, diariamente nos visitando para ceifar aquilo que já não agrega. Deixo ir, abro espaço para o novo, corto na lua minguante para que a Lua Cheia renove as minhas forças. O lobo acompanhará os meus passos, como estrela guia, rumo ao meu destino.
@cartasparaviolet
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abirshinha · 9 months
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𝖙𝖍𝖊 𝖋𝖊𝖆𝖗 𝖎𝖘 𝖙𝖎𝖗𝖊𝖉 𝖔𝖋 𝖍𝖎𝖉𝖎𝖓𝖌 𝖚𝖓𝖉𝖊𝖗 𝖙𝖍𝖊 𝖇𝖊𝖉 ¦ 𝒑𝒐𝒗 ; 𝒖𝒓𝒔𝒖𝒍𝒂'𝒔 𝒃𝒅𝒂𝒚
as mentiras de breu se arrastaram por séculos fazendo inclementia uma prisioneira inconsciente de quem a controlava. as estrelas não são tão especiais, dizia o criador; os humanos acreditam que são meteoros entrando na atmosfera da terra, e, por muito tempo, ela também acreditou. as sete estrelas tinham um significado diferente para o seu mundo, no entanto. a magia agraciava com sorte ou amaldiçoava com azar, não era apenas uma passagem comum. mas ah, como poderia saber se breu insistia em esconder informações relevantes de si?
depois desse questionamento, ao longo da noite, mais e mais surgiram. por que sempre era tirada da academia quando tinha eventos onde as pessoas podiam socializar? por que mesmo distante, ainda sentia a energia de ammit e nox? por que breu estava lhe ignorando quando foi ele quem lhe mandou para shadowland e lhe ensinou a atormentar os sonhos das crianças?
Seus questionamentos não tinham muito peso diante do evento que acontecia, o aniversário de Úrsula era a primeira festa em quatro anos frequentando a academia. a bebida colorida em mãos era a distração para aguentar o discurso entediante da aniversariante, estando quase perto dos lounges para que assim que a bruxa terminasse de falar, pudesse se esconder em uma das cabines e terminar de se encharcar com álcool. só que embora esse fosse seu primeiro comparecimento a uma festividade de Tremerra, algo lhe dizia que a bruxa e cruella começarem a brigar não era… algo comum. a confusão desenrolando despertava em si uma raiva avassaladora, nunca tinha sido tomada por tal intensidade do sentimento. de fato, ser humano era difícil, mas não ao ponto de não conseguir conter-se.
dessa vez, parecia impossível ficar ali parada assistindo as duas mulheres brigando. elas estavam colocando para fora algo que birsha também queria fazer só que a sua raiva tinha um alvo certo. ao invés de apenas explodir com aquelas pessoas idiotas que passavam em sua frente para atacar as mesas de aperitivos, inclementia marchou até breu. encontrá-lo não foi difícil, a figura do rei dos pesadelos era sombria e lhe atraia sempre, não importava seu paradeiro, sempre o encontrava. ❝ ── pai! vai mesmo fingir que eu não existo? a noite inteira me ignorando? quando vai deixar aquela baboseira para trás e admitir que estava errado? ❞ disparou, o rosto ficando rosado com a ira que sentia.
só que zilla não era a única irritada na situação, o próprio breu estava com uma expressão fechada, os olhos sombrios. ❝ ── errado? você planejava roubar o meu lugar. depois de tudo o que fiz por você… era assim que estava tentando me retribuir.❞ retrucou, o desgosto banhando seu tom de voz mas a raiva se tornando cada vez mais evidente em ambas as faces, tanto da criatura quanto do criador.
❝ ── você me fez assim! me ensinou a ser assim! eu estava cumprindo apenas o meu papel, o papel que você me deu. ❞ afirmou, irritada. ❝ ���─ depois de tudo que me fez? como o quê? me manter longe de tudo e de todos? me criar para as pessoas terem medo de mim? ou talvez me largar aqui sozinha por causa de uma crise idiota? ou quem sabe… ❞ suas palavras morreram, pararam abruptamente quando breu ergueu a mão e a garganta de zilla começou a apertar. não saia voz, o ar não entrava. não conseguia respirar. seus pés deixaram de tocar o chão, as mãos da ruiva subiram para a corda de areia preta que saía da mão do pai e apertava seu pescoço.
❝ ── eu lhe dei a vida. eu criei você. sem mim, você não existiria. ou melhor… você é nada. quer mesmo saber o que eu fiz por você, inclementia? talvez as estrelas tenham lhe dado sorte pois agora irá descobrir.❞ a boca de breu não se mexia conforme as palavras saiam, aquelas palavras estavam sendo ditas em sua mente, queimando em seu interior. a areia apertava mais e mais seu pescoço mas rapidamente envolvia seu corpo. quase desmaiando sem fôlego, com anda a ira sufocando também seu peito, foi envolvida naquela escuridão. da escuridão você veio, da escuridão você irá partir. a voz rouca ainda era ouvida mas não havia nada à sua frente.
apenas o breu. apenas o escuro.
tão rápido como a areia lhe envolveu, ela também desapareceu. o corpo mole de zilla caiu no chão, os joelhos batendo no chão arenoso da praia, ouvindo mais uma vez o caos que acontecia ao seu redor. ❝ ── vamos ver quem é o mal vermelho sem breu. ❞ aquela voz fria disse por fim, mas quando ergueu a vista, seu pai já não estava mais por perto. sozinha. como sempre, ele lhe deixava sozinha. ainda brava, se apressou para o meio da multidão. ao passar por um dos espelhos — agora quebrados — onde os polvos estavam fazendo massagens nos convidados, zilla parou. um passo para trás foi dado para se enquadrar novamente no objeto para que pudesse ver seu reflexo. ah não.
as palavras de breu faziam sentido agora olhando para o que refletia naquele espelho. a destra subiu para tocar a bochecha direita, a pele ainda estava macia, mas já não era mais tão pálida quanto antes. os olhos normalmente totalmente pretos… agora estavam humanos. com as irises da cor de caramelo quase puxando para um verde claro. não. isso não podia estar acontecendo. os cabelos longos e ruivos deram lugar a fios curtos e pretos, macios, deslizava por entre seus dedos quando os tocou. aquela que via no reflexo não era sua imagem, mas ainda era ela.
como se isso já não fosse ruim o suficiente, não sentia a presença de breu; e não era como se ele tivesse ido embora, mas sim como se não o sentisse mais. a ausência da energia pesada dos cavalos que ela sabia estarem presos no dormitório também foi notada também, trazendo mais uma onda de pânico ao seu interior. encontrava-se mais sozinha do que imaginava então. o mal vermelho sem breu, aparentemente, era mesmo ninguém.
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qrevo · 7 months
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Cara teus posts tão me dando muita vontade de descobrir o q é Milgram se daqui a pouco eu começar a postar sobre isso saiba que você ajudou
Que bom que MILGRAM despertou interesse!! Sinceramente, esse projeto tem sido a minha obsessão por um bom tempo já, e eu acho que o fandom precisa de mais BRs KHSABKFBKJBFJKDB
Uma introdução: MILGRAM é um projeto musical sobre 10 pessoas distintas, que foram aprisionadas em uma prisão misteriosa. Todos eles são ASSASSINOS, e é trabalho do Guarda da Prisão e da Audiência julgar esses prisioneiros pelos seus crimes, decidindo se eles são INOCENTES cujos crimes devem ser perdoados ou CULPADOS que merecem a pena de morte. No sistema de julgamento, a prisão extrai imagens mentais do subconsciente dos prisioneiros, envolvendo os crimes que eles cometeram e pensamentos em geral, e os converte em clipes musicais. A audiência assiste esses clipes, teoriza, e julga os prisioneiros como inocentes ou culpados por meio de uma votação. O julgamento acontece em 3 rodadas, onde a cada rodada os prisioneiros e suas relações são afetados pelo veredito da audiência.
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Todos os personagens são muito bem desenvolvidos e complexos, eles se complementam muito bem e é muito interessante olhar os pensamentos deles (convertidos em música) e tentar montar o caso como se fosse um quebra-cabeça. Os casos são muito interessantes, e o projeto faz questão com que todos os personagens estejam em uma zona moral cinza, e dependam da opinião pessoal da audiência para um julgamento. Além disso, as músicas são Bangers 100% das vezes e alugaram um prédio inteiro na minha cabeça KHABGKDHBFKDF.
O conteúdo principal do projeto são os clipes musicais dos prisioneiros, que são lançados no Canal Oficial do YouTube a cada alguns meses (o último clipe lançado foi o Segundo Julgamento da Prisioneira 08, então atualmente o projeto tá um pouco depois da metade). Eles mostram o que aconteceu com o prisioneiro e qual crime ele cometeu de um jeito bem subjetivo, de forma que a própria comunidade precisa fazer teorias pra descobrir o que realmente aconteceu, e depois votar no site oficial pra chegar em um veredito. Ele é um projeto em japonês, mas os clipes tem legendas oficiais em inglês que num geral são muito boas (tem um pessoal que legenda em PT-BR no youtube, mas eu não cheguei a ver muito a fundo, só sei que existe).
Tem outros conteúdos adicionais além dos clipes, como as interrogações que lançam junto com os clipes em formato de Audio Drama, as perguntas feitas aos prisioneiros pelo fandom durante os julgamentos, quadrinhos que lançam bi-semanalmente, dois livros (que infelizmente só tão disponíveis em japonês 😔), entre outros, mas eles não são essenciais pra curtir o projeto (eu mesmo passei um bom tempo só assistindo os clipes e ignorando o resto KLKLFSJDFLDF)
Pessoalmente eu recomendo começar por esses três vídeos ("This is MILGRAM", "Undercover" e o trailer do Primeiro Julgamento), que são uma introdução do projeto, e depois assistir o resto. Eu diria pra assistir pelo menos os primeiros 5 clipes, eles tem uma variedade bacana de estilos musicais e já dão uma boa impressão do que esperar no resto do projeto!
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Não é necessário assistir em ordem (cada clipe é sobre um prisioneiro diferente), mas eu recomendo assistir nessa ordem:
Vídeos de introdução (This Is Milgram, trailers de voz e do Primeiro Julgamento)
Clipes do 1° Julgamento
Intermissões (Fim do 1° Julgamento / Início do 2° Julgamento, explicam os vereditos do 1° Julgamento e o que aconteceu com os prisioneiros)
Clipes do 2° Julgamento
Todo o conteúdo tá no canal do youtube, legendado em inglês! Por conveniência, aqui tem uma playlist (que eu mesmo montei hehe) com o conteúdo essencial do projeto em ordem, a Parte Importante (basicamente o que eu falei ali em cima).
Outros links relevantes:
Aqui tem outra playlist (eu montei também hehe) com TODO o conteúdo em ordem e legendado em inglês (Clipes, Covers, Voice Dramas, Intermissões e Vídeos Adicionais), mas pode ser Muita Informação pra quem tem zero conhecimento sobre o projeto, então recomendo assistir só depois que tiver alguma familiaridade. (eu falei todo o conteúdo mas tem algumas coisas faltando que não tem no youtube, tipo as Timelines que tem na wiki, e os livros e quadrinhos por Motivos Óbvios)
Aqui tem o site oficial do projeto, que é por onde os prisioneiros são julgados, mas infelizmente ele é 100% em japonês
Aqui tem uma wiki não-oficial. Ela não tem muita informação, mas é um bom arquivo de alguns conteúdos adicionais (como artes oficiais, timelines dos prisioneiros, perguntas feitas pelo fandom e os quadrinhos Minigram)
Enfim, espero que essa tenha sido uma boa introdução e que eu tenha feito jus ao projeto!! Não tem como falar sobre todos os aspectos (eu acabei não falando sobre os personagens, e nem sobre Os Acontecimentos™), mas eu espero que o que eu falei tenha despertado interesse em acompanhar MILGRAM!!
Todos eles são ASSASSINOS. Todos eles são CULPADOS. Depois de ouvir os seus pecados, será que você é capaz de votar INOCENTE?
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ineffableclarity · 1 year
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Tem dias que não sei o que ainda estou fazendo aqui. Hoje comecei a chorar vendo uma série adolescente. Dessas bem bobinhas que você já adivinha o final pelo primeiro episódio.
Eu não consegui identificar o que me causou isso. Eu simplesmente comecei a chorar compulsivamente depois de uma cena banal.
Me deu um gatilho para um turbilhão de pensamentos. Se eu deveria estar junto com quem estou. Como minha vida seria diferente se eu não tivesse adotado minhas gatas, se eu não tivesse mudado de cidade ou emprego. Imagina se eu tivesse não me importado com a moral e os bons constumes cristãos que por muito tempo me senti prisioneira. Fiquei imaginando as bocas que eu teria beijado, as camas que eu teria dormido. Tudo que ficou na vontade.
Fiquei pensando desde as mais pequenas mudanças que faria - como o que comi essa manhã. Pensei até naqueles sim que são mais decisivos: o silêncio depois de um eu te amo preenchido com algo mais poderoso que palavras.
Fazia muito tempo que eu não dormia na casa dos meus pais. No meu antigo quarto cheio de pequenos lembretes físicos de uma vida passada.
Um casaco que não serve mais mas que continua no meu antigo armário. Um bando de skincare vencida de quando voltei de viagem. Bichinhos de pelúcia caolhos mas que nunca consegui me desapegar.
Lembretes palpáveis de uma vida que parece que nem fui eu que vivi de tão distante que me sinto daquela menina que dormia aqui.
Um milhão de pensamentos não me deixam dormir. Espero a bateria acabar para criar uma desculpas para parar de alimentar minha ansiedade e insônia.
Pensamento despejados numa tentativa de me acalmar. 5%. Acho que se eu não sobreviver até amanhã pelo menos meu celular vai tocar para alguém me chacoalhar e ver se ainda estou aqui.
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iftheflowerfits · 8 months
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ℝ𝕠𝕤𝕖𝕥𝕥𝕒 ℙ.𝕆.𝕍. - ℕ𝕠𝕚𝕥𝕖 𝕕𝕠𝕤 ℙ𝕖𝕤𝕒𝕕𝕖𝕝𝕠𝕤
(Trigger Warning: Violência, mutilação, crise de pânico)
Uma tempestade interior varria seu ser, um furacão de emoções em um labirinto de pensamentos crescente e implacável. As palavras, que costumavam fluir como um rio sereno, agora se emaranhavam em um nó inextricável, como um rio que encontra galhos entrelaçados, fluindo lentamente, incerto e doloroso. Ela ansiava por ar, mas ele lhe escapava como areia escorrendo entre os dedos, como o tempo que foge despercebidamente, como as épocas douradas que nunca mais poderia recuperar. Sentia-se aprisionada em seus próprios medos e segredos, incapaz de dar um único comando coerente ao seu próprio cérebro.
A sensação de vazio a atingiu como uma faca afiada, rasgando-a aos poucos. De repente, uma voz rompeu a escuridão sufocante. "Por que também nos abandonou, Roh?", uma onda de arrepios percorreu sua espinha, e seus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente. A voz de Silvermist cortou como um frio intenso. Não teve coragem de erguer os olhos, mas uma mão firme em seu queixo a forçou a encarar. Os olhos vazios de Fawn a fitavam, pálida como uma alma e com as asas mutiladas. Um choro convulsivo tomou conta dela, todas estavam ali - Iridessa, Silvermist, Fawn, Videa, Zarina, Periwinkle, Spike, Gliss, Sled, Nyx - presas por correntes com suas asas cortadas, foram impedidas de voar. Suas costas arderam, como se fosse capaz de sentir aquela dor.
"Pensei que me amasse, minha delicada flor do campo", a voz de Sled a fez encolher ainda mais, tentando escapar do aperto de Fawn em seu queixo, que parecia se fortalecer a cada instante. As palavras mal conseguiam escapar entre soluços, mas foram silenciadas por um tapa cruel em seu rosto. O sorriso sádico que ela conhecia tão bem, os olhos infantis agora impregnados de malícia. Peter Pan parecia diferente, e isso a perturbava profundamente. Ele era uma criança novamente. "Você não tem permissão para falar. Fadas como você precisam aprender seu lugar." Ele era o responsável por tudo aquilo, por levar sua melhor amiga e destruir tudo o que ela amava.
Tinkerbell se aproximou de Rosetta, segurando uma corrente e pronta para prendê-la também. Parecia tão macabra e destroçada quanto as outras. O soluço preso em sua garganta ecoou alto, e o desespero tomou conta de seu corpo. Ela tentou se arrastar para longe, embora a distância percorrida parecesse pateticamente curta. O medo a dominava; ela precisava escapar daquele pesadelo sufocante. Todos pareciam se aproximar cada vez mais, e isso a aterrorizava. "Socorro, por favor!" Seu corpo tremia.
E então, quando tudo parecia perdido, a asfixia parecia tomar- lhe por completo, uma explosão tomou a sala. A magia dentro dela rugiu como uma tempestade selvagem. Plantas brotaram do chão em um surto de energia desesperada. Vinhas e raízes se estenderam, envolvendo as correntes e as criaturas sombrias que a cercavam. Um frenesi de folhas e flores preencheu o ambiente, e um grito de surpresa ecoou daqueles que a mantinham prisioneira.
Rosetta não perdeu tempo. Em meio ao caos desencadeado por sua magia descontrolada, ela conseguiu escapar. Correu desesperadamente, deixando para trás a sala de horrores e as sombras do passado. Seu coração batia freneticamente enquanto ela se afastava, a respiração acelerada quase não supria sua necessidade de ar. Um caminho de rosas que a perseguiam evidenciaram seu poder ainda fora de controle.
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livrosepub · 1 year
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PRINCESA • PRISIONEIRA • ÓRFÃ • REBELDE
Theodosia era a herdeira do trono de Astrea quando seu reino foi invadido, deixando um rastro de destruição.
Dez anos depois, a princesa, órfã, prisioneira e subjugada, percebe que não lhe resta mais nada, a não ser lutar pela própria liberdade.
O passado, que por tanto tempo ficou enterrado, agora precisa vir à tona para mostrar a Theodosia os caminhos que poderão levá-la de volta ao trono.
Mas Theo conseguirá ser a rainha de que seu povo precisa? Ou será que anos de humilhações transformaram a herdeira da Rainha do Fogo em meras cinzas?
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museswnami · 6 months
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— O pedido de socorro foi um tanto desesperado e tem a plena ciência que dificilmente obterá a compreensão rápida da prisioneira no qual chamam de convidada. Dias passaram-se desde que trouxera a feiticeira para seu castelo e somente agora, após a troca completa da lua, seria capaz de ter a conversa digna que mostre seu propósito. A observou por tempo suficiente para depositar nela sua última centelha de esperança, que sua magia claramente poderosa finalmente não o faria sofrer com as transformações mensais. William não acredita que seus métodos eram os mais eficientes, ou o que deixaria seu coração mais tranquilo, mas tentou prover com todos os criados a certeza de que teria os melhores alimentos, aposentos, vestimentas e salas de banho durante sua estadia confinada. Foram necessárias precauções, claro, as pulseiras que foram colocadas nos pulsos da mulher e as barras da janela da torre mais alta do castelo foram carregadas de feitiços contra magia, algo adquirido das bruxas que buscou ajuda anteriormente.
Pois bem, chegou a hora. Saiu de sua própria jaula e se permitiu ter o cabelo minimamente ajeitado e a barba feita, algo que deixou de se preocupar faziam anos. As criadas insistiram que a apresentação seria importante, para não parecer um mero moribundo em frente a uma mesa longa com a fartura digna de um Rei. Ainda era um príncipe, diziam. Mas o som da voz de William raramente era ouvido em resposta. Afinal, carrega nas costas e no olhar o peso do cansaço das noites anteriores e a certeza de agora não ser nada além de um monstro. Criatura essa que já pena tentando escolher as melhores palavras e levanta de forma desajeitada quando vê a moça descendo a longa escada. Última vez que a viu esteve em sua forma de lobo, e foi com um rápido olhar que garantiu não existir ranhuras aparentes "Sente-se" as palavras saíram rudes enquanto apontava para a cadeira ao lado oposto da mesa. "Por gentileza" Completou, tentando adicionar uma mínima cordialidade a sua fala, sua intenção não era ter saído tão rudimentar. "Espero que suas acomodações tenham sido o suficiente. Entenda que não possuo interesse em mantê-la prisioneira, mas irei direto ao ponto após sua refeição" E tomou seu próprio lugar a mesa com somente uma taça de água servida para si. Da forma mais animalesca possível, foi alimentado o suficiente nas noites anteriores e não sentiria fome tão cedo.
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DIÁRIO DE PLANEJAMENTO #5 - Expandindo a história
Oii, como vai? Hoje gostaria de dar um pausa e pensar sobre alguns detalhes que podem nos ajudar durante o desenvolvimento do enredo. Sim, aquela partezinha no meio que geralmente é onde as pessoas mais tem medo. Então, como você faz o desenvolvimento da sua história?
Nesses últimos tempos venho pensando muito em como faço essa parte da escrita e quais são as ferramentas que uso, e cheguei a uma conclusão simples. Uso muito pouco das coisas que indico para as pessoas. Porém, é preciso parcimônia.
Não sei a quanto tempo vocês escrevem, mas, eu, que estou nessa vida há mais de dez anos, sinto que quanto mais eu escrevo, menos eu preciso de ajuda ou artifícios. Não me entendam errado, estudar é essencial, e esse é o ponto, não? Estudar tanto ao ponto de não precisar se apoiar mais na teoria porque você já sabe aquilo de uma forma que está tatuado na sua mente?
Vocês conhecem quantas técnicas de escrita? Estrutura dos três atos? A estrutura clássica de narrativas? Contar e Mostrar? Jornada do herói? Eu uso apenas essas, apesar de saber que existem muitas outras. A questão é que eu estudo elas há tanto tempo que ficou fácil adequá-las ao que eu preciso. Assim, eu as quebro no meio, uso apenas algumas partes e outra vezes ignoro completamente o que elas me ensinaram. Afinal, elas estão ali para me auxiliar e eu me nego ser a prisioneira delas. Dessa forma, eu misturo tudo e crio algo somente meu.
È por isso que eu pergunto: a quanto tempo você escreve? Ou melhor, a quanto tempo você estuda técnicas narrativas e criativas e aplica o que aprendeu? 
É uma pergunta muito valida. Eu apenas queria deixar aqui esse pensamento, enquanto vou analisando meus próprios processos. Também percebi que nunca usei as listas que coloco no blog. Costumo fazê-las porque sei que pessoas tem dificuldades diferentes e assim, penso que posso ajudar a todos que precisarem. Isso é porque quando inicio uma história, gosto de descobrir quem eles são e o que querem. Minha história sempre começa com uma cena, um conceito ou às vezes, tentando desenvolver uma ideia até que ela chegue no ponto que eu queria dissertar, mas tem outras vezes, em que apenas quero deixar o enredo fluir e vejo no que dá. Às vezes, esse texto vai direto para o lixo, outras sai algo mais +18 e outras já consigo desenvolver algo que poderia ser o começo de uma boa história. Não gosto me limitar a nada, seja moral, psicológico ou físico. 
Meus enredos também vem de sonhos ou de uma imagem que me faz ter vontade de escrever sobre aquilo. O meu ponto aqui é, está tudo bem se certa cena ou história nunca forem publicas, faz parte do desenvolvimento de uma história, sabe? Tem vezes que não conseguimos nos conectar com nossos personagens ou você percebe no meio do caminho que o enrendo não tem futuro, e isso também está bom. Para mim, o problema real é ficar muito apegado a certos arcos narrativos ou cenas, achar que tudo está ruim ou que em outras vezes raras tudo está perfeito, se apaixonando por sua história.
Entretanto, o que o tempo me ensinou é que nada nunca é tão bom ou tão ruim e que vai depender muito do seu estado mental e humor. Não sei quantas vezes olhei para meu texto depois de alguns dias e ele estava bem melhor do que eu achava. Ele raramente parece pior do eu pensava antes, mas a gente nunca sabe, não é? É por isso que nesse momento ter um beta reader seria extremamente inteligente.
É sobre aquele preciosismo em achar que tudo está perfeito ou tudo está horrível, ter um par de olhos frescos é o que sua história precisa para dar aquele passo final em direção a conclusão da sua história, ou ao menos, em direção ao fim da primeira versão, o seu rascunho inicial. 
Estou sendo muito apressada? Talvez. Na verdade, eu te aconselho a ter um beta desde o início se for possível. Sabe aquele amigo que gosta das mesmas coisas que você e que tem o conhecimento e experiencia parecida com as suas, ou que sabe mais do que você? Esse é o beta ideal. Ele vai te dar a opinião pessoal dele e ainda, se ele for um bom amigo, vai ler seu texto e te indicar possíveis erros ou furos. 
O que eu mais acho útil em um beta é a visão dele sobre a história e as considerações dele sobre os capítulos. Como se a ação dos personagens faz sentido e se eles parecem muito fora de caráter de acordo com o início e a premissa da história. Não tem jeito, tem coisas que vão passar despercebidas, como seus erros ou o potencial que sua história ou certo conceito inserido nela pode ter. Várias das minhas história foram feitas assim, sobre assuntos que eu não tinha muito interesse, mas que daria uma boa história. 
Agora, se você se nega a pedir ajuda, esse é um bom momento para desenvolver o editor/revisor que há dentro de você. Porque, não sei se alguém te disse, escrever a história é apenas metade do esforço e se você quiser ter um texto bem redigido um revisão e edição serão essenciais.
Para essa parte da escrita, não faço uma revisão geral, mas eu de fato volto nas minhas anotações e procuro por inconsistências até o momento. Eu prefiro fazer agora quando ainda não chegamos ao ponto alto da história do que fazer isso na segunda versão onde passamos o pente fino no texto. Mas como fazer isso? Através de uma estrutura, buscando os pontos principais, como: cena incitante, chamado á aventura, verificar aliados e antagonistas, o objetivo ou arco do protagonista, suas vontades, necessidades, traumas e falhas, alguns pontos de conflito e clímax, ou analisando se falta algo no enredo, como se todos os personagens têm um arco na história, como está sua construção de mundo, se alguma parte parece apressada demais, se algum personagem não foi desenvolvido o suficiente e se temos o suficiente para concluir a história de forma satisfatória. 
Quer dizer, sempre estou fazendo essas perguntas durante o tempo todo a mim mesma, embora eu saiba que não é necessário. Assim, se você tiver um beta, você pode fazer essas perguntas para ele e continuar escrevendo sem problemas.
Para a proposta de desafio desse post gostaria de deixar o seguinte questionamento: como você escreve o desenvolvimento da sua história? Usa alguma técnica? Apenas se baseia em uma linha de acontecimentos até o final? Raramente chega até aqui? Isso acontecia comigo sempre, principalmente quando eu escrevia puramente por diversão.
Nossa caixa de perguntas está sempre aberta. Sugestões também são bem vindas. Achou algo interessante ou curiosos? Venha discutir conosco!
Até a próxima.  
POSTS ANTERIORES
Apresentação  
Dia 1 -   O início da ideia  
Dia 2 -   Visualizando as cenas  
Interlúdio -   Como eu NÃO Planejei meu Livro
Dia 3 -   Preparando a base  
Dia 4 -  Voltando aos clássicos
CONTRIBUIÇÕES
Como eu NÃO Planejei meu Livro, por @EGBRAGA  
***
Onde me encontrar:
https://escritoremaprendizado.tumblr.com/
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suspirocotidiano · 1 year
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(...) o amor é exatamente assim. É como levantar de uma máscara, como a revelação do seu eu verdadeiro ao outro, e a aceitação forçada, a terrível constatação, de que a pessoa pode nunca se sentir da mesma forma.
A Prisioneira do Tempo – Kate Morton
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seamusteach · 8 months
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@brilhclaluna ‡ Jamie detestava quando Nyr o deixava sozinho na cabana com a garota que encontraram na floresta, prisioneira de uma bruxa. Ter piedade não estava no repertório de Jamie. Embora não pudesse culp��-la, ele simplesmente sentia que ela não deveria estar ali com eles. Os dois irmãos costumavam se virar muito bem sozinhos nas caçadas que compartilhavam, mas de repente, a presença de Kyla, como um fardo, o obrigava a cuidar dela e ensinar o que sabiam sobre sobrevivência. A cabana estava mergulhada em um silêncio pesado, apenas o som regular das machadadas de Jamie contra a madeira e o farfalhar das folhas do lado de fora quebravam a quietude. Os olhos de Jamie estavam fixos na garota, sua expressão carrancuda revelando claramente sua irritação com a situação. Seu machado, afiado como sempre, o mesmo que usava para decapitar bruxas, desmembrou habilmente um animal abatido, preparando parte dele para ser cozido. Cada golpe parecia uma afirmação de seu descontentamento. "Eu odeio quando é minha vez de cuidar de você", Jaime expressou seu desgosto sem esconder nada. Ele largou o machado por um momento, sua respiração pesada enquanto encarava Kyla. "Devo avisar que meu coração não é tão generoso quanto o do meu irmão." Seus olhos pareciam penetrar na alma dela, como se a desafiasse a questionar sua determinação."Você nunca nos contou como tudo aconteceu, como você se tornou uma refém. Acho que temos tempo de sobra para ouvir essa história."
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xolilith · 8 months
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Oii, Jess!
Eu queria desabafar um pouco, já que eu não tenho ninguém confidente para isso - e mesmo que eu tivesse, nunca falaria. Mas enfim, vamo pro assunto:
Eu sei que você começou a cursar psicologia por agora, mas na minha cabeça se eu falar com alguém que está estudando a mente humana me aliviaria de alguma forma, (não que eu precise de um conselho ou algo do tipo, eu só quero desabafar) eu me alto avalio (já que por agora não tenho condições de pagar uma terapia) sendo uma que possui TOC sexual, (transtorno de pensamentos obsessivo-compulsivo de cunho sexual, não somente sexual mas é o que prevalece) eu tenho pensamento intrusivos desde os 14, possuo 20 agora, todas pessoas possui pensamentos intrusivos de diversas formas em momentos inadequados e isso é normal, mas quando esses pensamentos tomam conta frequentemente dia após dia e começam a ser um incômodo, se torna um trastorno obsessivo e é isso o que acontece com a minha pessoa. Eu só sei que a medida que o tempo passa as coisas vão piorando, parece que sou uma prisioneira do meu cérebro, pq eu não sei se as coisas que eu penso é algo que vem de mim, da minha própria índole ou se é algo que o meu cérebro faz acreditar que é de mim. Bom, resumindo, me sinto um monstro pq penso coisas extremamente pesadas e repulsivas, não entrarei em detalhes pq são coisas sobrehumanas. A questão é que sinto que isso me prejudica de tantas formas, possuo um cansaço mental que sinto q nunca posso confiar em mim mesma e isso nunca passa!
Enfim, eu sei que joguei uma bomba, mas eu só queria por em palavras pq é um segredo meu que nunca botei pra fora.
Desculpa pelo texto grande, eu amo cada coisa que você escreve por aqui <3
olá, doce!! você está bem? Confesso que quando li sua mensagem, eu fiquei um tempo refletindo sobre, sabe? Eu não queria te responder de qualquer forma.
primeiramente eu fico feliz por você ter confiado em mim pra contar isso, e te digo que sempre que você quiser, eu estou aberta a ouvir!!!
você consegue se lembrar o que aconteceu nos seus 14 que pode ter desencadeado isso? Tenho que te dizer que o que eu sei sobre transtornos obsessivos é que muito dos pensamentos são irracionais, mas que eles escondem, de alguma forma, um medo por trás...
Tentar reprimir não é o melhor caminho, mas tenta entender o que isso significa e de onde esses pensamentos vem. Tenha um pouco de paciência com você mesma, e não se julgue dessa forma. Esse é só um problema como qualquer outro, e eu sei que você vai conseguir resolver!!!
Beijinho ❤️
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leiturasqueer · 8 months
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Leonor de Almeida (1909-1983)
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ELEGIA Não ignores a noite, poeta, e seu hálito estranho que amadurece as luas, os livros de silêncio que abrem as estrelas, as profecias escutadas no brilhar dos poços... Não ignores a noite, poeta, e a forma carnal que a escuridão toma cada sítio, e o peso dos cheiros, rolando bem musculado, nos rios vegetais que barram os caminhos, o mundo das aves confusas que faz florir o espaço e se vai aninhar entre as brisas coalhadas... Não ignores a noite, poeta, e seus peixes de sono deslizando entre os ombros das pedras, as cicatrizes de luz que o sol deixa nas árvores prisioneiras, as dálias de sangue que os pastores tecem nas cabanas vazias... Não ignores a noite, poeta, e as canções que a água reparte crucificada nos ramos do céu, e os sonhos puros dos animais contentes de sémen e de terra!...
Leonor de Almeida
Homónima da Marquesa de Alorna, Leonor de Almeida é considerada um dos casos mais extraordinários da poesia moderna portuguesa, considerada pela revista Serpente como autora dos «mais fortes poemas até hoje assinados por um nome de mulher em Portugal», conta com a publicação de quatro livros de poemas, entre 1947 e 1960, antes de desaparecer no ‘naufrágio’ dos anos finais da sua vida.
Poeta, enfermeira, esteticista, mãe, viajante, aventureira, corajosa, pioneira, mas acima de tudo, um espírito livre e uma mulher muito à frente do seu tempo, a autora portuense que tendo sido esquecida pelo meio literário português foi homenageada na Feira do Livro do Porto em 2020.
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pedroofthronesblog · 11 months
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Acho que pouco se fala de Rhaenyra ser inspirada na imperatriz Matilda (ou Maude), e menos ainda em Alicent ser talvez baseada na Condessa Matilda, rival da imperatriz e apoiadora do Rei Stephen, primo e rival de Maude pelo trono durante a guerra civil conhecida como "Anarquia".
Foi ela que fez acordo com o rei da Escócia para que ele voltasse em paz para o seu reino, e foi ela quem comandou o exército (junto do irmão do marido) que fez a imperatriz fugir de Londres e que depois prendeu o meio-irmão da mesma e a fez libertar o marido da Condessa. Graças a Rainha, o rei estava solto e a rival teve de fugir das terras pelas quais ela dizia ter direito.
Alicent não tomou conta da queda da Rhaenyra durante seu curto tempo como prisioneira, mas cuidou para que as coisas na Capital se acalmassem até o filho voltar, fazendo acordos com o Lorde de Ponta Tempestade e acabando com os "Falsos Reis" de Porto Real.
Mas é interessante notar que a Rhaenyra é bem diferente da imperatriz que a inspirou, visto que Matilda sofreu com graves revoltas quase que imediatas em sua chegada à Londres, dado o fato de ser mulher (e talvez fosse vista como "estrangeira" dado o fato de que ficou longe de seu país/reino durante a maior parte de sua vida); Rhaenyra também sofreria com essas coisas, porém, foi aclamada ao conquistar a cidade (diferente da imperatriz, que era menos amada que seu primo, Rhaenyra era um pouco mais bem vista que seu rival), mas seu curto reinado foi bem pior do que de Maude, visto suas péssimas decisões políticas e mesquinhas.
Vale a pena notar que ambas tiveram problemas ao cobrar impostos, mas Rhaenyra foi muito pior nisso do que Maude; dado que eles não eram apenas exorbitantes, mas até mesmo cruéis (com direito a execuções diárias e cobradas e até mendigos tendo que pagar algo).
Particularmente, a personalidade de Rhaenyra é mais "única" que a de Maude. A Princesa de Viserys estava mais próxima de Mary Stuart, ou de monarcas absolutistas, como Charles I ou Henry VIII, não se importando com o quanto suas decisões (no minímo questionáveis em muitos momentos) poderiam prejudicar sua campanha para o trono, ou mesmo o seu reinado.
Falando um pouco do rei Aegon e de sua inspiração, o Rei Stephen, ambos viriam a ser reis fracos e não muito famosos e habilidosos. Stephen pelo menos foi inteligente na parte do comércio em Londres e até ajudou em cercos e algumas batalhas (em uma delas, seu exército perdeu e foi capturado pela inconsequência do rei), mas praticamente todos concordam que foi seu irmão e sua esposa quem eram os verdadeiros comandantes de sua facção -fosse por meios políticos ou militares.
Aegon seria menos amado ainda, tendo uma pretensão mais forte que a de Stephen sobre Maude (que era apenas um primo e nem era o filho mais velho do tio de Maude para sequer herdar algo), Aegon teria uma pretensão boa o bastante para rivalizar (e, pelo menos para alguns, superar) sua meia-irmã mais velha.
Mas Aegon não poderia se vangloriar de muito além disso: ele não era astuto politicamente como sua mãe e avô, nem era amado pela plebe como sua esposa-irmã, não tinha popularidade entre nobres como seu irmão Daeron e nem seria habilidoso como Aemond. Se ele era assim porque sua mãe e avô quiseram (para obter monopólio do trono) ou porque era simplesmente inútil, não sabemos...
Mas Viserys é o maior culpado, visto que deixou Aegon largado para ser um mimado sem terras. Se o pai de Aegon fez isso para ele não ser bom politicamente e não ser uma ameaça a Rhaenyra, ou apenas se ele simplesmente estava feliz em deixar seu filho se divertir sem problemas, também é dúbio.
Como Stephen, Aegon entrou imprudentemente em batalha contra Meleys; diferente do rei inglês, ele não preso... Mas gravemente ferido e quase morto. Porém, ao contrário do rei inglês, Aegon conseguiu não ser pego pelas garras da facção e inimiga e, numa surpreendente mudança de jogo, Rhaenyra acabou sendo pega pelas garras de Aegon, que conseguiu por um fim na vida de sua rival.
Ironicamente (de forma pensada pelo autor ou não), a morte de Aegon pode ser um pouco semelhante à do filho de Stephen, Eustace: o herdeiro do rei morreu engasgado com em um banquete, com alguns suspeitando que ele foi na realidade envenenado.
Seja qual for a verdade, a guerra entre o filho de Stephen e o filho de Maude, o futuro rei Henry II, foi encerrada antes de acontecer; da mesma forma que a morte de Aegon II acabou de vez com a guerra civil da Dança.
Esse artificio já foi usado por Martin na morte de Joffrey:
"[...]Baseei-o um pouco na morte de Eustace, filho do rei Stephen da Inglaterra. Stephen usurpou a coroa de sua prima, a imperatriz Maude(Matilda), e eles travaram uma longa guerra civil e a anarquia e a guerra seriam passadas para a segunda geração, porque Maude teve um filho e Henry e Stephen tiveram um filho. Mas Eustace morreu engasgado em um banquete. As pessoas ainda estão debatendo mil anos depois: ele se engasgou até a morte ou foi envenenado? Porque ao remover Eustace, trouxe uma paz que pôs fim à guerra civil inglesa. A morte de Eustace foi aceita [como acidental], e acho que era isso que os assassinos esperavam – todo o reino verá Joffrey morrer engasgado com um pedaço de torta ou algo assim. Mas o que eles não contavam era a suposição imediata de Cersei de que isso era assassinato. Cersei não se deixou enganar por isso nem por um segundo. Ela não acredita que foi uma morte acidental. Você viu a cena filmada, parece que ele pode estar apenas engasgando ou está muito claro que ele foi envenenado?”
Se foi o caso do Aegon II ou não, não sabemos, mas a semelhança é notável e, assim como após a morte de Eustace, acordos de paz foram feitos para coroar o filho de Rhaenyra.
Diferente de Maude, Rhaenyra não viveu para ver seu filho ter sucesso naquilo em que ela fracassou, mas sua linhagem ainda perdurou, diferente da de seu terrível meio-irmão.
*Curiosamente, um dos maiores defensores de Aegon II, que escreveu uma versão pró-green dele e de sua facção, também se chamava Eustace*
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ennmaximof4 · 11 months
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COPYCAT
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Vanessa Carlysle
Mutante
• Metamorfo Genético: Sua fisiologia mutante deu a ela pele azul clara, cabelos brancos e olhos vermelhos luminescentes. Capaz de duplicar outro humanóide ou quase humanóide com tanta precisão que mesmo aqueles mais próximos a eles não perceberiam a diferença. Ao contrário das habilidades de metamorfose de Mistica, a metamorfose de Copycat vai para o nível genético, onde ela também pode reproduzir os poderes. Essa habilidade realmente funciona como uma esponja, o que significa que Copycat pode imitar outra pessoa apenas por estar perto dela, às vezes involuntariamente. A extensão da transferência dependia da duração da exposição. Sua habilidade pode até ter permitido que ela replicasse os padrões psi de seu modelo, permitindo que ela se tornasse uma pessoa, tendo sua personalidade, memórias e força vital exatas. Ao contrário de Mística, Copycat só pode se transformar em outros humanóides, não em animais e outras formas de vida. Suas habilidades também permitem que ela aprimore seu próprio corpo físico, permitindo que ela transforme suas unhas em garras e desacelere seu envelhecimento. Ela também pode criar seus próprios avatares por meio de sua metamorfose, tornando-se virtualmente uma pessoa totalmente nova. Suas habilidades vão tão longe a ponto de criar roupas orgânicas e genéticas para combinar com sua personalidade alternativa, tornando-a uma das mais poderosas metamorfas vivas.
√ Eu costumava amá-lo... E ele costumava me amar... Então, mesmo uma semente ruim que se transforma em uma árvore podre... Ainda pode ter... Uma ou duas folhas boas. - Copycat.
HISTÓRIA:
Vanessa Carlysle nasceu uma mutante com o poder de se transformar em qualquer pessoa. Ela, no entanto, caiu profundamente em uma vida de prostituição em Boston, Massachusetts.
No entanto, ela conheceu um jovem mercenário chamado Wade Wilson. Os dois se apaixonaram, mas isso durou pouco. Vanessa foi salva dos empregadores vingativos de Wilson por Zoe Culloden, uma agente viajante do tempo de Landau, Luckman & Lake que viajou ao passado para evitar a eventual autodestruição de Wilson que o levou a se tornar Deadpool. Naquela noite, Wilson terminou com Vanessa depois de saber que ele tinha câncer, deixando-a com o coração partido.
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Vanessa se tornou uma mercenária, eventualmente contratada pelo traficante de armas Tolliver, que a fez representar a mercenário Domino para espionar Cable, até mesmo se juntando à nova equipe de ataque X-Force de Cable. Como ela explicou mais tarde a verdadeiro Domino, os outros membros não conseguiram detectar a diferença porque ela foi capaz de duplicar exatamente a aparência, personalidade, impressões digitais e até mesmo o DNA de Domino.
Tolliver finalmente ordenou que Copycat bombardeasse o quartel general da X-Force, mas ela veio cuidar de seus companheiros de equipe e parou até que Tolliver despachou o mercenário mascarado Deadpool para forçá-la a agir. Confrontado por X-Force sobre sua traição, mas ainda se passando por Domino, Copycat os ajudou a lutar contra Tolliver. Enquanto Cable descobriu a verdadeira Domino ainda viva como prisioneira de Tolliver, Copycat foi derrubada por Deadpool, embora ela tenha conseguido escapar.
Copycat se escondeu, mas foi encontrado pela primeira vez por Deadpool e depois por Domino. Copycat atrasou a retribuição pretendida de Domino, ajudando-a a localizar o X-Force, conseguindo escapar novamente. Copycat então se envolveu na busca pelo testamento de Tolliver, durante a qual ela foi ferida por Slayback. Seus ferimentos teriam sido fatais, mas ela sobreviveu copiando o fator de cura de Deadpool.
Mais tarde, Copycat procurou viver uma vida pacífica em San Francisco, Califórnia, com Garrison Kane, mas logo encontrou Deadpool novamente, um encontro que teria sido fatal se Wolverine não tivesse interferido. Ela foi posteriormente capturada e levada para o Microverse pelo manipulador de emoções Psycho-Man, que buscava a tecnologia avançada de Kane. Ela foi resgatada por Kane, Cable, Domino e os heróis residentes do Microverse, os Microns. Voltando à Terra, Copycat finalmente fez as pazes com Domino.
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Buscando vingança contra Deadpool, o Treinador e o Mago contrataram Copycat para representar a superforte Titânia e ganhar a confiança de Deadpool, embora mais tarde ele confessasse ter visto através de seu disfarce. Copycat passou a se juntar ao subversivo Projeto Arma X ao lado de Kane, e foi enviada para recrutar Deadpool para o programa. No entanto, seu aprimoramento de poder pela Arma X começou a afetar sua memória e ela perdeu o controle de sua missão.
Em vez disso, ela começou a seduzir Deadpool, mas acabou encerrando seu relacionamento por causa de sua paixão por Siryn. Ela costumava assumir a forma de outras mulheres para surpreendê-lo. Deadpool foi posteriormente recrutado pelo Projeto Arma X para eliminar Copycat, mas ele recusou e tentou avisá-la. A Arma X então enviou Kane para matar Copycat e Deadpool. Deadpool lutou contra Kane sozinho, mas Copycat foi mortalmente ferida no zoológico do Bronx, em Nova York, por outro agente da Arma X, Dentes de Sabre. Ela morreu nos braços do Deadpool.
Algum tempo depois, sem explicação, foi confirmado que Vanessa estava viva, assumindo a identidade de funcionária do food truck "Chimichanga" que Deadpool frequentava. Ela manteve seus poderes após o dia M, e seu status atual é desconhecido.
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-> MCU:
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billydurne · 2 years
Note
❛ i’m everything they said i would be . ❜ + anastasia
Desde o momento em que foi resgatada pela família sueca, Anastasia, a primeira de duas princesas, sentiu a sensação de prisão se misturar com o ar gélido e seco do castelo; de certa forma, não era um frio similar ao de sua casa. Nos primeiros dias, não saiu do quarto para nada, e o único fator contribuinte para não passar fome fora alguns serviçais bondosos que, com jeitinho, lhe persuadiram a ingerir um pouco da comida. Na primeira semana, perdeu quatro quilos sem esforço, e sentiu os poderes fraquejarem. Com o tempo, no entanto, acostumou-se com a atmosfera escandinava e seguiu seu plano de encontrar um bom marido para a irmã mais nova — o grande tesouro russo e a que sabia que jamais seria recusada por nenhum príncipe influente. A aproximação entre ela e Gustav, porém, foi uma surpresa; após tantos comentários e rumores, esperava um homem bruto e sem coração, mas, embora sua presença a incomodasse, não o categorizava de modo tão brusco. Por isso, se pegou sorrindo ao comentário dele. “I wish you were. Seria mais fácil lhe ignorar se fosse desprezível.” Deu de ombros, franzindo o nariz numa careta ao tocar no metal da sacada de seus aposentos e sentir o gelo típico dos Holstein. “Não deveria estar aqui, Alteza. Está noivo de minha irmã, não seria bom para sua reputação. Não que se importe com isso, é claro.” Sorriu, ao fitá-lo de soslaio, e soprou o gelo seco dos dígitos.
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Só então, girou o corpo para lhe encarar e havia certa comicidade, quiçá curiosidade, nas írises castanhas. Ela não era nenhuma virgem, mas não queria que a família e os criados dele pensassem que estava em busca do título de concubina do herdeiro — os deuses eram testemunha que ela sequer tinha tempo para pensar em relacionamento, não obstante a face de Gustav anuviasse sua mente em momentos inoportunos. “Nika está animada com a possibilidade de ser pedida em casamento.” O comentário veio natural, como se fossem velhos amigos, ao caminhar para dentro do cômodo e passar pela figura alta, sem desviar da face atraente. Embora acreditasse que Dominika, a irmã, fosse uma companhia agradável e leve (ingenuidade era sempre uma dádiva para uma esposa), não conseguia deixar de pensar que o primogênito da realeza sueca precisava de uma companheira firme, com conhecimento em estratégia de batalha e que entendesse seus modos. Alguém como ela, talvez. Os pensamentos eram reprimidos, mas a frequência que voltavam era assustadora ao ver da russa. “Imagino que esteja ansioso pela volta ao Instituto? Maria me contou algumas coisas interessantes sobre sua reputação por lá.” Sentou-se na cama, em sua melhor postura, e, pela primeira vez, se sentiu tensa por estarem sozinhos.
“Você não é nada do que dizem que é, porém. É atencioso, prestativo e... vejo como trata suas irmãs. Seja lá o que Vossa Alteza acredita que seja, está errado.” Foi sincera, e sorriu com toda a discrição quando notificou a surpresa alheia ao ouvir os elogios. Haviam chegado perto de um beijo, algumas noites antes, e não tiveram a oportunidade de ter um momento a sós desde então. Por achar que lhe devia um pouco de proximidade, para passar sinceridade, levantou da cama e se pôs na frente dele, mantendo uma distância segura. “Por isso, quero que saiba em primeira mão que tem a minha bênção para pedi-la em casamento. Se mostrou muito diferente da imagem que tinha e ela merece ter um bom marido. Alguém diferente do seu pai, o que tenho certeza que é. E, também, porque vai ficar aqui, nesse castelo de gelo, e eu pretendo me entregar para meu pai. Me sacrificar para que ele deixe Dominika em paz.” Estava indo para o abate, mas a maneira pragmática e simplista que murmurava conseguia mesclar o enorme sacrifício. Era difícil prever o que Grigory, seu pai, poderia fazer; transformá-la em rainha ou em prisioneira. Anastasia sabia, no entanto, que era melhor ser aniquilada do que ver Gustav casando com qualquer uma, que não fosse ela.
Num momento de fragilidade, que contrariava todos os seus instintos fraternais e de sobrevivência, deu um passo a frente quando ele tocou em sua cintura e quase uniu os lábios masculinos aos seus. A oportunidade estava bem ali, mas, antes que pudesse se permitir entregar-se ao desejo ou se afastar por completo, viu alguém entrar em sua porta. Dado a posição que estavam, não poderia ser um momento mais inoportuno para ser vista por duas das damas de companhia fofoqueiras da princesa da Itália — a situação, de fato, seria aumentada. Assim que esta correu, Sonya se afastou do corpo maior, com um sorriso apologético, e balançou a cabeça. “You should go, Your Grace.”
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