Tumgik
#☾⠀ ⠀ ⠀𝐀𝐑𝐂𝐇𝐈𝐕𝐄 ➜ ⠀  ๋࣭ ⭑ pov  ๋࣭ ⭑
abirshinha · 9 months
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𝖙𝖍𝖊 𝖋𝖊𝖆𝖗 𝖎𝖘 𝖙𝖎𝖗𝖊𝖉 𝖔𝖋 𝖍𝖎𝖉𝖎𝖓𝖌 𝖚𝖓𝖉𝖊𝖗 𝖙𝖍𝖊 𝖇𝖊𝖉 ¦ 𝒑𝒐𝒗 ; 𝒖𝒓𝒔𝒖𝒍𝒂'𝒔 𝒃𝒅𝒂𝒚
as mentiras de breu se arrastaram por séculos fazendo inclementia uma prisioneira inconsciente de quem a controlava. as estrelas não são tão especiais, dizia o criador; os humanos acreditam que são meteoros entrando na atmosfera da terra, e, por muito tempo, ela também acreditou. as sete estrelas tinham um significado diferente para o seu mundo, no entanto. a magia agraciava com sorte ou amaldiçoava com azar, não era apenas uma passagem comum. mas ah, como poderia saber se breu insistia em esconder informações relevantes de si?
depois desse questionamento, ao longo da noite, mais e mais surgiram. por que sempre era tirada da academia quando tinha eventos onde as pessoas podiam socializar? por que mesmo distante, ainda sentia a energia de ammit e nox? por que breu estava lhe ignorando quando foi ele quem lhe mandou para shadowland e lhe ensinou a atormentar os sonhos das crianças?
Seus questionamentos não tinham muito peso diante do evento que acontecia, o aniversário de Úrsula era a primeira festa em quatro anos frequentando a academia. a bebida colorida em mãos era a distração para aguentar o discurso entediante da aniversariante, estando quase perto dos lounges para que assim que a bruxa terminasse de falar, pudesse se esconder em uma das cabines e terminar de se encharcar com álcool. só que embora esse fosse seu primeiro comparecimento a uma festividade de Tremerra, algo lhe dizia que a bruxa e cruella começarem a brigar não era… algo comum. a confusão desenrolando despertava em si uma raiva avassaladora, nunca tinha sido tomada por tal intensidade do sentimento. de fato, ser humano era difícil, mas não ao ponto de não conseguir conter-se.
dessa vez, parecia impossível ficar ali parada assistindo as duas mulheres brigando. elas estavam colocando para fora algo que birsha também queria fazer só que a sua raiva tinha um alvo certo. ao invés de apenas explodir com aquelas pessoas idiotas que passavam em sua frente para atacar as mesas de aperitivos, inclementia marchou até breu. encontrá-lo não foi difícil, a figura do rei dos pesadelos era sombria e lhe atraia sempre, não importava seu paradeiro, sempre o encontrava. ❝ ── pai! vai mesmo fingir que eu não existo? a noite inteira me ignorando? quando vai deixar aquela baboseira para trás e admitir que estava errado? ❞ disparou, o rosto ficando rosado com a ira que sentia.
só que zilla não era a única irritada na situação, o próprio breu estava com uma expressão fechada, os olhos sombrios. ❝ ── errado? você planejava roubar o meu lugar. depois de tudo o que fiz por você… era assim que estava tentando me retribuir.❞ retrucou, o desgosto banhando seu tom de voz mas a raiva se tornando cada vez mais evidente em ambas as faces, tanto da criatura quanto do criador.
❝ ── você me fez assim! me ensinou a ser assim! eu estava cumprindo apenas o meu papel, o papel que você me deu. ❞ afirmou, irritada. ❝ ── depois de tudo que me fez? como o quê? me manter longe de tudo e de todos? me criar para as pessoas terem medo de mim? ou talvez me largar aqui sozinha por causa de uma crise idiota? ou quem sabe… ❞ suas palavras morreram, pararam abruptamente quando breu ergueu a mão e a garganta de zilla começou a apertar. não saia voz, o ar não entrava. não conseguia respirar. seus pés deixaram de tocar o chão, as mãos da ruiva subiram para a corda de areia preta que saía da mão do pai e apertava seu pescoço.
❝ ── eu lhe dei a vida. eu criei você. sem mim, você não existiria. ou melhor… você é nada. quer mesmo saber o que eu fiz por você, inclementia? talvez as estrelas tenham lhe dado sorte pois agora irá descobrir.❞ a boca de breu não se mexia conforme as palavras saiam, aquelas palavras estavam sendo ditas em sua mente, queimando em seu interior. a areia apertava mais e mais seu pescoço mas rapidamente envolvia seu corpo. quase desmaiando sem fôlego, com anda a ira sufocando também seu peito, foi envolvida naquela escuridão. da escuridão você veio, da escuridão você irá partir. a voz rouca ainda era ouvida mas não havia nada à sua frente.
apenas o breu. apenas o escuro.
tão rápido como a areia lhe envolveu, ela também desapareceu. o corpo mole de zilla caiu no chão, os joelhos batendo no chão arenoso da praia, ouvindo mais uma vez o caos que acontecia ao seu redor. ❝ ── vamos ver quem é o mal vermelho sem breu. ❞ aquela voz fria disse por fim, mas quando ergueu a vista, seu pai já não estava mais por perto. sozinha. como sempre, ele lhe deixava sozinha. ainda brava, se apressou para o meio da multidão. ao passar por um dos espelhos — agora quebrados — onde os polvos estavam fazendo massagens nos convidados, zilla parou. um passo para trás foi dado para se enquadrar novamente no objeto para que pudesse ver seu reflexo. ah não.
as palavras de breu faziam sentido agora olhando para o que refletia naquele espelho. a destra subiu para tocar a bochecha direita, a pele ainda estava macia, mas já não era mais tão pálida quanto antes. os olhos normalmente totalmente pretos… agora estavam humanos. com as irises da cor de caramelo quase puxando para um verde claro. não. isso não podia estar acontecendo. os cabelos longos e ruivos deram lugar a fios curtos e pretos, macios, deslizava por entre seus dedos quando os tocou. aquela que via no reflexo não era sua imagem, mas ainda era ela.
como se isso já não fosse ruim o suficiente, não sentia a presença de breu; e não era como se ele tivesse ido embora, mas sim como se não o sentisse mais. a ausência da energia pesada dos cavalos que ela sabia estarem presos no dormitório também foi notada também, trazendo mais uma onda de pânico ao seu interior. encontrava-se mais sozinha do que imaginava então. o mal vermelho sem breu, aparentemente, era mesmo ninguém.
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abirshinha · 9 months
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THE DARKNESS IS EVERYWHERE
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Há quatros anos, Birsha foi enviada para a academia como uma punição por, segundo Breu, tentar roubar seu lugar. Seu conto. Há quarenta e oito meses, ela não vê seu criador, seu pai. Apesar de saber que ele está presente, ainda foi um choque vê-lo. Mesmo de longe, aqueles olhos eram frios e carregavam a mesma nuvem escura que conheceu por anos, por séculos. Nem ela se aproximou, nem ele tentou fazer. De lados opostos, criatura e criador seguiram a noite sem trocar uma palavra sequer.
Breu: Ben Barnes.
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abirshinha · 9 months
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