I am Elektra Natchios, not even the stars are safe in the sky
( Élodie Yung, mulher cisgênero, ela/dela) Acabei de ver ELEKTRA NATCHIOS andando por Nova York. Muitos na cidade dizem que ela é CORAJOSA e BEM-SUCEDIDA, e já até fofocaram por aí que ela também pode ser SARCÁSTICA e TEIMOSA. Será que sempre foi assim em todos os seus 36 ANOS? Em outro universo, talvez, ELEKTRA julgue o fato de ser MERCENÁRIA nessa Terra uma vitória! Mas essa identidade já caiu no esquecimento, não é?
• Originária do sul asiático, nacionalizada grega e adotada por um diplomata grego;
• Estudou na Universidade Westchester para Ciências Políticas e Relações Internacionais;
• Poliglota;
• Colecionadora de medalhas e prêmios desde criança nas mais diversas modalidades. Desde adulta, foca mais em artes marciais, esgrima e escalada;
• Gosta de orquídeas, acha rosas muito clichês;
• Vive no limite do penhasco, vive pela emoção, virou mercenária pela adrenalina;
Retirada em meio ao caos de pobreza, tráfico e lutas clandestinas do sul asiático, a pequena nem sabia dizer onde tinha nascido - seria Tailândia? Cambodia? Talvez Laos. Pouco importava, quando se tinha sido resgatada por uma família de embaixadores europeus. Bem posicionados e bem ricos para conseguir agilizar os documentos com facilidade para que a menina se tornasse Elektra Natchios, filha do embaixador da Grécia. Todo o amor, estabilidade e dinheiro que nunca tivera em sua primeira infância, agora dados de bandeja juntamente com toda a educação de uma nascida em berço de ouro. Tudo o que poderia possivelmente querer e, ainda assim… o que?
Ainda assim, sua infância não tinha sido apenas um pesadelo como os que a fazia acordar à noite. Ainda assim, ela não era como as nascidas com berço de ouro com quem estudava. Ainda assim, ela não parecia com seus pais, e definitivamente não tinha a cor europeia. Ainda assim, ela buscava por mais - mais emoção, mais desafio, mais adrenalina.
Desde que se passara do momento das aulas de dança, línguas, piano e etiqueta, ela começara a se encontrar mais em artes marciais, escalada, esportes radicais: tudo e qualquer coisa que lhe desse a sensação de viver no limite novamente, andando pela beira do penhasco, as batidas do coração à mil, a vista linda. Sua psicóloga atribuía isso ao fato de que ela se sentia familiar em meio ao perigo, que provavelmente se acostumara com isso quando criança e agora era sua zona de conforto. Fosse como fora, nada a prepararia para a saída da zona de conforto.
[t.w.: morte e automutilação brevemente citadas] O atentado contra sua família adotiva a abalara mais do que ela conseguiria ter previsto, e a morte da mãe e do irmão a fizeram entrar em um estado de luto marcado por descontroles emocionais, práticas perigosas e situações de se colocar em risco propositalmente, chegando à automutilação por vezes. [final do trigger warning] Numa tentativa de lhe salvar tanto de si mesma quanto da mídia internacional, seu pai a trouxe para perto de si quando em uma missão em Nova York, e Elektra foi matriculada na Universidade Westchester para Ciências Políticas e Relações Internacionais.
O trabalho de seu pai acabou, mas ela permaneceu estudando e achou uma forma mais “saudável” de lidar com seus mecanismos problemáticos: se tornou mercenária. Ela tinha o treinamento para viver entre os mais nobres da sociedade, ela tinha o acesso e tinha o dinheiro. Além de tudo, ela tinha a vontade e agressividade dentro de si. O trabalho cheio de adrenalina e perigo logo a conquistou, e foi fácil se manter anônima quando se tinha dinheiro e meios para isso.
Terminou a faculdade, começou a trabalhar remotamente nas organizações em nome de sua finada mãe e irmão, as vezes acompanhando o pai em eventos, mas jamais deixando de pegar trabalhos como mercenária, apenas sendo bastante discreta e cuidadosa em cobrir seus rastros. Agora, seu pai assumia o cargo em Nova York, e Elektra mal podia esperar para voltar para a cidade. Algo na maior metrópole do mundo fazia com que sempre tivesse contratos interessantes.