Tumgik
#louis tomlinson x leitora
say-narry · 1 year
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Christmas' gift
notas da autora: voces pensaram que nao teriam one do louis esse ano, né? Ver a família Tomlinson reunida me da um quentinho no coração, então, resolvi escrever um pouquinho sobre eles. Qualquer comentário ruim sobre qualquer um dos membros da família não será respondido. Estou tentando melhorar as cenas hots, me digam o que acharam e no que eu posso melhorar :D
Contagem de palavras: ~2k
Avisos: conteúdo sexual, sexo desprotegido (não façam isso!), palavrões.
Personagens: louis!marido x leitora!esposa
masterlist | converse comigo
— Ele simplesmente caiu no sono. - Murmurei vendo Freddie resonar em cima de mim.
Era noite véspera de Natal e aniversário de Louis. Estávamos em Doncaster na casa de Lottie, a família Tomlinson resolveu fazer a festa aqui esse ano, já que no último ano havia sido na nossa casa.
Todos estavam conversando logo após seguirem suas tradições como usar pijamas iguais, comer biscoitos confeitados e dar presentes para as crianças.
Eles são a família que eu nunca tive, eu simplesmente amo fazer parte disso.
— Pensei que ele ficaria correndo pra lá e pra cá a noite inteira. – Louis comentou enquanto finalizava sua cerveja.
Seus dedos acariciavam os cabelos macios do filho, os bracinhos de Freddie me apertaram mais ainda enquanto ele ajeitava o rosto pouco acima dos meus seios.
Por mais que o garoto já estivesse grande, nos momentos em família e longe de tudo, ele era o bebê do papai… E meu também.
Desde que eu havia começado meu relacionamento com Louis há alguns anos, Freddie e eu nos demos bem e quando ele passava esse tempo conosco, ele ficava manhoso, mas não de um jeito ruim, ele amava ser o centro das atenções do pai dele.
Eu não julgava, pois sabia como era difícil ter que dividir o pai dele com o resto do mundo boa parte do tempo.
— Ele comeu muitos doces, mas a busca pelo Papai Noel o cansou com toda certeza.
— A busca e o ciúmes. – Louis deixou um beijo na cabeça do menino e um na minha bochecha.
Louis estava sentado virado para o meu lado no sofá, Lottie estava amamentando Lucky em uma das poltronas próxima a nós, as gêmeas haviam colocado Ernest e Doris pra dormir assim que os avós deles se recolheram e agora estavam vendo sobre as fotos que postariam. Mark e Lewis conversavam sobre golfe enquanto finalizavam os respectivos drinks.
— Ciúmes? – Perguntei.
— Do primo. De você com o primo. Do primo comigo. – Louis comentou e arqueou as sombrancelhas como se fosse óbvio.
Revezei meu olhar entre ele e Lottie que concordou com a cabeça apontando pra Lucky.
— Sério? Eu não percebi isso… Estava tão animada em ver vocês com os presentes, comendo o bolo de aniversário, que não prestei atenção.
— Quando você estava com Lucky no colo, Freddie chegou a largar o brinquedo e fechou a cara que nem meu irmão. – Lottie me respondeu e eu fiz uma careta.
— Eu realmente não percebi, pensei que ele já havia acostumado a não ser o nosso único bebê… Mas ele sobre ele fechar a cara com ciúmes, pensei que era algo natural dos Tomlinsons.
Pisquei pra minha cunhada que riu baixinho e Louis deu o dedo, ergui a sombrancelha como se estivesse ficado brava e ele ficou sem graça.
— Desculpe, amor. Força do hábito.
Eu ri concordando e ajeitando meu entiado.
Nos despedimos do pessoal que ainda estava acordado, Freddie ainda estava no meu colo, seus braços presos no meu pescoço e suas pernas enroladas na minha cintura.
Abri a porta do quarto lentamente já que Doris e Ernest já estavam dormindo ali.
Deitei o garotinho na cama e o cobri, deixando um beijinho na cabeça dele. Louis seguiu meus passos fazendo o mesmo.
Passei pelos meus cunhados mais novos e também ajeitei os cobertores.
Fui para meu quarto e depois pro banheiro, escovando os dentes. Louis me acompanhou enquanto via as fotos que as gêmeas haviam enviado no grupo da família.
Coloquei um pijama mais confortável e mais grosso pois a nevasca nessa noite seria intensa.
Enquanto eu ajeitava meu suéter pra por nos meu braços, senti as mãos geladas e um pouco umidas passarem pelas minhas costelas e cruzando na minha barriga.
— Outro presente de aniversário, uh? - Ouvi Louis soltar um risinho sacana enquanto uma mão entrava na minha calcinha e a outra apertava um dos meus seios.
Fechei meus olhos e abaixei meus braços. Afastei um pouco minhas pernas sentindo os dedos de Louis massagearem levemente meu ponto.
— Amor… eu já te dei seu presente de a-aniversário. – Ronronei enquanto sentia o pau endurecido de Louis roçando atrás de mim.
— Por favor, amor? Uh? – Foi a vez de Louis ronronar, seus beijos sendo distribuídos no meu pescoço.
Uma brisa bateu em nós, fazendo meu corpo inteiro arrepiar de frio e como um estalo na minha cabeça, abri meus olhos e voltei a fechar as pernas.
— Estou com frio, baby… – Estiquei meus braços e coloquei o suéter escuro que Lottie havia me presenteado.
Me virei de frente para Louis e percebi suas pupiladas dilatadas e apenas um fino círculo azul de suas iris em volta.
Olhei pra baixo rapidamente e Louis ainda estava excitado e a marca em sua calça de moletom denunciava isso.
— Você vai me negar a fazer amor comigo, S/n? – As mãos de Louis continuavam no meu quadril, seu tom de voz era de indignação. – No meu aniversário?
— Tecnicamente, é aniversário de Jesus, o seu foi ontem. – Joguei meus braços na lateral do pescoço de Louis e o encarei com a sombrancelha direita arqueada.
Louis deu seu famoso sorriso fofo que sua fanbase enlouquecia quando ele dava, mas com certeza ele estava pensando em uma resposta muito boa, eu sabia que ele não se abalaria pela minha brincadeira.
Me pus nas pontas dos pés e dei um selinho tentando desmanchar seu sorriso e até que funcionou.
Louis aprofundou o beijo e eu suspirei, senti uma de suas mãos segurar meu rosto enquanto seu corpo impulsionou o meu para a cama. Fomos caminhando aos tropeços, beijos e risadas. Dei um pulinho e sentei na enorme cama do quarto, Louis ficou entre minhas pernas e se esticou em cima de mim mantendo os braços como escoras.
— Tudo bem, vamos dormir. – Mais um selinho foi dado e Louis saiu de cima de mim.
Novamente, arqueei minha sombrancelha, ele havia desistido facilmente? Muito estranho.
Louis bateu a mão no interruptor e apenas os abajures, um de cada lado da cama, iluminaram o quarto.
Me ajeitei na cama, mas ainda desconfiada da desistência dele. Dobrei o lençol para que Louis se cobrisse mais facilmente.
Pelas sombras e pela movimentação na cama, não demorou muito pra que meu marido se juntasse a mim. Resolvi adiantar o processo e tirei minha calça acompanhada da minha calcinha ficando apenas com o suéter. Virei de lado, ansiosa pra ver a reação de Louis e para o meu alívio, ele me abraçou se tornando a concha maior.
Ele nos cobriu e era possível ouvir apenas nossas respirações e o vento rebatendo contra as janelas.
Eu ainda conseguia sentir o membro de Louis contra minha bunda e agora de alguma forma, eu também estava excitada.
— Meu amor… - Balancei minha bunda contra excitação de Louis, que soltou um suspiro pesado.
— Você está molhada não está, querida? – A voz de Louis saiu rouca, sua mão agarrou meu quadril e me ajudou a me mover contra ele.
Apenas acenei com a cabeça mesmo estando pouco iluminado. A mão de Louis deixou meu quadril e entrou por baixo do meu suéter, seus dedos brincaram com os meus mamilos endurecidos pelo frio e pela excitação.
— Eu sei que está, meu amor, não precisa responder. Minha garota atrevida agora precisa de mim? – Os lábios de Louis que estavam bem próximos da minha orelha, agora estavam distribuindo beijos pelo meu pescoço novamente me fazendo involuntariamente fechar os olhos.
Ainda de lado, Louis deu dois tapinhas rápidos no meu quadril como uma sinalização para que eu parasse. Seus lábios não desgrudaram do meu pescoço, mas eu podia sentir uma movimentação atrás de mim, com certeza era Louis se livrando da parte debaixo do moletom.
— Seja uma boa garota e abra um pouco as pernas, sim? – Louis pediu e eu obedeci, sentindo seu pau invadir e esticar minhas paredes internas. Seu pau quente sendo envolvido pela minha buceta era simplesmente gostoso demais.
A sensação deliciosa me fez puxar o edredom que nos cobria, uma forma de preencher o meu abraço já que Louis estava atrás de mim e também, uma maneira de abafar os gemidos causados pela sensação boa de te-lo dentro de mim.
— Tão gostoso seu pau dentro de mim, amor… Tão bom… – O braço de Louis apertou ainda mais minha cintura com o meu comentário, seu peito colado nas minhas costas e seu quadril batendo implacável contra mim.
— Você gosta, não é? Gosta de se sentir cheia com meu pau? – Sentia meu pescoço suar com os suspiros e beijos de Louis, e eu concordei rapidamente – Que tal darmos um irmão para o nosso garoto, uh? Quero te encher, S/n… Posso gozar dentro? Você vai ser a mamãe do meu bebê?
Um arrepiou grandioso passou por todo meu corpo, a sensação era tão avassaladora que eu não pensei muito além de concordar. Eu fazia controle de natalidade desde sempre, mas já estávamos casados há alguns anos e com certeza ver o bebê de Lottie, despertou isso em Louis.
— Me responda, amor!? – Louis desascelerou suas estocadas e eu revirei os olhos, ele batia contra mim de forma lenta e torturante – Vamos dar um irmão ao Freddie? Uh? Você vai ficar tão linda grávida do nosso bebê, eu vou ser o homem mais feliz desse mundo…
— Sim, amor… Por favor, o que você quiser, mais por favor… – Choraminguei um pouco mais alto enquanto senti uma das mãos de Louis abandonar meu quadril, afastar um pouco minhas pernas e começar a acaricias com as pontas dos dedos meu clítoris.
— Já entendi, gatinha… Fique quietinha pra não acordar a casa toda… – Seus dedos circulavam meu ponto sensível, minha perna levantada tremia, Louis passou o braço que estava apoiado na cama por baixo de mim e sua mão agarrou meu pescoço apertando um pouco.
Meus olhos fecharam fortemente adorando o misto de sensações. Minha unhas pefuraram o edredom enquanto meu corpo ondulava contra o de Louis. Seus gemidos baixos me faziam querer chorar de prazer. Senti meus músculos internos apertarem contra o membro de Louis, meu corpo tremia pela excitação, agora eu estava mais aquecida do que nunca.
Mais duas ou três estocadas, Louis soltou um gemido longo no meu ouvido e senti seu quadril entrar em espasmos, logo o líquido quente e espesso ser atirado dentro de mim.
— Porra… porra… – Os dedos de Louis pararam por alguns segundos e logo voltaram ao trabalho. – Goze pra mim, amor, goza no meu pau!? Sim?
Mordi meus lábios quando senti um tremor no pé da minha barriga e a sensação de relaxamento rebater contra os meus sentidos.
— Minha boa garota… – Louis ainda estava dentro de mim e não parecia querer sair tão cedo. Deitei minha cabeça contra ele, minha visão estava um pouco turva mas eu iria superar. Nós dois estávamos ofegantes. – Tão linda, tão minha… Eu te amo tanto…
— Muito quente, amor… – Meu corpo estava mole e meus sentidos bagunçados.
Louis pareceu entender e me ajudou a tirar o suéter, meu corpo estremeceu novamente devido a temperatura do quarto que estava quente, mas não tanto quanto meu corpo.
Soltei um longo suspiro sentindo Louis nos desconectando, era uma sensação estranha, literalmente um vazio dentro de mim. Ele puxou os grossos cobertores pra cima de nós. Eu conseguia sentir nossos líquidos saindo de mim, mas eu definitivamente não tinha forças pra limpar agora, eu só queria ficar o mais próxima possível do meu marido.
— Lou… – Gemi – Fica aqui? Por favor?
— Claro, meu amor. Só estou nos cobrindo porque não quero que a mãe do meu bebê fique resfriada.
Louis me abraçou novamente por trás, me aconcheguei nele sentindo a levedura vinda do seu corpo, um sorriso nasceu no meu rosto ao imaginar mais um bebê na família.
— Você realmente quer ter um bebê comigo? – Virei meu rosto tentando olha-lo mesmo com pouca luz.
Por mais que já fôssemos casados, eu ainda era um pouco insegura. Louis viajava o tempo todo, obviamente muitas pessoas por ai eram melhores do que eu.
— Todos que você quiser ter comigo, amor. Vai ser meu presente de Natal adiantado do próximo ano! – Ele beijou a ponta do meu nariz – Mas, você vai ter que ajudar com o senhor ciúmes…
Soltei um risinho, concordando com a cabeça.
— Não fale assim do nosso garoto, eu tenho certeza que ele vai ser um ótimo irmão mais velho.
— Sim, estou brincando. - Louis deu o sorriso fofo novamente, eu acariciei seu cabelo e me virei de frente pra ele, encaixando meu rosto entre seu ombro e pescoço. – Feliz Natal, querida.
— Feliz Natal, meu amor. E feliz aniversário, de novo.
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Se quiser fazer parte da taglist, me mande uma mensagem! Taglist: @nihstyles @cachinhos-de-harry @zarry-fics @hermionebabygirl186
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imagines-1directioner · 3 months
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The Way I Loved You - with Louis Tomlinson
Situação: ex!namorado!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 1475
Sinopse: Imagine baseado na música ‘The Way I Loved You’ - Taylor Swift
N/A: Trazendo uma das minhas canções queridinhas e transformando em história! Espero que gostem e me digam o que acharam
curte e reblogue o post para me ajudar 🫶
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Ajeito meu cabelo pela quinta vez em menos de cinco minutos, sinal claro de nervosismo. Respiro fundo e fecho meus olhos, tentando conter seja lá qual fosse o sentimento que esmagava meu peito.
- Que porra tá acontecendo.. - falo sozinha enquanto chacoalho minhas mãos e pescoço na intenção de livrar a tensão do corpo. No segundo seguinte escuto a campainha e instantaneamente um sorriso brota em meus lábios pintados com um vermelho vivo e aveludado.
- Meu Deus.. como você consegue ficar mais bonita do que você já é? - o rapaz diz deslumbrado assim que abro a porta, com a bolsa já em mãos e envergonhada de certa forma. Ele sabia me deixar sem graça enchendo-me de elogios.
- Obrigada, babe. - sorrio e lhe dou um selinho rápido antes dele abraçar minha cintura, envolvendo a cabeça em meu pescoço para enfim deixar um beijo arrepiante ali.
- Que cheirosa!
- Graças ao perfume que me deu semana passada.
- Gostou dele?
- Uhum, combina comigo.
- Claro, você é perfeita. - novamente ele me tira um sorriso tímido e eu empurro-o devagar.
- Vamos embora antes que eu prefira ficar em casa com você do que ir ao aniversário da Janete.
Logan era incrível. Moreno alto, lindo, cabelo sedoso e com um aroma fantástico que eu tenho quase certeza ser o seu cheiro natural de tão perfeito que ele é. Ele é bom de papo, sensato, divertido e todas as minhas amigas solteiras têm inveja de me ver com esse homem. Estamos juntos há seis meses e é como se eu não pudesse pedir por nada melhor.
- Por favor, ‘Mademoiselle’. - assim como um cavalheiro, Logan abre a porta de seu carro para eu entrar.
- Merci, ‘Monsieur’. - sento no banco do passageiro e ele fecha a porta, dando um piscadela antes de realizar a ação.
- Sério, você está linda esta noite!
- Obrigada, amor. Você também está. - respondo o elogio acariciando seu rosto que foi comtemplado com um pequeno sorriso após meu ato carinhoso. Eu me sentia perfeitamente bem com ele.
Chegamos na casa de nossa amiga em comum cerca de dez minutos e logo nos enturmamos com os convidados que ali estavam. O jardim de sua casa nunca esteve tão cheio, e por mais que eu não conhecesse muitos dali, meus olhos fitaram uma pessoa em específica que me arrepiou dos pés à cabeça.
- Então ele realmente veio? - questiono Taylor, minha amiga mais próxima e confidente número um, enquanto meu olhar está fixo ao rapaz rindo a poucos metros de mim.
- A Jan deixou claro que ele vinha, S/A.
- Eu sei.. - suspiro fundo e bebo o final da minha cerveja. - É que sei lá.. tinha esperança dele não vir.
- Tem certeza? - ela pergunta sorrindo e eu franzo minha testa, não entendendo o que quis dizer. Ou querendo disfarçar que não sabia do que ela estava falando. - Vestida desse jeito? - a loira aponta para o meu vestido preto colado, que ia até um pouco menos que a metade da coxa, e que tinha um decote um tiquinho exagerado. Mas eu estava linda.
- Logan amou.
- E garanto que o Lou também vai.
- Para de graça, Taylor.
- Aqui está a garota mais linda do mundo! - de repente sinto alguém me abraçar por trás e sorrio quando vejo que é meu namorado. - Ela não está magnifica, Tay?
- E como! - minha amiga sorri.
- Amor, eu vou jogar uma partida de sinuca com os meninos ali na sala, tudo bem?
- Claro, meu bem.
- Não se importa de te deixar por alguns minutos?
- Vai se divertir, amor. Não nascemos grudados. - solto uma risadinha e ele ri também, dando-me um beijo na bochecha em seguida.
- Volto já. - assenti e vejo ele andando com pressa até a mesa de sinuca na sala de jantar de nossa amiga, rodeado de nossos amigos.
- Ele te ama demais, né? - confirmo arregalando os olhos. Esse amor tão forte as vezes me sufocava.
- Acho que o único defeito dele é ser tão perfeito.
- Como isso pode ser um defeito?
- Acredita que a gente não teve nenhuma discussão até agora? Ele nem mesmo sente ciúmes quando me visto assim. - dou ênfase na última frase deslizando as mãos sobre meu corpo.
- - Engraçado, você só ama aqueles que te magoam, não te dão valor.
- Ei, eu amo o Logan! - corto sua insinuação.
- Não como você amou o Louis.
- Opa, cheguei na hora certa! - atrás de mim surge uma voz familiar e milhares de borboletas adentram meu estômago.
- E eu estou de saída. - Taylor se afasta acenando, deixando-me “à sos” com meu ex namorado, de propósito obviamente.
- Posso saber por que meu nome estava no assunto de vocês?
- Nada não. - disfarço ao pegar outra cerveja no cooler azul ao meu lado.
- Tá bom.. - ele ri de forma irônica e bebe a long neck encarando-me com um sorriso cínico. - Então, já namorando?
- É sério que vai entrar nesse assunto?
- Quero ouvir da sua boca para finalmente acreditar.
- Estou. - digo de forma firme e fitando aqueles olhos azuis viciantes.
- Uau..
- Por que a surpresa?
- Porra, ainda pergunta? - Tomlinson responde de maneira indignada.
- Louis, eu não tô afim de brigar, muito menos aqui. - ele concorda e olha para os pés que percebo estar inquietos.
- Eu também não, só queria conversar, numa boa. Desculpe indagar assim. É que.. - ele suspirou nervoso e desconfortável. - Não tem nem um ano, S/N.
- E você queria o quê? Que eu ficasse todo esse tempo chorando e desiludida no fundo do poço? Minha vida pode andar sem você.
- Eu sei disso, mas ainda acho muito rápido a sua recuperação. A minha ainda nem acabou!
- Problema seu. - ser dura com ele na minha cabeça faria me sentir melhor, mas no segundo em que disse percebi que agir assim não combinava e nem me fazia bem.
- É, talvez a minha intenção de ser amigável não vai dar certo nunca. - minha consciência pesa e impeço-o de sair dali ao segurá-lo. E meu coração imediatamente acelera quando toco às mãos que me tocaram durante anos.
- Desculpa, tô na defensiva. - o rapaz assente. - Você me magoou muito, Lou.
- Não te culpo por agir assim. Sei que errei, e já pedi um milhão de desculpas.
- E eu aceitei todas elas.
- Por isso achei que estava tudo bem entre a gente.
- Desculpe.. vamos começar de novo. - olho em seus olhos e ele lança-me um sorrisinho. - Quer outra cerveja? - o moreno assentiu e então engatamos em uma conversa que durou três cervejas inteiras. Suficiente para me deixar mais a vontade e um pouco bêbada.
- Mas e aí, tá sendo bem cuidada?
- Até demais. - brinco com um tom de verdade.
- Jura?
- Ele é bem carinhoso, charmoso, cativante. - digo enquanto olhávamos Logan de longe, jogando sinuca.
- Parece mesmo.
- Ele respeita meu espaço e nunca me faz esperar. - mando uma indireta e Louis ri.
- Vai me alfinetar mesmo?
- E ele liga exatamente quando diz que vai ligar.
- Ah, qual é! Você odeia falar por ligação! - ele me arranca uma risada porque é verdade, não tenho paciência para ligações.
- De vez em quando é bom para matar a saudade.
- Quando eu viajava eu te ligava!
- Dizia que ia ligar e sempre esquecia. Não vamos mentir agora que estamos separados.
- Tá, tá, eu posso ter esquecido alguma vezes mas nunca foi por mal. - eu concordo enquanto bebo outro gole da bebida na garrafa. - E sua família gosta dele?
- Ele é bem próximo da minha mãe e fala sobre negócios com meu pai.
- Eu perguntei se eles gostam dele.
- Ainda é cedo para dizer. - Louis dá uma gargalhada vitoriosa.
- Admita, seus pais sempre me amavam.
- Até você quebrar meu coração. - o silencio predominou. Depois que o rapaz me traiu meus pais ficaram extremamente decepcionados.
- Sinto tanto por ter feito o que fiz com você.
- É, não foi nada legal… mas eu sinto falta de gritar e brigar com alguém, e depois se desculpar com um sexo de reconciliação. - ao tempo que falava memórias do que vive com Louis vinham em minha mente. - Sinto falta de fazer certas loucuras, de beijar na chuva, de sair escondido durante uma festa, de viajar de madrugada para uma praia paradisíaca. - olho para Tomlinson e vejo-o sorrir, provavelmente lembrando das cenas que comentava. - E são duas da manhã e eu estava amaldiçoando seu nome porque você esqueceu nosso aniversário de namoro, ou então porque me trocou por um jogo de futebol. - nego rindo e ele me acompanha. - Esse foi o jeito que eu te amei.
- Você só pode ser maluca em sentir saudade disso.
- Até agora estou tentando entender porque prefiro sentir que estou em uma montanha russa rápida do que não ter meu coração quebrado.
- Por que se sentia assim comigo?
- Porque você era louco, selvagem.. sinto falta disso, de viver um amor intenso. Depois do que vivi com você, o básico não me satisfaz mais.
- Então você não o ama?
- Amo.. mas não do jeito que eu te amei.
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Feedbacks são sempre bem-vindos e de extrema importância para quem escreve. Se possível, não esqueça de deixar um comentário sobre o conteúdo lido acima na ask! Adoraria saber o que achou :)
xoxo
Ju
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Take Care of Me, Please - with Louis Tomlison
Situação: namorado!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 1675
Avisos: +18; menção à sexo; menção à masturbação
Pedido de @say-narry: Juju, não sei se pedidos estão abertos, mas eu vou IMPLORAR DE JOELHOS pra minha escritora favorita quando se trata do Louis.
Faz um imagine baseado nessa foto? Louis super carente, gosta de ficar agarradinho, sendo mimado… se quiser colocar alguma coisinha pra deixar 🔥 eu aceito também, algo com ele se comparando a um bebe e quero ficar mais próximo dos nossos peitos pq olha essa cara de “mamãe, quero tete” 🔥🥺 mas por favor, faça qnd puder 🥺
N/A: Primeiramente estou muito lisonjeada pelo elogio, tks <3 Segundamente eu amo suas ideias e a sua criatividade KKKKKKKKK Não sei se ficou do jeitinho que imaginou mas espero que goste mesmo assim. Adorei criar esse imagine e tô esperando seu feedback ansiosamente 💖
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No auge dos seus trinta e um anos, adulto, pai e tio, Louis ainda se comportava como se tivesse a mesma idade de seu filho. Lesionar partes do corpo se tornou algo corriqueiro na vida de Tomlinson que, embora já fosse bem grandinho, o espírito infantil nunca deixou de habitar seu ser. E quando o álcool fazia-se presente, a combinação era, na grande maioria das vezes, perigosa.
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- Lou! - a namorada chamou assim que destrancou a fechadura da casa do cantor, já que não o encontrou nos cômodos do térreo
- Aqui no quarto! - gritou o dono da casa.
S/N deixou a pequena bolsa com algumas roupas e itens pessoais para passar o fim de semana junto ao namorado tecnicamente impossibilitado e muitíssimo carente, e dirigiu-se até a suíte no segundo andar, terceira porta à direita.
- Cheguei! - disse animada, abrindo um sorriso quando viu Louis deitado na cama, sem camisa e com o braço enfaixado devido a lesão por um brincadeira idiota com amigos, alcoolizado obviamente. A carinha de abatido era visível, fazendo o coração da garota derreter, principalmente quando o moreno correspondeu ao sorriso dela, demonstrando certo alívio quando viu sua garota.
- Graças a Deus! - o moreno realmente estava feliz e aliviado em vê-la. - Cadê suas coisas?
- Que coisas?
- Não vai dormir aqui? - questionou em um tom preocupado.
- Hum.. não sei.. - a garota decidiu brincar com ele e ignorar o fato de que ele implorou pela companhia dela por conta da carência.
- Ah, amor! - reclamou completamente chateado, sem sequer imaginar que ela estava tirando com a sua cara. - Eu te pedi pra fazer isso por mim. - fez bico. - Preciso de alguém aqui comigo até me recuperar.. eu preciso de você do meu lado. - S/N teve a sensação de que Louis choraria diante da voz trêmula, e a risadinha foi quase que inevitável, saindo da boca assim que deitou de bruços na cama.
- Meu Deus, quanto drama.
- Não é drama.. - comentou com um tom mais ameno, olhando para o chão. - Só estou com saudade.. muita saudade. - novamente fez biquinho e a garota não resistiu, selando os lábios por alguns segundos repetidamente.
- Minha bolsa está lá embaixo, Drama Queen. - respondeu entre as bitoquinhas. - Eu vou ficar contigo.
- Como é bom escutar isso. - sorriram. - Agora me dá um beijo de verdade. - o sorriso dela foi interrompido pela boca do namorado, que junto a dela foi protagonista de um beijo lento e encaixado na medida certa. - Se meu braço estivesse livre, você já estaria sem roupa.
- Melhor pararmos por aqui, porque te conhecendo bem é capaz de querer transar nesse estado. - dito isso a jovem afastou-se dele por meros centímetros mas suficiente para Louis mudar a feição.
- A parte de baixo está em perfeito estado. - a única reação que ela pôde dar foi uma risada boba e negação com a cabeça.
- Tomou café da manhã?
- Nada. - bufou frustrado. - Só levantei para ir no banheiro e com muita dificuldade escovei os dentes. - S/N riu imaginando a cena cômica de toda a performance do rapaz feita apenas com a mão esquerda. - Sério, foi horrível.
- Vou preparar algo pra você comer. - falou ao se levantar quase barrada de sua ação quando Louis segurou a mão dela, mas sem força suficiente para prendê-la.
- Agora?
- É, não está com fome?
- Estou mas.. - ele sentiu o coração apertar. Louis não era do tipo chiclete, mas quando encontrava-se em posições fora das habituais, ele se transformava em um bebê que é agarrado com a mãe. - Prefiro que fique abraçada comigo..
- Não vou demorar, prometo. - fazendo o terceiro bico do dia, o qual S/N beijou antes de deixar o quarto e ir até a cozinha preparar um sanduíche, café e uma tigela com frutas e cereal, Louis permaneceu imóvel na cama, assistindo seu seriado favorito já que ele não tinha nenhuma opção que fosse diferente dessa. Dez minutos depois a namorada voltou com uma bandeja contendo um simples mas apetitoso café da manhã para que seu namorado pudesse se alimentar. - Aqui está.
- Que tratamento de hotel cinco estrelas! - elogiou com uma piadinha que arrancou singelos sorrisos da garota.
- Tudo pra te agradar. - ele sorriu antes de morder o morango que S/N segurava próximo a boca dele.
- Sabe o que me agradaria muito? - indagou de boca cheia.
- Hum. - o pequeno início de um sorriso foi visto no canto da boca dela, esperando por uma gracinha de Tomlinson.
- Ficar colado em você o dia inteiro.
- Por que você precisa se machucar ou ficar doente para ser fofo comigo? - questionou entre risadas e dando alguns selinhos no moreno a fim de amenizar o fato dela estar criticando-o.
- Ei, eu sou fofo com você! - S/N arqueeou as sobrancelhas como se questionasse a constatação do namorado.
- É que você está extremamente fofo.
- Abstinência de você, meu amor. - justificou, dessa vez nem ele conseguiu esconder a vontade de rir, soltando uma risada gostosa de ouvir.
- Sou toda sua a partir de agora, não se preocupe. - dado mais um beijo Louis finalizou seu café com a ajuda de S/N enquanto assistiam os últimos episódios do sitcom preferido dele. Logo depois o casal passou o fim da manhã e início da tarde em uma sequência de cochilos e filmes até uma tempestade escurecer a cidade e cortar a energia de praticamente todo o bairro. - Droga.. na melhor parte do filme!
- Provavelmente deve ter sido uma árvore que caiu nos fios.
- Ou seja, vai demorar pra voltar. - ela deduziu irritada de certa forma.
- Talvez. - ele riu. - Mas pelo menos estamos juntinhos. - falou de modo fofo, virando-se para a garota e entrelaçando uma das pernas nas dela.
- Juro, nunca te vi tão carente.
- Quando preciso de cuidados fico assim.. indefeso.. - S/N não segurou a risada quase sarcástica antes de rolar os olhos. - Voltei a ser um bebezinho. E você se tornou a babá gostosa.
- É cada uma que sou obrigada a escutar.
- Com esse decote ainda por cima ficou fácil.. - fitou aquela região em específico, a qual ele gostava bastante. - Muito gostosa.
- A gente não vai transar, Louis.
- Eu disse isso?
- Mas está na intenção.
- Tudo bem, tudo bem. - deu-se por vencido. - Posso só deitar nos seus peitos e você fazer um cafunezinho em mim?
- Isso sim.. - a garota não havia enxergado maldade na situação, porém depois de uns cinco minutos acariciando os fios castanhos na cabeça de Louis, ela sentiu alguns beijos molhados e delicados no colo dos seios. E o pior é que ela estava gostando. A falta de luz, o céu escuro, barulho de chuva e estar tão perto dos seios que Louis tanto amava instigou o moreno e o que eram apenas beijinhos viraram chupões, mordidas e mão boba massageando, ainda por cima do cropped, os seios da namorada.. - Babe, por favor .. - pediu em uma mistura de risos com gemidos.
- O que foi? - a pergunta saiu quase como sussurro. - Não ta gostando?
- Pelo contrário.. - lambeu e mordeu o lábio inferior.
- Então tira esse top e deixa eu brincar um pouquinho com você.. - dificílimo seria vencer um pedido do namorado e negar o clima gerado sobre as quatro paredes. Sendo assim ela obedeceu e Louis já animado abocanhou um dos seios, chupando-o e mordiscando o bico do peito dela fazendo a garota gemer mais alto e umedecer a intimidade sem demora. - Você é tão gostosa.. puta merda, S/N.
- Amor.. não é uma boa ideia continuarmos nessa.
- Por que?
- Porque eu vou querer sentar em você.. - ela tentava ao máximo se controlar e mandar a vontade sexual embora.
- A gente pode se divertir sem sexo.. - já Louis provocava a garota pois sabia que em algum momento ela cederia, por isso continuou dando atenção aos seios, deixando marcas enquanto massageava e chupava-os. Os gemidos dela traziam o tesão à tona que o rapaz não estava aguentando ser torturado daquele jeito. Por um segundo Louis até pensou em jogar a tipóia para o alto e agarrar a mulher, mas ele sabia que nem se conseguisse poderia fazer isso. O braço estava imobilizado de tal forma que o moreno precisaria de ajuda para se livrar dos apetrechos no braço. Diante de todas as circunstâncias, Tomlinson precisou pedir algo a namorada que só ela daria a ele. - Bate uma pra mim, bae..
- O quê? - ela tinha escutado, mas resolveu perguntar para entender se realmente não estava delirando.
- Bate uma punheta pra mim.. - a voz rouca e sussurrada fez ela ficar mais molhada. - Preciso da sua ajuda.. tipo muito mesmo.. - S/N riu sapeca ao encarrar a parte de baixo incrivelmente volumosa que até se surpreendeu. Sendo assim, como a boa namorada levou a mão devagar ao pau completamente duro do namorado e apertou lentamente, ainda coberto pela calça de moletom. Obviamente Louis gemeu. Um gemido prazerosao que o fez fechar os olhos e inclinar a cabeça para trás. Ele estava com muito tensão e a namorada estava disposta a atender o desejo dele, porém quando foi baixar o cós da peça de roupa a luz retornou imediatamente, ligando a televisão e a as luzes já acesas antes da energia ser cortada. - Porra! - Louis reclamou alto e a garota riu na mesma altura devido ao time dos últimos acontecimentos serem perfeitos, observando toda a cena e de fato interrompesse. - Você não vai me deixar na mão né?
- Isso com certeza foi um sinal para pararmos. - comentou ainda rindo enquanto vestia o cropped. - Pode piorar seu braço.
- Não vai, tenho certeza que não vai.
- Nós vamos nos empolgar, babe.
- E como eu fico? - indagou indignado.
- Seu braço esquerdo está muito bem.. - sugeriu entre risos.
- Eu sou destro, S/N! Vai negar um pedido de um pobre doente?
- Voce não está doente.
- Estou sim.. estou em abstinência, carência, ossos quebrados..
- E o que você quer que eu faça?
- Desliga as luzes, apaga a tv e me deixa gozar com você no comando.
- Para um doente você está muito safado.
- Meu remédio está nas suas mãos.. literalmente. - a garota gargalhou e como sempre não resistiu à tentação de ter Louis Tomlinson como seu namorado.
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Ju
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imagines-1directioner · 11 months
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Don’t Give Up On Me - with Louis Tomlison
Situação: marido!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 2583
Avisos: uso e menção de drogas ilícitas; linguagem imprópria
Sinopse: S/N, uma médica dedicada e responsável, devido a rotina difícil entra para o mundo das drogas e aos poucos destrói seu relacionamento com o marido Louis, que tenta de tudo para salvar sua amada até suas forças esgotarem.
N/A: A história da vez é um pouco diferente das habituais que posto aqui. Um drama deveras pesado. Espero que gostem e me digam o que acharam e se curtem esse tipo de formato mais dramático para que eu traga com maior frequência.
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Meu dia havia sido péssimo, pra não dizer terrível. Hospital permaneceu lotado desde o momento em que botei os pés aqui dentro. Pacientes não paravam de chegar, cirurgias de emergência complexas, e como se esse estresse rotineiro não bastasse, perdi um garotinho de oito anos, que tinha a vida inteira pela frente. Saí literalmente acabada do plantão. A exaustão era tanto física quanto psicológica. Meu corpo precisava relaxar. E mesmo que todos os meus pensamentos tentassem ao máximo evitar o que meu cérebro maluco desejava, eu não consegui evitar e nem fui forte o suficiente para mandar em mim mesma.
Já dentro do carro abri minha bolsa azul, peguei a necessaire preta que carregava comigo todos os dias e desesperadamente, como se o oxigênio no local não fosse o bastante para meus pulmões - e realmente não era pra mim - abri o zíper do objeto e procurei o saquinho com três compridos moídos de Diazepam. A pressa era tanta que sequer montei uma carreirinha, logo levei ao nariz um punhado pelas pontas dos dedos, inalando o pó branco até meus olhos se fecharem, meu coração desacelerar e os alvéolos pulmonares descolarem, entrando oxigênio e outras substâncias que eu sabia que estavam acabando comigo.
Foi só depois da terceira cheirada em menos de dez minutos que percebi a merda que estava fazendo… de novo. De imediato meu corpo fraquejou e o choro alto veio sem nem pedir licença. Batia no volante incessantemente, com raiva e ódio de mim mesma pela segunda recaída essa semana.
Os efeitos da droga estavam se intensificando, mas ainda sim pude visualizar a foto do meu marido no visor do celular vibrando em cima do banco do passageiro.
- Merda.. - devagar passei as mãos pelo rosto na intenção de me acalmar e recuperar a sanidade para então ter coragem de atender a ligação. Relutei durante vinte segundos que na minha cabeça duraram horas, e após coçar a cabeça peguei o aparelho e apertei o botão verde. - Oi amor.
- Oi babe, onde você está? - sua voz estava cansada e sonolenta, provavelmente pelo horário.
- Eu.. - funguei, passando a mão pelo nariz ardendo. - Eu tô indo pra casa. - Louis permaneceu em silêncio. Ali percebi que ele havia sacado tudo. Forcei o fechamento dos olhos e mordi o lábio inferior segurando o choro.
- S/N.. você não pode dirigir assim.
- Eu.. - minha voz falhou por conta das lágrimas. - Eu vou esperar passar.
- Tô indo te buscar. - falou decidido após bufar.
- Não precisa, Lou.
- Não ouse sair daí, ou eu chamo seu pai. - ele sequer esperou eu dizer alguma coisa e desligou a ligação.
- Porra!! - esbravejei, esmurrando o banco ao meu lado direito. Tentei ao máximo permanecer no carro até meu marido chegar mas sentia a sensação eletrizante correr nas veias. Travei meu maxilar e respirei fundo, tão fundo que por um segundo delirei estar cheirando cocaína de novo. Meu pé esquerdo mexia-se sem parar e eu já estava com as unhas das mãos quase sangrado de tanto que roía. O espaço do carro parecia diminuir a cada momento a mais que permanecia ali dentro e a sensação de claustrofobia aumentava. Taquicardia veio na sequência. Meu corpo pedia, ou melhor, implorava por mais um teko, e a maneira que tive para escapar daquela angústia absurda era saindo do carro. Abandonei o automóvel com a porta aberta e caminhei até o capô, apoiando-me nele com as duas mãos em cima da lataria prata e tentando controlar minha respiração. Os sintomas anteriores triplicaram e a fraqueza se apossou de mim fazendo com que me escorasse sobre o pneu dianteiro com uma tremenda falta de ar. O aperto no peito tornou-se gigantesco e por alguns segundos meu cérebro apagou, e eu voltei somente com Louis batendo no meu rosto de leve, ajoelhado ao meu lado, dizendo meu nome.
- Você consegue levantar?
- Não.. - choraminguei enquanto ele tentava me reerguer, já que eu estava completamente mole. Sem saber como ele havia conseguido me levar até o meu carro, deixando-me no banco do passageiro, ainda atordoada pela substância e já sentindo falta dela ao mesmo tempo, pude observar meu esposo no banco do motorista, nos tirando do estacionamento do hospital.
- Quanto você usou?
- Só uma vez. - menti.
- Impossível. - suspirei fundo e me encostei na porta. Ele me conhecia.
- Cheirei três.. três vezes. - falei com dificuldade. Minha visão era baixa mas eu podia visualizar o desapontamento por eu não ter conseguido ficar sem essa droga. Agora o tempo estava passando depressa demais e quando me dei conta já estava subindo para o nosso apartamento.
- Você precisa de um banho. - disse sério ao me deixar na cama e ir em direção ao banheiro ligar o chuveiro.
- Tudo bem. - suspirei. - Só vou pegar um copo de água na cozinha. - Louis assentiu e eu caminhei devagar até o cômodo. Chegando lá procurei com os olhos a minha bolsa, mais especificamente a necessaire preta, vendo-a em cima da mesa de jantar. Com tamanha rapidez tirei tudo de dentro da bolsinha na intenção de terminar o pacotinho contendo pó mas ele não estava ali. - Cassete! - o desespero bateu imediatamente, fazendo-me correr até o armário da cozinha, terceira prateleira na parte superior do móvel. Com ajuda da cadeira, subindo nela, peguei a caixinha redonda de metal com alguns comprimidos extras e que escondi há duas semanas para situações de emergência. Rapidamente peguei quatro daqueles círculos brancos e esmaguei na bancada de mármore usando um copo de vidro. Porém antes que eu aproximasse a cabeça dali para inalar Louis passou a mão e a carreirinha se desfez no ar.
- Você não vai cheirar mais essa merda, tá me ouvindo? - ele gritou bravo.
- Não!! Por que fez isso? - questionei indignada. - Por que você me odeia?
- Te odeio? Eu te odeio? - soou irônico. - É você quem se odeia por insistir nessa porra e me levar junto para o buraco.
- Eu preciso disso, Louis!
- Não, você não precisa.
- Por favor!! - comecei a chorar desesperada, sentindo os indícios da abstinência retornando aos poucos.
- Chega, S/N! Chega! - fora de controle me joguei no chão e as dores tomaram conta de todos os meus órgãos e músculos. Sentia um aperto monstruoso ao ponto de me contorcer enquanto chorava. - Eu não aguento mais! - os sentimentos horripilantes eram tão fortes que não via Louis, até porque estava deitada de costas para ele, mas pelo estrondo, que eu suponho ter sido de sua mão na mesa, Tomlinson estava puto, e com razão. - Você não quer ser internada, e tudo bem! Você já é maior de idade, sabe o que fazer da vida, ou pelo menos deveria saber. Parou de frequentar o NA porque teoricamente estava bem, mas está nítido que mentiu pra mim e pra sua família só para usar essa porcaria que te derruba, que virou uma dependência para que você consiga viver! Eu não posso ir atrás de você toda vez que faz merda! Isso está me desgastando! - agora era ele quem chorava, e meu coração acelerado sentiu o impacto do que meu vício causava nas pessoas ao meu redor.
- Eu não tenho escolha… é mais forte que eu. - tentei me defender mas tudo o que sentia e fazia não me deu credibilidade nenhuma. - Lou, só um pouco.. eu tô passando mal. - com o mínimo de consciência que me restava e a pouquíssima força muscular consegui me manter sentada e encarrar Louis a poucos metros de mim, de costas com uma mão na cintura e a outra na cabeça.
- Não! - gritou ainda sem olhar pra mim.
- Por favor, Louis! - esbravejei perdendo todo o poder sobre a minha pessoa.
- Foda-se! - virou-se para mim. - Quer saber? Você decide! Sou eu ou a cocaína! - sinceramente eu não tinha condições de decidir, mas entendi o quão sério aquela frase foi dita. O quão intensa e verdadeira aquela constatação foi feita. Meu juízo estava alterado, no entanto, no fundo de mim, no fundo da minha alma, eu sabia que não conseguiria sair dessa sem o Louis. - Então me dá um pouco do ansiolítico em gota.. tá no banheiro.
- Eu não vou participar da sua destruição e nem deixar que você faça isso.
- Eu preciso de alguma coisa senão eu vou morrer, caralho!!
- Sim, você vai morrer se cheirar mais um pouco dessa merda! - Louis sacudiu o pequeno plástico que eu estava procurando com o pouco pó dentro da embalagem transparente bem perto do meu rosto e no impulso arranquei de sua mão, correndo em direção ao banheiro o mais rápido que pude.
- Puta que pariu! Volta aqui, S/N! - escutei ele correndo atrás de mim e no segundo que ia fechar a porta o moreno agarrou meu braço e me puxou pra fora. - Me devolve essa porra!
- Para, inferno! - rebatia-me para de alguma forma escapar de sua força porém de nada adiantou. Eu não tinha controle sobre meu próprio corpo e Louis conseguiu pegar o saquinho de novo, jogando na privada e dando descarga.
- Tá impossível, cara! Impossível conviver com você! - as palavras doeram e aumentaram a dor que eu sentia dentro de mim. Dor física e psicológica. Uma cascata desastrosa sendo derramada sobre meu corpo e mente fraca. Quando ele era duro comigo, retomava minha consciência por alguns segundos e enxergava, ainda que com dificuldade, a realidade perturbadora que estava inserida.
- Desculpa.. - desabei em meio a lágrimas enquanto me escorava na porta de madeira amarronzada. - Me desculpa por tudo.. - minha cabeça latejou quando encostei a bunda no chão, provavelmente pelos meus músculos relaxarem e meu corpo voltar a se dar conta da falta da substância percorrendo o organismo. - Eu tô.. tô exausta.. fodida..
- Você precisa de carinho, e não de drogas, amor. - meu choro aumentava assim como a falta de percepção e nem percebi que ele sentou ao meu lado e devagar trazia-me para deitar a cabeça em suas coxas. - Me deixa cuidar de você, S/A.. - sua voz falhou, possivelmente por conta do choro. O moreno acariciava meu rosto e desembaraçava os fios do meu cabelo um a um, tentando me acalmar. Felizmente estava funcionando até de repente tudo se apagar.
Mesmo de olhos fechados senti a claridade do sol entrar no cômodo quando a cortina foi aberta. Amanheci em casa e eu não lembrava como havia ido parar lá.
- Como vim parar aqui? - perguntei receosa e com muita vergonha após me sentar na came e ver Louis na sacada. Ele preferia encarar o chão do que a mim.
- Tive que te buscar no estacionamento do hospital. - respondeu seco. - Você tinha cheirado e surtou quando chegamos. - eu queria me enfiar em um buraco e nunca mais sair. Aos poucos as lembranças foram refrescando a memória e cada recordação a vontade de sumir engrandecia.
- Perdão, Lou. - ele não disse nada, apenas me olhou com os olhos marejados e frios. - Eu vou fazer um café pra gente e..
- Pra mim deu. - meu corpo gelou.
- O quê? - atônita tentei engolir o choro mas meus lábios tremiam.
- Eu não aguento mais, S/N. Você é médica, sabe muito bem as consequências dos seus próprios atos e mesmo assim vive uma hipocrisia que vai te matar. - derramou o que estava engasgado. - Você salva vidas e está destruindo a sua! Destruindo a minha vida! - dessa vez fui eu quem desviou o olhar. Me faltou coragem para encarar o que escutava. - Você não tem noção de como ontem foi difícil. Muito difícil. - levou as mãos até os olhos, esfregando-os devagar. - Se você quer se destruir, faça isso sozinha.
- Não desiste de mim. - pedi com a voz trêmula, levantando da cama e ficando próxima a ele como se fosse - e realmente era - minha última esperança de reviver meu relacionamento. - Não vou conseguir sem você.
- Eu estive o tempo todo ao seu lado e você também não conseguiu. - engoli a verdade dolorosa e permaneci calada, com o choro preso na garganta. Estava em uma sinuca de bico, tendo que mais uma vez decidir entre duas coisas que eu precisava para sobreviver. Em um lapso pude relembrar toda a minha história ao lado do amor da minha vida. Todas as vezes que ele me fez feliz, me ajudou, esteve ao meu lado. Ele era meu porto seguro. E apesar do que ele ter dito ser real, sem Louis eu morreria em pouquíssimo tempo.
- Então me leva pra clínica.. - foi difícil, mas consegui decidir por consideração a nossa vida juntos. Uma resposta quase que equivocada como uma forma de resgatar o que eu estava perdendo. - Se for para não te ter, quero me internar. Porque sei que se continuar nessa sem você, eu definitivamente vou me acabar. - a fungada no nariz foi uma tentativa de disfarçar a vontade tremenda de chorar, mas completamente em vão pois meus olhos cheios d’água mostravam a tristeza nua e crua ser invadida a cada movimento meu. - Me leva até a clínica que fomos da última vez?
- Levo.. claro que eu levo. - Louis também tinha os olhos chorosos e a voz embargada. Ver ele assim acabava comigo. - Te levo como amigo que se preocupa, porque é só isso que posso ser pra você.
Quatro meses depois..
- Oi.. meu nome é S/N. Eu sou médica de emergência e cirurgiã geral, e hoje faz quatro meses, duas semanas e cinco dias que estou limpa. - abri um sorriso entre a roda daqueles que convivi durante quase meio ano dentro da clínica de reabilitação e recebi uma salva de palmas dos meus companheiros e felicitações tão sinceras que me emocionaram. - Hoje é meu último dia na clínica. - o alívio percorreu minha espinha e um sorriso sereno surgiu em meus lábios. - Esse tempo aqui foi essencial pra mim e com certeza pra minha família. Eu sou uma nova pessoa. E não falo isso da boca para fora. Eu sinto isso. Sinto no meu corpo, na minha mente, na minha alma. A droga destruiu quem eu era, destruiu quem eu amava, me fez conhecer uma versão de mim que eu nunca seria. Mas hoje consigo entender e enxergar que a recuperação é algo possível e que eu venci o que estava me matando. Ainda tenho pela frente um longo processo de adaptação a vida normal mas eu virei ao NA pelo menos duas vezes na semana até que esteja pronta para viver a minha vida de novo. Obrigada! - mais palmas preencheram a acústica do lugar e depois de me despedir da equipe de enfermagem, dos médicos que cuidaram de mim e dos pacientes que viraram meus amigos encontrei minha família na recepção me esperando, de braços abertos. Fiquei extremamente feliz em vê-los e finalmente poder sair com eles. Entretanto somente a minha família estava ali. Não havia nenhum sinal dele. Eu sabia que seria difícil mas tinha uma pontinha de esperança que Louis estaria ali, me esperando para recomeçarmos. Era isso. Nosso relacionamento tinha acabado de vez, e a única e exclusiva culpada era a S/N viciada. Após abraçar meus familiares e trocarmos algumas palavras de carinho fomos até a porta da frente. Quando a porta automática da clínica se abriu, consegui ver a uma certa distância de nós um homem segurando um buquê de flores coloridas. Meu coração começou a palpitar e a medida que a imagem ficava mais nítida enquanto andava podia sentir as lágrimas se formando no canto dos olhos.
- Você veio.. - disse com a voz trêmula e coração transbordando quando a distância não era mais um problema e conseguia visualizar a minha primeira e única paixão da vida vir ao meu encontro após tanto tempo longe.
- Bem vinda de volta, minha S/N.
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Ju
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CUFF IT - with Louis Tomlinson
Situação: namorado!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 3860
Avisos: +18; linguagem imprópria; conteúdo sexual explícito; masturbação
Sinopse: Imagine baseado na música ‘CUFF IT’ - Beyoncé
N/A: mais um imagine baseado em música pra vocês curtirem e mais uma famosinha do tiktok hahaha. estou viciada nessa música e resolvi utilizar o vício para trazer conteúdo pra cá. espero que gostem do resultado e me digam na ask o que acharam. feedback de vocês é de extrema importância. tenham uma boa leitura ❤️
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A casa de Lottie estava parecendo mais uma boate do que um lugar onde pessoas moram. Todos os móveis que eu me recordava fazer parte da mobília na sala foram embora, e o cômodo ficou ainda maior, formando uma pista de dança com direito a globo espelhado no teto e muitos holofotes de luzes coloridas iluminando as pessoas enquanto a música comandada por um dj rolava solta.
Nós havíamos entrado pelo jardim, já que a porta da frente estava trancada para que ninguém invadisse a festa de aniversário que muito provavelmente iria longe.
Na parte de trás da casa estavam algumas cadeiras, poltronas e mesas para a galera que não quisesse ficar lá dentro pudesse curtir do mesmo jeito. Ainda na área verde existia um bar, com três barmens fazendo drinks e mais drinks sem parar. Com toda certeza a festa iria até o amanhecer.
- Ela fez jus quando disse que seria “a festa”. - comentei ao meu namorado, de mãos dadas a ele enquanto adentrávamos ao jardim com algumas pessoas.
- Os Tomlinson sabem como dar uma festa, querida. - disse orgulhoso e eu ri. - Quer uma bebida?
- Claro. - Louis me deu um selinho rápido e foi até o bar pegar algo para tomarmos e eu me sentei em uma das poltronas dispersas pelo gramado. Minutos depois o moreno volta com dois drinks dentro da casca de abacaxi, deduzindo ser pinã colada. - Uau!
- Tá uma delícia! - Louis me entregou a bebida e sentou-se no banquinho ao meu lado. Terminamos o drink enquanto fofocávamos sobre algumas pessoas da festa, as quais foram amigas de Louis na época da escola, e na metade do segundo resolvemos ir para a pista de dança, encontrando a aniversariante completamente feliz, tanto pela euforia da festa quanto pelo álcool no organismo.
- Que bom ver vocês! - Lottie abriu os braços e nos abraçou simultaneamente entre risadas.
- A festa está incrível, Lottie! - comentei mas ela não escutou devido a música alta.
- O quê?
- A festa!
- A testa? - sua confusão me fez rir e eu apenas desisti de falar, neguando com a cabeça para ela deixar o assunto pra lá.
- Você está comendo, garota? - o irmão mais velho entrou em ação. - Minha fase de ser sua babá já passou.
- Tá tudo sob controle.
- Lottie…
- Relaxa, cara! Curte aí com a S/A e seja feliz! - ela sorriu e deixou um beijo na bochecha do irmão. - Eu te amo!
- Também te amo! - a garota nem esperou Louis responder e saiu saltitando entre as pessoas, feliz da vida.
- Você ouviu sua irmã. - dei a deixa perfeita e devagar o puxei pela mão, trazendo-o para a pista de dança. Louis soltou uma gargalhada fofa e divertida e então começamos a curtir a noite com muita dança, vodka e pegação. Depois do terceiro drink não nos importávamos em nos beijarmos em público. As mãos bobas também não foram problemas, e a cada pegada forte que Louis deixava em minha bunda, meus pelos levantavam e o calor transcendia meu corpo.
- Eu sinto que estou me apaixonando. - disse ao pé do ouvido, aproveitando que estávamos grudados, movimentando o corpo com a batida da música.
- Por mim?
- Óbvio.
- Pensei que já estivesse apaixonada por mim. - deixou um beijo molhado em meu pescoço.
- Estou me apaixonando de novo. - dessa vez falei olhando diretamente para ele e mordi o lábio debaixo ao encarar sua boca carnuda. O álcool sempre me deixava mais safada.
- E o que você quer que eu faça?
- Me deixa te amar.. te amar por horas e horas.. - pude escutar Louis rir e me puxar para um abraço pela cintura, encaixando a cabeça na curva do meu pescoço e então mordiscar o nódulo da minha orelha.
- Preciso que seja mais clara, meu amor..
- Estou com vontade de foder. - sussurrei em seu ouvido e lambi a região entre o meio do pescoço até o pontinha da orelha. Imediatamente senti ele arrepiando-se por inteiro quando minhas mãos passaram pelos braços tatuados.
- Acho que você bebeu demais. - comentou entre risadinhas.
- Não! Inclusive eu preciso de mais uma bebida no meu copo. - falei enquanto sacudia o copo de plástico vazio.
- Você está muito animadinha pro meu gosto.
- E você não gosta? - provoquei pressionando meu corpo contra o dele. Louis apenas riu e virou a cabeça para o lado, evitando me encarar. Ele estava sem graça mas ao mesmo tempo gostava de como eu o instigava.
- Gosto..
- Então.. - com delicadeza, coloquei minhas mãos por dentro da camisa preta que ele vestia e arranhei de leve suas costas. O moreno passou a língua pelos lábios - bem devagar e muito sensual - quando sentiu minha provocação física. Mesmo que não demonstrasse, meu corpo fraquejou naquele momento em específico. - Eu quero sumir, amor.. não estou me sentindo bem. - apesar de estar um pouco bêbada, sabia exatamente o que estava fazendo. E Louis parecia gostar da minha graça. - Preciso de uma receita médica.
- Receita médica. - ele repetiu entre risos. - Essa é nova.
- E só você pode me dar isso.
- E o que você quer?
- Eu quero ir mais alto. - respondi, dando-lhe um selinho calmo e sexy, mas que acabou virando um beijo de tirar o fôlego, visto que ele não aguentou a pressão de ser provocado por pouquíssimos minutos. Meu namorado me agarrou sem mais nem menos e praticamente levantou minha saia jeans enquanto apertava minha bunda já por baixo da calcinha. Aquilo foi suficiente para deixar a minha vontade ainda mais explícita. - Posso me sentar em cima de você? - a pergunta feita do modo mais sedutor que consegui deixou Louis surpreso, fazendo-o levantar as sobrancelhas e rir, quase sem acreditar no que disse.
- Vamos embora antes que eu goze aqui mesmo. - satisfeita, esbocei um sorriso enorme e dei as mãos para meu namorado, que nos levou até o carro, no fim da rua da casa da irmã.
Já era de madrugada. A rua estava vazia e silenciosa. Se eu não estivesse bêbada e com muito tesão, diria para Louis que aquele lugar era muito perigoso para estarmos estacionados. Mas como meu estado era completamente oposto, não liguei para nada e assim que entramos no carro o moreno puxou a alavanca embaixo do banco do motorista, levando-o para trás e me puxou pela cintura dizendo um ´vem cá’ mais sexy que já escutei.
Os beijos ainda na casa de Lottie foram intensos, mas nada comparado aos do carro. A ´privacidade´nos causou mais fogo, sendo refletido no beijo gostoso e caloroso, em que línguas rodopiavam e atingiam cantos específicos que alteravam o gosto daquele prazer. De vez em quando Tomlinson puxava meu lábio e apertava minhas coxas, fazendo-me suspirar. Suas mãos na parte de trás do meu cabelo instigavam-me de uma maneira diferente e quando seus dedos enrolavam nos fios, dando intensidade ao beijo e sua cintura era propositalmente inclinada para frente, com o intuito claro de eu sentir sua ereção, minha calcinha ficava mais molhada.
- Me provoca que eu estou adorando.. - disse após pararmos beijo a fim de recuperar o fôlego, enquanto Louis se aproveitava do meu pescoço com beijos molhados e chupões que faziam meu corpo tremer. - Eu quero ir aonde ninguém esteve.
- Você já se divertiu assim antes? - ele tinha os olhos presos nos meus e nossos lábios estavam a poucos centimetros, sendo involuntariamente roçados um no outro no mesmo segundo que senti sua mão passar calmamente pela minha intimidade, ainda coberta pela calcinha, já que a minha saia não estava na posição que deveria estar.
- Oh sim.. - meu sorriso sapeca e olhos fechados entregaram como aquela carícias lá embaixo estavam sendo boas. - Eu sempre me divirto quando é com voce, meu amor.
- Você quer mesmo foder né? - assenti rindo e logo puxei o moreno para outro beijo, mantendo sua mão onde estava. - Consigo sentir você molhada sem nem ter tirado a sua calcinha.
- Pra você ter noção do quanto eu quero sentir seu pau em mim.
- Vou te dar um gostinho de como vai ser a nossa noite. - Louis colocou minha roupa íntima para o lado e senti o dedo médio estimular o clitóris suficientemente para eu gemer baixo. - Nós vamos foder essa noite, com as luzes apagadas.. vou te deixar tão louca que você vai flutuar. - os movimentos aceleraram e Louis enfiou um dedo. - Eu quero ir tão fundo dentro de você só pra te escutar gemer alto.. tão alto que vou ser obrigado a calar sua boca com a minha. - era inacreditável como ele sabia muito bem me provocar, tanto com palavras quanto com atitudes. A medida que sua voz aveludada era escutada pelos meus ouvidos, o dedo saia e entrava com uma facilidade tremenda, até que o segundo entrou e os músculos do meu corpo contraíram, levando minha cabeça para trás entre um gemido.
- Deixa eu lambuzar seus dedos.
- Eu tô tão duro só por sentir você melada. - eu não sabia ao certo o que ele fazia lá embaixo, mas estava muito gostoso para eu pedir que ele parasse. Mesmo tendo os dois dedos me fodendo, meu namorado não achou o bastante e resolveu colocar o polegar, esfregando meu clitóris de uma maneira maravilhosa.
- Caralho, Louis.. que porra você tá fazendo comigo.
- Quero fazer você gozar na minha mão.
- Não para.. não para que eu vou gozar. - minha respiração estava descompassada, meu corpo sentia o orgasmo vindo e quando ele aumentou a intensidade do polegar enquanto movimentava os dedos dentro de mim, meu corpo sentiu o impacto do ápice e eu literalmente gozei na mão dele. - Caralho!
- Isso, meu amor.. mela meus dedos. - arqueei minhas costas um pouco para baixo e retomei o ritmo da minha respiração. No segundo seguinte que voltei minha postura anterior, pude observar o sorriso sapeca do moreno e nem pensar muito o beijei com vontade, porém mantendo a calma. Ainda tendo os lábios nos meus senti ele tirando os dedos de mim e para minha surpresa, quando afastei devagar nossos rostos, Louis levou os dois dedos até a boca e os chupou, olhando diretamente para mim. Eu estava boquiaberta com aquela cena pecaminosa e sexy de um jeito que eu nunca imaginei. Vê-lo sentindo o meu gosto com aqueles olhos azuis vidrados nos meus enquanto lambia os dedos de forma sedutora fez o tesão retornar ao meu corpo em um piscar de olhos. - Você é deliciosa. - eu suspirei.
- Puta que pariu, Louis.. me chupa desse jeito antes de irmos pra casa.. - ele negou com uma risadinha.
- Primeiro eu vou te comer. - sedutor e safado ele sorriu, chupou o polegar e bateu de leve em minha bunda para que voltasse ao banco do passageiro para que ele pudesse dirigir.
- Aposto que você vai longe.
- Vou até quando você aguentar.
- Do jeito que estou com tesão, vamos transar até de manhã.
- Assim que eu gosto. - esboçou uma risadinha e voltou a atenção a rua, já que estávamos perto de sua casa.
- Aposto que você verá estrelas hoje. - sua feição pareceu gostar da ideia. - Aposto que você vai elevar e vai encontrar Deus.
- Uau.. você vai me matar com a sua sentada? Porque vai ser o melhor jeito de morrer.
- Quero que você delire por mim.
- Isso eu faço todo dia. - com o carro estacionado a garagem, Louis me beijou rapidamente e saímos do carro para finalmente entrarmos em casa.
Nós estávamos com tanta pressa que sequer esperamos subir para o quarto. Louis me agarrou por trás enquanto eu trancava a porta e nem tentei resistir aos beijos e apertos que ele deixava em meu corpo. Eu estava tão sedenta quanto ele.
- Você quer transar no sofá?
- Não.. - respondeu entre um beijo e outro.
- Então por que me agarrou?
- Não me contive quando vi sua bunda maravilhosa me encarando.. - uma risada saiu de minha boca e um sorriso malioso pairou os lábios de meu namorado, continuando com os selinhos. - Vamos subir?
- Agora. - com o braço direito - e uma pegada surreal - Louis envolveu minha cintura e me pôs no colo. Dei um gritinho de alegria misturado com surpresa e aproveitei para beijar, morder e lamber o pescoço daquele homem cheiroso. Muito cheiroso.
Ao chegarmos no quarto escuro, o moreno me jogou na cama e foi em direção aos dois abajures em cima das mesinhas de cabiceira, uma em cada lado da cama king size.
- Sabe.. - ele começou, ligando o primeiro abajur. - Já que estamos mais safados que o normal.. - deu a volta na cama e percebi que ele já desabotoava a camisa preta que vestia. - Eu tenho alguns brinquedinhos que comprei há algumas semanas.. - ligou o segundo abajur. - Acho que é uma boa ideia estreiarmos eles hoje. - as pausas entre as falas, em conjunto com o ar erótico do ambiente e principalmente seus olhos azuis em contato com meus me fez sentir um frio na espinha, visualizando a cara extremamente sedutora dele, olhando fixamente para mim.
- Eu acho que é uma ótima ideia. - Louis sorriu satisfeito.
- Não sai daqui.
- Nem se eu quisesse, meu amor. - o moreno foi até o closet e para adiantarmos retirei minha saia e a blusa que compunha meu look, ficando apenas com a minha lingire preta. Poucos minutos depois Louis voltou com uma caixa vermelha em mãos e eu arqueei as sobrancelhas. - Pelo visto você comprou bastante coisa.
- E foram todas pensando em você. - era incrível como ele sabia me deixar sem graça e com muito tesão usando poucas palavras. Sua feição fazia esse trabalho por si só.
- O que temos aí? - Tomlinson abriu a caixa a tirou um vibrador roxo, uma algema peluciada preta, um lubrificante e um gel comestível.
- O roxinho foi especialmente pra você, bae. - embora o presente tivesse sido comprado com intuitos sexuais, a fala de Louis saiu de modo tão fofinho, além do gesto também ter sido meigo já que ele pensou em mim diante de uma situação que pouco são os homens que se impotam com o prazer da parceira. Diante desse contexto eu não aguentei e puxei o rapaz para um beijo apaixonante dessa vez.
- Obrigada por pensar em mim..
- Eu sempre penso em você.. e quero que a partir de agora você sempre sinta o prazer na mesma intensidade que eu. - terminou com um selinho. - Porque eu sei que não te sastifaço toda vez.
- Satisfaz sim, amor.
- Não do jeito que você merece. - sorri apaixonada e roubei mais um selinho. - Comprei para você usar sozinha também, tá? - soltei uma risadinha.
- Mas hoje quero usar com você.
- Seu desejo é uma ordem. - dado um sorriso de tirar o fôlego, Louis me beijou com calma porém em menos de cinco minutos o beijo já estava em outro patamar. Quando me dei conta, ele já estava com o vibrador na mão e ligado, pressioando em minha intimidade já sem calcinha. Um gemido escapou dos meus lábios e meus olhos fecharam. Aquilo estava bom demais e quando o moreno voltou com o beijo quente, eu agradeci mentalmente por estar imersa naquele cenário. - Tá gostoso?
- Muito..
- É? - questionou baixo e beijou meu pescoço.
- Uhum..
- Você tá toda arrepiada.. e tô complemente duro.
- Tira logo essa roupa pra eu sentir seu corpo no meu. - o moreno deu uma risadinha e se afastou de mim, ficando em pé.
- Posso te pedir um favor?
- Quantos você quiser.
- Se masturba com o vibrador olhando pra mim.. - aquele não foi um pedido qualquer. Foi o pedido mais sensual que eu já ouvi. A voz que ele usou, além do modo como Louis me olhava enquanto desafivelava o cinto foi um combo perfeito para meu segundo orgarmo sair. Eu sequer tive forças para respondê-lo, então logo posicionei o vibrador no meu clitóris. Imediatamente gemi e levantei um pouco as costas do colchão. Eu não queria fechar os olhos. Meu namorado estava tirando a roupa na minha frente de uma menira hiper sensual enquanto me observava da cabeça aos pés, mordendo os lábios. Eu não deixaria de perder essa cena enlouquecedora. - Porra, S/N.. por que eu não te pedi para fazer isso antes. - somente de cueca, Louis apertou o membro marcado na roupa intíma. Que estava bem marcado por sinal. Algo fantásitco de se ver.
- Se masturba pra mim também, amor.. por favor.. - meu pedido saiu entre gemidos e não aguantei a pressão lá embaixo quando a vibração se tornou perfeita e meus olhos fecharam-se involuntariamente. Quando abri, Louis já estava com o pênis pulsante na mão. Ele pegou um pouco de lubrificante e espalhou pelo membro inteiro sem tirar os olhos de mim. Aquela cena estava me dando tanto tesão que a cada segundo eu ficava mais molhada e curtia as sensações que o brinquedinho e o meu namorado me causavam. O combo que presenciava era de outro mundo. Louis com aquele corpo bronzeado, repleto de tatuagens e com a mão direita indo e voltando sobre o pênis duro se tornou a minha cena favorita. Ele estava curtindo o momento e percebi isso quando soltou o primeiro gemido baixo, tão gostoso de ouvir. Meu corpo arrepiou-se por inteiro. Por alguns segundos me peguei extremamente focada nele que deixava o vibrador de lado, já que a atração na minha frente era mil vezes mais interessante. Louis tinha esse poder sobre mim. Passado alguns minutos, identifiquei que ele estava tão excitando quanto eu e observá-lo batendo uma punheta, me olhando do jeito que ele me olhava estava sendo demais para mim. - O que está acontecendo entre essas quatro paredes? - perguntei mais pra mim mesma do que pra ele, que riu baixo. - Você é tão sexy, meu amor.. - nós gememos juntos. - Eu preciso.. eu preciso de você, Lou..
- Eu também.. - no mesmo segundo eu desliguei o brinquedo e Louis veio até mim, beijando-me ferozmente. Nós invertemos as posições e como estava por cima comecei a roçar nossas intimidades enquanto nos beijávamos. Aquilo era infinitamente maravilhoso. - Babe.. isso é tão bom.. - as mãos dele apertavam minha bunda e subiam com as pontas dos dedos, causando-me arrepios, até ele parar no feixe do sutiã e abrí-lo. - Você não cansa de ser gostosa..
- E ainda por cima sou toda sua..
- Então já que você é minha.. vou te pedir outro favor..
- Hum?
- Senta em cima do meu pau.. - novamente sua fala mexeu comigo e não demorou muito para que encaixasse o membro exatamente onde deveria estar. Eu gemi alto quando entrou e Louis soltou um gemido de alívio. Com ele sentado e eu comecei rebolando devagar enquanto o moreno abocanhava meu seio esquerdo.
- Ain.. que delícia, amor.. - Tomlinson conhecia meu corpo como ninguém e sabia os pontos estratégicos que mexiam comigo, sendo difícil dar o meu melhor quando ele me provocava da melhor forma. Mesmo assim, mantive a postura - embora estivesse fraca com ele chupando meu peito e agarrando-me com a pegada única e mágica dele - e as reboladas ganharam ritmo. Dessa vez foi ele quem gemeu e perdeu as estruturas, sendo a minha oportuidade para empurrá-lo em direção ao colchão.
- Sua safada. - com as mãos no seu peitoral tatuado e incrivelmente sexy aumentei a velocidade e logo o som dos corpos se chocando fizeram presença naquele sexo erótico e hipersônico. De vez em quando Tomlinson virava os olhos e eu amava vê-lo louco por mim.
- Rebola, babe.. me usa como só você sabe..
- Eu sou uma profissional experiente, não sou? - diminui a velocidade quando levei o tronco para frente a fim de colar nossos lábios outra vez.
- É.. a melhor do mundo. - naquela posição eu tinha maior controle e dessa forma pude apertar e soltar a musculatura enquanto ele ainda estava dentro de mim. - Porra.. que gostoso.. - jogou a cabeça para trás e eu continuei. Eu gostava de provocá-lo. Na verdade, eu amava.
- Você quer gozar agora ou depois? - questionei de modo sensual e ele apertou minha nádega com força.
- Eu tenho tempo hoje. - soltei uma risada e o beijei, acelerando os movimentos com a ajuda dele apertando e direcionando meu quadril.
- Vamos usar aquela algema.. - sugeri em meio a gemidos. Eu queria ultrapassar alguns limites hoje, e Louis me encarou um pouco inseguro e animado. - Venha, me algeme. - saí de cima dele e deitei na cama com os pulsos juntos. Sabia que aquela cena mexeria com ele - e com seu pau.
Rapidamente ele pegou o apetrecho na caixa e com um sorriso pecaminoso algemou meus pulsos, poscionando-os em cima da minha cabeça, tendo total posse sobre mim ao segurá-los para que eu não os movimentasse.
- Incrível como isso te deixou ainda mais gostosa e muito sensual.
- Me faça ver estrelas, babe. - exalando superioridade, Louis abriu minhas pernas e sem qualquer dificuldade entrou lentamente, sendo a melhor sensação para nós dois. Tanto é que gememos juntos, em sincronia. A medida que o tempo passava, a movimentação foi pegando velocidade e quando percebi estávamos em outra atmosfera. As estocadas eram perfeitas e profundas. A feição de Louis fodendo era extremamente sexy. Só de olhá-lo eu podia gozar. Sua pegada firme em minha cintura enquanto movimentava a pelve para frente e para trás estava me deixando maluca, e eu sentia uma vontade abusrda de tocá-lo. Mas aquelas algemas não estavam me ajudando. Em contrapártida, o desejo de tocar em sua pele me dava mais tesão e deixou o sexo, que já estava bom, ainda melhor e muito mais prazeroso. - Continua, Lou.. continua que estou quase lá..
- Você é tão apertada.. tão molhada, amor.. e te escutar gemendo deixa tudo ainda mais gostoso.
- Então me faça gemer mais pra eu gozar em você..- meu pedido foi atendido em questão de segundos. Louis acelerou e eu voltei a apertar e soltar a musculatura para que nós gozássemos juntos. Nossos gemidos se complementavam como uma melodia muito bem desenvolvida, e o calor dos corpos deixava o ambiente tão excitante que bastou mais três estocadas bem feitas e na medida certa para que tanto eu quanto ele tivéssemos o melhor e mais gostoso orgasmo da noite.
- Wow.. parabéns! - disse ele, um tanto sem fôlego, quando se jogou no lado vago da cama e me olhou após passar os dedos entre o cabelo, que estavam úmidos. Afinal nós fizemos uma baita exercício.
- Parabéns pelo o quê?
- Por ganhar a aposta.
- Que aposta?
- Você apostou que faria com que eu visse estrelas hoje. - quando me lembrei do diálogo no carro, eu ri.
- E você viu?
- Porra! Acho que vi umas duzentas. - dessa vez gargalhei. - Você é indescritível, S/N.
- Muito obrigada. - depois de vários elogios, meu sorriso fraco disse muito mais do que eu poderia colocar em palavras. E para completar, ganhei um selinho duradouro. - E obrigada por me satisfazer tanto e sair da festa da sua irmã para transarmos.
- Lottie faz aniversário todo ano. Mas essa transa que tivemos hoje não acontece todo ano.
- Belo argumento. - ele tinha toda razão, e assenti com um sorriso, puxando-o para um selinho que se transformou em um beijo delicioso.
- Ei.. a noite ainda não acabou.. - pelo tom da sua voz logo percebi as segundas intenções retornando. - Você disse que queria foder a noite toda.
- E eu ainda quero. - mordi o lábio dele, com o intuito óbvio de intigá-lo de novo. - Aguenta mais uma?
- Como eu te falei no carro.. eu aguento quantas você quiser.
- Então nesse caso nós vamos foder a noite toda sim.
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Ju
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Fresh Star - with Zayn Malik e Louis Tomlinson
Situação: ex!namorado!Zayn Malik x ficante!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 1654
Pedido de @halls-de-menta: Eu queria tanto a continuação desse meu pedido. Queria que a continuação fosse ela já tendo superado o relacionamento com Zayn seguindo em frente com outro (pode ser o Louis 🥺), aí ela lança uma música (Don’t start now) e a música é sucesso, e ela dá uma entrevista falando da inspiração da música, e do relacionamento com o Louis e de como ele foi importante p ela conseguir passar por isso, e mostra tb como ele faz ela muito feliz. Espero que não tenha ficado muito confuso e dê p entender minha ideia 😬 Já tô morrendo de ansiedade 🥵🥵🫠
N/A: adorei seu pedido, meu bem! gostei bastante de escrever a história, espero que te agrade e que tenha ficado como imaginou. peço desculpas pela demora.. a ask está lotada de ideias e tá difícil de selecionar com tanto contexto inédito. mais uma vez agradeço pelo pedido e fico aguardando seu feedback.
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- Muito, muito boa tarde pra você que tá chegando agora na BBC Radio 1! Eu sou Nick Grimshaw, e hoje estamos com a maravilhosa, deslumbrante e apaixonante S/N/C! - apesar da entrevista acontecer através do rádio, você esbanja um sorriso largo como agradecimento diante dos elogios que é pego pelas câmeras que gravavam a entrevista para mais tarde ser postada nas redes sociais.
- Vou ficar desacostumada com tantos elogios a cada volta do intervalo.
- Nada menos do que você merece. - Nick dá uma piscadela com o olho direito e sorri, assim como você, retribuindo a simpatia. - Bom, como esse é o bloco final tendo a sua ilustre presença nos studios, quero que você nos conte sobre o estouro de ‘Don’t Star Now’. - comenta animado. - Que música fantástica!
- Ohh, você gostou?
- Se eu gostei? - o radialista questiona retoricamente. - Eu amei! Inclusive peço até desculpas para a equipe mas eu vou deixar meu lado profissional de lado e trazer o fã de S/N/C ao vivo para dizer que ‘Don’t Star Now’ está na minha playlist de divas pop e de longe é um dos melhores single pop em uma escala estratosférica.
- Muito obrigada, Nick.. de coração. - sua alegria era tanta que palavras foram difíceis de serem expressadas diante de tamanha gratidão e orgulho que sentia.
- Agora voltando ao meu trabalho antes que perca meu emprego, como foi que esse fenômeno surgiu? - você e mais alguns membros da rádio e da sua equipe riem pela piadinha feita pelo apresentador.
- Essa canção surgiu de repente.
- As melhores surgem assim.
- Exato! - novamente você ri e Grimshaw sorri. - Eu estava me recuperando de um caso sério de coração partido e Joshua, como meu amigo e fiel escudeiro desde o início da minha carreira, foi passar o dia comigo. Estávamos na sala, bebendo café e jogando conversa fora e de repente ele começa a brincar com as teclas do piano até que, involuntariamente, tocou a melodia inicial da música e no mesmo segundo eu olhei pra ele e disse ‘O que tá fazendo?’ - Nick estava entretido na história, assim como as pessoas no studio e claro, os ouvintes. - Obviamente Josh se assustou, me olhou como se eu estivesse acusando-o e deu de ombros, tipo ‘Não tô fazendo nada!’. - todos, inclusive você riram. A cena daquela criação nunca deixaria sua memória. - Eu pedi para ele repetir e como um bom músico logo se ligou que aquilo foi uma inspiração e tocou novamente. Escutar aquelas simples notas despertaram um gás em mim e trinta minutos depois já tínhamos a letra e boa parte da estrutura musical pronta.
- Do jeito que ela conta parece fácil criar um hit do zero.
- E realmente foi! - mais risadas são ouvidas. - Mas isso é raro, viu? Ainda mais quando estoura tão rápido.
- Você ficou surpresa com a repercussão?
- Demais! - responde dando ênfase. - Foi um susto bom, sabe? - o moreno faz que sim com a cabeça. - A gente soltou a música de madrugada e logo pela manhã já estava no topo dos streamings, e em quatro, cinco dias era número um na Billboard. Algo insano!
- Imagino o quanto foi maravilhoso se deparar com esse acontecimento. Porque essa música é definitivamente um acontecimento!
- Foi e está sendo, Nick! É incrível receber o feedback do público, seja por números de ouvintes, seja pelo engajamento nas redes sociais. Escutar a sua música tocando sem parar é uma sensação tão acolhedora e ao mesmo tempo surreal que até agora eu não me acostumei. - sua risada desacreditada demonstrava facilmente o quão maravilhada você estava em meio a nova atmosfera de coisas boas que estava imersa. - Está sendo um momento incrível e com certeza um dos melhores da minha vida. E eu sou imensamente grata.
- Isso é realmente ótimo de se escutar! - o rapaz diz ao dar um sorriso e em seguida aciona alguns botões da mesa de som, provavelmente para ajustar algum ruído e seguir a entrevista. - Bem, eu não pude deixar de notar que você disse que estava se recuperando de um coração partido..
- Sim. - seu pequeno riso preso nos lábios mostra que sabia o que viria pela frente. Afinal você conhecia a fama de Nick. Ele conseguia tirar “segredos” dos artistas com certa facilidade.
- A pergunta é: essa recuperação tem a ver com o seu último relacionamento com o Zayn Malik? - mais cedo ou mais tarde você sabia que o assunto viria à tona, e antes da entrevista começar você e a equipe tinham ciência de que o seu ex seria pauta em algum momento.
- Muito do que eu vivi nos últimos anos foi retratado na música e até mesmo no álbum que será lançado na semana que vem. E claro que meu relacionamento com o Zayn fez parte de uma parcela bem significativa da minha vida, até porque foram seis anos juntos.
- Wow, não sabia que era tudo isso.
- Pois é. Nos assumimos publicamente dois anos depois desde que começamos a ficar juntos. Foi um relacionamento intenso, em todos os sentidos. Ele foi a pessoa responsável por incentivar minha carreira como cantora já que tinha experiência no ramo, além de estar comigo em momentos importantes da minha vida profissional e pessoal.
- Vocês se conheceram ainda no colégio, certo?
- Sim.. estudamos juntos durante todo o ensino médio. Eu conheci o Zayn antes da One Direction e fomos namorar anos depois. Ele sempre me manteve por perto, tínhamos um vínculo muito forte e que foi extremamente difícil, pelo menos para mim, quebrá-lo. Então sim, eu quis afogar as minhas dores do término no que eu sei fazer de melhor, que é música.
- Você vai querer me matar mas.. tudo o que diz na canção é real? - embora ele estivesse sem graça, a curiosidade do radialista falava mais alto que sua cara de pau.
- Como artista, eu carrego comigo o dom do exagero, Nick. - você entrou na brincadeira de um jeito que não fosse te comprometer.
- Claro!
- Mas quero deixar claro que em nenhum momento Zayn veio cobrar algo depois que terminamos ou ficou incomodado de me ver seguindo em frente com outra pessoa como mencionado na canção. Na verdade não temos mais contato, embora ele frisasse que ainda tínhamos um ao outro. - ao dizer aquilo sua mente te levou a cena dolorosa em que Zayn foi até seu apartamento buscar os últimos pertences após o fim do namoro. - A música não envolve unicamente o meu relacionamento com ele. Eu como uma pobre mortal já sofri muito por amor e fim de namoros. Tenho uma bagagem cheia de sentimentos reprimidos e resolvi depositar na arte musical. Minha história com o Zayn apenas contribuiu para a criação.
- Entendi.. belíssima resposta. - a feição supreendida de Grimshaw fez você gargalhar. Obviamente ele queria uma resposta mais concreta e sabia o quão escorregadia você era para responder perguntas comprometedoras. - E realmente existiu alguém que seus ex’s não quisessem ver você dançando? - questiona fazendo referência ao refrão do seu single e você não segura a risada.
- Felizmente sim!
- E por acaso é o ex parceiro de banda do Zayn?
- Você só está me complicado, Grimshaw..
- São somente perguntas jornalísticas, eu juro. - se fez de desentendido.
- E eu preciso responder?
- Se não for causar problemas.. - você sacode a cabeça negativamente e solta um riso divertido como se estivesse sem saída. E você realmente estava. Seu relacionamento com Louis já havia sido especulado mas nada concreto foi dito, nem por você e nem por ele. Antes mesmo de ir ao studio da BBC Radio 1 vocês conversaram e Tomlinson comentou que por ele tudo bem você mencionar que estavam juntos. Ele te fazia muito bem, te ajudou a superar Zayn e cuidou de você como ninguém havia feito. E embora você quisesse contar que vivia um romance gostoso, o famoso ditado ‘o que ninguém sabe, ninguém estraga’ falou mais alto em sua cabeça.
- OK.. se você quer que eu fale sobre Louis, eu falo.
- Meu Deus! Não imaginei que seria tão fácil!
- Você me deixou sem ter para onde fugir.
- Então os rumores são verdade?
- Nem todos. - você diminui as expectativas com uma risadinha. - Nós não estamos juntos definitivamente, mas Tomlinson esteve comigo após toda a separação e tivemos a oportunidade de nos conhecermos melhor através da irmã dele, que é minha amiga. - você explica. - Louis é um pacote completo da felicidade. - seu sorriso entrega muita coisa. - Ele é uma pessoa incrível, muito querido e respeitoso, além de ter um coração imenso. Foi ele quem resgatou a minha autoestima, o brilho nos olhos, o frio na barriga que infelizmente perdi com o tempo. - por um instante você esqueceu que milhares de pessoas te escutavam, inclusive Louis, e apenas disse o que seu coração mandou. Profundo e certeiro. Você gostaria que ambos os rapazes soubessem como você se sentia de verdade. - Enfim, ele se tornou alguém especial na minha vida que eu espero carregar comigo pra sempre.
- Fico muito feliz por você, querida! - Nick pega suas mãos com delicadeza e acaricia de modo fofo. - Quero te agradecer pela disponibilidade de estar conosco hoje. Foi um imenso prazer te receber!
- Eu que agradeço pelo convite.
- Amei de verdade o nosso papo, e espero você com o Louis na próxima!
- Eu ainda te mato, Nick.. - seu riso acompanhado da frase fez com que o apresentador fizesse uma carreta travessa e logo fugisse do assunto.
- Fiquem agora com o hit do século: ‘Don’t Star Now’ da inesquecível e talentosíssima S/N/C! - a batida da sua música começa e sua participação no programa foi encerrada. Você e sua equipe agradeceram a rádio e depois de quinze minutos já estavam no carro à caminho da última reunião sobre o lançamento do álbum.
Já no escritório, você sente seu celular tremer e sorri ao ver quem havia te mandado mensagem.
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O sorriso não sumiu do seus lábios e por meros segundos, olhando a imensidão do céu azulado pela janela da sala de reuniões você agradece Zayn pelo término. Caso contrário você não teria Louis em seu caminho. _________________________________________
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Ju
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silly fear - with Louis Tomlinson
Situação: namorado!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 1911
Pedido: Oi oii! Bia falanu <3 Amore, eu n sei se os pedidos tão abertos, se n estiverem, só ignora. Eu queria pedir um com o Lou, q ela tem medo de trovões e acorda ele no meio de uma tempestade p pedir apoio, só q ele fica mt irritado pq tava cansado, aí, ao invés de acalmar ela, ele abre a janela e fala q ela é patética por ter medo de trovão. Dps ela começa a chorar de medo e magoada e sai do quarto, ele fica super arrependido, implora por perdão e abraça ela e tals :3 Dscp ser tão longo .-. 🐶xx Bia
N/A: mais um pedido fofinho saindo do forno! espero que goste do pedido, bia. se puder, me conte o que achou depois de ler 😘
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Tempestade na madrugada para muitos é como uma sessão terapêutica. Escutar o som das gotas tocando partes da casa já foi comprovado cientificamente que induz o cérebro a um estado mental de relaxamento, principalmente por despertar memórias relacionada a esse fenômeno. Contudo, para outras pessoas, chuva é considerada um dos piores cenários. E a tempestade então se torna um pesadelo.
Muito provavelmente já se passava das duas da manhã quando os barulhos incessantes em cada canto do quarto de Louis começaram. O uivo levemente mais alto do vento e a chuva grossa batendo contra a estrutura da casa dava impressão de que a qualquer momento a vidraçaria das janelas romperiam.
O casal estava em seu décimo sono já que havia ido para cama cedo, antes da chuva forte de fato começar.
Louis dormia profundamente visto que trabalhou duro o dia todo, fritando a cabeça para compor e criar novas músicas que fossem perfeitas. O cantor sempre fora muito exigente consigo mesmo, porém nesse álbum em específico ele estava dando tudo de si para que pudesse entregar aos fãs algo que lhe desse orgulho e que fosse verdadeiro com seu eu interior. Sendo assim, depois de passar horas no studio, Tomlinson chegou em casa morto de fome e hiper cansado, desmaiando na cama segundos depois que deitou. O cansaço do rapaz era tanto que ele sequer se mexeu quando um raio claro rasgou o céu, acompanhado de um trovão violento que fez até os vidros tremerem.
S/N por sua vez, imersa em um sonho um tanto quanto bizarro envolvendo uma floresta escura, figuras estranhas e sons perturbadores que a deixaram inquieta na cama, mesmo que estivesse longe da sua própria realidade, simplesmente levou um susto tão grande, fazendo-a pular na cama no momento em que o travão resolveu se fazer presente.
A garota nunca fora fã de chuva, e muito menos tempestade. Quando mais nova S/N foi vítima de um acidente na estrada durante um temporal intenso em que o carro da família capotou após um raio cair bem próximo de onde o automóvel passava. Foi praticamente impossível não perder o controle do volante após aquela claridade vinda do raio e o susto inesperado com som estrondoso do trovão. A pista escorregadia colaborou para desestabilizar o carro e o mesmo derrapar antes de se chocar com um caminhão. Felizmente a família não teve perdas significativas, mas o susto foi enorme, tanto é que traumatizou a criança de quatro anos naquela época.
Depois desse episódio S/N passou a odiar chuva, raios e principalmente trovões. Seu peito apertava só de lembrar da cena do passado, e todas as vezes que uma tempestade se instalava no céu ela tinha que trabalhar seu eu interior para se acalmar e não ser prejudicada por algo relativamente banal. Contudo, dessa vez em específico ela não teve como controlar sua mente no instante em que o trovão aconteceu. Embora estivesse virando de um lado para o outro por conta do sonho um tanto quanto real, visto que a chuva a qual parecia visualizar e sentir em seu sonho realmente era fruto da realidade. A garota ainda estava imersa na história assustadora e confusa criada pela mente. E a combinação do raio com o trovão colaborou para que o pesadelo em sua cabeça se transformasse em algo muito realista, fazendo com que saltasse sobre o colchão e despertasse de uma maneira horrível.
A respiração dela estava ofegante, a pele arrepiada, o rosto suado e o coração extremamente acelerado. Sem ao menos se recuperar do primeiro trovão, em menos de um minuto veio o segundo, desta vez sem raio porém mais alto e medonho, sendo o culpado por fazer a garota tampar os ouvidos involuntariamente e espremer os olhos assim que o som ficou praticamente ensurdecedor ao seu ponto de vista.
Após o combo de sentimentos ruins que S/N sentira, ela não esperou terceiro trovão aparecer para agarrar Louis em uma conchinha, visto que ele estava de costas para ela.
De olhos fechados, ela colocou uma das pernas por dentro das do namorado e a outra por cima dele, praticamente envolvendo a cintura do moreno.
Tomlinson não acordou por completo, mas percebeu a movimentação da namorada quando sentiu o peso do corpo dela sob o dele. O rapaz não estranhou já que era comum ambos se abraçarem no meio da noite. De certa forma até gostou da demonstração de carinho e não demorou nem meio segundo para voltar ao estado de sono profundo antes de gemer algo desconexo.
- Amor.. tá acordado? - S/N escutou o namorado resmungar e decidiu conferir se estava mesmo acordado como imaginava. Entretanto não obteve resposta. - Ei.. - a garota levantou um pouco o tronco a fim de tentar visualizar o rosto do moreno. No momento em que ela estava pronta para observar se Louis estava acordado ou dormindo, outro trovão surgiu e S/N simplesmente apertou o corpo de Tomlinson, escondendo o rosto na curva do pescoço do namorado. E desta vez ele acordou.
- O que houve? - perguntou sonolento e um pouco assustado com o medo que a garota aparentava sentir, já que estava grudada nele antes do moreno se mexer e virar para ela, tendo as costas suspensas da cama e consequentemente separando a namorada de seu corpo.
- Essa tempestade maldita. - o rapaz franziu a testa. - Os trovões.. estão me assustando. - a voz da garota diminui quando contou o que lhe incomodava. S/N estava indefesa, assustada e ainda com vergonha de estar dividindo seu medo com outra pessoa que não fosse ela mesma.
- Você me acordou por causa disso? - o questionamento veio carregado de cinismo e desprezo, razão pela qual a namorada sentiu-se ainda mais vulnerável. A garota não imaginava que seu próprio namorado a trataria dessa forma mesmo sabendo que aquela situação em específico era um problema para ela.
- Você sabe.. eu não gosto de trovões. - respondeu envergonhada e introvertida, com os olhos presos no edredom cinza, o qual ela beliscava com o polegar e o indicador a fim de não precisar encarrar Louis.
- E você quer que eu faça o quê? Fale com Deus para parar de chover? - ele não aumentou a voz, mas a grosseria atingiu a namorada com os dois pés no peito, deixando-a completamente sem graça e chateada.
- Eu só…
- Quantos anos você tem, S/N? Cinco? Para de ser patética e me deixa dormir, porra. - irritado, Louis ajeitou-se na cama, puxou a coberta com força e deu as costas para a garota, que visualizou a cena de indiferença do namorado com ela, em choque.
Louis nunca fora tão insensível com S/N em três anos de relacionamento. Foi a primeira vez que ela se sentiu magoada pelas atitudes dele. E como o cenário em questão também não era seu favorito nem de longe, a garota não conseguiu controlar o choro preso na garganta mesmo que não fizesse barulho ao derramar as lágrimas. Ela chorava em silêncio, contudo as fungadas de nariz entregavam que estava chorando.
Depois de dois ou três minutos S/N resolveu sair do quarto para chorar em paz. Triste, ela levantou-se devagar da cama, pegou uma mantinha azul localizada dentro do armário e foi até a sala, enrolada na coberta peluciada.
Por mais que estivesse com sono, Louis não conseguiu dormir novamente após discutir sozinho com a namorada. Somente depois que ela saiu do quarto que o moreno percebeu o porquê S/N o acordou. No mesmo segundo que lembrou que garota não gostava de trovões por uma razão específica ele sentiu-se extremamente culpado. Além do mais o rapaz odiava situações mal resolvidas, e apesar da “briga” ter partido somente dele, Louis sabia que não dormiria de novo sem se desculpar com S/N e tê-la do seu lado por mais algumas horas antes de levantar para viver mais um dia.
Dessa forma, após bufar, bravo consigo mesmo por ter bancado o idiota, ele saiu da cama a procura da garota, encontrando-a sentada no sofá da sala, somente com o rosto para fora visto que a coberta azul cobria todo seu corpo em uma espécie de embrulho. Apenas a luz da cozinha estava acessa, então Tomlinson não conseguiu decifrar se S/N estava chorando. Porém ao escutar novamente o nariz fungando como aconteceu no quarto e como acontecia todas as vezes que ela chorava, ele entendeu que sua namorada ainda estava chateada.
- Ta fazendo o que aí, S/A? Volta pra cama. - dessa vez sua voz saiu mais calma e suave, como se iniciasse seu pedido de desculpas pelas palavras dirigidas a garota.
- Estou melhor aqui. - falou entre soluções, sem olhar para Louis parado entre o corredor e o outro cômodo em que ela estava. A garota não queria voltar para o quarto mesmo que fosse mais quentinho e aconchegante por lá. S/N não estava fazendo drama, muito pelo contrário. E Louis sabia disso pois a conhecia como a palma de sua mão, e sabia que tempestades e chuvas mais forte que o normal era um tópico sensível e delicado para ela. Por esse detalhe o rapaz se sentiu na obrigação de ajudá-la como deveria.
- Ei, me desculpa por ter falado daquela forma. - iniciou ao chegar perto dela e se abaixar a fim dela olhar para ele, já que os olhos da garota estavam voltados para o chão. - Eu estava dormindo tão profundo que por um segundo esqueci todo o lance do acidente. - S/N soluçou e limpou a ponta do nariz com a manga cumprida do pijama, acalmado-se. - Estou exausto e acabei descontando meu cansaço em você. - ele fez uma careta e ela esboçou um sorriso que o moreno considerou como um bom sinal e deu um sorrisinho para ela também, não porque queria retribuir mas sim porque sentiu-se aliviado de certa forma. - Me perdoa por ter sido um babaca, bae.. - disse com sinceridade, depositando a mão direita no joelho coberto de S/N.
- Tudo bem.
- Mesmo? - ela assentiu enquanto enxugava os olhos molhados. - Odeio te ver chorar, amor.. me desculpe de verdade por isso.
- Tá bom, Lou.. - já recuperada das lágrimas, ela soltou uma risadinha e colou sua mão sobre a do namorado, acariciando-a para ele sentir-se desculpado de verdade.
- Quer voltar para o quarto?
- Você pode me abraçar? - de modo quase que involuntário Tomlinson sorriu, encantado com a namorada pela fofura que ela exalava quando se encontrava indefesa e necessitada de carinho, atenção e segurança.
- Claro, meu amor. - dadas as mãos o casal retornou para o quarto e deitaram em um conchinha diferente da primeira. Agora era Louis quem agarrava S/N e tinha as pernas envolvidas no corpo dela. Ela aproveitou aquele abraço e entrelaçou os dedos nos do namorado. O edredom pesado por cima dos dois deixou o ambiente ainda mais aconchegante e ambos sorriram ao sentir o amor preencher ambos os corações com aquele simples gesto.
- Assim está bom?
- Uhum. Está perfeito. - no segundo depois que S/N confirmou a pergunta feita pelo namorado o som escandaloso do trovão apareceu novamente e o corpo da pobrezinha tremeu involuntariamente, fazendo com que ela apertasse forte a mão de Louis.
- Desculpa..
- Não precisa se desculpar, babe. Pode apertar. - despreocupou a namorada dando um beijo em seu cabelo cheiroso. - Eu estou aqui, tudo bem? Não vou te soltar, pode dormir tranquila.
- Se seu braço estiver doendo pode virar e…
- Não, eu estou bem. Você está bem?
- Estou.
- Então pronto. - ela riu baixinho. - Precisando de mim, pode me chamar.
- Obrigada, amor.
- Não precisa me agradecer.. durma bem, pequena.
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Ju
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party favor - with Louis Tomlinson
Situação: amante!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 1766
Sinopse: Imagine baseado na música ‘party favor’ - Billie Eilish
N/A: oioi! como o aniversário do bonitão aí tá chegando resolvi escolhê-lo para ser o personagem de mais um imagine song. a música da vez foi party favor da Billie, que sou apaixonada. espero que gostem do resultado e gostaria muito do feedback de vocês.
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Minhas pernas tremiam mais que vara verde enquanto minha mente metralhava milhões de pensamentos todos ao mesmo tempo. Insegurança, medo, angústia, arrepio, frio na barriga, dor de cabeça, palpitações. Meu corpo estava pedindo socorro, mas eu permanecia calada. Era possível sentir minhas pupilas dilatando com o olhar fixo no relógio de parede da cozinha. O ambiente estava tão quieto que escutava com exatidão o tic tac crescer, assim como a minha ansiedade. As horas passavam e simplesmente não sabia o que fazer. Na verdade eu sabia. A questão era se eu deveria fazer.
“Um.. dois..três..desliga! Respira fundo, você consegue. De novo. Um.. dois.. desliga!”
- Porra! - resmunguei irritada enquanto espremia os olhos e apertava firme o celular na mão direita suada. - Agora vai.. - depois da vigésima inalação profundas do ar em direção aos meus pulmões, teclei o número dele no visor do smartphone e novamente escuto o primeiro, segundo e terceiro toque. Fechei os olhos no instante em que escutei o quarto toque da chamada pela primeira vez durante os últimos quinze minutos. A qualquer momentos ele poderia atender. Porém depois do sexto toque tudo o que escutei foi a voz eletrônica da caixa de recado. “Ei, deixe uma mensagem”. - Oi.. me ligue de volta quando receber isso.. ou quando tiver um minuto.. nós realmente precisamos conversar. - no segundo seguinte ao me ouvir minha cabeça pirou e o arrependimento me atingiu. - Espera.. quer saber de uma coisa? Talvez seja melhor apenas esquecer que te liguei.. até porque a hora que receber isso seu número possa estar bloqueado. - não pensei duas vezes - na realidade eu sequer pensei - e simplesmente desliguei. Um suspiro de frustração foi tudo que consegui dar naquele momento e meu corpo amoleceu triste no sofá da sala do meu minúsculo apartamento.
O sentimento que me atravessava era o de ser uma verdadeira otária. Uma grande idiota que se apaixonou por um homem comprometido.
Se fossem dias ou semanas nessa situação estaria tudo bem. Mas um ano e meio presa em um quase triângulo amoroso o qual eu não deveria ter me metido é muita coisa. Eu sabia que o certo era ter parado no primeiro deslize. Mas o coração calejado e carente falou bem, mais bem mais alto que a razão quando demos o primeiro beijo na formatura da Lottie.
Hoje é aniversário dele. Eu não liguei, não mandei mensagem, não fiz nada além se pensar nele. Afinal de contas nem poderia fazer nada, já que ele está na festa que a namorada preparou, com todas as pessoas que ele gosta e quer estar perto. Menos eu.
Sozinha. Abandonada. No silêncio da minha própria solidão e martelando o quão trouxa eu sou por estar sofrendo por uma pessoa que nesse exato momento está se divertindo.
- Você é uma idiota mesmo.
Após mais alguns minutos no limbo entre a tortura e tristeza tomei vergonha na cara e fui preparar um banho para me distrair pelo menos até a hora de dormir. No entanto durante os trinta minutos que fiquei no chuveiro, a única coisa que pensava era o fato de querer botar um ponto final nesse história, mas sentindo uma tristeza absurda ao pensar que ele sairia da minha vida. Meu coração chorava e minha cabeça gritava. Uma parte de mim precisa ir embora e a outra não quer de jeito nenhum. Eu me via em um beco escuro sem saída, porém um pontinho claro se aproximava e eu deveria segui-lo.
Onze e quinze da noite e o meu celular toca. É ele. Me seguro ao máximo para não atender. Não posso dar esse gostinho a ele. O rapaz desiste, a ligação é cortada mas cinco segundos depois ele insiste e eu cedo.. como sempre.
Ligação On*
- Alô..
- Tô aqui na sua porta. - franzo a testa e encaro a entrada branca do meu apartamento, observando pela fresta a luz do corredor do bloco acessa.
- Louis.. - suspiro cansada.
- Abre.. por favor. - escuto sua respiração pesada pela linha e deixo o silêncio falar por mim enquanto minha cabeça pensava no que fazer. Depois de fazê-lo esperar desligo a chamada e levanto-me do sofá a caminho da porta, encontrando-o com a mão direita apoiando o peso corporal no batente e um rostinho angelical com o olhar levemente caído e avermelhado. - Oi.. - ele sorri de leve e eu retribuo sem muito entusiasmo. Afinal eu era a segunda opção.
- Tá fazendo o que aqui a essa hora, Louis?
- Eu escutei sua mensagem. - dei passagem e ele adentra ao meu apê fechando a porta devagar. - Pensei que realmente estivesse bloqueado então preferi vir pessoalmente para saber o que tanto precisamos conversar. - sento no sofá e um arrepio sobe a espinha. Louis me acompanha e me encara com aqueles lindos e brilhantes olhos azuis. - O que aconteceu? - o seu tom de voz era calmo, mas eu podia sentir o pequeno desespero carregado naquela frase. Eu, negando o inevitável, fechei os olhos calmamente e respirei fundo para adquirir coragem.
- Isso não está mais funcionando, Lou..
- Como assim?
- O nosso lance. Se é que eu posso chamar assim. - desabafei. - Está sendo muito desgastante pra mim, e imagino que também esteja pra você, já que precisa se dividir, embora tenha duas ao seu dispor..
- S/A…
- Fique e blá blá blá.. eu não quero mais implorar para te ter comigo. - pela primeira vez nesta noite olhei no fundo de seus olhos, os quais me perdia dentre aquela imensidão azul. - Você só quer aquilo que não pode ter. E eu não estou a sua disposição, Louis.
- Não acredito. - ele solta uma risadinha sem graça e passa a mão esquerda no rosto rapidamente. - Por favor, não faz isso comigo. - o moreno tenta uma aproximação mas felizmente uso minhas forças internas e me afasto lentamente, desviando dos seus carinhos. - Ei, fica perto de mim. - em um ato de desespero ele segura meu pulso e aperta com força. Imediatamente eu me assusto.
- Eu vou chamar a polícia. - disparo em um pico de susto.
- Não precisa disso, S/N. Pelo amor de Deus.
- OK, então me larga. - Louis não obedece.
- Eu não quero te perder.
- Se você não parar, eu vou ligar para o seu pai. - felizmente ao mencionar meu padrinho, o qual não tem uma boa relação com o filho e me protege como se eu fosse sua filha, Tomlinson finalmente volta ao normal e me solta. Como uma estátua eu o observo virar o corpo para frente, evitando direcionar-se para mim. Ele suspira profundamente e passa às mãos pelo cabelo diversas vezes até me encarar de novo. Visivelmente ele estava bem abalado. - Eu odeio ter que fazer isso no seu aniversário.. - e eu realmente odiava. - Feliz aniversário, a propósito.. - tento amenizar toda a situação com um sorriso amarelo mas nada muda.
- O que foi que eu fiz?
- Não é você.. sou eu e todas essa merda que estamos vivendo.
- Você sabe que o que está falando é bobagem, não sabe, amor? - meus lábios pressionaram um contra o outro quando escutei a palavra ‘amor’. Ele evitava me chamar assim por conta da outra, mas involuntariamente, quase sem querer escapava. Entretanto, desta vez ele quis me chamar assim porque sabia que me afetaria de alguma forma. Louis estava jogando e eu sabia disso. O problema era como distribuir as minhas cartas antes que ele ganhe o jogo.
- Estou sendo completamente sincera contigo, Lou. - seguro para não chorar. - Não foi e não está sendo uma decisão fácil acabar com o que nós temos e, querendo ou não, construímos durante esse tempo todo. Nós estamos nessa há um ano e meio, Louis. - envergonhado, o rapaz desvia o olhar para o chão. - Há um ano e meio que fingimos ser amigos em público e amantes entre quatro paredes. Esse é o segundo aniversário que eu passo sem você.. - a minha feição demonstrava claramente o quão difícil estava sendo todo o diálogo. - Eu não posso mais ser a otária que te espera até tarde da noite, te vê duas vezes por semana no máximo e que chora constantemente por estar apaixonada pelo irmão comprometido da minha amiga de infância e não ser correspondida. - suspiro frustrada. - Além disso me sinto culpada toda vez que você vai embora. E essa culpa não é minha! Nunca foi! Eu não preciso sentir essa sensação. E é por isso que eu estou botando um fim nessa história, resgatando a minha dignidade e te dando a chance de repensar na sua vida e decidir o que vai fazer com ela. - despejo tudo o que estava entalado na minha garganta e instantaneamente um peso enorme sai das minhas costas. Mas em compensação a dor da perda me envolve de uma só vez.
- Uau.. sinceramente eu esperaria tudo hoje, menos isso. - comenta de forma pasma.
- Não me faça sentir como se eu fosse a errada da situação porque eu não sou!
- Eu disse isso? - pergunta retoricamente. - Você está certa e eu estou errado. Ponto. - o silêncio aparece.
- E por que está tão abismado?
- Porque eu não quero acreditar que vou te perder. - a conformação veio como um tiro em ambos os peitos, e naquele momento em específico eu quis chorar alto. Meus lábios tremeram e sem forçar uma lágrima cai vagarosamente pela minha bochecha esquerda.
- Olha.. - fungo o nariz e limpo a gota de água antes que outras caiam. - Sei que poderíamos ter feito bem melhor. Mas não podemos mudar o que aconteceu. Não podemos mudar o clima, principalmente quando ele vai e vem.
- Eu posso mudar! Posso fazer isso porque te amo, S/N. - o rapaz me encara como se estivesse suplicando pela minha atenção.
- Lou, por favor..
- Fala que me ama também! Eu preciso te escutar dizendo isso!
- E do que adianta? - rebato indignada. - Do que adianta eu falar que te amo agora sendo que já disse tantas vezes durante todo esse tempo e não deu em nada!
- Das outras vezes eu não sabia que seria última.. - novamente ele cutuca onde dói e eu fecho os olhos, respirando fundo para não perder o controle e voltar atrás.
- Não quero que interprete como se eu pedisse para terminar com ela. Longe disso. - deixo bem claro a minha intenção. - Mas quando você estiver resolvido consigo mesmo, sabe que pode me procurar. - um sorriso fraco, segurando as mãos dele foi tudo o que poderia dar a ele e a mim naquele momento. Louis pareceu entender quando beijou as minhas mãos, assentindo com a cabeça antes de se levantar, indo até a porta.
- Você vai me esperar? - sua pergunta surge após um silêncio desconfortável na sala assim que coloca os pés para fora do apartamento e me olha com os olhos lagrimejando.
- Eu não sou sua lembrancinha de festa, Louis.
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Ju
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Painful love - with Louis Tomlinson
Situação: noivo!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 3017
Pedido: oieee, vc poderia fazer um imagine, com o liam ou louis, onde o casal tá brigado e a s/n se machuca (tipo torce o pé ou quebra o braço) e não pede ajuda ao mino, nem mesmo fala, ele descobre depois quando um amigo liga perguntando como ela tá e ele fica puto, chateado, preocupado e carinhoso???
N/A: Adorei muito escrever esse imagine, principalmente por ser fora dos padrões. Optei por fazer com o Louis, porque assim que li o pedido minha cabeça idealizou imediatamente esse serzinho em todo o contexto hahaha. Espero que você goste, meu bem! Obrigada por enviar a ideia e aproveite a leitura ❤️
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- Viu só como você é insensível?
- Ah, S/N! Faça me o favor! Eu não disse nada demais, pelo amor de Deus.
- Nada demais? - a indagação saiu junto de uma raiva incrustada na frase dita pela mulher. - Você disse que a cerimônia do nosso casamento é perda de tempo!
- E estou mentindo?
- Sim! - exclamou ao mexer os braços. - Claro que sim! Como você quer casar sem uma cerimônia, Louis?
- Eu estou falando dessas cerimônias tradicionais que demoram horas. É uma chatice só! Existem outras bem mais rápidas e modernas.
- Exatamente por esse motivo que você é um insensível! - Louis revirou os olhos e cruzou os braços. Aquela reação fez com que o sangue de S/N fervesse. - Você não está nem aí pelo significado do casamento, pelo momento íntimo que sentiremos e pela emoção da cerimônia. Tem toda uma história por trás dessa “chatice”. A nossa história! E você não está dando a mínima pra isso! Você só quer se casar para acabar com a merda de contrato e ganhar dinheiro em cima disso. - no segundo que Louis escutou o motivo pelo qual S/N alegava ser o principal para ocorrer o casamento na visão dele, o moreno a encarou sério e bastante chateado.
- Não bote palavras na minha boca.
- Foi você mesmo quem falou essas besteiras.
- Eu nunca disse que queria me casar para ganhar vantagem. Não envolva assuntos profissionais com pessoais, S/N.
- Então por que você quer uma cerimônia rápida e moderna? Por que não quer curtir um momento único e especial da nossa vida?
- Porque eu acho chato. - a mulher riu sarcástica. Ela não acreditou que ele realmente respondeu às perguntas que para ela não existiam alternativas a não ser a frase “é claro que eu quero ter esse momento com você, amor.”
- Inventa outra, vai.
- Você quer que eu diga o quê? É claro que um casamento rápido me ajudaria a reconquistar o meu dinheiro que está nas mãos daquele idiota que um dia um chamei de sócio.
- Então você está pensando nessa porra de contrato em primeiro lugar e me deixando em segundo plano? Ótimo!
- Quer parar de falar por mim? Que caralho! - definitivamente ele estava perdendo a paciência. - Não vem dar uma de maluca para cima de mim não, que eu conheço bem o seu joguinho.
- Que joguinho? Tá me chamando de manipuladora?
- Olha isso! - após mais uma vez em que a noiva fazia acusações sem fundamentos sobre o rapaz, Louis explodiu e perdeu a cabeça. - Você endoidou! Está dizendo coisas que eu nunca falei! Não tem como conversar com você, S/N. - o moreno deu as costas para ela, descendo as escadas com pressa e indo em direção a porta de entrada. - Simplesmente não dá! - Tomlinson não era do tipo de fugir de discussões, ele sempre preferiu resolver os problemas no instante que surgiam. Porém naquele dia em específico o rapaz havia acordado com o pé esquerdo e seu temperamento estava instável. A situação de S/N não era muito diferente de seu noivo, visto que os preparativos para um casamento perfeito estavam sendo estressantes até mesmo para ela, que adora organizar evento. Além disso a mulher simplesmente odiava quando a deixavam sozinha no meio de algo importante. E aquela discussão era um assunto muitíssimo importante para ela. Sendo assim a garota o seguiu rapidamente, murmurando brava.
- Você vai mesmo bancar uma criança birrenta e sair batendo pé? - S/N atacou em um tom de voz alto já que a rapidez dos passos do moreno fizeram com que ele sumisse do ponto de visão da noiva e alcançasse a porta em questão de segundos. Quando ela estava na metade dos degraus, o som do molho de chaves foi ouvido, fazendo com que a garota acelerasse o passo. A pressa em prender Louis em casa foi tanta que S/N tropeçou em um dos degraus no instante que o moreno bateu a porta com força. O pé direito da pobrezinha virou para o lado esquerdo com força, fazendo com que o tornozelo - tentando de toda a forma manter-se inteiro - acompanhasse o efeito ação e reação. A dor chegou de forma instantânea, como se algo lá dentro tivesse sido rasgado. A perda de equilíbrio veio segundos depois que o músculo sentiu a torção e a garota foi parar no chão. Por sorte S/N estava no fim da escada, havia pisado no penúltimo degrau quando a lesão aconteceu. No entanto a queda foi feia, deixando um roxo no joelho esquerdo e um galo baixo na extremidade direita da testa, visto que seu reflexo sequer pensou em cobrir o rosto quando encontrou o chão.
- Aí, porra! - gemendo de dor S/N permaneceu esticada no chão e socou o piso ao sentir todas as dores - e raiva - de uma só vez. Seus olhos espremeram-se e a vontade de chorar invadiu de leve seu corpo. Contudo a garota respirou fundo por quinze segundos até controlar suas emoções e tomar coragem para encarar o tornozelo. Logo que os olhos enxergaram a região, ela viu o inchaço crescer quase que imediatamente. E ao tentar voltar a se colocar de pé novamente, uma das pernas bambeou e uma dor persistente foi sentida no tornozelo ao sustentar o peso do corpo. - Merda! - S/N realmente percebeu que a gravidade da lesão era no mínimo preocupante quando caiu de novo. Durante cinco minutos ela se permitiu chorar. Nitidamente era um choro de raiva, com um toque grande de incômodo. Em sua mente ela xingava o namorado de todas as formas existentes até retomar a postura e tentar pelo menos sentar-se no sofá. Em um pé só a moça saltou até o móvel cinza e almofadado, jogando-se nele até que a dor mais forte cessasse.
Foram necessários trinta minutos para que a ardência interna diminuísse, porém o inchaço no local aumentava como se fosse mágica e uma parte estava arroxeando.
- Não acredito nisso.. - chateada e levemente assustada S/N balançou a cabeça negativamente e levou a mão até a testa, dando um pequeno gemido de incômodo quando pressionou o galo. No mesmo instante ela escutou seu celular receber algumas mensagens seguidas, em cima da mesinha de centro. Agradecendo pelo aparelho estar ao seu alcance, S/N apenas esticou um pouco o tronco a fim de verificar quem era.
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Louis, após sair de sua casa completamente sem rumo, andando pelas calçadas do bairro sossegado naquela tarde de sábado, sentia sua cabeça pesada e sendo metralhada por pensamentos. A história do casamento e dos problemas sérios que envolviam seus negócios, os quais tiravam seu sono há boas semanas, deixavam o rapaz louco. E a discussão com a noiva apenas piorou as coisas. O moreno passou no mínimo uns quarenta minutos andando até encontrar uma praça praticamente vazia e sentar-se em um dos bancos, permanecendo por ali por alguns bons minutos. Embora ele estivesse em outra realidade, pensando em tantos assuntos e preocupado com tantos outros, Louis foi retirado da mesma ao escutar seu telefone tocar.
Ligação On*
- Alô?
- E aí, irmão! - era Liam do outro lado da linha. No instante que o rapaz escutou a voz do amigo lembrou-se imediatamente de que havia prometido emprestar sua guitarra a ele esse fim de semana. Contudo, em meio há tantos problemas sem solução, Tomlinson esqueceu do combinado com Payne.
- Porra, cara.. já até sei porque está me ligando. - falou meio sem jeito enquanto coçava a cabeça.
- Bom, então já vou te tranquilizar dizendo que conversei com a S/A e expliquei que não conseguiria buscar a guitarra hoje.
- Por que não?
- Minha irmã e meu cunhado resolveram viajar de última hora e estou de babá. - aquela frase dita por Liam fez o amigo expressar uma risadinha. - Estou indo buscar meu sobrinho na casa deles e depois vamos ao cinema.
- Mas pode buscar a guitarra à noite, não tem problema.
- Vão estar em casa amanhã à tarde?
- A princípio sim.
- Então eu passo aí amanhã. Aproveito e já dou um oizinho especial pra S/A. - ao escutar aquela frase incomum Louis franziu o cenho e não entendeu por que raios Liam daria um ‘oizinho especial’ para sua noiva. - Falando nisso, como ela está?
- Bem.. ela está bem. - o moreno respondeu com muita desconfiança.
- Ela já está conseguindo andar?
- Por que ela não conseguiria? - novamente a desconfiança e agora confusão saiu na pergunta.
- Porque o tornozelo dela parece uma batata. - Payne respondeu como se fosse óbvio, e até soltou um riso.
- Do que você tá falando, Liam?
- Do tornozelo torcido dela, ué.
- Ela torceu o tornozelo? Quando? Aonde?
- Como assim você não sabe que sua noiva se machucou? Vocês estão brigados, é?
- Não vem ao caso. - cortou de forma grosseira, não por querer mas sim porque ele estava preocupado exclusivamente com S/N. - Eu.. eu preciso desligar. Depois a gente se fala.
Ligação Off*
Louis sequer deixou o amigo falar qualquer coisa que fosse, e quase que de imediato desligou o telefone, voltando para a casa rapidamente.
Ao abrir a porta, ele encontrou sua noiva desacordado no sofá, seu corpo na horizontal e a região torcida apoiada no braço do sofá, longe de qualquer objeto - ou o próprio corpo da garota - para que nada encostasse na parte inchada e com um coloração roxa bem visível.
A televisão se encontrava ligada, então Louis concluiu que a garota estava dormindo. Contudo estranhou o fato dela não ter despertado devido ao barulho da chave, porta fechando ou mesmo os passos do rapaz. Quando o moreno de fato a encarou e sacudiu de leve o ombro de S/N, percebendo que a garota não acordava, ele se desesperou.
- S/N.. Ei.. Acorda.. - nem mesmo uma cutucada mais profunda abriu os olhos dela. O coração de Louis batia de forma frenética diante daquele momento assustador em que sua noiva não estava em seu estado normal. Sua cabeça já imagina o pior cenário, entretanto a parte racional se manteve firme, fazendo com que pegasse um pouco de água para molhar o rosto da garota a fim dela voltar. Louis trouxe consigo uma toalha azul úmida com água da torneira do banheiro e passava no pescoço e rosto de S/N. Aquela sensação gelada fez com que a moça despertasse devagar e aos poucos abrisse os olhos, tranquilizando seu noivo.
- Graças a Deus! - respirou aliviado.- Você esta bem, amor? - S/N assentiu após um suspiro profundo. - Te encontrei desmaiada, S/A.. - comentou preocupado. - Tem certeza que está bem?
- Eu só estava dormindo.
- Não estava. Eu te chamei várias vezes, te cutuquei, sacudi e nada de você acordar.
- Talvez minha pressão tenha baixado.. - falou com a voz quase que inaudível e levando a mão até a cabeça ela fechou os olhos, visto que a dor no tornozelo retornou.
- O que está sentindo agora?
- Sono..
- E esse tornozelo? Como você fez isso? Por que não colocou um gelo?
- Porque eu simplesmente não consigo sair daqui. - respondeu ríspida e brava. Louis sequer retrucou. Ele sentia-se culpado por ter deixado a noiva sozinha e machucada por horas.
- Eu já volto. - de modo calmo o rapaz foi em direção a cozinha, pegando no congelador a bolsa de gel para diminuir o inchaço e alguns analgésico a fim de aliviar a dor que sua garota sentia. - Aqui, esses dois compridos vão ajudar. - S/N, emburrada, pegou as pílulas e o copo de água oferecido pelo noivo e tomou a medicação. Enquanto isso, Louis enrolou a bolsa de gel na toalha que havia pego anteriormente e assim depositar cuidadosamente no tornozelo de S/N, a qual resmungou quando sentiu a superfície fria em contato com a parte lesionada. - Desculpa.. - respondeu ao gemido de dor dela com uma careta. Quando ele pressionou devagar a bolsa em certo local a garota sentiu um alívio, acreditando ser ali o ponto que a estava incomodando. - Está melhorando?
- Um pouco.. tá muito gelado. - o moreno entendeu aquilo como uma ação para retirar a bolsa dali por pelo menos cinco minutos. E assim ele fez, percebendo que o inchaço estava realmente diminuindo. - Está com fome? - S/N apenas assentiu e ele sorriu de modo fofo para ela. O rapaz notou que a garota estava baixando a guarda diante da discussão horas atrás. Ele sabia que uma hora ou outra o assunto voltaria à tona, porém Louis achou melhor prolongar o inesperado e tentar de alguma forma se redimir por ter abandonado sua noiva em um momento em que ela necessitava dele.
Da cozinha ele preparava um sanduíche caprichado, com tomate, alface, azeitona, queijo, presunto e maionese, cortando o pão de forma no meio, formando triângulos, os quais foram colocados em um prato verde. No copo de vidro pego por ele dentro do armário havia suco de laranja fresco, e o rapaz aproveitou as frutas vermelhas congeladas para colocá-las em um bowl pequeno, com aveia e leite.
Quando pronto Louis levou todo o lanche em uma bandeja de madeira com apoios. No entanto viu que S/N precisava de ajuda para se sentar e então deixar a bandeja nas pernas.
- Quer ajuda?
- Não.. eu consigo. - e ela realmente conseguiu. O moreno soltou um sorrisinho e depositou a bandeja no colo dela, que logo começou a comer. Como ele não queria atrapalhar ou muito menos tocar no local machucado, o rapaz sentou-se no chão e novamente - com cuidado - colocou a bolsa de gel menos gelada dessa vez no tornozelo de S/N.
- Como você fez isso?
- Tropecei na escada enquanto corria atrás de você. - a culpa que ele sentiu tornou-se pior depois daquela resposta. - Caí no instante em que você bateu a porta feito um adolescente mimado. Não ouviu?
- Não..
- Ou será que fingiu que não ouviu porque estava bravinho demais para me encarar?
- Você acha que eu sou quem? Seu inimigo? A pessoa que te odeia? - ela ficou quieta. - Por que eu tô começando a achar que você acredita que eu só quero o seu mal. - os olhos da garota baixaram e ela preferiu tomar um gole do suco do que dizer alguma coisa. Ela sabia que estava passando dos limites com ele. - Por que você está me tratando assim? Como se eu não ligasse para você. - novamente Louis não obteve resposta. Agora era ela quem estava sentindo-se culpada. - Eu soube que você estava machucada pelo Liam, S/N. - disse um tanto quanto incomodado com aquilo. - Me chateou muito saber que você preferiu avisar ele do que a mim.
- Eu não avisei a ele. Apenas contei o que aconteceu porque ele me mandou mensagem. - contou com a voz amena. - Mas eu sei que tenho sido dura com você.. Me desculpa por isso..
- Eu te fiz alguma coisa?
- Não, é só que.. parece que você não está afim de estar comigo ultimamente. - respondeu receosa.
- O quê? É claro que não. Só estou um pouco estressado. - Louis repensou e decidiu ser sincero. - Um pouco não, eu estou muito estressado. - respirou fundo. - Sei que você odeia esse assunto mas a situação da empresa está realmente mexendo comigo.
- Eu entendo. Percebo que não dorme há dias e fica rolando de um lado para o outro na cama. Sabe que pode desabafar comigo, não é?
- Não quero perder tudo que eu conquistei para o Simon, S/A.. - Tomlinson iniciou, demonstrando insegurança e ansiedade em sua voz. - Tenho medo de demorarmos para te colocar como minha sócia em toda a papelada e ele roubar todo o meu esforço e dedicação que foram construídos ao longo de todos os anos que eu passei para me tornar o responsável pelo meu sucesso.
- Isso não vai acontecer.
- Como você sabe?
- Porque iremos nos casar o mais rápido possível. - respondeu decidida e Louis franziu o cenho.
- Como assim? E a sua preparação perfeita para o cansamento que sempre sonhou?
- Eu abro mão dela por você. - apesar dele ter achado extremamente fofo e apaixonante o feito de sua noiva, e até soltar um sorriso bobo, Louis não poderia aceitar aquela alternativa.
- Não, eu não vou tirar essa paixão de você.
- Está tudo bem, amor.
- Eu sei o quanto esse casamento significa para você e para a sua família. E quero que saiba que significa muito para mim também. - juntou as mãos nas dele. - Sinto muito por não ter dado tanta atenção como esse momento merece, mas quero que saiba que meu amor por você não mudou. Eu te amo com todo o meu coração e o que eu mais quero é poder te ter como minha esposa e então receber a prova mais bonita de amor que poderia me dar, apenas pelo fato de você aceitar que eu te faça feliz pelo resto da vida. Então sim, nós teremos o casamento que você quer, e eu farei de tudo para estar mais presente em cada detalhe, tudo bem? - S/N tinha os olhos marejados e sentiu sua alma ser preenchida por uma sensação e sentimento que só aquele homem podia-lhe causar. O mais puro e verdadeiro amor correndo pelas suas veias era tão gostoso e gratificante que ela nem imaginava desejar alguém diferente. Sendo assim, em sua cabeça ela deveria retribuir o bem que Louis trazia para sua vida.
- Podemos casar no papel semana que vem, apenas nós dois e nossos pais, e mais para frente fazemos a cerimônia, o que acha?
- Você não se importa de adiantarmos o casamento civil?
- Não, meu bem. Eu imagino que esteja complicado toda a situação com o Simon e que o processo de divisão de bens seja demorado. Eu não quero te ver sofrer por tanto tempo apenas por um capricho meu.
- Acha que seu tornozelo vai estar bem até lá? - por um segundo S/N esqueceu que não estava nem um pouco bem para andar e encarrou o tornozelo torcido.
- É mesmo..
- Bom, a gente resolve isso depois que você melhorar.
- Mas e a empresa?
- Você é bem mais precioso que qualquer negócio meu. E a saúde da minha esposa vem em primeiro lugar.
- Quase esposa. - corrigiu entre sorrisos meigos que expressavam felicidade.
- No meu coração você sempre teve esse posto.
- De sua esposa? - ele afirmou com a cabeça.
- E outro ainda melhor.
- Qual?
- O de amor da minha vida.
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Ju
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We should have done this before the end - w/ Zayn Malik
Situação: ex marido!Zayn Malik x Leitora
Contagem de palavras: 3981
Sinopse: Um encontro surpresa teve de acontecer para finalmente Zayn e S/N colocarem um ponto final ou darem início ao recomeço do romance dramático e doloroso na vida de ambos.
N/A: Alguém pediu imagine com muito drama e tristeza por aqui? Aproveitem porque veio com dose extra! Quem tava com saudade de história grande, toma essa bomba hahaha. Boa leitura e me digam o que acharam depois ;) beijooooosss
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O quintal imenso da casa de Louis estava completamente diferente do habitual naquele tarde ensolarada em Londres. Um arco de bexigas coloridas e balões com cores primárias deram vida ao cenário esverdeado predominante do gramado e das árvores ao redor. Os diversos doces e decorações de circo enfeitavam a grande mesa a qual estava embaixo de um toldo caso a chuva tomasse o lugar do sol de repente. O local estava pronto para a iniciar a festa de aniversário de Freddie, contudo faltava o ingrediente principal para dar início a celebração. Os convidados.
O rapazinho que completava 6 anos no dia de hoje estava tão elétrico que o pai sequer conseguia calçar o tênis no pezinho dele. A agitação do pequeno em ter seus amigos da escola na casa para comemoração seu aniversário e brincarem até cansarem era tanta que parecia ter formigas no bumbum do jeito que ele se remexia aonde estava sentado.
- Filho, fique quietinho só um instante para eu amarrar o cadarço. - feito bobo, Louis tentava segurar o menino inquieto na beira do beliche para finalizar o look.
- A minha madrinha também vai vir? - o pequeno perguntou animado ao lembrar de uma das mulheres favoritas para ele e sequer deu bola para o pedido do pai.
- Mais é claro que sim. - respondeu sem olhar para o garoto, concentrado em fazer um laço rapidamente visto que havia conseguido segurar os cadarços quando Freddie cessou seu remelexo por meros segundos.
- Estou doido para ver ela, meus amigos, o meu padrinho. Ele vem também, né?
- Vem, filho. Já estão a caminho.
- Que demais! - a empolgação era tanta que Louis riu. - Quando o palhaço vai chegar? Eu adoro palhaços.
- Ele vai chegar assim que você ficar pronto para receber todo mundo.
- E quando eu vou ficar pronto? Já faz um século que você tá amarrando meu sapato. - naquele instante o moreno esboçou um sorriso desacreditado para o filho e o encarou com as mãos na cintura.
- Você está muito mimado para o meu gosto, garoto. - a risada espontâneo do loirinho com o cena e comentário do pai preencheu o som do ambiente, que até os primeiros convidados ouviram lá da sala ao adentrarem a casa. - Se você parasse quieto, talvez eu já estivesse terminado de te arrumar.
- Eu já estou lindo, papai. Não preciso de mais nada. - além de ser a cópia perfeita de Louis fisicamente, podia-se dizer que a personalidade convencida também veio de brinde para completar o pacote completo de mini Tomlinson.
- Meu Deus do céu, a cada dia ele está mais parecido com você. Em todos os sentidos! - uma voz feminina foi escutada pelos meninos logo após a afirmação de Freddie e os dois olharam para a porta do quarto, deparando-se com S/N e Harry, os padrinhos do aniversariante.
- E isso tá me assustando. - Louis completou entre risadas antes do filho pular em seu colo, gritando o apelido da madrinha.
- S/A!
- Olá, meu amor! - após deixar a criança no chão, S/N abaixou-se para abraçar Freddie fortemente e depois lhe dar um beijo na bochecha. - Feliz aniversário!
- Obrigado. - respondeu sem jeito.
- Você está um gato nesse look colorido.
- Eu sei. - a fala convicta veio acompanhada de um olhar cheio de certeza ao encarrar o reflexo no espelho no canto esquerdo do quarto, enquanto trocava de pose para avaliar os diferentes ângulos do visual.
- Igualzinho o pai.. Como é possível? - dessa vez foi Harry quem comentou o fato perplexo, observando o pequeno a poucos passos dele.
- E tem gente que ainda fala que não é meu filho.
- Quem fala isso? - questionou Freddie, que apesar de criança era muito antenado em tudo que ouvia.
- Ninguém, meu filho. - imediatamente os adultos riram, a fim de despistar a curiosidade do baixinho, que apenas deu de ombros.
- Só a sua madrinha ganha abraço então, senhor Freddie? - Styles reclamou de braços cruzados quando sua voz tomou conta do lugar depois de um silêncio rápido e ele logo viu um sorriso se formando na boca do afilhado, que correu em direção ao padrinho. Harry assim que percebeu o choque de amor que receberia abaixou levemente o tronco para pegar o garoto no colo e enche-lo de beijos e abraços apertados. - Parabéns, cara! Amo muito, muito você.
- Eu também te amo, Harry. - disse de modo fofinho e por fim beijou o rosto do moreno alto.
- Ele está pronto para receber os amiguinhos que estão lá fora, papai?
- Falta pentear esse cabelo todo bagunçado. - Tomlinson respondeu enquanto pegava a escova em cima da cômoda branca.
- Para com isso. Ele já está super estiloso. - concluiu Harry.
- Eu também acho. - e S/N concordou em seguida, apenas para irritar o amigo.
- É, papai. O pessoal está me esperando! - o garotinho estava realmente impaciente, e os três olhares piedosos voltados para Louis fez o mais velho bufar, ainda que sua risada se sobressaísse. Sendo assim, após ter sido vencido pela maioria Harry desceu o menino, que feito foguete saiu em direção a sala e logo abriu a porta de casa para dar as boas vindas aos convidados de sua festa.
- Vocês dois não prestam. - Tomlinson comentou enquanto guardava algumas das opções de camisetas escolhidas pelo filho antes dele optar pela xadrez colorida.
- Qual foi, Lou. É aniversário dele.
- Exatamente por isso que ele precisa estar bonitinho.
- Você não ouviu o que ele disse? - a pergunta foi retórica e dita com um sorriso fraco nos lábios. - Ele já estava lindo. - a mulher replicou a fala de Freddie no momento que os padrinhos chegaram, fazendo os homens rirem ao lembrarem da cena e então perceberam o quão seguro ele é com poucos anos de vida.
- Isso que ele só tem seis anos de idade.
- Você arrumou um problemão com esse daí. - disse Harry ao se referir ao afilhado.
- Tendo vocês como padrinho, pode ter certeza que arrumei mesmo.
- Ei, nós somos ótimos! - S/N afirmou em defesa dela e de seu companheiro. - Compramos exatamente o que você sugeriu.
- Acharam aquela fantasia de homem aranha? - a pergunta eufórico de Louis e o olhar brilhante desesperado aos amigos foram tão engraçados que ninguém segurou o riso.
- E o avião de controle remoto também. - completou Styles para a felicidade do moreno.
- Caralho! A melhor noticia que poderia receber! - deu para sentir o alívio na fala sincera do pai, o qual estava procurando feito louco a tal fantasia preta de homem aranha escolhida por Freddie e o tão sonhado avião supersônico que ele viu em um vídeo japonês no YouTube.
- Viu só como somos uma dupla excelente?
- Como padrinhos eu aposto que sim. - afirmou sorrindo. - Estou curioso para saber se são tão incríveis assim como casal. - a indireta foi mais direta impossível e causou certo constrangimento em Harry e S/N, os quais se entreolharam com um sorriso envergonhado nos lábios. - E aí? Vão se assumir publicamente hoje? - o silêncio pairou o ambiente por alguns instantes e os olhares de ambos eram de inquietação e desconforto.
- A gente tá indo com calma. - sem tirar os olhos de Harry, com o objetivo de encontrar reciprocidade, a garota se pronunciou e viu o rapaz concordar com a cabeça para depois voltarem os olhares para Louis, que observava a cena estranha dos amigos com a testa franzida.
- Vocês não estão me escondendo nada, não é?
- Não. - o quase casal falou em sincronia.
- Bom, então nesse caso acho melhor se apressarem, porque o Zayn vai estar aqui. - a normalidade revelada por Tomlinson em sua fala foi tanta que Harry e muito menos S/N entendeu o motivo pelo qual o rapaz disparou tal notícia com tanta naturalidade.
- O quê? - a garota indagou surpresa e instantaneamente sentiu seu estômago embrulhar e o coração acelerar aos poucos. - Por que não me disse isso antes?
- Se eu dissesse antes você não viria. - infelizmente Louis falou um fato o qual não poderia ser contestado. - Além do mais eu e Freddie exigimos sua presença no dia de hoje.
- Lou mas..
- Pai! Preciso de você! - mesmo que quisesse S/N não conseguiu terminar a frase visto que um Freddie escandaloso e incrivelmente animado chamava pela figura paterna. E pelo grito, era urgente.
- O dever me chama. - a deixa perfeita para Louis surgiu na hora exata, e após dar de ombros e levantar de leve as mãos na altura do ombro deixou os amigos no fim do corredor, ainda processando a informação impactante dita minutos atrás.
- Que porra! - irritada a mulher esbanjou sua indignação com um murro fraco na parede.
- Podemos ficar separados durante a festa se você quiser. - Harry sugeriu. - Não quero arrumar problemas. Especialmente hoje.
- Não, tudo bem. - já mais calma ela tentava transmitir segurança ao ficante. - Vamos agir numa boa, como amigos que sempre fomos. Afinal Louis é o único que sabe da gente. Não precisamos assumir que estamos juntos, até porque nós nem conversamos sobre o assunto.
- Para falar a verdade nem sei se estou preparada para dar um passo tão grande. - embora ela também não soubesse o que queria de fato com Styles, escutá-lo dizer que não estava preparado após seis meses juntos praticamente a deixou um tanto quando recuada em relação ao relacionamento dos dois.
- Melhor ainda. - assumindo uma postura desinteressada, completamente diferente da que sentia, S/N deu uma piscadinha e se afastou de Harry, indo até a sala em passos rápidos. Porém, no instante que chegou no cômodo ela se arrependeu de ter vindo tão depressa e desejava possuir um poder que a fizesse voltar no tempo, justamente para não dar de cara com seu ex marido adentrando a casa e segurando uma menininha linda e idêntica a ele em seu colo.
Vidrada na figura masculina e de cabelos escuros perto da porta, S/N sentiu as pernas bambearem e o coração disparar. Suas mãos estavam inquietas e o mix de sensações rasgaram seu peito no instante em que Zayn olhou diretamente para ela, mesmo que existisse certa distância entre eles e diversas pessoas ao redor. Naquele momento, tanto para ela quanto para ele a sala era preenchida somente pela presença de ambos. Os barulhos silenciaram, os movimentos dos outros sequer eram percebidos por eles e os sentimentos confusos dentro de cada corpo os consumiu de forma rápida e concisa.
- Papai, papai! Olha o palhaço! - foi a voz fina de Khai, ecoada diretamente no ouvido de Zayn que o trouxe para a realidade e fez com que S/N se soltasse daquela atmosfera bizarra, indo até o jardim em busca de qualquer distração que fosse. E apesar de voltar ao mundo real, Malik não conseguiu desgrudar seus olhos da mulher ao acompanhá-la até a mesma não estar mais em seu campo de visão.
- Cara, estou tão feliz que você veio. - Louis comentou empolgado, abraçando o amigo o qual reconquistava a amizade depois de anos sem conversarem.
- Obrigado mesmo por me convidar e deixar a Khai me acompanhar.
- Vocês são mais que bem vindos, sabe disso. - completou com um sorriso. - Inclusive você, lindinha! - a garotinha vestindo uma blusa branca de manga longa e jardineira rosa, toda trabalhada no tecido de nylon, esboçou um riso gostoso e levou as mãozinhas à boca quando Louis iniciou um combo cócegas com os indicadores na cintura da criança. Zayn acompanhava a cena encantado com a interação de sua filha com seu amigo de longa data. No entanto foi impossível ignorar a situação que lhe intrigava.
- Não sabia que a S/N vinha. - soltou inesperadamente.
- Ela é madrinha do Freddie, esqueceu?
- Não. - Malik rebateu ao negar de leve a cabeça. - Tô falando por minha causa. Ela veio mesmo sabendo que eu estaria aqui?
- Bom, na verdade não. - Tomlinson deixou uma risada sem graça escapar enquanto servia um copo de suco para o amigo. - Eu não contei.
- Porra, Louis!
- O quê? - questionou fingindo não entender a outra indignação referente ao mesmo assunto, contudo vinda de outra pessoa. Louis sabia que sua atitude não foi uma das melhores, mas sua intenção era. O moreno convivia com S/N praticamente todos os dias por trabalharem juntos na mesma empresa, e ele acompanhou toda a situação dramática envolvendo os dois amigos. E o moreno, mais do que ninguém, sabia que a madrinha de seu filho precisava colocar um ponto final na história inacabada dela com Zayn. - Isso foi há tanto tempo, gente. Vocês já são adultos, tem filhos, relacionamentos. Precisam conviver com essa nova realidade ou então conversarem sobre o passado para acertarem as coisas.
- Ela se casou de novo? Tem filhos? Está grávida? - por um instante Louis pensou estar falando com Freddie diante das tantas perguntas de uma só vez ditas por um Zayn preocupado e ansioso.
- Não. - Tomlinson riu. - Ela está enrolada com o Harry. Talvez vá para frente.
- Harry? - Malik franziu o cenho, completamente confuso. - O nosso Harry?
- Sim.. - embora não devesse falar sobre o quase casal para absolutamente ninguém, o rapaz deixou seu lado fofoqueiro falar mais alto e se arrependeu no segundo depois que a informação sigilosa foi vazada por ele mesmo.
- Quantas surpresas em um único dia. - após um suspiro nada satisfeito Zayn engoliu em seco tudo o que ouviu do amigo e passou a festa toda intrigado, encarando disfarçadamente a ex e Harry quando os via por perto. Em contrapartida, S/N tentava a todo momento fugir da presença do moreno, até que ao sair da cozinha vazia enquanto a festa ainda rolava, uma menininha tropeçou e caiu bem em sua frente, ao correr de alguém em uma brincadeira de pega pega.
- Opa, tá tudo bem? - imediatamente ela se abaixou para ajudar a criança que sequer chorou com a queda. Sendo ajudada pela mulher a garotinha assentiu com a cabeça, desviando um pouco o olhar devido a timidez pelo primeiro contato com a desconhecida e correu para atrás da pessoa a qual ela tinha intimidade. E S/N encarrou a pessoa assim que se pôs de pé novamente. Ali, foi impossível evitar o tão temido contato.
- Quer vir no colo do papai, filha?
- Não. - ela respondeu baixinho, chacoalhando a cabeça de forma negativa.
- Então quer dizer que você tem um filha.. Uau. - S/N imaginou que a menina fosse realmente filha de Zayn ao vê-los chegando no início da festa por conta da semelhança. Porém foi preciso ouvir da boca dele para que a ficha de fato caísse.
- Pensei que sabia.
- Eu não soube mais nada de você depois que sumiu da minha vida. - admitiu séria.
- A escolha foi sua. - Zayn foi direto e também demonstrava seriedade em suas palavras e ações, razão pela qual S/N respirou fundo. - Você quis que eu sumisse.
- Eu nunca falei isso.
- Mas insinuou. - mais uma vez a mulher se calou e desviou o olhar quase que culposo para o chão. - Dizer que eu não fazia diferença alguma para você foi o suficiente para deixar claro que não me queria por perto.
- E você ainda acha que fazia a diferença? - a pergunta foi retórica e dita em um volume mais alto que o normal. - Acha que fez de tudo para mudar o que eu sentia? O que nós sentíamos? - dessa vez foi Zayn quem ficou quieto e sentiu a pancada da verdade lhe atingir. - Você não me deu apoio em nenhum momento após o acidente, Zayn.
- Eu também fiquei abatido. Como iria te segurar se nem eu tinha forças para me erguer?
- Nós tínhamos um ao outro! É isso que você não entende. E acho que nunca vai entender.
- Você não me ve há anos, S/N. Pare de querer presumir coisas sobre mim, pelo amor de Deus! Esse seu jeito controlador de ser, onde só a sua verdade prevalece é muito, mais muito feio, e me tira sério! - as vozes haviam se alterado e boa parte dos convidados do lado de fora olhavam para o interior da casa, curiosos em saber quem estava fazendo tanto alvoroço.
- Ei, o que está acontecendo aqui? - o dono da casa, ao identificar de quem eram as vozes altas protagonistas da discussão surgiu no cômodo com a feição séria e um tanto quanto brava, chamando a atenção dos amigos em questão. - Vocês não vão brigar na festa do meu filho, por favor. - ordenou e os dois assentiram calados. - Meu quarto está liberado para conversarem por lá. Podem ficar à vontade.
- Eu não tenho nada para conversar com ele. - de maneira ríspida e fria S/N virou o rosto e cruzou os braços.
- Você ainda age como adolescente mimada? - Malik questionou provocativo. - Inacreditável.
- Olha aqui, moleque!
- S/A! Por favor.. - a repreensão vinda de Louis fez com que S/N fechasse os olhos e respirasse fundo. - Vocês sabem que precisam por os pingos nos is no passado para viverem bem e tranquilos de novo. É tão chato ver que se odeiam depois de tudo que passaram. A gente sabe muito bem como é conviver com essa dor, Zayn. E tenho certeza que você S/N, precisa deixar claro certas coisas para poder seguir em frente. - o cenário era como se Louis fosse o pai dos dois e estivesse dando uma bronca. Mas era uma bronca do bem, que de um jeito ou de outro os amigos agradeceriam-no. - Eu cuido da Khai. - Louis estendeu a mão para a pequena levemente assustada ao presenciar uma briga e então entreteu a menina ao levá-la para a piscina de bolinhas.
Dessa forma, e sem muita opção, Zayn e S/N encaminharam-se para o quarto do dono da casa a fim de resolverem a situação antiga de uma vez por todas.
- Olha, eu..
- Você se casou? - S/N sequer deixou o homem terminar sua fala e logo soltou a pergunta que mais a amedrontava, ainda de costa para ele e de frente para a porta branca recém fechada.
- Sim. - respondeu após alguns segundos em silêncio.
- E cadê sua mulher? - desta vez ela estava olhando para ele.
- Nos separamos. - Malik não titubeou e a mulher sentiu seus nervos desafogarem. - Na verdade nunca fomos casados no papel, mas era como se fosse porque morávamos juntos desde o início do relacionamento. - ele concluiu. - Você continua sendo a minha única esposa.
- Ex esposa. - no instante em que ela corrigiu, Zayn revirou os olhos. A petulância da mulher o irritava profundamente.
- Por que você gosta tanto de frisar isso?
- Não somos mais casados, Malik. Quando é que você vai entender?
- Sinceramente? Nunca. - foi a primeira vez, durante todo o diálogo, que S/N se surpreendeu com a fala direta e sincera do moreno.
- Não seja ridículo.
- Eu tô falando sério. - novamente o rapaz admitiu, sério e concentrado em expressar da melhor forma seus sentimentos. - Eu nunca vou entender porque não ficamos juntos depois de tudo o que rolou. Porque não usamos da dor de perder nosso filho para nos deixarmos mais forte e enfrentarmos aquela tempestade juntos. - para S/N, nenhuma daquelas perguntas haviam respostas. E a sensação de ter desistido do amor doía dentro do peito.
- Eu.. eu.. eu não sei.. Talvez o baque da morte do Noah nos fragilizou de alguma forma.
- Mas como você mesma disse: Nós tínhamos um ao outro!
- Do que adiantou, Zayn? Você ficava isolado, trabalhava sem parar para ocupar a cabeça e esconder a dor que deveria ser sentida naquele momento, enquanto eu chorava por horas, carregando uma tristeza tão profunda que me deixou amargurada e com medo de ser mãe de novo. - dava para perceber nitidamente o choro entalado na garganta dela ao mencionar a pior época de sua vida.
- Sinto muito se não te dei atenção que precisava.. mas não pense que foi fácil para mim.
- Eu sei que não. - ela limpou rapidamente uma lágrima que caía devagar pela bochecha.
- Não queria chorar na sua frente e passar a imagem de alguém fraco para você. Eu deixava a fragilidade e a tristeza tomar conta de mim no banheiro do escritório, onde eu ficava por duas horas direto.. sem forças para me levantar do chão.
- Talvez nosso erro foi sofrer separado. - ali, naquela frase veio o in-sight que poderia ter sido a solução dos problemas de um relacionamento mal resolvido. - Nossas brigas começaram quando já estávamos saturados de tanta dor, sabendo que o vazio não seria preenchido por mais nada.
- Te devo desculpas pelas vezes que te deixei sozinha, com medo de te prejudicar com a minha tristeza.
- E eu por achar que não se importava comigo e sempre gritar com você a troco de nada.. Perdão por ter sido tão insensível. - os dois tinham os olhos focados um no outro, com o intuito de transparecer verdade em cada palavra dita. - Acha que gente poderia ter continuado junto?
- Acho que sim.. - Zayn respondeu ao enxugar os olhos marejados. - O que nos separou não foi falta de amor, isso eu posso afirmar. - o olhar borrado da mulher estava voltado ao rapaz, que tomou coragem e finalmente disse o que tanto queria após anos em silêncio. - Porque até hoje eu sinto algo forte por você.
- Como tem tanta certeza?
- Porque se não sentisse nada meu coração não teria quase pulado pela boca no segundo que te vi depois de tanto tempo. - o moreno estava envergonhado e desviou o olhar para as mãos inquietas. - Ou então ter sentido ciúmes de você ao saber que está com o Harry. - instantaneamente S/N franziu a testa.
- Harry? Eu não estou com ele. - a tentativa de mentira funcionou tão bem que Zayn não se importou em dar continuidade àquele assunto e então se aproximou devagarzinho a mulher. S/N por sua vez nem percebeu que a distância entre os corpos havia diminuído, pois seus olhos estavam fixos nos penetrantes do moreno, o qual um dia ela amou.
- Então eu posso fazer isso? - Malik questionou baixinho e de modo sedutor, levando a mão leve até a cintura de S/N, que amoleceu ao sentir o toque que a fazia suspirar todas as vezes que ele a tocava.
- Isso o quê? - não passou nem meio segundo desde a pergunta de S/N para que os lábios quentes se encontrassem e então um beijo calmo e vagaroso, repleto de uma saudade enorme acontecesse, levitando o ex casal a medida que as línguas dançavam sincronamente a música do amor que nunca abandonou os corações quebrados. Aqueles minutos pareceram certos para ambos e a certeza de que se tivessem tido uma única conversa franca sobre o luto que sentiam, eles ainda estariam casados e inteiramente felizes.
- Zayn... - foi tudo o que S/N pôde dizer após finalizarem o beijo com um selinho doce e desacelerado.
- Me desculpa, S/A.. me desculpa pelo beijo, por ter sido fraco, por não ter te dado o apoio que merecia, por ser um covarde, por ter ido embora sem ao menos olhar para trás e principalmente por te perder. Por perder a única mulher que sabia como me fazer feliz. - o moreno estava abalado, emotivo e saudoso. No entanto ele sentia-se mais leve ao dizer aquilo que não conseguiu há anos. - Só quero que saiba que todas as dores que vivemos juntos, eu carrego comigo todos os dias, sem exceção. - S/N assentiu, emocionada, segurando ao máximo para não chorar. - Sei você ficou sozinha naquele momento, mas quero te dizer que hoje você não está. E pode ser que nunca mais esteja se quiser me ter por perto de novo. - o moreno deu um sorriso fraco e levou as mãos da mulher a boca para enfim beijá-las após as tê-las segurando durante todo o discurso. - A gente precisa ser feliz, S/A..
- Eu sei.. - ao assentir com a cabeça ele largou as mãos dela devagar, limpou o rosto molhado e caminhou até a porta. No entanto, quando tocou a maçaneta Zayn olhou para S/N mais uma vez e soltou a última frase, contendo a última esperança de uma reconciliação.
- Acho que o Noah ficará orgulhoso de nós se nos permitirmos reconstruir o que começamos. - disse entre um sorriso sincero e sentimental. - Gosto de imaginar ele feliz.. E acredito que ele vai ficar se ver os pais juntos de novo.
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Ju
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say-narry · 3 years
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SAYNARRY | Masterlist
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Memories (finalizada) | Harry Styles x Leitora: O acidente faz Harry perder a memória e a única coisa que ele sabe é que foi um homem ruim quando casou com uma mulher maravilhosa por conta de uma aposta.
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Make a massage | FLUFF | Harry!Namorado & Leitora | Seu dia estressante resulta num momento fofo com Harry.
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Be My Last First Kiss | REQUEST FLUFF | Harry!Namorado & Leitora | Harry quer novas recordações em um lugar especial.
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Just how fast the night changes | FLUFF | Harry!famoso & Leitora | Um beijo de boa noite após um frio encontro.
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New Family | FLUFF | Louis!famoso x Leitora!Amiga | Você traz o filho de seu amigo para perto e acaba ganhando uma família.
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Christmas’ gift | SMUT | Louis!marido x leitora | Presente especial numa noite de natal.
Chris Evans
Em breve...
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i need u, honey
Situação: namorado!Louis Tomlinson x Leitora
Contagem de palavras: 1201
Pedido: um que o Louis está doente e carente e você mima ele??
N/A: Feito, xu! Ficou curtinho mas fiz com bastante carinho. Espero muito que você goste, e por favor me conte o que achou. Feedback é o que mantém a página viva! Boa leitura 💗
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- Amor.. posso acender a luz? - sua voz saiu baixa e suave, a fim de não atrapalhar o moreno descansando no quarto completamente escuro de sua casa, em um típico final de semana frio e nublado na capital inglesa.
- Acende a do banheiro, por favor. Quanto menos claridade, melhor. - Louis respondeu de modo manhoso, um tanto quanto incomodado devido ao desconforto que sentia e usando um tom de voz menor que o seu, visto que a rouquidão provocada por uma laringite inesperada o impedia de falar mais alto. Ver seu amado tão fraco, desanimado e dolorido mexia com seu coração. Louis é uma pessoa tão animada e energética que quando a situação muda, chega a ser estranho conviver com ele desse jeitinho. Sendo assim você escutou o aviso de seu namorado e obedeceu, afinal você não queria que a enxaqueca do pobrezinho piorasse.
- Como está se sentindo? - você perguntou ao andar até a cama onde ele estava deitado, usando o travesseiro para cobrir todo o rosto. Suas mãos seguravam um copo d´água e uma cartela de compridos que havia comprado há vinte minutos, visto que a dor de cabeça de Louis, fruto de estresse pesado por conta da nova fase da vida profissional do cantor e também pela mudança repentina de tempo em Londres, havia ficado mais forte cerca de algumas horas.
- Como se minha cabeça fosse explodir a qualquer momento.
- Eu trouxe o remédio para você. - devagar o moreno retirou o travesseiro da face e espremeu os olhos quando uma parte fraca da luz vinda do banheiro atingiu seu rosto ao levantar um pouco o tronco a fim de tomar a pílula.
- Valeu. - ele deu um leve sorrisinho e tossiu antes de pegar a água e um dos comprimidos, os quais foram até a boca dele lentamente. Louis estava fraco, não comia nada desde ontem a noite, as olheiras estavam presentes embaixo dos olhos caídos e pela careta ao engolir, sua garganta doía.
- E a garganta?
- Muito arranhada.
- Leite quente com mel ajuda, amor. - o moreno não disse nada, apenas deitou novamente. - Fiz macarrão para o almoço. Com molho de queijo. O seu preferido.
- Estou sem fome, querida.
- Você ainda não comeu, Lou. E já são seis da tarde. - sua voz expressava preocupação, contudo Louis não queria te dar trabalho embora quisesse ser mimado exclusivamente por você.
- O enjoo não me deixa comer nada. E eu já vomitei quatro vezes só hoje.
- Por isso mesmo que você tem que comer. Está perdendo nutrientes. Daqui a pouco vai parar no hospital e tomar soro. É isso que você quer?
- Não banque a minha mãe, S/A. - você pôde ouvir uma risadinha.
- Só estou cuidando de você.
- Então vem ficar comigo.. assim você pode cuidar de mim de pertinho.
- Vou trazer um pouco do almoço para você então.
- Eu não vou conseguir comer, babe.
- Não precisa ser o macarrão. Posso preparar algo mais leve. Uma sopa de abóbora, que tal?
- Sopa de abóbora? - Tomlinson franziu a testa e logo uma expressão de nojo surgiu em sua face. - Isso deve ser horrível.
- Minha mãe fazia para mim quando ficava doente. É ótima para o enjoo e é bem gostosa.
- Eu só preciso descansar, amor. - retrucou calmo ao colocar o travesseiro no rosto novamente. - Daqui a pouco eu melhoro.
- Vou preparar um soro caseiro já que você não quer comer.
- Não, fica aqui comigo. - resmungou feito criança, fazendo você sorrir. - Eu preciso de você..
- É rapidinho.
- Amor! - ele reclamou mais uma vez porém você foi mais rápida e logo saiu do quarto, indo até a cozinha para preparar a receita de soro que encontrou na internet ao fazer uma pesquisa simples.
Quinze minutos depois a solução já estava pronta em uma copo de vidro médio. O cheiro e o gosto não eram agradáveis, mas pelos comentários das pessoas que fizeram a receita, o resultado foi positivo. E era exatamente isso que você queria para o seu namorado.
- Voltei.. - você disse de forma calma e cautelosa a fim de não incomodá-lo. Por mais que sua voz estivesse baixa, ainda sim foi suficiente para ouvi-la, no entanto Louis não respondeu. E pelo modo estátua em que estava, você deduziu que o rapaz tinha pegado no sono, o que era uma coisa boa já que ele praticamente não dormiu de ontem para hoje por conta das dores e mal estar.
Dessa forma, na intenção de que o moreno ficasse mais confortável e dormisse melhor, você o cobriu com uma coberta mais quente do que a manta azul que estava por cima dele, ajeitou os travesseiro delicadamente e apagou a luz do banheiro, deixando Louis descansar o tempo que fosse necessário.
A companhia dele era tudo para você. Além de estar acostumada com a presença do rapaz a todo momento, visto que estavam morando juntos há três meses, o chamego que vocês faziam nos fins de semana era sua parte preferida quando a folga do trabalho chegava. Por isso ficar na sala sozinha, mesmo que um filme legal estivesse passando na tevê, foi entediante e até mesmo solitário. Dessa forma não demorou muito para que você pegasse no sono por alguns minutos, despertando com o toque de celular meia hora depois. Louis ainda estava dormindo e você decidiu passar o tempo desta vez no celular, navegando de uma rede social para outra até escutar a voz de seu namorado três horas depois.
- Acordou, meu bem?
- Uhum. - desta vez ele não sentia o incômodo da luz, agora vinda do corredor.
- Está melhor?
- Um pouco. - respondeu mais corado ao sentar-se na cama e espreguiçar-se. - O remédio ajudou bastante.
- Você dormiu bem?
- Não tanto quanto eu gostaria.
- Por quê?
- Você não estava aqui comigo. - um biquinho sutil e muito fofo apareceu nos lábios dele, amolecendo seu coração pela característica manhosa do seu amor.
- Own, não seja por isso. - imediatamente você deitou na cama e o abraçou forte, querendo nunca mais largá-lo.
- Esse era o remédio que eu precisava. - Louis aconchegou-se no seu peito enquanto agarrava seu tronco, completamente chameguento, uma situação rara de se acontecer mas que você amava e não fazia questão de comentar para que ele não mudasse a postura carente que você tanto amava.
- Pronto para tomar o soro?
- Não.. - resmungou e você riu.
- Não é tão ruim assim.
- É claro que é ruim. Soro nunca é bom.
- Mas vai te curar. - o moreno ficou em silêncio, talvez se rendendo ao velho e milagroso remédio caseiro
- Tudo bem.. - disse ele, sem ânimo e muito menos vontade. - Mas com uma condição. - a última frase fez você arquear as sobrancelhas e virar um pouco a cabeça a fim de encarar o namorado.
- Qual é?
- Promete não sair daqui depois que eu tomar essa coisa? - os olhinhos pequenos, as bochechas levemente rosadas e o cabelo bagunçado tornou aquele pedido o mais adorável e irrecusável que você já ouviu. Dizer não para um Louis meloso, carente e fofinho era um erro que você não cometeria. Afinal ficar agarradinho com o amor da sua vida era seu passatempo preferido.
- Prometo. - você respondeu apaixonada e ele emboçou um sorrisinho meigo, inclinando a cabeça com um biquinho nos lábios ao encontro dos seus.
- Obrigado por cuidar tão bem de mim.
- Não precisa agradecer. - comentou ao ajeitar os fios de cabelo dele de forma delicada. - Faço isso com maior prazer. Sabe por quê? - o rapaz negou, com o olhar voltado para você. - Porque eu te amo. Amo muito!
- Pois eu te amo bem mais!
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xoxo
Ju
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say-narry · 3 years
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Memories
Arrependimento, ego inflado, traição e coração partido. Esses são os sentimentos de Harry logo após um grande acidente. Voltar ao passado ainda não é possível, mas eles fará de tudo para ter você de volta a partir das profundas lembranças que ele terá.
Classificação indicativa: +18
Avisos: Menções de traição, violência, relacionamento abusivo, desprezo, sexo explícito e angústia, flashbacks.
Gênero: Drama/Angústia.
Personagens principais: Harry!CEO!Long hair era X Leitora!
Personagens secundários: Niall Horan, Louis Tomlinson, Liam Payne, Zayn Malik, Gigi Hadid, Anne Twist, Gemma Styles.
Nota da autora: História parecida já postada em outra plataforma. Baseada em um sonho de muitos anos atrás. Alguns capítulos terão avisos de gatilhos psicológicos. História narrada pelo Harry.
Capítulos
♡ Prólogo
♡ Capítulo 1 ♡ Capítulo 2 ♡ Capítulo 3
♡ Capítulo 4 ♡ Capítulo 5 ♡ Capitulo 6
♡ Capitulo 7 ♡ Capítulo 8 ♡ Capítulo 9
♡ Capítulo 10 ♡ Capítulo 11 ♡ Capitulo 12
♡ Capitulo 13 ♡ Capitulo 14 ♡ Capítulo 15
♡ Capitulo 16 ♡ Capitulo 17 ♡ Capitulo 18
♡ Capitulo 19 ♡ Capitulo 20 ♡ Capitulo 21
♡ Capitulo 22 ♡ Capitulo 23 ♡ Capitulo 24
♡ Capítulo 25 ♡ Capitulo 26 ♡ Capitulo 27
♡ Capítulo 28 ♡ Capitulo 29 ♡ Capitulo 30
♡ Epílogo
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