Tumgik
#kagepro novel
terukanetism · 4 months
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over the dimension cover color in by yours truly :3
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unrendered vers
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misslulps · 22 days
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Marry icons ~
like or reblog if you save ♡
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writemeverything · 2 months
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Someone please put an end to this coward self of mine.
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yuukei-yikes · 1 year
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Hi
kagerou daze II headphone actor, takane pov:
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kagerou daze VI over the dimension, haruka pov:
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saeru saying the same line, meaning haruka and takane are conscious at the same time without knowing it. they realize at the same time that they're outside of their own bodies
and after seeing themselves, they see the other
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anyways. i just wanted to remind u haruka and takane mourn each other at the very same time. while also mourning themselves. just always thought that was so funny.
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straybaddog06 · 1 year
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Imagine remembering several timelines at once
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arttitude130 · 1 year
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OK ONE MORE I PROMMY
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kozakuwas · 1 year
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we should've gotten a kido sisters reunion scene in the novel. like i want rin to see how much tsubomi has changed and tell them she's proud of them. i want tsubomi to start crying because yes, they've really grown so much. she's just like rin now. wow. jin why didn't you show us this.
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mushratting · 9 months
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my experience w the kagerou project is sorta hilarious because i was a fan of the anime and the songs exclusively on and off for about seven years. part of that was bc the manga and novels were not finished for a while so i didnt read them bc i forgot they existed.
i also barely knew what the songs had going on. like i understood a lot of what the anime had going on in terms of characters and base plot tho. but i was a fan of the kagerou project half on gross misinterpretations and vibes alone.
i wildly misunderstood what the ending of mekakucity actors was. until i think winter of last year i thought that the project ended with everyone dying, including mary. and that ending had really stuck with me like all throughout my childhood and the kagerou project itself was VERY influential to me and still is. but learning that the thing that had influenced so much for my work thematically for so much of my time as a storyteller fully Never Happened is so fucking funny. what do you mean summertime record (episode 12) ends with everyone getting out and thats not the afterlife or something??
and its not like i only watched mekakucity actors once when i was 12 and then never again. i watched it a couple of times over the years and somehow the plot of the final episode managed to sail perfectly and beautifully over my head. in my defense episode 12 is kinda confusing and in my opinion very unclear and ambiguous so its not really all my fault.
cuz a core memory of last year was sitting with a friend of mine and telling him about kagepro and being like 'yea and it ends with them all dying' and talking about how that was interesting and kagepro was one of the works of fiction that influenced me the most. and that kinda made me get kagepilled again, except when i rewatched the anime again the ending actually clicked correctly in my brain and i awkwardly had to tell my friend that id fully spread misinformation to them about one of my favorite series of all time. funniest shit ever.
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mayura-chanz · 30 days
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Kagerou Daze VII — from the darkness — Children Record - side n° 7
Tradução feita a partir da tradução em inglês da Yen Press.
Apoie o autor comprando a novel original.
Nota: Eu não lembrava de como traduzi anteriormente "clearing eyes", então a partir daqui estarei colocando como "limpando os olhos".
_____
Nunca cometi um erro a nível de me desconsiderar, mas não tinha ideia de que eu era tão idiota.
Eu sempre fui bem nas provas. Eu estava na faixa dos noventa e tantos por cento nos simulados da faculdade. É por isso que a minha irmã burra costumava me pedir ajuda para um monte de coisas. Ela sempre dizia “Faz favoooor, mano” assim como uma irmãzinha impertinente faz. Eu sempre adotava uma abordagem mais dura, tentando o meu melhor para oferecer orientação a ela. Afinal, não é como se eu tivesse outra escolha.
Tudo isso deveria ter sido um sinal suficiente de que eu não era muito estúpido. E isso não é tudo. Havia uma garota que tinha tingido o cabelo de castanho que se juntou a um dos grupos de nível superior na sala que uma vez me disse: “Você é tão superinteligente, Shintaro.” Hee-hee boas lembranças.
...Não, espera, aguenta aí. Eu estraguei tudo. Agora me lembro: eu respondi algo assim “Nrr... rpphh...” para ela, não foi? Mal saí da cama por um tempo depois daquilo. Droga. É uma lembrança de bosta, não é? É melhor esquecer.
Independentemente disso. Acho, ou gosto de pensar, que minha mente se assemelha um pouco a um autodidata. Eu consigo compreender a maioria dos conceitos depois de explica-los uma vez e geralmente sou bom em reter conhecimentos. Inteligente. Um cérebro, podemos dizer.
Mas algo estava começando a angustiar essa bela mente. Eu me deparei com uma situação um pouco complicada... Não. Não é nem um pouco. É bem complicado. É super incrível e complicado, no nível do Juízo Final.
Duas da manhã de 17 de agosto.
Debaixo de uma lâmpada de baixa intensidade, a sala do esconderijo do Mekakushi-dan estava repleta de uma atmosfera sombria e opressiva. Estávamos cara a cara, cercados por uma variedade de brinquedos cafonas e estátuas estranhas de países que eu não conseguia adivinhar o nome. Para uma testemunha ocular, poderia ter parecido uma reunião do sumo sacerdote de algum culto da Nova Era.
Apesar que talvez isso não fosse muito longe da verdade. Afinal, aqui era o Mekakushi-dan: personagens incomuns, habilidades sobrenaturais, sem regras reais em vigor. Em termos de seu aspecto assustador, classifica-se no mesmo nível de um culto típico.
Foi Kido, líder do grupo e um dos quatro membros deixados na sala, que cortou a tensão primeiro. — Então, — ela disse, os olhos girando entre os outros enquanto mantinha a voz baixa, — alguém tem alguma última palavra?
Seu olhar fixou-se em Kano, seu alvo mais comum de abusos e reclamações até então naquele dia. Seus ombros estremeceram um pouco.
— Bem, ah...hehe... nenhuma.
O habitual sorriso alegre em seu rosto desapareceu. Na verdade, ele agora estava branco feito papel e suando muito, até me senti mal por ele, mas o que eu poderia fazer? Sinceramente, eu também estou um pouco zangado com ele.
Digo, todos nós temos um ou dois segredos que levaríamos para o túmulo. Ou, no meu caso, uma pasta oculta no meu computador. Ou duas. Ou cinco. Na verdade, pode estar na casa dos dois dígitos agora.
Então sim, uma dúzia de segredos ou algo assim.
Mas.
Transformar-se nos familiares e amigos de outras pessoas e agindo como se fossem os mesmos? Isso é meio difícil de engolir.
Tudo começou noite passada, quando ele se tornou a Momo e começou a me provocar. A verdadeira Momo não pareceu chocada ou preocupada pela pequena festa de apresentação, mas eu não fui muito fã, para dizer o mínimo. Que irmão gostaria de ver alguém além de sua irmã fazendo Deus sabe o quê enquanto fingia ser ela? Nenhum irmão, eu sei.
Depois descobri que ele estava me instigando há muito tempo como Ayano, exatamente como ela parecia naquele dia, dois anos atrás. Quando Kano me disse, bem... Foi difícil. O que ela disse naquela época tornou impossível para mim sair de casa, fiquei tão obcecado com aquilo desde então—isso me levou a pensamentos suicidas várias vezes.
Foram esses tipos de jogos que Kano estava jogando comigo. Se os últimos dias incluíssem estritamente essas duas experiências, provavelmente eu nunca mais iria querer ver o cara novamente. Isso por si só já me daria combustível suficiente para a depressão manter o motor funcionando pelo resto da minha vida.
Mas, um outro mas, ele se abriu sobre tudo comigo. Acontece que, desde aquele dia, há dois anos, até o presente, Kano esteve correndo pela cidade fazendo tudo o que podia para resgatar Ayano. Ele tinha toda essa bagagem nas costas desde que estávamos no ensino médio e eu nunca nem percebi.
Assumindo que isso é verdade, então o que Kano me disse na forma de Ayano—sobre como era culpa minha por nunca perceber nada—bem, na verdade era uma bem-dita verdade, não era? Não tem nada de errado com essa acusação. Eu falhei em perceber qualquer aspecto da Ayano e no que ela foi pega.
Saber que seu próprio pai foi infectado por algum monstro estranho que estava colocando seus próprios irmãos e amigos da escola em perigo... Eu me perguntei como Ayano se sentiu. Talvez, em todas as suas conversas fúteis que tivemos, ela estivesse dando pequenas dicas. Dicas que eu poderia ter visto como pedidos de ajuda, que sem dúvida eram, se eu tivesse prestado atenção. Mas não prestei atenção. Entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
...O arrependimento era difícil de lidar. Se tivéssemos notado alguma coisa, qualquer coisa, talvez ela ainda estivesse conosco e não lá no outro mundo: Kagerou Daze, o qual a engoliu.
A visão de Kano tremendo feito vara verde sob o olhar fulminante de Kido aparentemente diminuiu seu apetite por novas explosões violentas contra ele; ela suspirou e baixou a cabeça. Na verdade, seus sentimentos também eram sem dúvida confusos—algumas das pessoas com quem ela passou grande parte de sua vida escondiam segredos devastadores dela. Pode ter sido demais para ela engolir tudo de uma vez.
Kano olhou preocupado enquanto os olhos de Kido caíam no chão. Não foi difícil adivinhar seus sentimentos sobre o assunto. Era mais do que não querer que as pessoas ficassem com raiva dele. Era uma sensação de desespero enorme e impossível de imaginar que ele suportou sozinho por dois anos, tudo pela família em sua vida que ele queria proteger. Provavelmente estava com medo de ter criado uma dose igualmente grande de desespero para Kido agora há pouco.
Todo mundo tem um ou dois segredos. A maioria, porém, mantém os segredos em ordem de proteger a si mesmos. Este aqui, por outro lado... Ele não estava pensando em si mesmo ali. Todos aqueles sentimentos que ele devia ter por sua irmã, por sua família... tudo isso enquanto estava cara a cara com uma realidade que deve tê-lo feito querer arrancar os olhos.
Kido levantou a cabeça. Se ela continuasse com seus jogos mentais contra Kano, eu estava pronto para mediar entre os dois. Eu não preciso me preocupar.
— ...Você podia ter me contado antes, seu idiota. — Ela disse em um tom monótono. — Nós somos família. — Em seguida ela afundou de volta no sofá e ficou em silêncio.
Kano parecia estar prestes a chorar por um momento em resposta mas pareceu se recuperar bem a tempo. — Eu absolutamente irei contar na próxima. — Ele respondeu timidamente.
As ocorrências “sobrenaturais” com as quais eles... bem, nós... estávamos lidando provavelmente não eram o tipo de coisa que poderíamos resolver facilmente. Veio com uma pressuposição de nossas mortes coletivas, por exemplo. Não foi nada divertido lidar com o pavor que se seguiu e, por enquanto, não havíamos planejado exatamente nenhuma ideia para evitar esse destino.
Mas ao ver de perto esses membros da família interagindo me fez pensar em algo. A maneira como eles discutiam segredos, os aceitavam e ainda davam as mãos e olhavam para a frente. Essa era a verdadeira força do Mekakushi-dan, eles estavam lutando contra o destino e a injustiça—dois inimigos incrivelmente poderosos—e a força que eles trouxeram para a batalha não desapareceu nem um pouco.
Mesmo que este fosse um inimigo que nenhum de nós poderia enfrentar sozinho, algo me dizia que já tínhamos as melhores armas do mundo para lidar com ele.
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...Eita. Pode ser um pouco estranho socialmente sair com eles assim, mas eles realmente são bons irmãos, não é? Kano certamente parecia bastante arrependido por isso e eu não tinha grande desejo de trazer o assunto à tona novamente. Afinal, tínhamos uma montanha de problemas para resolver que começavam a atingir proporções do tamanho do monte Everest. Realmente precisávamos chegar logo ao assunto principal, caso contrário o tempo ficaria apertado...
...Enquanto pensava nisso, pelo canto do olho vi uma forma trêmula com longos cabelos negros começando a mexer. Ei, ei, do que ela está se defendendo? Ela não vai fugir de nós, vai?
Como esperado, ela caminhou em direção à porta da frente, roubando da atmosfera da sala qualquer união familiar que havíamos acabado de criar.
— Ei, para onde, para onde você está indo? — Perguntei para as costas da garota. Ela parou no momento em que tentava completar sua fuga ninja. Ela tinha o cabelo muito comprido preso em um par de maria-chiquinhas e o moletom que havia sido emprestado por Kido ondulava em torno de sua barriga, aparentemente grande demais para caber nela.
— Ah, hm... para o banheiro. — Ela respondeu com um sorriso estranho enquanto tentava desviar o olhar.
— Você acabou de ir há dez minutos. — Kido rebateu. — Sua bexiga é muito pequena ou algo assim?
A garota lutou por uma outra desculpa por mais alguns segundos, mas desistiu sem dizer nada e se jogou de volta no sofá com um baque, de frente para mim. Ela era Takane Enomoto, a segunda acusada do dia: agora se afastando de mim exatamente com a mesma atitude e mau humor que ela exibiu há dois anos.
— Tá, — ela começou, — então nós, tipo, temos algo mais para falar, ou...?
Parecia que eu podia ouvir os vasos sanguíneos ao redor da minha têmpora direita explodirem com o comportamento de “tire-me daqui” que escorria de todos os poros do corpo dela.
— Aah, sim. Então você acha que essa é toda a explicação que você precisava me dar pelo ano de vergonha e auto aversão que experimentei em suas mãos...?
— Pfft. — Enomoto respondeu ao meu golpe ressentido. — Vergonha? Você é o único que se coloca, não é? Reclamando “Ah, por favor, não olhe esses vídeos pornôs que espalhei pelo meu disco rígido como doces” e tal. Ah, qual você assistiu muito ultimamente? Acho que era algo como “Frenesi de Fetiches por Pés Adolescentes Part—”
Ah, olhe. Indo diretamente para a jugular novamente. A Válvula de Segurança de Proteção Fetichista em meu cérebro imediatamente emitiu um aviso. Suor escorria dos meus próprios poros. Eu precisava encerrar o assunto rápido. Então pulei do meu assento.
— Quê?! Você... Você é a única que... Hm... Privacidade! Sim! Tudo bem? Privacidade!
...Silêncio.
Eu podia dizer sem olhar para eles. O olhar frio da Kido já estava arranhando minha bochecha diretamente. Kano, ainda arrependido sobre nossa conversa anterior, não tentou rir como geralmente fazia; invés disso ele me encarou com um olhar sem expressão. Ele estava usando totalmente sua habilidade, mesmo. Eu pude sentir.
Enemoto, entretanto, riu. Era uma risada maligna e familiar. Ela claramente ainda adorava apertar todos os meus botões enquanto tentava esconder o sorriso com uma das mangas grandes do moletom. Meu Deus, era totalmente parecido... com aquele pequeno gesto que as duas faziam. Eu não tinha ideia de como passei um ano sem perceber. Se eu pudesse voltar no tempo, diria ao meu eu passado para martelar todos os meus dispositivos eletrônicos e ir acampar em uma cabana na montanha.
— Sim, — ela continuou alegremente, — bem, não fui eu que tentei interpretar esse personagem legal e acima de tudo na escola, com esses fetiches que você tinha. Tipo, fiquei seriamente chocada! Que trabalho completo você...
— Caramba...!
Havia algo horrível na maneira como Enomoto se afundava em sua malícia. Cerrei os dentes e tentei acalmar minha mente—cada sinapse parecia prestes a explodir de raiva. Caramba, de fato. Eu não esperava que ela chegasse neste ponto. E com o último estilo e aparência que queria ver nela também...!
Ela havia aparecido várias horas antes, aparecendo com um “Yo” casual enquanto eu estava sentado no sofá, ainda cansado de nossa caminhada improvisada na montanha.
Nós tínhamos uma coisa do tipo “animigos” na época—ela era a única colega de classe do meu amigo Haruka—então não podíamos deixar de nos ver com bastante frequência, porque ela estava praticamente grudada nele o ano inteiro. Eles almoçavam juntos e às vezes eu os via no fliperama nos dias de folga. Não tinha como qualquer um de nós se descrever como “amigos”, mas... Tudo bem, ela não era uma pessoa terrível. Naquela época.
Afinal, foi definitivamente ela quem deu o apoio mais próximo e imediato ao Haruka quando ele precisava. Ele precisava muito disso naquela época. Claro, ela era rude, grosseira, malvada e sempre pronta para derrubar você sem nenhum motivo além do de amenizar sua demoníaca gratificação pessoal, mas, com Haruka em cena, eu estava disposto o suficiente a aceitar sua presença.
Isso foi até então, é claro. Agora estava claramente óbvio para mim o quanto eu estava sendo estúpido com ela, o quão errado eu estava. Eu pensei que ela era algum tipo de cria do diabo na época, mas isso não foi longe o suficiente. Não, esta era um arquidêmonio, do tipo que faria até os mais talentosos dos médiuns do comércio infernal saírem com os pés descalços cheios de algemas. Afinal, ela era uma mulher que se escondia atrás de Ene, o espírito maligno que acabara de encerrar uma sessão de tormento de um ano com minha mente.
Quero dizer, por que isso tinha que acontecer? E por que eu? O que foi que eu fiz? Se houvesse algum tipo de eleição para votar na última pessoa no mundo com quem você gostaria de compartilhar um segredo, eu compraria todos os votos para votar em Takane Enemoto. Talvez Kano também, se eu tivesse alguns extras.
Mas, novamente, não faz sentido insistir nisso ou criar elaborados cenários de fantasia de vingança. Enemoto já tinha noção de todas as fraquezas possíveis das quais ostentava na vida. Ela não tinha medo de dar um pequeno aperto nisso sempre que quisesse. Eu estava indefeso.
Mas, não, sério, por quê? Deus morreu ou algo assim?!!
Enemoto, por sua vez, parecia extremamente orgulhosa com aquele sorriso corrupto e desprezível ainda no rosto. Ela tinha me colocado na defensiva até agora, mas eu não estava disposto a cair sem lutar. Até eu tinha algumas ferramentas com quais trabalhar, afinal, durante todo aquele ano em que “Ene” estava acumulando seu baú de materiais para usar contra mim, eu também estava ali do outro lado da tela.
— Bem, olha, — comecei, fazendo um esforço para enunciar cada sílaba da minha declaração de guerra, — você pode dizer o que quiser, Enemoto, mas não acha que está esquecendo alguma coisa? Tipo, como você se apresentou como “Ene, sua garota virtual comum da vizinhança”? Ou como você continuou me chamando de “mestre”? “Aah, mestre, mestre...” Você não se esqueceu disso, não é?
A reação, como pensei que seria, foi imediata. — Ugh. — Enemoto gemeu pateticamente, antes de cobrir o rosto com as mãos e caindo no chão. Era uma visão horrível de se ver.
— Isso, — ela continuou gemendo, — isso... eu estava apenas, tipo, experimentando minhas habilidades, vendo o que eu poderia fazer e... e isso me deixou bem animada e tal, e... ah...
Ela estava tendo dificuldade para respirar. Eu me mudei para o golpe final.
— Ah, sério? Então, durante todo esse tempo, você estava se imaginando como uma linda garota brincalhona voando no meu computador? Essa é realmente a imagem mental que você tinha naquele seu cérebro sombrio e obcecado por fofocas? Cara, fale sobre degeneração.
— Aaaagghhh!! — Enemoto gritou como se eu tivesse acabado de lançar um talismã dissipador de espíritos em sua testa. A maneira como ela recuou, afastando-se de mim, fez-me sentir como se estivesse realizando um exorcismo—e por que não? Ela mesma era o diabo! Ela merecia ser banida! Volte para o mundo ao que pertence!
*
Enquanto nos envolvíamos nessa farsa, a porta se abriu atrás de mim. — Vocês falam muito alto! — Mary reclamou de nós. — Que horas vocês acham que são agora?!
Todos na cena congelaram e olharam em sua direção.
— Pelo menos apague as luzes quando forem dormir. — Ela resmungou antes de fechar a porta.
...Eu já estive nesta situação antes. Você passa a noite na casa de um amigo, passa muito tempo brincando depois da hora de dormir e uma mãe sobe as escadas correndo. Você nunca poderia discutir com um adulto assim e, em algum lugar, com bem mais de um século de idade, Mary com certeza nos derrotava em idade.
Enomoto e eu trocamos olhares, uma careta, e depois estendemos a mão um para o outro em uma sincronização quase perfeita.
— ...Vamos só esquecer sobre isso, Shintaro.
— ...Certo.
Nós apertamos as mãos, ambas ainda molhadas de suor, e forjamos o armistício.
...Espera. Não, nós não forjamos. Seus olhos não estavam sorrindo nem um pouco. Ela está planejando me matar assim que eu abaixasse a guarda. Eu vou precisar dormir com a porta trancada por um tempinho.
Baseado no que ela disse, Enomoto aparentemente fez contato com o Kagerou Daze naquele dia dois anos atrás. Os resultados a transformaram em Ene e acho que ela deve ter obtido a habilidade dos “olhos despertados” ou “olhos focados” que Azami mencionou em seu diário. Tornar-se invisível ou mudar de forma ou algo assim era difícil o suficiente para compreender, mas a habilidade de Enomoto era um pouco mais complicada de interpretar. Basicamente, ela removeu a consciência do corpo e poderia levá-la para onde quisesse. Ela não conseguia manifestar “Ene”, seu eu espiritual, no mundo real, mas, fora isso, parecia um pouco com uma experiência extracorpórea.
Era como se ela fosse um espírito maligno—o que combinaria perfeitamente com ela. Como disse Kano, “cada habilidade tem seus gostos e desgostos quando se trata de “recipientes” e esse foi um exemplo perfeito, se é que já vi um.  
Assim que Enemoto obteve essa habilidade, ela ficou circulando por todas as redes eletrônicas do mundo, em busca do corpo físico que perdeu quando o Kagerou a atingiu. Isso, segundo ela, levou-a ao meu computador.
Abaixei-me, afundando-me profundamente no sofá, e abaixei um pouco minha voz: — Mas por que você veio até mim? — Perguntei. — Você deve ter tido algum outro lugar onde poderia bagunçar por aí.
Enemoto franziu a testa. — Bem, na verdade não. Quero dizer, Haruka morreu e Ayano também não estava por perto também. — Ela olhou para mim. — Além disso, parecia que você ia morrer se eu te deixasse sozinho, então...
— Ah...
Agora estávamos no cerne da questão. Eu odiava ter sido acertado assim. Mas eu não poderia simplesmente ignorar isso.
— ...É, eu não vou negar isso, — respondi. — O que aconteceu com Haruka e Ayano, eu... você sabe, eu fiquei super deprimido.
Foi um bom ponto. Quando essa garota apareceu como Ene, eu estava profundamente desesperado. Fiquei cheio de tristeza por ter perdido dois colegas de classe que eu conhecia muito bem e então Kano se disfarçou de Ayano e disse...aquilo para mim. Eu nunca poderia deixar passar e isso estava me deixando louco.
Os dias depois que ela apareceu no meu computador foram cheios de humilhação e desgosto, claro...mas de certa forma, acho que isso me salvou um pouco. Graças a ela andar por aí como uma galinha com a cabeça decepada, consegui me levantar e sair daquele abismo. Se ela não estivesse lá, eu poderia ter ido dessa para uma melhor.
Quando me lembrei disso, Enomoto começou a tremer e sacudir as pernas, um tique nervoso que não tinha visto antes. Eu olhei para ela.
— Você acabou de dizer “o que aconteceu com Haruka e Ayano”, — revelou. — Mas, uhm, você não está meio que esquecendo alguém?
...Ah. Isso. Agora eu soube o que estava irritando ela. Suspirei, silencioso o suficiente para que Enemoto não perceberia. Hesitar aqui a faria me atacar ainda mais. Decidi simplesmente deixar sair.
— ...Tá bom, sim, foi um grande choque quando você se foi também, tá? Claro que foi. Você não tem que me fazer dizer isso em voz alta.
— Bem, que bom. — Isso foi aparentemente o suficiente para agradá-la. Ela deu um grande sorriso, um que não parecia combinar em nada com seu rosto. Eu juro, o jeito que ela cria cada expressão como essa, calculando com exatidão a resposta que quer; é a Ene pura. Foi estranho o quanto isso me impressionou naquele momento.
— Eu, sabe... — Ela fez uma pausa. — Fico feliz por ter ouvido isso de você. Porque, de certa forma, foi como se eu estivesse em um estado de um sonho louco o tempo todo. — Ela colocou a mão no ombro, dobrou as pernas e se esticou no sofá.
— O que você quer dizer? — Perguntei, não entendendo. Isso diminuiu um pouco o sorriso de Enomoto.
— Quero dizer, eu fiquei fuçando na net o tempo todo como Ene, mas não encontrei nada sobre mim. Sobre meu desaparecimento. — Seu rosto escureceu. — E não só isso também. A doença do Haruka, o suicídio da Ayano, meu desaparecimento... Tudo aconteceu no mesmo dia, entende? As pessoas normalmente não achariam isso estranho?
Odeio admitir, mas ela estava certa, e concordei com ela. Como ela disse, dois anos atrás—15 de agosto—houve muitos eventos que aconteceram em conjunto sem fazer muito sentido. Haruka enfim sucumbir à doença era uma coisa, mas a morte de Ayano? O desaparecimento de Enomoto também, tudo no mesmo dia? Isso não foi normal, não importa como você olhe. As pessoas deveriam estar procurando uma ligação... ou tratando isso como um crime ou afins. Mesmo assim não havia nada sobre nos noticiários. Aquilo foi estranho. Eu não tinha certeza de como responder a isso.
— Você estava vendo as notícias naquela época? — Enomoto cutucou. — Você se fechou em seu quarto nesta época também, não é?
Eu não gostei da maneira como ela expressou, mas balancei a cabeça, em vez de tocar no assunto. — Sim, mas não vi as notícias. — Falei. — Eu não queria ver meus amigos mortos sendo comentados na TV e tal. Eu estava muito deprimido para ligar para isso, afinal.
— Ah não? — Enomoto respondeu, recuando. Por que ela não era gentil comigo com mais frequência?
— ...Espera um pouco. — Kano se intrometeu. — Eu estava vendo naquela época. Takane está certa: foi incrível como ninguém tocou no assunto. Tipo, isso me surpreendeu enquanto via. — Agora sua própria voz se aprofundou, procurando causar uma boa impressão. — Acho que ela pode estar certa. Talvez toda a cidade já esteja tomada. Por esse... poder maluco.
Então caímos em silêncio por um momento.
Kano não nos contou isso para nos assustar ou algo do gênero, pelo menos eu acho, mas parece que teve esse efeito em Enomoto. Isso sim era incomum, mas talvez ela não pudesse ser culpada. Se algum “poder maluco” realmente existe, então significava que tudo o que considerávamos normal em nossas vidas não era nada disso.
Como Enomoto não demonstrou sinais de querer falar, decidi compensar: — Então você está dizendo que essa coisa “limpando os olhos” de que está falando é forte o suficiente para envolver a cidade inteira na palma de sua mão?
— Eu não quis dizer que era muito forte ou algo assim. — Alertou Kano enquanto refletia um pouco. — Eu quis dizer que o poder “limpando os olhos” que assumiu o controle do nosso pai tem vontade própria e que é com isso que realmente deveríamos nos preocupar. Porque é muito inteligente... ou, é tipo, algo com uma quantidade enorme de conhecimento. Estou mais propenso a apostar que, desde que chegou a este mundo, ele tem usado esse “conhecimento” e o corpo do meu pai para acumular dinheiro e poder para si próprio. Esse é o tipo de autoridade que você precisa para assumir o controle de uma cidade inteira.
Ele mudou a posição de suas pernas embaixo dele: — Eu sei que parece algum tipo de brincadeira, mas...
Algum tipo de brincadeira, né...? Definitivamente. Não havia muitas histórias tão bobas quanto esta.
Kano estava dizendo que este super cérebro tomou controle de cada aspecto dessa cidade por trás das cenas. Se uma enciclopédia viva como essa, uma compreensão completa de tudo, desde o início da civilização até a ciência moderna, realmente existisse, então talvez a teoria de Kano tivesse pelo menos um pouco de mérito. Se esta coisa de “limpando os olhos” tivesse o poder de controlar o funcionamento de tudo e de todos e até mesmo controlar seus corações e mentes, isso poderia ser suficiente para governar uma cidade inteira.
Mas simplesmente não fazia sentido algum. Todos nós tínhamos certas fronteiras mentais em nossas mentes, às quais nos referíamos como “senso comum”. Aceitar qualquer coisa que fosse além disso como algum tipo de dado divino nunca seria fácil. Mas o “senso comum” era um conceito. Não um fato. Se os últimos três dias me ensinaram alguma coisa, foi que os valores que associei ao “senso comum” ao longo da minha vida eram mais do que frágeis e fracos.
Essas pessoas com seus “ohos” fantásticos; um outro mundo separado do nosso; esta tragédia sendo preparada para nós de uma forma tão extraordinária... Todos esses eventos absurdos estavam se conectando e lentamente, silenciosamente, formando a “realidade” inexpugnável que agora estava espalhada diante de nós.
Não importa o quanto eu duvidasse disso tudo em minha mente, eu não podia fazer nada sobre o que estava sendo apresentado. As coisas já haviam se desviado muito do domínio do acreditar ou não acreditar nisso.
— Isso só te faz querer rir. — Deixei escapar.
A sobrancelha da Enomoto se levantou: — O que te faz querer rir? Você começou a perder a cabeça ou algo assim?
— Eu não estou perdendo a cabeça, Enomoto. Eu quis dizer que você e Kano simplesmente me chocaram e acho que saquei o quanto essa situação é ruim. É só...
Parei. Eu não tinha certeza se valia a pena dizer o que viria a seguir. Se fosse o eu de antes de ontem, provavelmente teria fechado minha mente e dito para deixar para lá. Mas nesse momento, por algum motivo, não senti necessidade de esconder minhas verdadeiras intenções. Continuei esbravejando, sem me preocupar em escolher as palavras com cuidado.
— Isso é muito melhor para mim, sabe? Era muito melhor ouvir tudo isso do que quando fiquei enfurnado no meu quarto sem saber de nada. Quer faça algum sentido ou não, o primeiro passo para enfrentar algo é ser capaz de ver o que é. Digo, isso é uma lufada de ar fresco e... tal. É como eu me sinto.
Eu meio que perdi a força no final, mas parece que meu ponto de vista havia sido transmitido. “Uau”, disse Kano, que ouviu em silêncio e agora parecia um pouco aliviado. — Fico muito feliz por podermos contar com o novo cara aqui.
Enomoto, por outro lado, teve problemas para digerir tudo. “Hmm”, ela entoou. — Bem, eu li na mensagem da Ayano que meu professor estava confuso. Se fosse algum tipo de habilidade fazendo isso com ele, então teria acontecido antes mesmo de qualquer um de nós ser admitido naquela escola, certo? Acho que o Sr. Tateyama e Haruka se conheciam há algum tempo e foi só no terceiro ano do ensino médio, do nada... você acha que estávamos todos reunidos lá por causa de nossas habilidades? E depois mortos, um por um?
Seu rosto se contraiu, como se fosse chorar. Ela baixou a cabeça.
— Eu tentei não pensar muito a fundo, mas... eu nem sei mais o que está acontecendo. Eu não sei no que deveria acreditar.
Abri minha boca. Eu queria dizer alguma coisa invés de deixa-la ali. Mas não consegui encontrar palavras. Talvez Kano tivesse percebido, pois ele recorreu a Enomoto em meu lugar.
— Eu não quero parecer como se estivesse defendendo minha família ou algo assim, mas estou bem seguro de que o pai nunca percebeu que tinha essa habilidade.
Enomoto inclinou o rosto para cima. Seus olhos estavam vidrados, como imaginei que estariam.
— Essa habilidade funciona obedecendo à sua vontade. Seu senso de identidade, na verdade. Eu acho que você não tem lembrança nenhuma de quando ela te dominou. Então, quero dizer... acho que ainda é seguro confiar nele. Pelo menos aquele que você conheceu na escola. O qual conhecíamos em casa.
Ela mordeu um pouco os lábios. “Sim”, ela sussurrou enquanto virava a cabeça novamente. Eu sabia que ela e Haruka gostavam e respeitavam Sr. Tateyama como seu professor de sala, mas agora o homem era um acusado, um suposto assassino. Eu não conseguia nem imaginar quão chocante isso era.
Mas Enomoto assentiu algumas vezes como um sinal de confirmação e levantou o rosto novamente. Sua expressão voltou ao desdém habitual.
— Sim. Ele ainda é um cara muito bom, eu acho. Não me importo de acreditar nisso e eu realmente acho que alguém assim não poderia ter projetado algo do tipo. Não há nada de “limpando” na maneira como ele age ou fala. Não... acho que é tudo culpa dessa habilidade.
Então ela soltou uma risada desafiadora, como se estivesse liberando algo que estava infeccionado por dentro há muito tempo. Não segui muito a lógica dela, mas parecia que ela estava bastante convencida. Eu assumiria isso no lugar da Enomoto deprimida a qualquer momento—eu nunca suportaria lidar com isso de novo, se pudesse evitar.
— Mas o problema é o seguinte. — Ela acrescentou. — Se o poder “limpando” está realizando alguma conspiração selvagem como essa, então qual é a razão que ele tem para nos matar? Se já é capaz de realizar todas essas coisas incríveis, por que não pode simplesmente nos deixar em paz e fazer o que quiser?
Kano encolheu os ombros e fez uma careta: — Ah... Acho que expliquei isso há pouco.
— Hã? Bem, talvez eu ouvi, mas não peguei de verdade.
Os dois trocaram olhares perplexos.
— Para criar uma Medusa. — Interrompi. — Isso é o que ele quer, Kano?
— Sim. Estou tão feliz que você está aqui agora, Shintaro. As coisas se movem bem mais rápido com você...
Sim, obrigado. Se puder, não quero que você me coloque no mesmo nível intelectual da Enomoto.
— Sim, eu sei disso, mas essa coisa mu-doo-sa, tipo... — ela disse, provando meu ponto.
De acordo com o diário da Azami e tudo mais que sabíamos, havia no total dez habilidades “oculares” diferentes. Trazer todas elas juntas seria o suficiente para recriar a raça Medusa na nossa era moderna e isso, Kano pensou, era o objetivo do nosso inimigo. Aparentemente, isso inevitavelmente significava a morte de todos os outros detentores de habilidades.
Então esses são os riscos. Ou paramos os planos do inimigo ou todos no Mekakushi-dan, exceto eu, morrem.
Era absolutamente loucura, mas...
— ...Vamos ter que parar com isso. — Eu disse. Enomoto e Kano assentiram em uníssono.
— Bem, antes de mais nada, nós não temos muito tempo sobrando, né? Se vamos parar essa coisa, nós temos que nos mover imediatamente.
— Sim. — Kano concordou enquanto esticava seu corpo. Ele continuou sendo como um gato assim, em alguns aspectos. — Gostemos ou não, tudo vai acabar amanhã à noite. Acho que se vamos ter uma estratégia em vigor, é melhor começarmos a pensar nisso agora.
Olhando para trás, para os últimos dias, não me lembro dele fazendo algo como se esticar na minha frente daquele jeito, algo que o deixaria indefeso. Abrir mão do seu segredo deve tê-lo ajudado a relaxar um pouco.
Assim que isso tudo acabar, talvez ele esteja disposto a me contar um pouco mais sobre o passado. Sobre Ayano, sobre Haruka... e sobre tudo mais que não sei sobre daquela época. Enfim, assim que tudo isso acabar.
Exalei um pouco, tentando restringir meus processos de pensamento enquanto olhava ao redor da sala e seus membros. — Certo. — Eu disse. — ...Espera, não durma. Líder, precisamos de você aqui.
Kido estava quase cochilando. Esfreguei seu ombro e ela abriu os olhos distraidamente. Ih. Com ela como nossa líder, tínhamos todos os motivos para temer por nossas vidas... embora com o resto da equipe, as maçãs também não caíram exatamente longe da árvore. Todos neste esconderijo poderiam ter menos de vinte e quatro horas de vida e, ainda assim, mal conseguiam permanecer conscientes.
Voltei para Kano: — Podemos começar nossa sessão de estratégia? Se estragarmos tudo, o jogo acaba, pessoal.
Kano abriu um sorriso para mim. — Ei, você é bom em jogos, né, Shintaro? Temos muita coisa em jogo dependendo de você!
Eu mordi a isca. — Com quem você acha que você está falando, cara? Eu consegui pegar a pontuação perfeita no jogo que seu pai fez, lembra?
Foi, e ainda permanece, uma boa lembrança. Headphone Actor... Talvez tenha sido apenas um espetáculo secundário para o resto do festival escolar, mas ainda assim foi muito divertido. Eu daria pelo menos três estrelas e meia.
Kano riu e sentou-se em sua cadeira: — Certo, Shintaro! — Exclamou, percebendo a energia recém-descoberta na sala. — Estou pronto para continuar com isso até de manhã.
Quando se tratava de aliados nesta minha nova missão, ele era provavelmente aquele com quem eu mais podia contar. Ele havia revelado tudo sobre si mesmo, afinal. Mas eu ainda o questionei um pouco. Olhando em volta, percebi que Kido estava olhando para Enomoto, parecendo que queria dizer algo, mas não conseguia descobrir o quê.
— Q-que foi? — Enomoto finalmente perguntou.
— N-nada. — Kido respondeu apressadamente. — Eu só estava me perguntando como você queria que chamássemos você. “Enomoto” por si só faz você parecer meio tosca.
Tosca? Qual é. Se estamos falando de nuances aqui, como é me chamar de Shintaro esse tempo todo? Isso sim é mais tosco. Ainda assim, evitei deixar escapar enquanto avaliava Enomoto, que parecia um pouco envergonhada.
— Ene está bem. — Ela murmurou. — Seria um saco ter que mudar isso nessa altura do campeonato.
Acontece que, e isso era novidade para mim, “Ene” era seu nome online. Dada a forma de como sua mente funcionava, deve ter sido tremendamente embaraçoso ser chamada de Ene no mundo real. Mas agora parecia que estar no Mekakushi-dan poderia fazer qualquer coisa parecer um pouco melhor.
Então peguei uma caneta e comecei a desenhar um esboço.
Nosso “inimigo” estava se escondendo em algum lugar que, uh, acabou sendo um lugar um pouco maior do que esperávamos. Mas não pensamos muito nisso. Todos estes acontecimentos extraordinários que nos foram apresentados talvez tenham entorpecido a nossa capacidade de sentir o verdadeiro peso das coisas.
No geral foi um dia exaustivo, mas me senti ótimo. Meu segundo fôlego devia estar em alta. Parecia que seria uma longa noite.
Tumblr media
*
O “limpando os olhos” que se infiltrou na mente do Sr. Tateyama já havia infectado a cidade inteira, abrindo bem sua enorme boca para nos engolir. Provavelmente era seguro presumir que não podíamos mais confiar em mais ninguém. Estávamos enfrentando um monstro genuíno, aquele que contou a Azami como construir o Kagerou Daze. Não havia mais tempo para brincadeiras. Se não encontrássemos uma forma de impedir o seu esquema diabólico, seríamos todos a próxima refeição desta criatura.
...Então, do fundo da minha mente, senti algo. Algo queimando, de uma forma que nunca tinha experimentado antes.
Pensei um pouco sobre isso e então sorri reflexivamente. A batalha contra esse grupo sombrio, as coisas sobrenaturais acontecendo conosco, o monstro que apareceu, a equipe que se uniu em resposta...
— ....Puta merda, eu não sou um herói desse grupo de RPG, ou sou?
Tentei não deixar minha inteligência subir à cabeça muitas vezes, mas tive a nítida impressão de que tinha o que era necessário para expulsar o desespero da vida de todas aquelas pessoas.
Kido iniciou a Operação: Conquistar o Kagerou Daze graças a uma mistura de excitação e excentricidade. Agora, era uma realidade.
Afinal... cada uma de nossas vidas poderia estar baseada neste plano.
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glorious-mourning · 2 years
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You ever be super into a series, fall out of it, and go back to revisit it after a few years? Because let me tell you, middle school me really believes certain things about Kagerou Project that were never true 😭 Anyways I love KagePro even if I was clueless over it
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cybernetjester · 7 months
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kano :3 mouth G?
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terukanetism · 8 months
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i am so deathly hyperfixated on the kagepro I am downloading PDFS of the light novel off of REDDIT...
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infizero · 10 months
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god i fucking love multimedia storytelling/stories told thru unconventional means so much. i dont even gotta be that interested in the story itself just tell me that its told through music videos or secret minigames or some shit and im THERE
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yuukei-yikes · 10 months
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i started drawing takane chubby just because i had to fit so many details in a short skinny person so i just started making her wider until i got an ask here years ago telling me something abt chubby takane and i was like Wait a second. its true i do draw her chubby. anyways now i always get jumpscared when i read the novels and see her described as super skinny
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chessbird · 11 months
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looking cool, joker!
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01tsubomi · 1 year
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kagepro still has such a grip on my heart i just saw @/yuukeiyikes art where they wrote "tateyama shuuya" and thought "are we also gonna get tateyama kousuke and tateyama tsubomi" and when i saw that they put that too i said YEAH! out loud
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