Tumgik
#jejê
batuquers · 1 year
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O influxo de cultos africanos como Ifá e RTY causou uma agitação no Rio Grande do Sul. O Batuque tradicional, que tem sido parte integrante da cultura do Estado, foi espezinhado por estas novas práticas religiosas. O nosso povo pergunta-se o que fazer com esta mudança cultural. Num episódio recente, tivemos Pai Mario de Oxalá, Baba Hendrix de Oxala e Nana de Demum que se juntaram a nós para discutir esta questão polarizadora. Como especialistas nas suas respectivas religiões, ofereceram-nos uma visão da história e do significado do Ifá e da RTY, ao mesmo tempo que abordaram as preocupações levantadas por aqueles que têm o Batuque como querido. ________________________________________ Gostou de um episódio e do tema abordado? Nos de esse feedback Nos siga no instagram @RedeBatuqueRS CONHEÇA NOSSOS CURSOS E APOSTILAS htttps://cursos.batuquers.com.br --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/batucast/message
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a-go-ni-a · 1 year
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ENG / PT / ESP
[ENG] Fluffyfebruary – Day 28 – Goodbye
@fluffyfebruary
On the last day of fluffyfebruary: the last and epic, fantastic, fenomenal battle from the greatter event on Brazilian Tumblr: the Sexyman Brasil. Between the 2 most iconic traits seen on the beautiful and playful Brazilian people, which one will win? Sensuality or blasphemy? Who will take home the prize?
And Bodoque, who, during the whole Latino Sexyman 2023 competition, has showed us justice is the foundation of latinamerican justice, watches the fight. It will decide who is going to be at his side as sexyman.
Allow me to introduce the contestants.
At Left, there is Boto Cor-de-Rosa (pink dolphin). It is a character from Brazilian Folklore. The Boto lives in rivers. It turns into a handsome man who always wears white clothes, and a hat to hide the hole on its head. The Boto seduces beautiful women, they get pregnant and the Boto vanishes.
At right, Jesus Christ from the movie O Auto da Compadecida (A Dog’s Will – wtf ???), played by Maurício Gonçalves.
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[PT] Fluffyfebruary – Dia 28 – Que Deus te guarde e esqueça onde
@gravedangerahead o desenho pronto!
E pro último dia do fluffyfebruary: a última e épica, fantástica, fenomenal disputa do maior evento do tumblr brasileiro: o Sexyman Brasil-sil-sil. Entre os 2 mais emblemáticos traços que representam o belíssimo e zueiro povo brasileiro, qual ganhará? Sensualidade ou blasfêmia? Quem leva o troféu: pai ausente ou Jejê?
E o Bodoque que, durante cada rodada do Latino Sexyman 2023, provou que a justiça é a base da democracia latina, assiste de camarote o conflito que decidirá quem estará ao seu lado no pódio de sexyman.
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[ESP] Fluffyfebruary – Día 28 - Adiós
Para el último día de fluffyfebruary: la última y grandiosa, fantástica, increíble batalla de lo mayor espectáculo en el tumblr brasileño: Sexyman Brasil. Entre los 2 más emblemáticos rasgos que representan el hermosísimo y juguetón pueblo brasileño, ¿cúal va a ganar? ¿Sensualidad o blasfemia? ¿Quién va a llevarse el trofeo a casa?
Y Bodoque, quién, a cada ronda de Latino Sexyman 2023, ha demostrado que la justicia es la base de la democracia latina, mira la pelea que elige quién va a quedarse a su lado en el podio de sexyman.
Los competidores son:
A la izquierda, el Boto cor-de-rosa (delfín rosa) es de nuestro folclore. Él vive en ríos, cambia su apariencia, convirtiéndose en un hermoso hombre que lleva puestas ropas blancas y un sombrero para ocultar el agujero en su cabeza. El Boto seduce a mujeres bellas, ellas quedanse embarazadas y él se va y nunca regresa.
A la derecha, Jesús Cristo de la película O Auto da Compadecida. El actor se llama Maurício Gonçalves.
(He decidido tratar de escribir mis textos también en español. Si hay errores, dime, por favor.)
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gazeta24br · 8 months
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Após eliminar três parcerias na primeira eliminatória, a Mocidade Unida do Santa Marta realiza, no próximo domingo, dia 17 de setembro, a semifinal da disputa de sambas para o carnaval de 2024. O evento acontecerá na quadra da escola e contará com telão de transmissão do jogo do Flamengo. Sete parcerias estão em busca de se tornarem o hino oficial do enredo “#Sextou é só sucesso”, que será desenvolvido pela carnavalesca Carila Matzenbacher. Todas as obras estão disponíveis no canal do Youtube da agremiação – https://www.youtube.com/playlist?list=PL1bFhrv-gS0m7xm7lRqMO8NkzIJMPyMiP Confira a ordem de apresentação da semifinal SAMBA 10 - Zé Mario, Sidmar, Digão, Edu Chagas, Marquinhos e Beto Lima SAMBA 13 - Pato Roco, Téo Dimeriti, Rico Bernardes, Evanildo Paranhos, Tony Andrada, Reginaldo Costa, Naldo Soares e Marcão Calixto SAMBA 27 - Jejê da Cuica, Junior, Moises Matos e Luiz Pião SAMBA 05 - Henrique Santos (vovô), Luís Fernando (Nem) Carolina Abreu, Thales Nunes, Hugo Oliveira, Mauricio Amorim, Rogerio Máximo e Fagundinho SAMBA 08 - Julinho Dojuara, Alexandre Araujo Burgain, Rodrigo Alves, Marcelo Carvalho, Edu da Cuíca, Durval Borges, Rodrigo Telles e Duda SG SAMBA 06 - Dalton Cunha, Guilherme Salgueiro, Rai Trovisck, Rafael Zimmermann, Marina Laiun, Daniel Guimarães, Renan Uccelli e Mônica de Aquino SAMBA 01 - Fio Cabral, Walter Sena, Diego Nascimento, Heriberto, Dall Silva, Renatinho e Felix do Batuque “#SEXTOU É SÓ SUCESSO” é uma grande exaltação à sexta feira e também faz uma homenagem ao grande Mestre Tião Belo, nascido e criado no Santa Marta, responsável pela iniciação de vários Ritmista do Samba da Zona Sul Carioca. A escola será a terceira agremiação a desfilar no sábado das campeãs, 17 de fevereiro, pela Série Prata do carnaval carioca. SERVIÇO Semifinal de Sambas da Mocidade Unida do Santa Marta Data: 17 de setembro de 2023 Horário: A partir das 15h Entrada Franca Local: Quadra da agremiação – Rua Jupira 72 – Botafogo
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hevertonsilva · 2 years
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Vidas perdidas, muitos desabrigados, e um temporal de 4 dias que mudou de uma hora para outra, transtornos no transporte público, locomoção de casa-trabalho-escola. Aos poucos estaremos saindo dessa situação de caos e catástrofe! Fé no JeJê que vai! Meus sentimentos a todos os que perderam seus familiares nesses dias! 😔 #Pernambucano https://www.instagram.com/p/CeKDN4WODFg/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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adelantecomunicacao · 2 years
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Ayrson Heráclito. Mãos - série Banhistas, 2007 fotografia - 166 x 110 cm. Divulgação
Integra a exposição individual “Ayrson Heráclito: Yorùbáiano” na Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, Brasil. 2022.
Ayrson Heráclito (Macaúbas, Bahia, 1968) é professor universitário, historiador da arte, curador e ogã de Candomblé de matriz Jejê-Mahi. Sua trajetória artística inicia-se nos anos 1980 na Bahia. O artista se consolida, em seus cerca de 35 anos de trajetória, como um dos mais significativos nomes no Brasil a construir uma obra dedicada a elaborar ritos de cura, negociando outras relações com um passado nefasto, constantemente sacudido e ritualisticamente eliminado em banhos de ervas (“ìwáẹ̀ orí”) com águas frescas (“omi odò tó ń sàn”) ou no alimento oferecido às cabeças (“borí”), para que se mantenha o equilíbrio do corpo e do espírito.
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justalovelycomplex · 3 years
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Antes que eu me esqueça: Feliz Natal! 🎄🎁 Esse ano eu tô dando graças que está acabando. Ano que vem muitas coisas ainda irão nos surpreender, mas gosto da ideia que estamos caminhando para dias melhores. Um brinde ao Jejê, e bora beber! #happyxmas #merrychristmas #red #noel #amosou #cheers #girlwithglasses https://www.instagram.com/p/CJM05_GMWgQ/?igshid=999x4fy68axu
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soberanayemanja · 4 years
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Béssen, guerreiro do jejê, Orisá jovem e protetor desta nação, porém ele não é Òsúmárè. https://www.instagram.com/p/B5mHslqniTl/?igshid=1mw5mwitv76qn
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sweetmakerclodfan · 5 years
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Oxum
YEYE IJIMU, YGEMUN ou JUMUN
A Rainha e mãe de todas as Oxum.
Soberana e radical entre todas as Oxuns, Ijimú é a Mãe do Povo Jejê sendo ligada diretamente ao povo da família Jí ou Karejébe.
É a senhora da fecundidade e do feitiço, é velha e vira bruxa na beira do rio.
Ijimú mora nas profundezas dos rios junto com Iyá Ominibú.
Na África o orixá Oxum é originalmente da cidade de Ìjimu, sendo este mais um de seus epítetos que tornou-se no Brasil uma qualidade do orixá.
Veste branco, azul turqueza, rosa-claro e algum dourado velho. Carrega abebê, abedê e alfanje. Seus colares são feitos de contas de cristal amarelo escuro.
Come com Oxalá e Omolu. Não come bicho-fêmea, exceto pata.
É para essa Osún que se entrega a cabeça enrolada na hora da morte.
Essa Osún tem o poder de segurar uma gravidez conturbada ou mesmo impossível.
“Aquela que incha a barriga sem que haja gravidez”
Os ararás a chamam de “Tobosi” ou “Tukusi”.
Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.
A cultuamos como um aspecto mais velho, sendo ela a própria personalização do mistério e da sabedoria do fundo dos rios.
Entre as que pegam os seus filhos, é uma das mais antigas e a única Oxum que através do jogo do búzio não responde por meio do odu Oxê (5).
Senhora do okutá, responsável por tudo que vive no fundo dos rios.
Esta demarcação leva 16 okutás em seu assentamento, sendo que apenas um é consagrado ao Ori.
É a grande responsável por todos os Otás dos rios. Está ligada à Xangô.
É ela quem guarda as pedras (16 + 1) 17 Okutás, que serão doados por ela para os assentamentos de todas as outras Oxum, que serão preparadas no Asé.
E o mais importante é que no caso de falecimento, o igbá desta santa não pode ser despachado, pois o mito continua, e, é daquele assentamento que continuará saindo os Okutás para as outras feituras.
Se não houver ninguém para dar continuidade ao mito, ninguém para herdar ou tomar conta, cabe ao sacerdote que estiver fazendo às obrigações do Axexê, devolver aqueles Okutás as águas da cachoeira.
Para isto deve-se ter um Xangô virado, para que ele com suas próprias mãos devolvam as águas os Okutás que sobraram.
É considerada por muitos zeladores como o terceiro caminhos das Ìyámìs.
Aspecto idoso e dado às feitiçarias tem estreita ligação com Ìyámi Eleye. Tendo estreita ligação com as IYAMI-AJÉ, ostentando, por isto, o título de Yalode.
Essa estreita ligação é que faz com que as OXUNS alcancem a vitória em suas brigas ou vinganças.
Ijimú carrega os segredos da cabaça de Yámin Osorongá, por isso muitos egbomis dizem que não é iniciada na cabeça de homem, não que seja errado, mas esse filho não irá poder exercer uma das funções principais do axé do seu santo, que é defender o poder ancestral feminino.
MITOLOGIA
Diz uma lenda Oxum Ijimú teve vários filhos, assim era mestra no cuidados as crianças, e acabou por se tornar responsável pelos nascimentos de seu povoado.
Ia de casa em casa, e com o tempo sua fama cresceu, e em um período que o reino de Nanã foi atacado por Ogum e seu povo teve que ir para a guerra, Nanã pediu a Ijimú que cuidasse das crianças de sua tribo.
Então ela os colocou em uma grande cabaça e os levou para o fundo do rio, até que a grande guerra acabasse.
Por seus favores e pelo amor com que cuidou dos filhos do jejê, Nanã lhe ofereceu dois brajás de búzios e uma abebé de madeira, em forma de boneca, com a parte superior em forma de cabaça, para que essa passagem nunca fosse esquecida.
ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE IYÁ IJIMU:
Seus filhos carregam a simpatia, educação e a sabedoria, são ótimos educadores.
Magros e joviais carregam no olhar a sinceridade.
A memória boa é marca registrada, sempre estão prontas a escutar e adoram um bom papo.
Na sua maioria, são modestos, pra elas sem admiração não há amor.
Tradicionais, tem tendência aguçada ao misticismo e as artes ocultas.
#FilhaDelogun
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sonhador-apaixonado · 2 years
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#Jeremias #Jejê #filho_de_quatro_patas #Amo_gato curte aí e me segue ,,,😸😺😸😺😺😺#EuNoCarnavalhttps://s.kw.ai/p/r0IjepBk
Achei um vídeo bem legal no Kwai . Venha conferir! https://s.kw.ai/p/r0IjepBk
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fbugman · 3 years
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É isso mesmo Jejê, pergunta idiota, tolerância zero... https://www.instagram.com/p/CTKWwnPLFZJ/?utm_medium=tumblr
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my-smith · 4 years
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Ontem Domingo, foi o dia de louvar o senhor da terra e a família jejê... Gratidão!!! Atotô... (em Ilé Ojú Ayrá Àse Ògòdó) https://www.instagram.com/p/CGgpGwoAr9k15TVbfo1vq-4DujJ8PRqERnYCXs0/?igshid=1iq18nir24fpy
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batuquers · 3 years
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Batucast - #0034 - Príncipe Custódio
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denissena · 4 years
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Criada há 14 anos pelo percussionista Luizinho do Jêje, é um grupo afro-percussivo com influências nos toques de candomblé da nação Jejê-Mahin. Trata-se de uma orquestra de voz, percussão e violão que se auto intitula “Ritual Percussivo”. Formada por 15 músicos/ogãs com idade entre 10 a 29 anos, o grupo foi a maneira que o músico Luizinho do Jêje encontrou para contribuir na educação das crianças de seu bairro. Tem como base o histórico Terreiro do Bogum, marco importante da negritude do Brasil, onde foram recolhidos os mantimentos que viabilizaram a Revolta dos Malês (1835), uma das maiores insurreições de escravos do Brasil. Suas letras rememoram cantigas de candomblé e trovas da cultura popular baiana sob perspectiva contemporânea, combinando atabaques, berimbau, agogô, pandeiro, caxixi e outros instrumentos construídos pelos próprios integrantes do grupo com violão, pedais de efeitos e bateria eletrônica manipulados por Luizinho. O nome “Aguidavi” é o nome dado a vaqueta utilizada para tocar atabaques de candomblé. Medindo geralmente entre 25cm e 30cm, feitas de galhos de árvores, geralmente goiabeira e araçazeiro. Em 2014 encerrou o Festival PercPan (Panorama Percussivo Mundial), tendo recebido ótimas críticas por jornalistas especializados. Em 2019 se apresentou em diversos locais do Rio de Janeiro, tendo como convidados Gilberto Gil, em show realizado na Sala Nelson Pereira dos Santos na cidade de Niterói (RJ), e B. Negão, em show realizado na sala Baden Powell em Copacabana, bairro da cidade do Rio de Janeiro. No mesmo ano fizeram sua primeira turnê internacional por países europeus. Série ícones da Bahia Linguagem arte digital #luizinhodogejê #musico #arte #salvador #operariocultural #art #percussao #compositor #ilustration #bahia #cultura #music #serieiconesdabahia #cultura #sonoro #aguidavidojeje (em Salvador, Bahia, Brasil - SSA) https://www.instagram.com/p/CDq0kDtFIot/?igshid=1uxaatdcnx3dg
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rikardinhoutam · 4 years
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https://youtu.be/61ULhPmhfRk *MOCIDADE ALEGRE 2021* *SAMBA 4* *QUELÉMENTINA CADÊ VOCÊ?* Compositores: *(Casinha Vila Prado, Chocolate, Dadô, Dabu Leandro, Titcho, Wilson Berré, Tião, Rikardinho, Adilson Um Toque a Mais)* O meu canto é negreiro axé Sou rainha deste povo Quelé Alegria neste chão que me conduz Minha morada é Clementina de Jesus Nasceu a flor Seguiu pra Osvaldo Cruz em Madureira Jejê nagô vem a Viola Cantava ensaboa a lavadeira E neste canto Iorubá Ogum abre caminhos pra oxalá Portela e mangueira as mais queridas O Rio passou feliz em sua vida Embala eu marinheiro só Moro na roça moço tenha dó Negra guerreira que nos fascina Por isso não vadeia Clementina Preta cadê você que não fugiu à luta Na Glória sempre a fé absoluta Do Morro para o mundo você explodiu Na mocidade hoje está presente A voz do samba que mata minha sede De branco a vida lhe sorriu...sorriu Força ancestral da nossa Negritude Rompeu barreiras Mulher de atitude Orgulho deste meu brasil (em Jd. Novo Jaú) https://www.instagram.com/p/CB0fiScD5eW/?igshid=fxg5xr35bg8c
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charlescorreadeoxum · 4 years
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A Realização do Batuque
Daqui em diante você vai conhecer um pouco sobre o Batuque do Rio Grande do Sul, 
na linha de Jejê/Ijexá.
Lembramos que cada Ilê tem o seu fundamento, passado de geração a geração.
01. Serão ou Corte aos Orixás
A Religião Africanista é em seus fundamentos voltada para o passado, mantém até hoje ensinamentos e preceitos, desde o tempo mais remoto, do negro na África e chegou até nós através dos escravos. Sobreviveu a todos os períodos de opressão e perseguição. Daí a enorme importância da obrigação de corte aos Orixás, pois é a preservação da cultura que ao mesmo tempo em que ofertava certos sacrifícios aos Orixás alimentava seu povo com a carne do sagrado. Depois adiantando na linha do tempo, entramos nas casas comuns e nos terreiros em que os animais andavam soltos no pátio e serviam para a subsistência familiar, ainda não existia as facilidades que hoje são disponíveis nos supermercados.
Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a balança arrebente algo de grave pode acontecer a um dos participantes da balança, podendo até ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça de arrebentar a Balança Axé dos Presentes enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolos são servidos aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados. São de costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-dia do Ilê, etc. É neste momento o Babalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos os presentes recebidos. Levantação , limpá-las e guardá-las nas prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos escravos Passeio Saindo do Ilê vão até o centro da cidade visitar lugares de grande significado para a comunidade.
O serão ocorre geralmente na quinta-feira á noite, começa entorno dás 20:00 horas e estende-se muitas vezes até a madrugada, das obrigações de bori e de apronte que serão feitas. No serão são imolados animais quadrúpedes (aos quais chamamos vulgarmente de quatro-pés) e de aves. As oferendas feitas aos Orixás são de origem animal assim como vegetal (folhas, plantas, grãos) e mineral: os ocutás, a água, etc. Os animais são ofertados os Orixás com o intuito de fortalecer o axé do Orixá assim como a mente e espírito do filho-de-santo através do axorô (sangue do animal) e das inhélas, certas partes dos animais que serão fritas e arriadas no Quarto-de-santo (cabeça, pés, testículo no caso dos quatro-pés e cabeça, pés, pontas das asas, do pescoço e da sambiqueira, pulmões e testículos das aves).
A carne dos animais imolados serão preparados em forma de canja, de amalá, assados, enfarinhados e consumido pelo povo durante o período de obrigação e pelas pessoas que comparecerem ao toque, Batuque. Os couros retirados dos animais, depois de preparados são utilizados na confecção dos tambores, instrumentos tocados durante o Batuque. Nada é desperdiçado, por exemplo, no Ilê Centro Africano Reino de Oxum Pandá é grande o número de animais imolados, devido ao grande número de filhos que o Ilê tem, quando não é consumida a totalidade de carne e de comida preparada, o restante é doada a entidades carentes nas proximidades do Ilê.
02. Preparação do Toque
No dia posterior ao corte, permanecem alguns filhos-de-santo no Ilê para preparem em todos os detalhes o toque que irá acontecer no sábado. As principais atividades acontecem na cozinha, considerada a parte mais importante do Ilê, depois do Quarto-de-santo. É necessário que um filho-de-santo, mais experiente e de extrema confiança do Babalorixá auxilie na organização de tudo que deve ser feito, pois os afazeres são muitos e o tempo escasso.
Além de todas as comidas-de-santo, devem ser feitas comidas tradicionalmente sagradas e significativas que serão servidas ás visitas que são esperadas mais tarde no toque.
Com as aves preparam-se: canja, galinha assada, galinha enfarofada. Com a carne do carneiro faz-se o amalá, comida consagrada ao Orixá Xangô: A carne cozida e desfiada é agregada ao molho com folhas de mostarda picada, servido com pirão de farinha de mandioca. Os cabritos e porcos são assados e servidos em pedaços. Faz-se também canjica de milho branca e amarela, além de uma grande variedade de doces como: sagu, pudim, ambrosia, quindim, docinhos, etc… Para beber serve-se o atã, bebida típica do Orixá Ogum, feita com frutas minusculamente cortadas, misturadas com guaraná e xarope de groselha.Os miúdos dos quatro-pés é cozido e picado de forma bem miúda para se fazer o sarrabulho, uma espécie de farofa temperada com cheiro verde, cebola e os miúdos picados. As filhas de Iansã, ajudadas por outros irmãos fazem o acarajé, comida consagrada ao seu Orixá de cabeça. Havendo disponibilidade faz-se ainda os bolos que serão ofertados pela ocasião do aniversário de assentamento dos Orixás.
A preparação do toque segue com a arrumação do Quarto-de-santo que deve ter: flores, perfumes, as comidas-de-santo, atã, pelo menos uma porção de cada comida que está sendo feita para o povo, frutas, balas enroladas em papéis coloridos, os bolos de aniversário. Além das inhélas e das vasilhas contendo as obrigações e de outros fetiches religiosos. Há ainda a arrumação do salão, onde acontece o toque, e das demais dependências do Ilê que depois da limpeza são organizadas para melhor receber os convidados, Babalorixás e Yalorixás que juntamente com seus filhos-de-santo vêm prestigiar a obrigação.
03. O Mercado
Também faz parte da preparação para o toque a confecção dos mercados que serão distribuídos no final do Batuque.O significado e a explicação desta denominação perdeu-se nos tempos, porém seu significado religioso continua forte.
Os mercados são pacotes onde se colocam as comidas-de-santo para serem ofertados ás visitas simbolizando a distribuição e a extensão do axé de prosperidade, fartura e fraternidade a todos os lares e Ilês.
O axé obrigatoriamente deve ser dividido entre os que compareceram ao toque, principalmente quando o ebó é de quatro-pés. Cada Ilê acondiciona o mercado da maneira que lhe convém: em bandejas, em pacotes, em caixas de papelão, etc, porém o que não muda muito é o conteúdo do mercado. O mercado deve conter: pedaços de carne de cabrito assada, frutas, bolo, axoxô (milho cozido, pertence á Obá), pipoca (pertence á Bará), batata doce frita em rodelas ou acarajé (pertence á Iansã), doces – quindim, docinhos, balas (pertence á Oxum), farofa de Xapanã (farinha de mandioca pilada com amendoim e açúcar). No final do toque também são distribuídos, bolos, carnes, frutas.
O babalorixá, muitas vezes presenteia os Babalorixás e Yalorixás que estão de visita com flores do Quarto-de-Santo, para que sejam colocadas em seus Quarto-de-santo, como sinal de agradecimento pelo comparecimento no ebó. Caso ainda sobre alguma comida ou fruta, deve ser doado a pessoas carentes ou instituições de caridade.
04. O Toque
O toque geralmente inicia ás 23:00 horas, quando todos os filhos-de-santo devem estar presentes e devidamente trajados de seus axós, para auxiliar o Babalorixá ou Yalorixá a recepcionar os visitantes. O início do toque se dá com a chamada: todos em silêncio, ajoelham-se, enquanto o Babalorixá em frente ao Quarto-de-santo, tocando o adjá (espécie de sineta) saúda a todos os Orixás, de Bará a Oxalá, fazendo pedidos de abertura, de paz, saúde e prosperidade a todos os presentes. Os filhos-de-santo respondem com a saudação específica de cada Orixá. Os alabês (tamboreiros), “puxam” os erís, isto é tocam os tambores enquanto entoam os erís, para que os presentes respondam, e a roda se forma no centro do salão, movimentando-se no sentido anti-horário. Os erís têm coreografias adequadas a cada orixá ou a cada “passagem”, (relação da reza com alguma história daquele orixá), por exemplo: nos erís do Orixá Ogum ora dança-se simulando com as mãos o trabalho do ferreiro na forja, ora dança-se simulando a utilização de uma lança, relacionando com Ogum guerreiro.
Todos podem fazer parte da roda, adultos, crianças, iniciados e prontos, porém alguns detalhes devem ser observados. Participam da roda pessoas que estejam de axó (calça comprida para os homens, e no mínimo saia para as mulheres, desde que não seja curta), mulheres em período menstrual não participam do Batuque, mas podem auxiliar na manutenção, na limpeza e na recepção dos convidados. As pessoas que estiverem de luto também não podem participar do ebó, ficando somente na assistência.
Os Orixás que “chegam” usam o centro da roda para dançarem e darem os seus axés, com exceção dos orixás “velhos” que são encaminhados a sentarem-se nos banquinhos a eles destinados. Os erís seguem a hierarquia dos Orixás, sendo de responsabilidade do alabê a exatidão dos erís assim como a ordem dos acontecimentos no decorrer do toque.
Acompanhe a seqüência de tais acontecimentos, segundo a Nação Jejê-Ijexá:
4.1. Balança ou Roda-de-Prontos
Chama-se balança ou cassum em homenagem a Xangô e também por conter o axé de todos os orixás em equilíbrio. Há um intervalo na movimentação da roda e os presentes, inclusive os orixás afastam-se do centro do salão, deixando espaço para a roda da balança. Só há balança quando há ebó de quatro-pés, que é constituída exclusivamente por pessoas prontas na religião, que já tenham feito ao menos bori de quatro-pés, no mínimo 06 pessoas (conta de Xangô) podendo ser em número múltiplo de 06: 12, 18, 24, 32. Caso o número de prontos seja excedente, por ser feito mais de uma balança, aí então costuma-se fazer uma balança com pessoas de orixá de frente e uma balança com o povo de praia. Os participantes colocados lado a lado, formando uma roda de mãos dadas, dançam ao ritmo do tambor que vai gradualmente aumentando de intensidade. É quando ocorre o maior número de ocupações ao mesmo tempo, sendo somente de orixás jovens (Oxum, Iemanjá e Oxalá velhos só podem chegar depois do início dos erís de Oxum). Ao terminar a balança os Orixás cumprem o fundamento: Vão ao Quarto-de-santo, depois até a porta da rua para cumprimentar os orixás da rua e depois dançam ao som do Alujá de Xangô e do Alujá de Iansã, erís destinados unicamente pelos orixás de frente.
Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a balança arrebente algo de grave pode acontecer por dos participantes da balança, podendo até ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça de arrebentar a Balança, cabe ao alabê, mudar imediatamente o axé indo direto para a execução do Alujá de Xangô. Por causa desta crença, muitas pessoas esquivam-se de participar da Balança, porém é uma obrigação muito forte onde se confirma que o ebó que está sendo realizado é de quatro-pés, o axé que emana no salão durante a balança é algo muito forte, sentido por todos os presentes.
4.2 Alujá de Xangô e Alujá de Iansã
Logo após a Balança os Orixás que estão no “mundo” dançam o Alujá do Xangô e o Alujá de Iansã, respectivamente, ritmos do tambor, característicos destes Orixás. Os orixás jovens dançam em frente ao “pagodô” local mais elevado (espécie de palco) onde ficam os alabês. Durante o alujá é contagiante o axé e a empolgação com que os orixás dançam, proporcionando um momento de rara beleza.
4.3 A Saída do Ecó
Terminado os Erís de Obá é hora da Saída do Ecó, que nada mais é do que o despacho do axé de Bará, e do ecó de Bará Lanã e do Bará Lodê (alguidar com água, farinha de mandioca e gotas de epô – azeite de dendê) e do ecó de Oxum (Vasilha de vidro com farinha de milho, água, mel e perfume e flores).
A saída do ecó simboliza a saída de toda a negatividade que existe no ambiente e nas pessoas presentes prepara o ambiente para os erís dos Orixás de praia, que tem um toque mais brando. Enquanto sai o ecó, os alabês continuam puxando os erís, só que agora puxam os erís dos orixás da rua – Bará Lodê, Ogum Avagã e Iansã Timboá – não há movimento da roda e a assistência evita olhar para o que está acontecendo, virando para a parede. Diz a crença que quem olhar a saída do ecó atrai para si a negatividade ali contida.
4.4 Roda de Ibedji
No Batuque de Quatro-pés há a roda de Ibedjis, no Gêge-Ijexá ela acontece durante os erís de Oxum. É o momento em que as crianças participam da obrigação e as mulheres que pretendem a maternidade ou que estão grávidas fazem os seus pedidos e agradecimentos. Os orixás, principalmente Oxum e Xangô, distribuem aos que estão na roda e na assistência, as frutas, os doces – quindins, merengues, cocadas, bolos – que estão no Quarto-de-santo.
4.5 Axé dos Perfumes
Sendo Oxum a deusa da beleza adora perfumes, espelhos, em seus erís há um momento especial em as Oxuns que estão no mundo recebem vidros de perfumes, leques e espelhos. Dançam felizes, empunhando seus leques e espelhos enquanto outras se banham com perfume e distribuem um axé perfumado as pessoas que estão na roda e na assistência. Este axé faz uma referência sobre a “passagem” em que Oxum está no rio banhando-se, num ritual de beleza e encantamento. 4.6 Axés dos Presentes
Geralmente acontece quase no final do Batuque, os orixás que estão aniversariando “apresentam” seus bolos, tantos os orixás quanto os filhos-de-santo que não se ocupam, mostram a todos o seu bolo com a vela acesa (correspondente aos anos de assentamento do orixá), enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolo são servidos aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados. São de costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-dia Ilê, etc. É neste momento que o Babalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos o presente recebido.
4.7 O Axé do Alá de Oxalá
Pertence aos erís do Oxalá o axé do Alá. Em determinado momento, os filhos-de-santo com estatura mais elevada suspendem ao alto um grande Alá branco. Enquanto a roda e os erís continuam, todos passam por baixo do Alá pedindo ao orixá do branco a paz e a proteção 4.8 O Aforiba ou a Dança do Atã
O aforiba é o momento em que Ogum e Iansã demonstram a passagem em que Iansã embebeda Ogum para fugir com Xangô. O Babalorixá convida um Ogum e uma Iansã para fazerem o Aforiba, então ela coloca no centro do salão duas garrafas contendo atã (aforiba) e as armas pertencentes a estes orixás (espadas). Iansã toma as garrafas e oferece á Ogum que logo se embebeda, mas em seguida Ogum volta a si e vai atrás de Iansã empunhando sua espada. Os dois lutam, mas Iansã consegue acalmar Ogum e os dois reconciliam-se e voltam a dançar juntos.
Tendo um Xangô no mundo poderá vir ele fazer parte do Aforiba. Xangô vem em defesa de Iansã e com seu machado de dois gumes entra na luta com Ogum. Aí então, Iansã acalma os dois Orixás.
4.9 Os Axêres
Conforme o Batuque vai acontecendo, os orixás chegam (ocupam-se da consciência e do corpo de seus filhos) e fazem o fundamento da religião, conforme o ensinamento do Babalorixá e da Yalorixá. Feita a obrigação os Orixás “sobem”, vão embora. Os orixás são despachados, geralmente por filhos-de-santo mais antigos e experientes do Ilê, porém eles ficam em “axêre” ou “axêro” (No Candomblé são chamados de Erês), estado intermediário entre a ocupação do orixá e da pessoa propriamente dita. Os axêres agem como crianças, tomam refrigerante e adoram fazer brincadeiras com as pessoas, pois seu linguajar é confuso, trocam as expressões como, por exemplo: “tigue” (tigre) quer dizer carro, “confeitaria” quer dizer bolo, “pouco” quer dizer muito, “feinho” quer dizer bonito, e assim por diante. È um momento de descontração, porém deve ser mantido o respeito, pois apesar de fazerem brincadeiras, os axêres ainda conservam a essência do orixá.
4.10 A Levantação da Obrigação
Terminada o período em que a obrigação deve ficar arriada, há a levantação, termo que se refere ao ato de levantar as vasilhas contendo as obrigações de corte que estavam arriadas, limpa-las e guarda-las nas prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos escravos, as obrigações são guardadas no Quarto-de-santo e ocultas por cortinas que geralmente tem á sua frente imagens católicas que se referem ao sincretismo religioso, assim como velas, castiçais, comidas de santo, flores e outros objetos sagrados pertencentes aos Orixás.
05. O Peixe
A obrigação do peixe é feita pela manhã bem cedinho, e só ocorre em festas grandes, com quatro-pés. Alguém encarregado deve ir ao rio ou ao mercado público e trazer peixes ainda vivos para serem imolados aos Orixás, de Bará á Oxalá, por isso não pode ser uma quantidade muito pequena. Os orixás de frente recebem pintado como obrigação e os Orixás de praia recebem jundiá. No Quarto-de-santo são imolados ao menos um peixe para cada orixá e a ele é destinado: a cabeça, as barbatanas, a cauda e um pouco de axorô (sangue). A carne dos peixes imolados é servida com pirão (ebó) no almoço e deve ser consumida pelos presos (filhos que estão de Obrigação) e pelos que estão na casa, pois o ebó de peixe simboliza fartura e prosperidade. Uma quantidade maior de peixes é preparada frita para ser servida ao povo que comparecer ao batuque de encerramento ou no Toque do Peixe – toque realizado na noite do corte do peixe, porém com duração mais curta quando serão consumidos o ebó do peixe e peixes fritos, além das comidas dos orixás.
06. Mesa de Ibedji
A obrigação da Mesa de Ibedji é feita no Batuque de Encerramento e nas ocasiões em que o Babalorixá ou Yalorixá acharem necessárias. É realizada no início da noite e antecede o Batuque de Encerramento. Dela participam crianças de zero á doze anos, além de mulheres grávidas, ou que queiram engravidar. São “tirados” erís de Bará, de Xangô e Oxum (que representam os Ibedji) e dos orixás velhos. A Mesa de Ibedji é riquíssima de detalhes e constitui uma obrigação religiosa com muito axé e beleza. Significa agradar e reverenciar aos orixás das crianças que simbolizam pureza, paz e prosperidade. Uma grande toalha branca é colocada ao chão e nela colocam-se 01 gamela de frutas, 01 gamela contendo amalá, flores, 01 quartinha, brinquedinhos, bolo, doces e refrigerantes. As crianças participam em grupos de 06, 12…(números múltiplos de 06, a “conta” de Xangô), sentam-se ao redor da toalha, as menores acompanhadas por um adulto. Servem-se para as crianças: primeiramente canja de galinha, depois os doces e refrigerante. Após terem comido o que foi servido, são dados ás crianças uma colher de mel e um gole de água. Depois são lavadas e enxugadas as mãos das crianças. Terminadas estas etapas as crianças são levantadas da mesa por pessoas adultas ou por orixás que tenham “chegado” na mesa e conduzidos a formarem uma roda ao som de erís de Xangô. São feitas quantas mesas forem necessárias para que todas as crianças presentes participem da Obrigação.
Encerrada a Mesa de Ibedji, os Orixás que chegaram durante e a Mesa de Ibedji, recolhem os itens que ainda restam na mesa e levam até o Quarto-de-santo. Os brinquedos são distribuídos entre as crianças que participaram da Mesa.
07. Toque de Encerramento
É o toque que encerra as atividades públicas do Batuque Grande. Tem uma proporção um pouco menor do que o primeiro toque, pois é antecedido pelo corte do peixe e do corte de confirmação, quando são imoladas somente aves aos orixás.A cor dos axós é preferencialmente o branco e pode acontecer a Mesa de Ibedji antes do início do toque. É nesta noite que serão dados os axés de Obés e Ifá. Entre os alimentos servidos aos convidados prevalecem os doces, além da canja, da canjica e do amalá (este feito com carne de peito de gado). Seguido do toque, no dia posterior há a levantação da obrigação do corte de confirmação.
08. O Passeio
O término da obrigação para os filhos-de-santo que estão presos por motivo de seu aprontamento ou por obrigação de Bori é o Passeio no dia posterior á Levantação, pela manhã, antes, porém o Babalorixá ou Yalorixá leva os presos até a porta da frente do Ilê e apresenta-os à rua (aos Orixás da Rua), liberando-os para saírem fora dos limites do Ilê.
É comum no centro de Porto Alegre reconhecermos um grupo de presos passeando juntamente com seu Babalorixá ou Yalorixá . Saindo do Ilê vão até o centro visitar lugares de grande significado para a comunidade batuqueira: A Igreja do Rosário construída com o trabalho do negro escravo (antiga irmandade de negros) , o Mercado Público – lá compram cereais, grãos, e velas -, o Rio Guaíba ( que banha a cidade) – lá reverenciam Oxum e jogam moedas ao rio pedido prosperidade e fartura. Em seguida, vão visitar algum Ilê conhecido onde “batem cabeça” cumprimentando os Orixás do Ilê e lá depositam parte das compras feitas no mercado. De volta ao Ilê, batem cabeça no Quarto-de-santo e arriam o restante das compras feitas. Cumprimentam o Babalorixá ou Yalorixá na nova condição de Filho-de-santo pronto, ou borido (conforme a obrigação realizada).
Axé a todos! Charles Corrêa D’ Oxum
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adelantecomunicacao · 2 years
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Ayrson Heráclito. Logunedé com Ofá e penas de pavão , 2020. Fotografia. 122 x 122 cm. Divulgação.
Integra a exposição individual “Ayrson Heráclito: Yorùbáiano” na Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, Brasil. 2022.
Ayrson Heráclito (Macaúbas, Bahia, 1968) é professor universitário, historiador da arte, curador e ogã de Candomblé de matriz Jejê-Mahi. Sua trajetória artística inicia-se nos anos 1980 na Bahia. O artista se consolida, em seus cerca de 35 anos de trajetória, como um dos mais significativos nomes no Brasil a construir uma obra dedicada a elaborar ritos de cura, negociando outras relações com um passado nefasto, constantemente sacudido e ritualisticamente eliminado em banhos de ervas (“ìwáẹ̀ orí”) com águas frescas (“omi odò tó ń sàn”) ou no alimento oferecido às cabeças (“borí”), para que se mantenha o equilíbrio do corpo e do espírito.
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