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#história urbana de Recife
rtrevisan · 8 months
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As catedrais continuam brancas
Eu me deparei, recentemente e por contingências da vida profissional, com o interessante livro da arquiteta Amélia Reynaldo (As catedrais continuam brancas), uma belíssima descrição do histórico de desenvolvimento urbano da cidade do Recife (PE). Ainda não terminei de ler o trabalho, mas garanto que seus primeiros 40% já valem a leitura. Um dos aspectos que mais me impressionou foi a incrível…
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O Nordeste é uma região que encanta pela sua diversidade de paisagens, cultura, gastronomia e história. São nove estados que reúnem algumas das mais belas praias, dunas, lagoas, ilhas, chapadas, cidades históricas e parques nacionais do Brasil. Não é à toa que o Nordeste é um dos destinos mais procurados pelos turistas que querem aproveitar o sol, o mar e a natureza. Mas quais são as melhores cidades turísticas no Nordeste para visitar? Essa é uma pergunta difícil de responder, pois há muitas opções incríveis para todos os gostos e bolsos. Por isso, neste artigo, vamos te apresentar 15 cidades turísticas no Nordeste que se destacam pela sua beleza, charme e atrativos. Confira a seguir e prepare-se para se apaixonar pelo Nordeste! Salvador, Bahia Salvador é a capital da Bahia e a primeira capital do Brasil. É uma cidade que respira história, cultura e religiosidade. Seu centro histórico, conhecido como Pelourinho, é um Patrimônio Mundial da Unesco e reúne igrejas, museus, casarões e monumentos que contam a trajetória do país. Salvador também é famosa pela sua música, pela sua culinária e pelo seu carnaval. A cidade tem uma forte influência africana, que se manifesta na capoeira, no candomblé, no acarajé e no axé. A cidade tem ainda belas praias urbanas, como a Barra, o Farol da Barra e o Porto da Barra. https://youtu.be/n_lGeJV-2VI Para se hospedar em Salvador, há opções para todos os gostos e bolsos. Você pode escolher ficar no centro histórico, para ficar mais perto das atrações culturais; na orla marítima, para aproveitar as praias; ou em bairros mais tranquilos e charmosos, como o Rio Vermelho ou o Itapuã. Veja alguns dos melhores hotéis em Salvador: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingFera Palace HotelR$ 11009.0Wish Hotel da BahiaR$ 7008.9Hotel Deville Prime SalvadorR$ 6009.1Ibis Salvador Rio VermelhoR$ 2008.2Mar Brasil HotelR$ 2808.8 Fortaleza, Ceará Fortaleza é a capital do Ceará e uma das cidades mais visitadas do Nordeste. A cidade combina modernidade e tradição, oferecendo uma variedade de atrações para os turistas. A cidade tem praias urbanas movimentadas, como a Praia de Iracema, a Praia do Meireles e a Praia do Futuro; um centro histórico com edifícios antigos e museus; um polo cultural com teatros, cinemas e shows de humor; e um parque aquático famoso, o Beach Park. Fortaleza também é um ótimo ponto de partida para conhecer outras praias paradisíacas do Ceará, como Canoa Quebrada, Morro Branco, Cumbuco e Jericoacoara. A cidade tem uma boa infraestrutura turística, com hotéis, restaurantes, bares e lojas para todos os gostos e bolsos. https://youtu.be/pLALNPmMVWg Veja alguns dos melhores hotéis em Fortaleza: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingGran Mareiro HotelR$ 4008.9Hotel Luzeiros FortalezaR$ 5009.0Crocobeach HotelR$ 6009.0Holiday Inn FortalezaR$ 4008.7Ibis Fortaleza Centro de EventosR$ 4008.4 Recife, Pernambuco Recife é a capital de Pernambuco e uma das cidades mais importantes do Nordeste. É uma cidade que mistura arte, cultura, história e natureza. Seu centro histórico preserva construções coloniais, como a Torre Malakoff, o Teatro Santa Isabel e a Basílica de Nossa Senhora do Carmo. Seu polo cultural abriga museus, galerias, cinemas e teatros, como o Museu do Homem do Nordeste, o Museu Cais do Sertão e o Teatro do Parque. https://youtu.be/QSI4rI8WMQU Recife também é conhecida pela sua música, pela sua gastronomia e pelo seu carnaval. A cidade é berço de ritmos como o frevo, o maracatu e o manguebeat. A cidade tem uma culinária rica em sabores, com pratos como a carne de sol, a buchada de bode e a tapioca. A cidade tem um dos carnavais mais animados do país, com blocos, trios elétricos e bonecos gigantes. Recife também tem belas praias urbanas, como a Boa Viagem, a Pina e a Brasília Teimosa. A cidade é banhada pelo Rio Capibaribe, que forma ilhas e pontes que dão um charme especial à paisagem. A cidade é ainda um ótimo ponto de partida
para conhecer outras atrações de Pernambuco, como Olinda, Porto de Galinhas, Caruaru e Fernando de Noronha. Veja alguns dos melhores hotéis em Recife: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingRadisson RecifeR$ 6008.8Hotel Atlante PlazaR$ 6008.7Transamérica Prestige Beach Class InternationalR$ 5008.7Ibis Recife Boa ViagemR$ 2008.3Hotel 7 ColinasR$ 4009.2 Natal, Rio Grande do Norte Natal é a capital do Rio Grande do Norte e uma das cidades mais bonitas do Nordeste. A cidade tem praias urbanas de águas mornas e areias claras, como a Ponta Negra, a Praia dos Artistas e a Praia do Meio. A cidade tem também um forte histórico e cultural, com edifícios antigos e museus, como o Forte dos Reis Magos, a Catedral Metropolitana e o Museu Câmara Cascudo. https://youtu.be/W_7Z2-xdCT0 Natal também é famosa pelos seus passeios de buggy nas dunas de areia, que levam a lugares incríveis, como a Lagoa de Genipabu, a Lagoa de Pitangui e a Praia de Jacumã. A cidade tem ainda um parque aquático divertido, o Ma-noa Park; um centro de artesanato variado, o Centro de Turismo; e um polo gastronômico delicioso, a Rua da Vila. Natal tem uma boa infraestrutura turística, com hotéis, restaurantes, bares e lojas para todos os gostos e bolsos. A cidade é também um ótimo ponto de partida para conhecer outras praias maravilhosas do Rio Grande do Norte, como Pipa, Tibau do Sul e São Miguel do Gostoso. Veja alguns dos melhores hotéis em Natal: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingSerhs Natal Grand Hotel & ResortR$ 6008.9Ocean Palace Beach Resort & BungalowsR$ 15008.6Wish NatalR$ 9009.0Ibis Natal Ponta NegraR$ 2008.4Pousada Manga Rosa Beira MarR$ 2809.0 João Pessoa, Paraíba João Pessoa é a capital da Paraíba e uma das cidades mais antigas do Brasil. É uma cidade que surpreende pela sua beleza natural e pela sua qualidade de vida. A cidade tem praias urbanas tranquilas e limpas, como a Tambaú, a Cabo Branco e a Manaíra. A cidade tem também um centro histórico bem conservado e charmoso, com igrejas, casarões e monumentos que remetem ao passado colonial. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Geilson Reis (@geilsonreisoficial) João Pessoa também é conhecida pela sua cultura e pela sua gastronomia. A cidade tem uma cena artística vibrante, com teatros, cinemas e shows de música popular brasileira. A cidade tem uma culinária saborosa, com pratos típicos como o baião de dois, a carne de sol, o queijo coalho e a rapadura. João Pessoa também é famosa por ter o pôr do sol mais bonito do Brasil. Todos os dias, às 17 horas, centenas de pessoas se reúnem na Praia do Jacaré para assistir ao espetáculo da natureza, ao som do Bolero de Ravel, tocado pelo saxofonista Jurandy do Sax. João Pessoa tem uma boa infraestrutura turística, com hotéis, restaurantes, bares e lojas para todos os gostos e bolsos. A cidade é também um ótimo ponto de partida para conhecer outras praias encantadoras da Paraíba, como Coqueirinho, Tambaba, Lucena e Baía da Traição. Veja alguns dos melhores hotéis em João Pessoa: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingNord Luxxor TambaúR$ 4008.8Hotel ManaíraR$ 5009.1Laguna Praia HotelR$ 5009.2Ibis João PessoaR$ 2508.3Pousada do Caju Praia MarR$ 3308.7 Maceió, Alagoas Maceió é a capital de Alagoas e uma das cidades mais lindas do Nordeste. A cidade tem praias urbanas de águas cristalinas e tons variados, como a Pajuçara, a Ponta Verde e a Jatiúca. A cidade tem também um centro histórico com edifícios antigos e museus, como a Catedral Metropolitana, o Palácio Floriano Peixoto e o Museu Théo Brandão. Maceió também é famosa pelos seus passeios de barco ou jangada pelas piscinas naturais formadas pelos recifes de coral. Esses passeios levam a lugares incríveis, como a Praia do Gunga, a Praia de Paripueira e a Praia de Ipioca. A cidade tem ainda um polo gastronômico delicioso, com restaurantes que servem frutos do mar frescos e pratos típicos como o sururu e a tapioca.
Video: Reprodução Maceió tem uma boa infraestrutura turística, com hotéis, restaurantes, bares e lojas para todos os gostos e bolsos. A cidade é também um ótimo ponto de partida para conhecer outras praias maravilhosas de Alagoas, como Maragogi, São Miguel dos Milagres, Barra de São Miguel e Penedo. Veja alguns dos melhores hotéis em Maceió: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingRitz Lagoa da Anta Hotel & SpaR$ 1.3008.6Meridiano HotelR$ 4509.0Jatiúca Hotel & ResortR$ 6008.9Ibis Maceió PajuçaraR$ 2008.4Pousada Casa CaiadaR$ 4009.3 Aracaju, Sergipe Aracaju é a capital de Sergipe e uma das cidades mais tranquilas e organizadas do Nordeste. A cidade tem praias urbanas calmas e bonitas, como a Atalaia, a Aruana e a Coroa do Meio. A cidade tem também um centro histórico com edifícios antigos e museus, como a Catedral Metropolitana, o Palácio Olímpio Campos e o Museu da Gente Sergipana. https://youtu.be/dPwwEFJv3V4 Aracaju também é famosa pelo seu artesanato e pela sua gastronomia. A cidade tem um centro de artesanato variado, o Centro de Turismo; um mercado municipal animado, o Mercado Antônio Franco; e um polo gastronômico saboroso, a Passarela do Caranguejo. A cidade tem uma culinária rica em frutos do mar e pratos típicos como o caruru e o vatapá. Aracaju tem uma boa infraestrutura turística, com hotéis, restaurantes, bares e lojas para todos os gostos e bolsos. A cidade é também um ótimo ponto de partida para conhecer outras praias lindas de Sergipe, como Pirambu, Aruana e Mangue Seco. Veja alguns dos melhores hotéis em Aracaju: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingRadisson Hotel AracajuR$ 4509.1Del Canto HotelR$ 4008.8Celi Hotel AracajuR$ 4508.9Ibis AracajuR$ 2008.3Pousada Raio de SolR$ 2008.6 São Luís, Maranhão São Luís é a capital do Maranhão e uma das cidades mais culturais e históricas do Nordeste. A cidade tem um centro histórico que é um Patrimônio Mundial da Unesco e que reúne mais de 3 mil casarões coloniais, decorados com azulejos portugueses. A cidade tem também igrejas, museus e monumentos que contam a história da cidade. https://youtu.be/CC20ojgoYJg São Luís também é conhecida pela sua música, pela sua literatura e pelo seu folclore. A cidade é berço de ritmos como o bumba-meu-boi, o tambor de crioula e o reggae. A cidade tem uma cena literária renomada, com escritores como Gonçalves Dias, Aluísio Azevedo e Ferreira Gullar. A cidade tem ainda festas populares que encantam os visitantes, como o São João e o Carnaval. São Luís também tem praias urbanas bonitas e movimentadas, como a Ponta d’Areia, a Praia do Calhau e a Praia do Olho d’Água. A cidade é banhada pelo Rio Anil, que forma uma paisagem bela e singular. A cidade é ainda um ótimo ponto de partida para conhecer outras atrações do Maranhão, como os Lençóis Maranhenses, a Chapada das Mesas e a Ilha de Alcântara. Veja alguns dos melhores hotéis em São Luís: HotéisDiárias (a partir de)Nota no BookingGrand São Luís HotelR$ 3008.4Blue Tree Towers São LuísR$ 7008.5Luzeiros São LuísR$ 5009.0Ibis São LuísR$ 3008.2Pousada Portas da Amazônia São LuísR$ 6008.7 Teresina, Piauí Teresina é a capital do Piauí e uma das cidades mais quentes do Nordeste. A cidade tem um clima semi-árido, com temperaturas elevadas durante todo o ano. A média anual é de 28°C, variando entre 26°C e 31°C. O calor é mais intenso nos meses de setembro a novembro, quando os termômetros podem chegar a 40°C. https://youtu.be/PuF8j1e0pQY Teresina é uma cidade que mistura modernidade e tradição, oferecendo uma variedade de atrações para os turistas. A cidade tem um centro histórico com edifícios antigos e museus, como o Palácio Karnak, a Igreja São Benedito e o Museu do Piauí. A cidade tem também um polo cultural com teatros, cinemas e shows de música popular brasileira. Teresina também é famosa pelo seu artesanato e pela sua gastronomia. A cidade tem um centro de artesanato diversificado, o Polo Cerâmico do Poty Velho; um
mercado municipal animado, o Mercado Central; e um polo gastronômico delicioso, o Complexo Gastronômico da Ponte Estaiada. A cidade tem uma culinária rica em sabores regionais, com pratos como a carne de sol, o baião de dois e a paçoca. Teresina não tem praias urbanas, mas tem rios que banham a cidade e formam balneários naturais. A cidade é cortada pelos rios Poty e Parnaíba, que oferecem opções de lazer e passeios de barco. A cidade é também um ótimo ponto de partida para conhecer outras belezas do Piauí, como o Parque Nacional da Serra da As melhores viagens e atrações turísticas no Brasil
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geekpopnews · 6 months
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Léon Edson: conheça o novo suspense gótico do autor ambientado em Recife
O autor pernambucano Léon Edson está lançando seu novo livro de suspense gótico ambientado nas ruas de Recife dos anos 50, Confira mais detalhes: #pernambugotico #leonedson
O livro “Pernambugótico – Maldições Encantadoras”, de Léon Edson está em pré-venda e é o novo lançamento do autor pernambucano. A obra é uma fantasia urbana ambientada no Recife dos anos 50 e mistura suspense gótico, horror cósmico, aventura e fatos históricos amarrados em uma narrativa cativante repleta de personagens multifacetados. Publicado pela Editora New Naipe, o livro contará a história…
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blogdavania · 8 months
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Retratos Fantasmas
"Fale da sua aldeia e estará falando do mundo"
Essa é a frase emblemática do escritor russo Tolstoi, e foi isso o que fez o diretor Kleber Mendonça Filho em seu comovente filme, Retratos Falados.
Um filme cheio de amorosidade, no qual ele se desnuda e escancara seu amor pela cidade do Recife, para mim uma das mais legais do Brasil, e reverencia suas recordações e as pessoas que fazem parte delas.
Esse pernambucano arretado que, como tantos outros, desfila sua criatividade e a força da cultura de seu estado, sem se achar o epicentro da inteligência brasileira como o fazem os narcísicos baianos.
Assistindo seu filme me lembrei da frase do Tolstoi porque era como se visse a minha cidade, seu centro que eu tanto amo, abandonado e maltratado, além das transformações urbanas que vão matando nossa história e memórias.
Uma ode ao cinema, e à vida vivida.
O filme termina com os aplausos da plateia, aqueles resistentes que, como eu, insistem em viver essa experiência coletiva de emoção e encantamento.
O filme, Retratos Fantasmas.
Recomendo!
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duplaroves · 1 year
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Perna cabeluda, galega da cadisa, papa-figo.Lendas urbanas Pernambuco
Os jogadores do time Invencíveis da Tia Orelha eram : Ivo, um idoso de 74 anos que havia perdido a perna esquerda em um acidente. E o obeso que pesava 135 quilos. O míope que tinha um alto grau de miopia mas não usava óculos porque comichava o nariz. O baixinho magricela anêmico. E o único que não tinha problema de saúde era o Valdir, um cara de 26 anos, mas ele era o pior jogador do time.
Os 5 craques desse time estavam indo pra quadra de futebol e o  magricela tava contando que o irmão dele tinha visto a Galega da Cadisa. O irmão dele era taxista.
_É uma loira alta, linda, que usa um vestido longo. O meu irmão tava voltando do centro de Caruaru quando, perto do Lacerdão, naquela madrugada , a loira tava na rua e fez sinal.
_Ela entrou no táxi e começou a dizer que meu irmão é bonito. Ele perguntou onde ela morava, ela disse que era 3 ruas depois da praça, numa casa verde.
_O meu irmão tava achando que ela tava gostando dele. Mas ela parou de falar. Então ele olhou pro banco de trás. A mulher tinha sumido.
_No outro dia ele foi até a casa verde que ela falou. Um cara abriu a porta e o meu irmão perguntou sobre a loira alta que disse que morava ali. Então o cara respondeu : "Era a tia da minha mãe. Ela suicidou-se em 1972."
O míope disse :
_Eu nunca vi a Galega da Cadisa, nem no dia que usei óculos. isso é igual aquela história que a minha mãe contava pra mim, quando eu era criança. Ela queria me assustar pra eu não ficar na rua depois das 9, por isso ela dizia que existe o Papa-Figo.
O obeso disse :
_O Papa-Figo existe. Quando eu tinha 8 anos, eu tava andando na rua 10 da noite. E vi o cara orelhudo. Eu sabia que ele era o Papa-Figo por causa das unhas grandes e sujas que ele usa pra arrancar o fígado das crianças. Ele me ofereceu doces. Eu quase aceitei. Mas pensei que, se ele arrancasse meu fígado, eu não poderia mais comer tanto porque ia ter problemas digestivos. E fugi.
Eles chegaram na quadra de futsal e começaram a jogar contra o time de assaltantes.
O idoso Ivo, com sua única perna ,  chegou na frente do goleiro pronto pra marcar o gol.
O míope cantou aquela música : "O centroavante era um velho perneta. E o zagueiro, um grande mercenário. Se perder não sai do vestiário."
O goleiro tropeçou e caiu. O idoso ia chutar a bola pro gol quando a perna cabeluda entrou na quadra e chutou a bola, marcando o gol.
Desde os anos 70 muitos moradores  de Recife já viram a perna cabeluda. Uma perna que talvez tenha sido serrada do corpo de algum homem muito peludo. Ela, durante as noites, esconde-se atrás de árvores. E ataca as pessoas que andam sozinhas nas ruas de noite. Primeiro ela dá uma rasteira. Depois dá uns pontapés muito destruidores, porque tem uma força sobrenatural.
Algumas pessoas conseguiram fugir, mas a maioria morreu. As pessoas viam aqueles cadáveres na rua, com ferimentos enormes na barriga e na cabeça, e já sabiam que aquilo tinha sido feito pelos pontapés da perna cabeluda.
O idoso gritou:
_Eu jogo futebol há mais de 60 anos e nunca consegui marcar um gol porque só tenho uma perna . E agora que eu ia marcar o gol, você entrou na quadra e chutou a bola, sua perna maldita.
A perna cabeluda percebeu a raiva dele e foi embora. Então o idoso começou a esfaquear a perna do magricela. 
Mas o míope matou o idoso com 3 tiros.
_Como você acertou os tiros, se você não enxerga ?
_Eu fui possuido pelo motorista do opala preto.
_Pare de mentir. A lenda do opala preto é uma lenda urbana do Rio de Janeiro. E nós estamos em Pernambuco.
Naquela semana o míope foi pra Caruaru porque queria ver o fantasma da Galega da Cadisa. Ele tava guiando seu Ford quando um opala preto chegou em alta velocidade e o fantasma do jogador idoso, que o míope matou na quadra de futsal... O fantasma disse :
_Você não tá vendo, mas sou eu, o Ivo.
O fantasma jogou o opala contra o Ford e no acidente o míope morreu.
Se você estiver em alguma rua do Recife e alguém pedir um óculos emprestado, pode ser o fantasma desse míope.
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gazeta24br · 1 year
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Estreou no circuito comercial em diversas cidades do País o documentário “Kobra Auto Retrato” (84 minutos, colorido, 2022), longa da premiada diretora e roteirista Lina Chamie, com fotografia de Lauro Escorel e produção da Girafa Filmes sobre o muralista Eduardo Kobra, 47 anos. O filme está em exibição, ao menos até a próxima quarta-feira, dia 23 de novembro, em salas de cinema de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Recife.  Em algumas cidades, será distribuído um mini pôster do filme, tamanho A3, às primeiras 100 pessoas que comprarem um ingresso para o filme (veja relação ao final do release). A promoção vale enquanto durar o estoque. “Kobra Auto Retrato” foi exibido no dia 10 de outubro no Festival do Rio e nos dias 21 de outubro, sexta-feira, no Vão Livre do MASP, com entrada franca, e 26 de outubro, às 21h, no Reserva Cultural, durante a 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Kobra e Lina Chamie estiveram em Nova York, no dia 13 de novembro, no IFC  Center (323 6th avenue), para a exibição do filme no DOC NYC, principal festival de documentários dos Estados Unidos. No dia 22 de novembro, às 19h, o filme será apresentado, com entrada franca, no New World Center, Soundscape Park, 400 17th St, em Miami Beach, também com a presença de Eduardo Kobra e Chamie. Depois, o artista permanece na cidade para pintar um mural na lateral da galeria The House, novo centro cultural em Miami, voltado principalmente à exposição e internacionalização do design e da arte brasileira.  No filme, em uma noite de insônia, há cerca de 20 anos um tortuoso fato cotidiano, Kobra revê sua vida desde a infância difícil na periferia até o sucesso mundial, como muralista, passando por momentos difíceis como a conturbada relação com os pais, que não aceitavam sua paixão - e opção – pela arte urbana, primeiro como pichador, depois como grafiteiro e muralista, e sua saúde debilitada devido à intoxicação por metais pesados devido à inalação de tintas (que causou a morte do grande pintor modernista brasileiro Candido Portinari, em 1962). E passando também por conquistas, como as pinturas dos murais, o casamento com Andressa Munin e o nascimento de seu filho, Pedro. Os acontecimentos se desenrolam entre a realidade e o sonho. Nessa trajetória de vida, desde o grafite ilegal nas ruas de São Paulo até os grandes murais em 35 países, Carlos Eduardo Fernandes Léo, o Kobra, um artista singular que representa tantos outros em suas batalhas, passa a entender a arte de rua como voz política e democrática. “São as portas que arte abre, as possibilidades que são infinitas, que somente Deus e o mundo da arte podem possibilitar. É mais uma vitória, dentro de algo completamente inusitado, que é ter a minha história contada por uma cineasta tão especial, por uma visão completamente única e artística. Sinto-me lisonjeado, até mesmo por ser um grande admirador do cinema, especialmente de filmes e documentários que falam sobre a história de muitos artistas, como Frida Kahlo, Jackson Pollock e Banksy, que concorreu ao Oscar. “Traços de uma vida”, sobre Jean-Michel Basquiat, inspirou-me demais. O filme feito pela Lina Chamie, que mostra minha trajetória até o período anterior à pandemia, é um novo e importante passo na minha história, porque é mais uma forma diferente do meu trabalho e mensagens chegarem às pessoas”, afirma Kobra. Segundo o muralista, a produção do filme durou cerca de dois anos; e as filmagens com ele cerca de 30 dias não contínuos, dois deles dentro do estúdio. “A Lina foi muito delicada na abordagem e na forma como relatou e contou a minha história. Eu já havia assistido a um dos seus filmes, ‘São Silvestre’, e ficado impactado com o seu olhar diferenciado com a forma como ela trata a imagem, o movimento e o som. Quando fui procurado para o filme, percebi que não se trataria só de ‘mais um filme’, já que suas produções são especiais, emocionais e sensoriais. Sempre
tive a certeza de que a Lina era a pessoa certa para contar a minha história”, conta Kobra.            Intensa produção artística             Kobra está em um momento de intensa produção artística, após ter recusado ou cancelado 40 convites internacionais durante a pandemia, quando se dedicou quase que exclusivamente a murais relacionados à Saúde. O artista urbano terminou no dia 4 de novembro o primeiro mural, com 29 metros de comprimento por 5 metros de altura - cerca de 145m² - de um artista brasileiro no Walt Disney World Resort, como parte do Disney Springs Art Walk: A Canvas of Expression. A obra mostra crianças de sete lugares do planeta.          Ao final de setembro, Eduardo Kobra inaugurou um mural de 24 metros de comprimento por 14 metros de altura (336 metros quadrados) em uma das fachadas da Organização das Nações Unidas, em Nova York. O mural “O Futuro é Agora!” (The Future is Now!) está situado na E 42nd St & 1St Ave (https://goo.gl/maps/oUc1krDgqpuGfVtbA). O mural surgiu em um período importantíssimo, já que de 20 a 26 de setembro aconteceu na ONU a Semana de Alto Nível da 77.ª Assembleia Geral, que recebeu representantes de 193 países, a maioria líderes mundiais, e foi acompanhada por jornalistas de todo o mundo. A pintura do mural foi precedida por uma exposição no hall da Assembleia Geral das Nações Unidas, com 11 telas que mostravam alguns de seus murais, além de obras inéditas No local, estão situadas as telas “Guerra” e “Paz”, do pintor brasileiro Cândido Portinari (1903-1962), doadas pelo Brasil à ONU e inauguradas em 6 de setembro de 1956. Pouco antes, ao final de agosto, inaugurou uma obra no muro em frente à fachada do Museu da Imigração, no bairro da Mooca, na zona Leste de São Paulo. Com 736 metros quadrados (5,8 m de altura por 127 m de extensão), o mural “Janelas Abertas para o Mundo” mostra oito migrantes e refugiados, de diferentes origens, todos personagens reais retratados pelo artista urbano com as cores que caracterizam sua obra.          Também no segundo semestre deste ano, Kobra fez um mural de 1.300 metros quadrados em San Marino. Inaugurado no dia 15 de setembro e ainda sem um nome oficial, o impressionante mural conta a história e a lenda da formação do País. Para realizar o mural, Kobra conversou com várias pessoas do país, que foram trajadas como personagens e pintadas no muro. Uma passarela foi construída no local para que as pessoas possam ver de perto a obra, situada em Faetano, na fachada da fábrica do grupo SIT.  Belíssimo, o mural já se tornou uma atração cultural e turística de San Marino. A obra ficou tão impactante que ainda este ano será lançada no país uma série de selos com cenas do mural pintado por Kobra. No início de outubro, Kobra pintou mais um mural relacionado ao tema da Saúde. Em uma parede a 100 metros quadrados da Clínica Oncomed Oncologia, em Niterói, fez o mural “Vitória”, que mostra uma mulher com o braço erguido, como quem festeja ter vencido a luta contra o câncer. Ao final de outubro esteve em Londres, para uma rápida exposição, de um dia, que atraiu duas mil pessoas. Em cima da hora, decidiu pintar um mural – Elizabeth II Forever - sobre a rainha falecida em 8 de setembro. No último dia 10 de novembro, foi inaugurado na Escola Estadual Lasar Segall, na zona Sul de São Paulo, um mural de Kobra, com sete metros de comprimento por 12 de altura (84 metros quadrados), sobre o heptacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton. O piloto britânico, que é engajado em causas e projetos sociais, esteve presente a convite do Instituto Ayrton Senna, conversou com as crianças e assistiu à inauguração do mural. Na obra, Hamilton segura um capacete do seu ídolo, Senna. Visivelmente emocionado, Hamilton pediu uma lata de spray e assinou, cheio de estilo, seu nome no mural. “Espero que isso traga motivação e cor para os alunos daqui”, disse. Kobra criou também uma arte exclusiva e pintou um dos capacetes do piloto, que será disponibilizado através de uma plataforma online e leiloado para colecionadores. A renda será revertida para o Instituto Senna.
Hamilton gostou de conhecer também o projeto Instituto Kobra e se ofereceu para contribuir através da venda de uma camisa exclusiva. Kobra desenvolveu uma arte para a camiseta, que ficou à venda online até o final do GP de São Paulo, disputado no domingo, 13 de novembro. Segundo o piloto, toda a renda será revertida para o Instituto Kobra, que busca transformar a vida dos jovens através da arte. “Quando soube que o muralista brasileiro, de renome mundial, Kobra, estava me incluindo em uma de suas obras, no Brasil, fiquei honrado. Para mostrar minha gratidão, estou fazendo algo especial, exclusivamente para meus apoiadores e amigos brasileiros”, afirmou. Nota da diretora do filme, Lina Chamie “Kobra é um retrato arrojado de um artista de rua, sua história e sua intimidade. Eduardo Kobra não é uma pessoa fácil, por isso não foi tarefa fácil fazer um filme sobre ele. Quando damos uma primeira olhada em seu trabalho, ele pode não parecer o artista mais intrigante. Por ser um tanto tímido, como ele mesmo diz, resiste a se revelar. Foi exatamente isso que exploramos como principal material para contar sua história e arte. Kobra Auto Retrato propõe uma viagem na noite, na alma do artista, pois é na relutância em se expor que ele se revela do avesso. Demorou um pouco para ganharmos sua confiança e trabalhamos juntos o máximo que pudemos. O filme é um híbrido entre documentário e ficção, entre realidade e sonho, acontece no reino sombrio da insônia. Ao mesmo tempo, pode-se dizer, é um filme “urgente” pelas questões que seu trabalho levanta, desde as preocupações ambientais e a destruição da Floresta Amazônica, o racismo, os maus-tratos aos animais, o extermínio da população indígena e a indústria e a política das armas. Kobra Auto Retrato é um filme que mostra as lutas e a emancipação de um artista. Vemos como ele supera as dificuldades e ganha força e voz própria através do conhecimento do privilégio e da responsabilidade de estar nas ruas levando uma mensagem ascendente de esperança em tempos sombrios." Instituto Kobra: a arte como instrumento de transformação social Nascido em 2021, o Instituto Kobra, acredita na arte como instrumento de transformação social de crianças, adolescentes, jovens e mesmo adultos.  Fundada e presidida pelo artista Eduardo Kobra, a instituição parte da própria biografia de seu criador para fundamentar a importância e o papel da cultura como agente transformador de vidas e realidades. O Instituto Kobra promove ações, prioritariamente em comunidades periféricas, e leva manifestações artísticas — não só das artes plásticas e do grafite, mas também da música, do teatro e da literatura — àqueles que costumam ter menos acesso a museus e centros culturais. Uma experiência embrionária foi o projeto Galeria Circular, realizado em 2019. Transformado em galeria itinerante de arte, um ônibus adaptado percorreu 12 bairros da região metropolitana de São Paulo apresentando 14 obras de Kobra que estiveram ou ainda estão expostas em diversos locais pelo mundo. O artista idealizou e participou de todos os dias do projeto, interagindo muito com o público. O Instituto Kobra surgiu também para funcionar como um espaço para promoção de causas por meio da arte — principalmente aquelas que fazem parte dos princípios do muralista, como a defesa do meio ambiente, o discurso pacifista, a pauta antirracista, o respeito entre os povos e a luta pela liberdade. Neste sentido, devido ao combate à pandemia do Covid-19, a primeira ação concreta da instituição foi usar sua arte para levar oxigênio para hospitais de Manaus.  Kobra transformou um cilindro de oxigênio, em desuso, de 1m30, em uma obra de arte, exemplar único, chamada “Respirar”.  Pintou o cilindro como se fosse um recipiente transparente, com uma árvore plantada dentro. “A mensagem central é a importância da vida. Que o sopro da minha arte ajude a levar um pouco de oxigênio para os hospitais mais necessitados e, ao mesmo tempo, provoque a reflexão sobre a importância
de usar máscaras, lavar as mãos constantemente, manter o isolamento social e, claro, de preservar a natureza, que é um patrimônio de toda a humanidade”, disse na época. A obra foi adquirida por 700 mil reais. Os recursos obtidos com a venda da peça foram aplicados integralmente na construção de duas usinas de oxigênio no Amazonas. Na prática, isso significou que 20 leitos de UTI’s beneficiados 24h por dia, numa ação perene, que ficaram como legado. Em um dia, a usina gera 480 horas de oxigênio. Em um mês, são 14.400 horas. “A título de comparação, um cilindro abastece um leito de UTI com oxigênio por até 10 horas. Ou seja, para fazer uma entrega equivalente à usina, seriam necessários mais de 1.400 cilindros por mês. Com 700 mil seria possível comprar 350 cilindros, o que equivaleria a 3.500 horas”, contou o muralista. Em outra ação, Kobra utilizou seu talento para uma campanha que ajudava famílias desassistidas, com situação de vulnerabilidade ainda mais agravada pela pandemia do covid-19. Após Kobra criar o painel “Coexistência”, onde mostrava crianças de cinco religiões – budismo, cristianismo, islamismo judaísmo e hinduísmo – em oração e vestindo máscaras, o Instituto Kobra sorteou uma serigrafia da obra entre as pessoas que fizeram doações. Com o valor arrecadado, foram produzidos e distribuídos 20 mil kits com alimentos e produtos básicos de higiene. Mas o Instituto Kobra não se resumirá a ações desse tipo. No projeto estão previstas a construção de uma sede e outras maneiras de promover a cultura, como palestras, oficinas e a realização de pinturas públicas. Além do próprio Eduardo Kobra, a entidade viabilizará a presença de outros muralistas e grafiteiros, brasileiros e estrangeiros, que, por meio de intercâmbios culturais, irão levar sua arte, conhecimento e histórias de vida aos jovens de periferia. A sensibilidade do muralista para o tema vem do berço. Kobra nasceu em 1975, no Jardim Martinica, Campo Limpo, bairro da zona sul paulistana. Da mesma maneira como a arte mudou sua vida, ele acredita que a cultura pode ser uma ferramenta de transformação social para muitos jovens brasileiros. Do livro “Kobra”, lançado pela Arte Ensaio Editora “Não é correto quando dizem que a característica mais marcante de Eduardo Kobra é o domínio do desenho e das cores. O que é e sempre foi fundamental na vida de Kobra é o olhar. Nascido no bairro do Campo Limpo, foi desde cedo apresentado às adversidades da vida. Viu amigos sucumbirem às drogas e à criminalidade. Alguns foram presos. Outros tantos perderam a vida. Foi o olhar que o salvou.             Em meio ao caos urbano, buscou resgatar o patrimônio histórico que se perdeu. Em um contexto repleto de desigualdade social e injustiças, buscou se inspirar em personagens e cenas icônicas que servem de exemplo para. um mundo melhor.             Não é por acaso que o artista fica, é claro, orgulhoso quando vê uma multidão que observa seu mural, mas que o que o comove de verdade é descobrir alguém que para no meio da correria da cidade, para observar por um minuto os detalhes dessa obra. Apesar dos murais monumentais, Eduardo Kobra, nascido e criado na periferia de São Paulo e hoje presente em dezenas de cidades e países, faz sua arte para despertar a sensibilidade e consciência de cada um de nós.” (por Airton Gontow, jornalista) Veja algumas das obras de Kobra no Brasil e no Exterior   Exterior: 1 - O Beijo, na High Line, em Nova York, EUA 2 - Arthur Rubinstein, em Lodz, na Polônia 3 - Artistas, em Wynwood, Miami, Flórida, EUA 4 - A Bailarina (Maya Plisetskaya), em Moscou, Rússia 5 - Malala, em Roma, Itália 6 - Olhar a Paz, em Los Angeles, Califórnia, EUA 7 - Sarasota Antiga, em Sarasota, Flórida, EUA 8 - Abraham Lincoln, em Lexington, Kentucky, EUA 9 – Fight for Street Art (releitura da cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg, Brooklyn, EUA 10 – Alfred Nobel, na cidade de Boras, Suécia 11 – MariArte, em San Miguel de Allende, México
12 – Ritmos do Brasil, em Tóquio, Japão 13 – O Beduíno, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos 14 – Mural ainda sem nome, Papeete, Taiti 15 - Bob Dylan, The Times They Are a-Changin. Minneapolis, Minnesota, EUA 16 – Hamlet, West Palm Beach, Florida, EUA 17 – Einstein vai à Praia, West Palm Beach, Flórida, EUA 18 – Give Peace a Chance, Wynwood, Miami, Flórida, EUA 19 – Stop Wars, Wynwood, Miami, Flórida, EUA 20 – The Fallen Angel (O Anjo Caído), Wynwood, Miami, Flórida, EUA 21 – Muddy Waters, Chicago, Illinois, EUA. 22 – Rio, Tóquio, Japão 23 – Bossa Nova (Vinícius de Moraes e Tom Jobim), Tóquio, Japão 24 – Armstrong (nome não definitivo), Cincinnati, Ohio, EUA 25 – Dante Alighieri, Ravenna, Itália 26 – Let me be myself, Amsterdã, Holanda 27 - Ziggy Stardust (sobre David Bowie), Jersey City, New Jersey, EUA. 28 – Sonho de um Menino, Dubai, Emirados Árabes Unidos. 29 – Mandela (sem nome definitivo), em Blantyre, Malawi 30 – Desmond Tutu (ainda sem nome definitivo), em Blantyre, Malawi 31 – Dalí, em Múrcia, Espanha 32 – Davi, em Carrara, Itália 33 – Cacique Raoni (ainda sem nome definitivo), em Lisboa, Portugal. 34 – Etnias – Todos Somos Um, em Sandefjord, Noruega. 35 – Locomotiva, em Londres, Reino Unido 36 – Família Monet (dois murais que conversam entre si), em Boulogne-sur-Mer, na França. 37 – Imagine, em Bristol, Inglaterra. 38 – Em 2018 o artista fez 20 murais nos EUA, 18 deles em Nova York 39 – Ayrton Senna, Ímola, Itália. 40 – O Futuro é Agora, Nova York, Estados Unidos. 41 – Elizabeth II Forever, Londres, Inglaterra Brasil 1 – Oscar Niemeyer, Praça Oswaldo Cruz, av. Paulista, em São Paulo, São Paulo 2 - A Arte do Gol (projeto Muro das Memórias), av. Hélio Pellegrino com av. Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo 3 - Belém Antigo, esquina da rua Castilhos França com a rua Portugal, em Belém, Pará 4 - Candango, no Complexo Bancário, em Brasília. 5 - Chico e Ariano, na avenida Pedroso de Morais, Pinheiros, em São Paulo, São Paulo. 6 - Novos Ventos, nos tanques da Linde Gases, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, no trecho do sistema Anchieta-Imigrantes, que liga Cubatão a Guarujá, São Paulo. 7 - Mural da 23 de Maio (projeto Muro das Memórias), próximo ao viaduto Tutóia, em São Paulo, São Paulo. 8 - Murais do Parque do Ibirapuera, ao lado do MAM, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP. 9 - Pensador, Senac Tatuapé, em São Paulo, São Paulo. 10 – Muro das Memórias Caixa d’água, Senac Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo. 11 – AltaMira (projeto Greenpincel), rua Maria Antônia, São Paulo, São Paulo. 12 - Muro das Memórias, Senac Tiradentes, em São Paulo, São Paulo. 13 – Gonzagão, Recife, Pernambuco. 14 - Viver, Reviver e Ousar, Igreja do Calvário, em Pinheiros, São Paulo, São Paulo. 15 - Brasil!, muro da usina termelétrica de Macaé, Rio de Janeiro. 16 – Sem Rodeio (Projeto Greenpincel), av. Faria Lima, em São Paulo, São Paulo. 17 – Muro das Memórias Senac Tiradentes, av. Tiradentes, em São Paulo, São Paulo. 18 – Racionais MC’s, Capão Redondo, São Paulo, São Paulo 19 – Genial é Andar de Bike, Oscar Freire, São Paulo, São Paulo 20 – A Lenda do Brasil, rua da Consolação, São Paulo 21 – Etnias – Todos Somos Um, Boulevard Olímpico, Rio de Janeiro, RJ 22 – Sobre Bike e mobilidade, rua Tavares Cabral, São Paulo, SP. 23 – Mural do Chocolate, km 35 da rod. Castelo Branco, em Itapevi, São Paulo; 24 – Escadão das Bailarinas, em Pinheiro, São Paulo, São Paulo 25 – Mario Quintana, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. 26 – Ayrton Senna – Superação, em Interlagos, São Paulo. 27 – Escola Professor Raul Brasil (sem nome definitivo), em Suzano, São Paulo. 28 – Coração Santista, em Santos, São Paulo. 29 – Olhares da Paz, no Boulevard WTC - Rua Arizona alt. do nº 1556, em São Paulo. 30 – A Mão de Deus, São Paulo, São Paulo 31 – A Linha da Vida - km 44 da rod. Castelo Branco, São Paulo 32 – Escadateca, em Sorocaba, São Paulo. 33 - Coexistência – Memorial da Fé por todas as vítimas do Covid-19, São Paulo, SP.
34 – Seja Luz, em São Paulo, São Paulo. 35 – Ciência e Fé, em HC de São Paulo, São Paulo. 36 – Metamorfoses, HC de São Paulo, São Paulo. 37 – Janelas Abertas para o Mundo, em frente ao Museu da Imigração, em São Paulo, SP. 38 – Vitória, Niterói, Rio de Janeiro Atualmente, 22 murais de Kobra podem ser visitados em Nova York* Liberdade (Liberty)– 519 Broome Street; Os Bravos de  9/11 (The Braves of 9/11) – 780 3rd Avenue; SoulPhia – 16 Clarkson Street; Guerra é um Inferno (War is Hell) – 219 Bedford Avenue; Preto ou Branco - Michael Jackson (Black or White) – 180 1st Avenue; Vá por Aqui - D.M.C. (Way Run -D.M.C). – Corner of 12th Street and 191 Avenue A; Genial é andar de Bicicleta (Genial is riding a bike) – 171 E 48th St, New York, NY; Pare com as guerras  (Stop Wars) – 391 West Street & Christopher Street; Clube 27 (Club 27) – 36 Rivington Street; Cristo Redentor (Christ the Redeemer) – 833 Dekalb Avenue; Monte Rushmore (Mount Rushmore) – 10th Avenue and 22nd Street; Ilha Ellis (Ellis Island) – 16 Clarkson Street; Sonho Americano (American Dreamers) – 14 Watts Street; Frida Kahlo – 360 Prospect Place; Nós Amamos Nova York  – 212 8th Avenue; Tolerância - Madre Teresa & Mahatma Gandhi (Tolerance) – 130 10th Avenue, Manhattan; Pare com as Armas (Stop Guns) – 231 Eldridge Street; Roy Lichtenstein: Paz através da Liberdade  (Peace Through Liberty) – 221 East 44th Street; Lutando pela arte de Rua (Fight for Street Art) - 167 N 9th St; WCT - 285 Fulton St; e Ziggy Stardust - 837 Jersey Ave e O Futuro é Agora! (The Future is Now), E 42nd St & 1St Ave. *Nos Estados Unidos, Kobra fez cerca de 50 murais.   Mural na ONU Eduardo Kobra inaugurou em setembro deste ano um mural de 24 metros de comprimento por 14 metros de altura (336 metros quadrados) em uma das fachadas da Organização das Nações Unidas, em Nova York. O mural “O Futuro é Agora!” (The Future is Now!) está situado na E 42nd St & 1St Ave (https://goo.gl/maps/oUc1krDgqpuGfVtbA). O mural, que foi notícia em meios de comunicação dos cinco continentes, surgiu em um período importantíssimo, já que de 20 a 26 de setembro aconteceu na ONU a Semana de Alto Nível da 77.ª Assembleia Geral, a primeira totalmente presencial desde o início da epidemia do Covid-19. Sob o tema “Um Momento Divisor De Águas: Soluções Transformadoras Para Desafios Interligados”, representantes de 193 países, a maioria líderes mundiais, discutiram questões como a reconstrução pós-Covid, Guerra na Ucrânia, desenvolvimento sustentável e direitos humanos. Segundo Kobra, todos devem se perguntar como é que estamos cuidando do nosso planeta. “O futuro é agora! O futuro já começou e a responsabilidade é de todos nós. Foi por isso que coloquei no mural, que está situado em um local que recebe tantos líderes importantes, um brasileiro comum, que realiza essa ação de entregar o planeta a sua filha. É responsabilidade de todos cuidar da nossa casa, que é o Planeta Terra. E lá no epicentro, coloquei a América Latina, para reforçar a mensagem do cuidado que devemos ter em cuidar e preservar a nossa querida floresta amazônica.” Mural espetacular em San Marino Também recentemente, Kobra fez um mural de 1.300 metros quadrados em San Marino. Inaugurado no dia 15 de setembro e ainda sem um nome oficial, o impressionante mural conta a história e a lenda da formação do País. Para realizar o mural, Kobra conversou com várias pessoas da cidade, que foram trajadas como personagens e pintadas no muro. Uma impactante passarela foi construída no local para que as pessoas possam ver de perto a obra, situada em Faetano, na fachada da fábrica do grupo SIT.  Belíssimo, o mural já se tornou uma atração cultural e turística. Considerado o Estado nacional mais antigo do mundo (fundado em 3 de setembro de 301), San Marino, com área de 61 km² e 30 mil habitantes, é um dos chamados microestados europeus, junto com Andorra, Liechtenstein, Malta, Mônaco e Vaticano. Ainda em 2022, será lançada no país uma série de selos com cenas do mural pintado por Eduardo Kobra.
Mural no Walt Disney World Resort Kobra inaugurou no início de novembro o primeiro mural de um brasileiro, no Walt Disney World Resort, como parte do Disney Springs Art Walk: A Canvas of Expression. Com 29 metros de comprimento por 5 metros de altura - cerca de 145m², o mural mostra crianças de sete lugares do planeta. “Sou fascinado pela atmosfera de sonhos realizados do complexo, e me inspirei nisso para criar a obra. Ao mesmo tempo que o mural é feito para todos, fico particularmente orgulhoso em saber que os brasileiros encontrarão um pedacinho do nosso país na Disney”, diz o muralista, que revela uma curiosidade sobre a pintura: “o menino de chapéu é inspirado no meu filho. A imagem dele se conecta com a minha criança interior. Foi a sensação que tive desde o primeiro momento em que pisei aqui. Então, aquele menino no mural é o meu filho e também sou eu. No mural, estão simbolicamente todas as crianças e todos os adultos do mundo”. Kobra, que contou com o apoio logístico da Dionísio Ag. durante todo o trabalho, acrescenta que o convite surgiu em um momento muito bonito de sua trajetória. “Pintar na Disney carrega um significado especial: o primeiro lugar em que pude mostrar meu trabalho foi no Playcenter, em 1992, na cidade de São Paulo. Foi lá, inclusive, que conheci, em 95, minha esposa, Andressa. Pintar um mural no Walt Disney World ao lado da Andressa e do meu filho, Pedro, dá uma sensação de coerência, de trabalho e de realização não apenas pessoal, mas da minha família e os amigos que há tantos anos acreditam no meu trabalho e torcem por mim.”   Mural em Niterói No início de outubro, Kobra pintou em Niterói mais um de seus murais relacionados à temática da Saúde. Em uma parede de 100 metros quadrados da Clínica Oncomed Oncologia (rua Araribóia, 6, São Francisco), fez o mural “Vitória”, que mostra uma mulher com o braço erguido, como quem festeja ter vencido a luta contra o câncer.  “É uma clínica especializada em radioterapia. Antes de fazer o trabalho, acompanhei muitas pessoas que fazem tratamento intensivo. É um ambiente de muita esperança e fé. Achei que essa era uma imagem impactante para motivar as pessoas a seguirem com a esperança na cura”, revela o muralista, que acrescenta: “na camisa dela podemos ver pequenos ícones relacionados a muitos tipos de câncer e outras enfermidades difíceis, que também são cuidadas com dedicação e amor por toda a equipe que conheci na clínica, assim como médicos, enfermeiros e demais profissionais da Saúde ao redor do Brasil e do mundo”. Exposição e mural em Londres Kobra esteve recentemente em Londres, na Eden Gallery, para realizar um modelo diferente de exposição, de apenas um dia, onde o público pode ter um contato bem próximo com o artista. No dia 20 de outubro, Kobra apresentou 40 telas inéditas para um impressionante público de duas mil pessoas. Em cima da hora, o conhecido artista urbano resolveu pintar em algum lugar da cidade o mural “Elizabeth II Forever”, onde mostra uma das cenas, em que ela usa a tiara “The Girls of Great Britain and Ireland”, de seu quadro “The Queen” (técnica mista sobre tela, de noventa e seis centímetros de altura por dois metros e 30 centímetros de comprimento). A tela, pintada há sete anos e apresentada agora na exposição três fase da vida da rainha, falecida no último dia 8 de setembro. Kobra fez o mural no Camden Town. Começou ao final da tarde de 19 outubro, passou a noite trabalhando na obra e finalizou-a no dia 20, pouco antes da sua exposição. Com três metros de altura por cinco metros de comprimento, está situado no Camden Market, à Regent’s Canal Towpath. A trajetória de Kobra Atualmente, Kobra tem cerca de três mil murais, em 35 países e em diversas cidades e estados brasileiros – como “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, “Oscar Niemeyer”, em São Paulo; “The Times They Are A-Changin” (sobre Bob Dylan), em Minneapolis; “Let me be Myself” (sobre Anne Frank), em Amsterdã; “A Bailarina” (Maya Plisetskaia), em Moscou;
“Fight For Street Art” Basquiat e Andy Warhol), em Nova York; e “David”, nas montanhas de Carrara. Em todos os trabalhos, o artista busca democratizar a arte e transformar as ruas, avenidas, estradas e até montanhas em galerias a céu aberto.  Dois desses murais entraram no Guinness Word Record como o “maior mural do mundo”. Primeiro “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, com cerca de 3.000 metros quadrados e, depois, o “Mural do Chocolate”, localizado na rodovia Castelo Branco, em Itapevi, em São Paulo, com 5.742 metros quadrados. Inquieto, estudioso e autodidata, também faz pesquisas com materiais reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre pavimentos. Em 2018, pintou 20 murais nos Estados Unidos, 18 deles em Nova York (ao total, Kobra já pintou cerca de 50 murais no Estados Unidos). Recentemente, inaugurou o mural “O Futuro é Agora!” (The Future is Now!), de 24 metros de comprimento por 14 metros de altura (336 metros quadrados) em uma das fachadas da Organização das Nações Unidas, em Nova York. O novo mural, na ONU, segue a linha de temáticas utilizadas pelo artista ao longo de sua trajetória, como paz, tolerância, diversidade, segurança, desenvolvimento sustentável, refugiados e direitos humanos. O artista urbano foi convidado para pintar o mural pela Missão do Brasil na ONU, como marco da celebração do Bicentenário da Independência do País. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Artes da ONU, que reconheceu que a arte de Kobra “é alinhada com os ideais das Nações Unidas”. Kobra é autor de projetos como “Greenpincel”, onde mostra imagens fortes de matança de animais e destruição da natureza; e “Olhares da Paz”, onde pinta personalidades que se destacaram na temática da paz e na produção artística, como Nelson Mandela, Anne Frank, Madre Teresa de Calcutá, Dalai Lama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, John Lennon, Malala Yousafzai, Maya Plisetskaya e Frida Kahlo. O artista também fez murais que celebram a diversidade, como o icônico “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro”, “A Linha da Vida, no km 44 da rod. Castelo Branco, São Paulo; e “Coexistência – Memorial da Fé por todas as vítimas do Covid-19”, em São Paulo. Em 2015, Kobra fez um incrível e intenso projeto “São Paulo: uma realidade aumentada”, com dez intervenções em dez dias. As ações tinham como base a temática social.  Em uma dela, o mural “Desaparecida” estampou na av. Pedroso de Morais, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, o rosto da menina Ana Júlia Alves Tomás, então com cinco anos de idade, que estava desparecida desde 2013.  Diversas mães da ONG “Mães em Luta”, associação nacional de prevenção e busca a pessoas desaparecidas, compareceram à inauguração da obra para distribuir panfletos e conversar com as pessoas. Em uma calçada da rua Helvétia, na região conhecida como Cracolândia, no Centro de São Paulo, Kobra expôs dez quadros. Além disso, usuários de drogas pintaram com o artista um quatro, que foi depois leiloado, com o valor integralmente revestido para o programa “De Braços Abertos”. Como parte do projeto “São Paulo: uma Realidade Aumentada”, Kobra pintou o mural “A Menina Bailarina”, como um presente para a comunidade de Paraisópolis. Na obra, retratou Daniela Oliveira de Sousa, jovem bailarina do Balé Paraisópolis, que mora na comunidade. Uma das ações mais comentadas do projeto foi quando abordou um dos problemas mais graves do País, no mural “Desemprego”. Kobra pintou em um muro da Praça Roosevelt o currículo do então desempregado Adriano da Silva Pereira. Muitas pessoas interagiram com a obra e colocaram seus próprios currículos no muro. Também foi impactante a intervenção onde o artista urbano desenhou em uma calçada uma cama em 3D, para falar sobre a situação dos moradores de rua em São Paulo. Na segunda quinzena de abril de 2017, Eduardo Kobra esteve em Blantyre, na África, a convite da cantora Madonna, para realizar dois murais em um hospital para crianças, que estava em construção pela Raising Malawi Foundation, instituição fundada em 2006 por Madonna e Michael Berg.
A viagem surgiu depois que a cantora viu uma obra de Kobra (“Fight for Steet Art”), no Brooklyn, em Nova York, sobre Jean-Michel Basquiat e Andy Warhol e convidou o muralista brasileiro. No hospital, obra pintou os murais “Nelson Mandela” e “Desmond Tutu”, dentro de sua série “Olhares da Paz”. Em 2019, Kobra percorreu 12 bairros de São Paulo, dez deles na periferia da cidade, com o projeto “Galeria Circular”, em que transformou em galeria itinerante de arte um ônibus adaptado. Na exposição, o artista apresentou 14 de suas obras, que estiveram ou ainda estavam expostas em diversos locais pelo mundo. O artista idealizou e participou de todos os dias do projeto, interagindo intensamente com o público. No dia 27 de agosto de 2022, Kobra inaugurou uma nova e impactante obra no muro em frente à fachada do Museu da Imigração, no bairro da Mooca, na Zona Leste de São Paulo. Com 736 m² (5,8 m de altura por 127 m de extensão), o mural “Janelas Abertas para o Mundo” mostra oito migrantes e refugiados, de diferentes origens, todos personagens reais retratados pelo artista urbano com as cores que caracterizam sua obra. Ao longo do mural, em janelas pintadas, estão Andres Samuel Peralta Guedez, 15 anos, da Venezuela; Mafueni Delfina, 9 anos, e Mabanza Victor James Henoe, 6 anos, de Angola; Noura Bader, 35 anos, Palestina; Priscília Mbuku Bazonga, 12 anos, da Líbia; Vijay Bavaskar, 52 anos, e Deepali Bavaskar, 49 anos, da Índia; e Seema Bashar Hameed Aluqla, 8 anos, do Iraque. Kobra conversou com cada um dos refugiados para conhecer suas histórias e personalidades. No prédio em que o museu está situado, havia originalmente uma hospedaria que recebia migrantes, muitos deles refugiados, que ficavam em suas janelas observando o movimento na nova cidade. Agora, quem está nos jardins do Museu pode ver as janelas que existem no muro e, como se fossem portais, “conversar” com essas pessoas e se interessar por suas histórias e pela questão dos milhões de refugiados no mundo inteiro. “Simbolicamente, o muro é um impedimento, aquilo que não precisamos no mundo. É o que separa, o que demarca as diferenças e o que impede o ir e vir.  Por isso, escolhi mostrar os personagens nas janelas abertas, olhando para fora, para as pessoas que passam, muitas vezes indiferentes”, diz Kobra. De acordo com o artista, tão nociva quanto o ódio e o preconceito contra o migrante e o refugiado é a indiferença, é passar por seres humanos sem enxergá-los, como se não existissem. “Mais do que nunca as cores que utilizo nas obras têm um significado bem especial aqui. As pessoas, com suas origens, culturas e características diversas, tornam o País - e o mundo! - mais bonito. É preciso abrir as janelas, mas também as portas, os olhos e os corações para acolher essas pessoas que abdicaram de suas pátrias e precisaram, por diversas razões, se desloca”, afirmou Kobra, que acrescentou: “que sejam felizes e consigam reconstruir suas vidas no solo brasileiro”. Obras realizadas no contexto da Pandemia Em 2021, o artista urbano fez o mural “Seja Luz”, mais uma obra com o tema da pandemia do Covid-19. O mural de 30 m de altura por sete de largura fica na rua Oscar Freire, nos Jardins. Segundo o artista, que no mural pintou “O Pensador”, de Auguste Rodin (1840 a 1917), dentro de uma lâmpada, esse trágico momento de pandemia deve levar a humanidade a repensar valores. “Cada um precisa refletir sobre que tipo de entrega e atitude deve ter para ser luz na escuridão”, diz o muralista. “Acima de tudo é preciso ser luz na vida de alguém e fazer a diferença. É fundamental, mais que só ficar nas palavras e nas Redes Sociais, ouvir o outro, pensar no outro e fazer o bem”, afirmou. Em maio do mesmo ano, Kobra lançou em São Paulo, na rua Henrique Schaumann, em frente à Igreja do Calvário, o mural “Coexistência – Memorial da Fé por todas as vítimas do Covid-19”, onde retrata crianças de cinco religiões – Islamismo, Budismo, Cristianismo, Judaísmo e Hinduísmo. A obra traz uma mensagem de fé e
de esperança, ao mesmo tempo em que lembra as vítimas do Covid-19 e destaca a importância da Ciência, simbolizada pelo fundamental uso de máscaras. Pouco antes, no início de fevereiro de 2021, na primeira ação do então recém-criado Instituto Kobra, que tem como base a premissa de que a arte é um instrumento de transformação, o artista paulistano transformou um cilindro de oxigênio, em desuso, de 1m30, em uma obra de arte, exemplar único, chamada “Respirar”.  Kobra pintou o cilindro como se fosse um recipiente transparente, com uma árvore plantada dentro. “A mensagem central é a importância da vida. Que o sopro da minha arte ajude a levar um pouco de oxigênio para os hospitais mais necessitados e, ao mesmo tempo, provoque a reflexão sobre a importância de usar máscaras, lavar as mãos constantemente, manter o isolamento social e, claro, de preservar a natureza, que é um patrimônio de toda a humanidade”, disse. A obra foi adquirida por 700 mil reais. Os recursos obtidos com a venda da peça foram aplicados integralmente na construção de duas usinas de oxigênio no Amazonas. Na prática, isso significou que 20 leitos de UTI’s beneficiados 24h por dia, numa ação perene, que ficaram como legado. Em um dia, a usina gera 480 horas de oxigênio. Em um mês, são 14.400 horas. “A título de comparação, um cilindro abastece um leito de UTI com oxigênio por até 10 horas. Ou seja, para fazer uma entrega equivalente à usina, seriam necessários mais de 1.400 cilindros por mês. Com 700 mil seria possível comprar 350 cilindros, o que equivaleria a 3.500 horas”, contou o muralista. No final de fevereiro do mesmo ano, o muralista Kobra doou ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dois painéis (um para cada instituição) de um metro e oitenta por um metro e oitenta, que fez meses antes, inspirado na esperança do desenvolvimento de vacinas para imunizar as pessoas contra o Covid-19. Em 2022, Eduardo Kobra (que durante os dois primeiros anos de pandemia reduziu drasticamente o número de trabalhos e adiou ou cancelou 39 dos 40 convites que tinha para pintar no Exterior) presenteou o Hospital das Clínicas, em São Paulo, com o mural Metamorfoses, entregue em 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue. O novo mural ocupa uma imensa parede que começa no Espaço de Convivência, no primeiro andar do Prédio dos Ambulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo (onde está situada a Hematologia e a Fundação Pró-Sangue, maior banco de sangue da América Latina, com 10 mil doadores por mês) e se estende até o 8º e último andar. Antes, em janeiro do mesmo ano, Kobra inaugurou no Hospital das Clínicas, à rua Dr. Eneias de Carvalho Aguiar, 255, mural “Ciência e Fé”. Na obra, com as cores que caracterizam boa parte de suas obras, mostra as mãos de um médico, com o jaleco e o estetoscópio, em posição de oração. “A obra mostra que Ciência e Fé caminham lado a lado. Cada uma nos fornece algo que não se pode obter a partir da outra. Acredito demais na Ciência e na Medicina e agradeço aos médicos, enfermeiros e demais profissionais da Saúde que colocam suas vidas à nossa disposição. Eu e a maioria dos brasileiros também colocamos nossa fé em ação e o coração em Deus, para que ele abençoe nossas vidas e as vidas das pessoas que amamos e também a Ciência, para que ela encontre a cura. Não existe essa contradição, que tentam criar, entre Ciência e Fé. Não há por que acreditar só em uma ou na outra”, afirmou. Ficha Técnica   KOBRA AUTO RETRATO Brasil | 2022 | 84 minutos | colorido | documentário   Roteiro e Direção: Lina Chamie   Produzido por: Lina Chamie e Vinícius Pardinho Produção Executiva: Vinícius Pardinho e Jefferson Pedace Direção de Fotografia: Lauro Escorel, ABC Montagem: Lina Chamie Direção de Produção: Jefferson Pedace Som Direto: Juliano Zoppi Desenho de Som: Lina Chamie Edição de Som e Mixagem: Pedro Noizyman Trilha Sonora: Claude Debussy, Racionais MC's, Felix Barreira (a.k.a. Gordão), György Ligeti, Steve Reich, Gustav Mahler, O Grivo, César Franck, Bodes & Elefantes
, Piotr I. Tchaikovsky, Iannis Xenakis, DJ Lean Rock, Demigodz Produção: Girafa Filmes Produtora Associada: Vixi Maria Produções Culturais Coprodução: Spcine Distribuição: Imovision     Salas confirmadas para a primeira semana de exibição do filme em circuito comercial, de quinta à quarta-feira, de 17 a 23 de novembro   Belo Horizonte, no Una Cine Belas Artes, às 14h e às 19h. Brasília, Cine Cultura Liberty Mall, às 14h20 e às 18h30; e no Espaço Itaú de Cinema, às 18h. Campinas, no Cinepolis Galeria Shopping, às 15h30 e às 20h20; Curitiba, no Cine Passeio, às 15h30; Florianópolis, Paradigma CineArte, às 13h e às 19h. Niterói, no Reserva Cultural, às 16h50 e às 18h30. Porto Alegre, no Espaço de Cinema Bourbon Country, às 14h e às 19h30; São Paulo, no Petra Belas Artes, às 16h10 e às 20h45; no Kinoplex Itaim, às 15h10 e às 19h20; no Reserva Cultural, às 14h e às 18h50; no Espaço Itaú de Cinema - Augusta, às 13h30 e às 19h30; no Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca, às 19h20 e às 14h. Rio de Janeiro, no Cine Santa Teresa, às 18h, no Espaço Itaú Botafogo, às 13h e às 18h; na Estação Net Rio, às 14h05 e às 19h25; na Estação Net Gávea, às 15h30. Recife, no Cinema da Fundação - Museu, dia 17, às 17h20; dia 18, às 19h30; dia 19, às 19h; dia 20, às 14h; dia 22, às 17h40; dia 23, às 15h30; no Cinema da Fundação - Derby, dia 22, às 19h20; dia 23, às 17h20; e Salvador, no Cine Metha Glauber Rocha, às 14h e às 19h20.   *Em algumas salas será distribuído um mini pôster do filme, tamanho A3, a quem comprar o ingresso para o filme. A promoção vale enquanto durarem os estoques. As salas estarão com a promoção são as seguintes: em São Paulo: Reserva Cultural (200 exemplares) e Espaço Itaú Augusta (100 exemplares); no Recife: Cinema da Fundação (100 exemplares); no Rio de Janeiro: Cinema Santa Teresa (100 exemplares), Espaço Itaú Botafogo (100 exemplares), Estação Net Gávea (100 exemplares) e Fundação Net Rio (100 exemplares); em Niterói: Reserva Cultural (100 exemplares); e em Brasília: Liberty (100 exemplares).      
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Tour de bike por Recife
Tour de bike por Recife https://ift.tt/kG0u1L5 Para quem é fã de atividades ao ar livre, o passeio de bike é uma opção e tanto. No Recife elas são muito usadas e há diversas rotas e caminhos para quem opta por este meio de transporte. Lembrando que o aluguel de bicicleta em Pernambuco é muito comum, com estações em diversos pontos da cidade, facilitando a vida de quem quer curtir as paisagens recifenses. As bicicletas alugadas ou compartilhadas já são uma realidade há décadas no Brasil, mas, de alguns anos para cá, os números só aumentam. Um levantamento realizado em 2021, pela WebMotors AutoSights, mostrou que de 2019 para 2021 o crescimento do uso deste modelo de transporte foi de aproximadamente 50% no território brasileiro. Por isso, as empresas e as prefeituras têm investido cada vez mais em urbanização e ciclofaixas específicas para esta nova realidade. Bike no Recife A prefeitura do Recife tem pensado e investido muito na urbanização e segurança para as bicicletas. Em 2021, novas faixas de ciclovia foram criadas nas Zonas Oeste, Norte e Sul. Por isso, os passeios de bicicleta pela cidade são cada vez mais populares, além de serem uma opção barata e segura tanto para os moradores quanto para os turistas. Tour: Boa Viagem ao Centro A cidade do Recife oferece diversas opções de ciclovia para quem quer fazer um tour de bicicleta. O primeiro deles é o que vai do bairro Boa Viagem ao Centro, passando por todo o “antigo Recife”. O início do itinerário já é em uma estação de bikes compartilhadas, o que deixa tudo mais fácil. Com a bicicleta pronta, o percurso começa bem em frente ao letreiro “OXE!”, no Jardim Boa Vista, o que garante uma ótima opção para fazer aquelas fotos clássicas de turista. A ciclovia acompanha toda a orla da Praia Boa Viagem, deixando o itinerário  ainda mais bonito. O percurso passa pelo edifício Oceania, pela vila urbana de pescadores Brasília Teimosa, o Parque das Esculturas de Francisco Brennand e pelo Marco Zero. Todos eles são pontos importantes para a cultura local e mostram a realidade e a história da cidade. Saindo da orla da praia, começa a pedalada pelas margens do rio Capibaribe, passando pelos prédios históricos da cidade, como o da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o Palácio do Governador e o Teatro Santa Isabel. O passeio finaliza passando pelo Mercado Público de São José, que é uma ótima opção para um lanche ou uma refeição típica. No total, são cerca de três horas de passeio, um pouco mais de 10 km. Mas, quando é feito com calma, com paradas pelo caminho para fotos, lanches e mergulhos no mar, fica fácil completar a quilometragem. Tour: Recife x Olinda Este trajeto tem cerca de três horas também e acontece saindo do Recife e indo até a cidade vizinha, Olinda. Este percurso, feito entre as cidades irmãs, também se inicia no bairro de Boa Viagem, no Recife. Saindo da Zona Sul, passando pela Praia de Pina e indo em direção ao centro da cidade, o tour irá passar pelas famosas pontes recifenses às margens do rio Capibaribe. Chegando em Olinda, é possível conhecer as ladeiras, casarios e igrejas centenárias da cidade que são consideradas um patrimônio da humanidade, pela UNESCO. Além desses, existem diversos outros circuitos possíveis para se fazer no Recife usando apenas a bicicleta. Os trajetos podem ser feitos com guias locais ou de forma independente. Lembrando que a prefeitura do Recife oferece diversos passeios turísticos gratuitos, inclusive de bike. Vale conferir na agenda deles ou no site Olha! Recife. The post Tour de bike por Recife appeared first on Popular Blog. Post Original Popular Blog via Dicas Tudos & Todos https://ift.tt/ui765Wt July 21, 2022 at 11:21AM
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robertacirne · 2 years
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Posted @withregram • @sombrasdorecife A GALEGA DA CADISA TEXTO: ROBERTA CIRNE CONTATO PARA PALESTRAS: direct ou [email protected] E em comemoração ao #halloween do SOMBRAS DO RECIFE vamos contar mais uma história assombrada com protagonista feminina, porque AQUI É MULHER FAZENDO TERROR E LITERATURA FANTÁSTICA, E COM ORGULHO! No linguajar popular nordestino a palavra “galega” é associada à mulher loura (provável corruptela de “gaulesa”- proveniente da Gália). E é sobre esta loura aparição de Caruaru, que vamos falar. Na década de 70 as histórias começaram a surgir. No Bairro de Maurício de Nassau, em Caruaru, ficava a CA.DI.S.A., loja de caminhões a diesel(daí o nome). Próximo ao atual Lacerdão (Estádio Luís José de Lacerda)... As histórias contavam a respeito da moça loura que ficava na esquina da loja, acenando para os motoristas incautos que ali passassem. Linda, jovem e escultural, parecia um sonho de mulher encarnado... Ela pedia carona, e muitas vezes era atendida. E do nada, diante dos olhos do pobre motorista, desaparecia misteriosamente. Em horários diversos da noite surgia para caminhoneiros, carros comuns, gerando até o medo em circularem pela rua. Nas madrugadas, porém, assombrava preferencialmente os motoristas de taxi que faziam a passageira embarcar no banco de trás para que de repente, sumisse no meio da corrida e do caminho. Muitos taxistas até evitavam pegar alguma passageira loura, apenas por precaução. Foi um Deus nos acuda na cidade e os relatos nas rádios só faziam aumentar a lenda urbana. Algumas histórias de motoristas que foram “até o fim” da rota solicitada pela jovem contam que encontraram moradores da casa indicada falando que ali morara uma jovem com as mesmas características, porém ela morrera há muitos anos. Quando enfim a loja fechou as portas, a moça parou de aparecer... Seria algum caso de crime relacionado? Algo não resolvido no plano mortal, buscando as respostas no pós-morte? Até hoje fica mistério. #sombrasdorecife #pernambucosangrento #terror #aparição #fantasma #lendasurbanas #folclore #folclorebrasileiro #pernambuco #historiasdehorror #assombração #caruaru #medo #historiasdeassombração #contosdeterror #creepypasta #lendas (em Caruaru, Pernambuco, Brazil) https://www.instagram.com/p/Cel5oqhlfEW/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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ofelipegodinho-blog · 4 years
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5 MISTÉRIOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL QUE CONTINUAM SEM RESPOSTA.
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1. Brasil: um país não tão neutro assim.
Embora o Brasil seja conhecido como um país mais neutro, ou seja, que prefere não tomar parte das guerras e dos conflitos que acontecem mundialmente, durante a Segunda Guerra Mundial ele teve um papel bastante ativo. Em tempos de guerra, acreditava-se que os nazistas poderiam atacar a América do Sul, partindo das colônias francesas que ocupavam a África. Tendo em vista essa possibilidade, os Estados Unidos criaram bases aeronáuticas no Nordeste brasileiro. Naquela época, eles usaram como fachada o investimento no desenvolvimento da aviação comercial – que não via novas tecnologias desde a Primeira Guerra Mundial. Entretanto, as terras tupiniquins ficam em pontos estratégicos em relação à África.
As bases foram montadas na ilha de Fernando de Noronha e nas capitais nordestinas de Natal e Recife. Como tudo tem seu preço, Getúlio Vargas recebeu apoio americano, se autodeclarou presidente e as forças armadas nacionais foram renovadas – tanto é que até os próprios americanos vieram treinar o exército brasileiro para enfrentar os possíveis ataques nazistas. Em 1941 um navio brasileiro foi atacado por um avião nazista e, no ano seguinte, outras dezenas foram dizimadas. Em agosto de 1942, 600 brasileiros foram mortos nos cinco navios atingidos pelo submarino U-507. No dia 22 do mesmo mês, Getúlio Vargas declarou o estado de beligerância (guerra) contra o Eixo.
2. A batalha (imaginária) de Los Angeles.
Alguns meses após os eventos de Pearl Harbor, os EUA estavam passando por grandes dificuldades – principalmente na costa oeste. Todas as pessoas ficavam de olho nos céus com medo dos novos possíveis ataques japoneses. Em fevereiro de 1942, um submarino japonês bombardeou o campo petrolífero de Ellwood, que ficava próximo à Santa Barbara. Mais tarde naquele mês, a tensão explodiu em um ataque de histeria. O desaparecimento de um balão meteorológico iniciou o pânico. Depois disso, fogos eram lançados no ar para encontrar possíveis ameaças ou avisar sobre perigo. Entretanto, o povo viu os sinais como sendo de mais ataques e acionou uma série de medidas antiaéreas. As atividades continuaram durante muitas noites. No fim, as únicas casualidades foram três vítimas mortas por ataque cardíaco e três por fogo-amigo. Nenhum avião japonês foi visto e os próprios nipônicos negaram qualquer intenção de ataque próximo à Los Angeles. O mais engraçado é que os clarões também foram confundidos com um surto de OVNIS nesta cidade. Na época, os jornais americanos afirmaram que a coisa toda era orquestrada para induzir o pânico e conseguir mais suporte para a guerra. Os militares pouco se preocuparam em aliviar as preocupações, sendo que uma investigação pública só foi realizada 40 anos depois do acontecido.
3. O misterioso desaparecimento do voo 19 e o Triângulo das Bermudas.
Esse é um dos incidentes mais misteriosos de todos os tempos. Ele aconteceu após alguns meses do fim da guerra, embora envolva o exército norte-americano e um avião pilotado durante a Segunda Guerra Mundial. Nele, o tenente Charles Taylor liderava um grupo com cinco aviões TBM Avenger em um exercício de treino em direção à estação naval em Fort Lauderdale, Florida. Pelo rádio, Taylor reclamou que sua bússola não estava funcionando e que ele não sabia onde estava. Após muitas horas de voo às cegas, os aviões ficaram sem combustível. Desde então, nenhum deles foi visto e todos os 14 homens envolvidos foram dados como mortos. O inquérito militar também não foi muito detalhado.
Taylor já possuía um histórico de se perder enquanto voava e diversos operadores de rádio – e até membros juniores do voo 19 – pareciam saber onde estavam. Mas, seguindo a liderança de Taylor, eles acabaram voando para algum lugar distante no Atlântico, em vez de retornarem para Florida.
Muito do mistério envolve os esforços dos militares para tentar convencer a mãe do tenente, que reclamou do inquérito que culpava seu filho sem evidências claras. Isso fez com que eles mudassem o documento para “causas desconhecidas”. Pouco tempo depois, novos elementos sobrenaturais foram inclusos na história, criando assim a lenda do Triângulo das Bermudas.
Nela, toda a tripulação havia tido premonições que os prevenia para não embarcar no voo amaldiçoado – fora as supostas transmissões de rádio como “o céu está todo errado aqui”. Mas, ainda assim, essa é uma lenda bem assustadora por si só – cinco aviões perdidos no mar aberto, com a noite se aproximando e condições meteorológicas ruins, sendo que as próprias causas das mortes dos tripulantes permanecem desconhecidas até hoje. A última transmissão de rádio foi uma mensagem distorcida e incompreensível. Os operadores só conseguiram identificar os sinais de chamada dos aviões "FT…FT…FT…". Como os corpos dos tripulantes e as aeronaves nunca foram encontrados, a verdade por trás do voo 19 continua um mistério.
4. A estranha vida de Rudolf Hess.
A vida de Rudolf Hess parece ter saído diretamente de um livro de espiões, repleto de reviravoltas bizarras e plots estranhos, que mascaram eventos ainda mais confusos. Hess foi uma figura proeminente na Alemanha, agindo como deputado de Hitler no Partido Nazista. Nas vésperas da declaração de guerra alemã com a União Soviética, ele voou sozinho para a Escócia em uma tentativa de negociar a paz com o Reino Unido, mas em vez disso acabou sendo preso. Ele foi julgado na Nuremberga e sentenciado à prisão perpétua na Cadeia de Spandau, em Berlim, onde morreu em 1987. A pergunta que surge é: por que Rudolf Hess voou intencionalmente para a Escócia para ser preso?
Ficou claro que Hess queria tentar uma vitória diplomática ao selar um tratado de paz entre o Terceiro Reich e a Inglaterra, mas não há nenhum documento que evidencie que qualquer membro do governo britânico passasse a impressão de que um acordo poderia ser feito entre eles. Também não há nenhuma evidência de que os oficiais britânicos tenham enganado Hess e o obrigado a fazer esse voo. O incidente também pode ser considerado um último esforço de Hess para ganhar a aprovação da Inglaterra, tendo em vista que uma guerra com a Rússia poderia eventualmente culminar no fim do Terceiro Reich. O evento continua um dos mistérios mais documentados e influentes da Segunda Guerra Mundial.
Há também algumas teorias conspiratórias por trás da história. Os russos sempre suspeitaram que Hess estava secretamente tentando unificar a Alemanha e Inglaterra, para que assim ambos pudessem atacar a Rússia.
Quando foi preso, a saúde de Rudolf também deteriorou bastante, sendo que, quando foi julgado, o homem sofria de amnésia e não conseguia se lembrar de seus tempos como nazista. Algumas pessoas acreditavam que o verdadeiro Hess estava escondido e que o homem que foi julgado e condenado era um impostor. As suspeitas só aumentaram quando ele foi o último habitante de Spandau, em 1987, sendo que o lugar foi demolido pouco tempo após sua morte.
5. Os aviões-fantasmas da Segunda Guerra Mundial.
Embora pareçam lendas urbanas, existem diversas histórias que narram a aparição de aviões-fantasmas – poucas delas documentadas. Existem basicamente dois tipos. Na primeira, os aviões são vistos em um contexto pós-guerra, em que as pessoas acabam encontrando os veículos do passado. bem embasadas: o avião some no ar, a aparição foi um augúrio de um acidente que ocorreu pouco tempo depois, os pilotos acenam tristemente para os espectadores abaixo etc. Alguns relatos envolvem especulações sobre “fendas no tempo”.
O segundo tipo é mais interessante – e macabro. Algumas aparições ocorreram durante a guerra. Nelas, as tramas abordam aviões que partiram em uma missão perigosa. Mais tarde, todas as aeronaves retornam, exceto uma. Todos observam os céus esperando o veículo, mas nada aparece. Até que, horas mais tarde, um som é ouvido a distância e um avião é visto.
Geralmente, o cenário envolve um jovem casal das décadas de 60, 70 ou 80 que afirma ter visto um modelo vintage cruzando os céus em baixa altitude – algumas vezes até um grupo deles. Algumas dessas histórias são Com muito trabalho, a aeronave consegue pousar. Mas, quando o povo se aproxima da cabine do piloto, ela está vazia e o tanque do avião completamente seco. Há variações em que a tripulação está abordo, mas morta. Em outras o avião está tão danificado que não teria como levantar voo.
Há uma história que diz que um avião destroçado foi visto horas depois do ataque de Pearl Harbor. As testemunhas conseguiram ver o piloto a bordo, mas, quando o avião caiu, não havia absolutamente nada dentro dele. Bizarro...
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slattour · 2 years
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O México é um país repleto de história, praias paradisíacas, paisagens espetaculares e uma gastronomia irresistível, além de ser uma das capitais mais importantes da América Latina e uma das maiores metrópoles do mundo! Confira o que ele tem de melhor 👇 � 🇲🇽 Cancún e Riviera Maya: localizadas no estado de Quintana Roo, são dois dos destinos mais cobiçados para visitar no México. As águas cristalinas do mar do Caribe; praias de areia branca e fina; recifes de corais e cenotes mantêm esses dois lugares entre os dez melhores para os amantes de viagens! 🇲🇽 Guadalajara: é uma das cidades mais antigas do país e o berço da tequila e do mariachi. Suas avenidas com símbolos aborígenes, praças coloniais ou catedrais são exemplos de beleza urbana, tornando o destino ideal para aprender sobre as culturas e tradições populares do México. � E, para descansar, que tal essas opções? 🤔 � 🏨 Beach Palace: aninhado no coração de Cancún, o Beach Palace oferece muita tranquilidade combinada com entretenimento sem fim. 🏨 Cozumel Palace: viajantes aventureiros, mergulhadores e amantes da natureza estão descobrindo este deslumbrante resort banhado pelas águas azuis do mar do Caribe. Venha experimentar o verdadeiro significado de luxo e diversão! 🏨 Moon Palace Cancún: localizado a poucos passos da praia, possui campo de golfe, piscinas e spa com tratamentos diversos, oferecendo uma divertida estadia no litoral mexicano. � Gostou? Consulte [email protected] (em Mooca) https://www.instagram.com/p/Cc3WRsfJ3M-/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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lendasdocapibaribe · 2 years
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Boas-vindas e instruções!
Olá, Estudante. Tudo bem?
Se você chegou até aqui, significa que chegamos (no sentido real da palavra e não o "chegar" que o recifense costuma falar haha) na última parte do nosso primeiro capítulo. Nele, trabalhamos duas lendas urbanas do Recife: Emparedada da Rua Nova e a Praça Chora Menino.
Como já sabem, agora, iremos elaborar um resumo que, ao final, será oralizado e transformado em podcast. Para essa primeira etapa, é importante que vocês sigam as seguintes instruções. No entanto, qualquer dúvida a professora está disponível para orientar.
Vamos ao passo a passo:
1. Faça anotações sobre os acontecimentos principais da lenda;
2. Compare as informações sobre a narrativa em veículos de comunicação diferentes;
3. Selecione os tópicos que você pretende destacar no seu resumo;
4. Organize as informações da narrativa;
Apresente primeiro o espaço, o tempo e os personagens da lenda;
Exponha depois o desenvolver da narrativa (questiona-se sobre o que acontece na história).
5. Faça uma releitura no que foi elaborado para constatar se há algo que pode não ficar claro para um leitor que desconhece a narrativa;
6. Se necessário, realize ajustes no texto;
7. O material deve ter cerca de 600 a 800 caracteres. Para saber como verificar, acesse esse LINK caso o seu editor de texto seja o Google Docs ou nesse LINK caso uses o Word.
Agora, vejamos dois exemplos de resumos sobre as lendas que estudamos ao longo do primeiro capítulo.
Exemplo 1 - Emparedada da Rua Nova:
Na cidade do Recife, durante o século XIX, aconteceu um crime familiar. O caso inicia-se após uma jovem burguesa se relacionar e engravidar de um jovem, o qual o pai, comerciante da região, desaprovava. Em consequência, o pai toma uma decisão radical para preservar a honra da sua família. Determina-se que a moça seja emparedada no seu próprio quarto. A narrativa continua vívida entre os recifenses, pois a população que passa pela Rua Nova, localizada na área central da cidade, relata escutar gritos e gemidos da morta.
Exemplo 2 - Praça Chora Menino:
Durante o mês de setembro de 1831, ocorreu na cidade do Recife uma revolta de militares que se manifestavam contra a rigidez disciplinar e o atraso de salários. O conflito ganhou grandes proporções, em que, tanto os soldados, como as pessoas ligadas à eles, cometeram diversos tipos de crimes pela região, como roubo e assassinato, sendo muito deles de crianças. Com a grande quantidade de corpos, decidiu-se enterrar em um local chamado Sítio do Mondengo, no qual, hoje, conhecemos como a Praça Chora Menino. Atualmente, há relatos da população que durante o turno da noite se escuta choro de meninos.
Essas produções textuais foram construídas seguindo o passo a passo indicado e também poderá servir de modelo para vocês. É importante que vocês comentem nas postagens dos outros colegas. Assim, teremos certeza que o nossas produções estão circulando e sendo lidas pela turma. Além, é claro, de conhecer novas lendas urbanas.
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petfilho · 3 years
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Mudanças climáticas: entenda em 7 temas os principais impactos pelos próximos 30 anos, de acordo com especialistas da ONU
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Amazônia virando savana, fome, seca, doenças: painel de climatologistas da ONU alerta que efeitos do aquecimento global vão remodelar fundamentalmente a vida na Terra mesmo se a humanidade conseguir conter as emissões de gases estufa. Imagem de satélite mostra a Terra vista do espaço Nasa/NOAA Um esboço de um relatório histórico do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) – órgão consultivo da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima – aponta que as mudanças climáticas fruto das ações humanas devem afetar fundamentalmente a vida na Terra já nos próximos 30 anos, mesmo se as emissões de gases estufa forem contidas.
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Obtido em primeira mão pela agência de notícias France Presse, o documento, que tem 4 mil páginas, aponta riscos como extinção de espécies, disseminação de doenças, calor insustentável à vida e colapso dos ecossistemas, entre outros. “O pior ainda está por vir e afetará as vidas dos nossos filhos e netos muito mais do que as nossas”, diz o relatório. O texto só deve ser publicado em 2022 – tarde demais, dizem alguns cientistas, para influenciar decisões na conferência da ONU deste ano sobre o clima, a COP26, em novembro. Nesta reportagem, você vai entender quais são os principais impactos apontados no relatório, divididos pelo G1 em 7 eixos temáticos. Ao final estão algumas possíveis ações de mudança listadas pelos especialistas: Colapso de ecossistemas Extinção de espécies Aumento do nível e aquecimento de oceanos Seca Fome Doenças Calor extremo 1. Colapso de ecossistemas Coral embranquecido é visto no local onde redes de pesca abandonadas o cobriram em um recife na área protegida de Ko Losin, na Tailândia, depois que um grupo de mergulhadores voluntários e o Centro de Pesquisa de Recursos Costeiros, auxiliado pela Marinha Real da Tailândia, removeram 2.750 m² de rede, no dia 20 de junho de 2021. Jorge Silva/Reuters Com emissões altas, a seca e os incêndios florestais podem transformar metade da Floresta Amazônica em savana, produzindo mais aquecimento. Restaurar florestas pode estocar carbono e ajudar a reduzir a vulnerabilidade humana às mudanças climáticas. Entretanto, plantar árvores fora das florestas naturais – como em pastagens e savanas – pode prejudicar a biodiversidade e aumentar os riscos climáticos. EQUILÍBRIO: indígenas viveram na Amazônia por 5 mil anos sem destruir bioma, mostra estudo Uma combinação de temperaturas mais elevadas, aridez e secas significa que as temporadas de incêndios florestais em todo o planeta serão mais longas, e as áreas com potencial de queima dobrarão de tamanho: na tundra ártica e na floresta boreal, a área queimada aumentou nove vezes em toda a Sibéria entre 1996 e 2015. Muitos ecossistemas terrestres, de água doce, oceânicos ou costeiros estão atualmente “perto ou além” dos limites de sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas. Com um aquecimento de 2ºC – até agora, a temperatura do planeta já aumentou em 1,1ºC –, cerca de 15% do permafrost siberiano poderia se perder até 2100, liberando entre 36 bilhões e 67 bilhões de toneladas de carbono do solo congelado. Há um risco de extinção cultural dos povos originários do Ártico se o ambiente no qual construíram seus modos de vida e sua história derreter. 2. Extinção de espécies A arara-azul-de-lear é uma espécie ameaçada de extinção Marcelo Brandt/G1 “Mesmo com um aquecimento de 1,5º C, as condições vão mudar além da habilidade de muitos organismos de se adaptar”, destaca o relatório. As taxas de extinção estão se acelerando drasticamente e são estimadas em cerca de mil vezes mais do que antes do impacto das atividades humanas na Terra no século passado. Até 54% das espécies terrestres e marinhas do mundo estarão ameaçadas de extinção neste século, com o aquecimento de 2ºC a 3ºC com base nos níveis pré-industriais. Espécies de montanhas e ilhas estão particularmente em risco. Mesmo com o aumento de 2ºC na temperatura, animais polares – como pinguins, focas e ursos – e áreas de rica biodiversidade – como recifes de coral de água quente e manguezais – estarão sob ameaça severa. Entre 70% e 90% dos recifes de coral do mundo devem diminuir com um aquecimento global limitado a 1,5ºC. Para além disso, eles sofrerão “perdas mais extensas”. Confrontados com o aumento das temperaturas, muitas plantas e animais irão se afastar em centenas de quilômetros de seus habitats naturais até o fim do século. 3. Aquecimento e aumento do nível dos oceanos Foto de 15 de agosto de 2019 mostra um iceberg enquanto ele flutua ao longo da costa leste da Groenlândia perto de Kulusuk (também conhecido como Qulusuk). Jonathan Nackstrand/AFP Um aumento de 1,5°C na temperatura do planeta resultaria em um aumento de 100 a 200% na população afetada por enchentes em Brasil, Colômbia e Argentina, 300% no Equador e Uruguai e 400% no Peru. No futuro mais imediato, algumas regiões – leste do Brasil, sudeste da Ásia, o Mediterrâneo, centro da China – e as zonas costeiras em quase todo o mundo serão atingidas por três, quatro ou mais calamidades de uma vez: seca, ondas de calor, ciclones, incêndios florestais, inundações. Inundações, irão deslocar, em média, 2,7 milhões de pessoas anualmente na África. Até 2050, mais de 85 milhões de pessoas podem ser obrigadas a deixar suas casas na África Subsaariana devido a impactos induzidos pelo clima. Em 2050, as cidades costeiras na “linha de frente” da crise climática terão centenas de milhões de pessoas expostas ao risco de tempestades cada vez mais frequentes e mais mortais devido à elevação do nível dos mares. Pesquisas recentes mostraram que um aquecimento de 2ºC poderia levar o gelo derretido no topo da Groenlândia e no oeste da Antártica – com água congelada suficiente para elevar os oceanos em 13 metros – a passar do ponto de não retorno. A última vez que os oceanos viram os níveis de acidificação e esgotamento de oxigênio projetados para 2100, com um cenário de altas emissões, ocorreu cerca de 56 milhões de anos atrás. Ondas de calor marinhas – que podem danificar e matar corais, florestas de algas marinhas, prados de ervas marinhas e invertebrados – se tornaram 34% mais frequentes e 17% mais longas entre 1925 e 2016.
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4. Seca Barcos no lago Poopo, na Bolívia, região afetada pelas mudanças climáticas Reuters/David Mercado “A água é uma das questões com que a nossa geração vai se confrontar muito em breve. A falta de acesso a água potável afetará nossa saúde, não só na luta pela água, mas também em doenças relacionadas à falta de água e saneamento“, afirmou à AFP Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS). Interrupções no ciclo da água causarão o declínio de cultivos básicos dependentes de chuva na África Subsaariana. Até 40% das regiões produtoras de arroz na Índia podem se tornar menos adequadas para o cultivo do grão. Até 2050, entre 31 e 143 milhões de pessoas terão que se deslocar devido à escassez de água, questões agrícolas e ao aumento do nível do mar na África Subsaariana, sul da Ásia e América Latina, a depender dos níveis de emissões de carbono. “Haverá deslocamentos em massa, migrações em massa e precisamos tratar tudo isso como um problema global“, disse Neira. Até 75% do suprimento de água subterrânea – a principal fonte de água potável para 2,5 bilhões de pessoas – também podem ser afetados até o meio do século. Embora o custo econômico dos efeitos do clima sobre o abastecimento de água varie geograficamente, espera-se que ele reduza em 0,5% o PIB global até 2050. Cerca de 350 milhões a mais pessoas morando em áreas urbanas serão expostas à escassez de água devido a secas severas com um aquecimento de 1,5º C, e 410 milhões com um aquecimento de 2º C.
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5. Fome Pandemia faz crescer número de brasileiros em insegurança alimentar grave “A base da nossa saúde é sustentada por três pilares: a comida que comemos, o acesso à água e o abrigo. Esses pilares são totalmente vulneráveis e estão prestes a desabar“, disse à AFP Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS). Até 80 milhões a mais de pessoas correrão o risco de passar fome até 2050. Como acontece com a maioria dos impactos climáticos, os efeitos na saúde humana não serão sentidos da mesma forma por todos; o esboço do relatório sugere que 80% da população sob risco de fome vive na África e no sudeste da Ásia. À medida que as mudanças climáticas reduzem a produtividade e a demanda por cultivos para biocombustíveis e florestas que absorvem CO2 cresce, os preços dos alimentos devem aumentar em quase um terço em meados do século, deixando mais 183 milhões de pessoas em famílias de baixa renda à beira da fome crônica. Dezenas de milhões de pessoas a mais podem enfrentar fome crônica até 2050 e 130 milhões a mais poderão experimentar a pobreza extrema em uma década se permitirmos o aprofundamento da desigualdade. Na Ásia e na África, mais 10 milhões de crianças sofrerão de desnutrição e atraso no crescimento em meados do século, sobrecarregando uma nova geração com problemas de saúde para o resto da vida, apesar do maior desenvolvimento socioeconômico. A produção global de milho já caiu 4% desde 1981 devido às mudanças climáticas, e o aquecimento induzido pela atividade humana na África Ocidental reduziu a produção de milhete e sorgo em até 20% e 15%, respectivamente. A frequência de perdas repentinas na produção de alimentos já vem aumentando de forma constante nos últimos 50 anos. Entre 2015 e 2019, estima-se que 166 milhões de pessoas, principalmente na África e América Central, tenham necessitado de assistência humanitária devido a emergências alimentares relacionadas ao clima. O potencial de captura da pesca marinha – da qual milhões de pessoas dependem como principal fonte de proteína – deve diminuir entre 40% e 70% em regiões tropicais da África, se não houver redução na poluição por carbono. O teor de proteína do arroz, trigo, cevada e batata deve cair entre 6,4% e 14,1%, colocando cerca de 150 milhões de pessoas em risco de deficiência de proteínas. Os micronutrientes essenciais – que já estão em falta em muitas dietas do Sul Global – também caem com o aumento das temperaturas. “Se você sobrepõe os locais onde as pessoas já passam fome com onde as safras serão mais prejudicadas pelo clima, verá que são os mesmos lugares que já sofrem com uma elevada desnutrição”, disse à AFP a pesquisadora Elizabeth Robinson, professora de economia ambiental da Universidade de Reading, no Reino Unido, e autora colaboradora na avaliação de saúde global da Lancet Countdown. Como a fome deixa 19 milhões de brasileiros mais vulneráveis à Covid-19: ‘Não há sistema imune que resista’ 6. Doenças Próxima epidemia ‘já está a caminho’, alerta médico sobre desmatamento na Amazônia Enquanto as temperaturas em elevação aumentam os hábitats dos mosquitos, estima-se que até 2050 metade da população mundial esteja exposta a doenças provocadas por vetores, como dengue, febre amarela e zika. Sem reduções significativa das emissões de carbono, 2,25 bilhões de pessoas a mais poderiam ser colocadas em risco de dengue na Ásia, Europa e África. Os riscos decorrentes da malária e da doença de Lyme devem aumentar, e as mortes infantis por diarreia tendem a crescer até pelo menos o meio do século, apesar do maior desenvolvimento socioeconômico em países de alta incidência. As mudanças climáticas aumentarão o peso de doenças não transmissíveis: as doenças associadas à má qualidade do ar e à exposição ao ozônio, por exemplo, “aumentarão substancialmente”. Haverá também maiores riscos de contaminação de alimentos e água por toxinas marinhas, indica o relatório. Assim como a maioria dos impactos relacionados com o clima, estas doenças irão castigar os mais vulneráveis. As escolhas políticas feitas agora podem reduzir essas consequências para a saúde, mas muitas são simplesmente inevitáveis a curto prazo, segundo o relatório. “A Covid tornou as fissuras em nossos sistemas de saúde extremamente visíveis”, disse Stephanie Tye, pesquisadora associada da Prática de Resiliência Climática do Instituto Mundial de Recursos, que não esteve envolvida no relatório do IPCC. “Os efeitos e choques das mudanças climáticas irão sobrecarregar os sistemas de saúde ainda mais, por um período muito mais longo e de maneiras que ainda estamos tentando compreender totalmente”, acrescentou Tye. 7. Calor extremo Termômetro marcou 42ºC em outubro de 2020 na Bela Vista, região central de São Paulo Celso Tavares/G1 O aumento das temperaturas reduzirá a capacidade física de trabalho, com o sul da Ásia, a África Subsaariana e partes das Américas Central e do Sul perdendo até 250 dias de trabalho por ano até 2100. Um adicional de 1,7 bilhão de pessoas serão expostas a um calor severo e 420 milhões serão submetidas a ondas de calor extremas a cada cinco anos se as temperaturas aumentarem de 1,5°C para 2°C de aquecimento. Esse meio grau a mais na temperatura também significará mais 420 milhões de pessoas expostas a ondas de calor extremas e potencialmente letais. Até 2080, de 390 a 490 milhões de moradores de cidades na África Subsaariana, e de 940 milhões a 1,1 bilhão no sul e sudeste da Ásia poderão enfrentar mais de 30 dias de calor extremo a cada ano. Ações de mudança O IPCC destaca que muito pode ser feito para evitar os piores cenários e nos prepararmos para os impactos que não podem mais ser evitados – esta é a lição final. Mas simplesmente trocar um carro a gasolina por um modelo elétrico ou plantar bilhões de árvores para compensar o modo usual de fazer as coisas não irá resolver o problema. “Nós precisamos redefinir nosso estilo de vida e consumo”, alerta o documento. “Precisamos de uma mudança transformadora em processos e comportamentos em todos os níveis: individual, comunitário, n`os negócios, instituições e governos”. Veja algumas ações de mudança apontadas: Reduzir à metade o consumo de carne vermelha e dobrar a ingestão de castanhas, frutas e vegetais poderia diminuir as emissões de gases-estufa em até 70% até 2050 e salvar a vida de 11 milhões de pessoas até 2030. A preservação e a restauração dos chamados ecossistemas de carbono azul (que sequestram carbono), tais como florestas de algas e manguezais, por exemplo, aumentam o armazenamento de carbono e protegem contra tempestades, além de fornecer habitats para a vida selvagem, sustento para comunidades costeiras e segurança alimentar. “A vida na Terra pode se recuperar de uma drástica mudança climática evoluindo para novas espécies e criando novos ecossistemas. Os seres humanos não podem”, sinaliza o relatório. Veja VÍDEOS sobre natureza e meio ambiente:
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fortalezacromatica · 3 years
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Tubarão (Fortaleza – Ceará)
Iniciou na arte urbana em 1999, fazendo parte da primeira geração do grafite cearense. Também foi membro do MH2O -  Movimento hip-hop organizado do Ceará; atuou como B-boy (break-boy) e fez parte do grupo de rap Êxodo. R. Em 2005, Tubarão e Mils fundaram a  VTS crew, e a partir disso iniciaram um processo de fortalecimento da cena local, tornando a prática do grafite mais presente nas ruas, incentivando a formação de novas crew’s e realizando os primeiros eventos voltados à arte urbana na cidade. 
A crew me fez se cobrar cada vez mais, tanto tecnicamente quanto no processo histórico, o hip hop me ensinou que o conhecimento é fundamental para o processo de evolução, desenvolvi novos estilos e uma identidade própria.
Em 2006, fez seu primeiro rolê fora do estado, em que levou a crew para Recife, estabelecendo novas conexões de uma malha que desde então esteve em constante expansão. Tubarão também pôde levar seu grafite para estados como Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, e para além do Brasil em países como Chile e Paraguai.
Mils (Fortaleza – Ceará)
Sua aproximação com o grafite esteve diretamente relacionada aos seus primeiros contatos com o movimento hip-hop em 1999, através do evento Hip-Hop Fest, no Bairro Conjunto Ceará, a convite do Rogério Babau, que na época integrava o MH2O- Movimento hip-hop organizado do Ceará.
Em 2004, ao assistir uma reportagem transmitida em um jornal local, soube a respeito de um grupo que estava realizando um grafite na caixa d’água do terminal de ônibus da Parangaba, foi então que decidiu ir lá para ver de perto o que estavam pintando, momento que lhe deu a oportunidade de trocar várias ideias com os que estavam presentes, fazendo com que despertasse a vontade de fazer grafite. 
Quando Tubarão se mudou para próximo a sua casa,  passou a chamá-lo para pintar, mostrando-lhe como era a prática do grafite, fato que resultou na fundação da VTS crew, em 2005. Mils começou realizando bomb´s, mas encontrou-se no wild style. Entretanto, também aventura-se nas técnicas de grafite 3D, na criação de personagens e de cenários para produção de murais da VTS crew. 
Vivi (Fortaleza – Ceará)
Sua paixão pelo grafite teve início em 2005, quando apenas admirava as cores e fotografava as ações que presenciava. Acompanhou de perto os primeiros passos da VTS crew, mas foi quando conheceu a Teia (grafiteira) que adquiriu entusiasmo para começar a pintar, pois até então ela era a única mulher na cena do grafite cearense e desde de suas primeiras ações esteve engajada na expansão da cena feminina em Fortaleza. 
Em 2006, Vivi inicia sua história na VTS crew. 
Na época me lembro como se fosse hoje, comecei tentando fazer personagens, mas no fundo não me sentia muito realizada até começar a fazer letras: o Wildstyle, minha verdadeira paixão. Amava sair pra pintar a ciclovia com Mils e Tubarão, todos muitos felizes com várias garrafas de látex e somente um spray de contornos para os três; tempos difíceis mais felizes.
Vivi foi aos poucos adaptando-se e tomando para si este estilo de vida: o da arte urbana, e junto com a Teia conseguiu fortalecer a cena feminina de grafite estadual. Ela já participou de vários encontros de grafite em Fortaleza e em outras cidades como Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Hoje em dia minha vida é o grafite, sou grafiteira , trabalho com grafite, sou casada com um grafiteiro (Mils) e faço parte de uma crew que posso chamar de família.
Ane (Fortaleza – Ceará)
Começou no grafite em 2009, sem conhecer nada sobre arte urbana. Foi em 2008, quando conheceu Tubarão, que por meio dele começou a se aproximar desse estilo de vida. Mesmo sem ao menos saber o básico, Ane se viu inspirada a começar a desenhar, de início rabiscando papéis com florezinhas, bonecas etc. 
Após um convite de Tubarão, Ane aceitou experimentar, com certa relutância, rabiscar um muro, decidindo que só iria pela madrugada para ninguém a ver. Com o tempo essa relutância acabou se transformando em coragem e empolgação, principalmente por conta de seu contato com a Teia e a Vivi, que a incentivaram muito nessa trajetória. Ane já participou de eventos no nordeste e no norte do Brasil, representando a VTS crew e a cena feminina como um todo.
Baga (Salvador – Bahia)
Em 2000, Baga teve uma “paixão à primeira vista” pelo que lhe foi mostrado por seu amigo Haggar: uma revista de grafite. Até então, pouco sabia sobre essa arte que se dá pelos muros da cidade, mas logo que tomou conhecimento iniciou suas práticas por meio do desenho e depois de dois anos estava realizando sua primeira intervenção na rua.
Foi no ano de 2007, em João Pessoa, que Baga conheceu a VTS crew através de um encontro de hip-hop. Lá conheceu Tubarão e recebeu seu convite para visitar Fortaleza, convite que veio a se concretizar  em 2011, e pelos muros da capital cearense  Baga realizou painéis junto a Ane, Mils e Vivi; fato que resultou no seu pedido ao Tubarão para integrar o grupo. O pedido foi aceito e até hoje Baga assina em seus grafites a VTS crew.
Edi  (São Luís – Maranhão)
Conheceu o grafite por volta dos anos 2000. No decorrer de suas práticas, Edi desenvolveu suas técnicas no estilo wild style e na criação de personagens. No ano de 2009, teve seu primeiro contato com a VTS crew, através do Tubarão, no Fórum Social Mundial em Belém, e a partir daí começaram a fazer articulações em prol do grafite nordestino. 
Em 2010, dentro do Festival da Juventude da América Latina, em Fortaleza, teve a oportunidade de conhecer o Mils, a Ane e a Vivi, e em 2011 foi convidado pela VTS para realizar uma fala no 5º Encontro de Graffiti de Fortaleza. No ano de 2012, Mils, Tubarão e Edi foram para o Encontro de Graffiti Street of Style, em Curitiba, ano que recebeu o convite para assinar VTS crew. Sendo assim, sempre que possível está em Fortaleza, para a criação de painéis anuais e para a articulação de ideias para o ano seguinte. 
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gazeta24br · 2 years
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Acompanhar o desenrolar de um passeio pelo terreno das lembranças é o convite que o escritor o Paulo Roberto Simas faz para o leitor em Ao piano, romance de estreia publicado pela Editora Penalux. Narrada em primeira pessoa, a obra conta com 42 capítulos curtos, escritos com fluidez para serem lidos em um dia. Após socorrer o amigo Hall, levando-o para um hospital, Robert também se sente mal e desmaia. Quando desperta, ele descobre que ficou em coma por 24 dias e que seu melhor amigo, Hall, faleceu. Diante do luto, o protagonista é surpreendido por diversas mensagens do falecido. Lendo o conteúdo, Robert percebe que as histórias daquelas páginas são as mesmas que ele viveu durante o período em que estava adormecido. Incrédulo, inicia uma busca por respostas, tentando encontrar uma explicação. Com o desejo de acalmar o coração ansioso por explicações pela triste partida, Robert procura as pessoas para as quais as mensagens de Hall se direcionam. Neste processo de entender o que aconteceu durante o coma, ele não está só: tem a companhia de seu novo piano, de onde reencontra o amor pela vida, o carinho pelas pessoas que se foram e a superação da doença tão cruel. O som do instrumento torna-se essencial para a ressignificação de momentos doloridos. Cada nota emitida dá força para que ele siga em frente na busca de abrandar o coração de quem ainda está por aqui no plano terreno. “A vida passa como o vento e as lembranças são imensas, e,  boas ou ruins, foram parte de nossas vidas. Quantas lembranças  gostaríamos que voltassem, quantas gostaríamos que nunca  tivessem acontecido, quantas gostaríamos que mudassem.  Despassar muitas delas seria interessante, mas valeria a pena?” (Ao piano, p. 70) Em Ao Piano, Paulo Roberto Simas retrata com muita delicadeza uma história inspiradora de superação. Em tempos de tantas perdas por conta da pandemia, violências urbanas, desastres naturais e doenças da mente e da alma, esta leitura serve como conforto para aqueles que se sentem inconsolados e buscam significado nos vazios deixados pela morte.   Ficha técnica Título: Ao piano Autor:Paulo Roberto Simas Editora: Penalux ISBN: 978-65-5862-278-9  Páginas: 220 Tamanho: 14c x 21 cm Páginas: 220 Preço: R$ 45,00 Onde encontrar: Editora Penalux       Sobre o autor Paulo Roberto Simas nasceu, em 1960, no Rio de Janeiro. Morou em Belém do Pará, Manaus, Belo Horizonte, Barbacena, São Paulo e Recife, em virtude de uma longa carreira militar. Formado em Direito, descobriu durante a graduação a paixão pela leitura e o interesse pela escrita. É autor da coletânea de contos “Anuivando”, do livro infantil “Ratão Fabão” e do romance “Ao Piano”.
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robertacirne · 2 years
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O INCRÍVEL MACOBÉBA Texto: ROBERTA CIRNE Contato para palestras pelo email: [email protected] A história aconteceu em 1929 e quem diria, virou lenda urbana de Olinda! UNS DITOS "ASSOMBRADOS" citam o Macobéba sem saber da sua verdadeira origem... Em 7 de abril de 1929 surgiu a primeira história, contada por José Mathias, codinome de Júlio Belo, escritor já renomado descrevendo as diabruras do MACOBÉBA, um monstro surgido em Sirinhaém. A imagem terrorífica, captada pela pena de Manuel Bandeira (O pintor, de Escada, não o poeta) foi encomendada por Gilberto Freyre em pessoa. Era gigantesco, com um rabo metade de leão e metade de cavalo, quatro imensos olhos brilhantes de fogo, enormes unhas de lobisomem, uma cabeleira magnífica. Passava a noite uivando entre um engenho e outro, situado já em Água Preta. Saía pela madrugada dos interiores de Pernambuco, queimando plantas e árvores com seus olhos candeios. Secava as águas e deixava um rastro de enxofre por onde passava. Veio ao Recife, foi ao bairro do Pina, bebendo toda a água do mar... Tiro não o matava, e fogo não o queimava. Relatos diziam até que ele lutara com Sirênio, o peixe-boi do parque Amorim, e desta batalha, perdeu um dos quatro olhos de fogo! Foi visto em Olinda... E talvez deste conto venha a fama de ter se estabelecido lá, mas sua residência oficial era a ponte sobre o PINA. Pelos idos de 1949 um escritor potiguar copiou o personagem e publicou um conto , logo sendo rechaçado pela comunidade literária Nordestina de então. Macobéba era usado como referência e gíria local para descrever alguém terrível furioso, mal-acabado. Em 1950 foi tema de frevo: “O Macobéba Vem Aí”, do maestro Levino Ferreira, e foi codinome de Barbosa Lima Sobrinho... Este folclore, hoje cimentado na cultura pernambucana nasceu da pena de um talentoso escritor, mas tudo que se imagina é cristalizado na realidade pelo cósmico, e o acredito com suas façanhas ainda hoje em Olinda, assustador como a boa assombração de respeito que é https://www.instagram.com/p/CdliutYu21D/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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avezdelas · 6 years
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A VEZ DELAS: Artistas de rua denunciam o machismo
por Isabela Caldas
Quando você pensa em grandes nomes das artes visuais, quantas mulheres lhe vêm à cabeça? A arte e o espaço coletivo andam de mãos dadas há pelo menos 25 mil anos, quando a vida em comunidade era registrada através da pintura rupestre. Milhares de anos depois, as paredes continuam sendo ocupadas com este fim e há quem considere a arte urbana como um dos maiores movimentos culturais do mundo. Apesar disso, mesmo sendo considerado um espaço democrático, quando se trata de arte, e com toda a valorização que esse movimento vem ganhando ao longo dos anos, no que se refere à representatividade e ao protagonismo feminino, a coisa muda um pouco de figura.
Nas aulas de história da arte, ou quando vamos a um museu, não é difícil perceber diferenças entre homens e mulheres. Enquanto elas aparecem como as musas inspiradoras, eles, na maioria das vezes, são os que assinam as obras. Isso nos mostra que a presença feminina no campo das artes acompanha, de certo modo, o lento e difícil processo de emancipação da mulher ao longo de milênios.
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O Nascimento de Vênus, por Sandro Botticelli - 1486
Não há registros sobre quem foram os artistas da era pré-histórica, mas estudos etnográficos e antropológicos indicam que as mulheres eram frequentemente criadoras e artesãs nas comunidades neolíticas, produzindo cerâmicas, pinturas, tecidos, cestas e outros tipos de objetos. Também não há muitos registros sobre artistas femininas na idade antiga. Entretanto, anotações do escritor e historiador romano Plínio, o Antigo, fazem alusão a algumas mulheres pintoras na Grécia. Enquanto isso, em Roma, no século I a.C, Iaia de Cisicus ganhava notoriedade e dinheiro como pintora, como aponta a escritora Susan Fisher Streling, no livro Women Artists.
Já na Idade Média, as poucas mulheres artistas presentes no Renascimento podiam pertencer a famílias nobres, que lhes permitiam uma liberdade excepcional para a época. Ou, na maioria das vezes, eram filhas de pintores, tendo sido ensinadas em casa. Um dos nomes que mais se destaca nesse período é o da pintora italiana Artemisia Gentileschi (1593-1653), considerada como o primeiro grande nome feminino na pintura. Ela foi abusada aos 17 anos e abriu um processo contra o agressor, conseguindo sua condenação.  A luta e determinação fizeram dela uma referência no seio dos movimentos feministas do século XX. Da idade moderna até os tempos contemporâneos, nomes como Camille Claudel, Beatrix Potter, Frida Kahlo e Georgia O´Keeffe também são destaques na história da arte. Tanto Khalo quanto O´Keeffe são exemplos de mulheres que se impuseram no mundo da arte do século passado, pela força do seu talento e, muitas vezes, por conta da forte personalidade e natureza transgressora de ambas, o que faz delas referências para o feminismo contemporâneo.
 MARCANDO TERRITÓRIO
Na década de 1980, um grupo de militantes feministas começou a questionar o porquê de as mulheres não estarem tão representadas nos museus quanto os homens. Mascaradas e insurgentes, as Guerrilla Girls protestavam nas ruas de Nova York, e protestam até hoje, contra a desigualdade de gênero e raça no mundo da arte, colando cartazes pelas ruas com frases e ilustrações que apontam e escancaram essa desigualdade nos museus. “As mulheres têm de estar nuas para estarem no MET Museum?”, é uma das frases que ilustram os diversos cartazes produzidos pelas militantes.
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Foto: Reprodução/Guerrila Girls
Mesmo a rua sendo um espaço mais democrático para a manifestação artística, a discrepância de gênero reflete na arte ali manifestada. No espaço público, na maioria das vezes, as mulheres continuam sendo representadas a partir da perspectiva masculina machista, ilustrando outdoors e capas de revistas. De acordo com a pesquisadora e artivista Débora Visini, um dos maiores empecilhos para que as mulheres ocupem mais espaços nas ruas é a insegurança.
“O espaço urbano é historicamente vedado às mulheres. Ainda não somos totalmente livres para circular. Esse poder de ir e vir ainda é limitado para nós, especialmente quando observamos casos de feminicídio, de mulheres que são abusadas na volta para casa, entre outros casos”, aponta.
Ainda segundo Visini, por esse direito de ir e vir ainda ser restrito, ocupar os espaços urbanos comunicando alguma urgência é uma forma revolucionária de empoderamento feminino. Ela também aponta para o fato de que não é possível definir quantas ou quais tipos de mulheres essa comunicação estampada nos muros acaba alcançando.
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Foto: Isabela Caldas
“Não posso dizer que nossas mensagens chamarão atenção de todas as mulheres, porque nem todas andam nas ruas prestando atenção nesse tipo de coisa. Pensando em um âmbito mais interseccional, acredito que essas mensagens, por estarem em espaços urbanos e de livre circulação, podem atingir melhor uma mulher que costuma andar de ônibus e não de carro, pois ela tem um tempo de contemplação maior pela cidade”, pontua a pesquisadora.
 A REALIDADE NAS RUAS
De acordo com um levantamento realizado no ano de 2016 pela Organização Não Governamental Think Olga, 99,6% das 7,7 mil mulheres brasileiras entrevistadas durante a pesquisa já foram assediadas em algum momento de suas vidas. Dessas, 98% revelam ter sofrido assédio na rua e 64%, no transporte público.
Apesar do perigo que correm somente por estarem nas ruas, atualmente, muitas mulheres estão lutando para acabar com essa divisão de gênero no cenário da arte urbana. Encarando essa ação como uma “guerrilha”, a grafiteira baiana Talitha Andrade denomina seu trabalho de “arte de afront”. Na série Luto, criada em 2012, a artista traz personagens femininas fortes, sempre mascaradas e muitas vezes armadas. Ela conta que se inspira nas ninjas, no exército de mulheres zapatistas, nos black blocks e em outras referências mais “radicais”.
“Para mim, é quase como ir pra guerra mesmo, sabe? Você, como mulher, estar na cidade, de costas, fazendo alguma intervenção, na maioria das vezes sem autorização. É nesse sentido mesmo”, conta Talitha.
No Recife, a grafiteira Tainá Panalho sempre se interessou pelo universo da arte urbana, mas demorou para começar a grafitar, justamente por conta do machismo. Na época, ela ouviu de um namorado que não devia começar a grafitar, pois ia acabar virando “comida de grafiteiro”, e somente dois anos depois desse episódio foi que ela fez seu primeiro desenho em um muro.
Atualmente, Tainá está dando uma pausa na arte urbana e conta que isso se deve às diversas dificuldades a que as mulheres se submetem nesse meio. “Ainda tem muito isso de menosprezar, diminuir, tem as piadinhas... É aquela coisa, se uma menina faz um trabalho bem feito, eles perguntam ‘quem te ajudou?’ ou ‘tu é namorada de quem?’, fora isso, também tem a questão do assédio e da violência nas ruas”, denuncia a artista.
Bem longe do Recife, no Rio Grande do Sul, a realidade não é diferente, como conta a estudante de artes visuais Lais Possamai. Lais tem um projeto de adesivos de rua, o Fantôme, que, de forma muito delicada, passa ideias de representatividade e força feminina em Pelotas, onde estuda e reside. “A temática feminina e feminista é meio natural, não tem como tu não trabalhar com base nos seus próprios conceitos ideológicos”, conta a estudante.
Entretanto, Lais também revela que já teve sua arte menosprezada e destruída diversas vezes por homens que integram o cenário artístico local, e que, por conta disso, não somente ela, mas as mulheres artistas da cidade acabam se limitando, para que sua arte seja respeitada. “Escolher uma temática que não incomode, ou podar o conteúdo dos adesivos mesmo. Um adesivo ou um pixo com uma buceta não dura nada”, exemplifica a artista. “Tem menina que não se importa com isso, mas é bem frustrante”, completa.
A pernambucana Ianah Maia é ilustradora, artista urbana, tatuadora e soma à luta feminista de seus grafites e desenhos pautas do movimento negro. Ianah começou a grafitar em 2012 e afirma que, por ser uma mulher negra, há uma necessidade de pautar temas e vivências que um homem ou uma mulher branca não poderiam.
“Eu trabalho o feminismo dessa forma, com a representatividade dos corpos a partir de uma figura de uma mulher negra”, conta. “Quero muito abordar a questão do corpo e da beleza da mulher negra de maneira mais natural, para reforçar a autoestima, que é uma das bases da luta da negritude, de maneira geral”, complementa Ianah.
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Foto: Reprodução/Instagram @ianah_
Recentemente, a artista passou uma temporada do outro lado do Oceano Atlântico, conhecendo o cenário da arte urbana europeia. Ela esteve na Espanha, França e Portugal. Ianah conta que, quando o assunto é machismo, as realidades europeia e brasileira não têm muita diferença.
Uma das situações vividas por Ianah que evidencia isso aconteceu na Espanha, quando ela e outro grafiteiro estavam fazendo um trabalho juntos e todas as pessoas que passavam pelo local só cumprimentavam e elogiavam o homem, achando que a artista fosse apenas uma ajudante. “O cara tem muito mais liberdade de ir e vir na rua do que uma mulher, e isso é em qualquer lugar no mundo, não é só no Brasil. Claro que na Europa há menos criminalidade, só que ainda é muito discrepante a liberdade que um homem e uma mulher têm”, desabafa.
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