Decair

Contagem de caracteres: era pra contar? Lol

Avisos: este texto possui uma leve variação linguística em relação as falas, mas a angustia está em textos seguindo a minha norma de língua.

Não corrige nem minha vida, quem dera esta história

—Você poderia jurar? Jurar que por mais que eu mude, fique chata, faça birra ou mesmo se eu apenas ficar uma pessoa que não deveria ficar ao seu lado, me promete que vai ficar? Eu sei que não seria a melhor pessoa pra ficar perto de você, te vejo como a pessoa mais preciosa pra mim e sei que muitas pessoas podem ver como você é, talvez até mais. Então, por favor, mesmo que eu não seja a mais brilhante pra estar nesse seu lado precioso, me permita estar aí, por favor. Jure que não vai embora. Jure que vai se lembrar de mim. Jure pela nossa amizade, seja real comigo.

–Claro que estarei com você, você é a pessoa mais legal que conheço, a mais importante.

–Eu prometo pra você, que sempre estarei do seu lado, sempre.

As memórias borbulham em sua mente adormecida, como algo que você anseia a um bom tempo, algo que deseja que seja concreto e se realize imediatamente, agora.

Andava meio silencioso, tudo andava silencioso, foi você? Pegar o celular do seu lado, entre os edredons fofos de seu sofá, no mesmo lugar no qual deixara ao adormecer. Nada, nenhuma mensagem, notificação de algum capítulo, nem mesmo séries ou canais, apenas o nada. Largando o celular de volta a seu canto e se levantar um pouco, ao olhar em volta pode perceber, até mesmo ao seu redor está silencioso, arrancando o restos de preguiça, você caminha até a geladeira abre e pega o resto de algo e o come, apenas para ouvir um pling de uma notificação.

Você reconhece o toque especial para sua pessoa especial, ao pegar o telefone você vê:

— Boa tarde babe ;)

Sua pequena saudação atrasada. Teclando o teclado digital você responde:

Hey darling —

Como você tá? —

Sua resposta não chega imediatamente, você joga o celular de lado e volta a terminar o que estava a comer até outro pling.

— Vou bem

— Como ce tá?

Seu peito pesa, fazia um tempo que tudo andava silencioso, nada te dava anseios, vontades ou seja lá o que eles dizem que a vida precisa, você não os tinha. Mas acima de tudo isso, dizer isso parecia um chamar de atenção, você já foi chamada de mentirosa o suficiente, também já viveu bastante com isso tudo, vai passar, sobreviver até aqui deve ser a prova, não?

Tô bem —

Como vão as coisas por aí? —

Estou pensando em ir pro lado daí esses dias —

É apenas umas meia mentira, certo? Que dizer, você estava bem, você não passou mal e está com o físico bem, por enquanto pelo menos, apenas pensamentos ruins não mudam isso, estar cansada não faz mal, certo? Tudo certo, ele nem ligaria se fosse só isso. Outro pling surgiu enquanto você pensava.

— Está tudo muito doido

— To triste pela minha irmã 

— Tomaram o celular dela, parece que a mãe dela tomou por que ela tava gostando de uma menina

A amargura lhe subiu, do estômago até a garganta, e com isso você responde:

Que falar sobre? —

E sua resposta se deu a uma ligação.

— Hey darling.

— Hey babe.

Suspiros e lamentos, ele lhe contou o que o incomodava.

— E tipo, eu não sei o que fazer, ela só tem 12 anos e tá passando por isso, eu não queria.

Sua risada amarga saiu pelos áudios.

–Agora você sente como é estar na minha pele, de vê você passar por tudo e não poder fazer nada... Eu sei que é horrível, mas o que dá pra fazer é ficar do lado dela, conseguisse falar com ela já?

—Consegui, falei pelo celular da minha irmã mais nova.

���Então é isso, meu bem. Não tem mais nada a fazer, fique do lado dela, ela vai precisar de você.

Ele se aprofundou nos motivos, de sua irmã conhecer uma menina e elas se falarem e a menina falar que gosta de sua irmã e tals, gravarem um vídeo inofensivo a primeira vista, mas sendo um vídeo normalmente gravado por casais, a mãe questionar a filha e a menina ficar nervosa ao responder, e a mãe dela concluindo a resposta pelo nervosismo dela.

–Que filha da puta, mano. Pau no cu do caralho, velho.

Seu amigo riu de sua indignação e a conversa fluiu por um bom tempo.

Quando o som da ligação sendo desligada chegou ao seu ouvido pode sentir a vibração passando por você, a sensação de ser algo, fazer algo, mas o mais importante, sentir algo. Não que fosse tão duradouro, era algo mais instantâneo e passageiro, um instância, ânimo momentâneo, uma droga para seu vício, acalentando seu corpo, até não servir mais e você voltar a sentir o corpo pesar. Se jogando no sofá e pensando novamente e novamente.

Talvez ele já tenha problemas suficientes, não preciso que ele pense e sinta o peso do que passa na minha cabeça delirante

E assim se fez, tudo o que o incomodava era trancado, lacrado numa caixa. 

Ao passar dos dias… Tudo se silenciou mais e mais, como se tudo que cercava fosse apenas imaginário, o mundo se calou a sua angústia. Ele te ouviria? Ele te ouviu no inicio, quando os problemas eram seus e o mundo aparentemente estava contra sua pessoa, ele ouviu, até o mundo se voltar contra ele.

A casa desmorona, e o fato dele está lá e não você mudam as circunstâncias, você o apoiou enquanto a guerra ocorria, ouviu os lamentos e reclamações de como esta terra estava fodida mais do que o concerto, como nada era justo e tudo era um inferno. Você esteve lá, mas não sempre, não que faltasse esforços, ignorar o que pensava e o que sentia em pro de ouvi-lo, você fez o seu máximo, pelo menos era isso que pensou no começo. Até quando até mesmo ele esquecer de mesmo te ouvir ou usar seu ouvidos e lamentar para eles.

— Ué, não te contei? Aconteceu a um tempão já! Fomos a um parque e eu acabei ficando com ele – Ele riu enquanto continuava a scrolar no celular. Sua risada saiu um pouco forçada, mas logo conseguiu disfarçar, não que ele fosse perceber já que mandava mensagem enquanto falava sobre acontecimentos de semanas atrás. — Mas foi rápido, todo mundo ficou gritando dizendo pra ele me beijar, mas foi só um selinho, nada demais.

— Hum. – Foi tudo que saiu de você, ou meio saiu no caso. Você queria falar como se sentia, mas nesse momento você tinha direito? Já faz um tempo que você mesmo percebeu que ele não contava mais, algo acontecia, você estava percebendo, viveu o suficiente com ele pra saber, ele agia estranho. — Algo aconteceu em casa?

— Hum? Não, tá tudo até que calmo. – Ele te olhou brevemente, sabendo que esse seria um assunto delicado, mas não demorou muito até voltar a olhar para o aparelho.

Sim, você estava errada de novo, sim, sim, sim. Você não pode mais dizer, ele realmente pareceu bem, tudo perfeito, você não deveria se sentir mal sobre isso, mas se sentiu inútil para ele, agora que ele não precisava de você ele iria embora? Sua caridade de ficar ao seu lado se fora a muitas eras, desde o momento em que as confusões infiltraram em sua própria vida, então privei-o de ouvir meus lamentos, ele já carregava a carga dele, ele não precisava ouvir mais, não, ele não. Você faria um novo mundo se significasse que ele estaria bem, sem lamentos, nem seus, nem dele.

— Hum…. Que coisa boa. – E assim se passou um bom tempo, vocês dois na calçada, ele mexendo no telefone e você observando ao redor da rua que fizera um tempo em que não visitava, provavelmente foi culpa sua disso acontecer, você o está perdendo, isso é um fato. Pouco tempo e alguns amigos seus chegaram, ou melhor, alguns amigos deles, fazia um tempo, a única pessoa que permaneceu em contato com você foi ele, não tinha muitas pessoas que aturaram você por tanto tempo, você era covarde, mentirosa e esquecida, além de preguiçosa. Nem você mesma ficaria com você.

— S/n!! – Poucas palavras para você, depois partiam para conversarem em grupos na  mesma calçada minúscula, foi essa sua interação com todos, com a maioria pelo menos, uns nem mesmo foram até você, já se isolando nos grupos. A sua volta não estava silencioso, mas aparentava está ao seu redor, em torno de você, apenas você. Então olhar o celular lhe poupou a dó que crescia em si mesmo.

Você voltou.

Voltou para casa, ao silencio interminável, ao frio de seus sentimentos, a falta de ar do desespero, a vergonha das lembranças, entre varias outras angustias que te esperavam porta adentro, apenas esperando sua volta para te consumir mais um pouco, de pouco em pouco, se deleitando com seu sofrimento. Você tentou seu máximo para permanecer com a fachada de vida boa a qual todos usavam, isso te cansou incomensuravelmente, como todos se acostumaram com isso? Talvez o que dizem da pratica levar a perfeição seja verdade, você mesma já foi assim, mas desde que se isolou dos contatos, mas como excluída, aparenta ter perdido sua potencia de passar horas a fio fingindo e não se cansar nunca.

Lembra do dia só deixa um gosto amargo no fim da garganta, o sentimento de ter perdido tudo e todos passa em loop em sua mente. Chega. Pare. Apenas me deixe em silêncio, eu sei, nada vai voltar, já não sou o sol para você, muito menos a lua. Já não posso te fazer feliz, ou mesmo compartilhar angustia, você vive agora, bem, vive bem, está no seu tempo de felicidade, você nem ao menos me percebe mais, não posso estragar isso. Me deixe.

Passar pela felicidade, apenas para arrancarem isso de você, você entende isso, certo? Meu porto, sim, meu porto de inseguranças, a pessoa que me fez acreditar que podia ser eu mesma com outros pois se não desse certo eu o teria comigo ainda. Ele, em quem eu confiava, quem eu precisava sempre.

Eu o amo.

Não, não esse amor. Ele era a pessoa mais especial do meu mundo, o quero rindo, contente, brilhe, quero que ele brilhe mais que o sol. Sempre fui eu, não quero prender ele. Pobre de mim em pensar que poderia ficar ao menos perto de você.

Me chame de melhor amiga como antes, diga que ficará comigo para sempre, me abrace e me conte sobre seu dia, dos momentos bobos aos brilhantes, voltar aos planos de fugir de todos e sermos felizes juntos, você se casar e eu estar lá para te dizer que estava feliz por você, te vê ri como nunca pode em casa, te ver brilhar como a pessoa incrível que é. Por favor.

Me digo para desistir, você está bem, posso parar de ser sua bonequinha de consolo, uma das. Mas ainda penso em você e no passado.

Eu preciso desse consolo, sim, dessa vez eu estou desmoronando.

Ele não está aqui.

Decair

aproximadamente 360 dias depois. um ano.

hoje, depois de termos discutido ontem, voce veio me dizer que nao estava muito bem. perguntei o motivo, e voce afirmou ser por causa da pessoa com quem voce se envolveu. a pessoa que voce preferiu no meu lugar.

um ano e muitíssimos tropeços e atitudes suas que mostraram como voce nao se importa tanto assim comigo depois, e eu ainda to aqui, escrevendo pensando em voce e pra me aliviar desse sentimento que não sei descrever.

um ano depois. chega a ser patético — pra sequer entrar no tópico do quão triste isso é. quem diria que depois de voce eu ficaria digna de pena.

hoje, depois de recaídas (foram recaídas ou eu simplesmente estava ali pra tampar o buraco temporário que ela deixou?) que nós duas tivemos, voce me diz que nao ta legal por causa dela. por voces estarem tentando ajustar as coisas e estarem tendo alguns desgastes no meio disso.

voce disse nao saber o que voces estao tentando fazer. nao saber se voces estao juntas de novo. nao saber onde voces querem chegar.

hoje eu entendo a pontada de ego ferido da minha parte e minha responsabilidade no meu proprio sofrimento, mas por que ainda dói? por que essa informação, honestamnete inesperada, ainda me afetou assim?

por que eu deixo voce ainda me afetar assim?

por que eu nao consigo seguir em frente? por que eu nao quero? por que é tao dificil pra mim deixar voce pra trás?

voce ja seguiu em frente, há muitíssimo tempo. por que eu nao me permito fazer o mesmo? por que eu sou assim, sempre tao emocionalmente indisponível?

hoje eu li um tweet que dizia o seguinte: "tem umas situações na vida que só um certo distanciamento é capaz de curar. ou, como diria o tame impala: the less I know the better" e é exatamente isso. só o tempo e o distanciamento poderiam me curar de voce, e eu nao deixo isso acontecer. por que nao?

eu nem sei nomear isso que eu sinto. eu mem gostaria de ter algo sério com voce depois de tudo. eu sei disso. então por que diabos isso nao passa? por que eu ainda me sinto assim? acho que é igual o trecho cantado pelo luiz lins. "quantas vezes eu perdi a cabeça tentando entender a tua?

e gritei teu nome ate perder a voz na rua.

e chorei na tua frente com a alma nua.

é como derramar bebida na ferida crua.

como se eu fosse viciado nessa loucura de naonquerer enxergar que a verdade dura é que a gente se acostuma até com a amargura.

e ai, será que agora voce ta feliz? será dessa forma o que voce quis.

será que agora ta melhor sem mim?"

O peso de ser alguém com que se tem algo a se esperar de si, acaba que entra em conflito com o que será disso tudo, achava que isso findaria... mas, nunca paro de ponderar, o meu, o do outro e o que eu posso ou quero sem interferir demais, saindo como uma sombra por entre os reflexos (...) em algum momento acreditei que eu fosse parte de um sistema humano, em que devesse algo mas, as vezes deixo desproporcional tal batalha entre meu interior e o externo. 

desculpa, a tudo e todos, que eu um dia conheci, conheço, ou deixei de conhecer, ecoava por entre o espaço de onde eu passava, mas uma hora ou outra eu realmente precisava de tal frase, assumir que eu nunca fui e nunca serei algo sonhado, hipotetico que se concretiza no mundo de qualquer idealização mesmo que minima... porem, isso é uma maldiçao ou uma salvação? enquanto mais se espera entender, que o conceito de ser deveria ser separado de uma cobrança suprema, e idealista, que levaria as pessoas a uma resposta de não serem mais o que são de si mesmas por uma simples questão de o que fazer para se enquadrar ou não desgastar tão expectativa... o que fazer para jogar para o alto suas amarras, ou mesmo os conceitos que acaba esperando se prender... será mesmo que passei tempo de mais tentando ser util, boa, cabivel... como que não quis reconhecer a minha parte humana, a desumanizando e jogando aos altos com auto criticas, dolorosas ou reconfortates.. alguns seres acabam vendo em nossa fraqueza alguma beleza, porque quem afinal pode ser tão fraco com uma forma de sensibilisação... sempre ha mais força mesmo que a força seja uma luta sem rumo, direto a auto destruiçao. sempre tentando barrar a dor, o ruim, o real, ou mesmo um conceito humano de que eu não sou puro amor ou odio... mas, ainda assim, reconhecedo o que sempre dizem sobre bondade com fins proprios ou idealistas... não me sai o real, junto... e dentro disso eu ainda me importo como doida, em fazer aquilo que julgo certo, ou não nocivo... 

seria mesmo minhas ideias e ideais fruto de um sistema que tanto quis jogar o foda-se, ou o auto aprimoramento, que no fundo me achei forte o bastante ... para fazer algo a respeito, não só na minha ferida mas na ferida que rasga a todos um pouco... 

eu sou apenas humana, não sou o sonho de ninguem, a idealização, ou mesmo forte e ao alcance da lua.... a ralidade é uma dor de estomago chata, que quando a gente se acha saudavel, e apreciavel começa a ver em tudo e na gente o pior... não só no que soterra ao fundo do poço mas, aquilo que raia sobre o sol... que nunca pude ver... auto piedade maldida... quem quer saber, quem já quis saber por completo? 

minha maior qualidade é meu maior defeito (...) 

meu olhar sobre as coisas apenas me prova que cara a cara eu nunca soube viver, venha ao que vier, meu medo da perfeitção, idealização suprema, é apenas porque no fundo eu nunca fui e nunca serei aquela a quem sabe o que faz, que age com o medo e dor sobre os ombros... eu parada olho para o ceu e choro, belas nuvens e estrelas ao luar...  eu sempre soube, que queria ser aguem percebida por quem importava. nunca busquei de mais... agia como que o resto nunca valesse a dor, mas doia com cada pitada de não saber não ir, não tentar ir atras de quem me “via” por um segundo que fosse por tras da mascara de força, que nunca tive... nunca pude de fato ter, ideializações que me tiram o chão ... 

Eu perdi o foco a algum tempo, eu vejo que tudo mais sensivel e amavel que possa ser, são momentos que se disolvem no pior ou no mediano... a vida sempre tem seu jeito feroz e viceral de provar que todos são apenas humanos. e meu medo de nunca ser percebida me fez tentar ser mais, que nem todos os outros, moeda paga com moeda, ou apenas a vida seguido seu curso... acabei aprendendo com eles, meros motivos para mais dor e preocupação.

cansada e feliz ao mesmo tempo... eu amo e amei, o odio nunca me foi eterno. ja tive raiva, rancor, amargura, e pitadas de realidade... nesse mar de falso moralismo. eu sou apenas humana, e sempre serei... eu nunca baterei recorde de nada. nem mesmo tenho porque ser alguém unico, não importa para qual pessoa, unica? mais uma dose de vida e eu serei o pó que vocês não viram passar sobre os pés. todos somos poeira estelar!? e talvez... notas empoeiradas na beira de um bar, esquecidos, passados pela dor ou pelo simples prazer de viver o momento... bebendo, fumando... cantado, chorando... ou a dança da vida foi minha forma de ver que o que passa não quer dizer que nunca foi notado. mas, realmente nada nunca é como uma expectativa ou promessa, queimando a folha a amassada... eu noto que as coisas mais lindas e que amo são reais e que a fantasia me deu asas apenas para cair e me ralar. 

nada é eterno, mas é sofrivel ou apreciavel, e um bom momento bem dividido, sentido com a mente mais conectada no que importa ou pode levar a importar...

caio na mesma tecla, a tecla cai sobre a mesa, que incendeia meus momentos de ternura ou humanidade. 

Transtornos da Mente

É isso mesmo, transtornos. Quem diria que hoje seria eu quem vai escrever sobre isso. Depois de tanto tempo a lamentar o pobre estado da minha mente, eu percebi que na realidade eu tenho um problema. Esse problema sou eu.. Engraçado como cada um se pode tornar o seu próprio problema e passo a explicar o porquê de dizer isto. No inicio, NUNCA, e repito, N-U-N-C-A, ninguem é o seu próprio "problema". Todos somos instrumentos de um corpo, um grupo, uma sociedade e claro, como é obvio podemos ser bons ou maus instrumentos. Infelizmente, muita gente comete o erro de ser um mau instrumento da sociedade e faz com que as outras sintam que são o problema. E é claro, tudo tem uma causa. A partir do momento em que a as atitudes são tomadas, começa o efeito "bola de neve". Todos sofremos por algo, todos temos problemas e nenhum de nós quer ter o que tem. Hoje eu percebi, depois de muito tempo, que o problema do meu transtorno sou eu. Não, nao fui eu quem causou este problema (mas ao mesmo tempo fui). Foram os maus instrumentos da sociedade. Através de gestos, através de palavras, através de acções, eles acabaram por fazer com que eu criasse um problema na minha mente. Porquê? Porque me afetaram e me tocaram nos pontos mais frágeis, porque se elevaram a eles, (Porque eles próprios sentiam o mesmo que eu, mas é mais fácil criticar alguem pelos defeitos que a pessoa tem do que tentar ajudar. Criticar fazia com que eles se sentissem bem com os defeitos deles), e fizeram assim com que eu me sentisse alguem que não faz falta a esta sociedade. Fizeram com que eu sentisse que não fazia falta a mim próprio. No fundo, fizeram com que eu não me quisesse conhecer e acabasse por ter NOJO do que era. Criaram entao o meu problema, ou seja, Eu. É ironico como pensamos que o passado já não nos afeta, mas quando vamos para a cama chorar, fechados e afastados de tudo por nossa vontade, percebemos que afinal não passamos ha frente nada do que aconteceu, porque todos os dias temos pesadelos com o passado, todos os dias pensamos de nós próprios aquilo que disseram sobre nós, (as coisas negativas claro, porque as positivas são boas de ouvir mas não marcam tanto como as más), todos os dias perguntamos, sem nunca ter uma resposta: "Porquê eu? Porquê a mim?". Chegamos a um ponto em que dizemos com amargura que não queriamos ter passado por aquilo, mas falhamos ao perceber que a vida é um teste, é uma professora daquelas antigas que davam com a régua nos alunos por eles não saberem a matéria, e não vai parar de dar "réguadas" até aprendermos aquilo que ela nos quer ensinar. E não é fácil, eu sei. Passo por isso todos os dias. Tem dias em que me apetece dizer: "fodasse isto, não quero mais tentar", mas temos que tentar, porque não é para o nosso mal. Mesmo assim, depois de batermos tantas vezes com a cabeça na "parede", muitos de nós ganham problemas como a depressão e transtorno de ansiedade e/ou pânico ou pior ainda, os dois ao mesmo tempo. Por isso mesmo eu escrevo este texto, para que quem quer que o leia perceba que não esta sozinho. Eu admiti que tenho Transtorno de Ansiedade e Pânico, e custou-me tanto, mas sinto que tenho que resolver o meu problema, no fundo tenho que resolver quem sou. Porque eu percebi hoje, que eu não me conheço, nunca o quis fazer e dói tanto perceber que eu, que convivo comigo todos os dias, conheço-me muito menos do que algumas pessoas que passam pouco tempo comigo. É triste perceber que sou um completo desconhecido para mim, mas é a realidade. E tenho a certeza que para muitos dos que possam vir a ler este texto e talvez até ninguém venha a ler estas palavras, que se identificam com o que escrevi. Não na totalidade mas em partes. O melhor conselho que consigo dar a quem esteja a passar pelo mesmo que eu é: "Conheçam-se". Mas percebam uma coisa, não vão conseguir fazê-lo sozinhos. Como seria isso sequer possivel se não se conhecem a voces próprios? Ninguém neste mundo está sozinho. Existe sempre, sempre alguem que se preocupa connosco mesmo que nós não consigamos perceber isso. Então falem com quem vos é mais proximo e se preocupe com vocês e peçam ajuda. Sempre que respoderem de forma errada ou mesmo até falarem de forma errada para outra pessoa, (uma com quem consigam ter um dialogo aberto claro), perguntem se magoaram a outra pessoa, como a magoaram, como falaram e percebam o que estava mal em voces ao responder, através dos olhos dessa pessoa. Façam isto tanto com os defeitos como com as qualidades. Com as qualidades não digo para perguntarem ou pedirem que vos elogiem, mas sempre que vos elogiarem, tomem isso em consideração e apontem em algum lugar que tipo de qualidade tiveram naquele momento. Através deste tão pequeno processo vão acabar por se conhecer a voces proprios e moldarem-se ao vosso gosto e vão conhecer melhor os outros. Porque no final de contas se todos nos conseguissemos entender não haveria problemas. Então não se tornem um "mau instrumento" na sociedade porque alguem foi para voces. Escrevo isto para outros, mas no fundo escrevo mais para mim, porque não nos conhecermos é triste e eu sinto-me um total desconhecido.

Não sinto nenhum toque mais profundo. Nenhum toque. Parece que cada vez mais minhas barreiras aumentam e o sentir fica mais longe. É horrivel admitir e entender que certas coisas estavam certas sobre mim, que o muro que eu construi de defesa realmente existe e não se desfaz facilmente. Os beijos eu não sinto, meus labios parecem que são feitos de plástico. Minha pele é feita da mais grossa escama, não sinto um toque. Não sinto, não sinto, por fim, não sinto nada. E tento encaixar problemas em outras pessoas, quando na verdade sou aquele velho clichê: Eu sou o problema. Minhas mãos pararam de buscar outras, assim como meu corpo não vibra mais em nenhuma frequência a fim de ser interferido por outro. E o mais inacreditável: meus olhos não buscam outros como antes buscavam incansavelmente. Parei de buscar alguem, me questiono até se eu realmente gosto de um corpo, independente do genero, porque nada me agrada, nada faz meus olhos brilharem, minhas maos suarem, meu corpo se tremer todo.

Cuspindo palavras como sempre, só pra não deixar essa amargura presa aqui.

Todo afeto me inoja e me faz ter questionamentos interminaveis se um dia eu desejei isso pra mim e se algum dia vou ser capaz de querer o mesmo tipo de afeto que vejo. A unica coisa que eu me desejo sou eu mesma, a porra do meu maldito sucesso, meu proprio amor, meu cabelo mais bonito a cada dia, o conehcimento fluindo na minha cabeça cada dia mais... e ai eu me deparo com o pensar de se isso vale mesmo a pena, eu, ficar sozinha.

24/07/19

O tempo é sabio o tempo é ouro o tempo é rei!

São Paulo, 18 de junho de 2017 As 16:59 em Ferraz de Vasconcelos, em casa , ouvindo Legião Urbana.Faz um tempo que estou tentando analizar a minha vida e a cada dia me questiono sobre o que está acontecendo sobre o que aconteceu e sobre o que vai acontecer , e sinceramente quanto mais eu penso mais eu me decepciono , cada vez que paro pra refletir e analizar as conclusões ou falta dela eu me decepciono . Não sou perfeita aliás o que mais tenho são imperfeições, defeitos, manias e chatices assim como todo mundo, tenho meu lado bom mais também tenho meu lado ruim , frases de efeito não faz ninguém mudar não faz ninguém amadurecer ou acordar pra vida , acaba sendo um moto de chamar atenção ou um marketing pra você não se achar tão ruim , acho engraçado a alto promoção que nos mesmo fazemos e a alto critica a alto condenação, muitas pessoas que fizeram parte da minha infância hoje nem se quer me dão um Ola, tudo bem? As coisas mudam ? Mudam e como mudam minha infância era repleta de amor e carinho e como eu tinha pessoas ao meu lado , para brincar conversar contar imaginar planejar o que chamamos de futuro e pra que? Pra nada , porque todas as pessoas e promessas que tive na infância não passaram de só palavras , isso frusta o ser humano e ele acaba crescendo com um psicólogo não mutio bom, na adolescência a mídia e as pessoas em geral começam a colocar padrão em tudo te dizem como você deve se vestir agir se comportar seu corpo deve ser assim , seu cabelo se jeito os rótulos matam , prejudicam e parece que ninguém vê o estrago que causa , fazem você acreditar em um AMOR que não existe em uma vida perfeita que não existe , mais uma vez uma ilusão . Não existe nada perfeito principalmente as pessoas mas infelizmente eu sou uma pessoa que se apega rapido que ama intensamente que coloca sempre as necessidades das pessoas na frente das minhas próprias necessidades do meu proprio ser, ok já sei isso é errado mais é algo mais forte que eu. Eu sou assim , e isso eu juro estou lutando para mudar antes de tudo isso me mate completamente por dentro . Sabe quando você seu corpo e espirito cansam, estou me sentindo assim cansada de tudo cansada dessa hipocrisia toda de todas essas pessoas falsas e enganadoras por todo mundo que se acha melhor do que as pessoas, menosprezá os outros , vivo isso constantemente na minha religião, com amigos, familia em tudo essa merda de sistema esta em tudo e eu não estou mais sabendo lidar com tudo isso , tenho vontade de acabar com esse sentimento não tenho vontades de lutar de seguir em frente. Vivo com pessoas que só querem meu mal, vivo com pessoas que só querem o meu fim, nem todo mundo se importa com você, nem todo mundo quer seu bem , como conseguir conviver com a sua própria mãe se ela quer somente o seu mal …. Vivo com uma pessoa que dizia que eu era a coisa mais importante e na primeira oportunidade arrumou outra que causa os mesmos efeitos, chega a dar vontade de rir , mais paro pra pensar tudo que fiz e deixei de viver pra estar com ela , não vale de nada, querendo ou não a minha cabeça faz uma comparação entre mim e a menina se temos diferenças? E como temos ai entrei numa paranóia de querer emagrecer mudar pra ver se assim eu agrado, mas isso está errado está errado tenho que mudar por mim tenho que mudar por mim e não pelos outros. É fácil ouvir os outros dizendo você tem que se amar acima de tudo, admiro quem consegue. Como conviver com uma pessoa que parece que está com você somente pra não ficar só, que não te coloca em primeiro lugar. Vivo amando uma pessoa que na realidade não sei nem se é amor de verdade, um amor antigo um romance mal resolvido umas loucuras, escola, amizade que foi misturada é essa a nossa história, ela voltou depois de muito tempo e o que estava adormecido aqui dentro de mim acordou e eu chorei me declarei se ela dissesse sim eu largaria tudo por ela pra viver com ela o que foi interrompido, mas ai a pessoa te breca e diz eu cresci não magoou mais as pessoas eu tenho alguém e nesse momento não da, meses depois ela diz estava na rua conheci uma mina e meu frio passou, como assim brasil kk e aquela maturidade que ela tanto falava? Será que o eu te amo dela é verdadeiro? Dificil acreditar. Vivo em uma religião de muito amor muito axe muita beleza muitos ensinamentos mas ao mesmo tempo é tanta falsidade tanta gente só pra puxar seu tapete tanta hipocrisia tanta mentira e isso está cada dia mais difícil de aturar, são pessoas que se acham pelo cargo ou por namorar alguém com cargo rei na barriga sabe como é, tem dirigente que protege gente que não merece gente que não faz por merecer quem realmente trabalha não tem valor nenhum, sei que em todo lugar e em tudo tem seus altos e baixos mais os baixos ultimamente estão dominando. Será que melhora? Vivo comigo mesma a 22 anos e a cada ano é mais difícil ainda essa convivência, sou boa tenho um coração bom mole qualquer história triste eu to caindo kk sou amiga , sincera e uma excelente ouvinte amo ouvir e aconselhar nunca fui boa de falar sobre o que sinto então preciso ouvir do que falar se bem que escrevendo eu arraso kk enfim sou chata ciumenta bipolar quando gosto eu gosto mais se um dia eu pegar odio meu bem esquece pra mim você morreu, sou cuidadosa amo cuidar e zelar pelas pessoas gosto de me sentir importante e necessária. Mais até quando eu vou colocar as pessoas em primeiro lugar, quando é que vou cuidar de mim , fazer o que quero quando bem quero, preciso me permitir mais saber andar sozinha, saber viver e me divirtir sozinha sair beber curtir dançar conhecer pessoas casualmente, estou precisando de uma vida mais leve preciso viver sem cobranças mas pra isso preciso aprender a cobrar menos as pessoas que estão ao meu redor . Será que um dia eu vou conseguir estar feliz e em paz comigo mesma ? Eu sinceramente espero conseguir porque essa tristeza e amargura que está crescendo dentro de mim esta me matando aos poucos depois do espírito morto pro corpo morrer é questão de tempo. E não tão longe que eu não possa voltar e nada tão difícil que eu não possa superar, sim!Não tão longe que eu não possa voltar pois águas do passado não vão mais me incomodar, é! 🎶🎶

- Eu só Divirto Hienas ( B Ribeiro )