Adélia Prado, from The Mystical Rose: Selected Poems translated by Ellen Doré Watson; "Letter"
Text ID: I'm truly crazy. From longing. All because of you.
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It's the soul that's erotic
Adélia Prado, The Mystical Rose; “Dysrhythmia” tr. by Ellen Watson
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Oggi ho l'età che voglio avere.
Senza alcuno stridore.
Ho scambiato tutti i desideri per i ricordi
e una tazza di tè.
Adélia Prado, Tregua, da Bagaglio, 1976
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A vida é muito bonita,
basta um beijo
e a delicada engrenagem movimenta-se,
uma necessidade cósmica nos protege.
Adélia Prado
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Grande admiração me causam os navios
e a letra de certas pessoas que esforço por imitar.
Dos meus, só eu conheço o mar.
Conto e reconto, eles dizem ‘anh’.
E continuam cercando o galinheiro de tela.
Falo de espuma, do tamanho cansativo das águas,
eles nem lembram que tem o Quênia,
nem de leve adivinham que estou pensando em Tanzânia.
Afainosos me mostram o lote: aqui vai ser a cozinha,
logo ali a horta de couve.
Não sei o que fazer com o litoral.
Fazia tarde bonita quando me inseri na janela, entre meus tios,
e vi o homem com a braguilha aberta,
o pé de rosa-doida enjerizado de rosas.
Horas e horas conversamos inconscientemente em português
como se fora esta a única língua do mundo.
Antes de depois da fé eu pergunto cadê os meus que se foram,
porque sou humana, com capricho tampo o restinho de molho na panela.
Saberemos viver uma vida melhor que esta,
quando mesmo chorando é tão bom estarmos juntos?
Sofrer não é em língua nenhuma.
Sofri e sofro em Minas Gerais e na beira do oceano.
Estarreço de estar viva. Ó luar do sertão,
ó matas que não preciso ver pra me perder,
ó cidades grandes, estados do Brasil que amo como se os tivesse inventado.
Ser brasileira me determina de modo emocionante
e isto, que posso chamar de destino, sem pecar,
descansa meu bem-querer.
Tudo junto é inteligível demais e eu não suporto.
Valha-me noite que me cobre de sono.
O pensamento da morte não se acostuma comigo.
Estremecerei de susto até dormir.
E no entanto é tudo tão pequeno.
Para o desejo do meu coração
o mar é uma gota.
Desenredo, Adélia Prado
In: O coração disparado (1978)
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I’m truly crazy. From longing. All because of you.
~Adélia Prado
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Quando fui ferida,
Por Deus, pelo diabo, ou por mim mesma,
– ainda não sei –
percebi que não morrera, após três dias,
ao rever pardais
e moitinhas de trevo.
Quando era jovem,
só estes passarinhos,
estas folhinhas bastavam
para eu cantar louvores,
dedicar óperas ao Rei.
Mas um cachorro batido
demora um pouco a latir,
a festejar seu dono
– ele, um bicho que não é gente –
tanto mais eu que posso perguntar:
por que razão me bates?
Por isso, apesar dos pardais e das reviçosas folhinhas
Uma tênue sombra ainda cobre meu espírito.
Quem me feriu perdoe-me.
— Adélia Prado, em "A cólera divina".
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And meanwhile everything is so small. Compared to my heart's desire the sea is a drop.
—Adélia Prado - Denouement, tr. by Ellen Doré Watson
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Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe,
os sítios escuros onde nasce o «de», o «aliás»,
o «o», o «porém» e o «que», esta incompreensível
muleta que me apoia.
Quem entender a linguagem entende Deus
cujo Filho é Verbo. Morre quem entender.
Adélia Prado – Antes do Nome
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I want to excavate you until I find
where you keep so much feeling.
Adélia Prado, The Mystical Rose: Selected Poems
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Eu não quero a faca e o queijo, eu quero é fome.
Adélia Prado
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Adélia Prado, from The Mystical Rose: Selected Poems translated by Ellen Doré Watson; "Chamberpot"
Text ID: My heaven is gothic / and on fire.
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Toda sabedoria e humildade de #adéliaprado ao falar sobre Deus🙏
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Soffro a causa del mio spirito di collezionista-archeologa. Voglio mettere la bellezza in una scatola con una chiave per aprirla di tanto in tanto e guardarla.
Adélia Prado
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Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade.
Adélia Prado
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Enquanto eu fiquei alegre,
permaneceram um bule azul com um descascado no bico,
uma garrafa de pimenta pelo meio,
um latido e um céu limpidíssimo
com recém-feitas estrelas.
Resistiram nos seu lugares, em seus ofícios,
constituindo o mundo pra mim, anteparo
para o que foi um acometimento:
súbito é bom ter um corpo pra rir
e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo
alegre do que triste. Melhor é ser.
Momento, Adélia Prado
In: Bagagem (1976)
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