Crónica do Festival - IV
Consciente de que o cinema é um caminho que exige momentos de play and repete – ou seja, de constantes desafios, de permanentes investidas, mas também de pausa e de reflexão – o festival “Caminhos do Cinema Português” pretende ser um mostruário deste perpétuo dilema, que se revela tanto na cinematografia lusa como nas de outras origens e latitudes. Por isso mesmo, a Seleção Ensaios elege uma gama de trabalhos que são, em muitos casos, primeiras obras oriundas de escolas de cinema de todo o mundo e antecipadoras de longas e reconhecidas carreiras. Assim, e tal como nos dias anteriores, as sessões no Miniauditório Salgado Zenha foram um palco de exposição dessas experiências fílmicas pioneiras. Ontem, na Seleção em questão, foi possível assistir, às 16.30h, a filmes como The Visitor, de Ali Baharlou, ou Let Me In, de Max Dawiczewski, e na sessão das 18.00h a Danke, de António Sequeira (que foi representado pelos seus pais, Carlos e Albina Sequeira), ou a We Are Desperate, de Joana Maria Sousa, todos ele precursores de novos e interessantes caminhos da cinematografia portuguesa, mas não só.
As Seleções Caminhos, às 15.00h, 17.30h e 21.45h (na sala principal do TAGV), continuaram a convocar agradáveis surpresas como Ao Telefone com Deus, de Vera Casaca, que admitiu, durante o seu depoimento no debate final, ter bebido das influências do cinema delirante de Emir Kusturica ou das comédias físicas de Charles Chaplin durante o processo criativo do seu filme, não só na imagem propriamente dita, mas também na banda sonora, Notas de Campo, de Catarina Botelho, que apresenta uma divagação geográfica mas também política pelos territórios que foram devastados no nosso país ao longo dos últimos anos, o surpreendente Delírio em Las Vedras de Edgar Pêra, ou as visões obsessivas e compulsivas de Língua, de Adriana Martins da Silva.
O quarto dia do festival terminou com mais uma Mastersession, agora dedicada ao importante e pertinente tema da distribuição do cinema português, questão essencial num contexto – o nosso – em que ainda perdura um certo desencontro entre os filmes produzidos e o público que alcançam. Moderada por João Viana, em representação da Associação de Produtores de Cinema e Audiovisual, contou, no seu painel, com Nuno Gonçalves, partner da Cinemundo, Stefano Savio, da Filmin, Carlos Gaio, colaborador do Festival Cinanima, e Elsa Mendes, coordenadora do Plano Nacional de Cinema. Repetindo o que já sucedeu na primeira Mastersession do festival (dedicada ao tema “Primeiros Planos – Da escola até ao primeiro filme”, no dia 28), houve lugar para intervenções ao mesmo tempo estimulantes e desafiantes, que abordaram diferentes e valiosas perspetivas acerca da distribuição e da difusão do filme português e do modo como este pode gerar e transmitir conhecimento, comunicar com as pessoas (todas, e não apenas os “especialistas” da sétima arte) e elevar de forma inequívoca a cultura portuguesa. Ou seja, Caminhos possíveis, válidos e consistentes que este festival tem vindo a adotar, pela vigésima terceira vez no presente ano.
Bruno Fontes
2017-12-01
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Confira onde levar idosos para serem vacinados em São Paulo
O Estado de São Paulo, que realiza a vacinação contra a Covid-19 em idosos acima dos 90 anos de idade, deve iniciar a imunização de pessoas a partir dos 85 na próxima sexta-feira, 12. As vacinas serão aplicadas em todas as 468 Unidades Básicas de Saúde da cidade de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O endereço das mais próximas à residência do idoso pode ser conferido por meio de um mapa, desenvolvido pelo Estado no site da vacinação. Na última segunda-feira, 8, pontos de vacinação em forma de drive-thru passaram a funcionar das 8h às 17h. Eles estão disponíveis no Estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller); Estádio Neo Química Arena, do Corinthians (Av. Miguel Ignácio Curi, 111); Autódromo de Interlagos (Rua Jacinto Júlio, portão EHN); Anhembi (Rua Olavo Fontoura, portão 38) e na Igreja Boas Novas (Rua Marechal Malet, 535, Vila Prudente).
Centros-escola também foram abertos ao público e recebem os idosos das 7h às 19h, assim como as Unidades Básicas de Saúde. Eles estão localizados em três pontos diferentes da capital: na Av. Dr. Abrahão Ribeiro, 283, Barra Funda; Av. Dr Arnaldo, 925, Sumaré; e Av. Vital Brasil, 1490, Butantã. Aqueles que não podem se vacinar nos dias de semana, têm chances de ir até as AMA/UBS Integradas da cidade, que recebem o público também nos sábados, das 7h às 19h. Confira a lista de cada um deles abaixo:
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Área central:
Bairro: Sé
AMA Sé – R. Frederico Alvarenga, 259, Pq D. Pedro II – Telefone: (11) 3101‐8841
Zona Leste:
Bairro: Itaquera
AMA/UBS Vila Itapema – R. Costeira, 572, Jd Arisi – Telefone: (11) 2724‐6146
AMA/UBS Jd. Brasília – Av. Osvaldo Valle Cordeiro, 245, Jd. Brasília – Telefone: (11) 2741‐6938
AMA/UBS Vila Carmosina – R. Ipopoca, 61, Itaquera – Telefone: (11) 2524‐7796
AMA/UBS Parada XV de Novembro – R. Ibiajara, 804, Parada XI de
Novembro – Telefone: (11) 2286‐0017
AMA/UBS Aguia de Haia – R. Tantas Palavras 59, Cohab Águia de
Haia – Telefone: (11) 3756‐3264
AMA/UBS José Bonifácio III Dra Lucy Mayumi Udakiri – R. Silvio Barbini, 40, Itaquera – Telefone: (11) 2944‐6086
AMA/UBS José Bonifácio I – Av. Prof. Osvaldo de Oliveira, 610, Jd Helena – Telefone: (11) 2557‐8844
UBS Cidade Líder – Av. Dr francisco Munhoz Filho, 379, Cidade Líder – Telefone: (11) 2748‐0035
Bairro: Cidade Tiradentes
AMA/UBS Fazenda do Carmo – R. Francisco Cardoso Jr., 10, Cidade Tiradentes – Telefone: (11) 2556‐7600
Bairro: Ermelino Matarazzo
AMA/UBS Humberto Cerruti – Av. Olavo Egídio de Souza Aranha, 704, Vl Cisper – Telefone: (11) 2943‐9991
AMA/UBS Jd. Três Marias Mauricio Zamijovsky – R. Breno Accioli, 440, Vl São Francisco – Telefone: (11) 2042‐0927
Bairro: São Mateus
AMA/UBS Jd das Laranjeiras – R. Bento Guelfi, 1100, Jd da Laranjeiras – Telefone: (11) 2731‐7252
AMA/UBS Jd da Conquista III – Travessa Somos Todos Iguais, 330, São Mateus – Telefone (11) 2735‐4202
AMA/UBS Jd Tietê O – Av. Engenho Novo, 120, Jd Tietê – Telefone: (11) 2962‐3644
AMA/UBS Jd. Santo André – R. Miguel Ferreira de Melo, 497, Jd. Santo André – Telefone: 2751‐4339
AMA/UBS Jd. São Francisco II – R. Bandeira de Aracambi, 704, Jd. Rodolfo Pirani – Telefone: (11) 2751‐6712
Bairro: Itaim Paulista
AMA/UBS Jd. das Oliveiras – R. José da Cruz Camargo, 174 – Itaim Paulista – (11) 2572‐0367
UBS Vila Itaim (Jd. Romano) – R. Rio Manuel Alves, 182, Itaim Paulista – Telefone: (11) 3678‐5222
Bairro: São Miguel
AMA/UBS Parque Paulistano – R. Silveira Pires, 265, Parque Paulistano – Telefone: (11) 3678‐7310
AMA/UBS Jd Helena – Av. Kumaki Aoki, 785, Jd. Helena – Telefone: (11) 2581‐1661
AMA/UBS Sítio da Casa Pintada – Av. Maria Santana, 101, São Miguel Paulista – Telefone: (11) 2053‐0800
Zona Norte
Bairro: Freguesia/Brasilândia
AMA/UBS Jd Ladeira Rosa – R. José da Costa Gavião, 150 – Brasilândia – Telefone: (11) 3851‐8818
AMA/UBS Jd. Paulistano – R. Encruzilhada do Sul, 220, Jd. Paulistano – Telefone: (11) 3972‐2916
AMA/UBS Vila Palmeiras – R. Francisco Lotufo, 24, Freguesia do Ó – Telefone: (11) 3931‐8242
Bairro: Casa Verde/ Cachoeirinha
AMA/UBS Massagista Mário Américo – R. Oscar de Moura Lacerda, 231, Imirim – Telefone: (11) 2239‐1561
AMA/UBS Vila Barbosa – Av. Mandaqui, 197, Limão – Telefone: (11) 3858‐1822
Bairro: Pirituba
AMA/UBS Elísio Teixeira Leite – Av. João Amado Coutinho, 400, Jaraguá – (11) 3972‐0333
AMA/UBS Jd Ipanema – R. Pedro Ravara, 11‐A, Jaraguá – Telefone: (11) 3941‐3457
AMA/UBS City Jaraguá – Estrada de Taipas (esq. Rua Paulo Arentino), 1648, Jaraguá – Telefone: (11) 3947‐2690
AMA/UBS Vila Pereira Barreto – R. Dom Manoel D’elboux, 76, Jd. São José – Telefone: (11) 3975‐9019
AMA/UBS Anhanguera – R. Marcela Alves de Cássia, 175, Jd. Jaraguá – (11) 3904‐8999
AMA/UBS Parque Maria Domitila – Av. do Anastácio (esq. Rua Willis Roberto Banks), 2421, Pq. Maria Domitila – Telefone: (11) 3903‐5572
Bairro: Santana/Jaçanã
AMA/UBS Lauzane Paulista – R. Valorbe, 80, Lauzane Paulista
AMA/UBS Jd Joamar – R. Adauto Bezerra Delgado, 230, Jd Joamar
AMA/UBS Wamberto Dias da Costa – R. Paulo César, 60, Tremembé
Bairro: Perus
AMA/UBS Perus – Praça Vigário João Gonçalves de Lima, 239, Perus – (11) 3917‐0707
Bairro: Vila Maria/Vila Guilherme
AMA/UBS Vila Guilherme – R. João Ventura Batista, 615 – Vl Guilherme – Telefone: (11) 2901‐5883
UBS Vila Medeiros – R. Eurico Sodré, 353, Vl Medeiros – Telefone: (11) 2212‐2223
AMA/UBS Jd Brasil – R. Francisco Peixoto Bezerra, 400, Jd. Brasil – Telefone: (11) 2201‐4101
Zona Oeste
Bairro: Lapa/Pinheiros
AMA/UBS Vila Piauí – Praça Camilo Castelo Branco, 10, Vl Piauí – Telefone: (11) 3621‐4508
AMA/UBS Vila Nova Jaguaré – R. Salatiel de Campos, 222, Jaguaré – Telefone: (11) 3768‐1527
Bairro: Butantã
AMA/UBS Jd São Jorge ‐ Dr. Paulo Eduardo Elias – R. Angelo Aparecido dos Santos Dias, 331, Jd São Jorge – Telefone: (11) 3781‐3817
AMA/UBS Paulo VI – Av. Vaticano, 69, Jd João XXIII – Telefone: (11) 3782‐0838
AMA/UBS Vila Sônia – R. Abraão Calil Rezek, 91, Vila Sônia – Telefone: (11) 3742‐9844
Zona Sudeste
Bairro: Mooca/Aricanduva
AMA/UBS Água Rasa – R. Serra de Jaire, 1480, Água Rasa – Telefone: (11) 2605‐2156
AMA/UBS Vila Oratório ‐ Tito Pedro Mascelani – R. João Fialho de Carvalho, 35, Vila Diva – Telefone (11) 2301‐2979
AMA/UBS Vila Antonieta – R. Coronel João de Oliveira Melo, 440, Vila Antonieta – Telefone: (11) 2725‐3997
AMA/UBS Vila Carrão ‐ Dr Adhemar Monteiro Pacheco – R. Dr Jaci Barbosa, 280, Vila carrão 03447‐000 2785‐4728
AMA/UBS Pari – R. Das Olarias, 503, Canindé – Telefone: (11) 3227‐0081
AMA/UBS Parque Bristol – R. Francois Bunel, 194, Pq Bristol – Telefone: (11) 2331‐3089
AMA/UBS Vila Guarani – R. Teresinha, 123, Jd. Maringá – Telefone: (11) 2910‐2958
Bairro: Penha
AMA/UBS Padre Manoel da Nóbrega – Av. Padre Francisco de Toledo, 545, Arthur Alvim – Telefone: (11) 2741‐7296
AMA/UBS Jd Nordeste – R. Nicolo Tartaglia, 45 – Jd. Coimbra – Telefone: (11) 2280‐6211
AMA/UBS Cangaíba ‐ Carlos Gentile de Mello – Av. Cangaiba, 3722, Cangaíba – Telefone (11) 2621‐6523
AMA/UBS Vila Silvia – R. Belém dos Santos (esquina com a R. Lauro de Freitas), 222, Vila Silvia – Telefone: (11) 2545‐6838
AMA/UBS Chácara Cruzeiro do Sul – R. Mercedes Lopes, 989, Chácara Cruzeiro do Sul – Telefone: (11) 2647‐0031
Bairro: Ipiranga
AMA/UBS Vila Moraes ‐ João Paulo Botelho Vieira – R. Giovanni di Balduccio, 250 – Vl Moraes – Telefone: (11) 5073‐8345
AMA/UBS São Vicente de Paula – R. Vicente da Costa, 289, Ipiranga – Telefone: (11) 2273‐4592
Bairro: Vila Mariana/Jabaquara
AMA/UBS Cupecê ‐ Dr. Waldomiro Pregnolatto – Av. Santa Catarina, 1523, Vl Santa Catarina – Telefone: (11) 5564‐3079
AMA/UBS Dr. Geraldo da Silva Ferreira – Av. Eng Armando de Arruda Pereira, 2944, Vl do Encontro – Telefone: (11) 5588‐2366
AMA/UBS Americanópolis – R. Cidade de Santos, 46, Americanópolis – Telefone: (11) 5562‐1476
AMA/UBS Vila Clara – R. Rolando Curti, 701, Vl Clara – Telefone: (11) 5623‐6883
Bairro: Vila Prudente/Sapopemba
AMA/UBS Jd. Independência ‐ Hermenegildo Morbim Jr. – R. Planalto de Conquista, 80, Jd. Independência – Telefone: (11) 2216‐3746
AMA/UBS Jd. Grimaldi – R. Pedro de Castro Velho, 523, Vl Bancária – Telefone: (11) 2216‐8076
AMA/UBS Jd. Elba ‐ Humberto Gastão Bodra – R. Batista Fergusio, 1016, Vl. Cardoso Franco – Telefone: (11) 2704‐3491
AMA/UBS Vila California ‐ Zeilival Bruscagin – Praça Conde de São Januário, 91, Vl. Califórnia – Telefone: (11) 2917‐1117
Zona Sul
Bairro: Campo Limpo
AMA/UBS Vila Prel‐ Antonio Bernardes de Oliveira – R. Tereza Maia Pinto, 11, Vila Prel – Telefone: (11) 5511‐1630
AMA/UBS Parque Fernanda – R. Ernesto Soares Filho, 301, Pq Fernanda – Telefone (11) 5821‐1632
Bairro: Santo Amaro/Cidade Ademar:
AMA/UBS Jd Miriam ‐ Manoel Soares de Oliveira – Av. Santo Afonso, 419, Jd. Miriam – Telefone: (11) 5622‐7869
AMA/UBS Vila Missionária – R. Rainha das Missões, 515, Vila Missionária – Telefone: (11) 5612‐2270
AMA/UBS Vila Joaniza – R. Luis Vives, 85, Vila Joaniza – Telefone: (11) 5621‐7859
AMA/UBS Vila Império – R. Catarina Gabrielli, 236, Americanópolis – Telefone: (11) 5624‐6554
AMA/UBS Parque Doroteia – R. dos Aniquis, 3, Jd. Santa Terezinha – Telefone: (11) 5560‐0890
Bairro: Capela do Socorro
AMA/UBS Jd. Icarai ‐ Quintana – R. São Roque do Paraguaçu, 190, Vila Quintana – Telefone: (11) 5928‐0272
AMA/UBS Jd. Mirna – R. Dr. Juvenal Hudson Ferreira, 13, Jd. Mirna – Telefone: (11) 5526‐2114
AMA/UBS Jardim Castro Alves – Av. João Paulo Barreto, 131, Jd. Castro Alves – Telefone: (11) 5971‐2157
Bairro: M’Boi Mirim
AMA/UBS Jardim Capela – R. Barão de Paiva Manso, 200, Jd. Capela – Telefone: (11) 5517‐0226
AMA/UBS Parque Novo Santo Amaro – R. Porta do Prado, 18, Parque Novo Sto Amaro – Telefone: (11) 5831‐1448
AMA/UBS Parque Figueira Grande – R. Daniel Klein, 211, Pq Figueira Grande – Telefone: (11) 5514‐6609
AMA/UBS Parque Santo Antonio – R. Manuel Bordalo Pinheiro, 100, Parque Santo Antonio – Telefone: (11) 5511‐4249
AMA/UBS Jd. Alfredo – R. Dinar, 51, Jd. Alfredo – Telefone: (11) 5514‐6355
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Crónica do Festival - IV
Consciente de que o cinema é um caminho que exige momentos de play and repete – ou seja, de constantes desafios, de permanentes investidas, mas também de pausa e de reflexão – o festival “Caminhos do Cinema Português” pretende ser um mostruário deste perpétuo dilema, que se revela tanto na cinematografia lusa como nas de outras origens e latitudes. Por isso mesmo, a Seleção Ensaios elege uma gama de trabalhos que são, em muitos casos, primeiras obras oriundas de escolas de cinema de todo o mundo e antecipadoras de longas e reconhecidas carreiras. Assim, e tal como nos dias anteriores, as sessões no Miniauditório Salgado Zenha foram um palco de exposição dessas experiências fílmicas pioneiras. Ontem, na Seleção em questão, foi possível assistir, às 16.30h, a filmes como The Visitor, de Ali Baharlou, ou Let Me In, de Max Dawiczewski, e na sessão das 18.00h a Danke, de António Sequeira (que foi representado pelos seus pais, Carlos e Albina Sequeira), ou a We Are Desperate, de Joana Maria Sousa, todos ele precursores de novos e interessantes caminhos da cinematografia portuguesa, mas não só.
As Seleções Caminhos, às 15.00h, 17.30h e 21.45h (na sala principal do TAGV), continuaram a convocar agradáveis surpresas como Ao Telefone com Deus, de Vera Casaca, que admitiu, durante o seu depoimento no debate final, ter bebido das influências do cinema delirante de Emir Kusturica ou das comédias físicas de Charles Chaplin durante o processo criativo do seu filme, não só na imagem propriamente dita, mas também na banda sonora, Notas de Campo, de Catarina Botelho, que apresenta uma divagação geográfica mas também política pelos territórios que foram devastados no nosso país ao longo dos últimos anos, o surpreendente Delírio em Las Vedras de Edgar Pêra, ou as visões obsessivas e compulsivas de Língua, de Adriana Martins da Silva.
O quarto dia do festival terminou com mais uma Mastersession, agora dedicada ao importante e pertinente tema da distribuição do cinema português, questão essencial num contexto – o nosso – em que ainda perdura um certo desencontro entre os filmes produzidos e o público que alcançam. Moderada por João Viana, em representação da Associação de Produtores de Cinema e Audiovisual, contou, no seu painel, com Nuno Gonçalves, partner da Cinemundo, Stefano Savio, da Filmin, Carlos Gaio, colaborador do Festival Cinanima, e Elsa Mendes, coordenadora do Plano Nacional de Cinema. Repetindo o que já sucedeu na primeira Mastersession do festival (dedicada ao tema “Primeiros Planos – Da escola até ao primeiro filme”, no dia 28), houve lugar para intervenções ao mesmo tempo estimulantes e desafiantes, que abordaram diferentes e valiosas perspetivas acerca da distribuição e da difusão do filme português e do modo como este pode gerar e transmitir conhecimento, comunicar com as pessoas (todas, e não apenas os “especialistas” da sétima arte) e elevar de forma inequívoca a cultura portuguesa. Ou seja, Caminhos possíveis, válidos e consistentes que este festival tem vindo a adotar, pela vigésima terceira vez no presente ano.
Bruno Fontes
2017-12-01
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Crónica do Festival - IV
Consciente de que o cinema é um caminho que exige momentos de play and repete – ou seja, de constantes desafios, de permanentes investidas, mas também de pausa e de reflexão – o festival “Caminhos do Cinema Português” pretende ser um mostruário deste perpétuo dilema, que se revela tanto na cinematografia lusa como nas de outras origens e latitudes. Por isso mesmo, a Seleção Ensaios elege uma gama de trabalhos que são, em muitos casos, primeiras obras oriundas de escolas de cinema de todo o mundo e antecipadoras de longas e reconhecidas carreiras. Assim, e tal como nos dias anteriores, as sessões no Miniauditório Salgado Zenha foram um palco de exposição dessas experiências fílmicas pioneiras. Ontem, na Seleção em questão, foi possível assistir, às 16.30h, a filmes como The Visitor, de Ali Baharlou, ou Let Me In, de Max Dawiczewski, e na sessão das 18.00h a Danke, de António Sequeira (que foi representado pelos seus pais, Carlos e Albina Sequeira), ou a We Are Desperate, de Joana Maria Sousa, todos ele precursores de novos e interessantes caminhos da cinematografia portuguesa, mas não só.
As Seleções Caminhos, às 15.00h, 17.30h e 21.45h (na sala principal do TAGV), continuaram a convocar agradáveis surpresas como Ao Telefone com Deus, de Vera Casaca, que admitiu, durante o seu depoimento no debate final, ter bebido das influências do cinema delirante de Emir Kusturica ou das comédias físicas de Charles Chaplin durante o processo criativo do seu filme, não só na imagem propriamente dita, mas também na banda sonora, Notas de Campo, de Catarina Botelho, que apresenta uma divagação geográfica mas também política pelos territórios que foram devastados no nosso país ao longo dos últimos anos, o surpreendente Delírio em Las Vedras de Edgar Pêra, ou as visões obsessivas e compulsivas de Língua, de Adriana Martins da Silva.
O quarto dia do festival terminou com mais uma Mastersession, agora dedicada ao importante e pertinente tema da distribuição do cinema português, questão essencial num contexto – o nosso – em que ainda perdura um certo desencontro entre os filmes produzidos e o público que alcançam. Moderada por João Viana, em representação da Associação de Produtores de Cinema e Audiovisual, contou, no seu painel, com Nuno Gonçalves, partner da Cinemundo, Stefano Savio, da Filmin, Carlos Gaio, colaborador do Festival Cinanima, e Elsa Mendes, coordenadora do Plano Nacional de Cinema. Repetindo o que já sucedeu na primeira Mastersession do festival (dedicada ao tema “Primeiros Planos – Da escola até ao primeiro filme”, no dia 28), houve lugar para intervenções ao mesmo tempo estimulantes e desafiantes, que abordaram diferentes e valiosas perspetivas acerca da distribuição e da difusão do filme português e do modo como este pode gerar e transmitir conhecimento, comunicar com as pessoas (todas, e não apenas os “especialistas” da sétima arte) e elevar de forma inequívoca a cultura portuguesa. Ou seja, Caminhos possíveis, válidos e consistentes que este festival tem vindo a adotar, pela vigésima terceira vez no presente ano.
Bruno Fontes
2017-12-01
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