Tumgik
#Alevicencia
alysdesu · 2 years
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você é minha fortaleza primeiro abraço de mãe e afago antes de dormir; coberta quente em dia frio e ventania alivio e brisa suave em dia de sol é a minha casa, olhar devoto de freira crentíssima o próprio respiro no momento de meditação. escape de contorcionismo forçado é completo e o tudo o que é real, única peça que faz sentido dentre todas que se quebraram. {breath} estou viva porque me amas fico viva porque me sustém. é por causa da tua existência que tudo é bom, mesmo em dia mau. coisa inocente, pura e idílica uníssona no doce som d’água risada do meu vô no repeat palavra amiga {conversa de telefone old school} me faz passageira e peregrina ter ambiguidade de lares, de achar casa em um punhado de palavras encaixar abraço sempre no único homem, ter nome apesar de tudo {registro} sentir liberdade, M A RA VI L H A MEN TO temor e c o s q u i n h a és tudo de mais bondoso e abundante és definidor, é “!!!!!!!” e MUITO. montanha e rugido de onda, neve despejada de açúcar branquinho e doce no céu de peneira flocada é o que despeja em mim coisa boa e verdadeira. {beleza e verdade no caos}
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alysdesu · 3 years
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retrato dos cinco anos.
com o corpo pendurado no varal respiro o calor me dói o abdômen de mulher vejo um par de meias e fico com vontade de por calçar os pés e colocar o álbum de 1994 no repeat espero o horário, quando o alarme toca programo mil horas centenas de minutos quinquilhões de movimentos. faço calor com as mãos nos  vãos do joelho um lugar íntimo e meu, - atrás dos joelhos - onde nenhum ser humano prende o olhar jogo água gelada no rosto lembro da primavera,  sentada no quintal de pedrinhas em  Minas Gerais eu olhando flor, sol estalando nos cabelos castanhos e as vezes loiros e azuis uma aranha tecendo teia meu olhar de criança vê a teia  e vem inseto voando, se enrola e prende na teia que não viu. as linhas invisíveis se enredam no corpo insetóide para mim, a aranha ri. eu fico presa no calor, na teia da vida urbana sou a aranha na teia, o inseto preso, a garota que assiste a cena. pergunto “por quê?” nem sempre escuto resposta. mas me vem vento fresco, sombra, água. me vem a gigante-mão protetora onde me guarneço e resguardo do escaldante calor. me vem coisa boa, mesmo sem todas as respostas. me vem aranha, inseto, infância, e alegria, mesmo com as perguntas (...)
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alysdesu · 3 years
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melão.
quero me esconder. o gato fita o melão, desejoso de sua água. constantemente me sinto ferida. me dói um pouco as juntas, mas não sou velha, nem carcomida. olho com desejo para a vida. aguardo a próxima cena, o clímax. não há na hora que espero; sem rufar tambores, anúncios gaseificados, textos mal escritos. desço e subo o feed sem significado. falo com as paredes, deixo minhas mãos quentes deslizarem no gelo. jogo água gelada no rosto, toda noite. fechar os poros, congelar meus acelerados pensamentos. pego de pinça um por um penso no país e já não quero pensar em nada. penso na coceira de sarna, que teima-teima e não passa. pego pela mão esse desamparo o cobertor azul todo enrolado, tem cheiro de casa, de pele, de amaciante, de lavado. afago os ombros, digo palavras doces: você vai conseguir, está sendo espremida, é só. você está crescendo, dor é dor, sem dó. basta a cada dia o seu próprio mal, na homília da minha vida, basta para todo dia este fim de vendaval.
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