16/08/2019

Acho que sexta se tornou o nosso dia. Sempre surge algum assunto pertinente nas sextas que nos faz passar o dia conversando. Esses assuntos normalmente envolvem o meu sofá. Eu sei que tu sentes falta do meu sofá... Ou melhor, de como transamos loucamente aqui, bem aonde escrevo essas palavras agora.

A verdade é que hoje foi a primeira vez que eu realmente “peguei pesado”. Ainda bem que temos uma distância considerável que nos mantém fiéis. Mas deixa eu te contar tudo que eu faria contigo (só contigo). Deixa eu te falar de como eu tomaria um banho bem quentinho, passaria aquele perfume, colocaria aquela calcinha de renda preta do nosso primeiro encontro para te esperar chegar do trabalho. Escolheria uma camisola, mas colocaria um roupão para ir abrir o portão do prédio para ti. Nós entraríamos no elevador e nos beijaríamos, um beijo forte, um beijo de dois corpos que têm desejos, de duas bocas que não se encontram há um tempo. Abriria botão por botão da tua camisa, beijando a pele que estava coberta e agora, nua, chegaria na calça já sentindo um volume intenso latejando, pedindo para ser chupado, engolido. Teus gemidos combinados com meus movimentos. A porta do elevador se abre, mas nós permanecemos ali, imóveis... ou nem tanto. Minha chupada agora mais forte, mais rápida, tua mão sobre minha cabeça, teu pau cada vez mais duro por entre as minhas mãos, dentro da minha boca. Agora me detenho a cabecinha, chupando delicadamente com os lábios bem molhados. A porta do elevador se fecha, mas ele continua parado. Levanto-me, tu me beijas de novo, me colocas de frente para o espelho, levantas minha camisola, colocas a calcinha para o lado, tocas de leve a minha bucetinha, “toda minha, toda molhadinha, só minha”, tu sussurras no meu ouvido. Brincas de leve com a cabecinha até encontrar o encaixe perfeito, metendo primeiro bem devagar, aumentando o ritmo, me fazendo gemer ao colocar as mãos sobre meus peitos, nossos olhares se encontram pelo espelho e o elevador começa a andar. Acho que temos que parar por aqui.

Comfort came against my will

And every story must grow old

15/06/2019

Dizem que a verdade é libertadora. Eu tentei, eu juro que tentei te contar. Perdi noites de sono e dias de estudo pensando na melhor forma de te contar, até que eu decidi te libertar. Te libertar da responsabilidade que esse tipo de verdade carrega. Te libertar de toda a angústia que o ato em si carrega. Te libertar daquele pensamento sufocante de "E SE não tivéssemos feito isso". Foi só eu, qualquer tipo de "culpa" recai apenas sobre mim. Tu achas que seria diferente? Tu terias ficado? Eu queria que tu ficasse, mas não por se sentir obrigado a estar do meu lado. Naquele momento, eu quis te libertar e ao mesmo tempo foi eu que fiquei aprisionada com essa verdade, rezando todos os dias para ter certeza que fiz a escolha certa.

Hoje quando tu me mandaste mensagem e começou (do nada) com as rodadas de confissões, eu achei que era um sinal para te contar. Confessar. Compartilhar a verdade e, de certa forma, me libertar. Me conta, por que eu sinto que deveria ter feito isso antes? Queria tu lá "segurando minha mão". Tu irias? Tu estarias lá? Queria tu lá em setembro. É difícil confessar isso agora. Logo eu, que nunca quis ter filhos. Nós daríamos um jeito. Eu sei que sim. Eu trancaria a faculdade, tu virias morar em Porto Alegre, nossos pais nos ajudariam, minha mãe ficaria com raiva. Minha barriga cresceria indefinidamente e tu provavelmente passaria horas conversando com o serzinho que habitaria ela por longas 40 semanas. Nós teríamos brigas intermináveis pelo nome.

Enfim, deixa eu acordar desse "e se..."

27 semanas e contando, será que algum dia vou me libertar?

Para quando tu achares que precisa de alguém para te salvar.

13/05/2019

Sabe, Jack. Quando eu fui falar com ela, eu estava certa de que nós duas tínhamos compartilhados momentos com o mesmo Thiago. Mas a verdade é que tu nunca foste o Thiago comigo, tu sempre foste o Jack. E tu mesmo me dissestes que o Jack tinha "tirado férias", mas não desaparecido (queria ter entendido isso na época). Eu e ela não conhecemos a mesma pessoa, tu deixastes isso claro na nossa última conversa. Teu maior medo era que ela soubesse. Soubesse dos nossos desejos, do que compartilhávamos e ainda compartilhamos (tenho certeza que tu nunca vai mudar). Me diz, tu tivesse coragem de contar para ela ou ainda está esperando o momento certo? Aquele que talvez nunca venha. E o Jack, ainda está de férias ou repousa no fundo do mar?

I been worryin' that we all live our lives in the confines of fear

É difícil.

Eu sei como é difícil admitir que não é amor.

Não é amor quando não existe cumplicidade.

Não é amor quando não existe carinho.

Não é amor quando não existe confiança.

Não é amor quando não existe admiração.

Não necessariamente nessa ordem.

07/05/2019

Sabe, Jack. Hoje, por um momento, eu me questionei se eu realmente fiz a coisa certa indo falar com ela. Era um peso, duas medidas. Eu sabia que, ao falar com ela, perderia para sempre o pouco de ti que ainda me restava. Hoje, me questionei se valeu a pena. Agora poderíamos estar falando sobre nossas séries, sobre músicas, sobre filmes, sobre a vida, sobre aquilo que só eu sei de ti. Hoje, também tirei um tempo para repassar todas as vezes que estivemos juntos, tudo o que me disseste. E agora não sei dizer o que é verdade e o que é mentira (ou talvez uma meia-verdade). Acreditei tanto em ti, confiei meus medos e inseguranças a ti, te contei desejos que nunca fui capaz de contar a outra pessoa e acreditei na tua falsa sinceridade. Será que falsa? Tu dizias as coisas certas no momento certo, tu sabias o que eu gostava sem eu precisar mostrar e aquele bilhete foi a cereja no bolo do romantismo que eu precisava para acreditar que eu era capaz de me apaixonar por alguém novamente. Tinha que ter algo de errado. Era isso que eu dizia para mim mesma quando te conheci. No fim, eu estava certa. Me digas, não estava?

Vamos por partes...

02/05/2019

Sabe, eu passei por uma situação parecida com essa a uns anos atrás. Eu gostava dele, não na mesma intensidade que eu gosto de ti e não com a certeza de que nós dois pertencemos um ao outro. Eu sempre me perguntei: "E se...?". E se eu tivesse falado com a namorado do Leonardo? E se eu tivesse insistido com o Leonardo um pouco mais? E se eu não tivesse atendido todas as ligações dele? Ele ainda estaria com ela? Ou eles estavam destinados a terminar independentemente da minha interferência? Porque, no fim, foi isso que aconteceu. Se eu tivesse feito o mesmo contigo? Sem me intrometer, vendo tudo ao longe. Quanto tempo duraria essa relação? Quanto tempo eu teria que esperar? Será que tu também terminarias com ela e virias me procurar? Todas as vezes que conversamos tu nunca negou ou disse que não queria ou até mesmo que estava com outra pessoa. Tu apenas encontravas desculpas.

Nós dois sabemos que ela não te conhece da forma que eu te conheço. Ela vai ser suficiente? Por quanto tempo?

"We all live our lives in the confines of fear"

Fill my heart

Every argument, every word we can't take back

'Cause with the all that has happened

I think that we both know the way that the story ends

Then only for a minute

I want to change my mind

'Cause this just don't feel right to me

I want to raise your spirits

I want to see you smile but

Know that means I'll have to leave

odeio você. odeio o que me fez passar. odeio o que me fez sentir. e o que me impediu de sentir. eu odeio que aja como se tivesse sido minha culpa. odeio ter aceitado a culpa. odeio que tenha me feito ter medo de quem pudesse vir depois de você. e que tenha sugado tudo de mim. odeio o jeito como abusou do meu emocional pra que eu fizesse suas vontades. odeio não saber como confiar em alguém sem desconfiar. odeio ter feito o que fiz por você. odeio que tudo o que fez por mim foi me machucar. odeio ter te ouvido dizer que me amava. odeio ter ficado tão feliz em ouvir. odeio ter acreditado. odeio ter dito que te amava também. você nunca mereceu.

“É hora de se cuidar, de olhar a própria vida, tomar um tempo pra si, e ver o que precisa mudar.”

— Alexandre Santos   

I will miss your lips and everything attached to them