É uma época de alegria e festividade para muitas pessoas, mas para outras, pode ser uma época turbulenta por diversos fatores: trabalho, cobrança do chefe, confraternizações, filas, presentes de natal, metas para concluir e um novo ano para projetar.
Acaba sendo inevitável fazer um balanço pessoal para checar tudo o que foi realizado e deixado de realizar durante o ano. Por conta disso, algumas pessoas se sentem mais ansiosos e até depressivas devido às emoções que são intensificadas nesse período.
Um estudo feito pela International Stress Management Association Brasil (ISMA-BR) revelou que o nível de estresse do brasileiro aumenta cerca de 75% no mês de dezembro, assim como sentimentos negativos como angústia, ansiedade e tristeza.
A depender da região, o clima também pode influenciar no estado de humor. Em países mais frios em que há maior variação de temperatura e luz solar nos períodos de outono e inverno, onde os dias tendem a ser mais escuros e frios, algumas pessoas podem desenvolver o TAS - Transtorno Afetivo Sazonal. É um “transtorno” temporário que tem relação com o clima. Ou seja, o clima influencia no estado de humor da pessoa.
Mas no geral, eu quero que você saiba que é importante não se cobrar demais. Passe o período de festas com pessoas que você realmente gosta, se não for possível, faça atividades que lhe tragam motivação e prazer, sem exceder seus próprios limites.
E se estiver difícil demais, não deixe de buscar ajuda profissional.
Faz sentido para você?
PSI Vanessa Maia 03/19149 - CRP
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No fim de tudo, só temos a nós mesmos. Quando o frio nos arrepia até a espinha, não há abraço quente ou palavras que adornem a nossa alma, não há uma mensagem dizendo que tudo ficará bem, não há um herói que nos salve do perigo que somos. E quanto mais eu respiro fundo e tento conter os meus devaneios que querem libertação, mais eu me convenço do quão pesado chega a ser o vazio, do quão intensa é a solidão. Do céu ao inferno, da euforia ao caos interno, me sinto numa montanha russa que despenca mais rápido do que posso suportar. É difícil fechar um ciclo ruim, é difícil não saber aonde ir e ironicamente retornar sempre ao mesmo lugar. Somos todos portos onde as pessoas trafegam em busca dos seus destinos, deixando memórias difíceis de cicatrizar, e levando pertences impossíveis de substituir.
Compreendi que não consigo me adaptar ao mundo de hoje. Às vezes sinto que nasci na época errada. Sou um eterno amante da simplicidade, do romantismo e das coisas singelas. Sinto saudade da minha infância, onde tudo era mais fácil. Os sorrisos verdadeiros que, mesmo diante das divergências que ocorriam entre amigos por uma besteira qualquer, tudo se resolvia em um abraço no dia seguinte. Naquela época, era mais rodeado de verdades do que sou hoje. Ninguém queria nada em troca, somente a sua companhia bastava. Sei que nada é como ontem, mas me sinto perdido. Não me encaixo nesse mundo de status e superficialidade, onde enxergo tantos sentimentos expostos e gritados ao mundo, mas vazios na sua intensidade e repleto de aparências. Ninguém se encanta mais com o simples, no que é demonstrado em pequenos gestos e poucas palavras. Pessoas que se escondem do que realmente são, cada vez mais se iludindo para não mostrar o seu verdadeiro “eu”. Me sinto confuso e perdido, então me fecho dentro de mim, sabotando qualquer sentimento que venha a querer nascer, sem esperança de encontrar alguém que saiba dar valor ao que há de mais simples dentro de mim.
Anos atrás eu estava perdido, não que hoje em dia eu saiba qual direção devo seguir, mas eu sinto que me conheço melhor. Eu ainda me sinto mal, mas eu me conheço bem melhor do que antes.
Caro Eu, estou escrevendo essa carta porque preciso dizer algumas coisas para você. Saiba que elas não serão coisas bonitas, mas, serão libertadoras. Há um tempo você tem tentado se encontrar nesse mundo. Muitas vezes, em seu quarto, você chorou em silêncio, tentando compreender porque essa ferida nunca se fechou. Muitas vezes, de joelhos, você buscou a paz, respostas, tentando abraçar o melhor de si. E houve um tempo que você conseguia realinhar seus caminhos, viver com menos dor. Mas nunca, totalmente. Várias partes do seu corpo ainda estão feridas e provavelmente estarão até o fim. Eu sei, você só queria ajudar as pessoas, só queria dar a elas um motivo para acreditar, para sorrir, para sentir que esse mundo não é tão cruel. Mas, você sabe muito bem que as coisas mudaram. Os tempos são outros, o lugar que você vive é outro e você precisa recuar alguns passos para conseguir sobreviver. E eu sei, você, na sua mania de perfeição, de não querer desapontar os outros, já deve estar sentindo o quanto dói sacrificar algumas coisas. Principalmente coisas que você considerava importantes (e nunca deixarão de ser). Só que, às vezes é preciso se afastar para se curar, e no seu caso, se recolher em sua casa. Você não precisa sofrer os abusos e agressões da sociedade. Pelo menos, você pode se proteger disso. Você pode "controlar" algumas coisas. Você pode "apagar" a sua existência por algumas horas. Você pode ler um livro que não vai te levar a um surto, como você teria se estivesse na fila de um supermercado. Você pode tapar os ouvidos com protetores e silenciar o caos. Você pode olhar mais para dentro de si, se enxergar pelos seus olhos em vez dos olhos das pessoas. Você pode conhecer e sentir onde estão as suas cicatrizes e até abraça-las, confortá-las, beijá-las. Essas palavras podem ser difíceis de serem lidas, eu sei. Muitas coisas podem estar passando pela sua mente agora, mas, você precisa entender que precisa voltar para o casulo e fortalecer as suas asas. Você precisa descansar. Para quando você desabrochar de novo, ser uma nova borboleta, com asas ainda mais firmes, fortes e brilhantes.