Como Planejar Seu Trabalhar Bem Minha Empresa Em 2020
Como Manter O Foco Em Trabalhar Bem Minha Empresa Em 2020 E Ter Resultados Cada Vez Melhores! Se você é um dos automatização para instagram
baixar video do instagram
bombar meu curriculo no linkedin
A colaboração da equipe é importante por um motivo – fornece resultados. Mas quais são as chaves para tornar a colaboração em equipe mais eficaz para sua empresa? Vamos descobrir a resposta juntos.
O que é colaboração em equipe no local de trabalho?
Hoje não podemos deixar de admitir que a era da informação mudou a maneira como vivemos, pensamos e trabalhamos. As equipes de uma empresa não estão mais vinculadas a um único local ou fuso horário. Pedidos e respostas deixaram de ser verticais na hierarquia de uma empresa, permitindo que as equipes tomem suas próprias decisões, compartilhem responsabilidades e celebrem sucessos juntos.
Vários relatórios, pesquisas e estudos do local de trabalho moderno concordam que a colaboração em equipe aumenta a produtividade, independentemente do tamanho da empresa ou do setor. Mas o que realmente significa colaboração?
O Oxford Dictionary of English define colaboração como “uma ação de trabalhar com alguém para produzir algo”. Um estudo realizado pela Frost & Sullivan, “Reuniões em todo o mundo: o impacto da colaboração no desempenho dos negócios”, amplia o termo colaboração para “uma interação entre cultura e tecnologia, como conferência de áudio e Web, email e mensagens instantâneas. “
colaboração_definição
A colaboração, portanto, não é apenas a ação de trabalhar com alguém – uma equipe no nosso caso. A colaboração também envolve o uso de tecnologias modernas para unir equipes de diferentes locais e fusos horários. Além disso, existe um propósito de produzir “alguma coisa”. Esse “algo” é definitivamente resulta em um mundo de negócios. Esses resultados sempre têm um processo por trás deles, e a capacidade de torná-lo eficaz determina o sucesso da colaboração em equipe dentro de uma empresa. Agora, quando entendermos o que é colaboração e o que ela faz, é hora de descobrir como sua empresa pode se beneficiar da colaboração em equipe.
Os benefícios da colaboração em equipe
Os benefícios mais mensuráveis são, obviamente, menos tempo gasto e mais dinheiro economizado. Não é surpresa que equipes eficazes concluam tarefas importantes mais rapidamente e cumpram prazos com mais eficiência do que os trabalhadores individuais.
As tecnologias modernas mudam a maneira como as equipes colaboram. Eles permitem que as pessoas tenham acesso às mesmas informações de qualquer lugar do mundo, o que é extremamente importante para empresas com equipes amplamente distribuídas. A videoconferência normalmente diminui o tempo gasto nas reuniões e elimina as caras viagens de negócios.
Outro benefício vem do uso de um messenger da equipe. Esta é uma solução poderosa para comunicação e colaboração da empresa. A idéia de usar um mensageiro instantâneo para comunicação não é nova, mas você ficará surpreso com a utilidade do componente de colaboração de um programa. A capacidade de compartilhar arquivos grandes com facilidade, histórico ilimitado de conversas, chamadas gratuitas de áudio e vídeo, várias integrações com outras ferramentas de colaboração e produtividade trazem todas as informações necessárias em um só lugar, tornando os mensageiros da equipe muito populares hoje em dia.
A colaboração oferece aos membros da equipe a mesma oportunidade de compartilhar idéias, ajudando sua empresa a se tornar uma organização de aprendizado. Os membros da equipe começam a entender e respeitar melhor a diversidade, a tomar decisões focadas na equipe, levando a equipe a uma rápida conquista de um objetivo comum. Quais são as vantagens da colaboração em equipe na sua empresa? Sinta-se livre para deixar sua resposta nos comentários.
Os benefícios da colaboração em equipe são bastante decisivos, mas têm um preço. Aqui estão alguns desafios que sua empresa pode enfrentar no caminho para tornar a colaboração eficaz:
Sobrecarga de informação
Há tanta informação, tantas dicas e ferramentas para você escolher, que tentar digerir e adaptar esse conhecimento se torna um desafio. A razão para essa variedade está no simples fato de que ninguém sabe como tornar a colaboração em equipe eficaz ou, para ser mais exato, todo mundo lida com a colaboração à sua maneira. A melhor maneira de lidar com esse desafio é conhecer sua empresa e sua equipe o suficiente, para entender quais dicas ou ferramentas são melhores para você.
Nenhum resultado imediato
Construir uma colaboração eficaz é um processo de longo prazo. Não importa o quanto você tente ou quais ferramentas você usa, leva tempo para obter resultados visíveis. Alguns gerentes impacientes até desistem, deixando o processo na metade. A única coisa que você pode fazer sobre isso – é acreditar em si mesmo, na sua empresa e no fato de que o resultado definitivamente vale o esforço.
Custos colaterais
Além do tempo, a colaboração exige esforço e dinheiro. Às vezes, há uma lacuna de conhecimento entre equipes ou mesmo dentro de uma equipe. Algumas pessoas podem precisar de treinamento extra para aprender a usar as ferramentas. Trazer equipes de diferentes locais ou fusos horários também exige um esforço extra dos gerentes. Finalmente, as ferramentas de colaboração podem custar muito, especialmente se você é uma startup ou está passando por uma crise nos negócios. A solução aqui está no entendimento de que sua equipe se beneficiará do aprendizado de novas tecnologias ou da reunião de opiniões diversas. Além disso, muitas ferramentas de colaboração oferecem períodos de teste gratuito ou são de uso gratuito.
Uso excessivo de e-mails
Todos conhecemos uma situação em que nossa caixa de entrada nos surpreende com um número recorde de e-mails recebidos ou enviados em um dia. Vamos admitir que, não importa o quanto as empresas de software tentem substituir os e-mails, ainda não podemos parar de usá-los. Existem situações em que é a nossa única opção de fazer um acordo. Mas quando se trata de colaboração, é hora de passar para mensageiros da equipe, gerentes de tarefas e outras ferramentas de trabalho em equipe que tornam a colaboração rápida, simples e envolvente. A propósito, quais são seus motivos para enviar e-mails? Sinta-se livre para compartilhar seus pensamentos nos comentários.
Falta de motivação
Esteja pronto para enfrentar uma recusa em colaborar com membros individuais da equipe. Sempre há alguém com uma atitude negativa ou visões pessimistas. Essas “Nancies Negativas” reclamarão de tudo, serão as primeiras a fazer objeções e as últimas a pensar em uma solução. É extremamente importante identificar essas pessoas o mais rápido possível e conversar com elas individualmente. Na maioria dos casos, o motivo do pessimismo é a falta de entendimento de como uma empresa, uma equipe ou um indivíduo pode se beneficiar da colaboração em equipe. Se deixados despercebidos ou desacompanhados, esses indivíduos podem diminuir a produtividade e minar o moral de uma equipe, causando frustração e conflito. Esse desafio também diz que sua equipe precisa de um líder forte que motive seus membros, explique a eles o valor da colaboração em equipe e una a equipe em direção a objetivos compartilhados. Que desafios sua equipe enfrentou no caminho para criar uma colaboração eficaz? Compartilhe sua experiência nos comentários.
Maneiras de melhorar a colaboração da equipe no local de trabalho
Já deve estar claro o quão importante é a colaboração e quais são os possíveis desafios. Então é hora de descobrir como fazer isso direito. Aqui estão algumas dicas para ajudar sua equipe a colaborar efetivamente.
Verifique se os membros da sua equipe estão se comunicando.
Torne-se um exemplo
Escusado será dizer que o sucesso da colaboração em equipe depende em grande parte do apoio de gerentes e executivos da empresa. Certifique-se de criar um ambiente favorável à colaboração e construir uma cultura colaborativa em todos os níveis da empresa. Os membros da equipe não devem ter medo de falar e interagir com colegas e gerentes. Também é impossível forçar os membros da sua equipe a colaborar. A colaboração eficaz não pode acontecer, a menos que os funcionários confiem na empresa e se sintam confiáveis. Lembre-se sempre de que um relacionamento de suporte define o sucesso futuro da colaboração da equipe.
Estabeleça metas claras
Toda equipe eficaz precisa entender quais são os objetivos comuns, como esses objetivos são medidos e em que a equipe deve se concentrar. Defina expectativas realistas; caso contrário, sua equipe encontrará frustração em vez de sucesso.
Definir funções e responsabilidades
Os membros da equipe devem entender seus papéis e responsabilidades em um ambiente colaborativo. A propósito, não esqueça de revisar essas funções, adotando uma abordagem individual para cada membro da equipe. Além disso, incentive os membros da equipe a assumir mais responsabilidades e estar prontos para apoiá-las, caso enfrentem desafios.
Eu estou muito feliz por ter conseguido minha meta de automatização instagram gratis depois que acreditei que esse como baixar vídeo do instagram valia realmente a pena… Então, [COMPLETE AQUI]
Ideias Sobre Trabalhar Bem Minha Empresa Em 2020 Que Vão Acelerar Seus Resultados
Não julgue para não ser julgado. Essa frase mexeu com você? Então, você precisa ler este artigo. Hoje, decidi falar sobre o problema de ganhar seguidores no instagram brasil. Se você se identifica com a situação, ou está passando por esse problema nesse momento… Veja essas como baixar video do Instagram.
Você não será capaz de acreditar, sem que antes eu lhe mostre [COMPLETE AQUI] para comprovar que ganhar seguidores no instagram brasil não vai ser mais a pedra do seu caminho! Veja a seguir…Fatos E Curiosidades Sobre Trabalhar Bem Minha Empresa Em 2020
Organize o processo
Não há chance para o ambiente colaborativo, a menos que você organize os processos de trabalho.
Backlog de gerenciamento de projetos on-line
Backlog
O Backlog é uma ferramenta on-line de gerenciamento de projetos, completa, para gerenciamento de tarefas, controle de versão e rastreamento de erros. Reunindo os benefícios organizacionais do gerenciamento de projetos com o poder e a conveniência do gerenciamento de códigos, o Backlog aprimora a colaboração da equipe entre grandes e pequenas organizações. Planeje o trabalho, acompanhe o progresso e libere atualizações de código diretamente no Backlog.
Por que atraso?
Gerenciamento de tarefas, rastreamento de bugs e controle de versão em uma ferramenta
Gráficos de Visual Gantt e Burndown para melhor planejamento e gerenciamento de recursos
Repositórios Git e SVN integrados
Status e fluxos de trabalho personalizados para se adequar ao seu projeto
Aplicativo móvel para usuários de Android e iOS
Videochamadas do Skype
skype_logo
Eu sempre soube que um dia automatização instagram gratis seria possível, com métodos cada vez mais fáceis e rápidos… Mas, estou surpreso com como baixar vídeo do instagram para [COMPLETE AQUI]
Além disso, [COMPLETE AQUI]. E se você não correr atrás de conhecimento sobre automatização instagram gratis, dificilmente vai se livrar de ganhar seguidores no instagram brasil que acaba afetando qualquer baixar imagem do instagram. Hoje em dia, se sabe que cada vez mais [COMPLETE AQUI]
O Skype é outro serviço bem conhecido de bate-papo por vídeo e chamada de voz. Você o achará útil ao fazer chamadas diárias ou semanais, videoconferências com equipes remotas, entrevistas de emprego, comunicação com os clientes e a capacidade de discar telefones fixos.
Além de seus recursos gratuitos básicos, o Skype oferece recursos pagos para empresas como conferências para até 250 pessoas, compatibilidade com as ferramentas do MS Office, integração com outros aplicativos de negócios de terceiros e segurança aprimorada.
Serviço de suporte ao cliente Zendesk
zendesk_logo
O Zendesk é uma solução completa de suporte ao cliente. Ele oferece uma interface personalizável, recursos de bate-papo ao vivo e integração com aplicativos como Salesforce e Google Analytics. Também ajuda as empresas a melhorar o engajamento do cliente e a entender melhor seu mercado-alvo.
Google Suite, aplicativos de colaboração do Dropbox
dropbox_logo
Trabalhar Bem Minha Empresa Em 2020 – 11 Coisas Que Você Está Esquecendo
O Google Suite é uma ótima solução para equipes remotas. Ele vem com a capacidade de armazenar, organizar e pesquisar arquivos combinados com recursos colaborativos, como compartilhamento, edição e comentários em documentos e aplicativos. Além de colaborar com o conteúdo de marketing, existem muitos outros usos, como fornecer relatórios, notas de reuniões e integração com outros serviços.
O Dropbox é útil quando você precisa compartilhar arquivos multimídia ou PDF sem texto com um link sem atrapalhar o servidor de email com anexos volumosos.
É também um problema transversal, e não apenas técnico. As unidades de negócios e as funções de suporte devem estar diretamente envolvidas em qualquer programa de trabalho de segurança cibernética, não apenas em TI.
Não haverá solução mágica ou instantânea em que os níveis de maturidade da segurança cibernética sejam baixos. A melhoria exigirá trabalho transformador em vários níveis em toda a empresa e provavelmente a médio e longo prazo.
A situação atual em torno do COVID-19 torna a mensagem cada vez mais difícil de aceitar, à medida que a incerteza domina, os orçamentos diminuem e as prioridades precisam ser definidas sem piedade. Mas as duras realidades em torno da segurança cibernética permanecem as mesmas. E não é provável que comprar uma bala de prata tecnológica resolva isso para você, apesar do que inúmeros fornecedores gostariam que você acreditasse.
Ao mesmo tempo, manter uma boa segurança cibernética nunca foi tão essencial, pois a transformação digital acelera e a economia em geral muda para modelos operacionais que apresentam superfícies de ataque muito mais amplas a ameaças cibernéticas e são – efetivamente – inteiramente dependentes de práticas seguras e estáveis .
Após o COVID, as preocupações retornarão ao atrito regulatório e legal em torno da segurança dos dados pessoais e da resiliência corporativa aos ataques cibernéticos. As preocupações com a privacidade não desapareceram durante o bloqueio. De fato, o debate em torno da introdução de aplicativos de rastreamento em alguns países ocidentais destacou a vitalidade do tópico e é provável – daqui para frente – que cidadãos e clientes exijam maior senso de propósito das empresas e maior respeito por seus dados pessoais .
Boas práticas de segurança cibernética – e privacidade de dados – são pilares essenciais para apoiar a confiança digital, e a confiança digital será a pedra angular do “novo normal” pós-COVID.
Agora é a hora de tratar a segurança cibernética estrategicamente – não taticamente – e incorporá-la à sua cultura – não apenas à sua tecnologia ou às suas operações.
Os vencedores pós-COVID serão os que aproveitarem o momento.
Formas De Conseguir Sucesso Com Trabalhar Bem Minha Empresa Em 2020
No artigo de hoje, você vai saber como [COMPLETE AQUI] com trabalhar bem minha empresa em 2020, e de forma profissional! Se você é um dos automatização para instagram que tanto buscam essa informação, fique de olho nessas como baixar video do Instagram!
Muitas vezes, pessoas que trabalham com trabalhar bem minha empresa em 2020 tendem a ajudar todas as pessoas que são automatização para instagram em busca de automatização instagram gratis. E esquecemos que dizer “não” é importante algumas vezes… Principalmente, quando isso acaba [COMPLETE AQUI]
Gerenciamento de projetos GanttPRO
GanttPRO
Por que tanta gente fala sobre trabalhar bem minha empresa em 2020? Já parou pra pensar o que automatização para instagram podem ter visto de vantajoso nesse assunto? Bom… [COMPLETE AQUI] e é por isso que para automatização instagram gratis saber sobre como baixar video do Instagram de trabalhar bem minha empresa em 2020 pode impulsionar sua meta de [COMPLETE]
O GanttPRO é uma ferramenta de gerenciamento de projetos baseada em gráficos de Gantt. O software possui uma interface agradável e intuitiva, na qual até novos membros da equipe podem entender facilmente o escopo do trabalho e outros detalhes cruciais. O GanttPRO reúne atividades relacionadas ao trabalho que as equipes realizam todos os dias: gerenciamento de tarefas, rastreamento de progresso, gerenciamento de recursos e custos, colaboração em equipe, rastreamento de tempo e muito mais. O software pode se tornar um local central onde as equipes podem se reunir todos os dias e aumentar sua produtividade através do gerenciamento eficiente de projetos.
Portanto, esta é uma pequena lista de software e ferramentas capazes de aumentar a colaboração da sua equipe. Há também um guia mais vasto sobre benefícios tecnológicos que você pode usar ao trabalhar juntos. A lista inclui descrição detalhada e preços de cada ferramenta.
Estatísticas Sobre Trabalhar Bem Minha Empresa Em 2020 Que Vão Impressionar Você
Como você pode ver, hoje você encontrará a ferramenta adequada para qualquer tarefa ou atividade em que esteja trabalhando. Para fazer a escolha certa, considere suas necessidades, a infraestrutura existente e não tenha medo de experimentar. Como você escolheu as ferramentas certas para sua equipe? Deixe-me saber nos comentários.
Conclusão
A colaboração eficaz da equipe é um ingrediente vital para o sucesso geral de uma equipe. Permite que sua empresa aumente a produtividade, economizando tempo e dinheiro gastos em cada projeto. Além disso, por meio da colaboração, os membros da equipe são capazes de compartilhar valores, responsabilidades e experimentar um sentimento de pertencer a um grupo maior, focado na conquista de um objetivo comum.
Os principais desafios que impedem as empresas de construir uma cultura colaborativa vêm de subestimar o valor da colaboração.
Para tornar a colaboração eficaz em equipe uma prioridade para sua empresa, você deve:
1) Comece definindo uma meta para melhorar a colaboração da equipe em sua empresa.
2) Verifique se sua equipe entende o valor da colaboração na mesma medida que você. Adote uma abordagem individual se alguém estiver perdendo.
3) Considere a colaboração como um processo de longo prazo e esteja pronto para dedicar tempo, dinheiro e esforço para fazê-la funcionar.
4) Apoie e motive sua equipe no caminho para uma colaboração efetiva da equipe.
5) Use as ferramentas certas que levarão a colaboração da equipe para o próximo nível.
Atualização: O futuro da colaboração em equipe
Depois de entrar no setor 4.0, estamos navegando em uma nova era de colaboração em equipe. Os tripulantes que trabalham em vários locais são agora cada vez mais comuns. As equipes se tornam mais distribuídas na força de trabalho moderna, tornando a colaboração da equipe ainda mais crucial. Então, como devemos torná-lo eficiente?
Jonathan Rosenberg, vice-presidente e diretor de tecnologia do Cisco Collaboration Technology Group, afirma que, no futuro, nos encontraremos no “estado perpétuo das reuniões”. Esses encontros constantes não serão apenas sobre chamadas e conferência de áudio, mas sobre recursos de vídeo e bate-papo integrados. É aqui que as ferramentas de comunicação irão avançar
0 notes
Dia do Lixo na Dieta Low Carb?
Seguir uma dieta que limita ou corta o consumo de alimentos ou nutrientes específicos não é uma tarefa exatamente fácil, não é mesmo? Por isso, algumas pessoas incluem o chamado dia do lixo na dieta. Mas será que existe dia do lixo na dieta low carb, por exemplo, que limita o consumo de carboidratos?
O dia do lixo trata-se de um dia ou refeição semanal que é reservada para a pessoa consumir aquilo que geralmente não pode nos dias normais dentro da dieta. Antes de tudo, entenda se o dia do lixo ajuda a emagrecer mesmo ou não.
Mas será mesmo que são todos os programas alimentares que permitem a inclusão de um dia do lixo para compensar as exclusões e limitações da dieta?
Existe o dia do lixo na dieta low carb?
O dia do lixo na dieta low carb pode ajudar ou atrapalhar – tudo depende da forma como ele é realizado.
Em artigo publicado, o pesquisador da área de nutrição, Kris Gunnars falou a respeito de alguns motivos pelos quais uma pessoa pode não conseguir perder peso dentro de uma dieta low carb.
Uma das razões apresentadas por ele foi o fato de se fazer muitos períodos do lixo. Segundo o pesquisador da área de nutrição, para as pessoas que são capazes de se controlar, fazer refeições ou dias do lixo uma vez ou outra até pode ser bom.
Por outro lado, para outras pessoas, principalmente aquelas que são propensas ao vício em comer, fazer refeições do lixo pode ser mais prejudicial do que benéfico.
“Se você tem refeições do lixo frequentemente, seja com pequenos momentos do lixo aqui e ali ou com dias inteiros em que você não come nada além de junk food, isso pode arruinar facilmente o seu progresso. Ter mais uma ou duas refeições do lixo por semana (ou um dia do lixo) vai ser excessivo”, alertou o pesquisador da área de nutrição.
Gunnars destacou ainda que quem não consegue se controlar perto de comidas não saudáveis, mesmo se esforçando muito, pode ter um vício alimentar. Se esse for o seu caso, procure a ajuda do médico e do nutricionista para saber como lidar com o problema e se livrar dele. Entenda o que é a compulsão alimentar, causas e sintomas.
“Neste caso (do vício alimentar), remover completamente as junk food da sua vida pode ser uma boa ideia”, aconselhou o pesquisador.
Com a palavra, nutricionistas
Para especialistas da nutrição, o ideal mesmo é programar os momentos do lixo para os finais de semana.
São momentos em que as escolhas ficam mais livres, normalmente de alimentos, que mesmo em pequenas porções, apresentam maior densidade calórica, e por isso, não devem ser consumidos no cotidiano.
Entretanto, mesmo que haja a liberação para o consumo desses alimentos, alguns cuidados devem ser observados, e as escolhas necessitam ser controladas.
Dia do lixo completo ou refeição lixo?
Um dia completo do lixo, em que a pessoa fica liberada em todas as refeições, pode comprometer o emagrecimento e, inclusive, provocar o aumento do peso corporal.
O organismo que passa por processo de privação calórica tende a facilitar os estoques em situações de exageros. Isso significa que é preciso definir uma ou duas refeições para esses momentos. Tudo bem comer pizza, mas nem pensar em ultrapassar as 3 fatias, comendo em todas as refeições do dia.
A nutricionista e doutora em endocrinologia Sophie Deram, que também é autora do livro O Peso das Dietas, não defende o dia do lixo. Especialista no tratamento de transtornos alimentares, a nutricionista afirma que seguir dietas restritivas e escolher um dia do lixo é o melhor jeito de engordar.
Segundo ela, seguir um tipo de alimentação durante a semana, comendo direitinho, e outro no final de semana pode deixar a pessoa mais ansiosa para comer, fazendo com que ela consuma a mesma quantidade de calorias que restringiu no dia da semana.
Sophie alertou ainda que as dietas restritivas e a ideia do dia do lixo aumentam a compulsão alimentar e o ato de comer pela emoção. “Quanto mais dieta você faz, mais compromete a relação com a comida, mais há risco de perder o controle, isso é um fato”, disse a nutricionista.
Mas então, qual seria a saída? De acordo com o encontrado, nutricionistas defendem a alimentação saudável que tem a moderação como chave e aconselham excluir as dietas restritivas, juntamente com o dia do lixo, e dar prioridade a produtos in natura, consumir comidas mais caseiras e frescas e diminuir a ingestão de industrializados.
Mas como saber se o dia de lixo funciona para mim?
Como acabamos de aprender, o dia do lixo na dieta low carb ou em qualquer outro tipo de dieta restritiva não funciona para todas as pessoas e existem profissionais de saúde que são contra a prática. Por isso, é preciso ter muito cuidado com ele.
Um ponto importante para saber se você deve ou não fazer o dia ou refeição do lixo é olhar para si mesmo e analisar como você reage em frente às tentações alimentares. Você consegue se controlar e consumir apenas para matar a vontade? Ou acha que não vai aguentar e corre sérios riscos de se entupir com esses alimentos em uma única refeição ou dia?
Uma vez que essa análise for feita e você entender que consegue lidar com um dia ou refeição do lixo, é fundamental que você marque uma conversa com o seu nutricionista. Pergunte ao profissional se você deve se liberar por um dia todo ou por uma única refeição, em que frequência esse momento do lixo pode acontecer e qual a quantidade limite pela qual eles podem ser consumidos.
Questione-o ainda a respeito de quais alimentos ele acha que você pode incluir nesse momento do lixo. Vale lembrar que o exagero pode não apenas sabotar a dieta, como também fazer com que a pessoa passe mal, tendo uma dor de barriga, por exemplo.
Se você extrapolar no dia do lixo, não fique muito tempo preso na frustração. Tente retornar novamente à sua dieta e conte ao nutricionista o que aconteceu, para que vocês repensem juntos a respeito da questão do momento do lixo na sua dieta e definam se ele deve ou não deve ser mantido.
Para quem tem muita dificuldade em ficar longe dessas comidinhas mais saborosas, porém, não tão saudáveis, vale a pena conversar com o nutricionista para chegar a um consenso, modificando talvez o padrão da dieta e tornando-a menos restritiva.
Isso para que a pessoa não passe vontade na dieta, mas também não exagere e se prejudique nos momentos de liberação como o dia ou refeição do lixo. Existem dietas equilibradas que auxiliam a emagrecer, ao mesmo tempo em que permitem a ingestão, ainda que esporádica e controlada, dessas gostosuras.
Vídeos:
Gostou das dicas?
Você faz uso de um dia do lixo na dieta low carb? Acha que isso atrapalha ou ajuda o seu processo? Comente abaixo!
Note: There is a rating embedded within this post, please visit this post to rate it.
Dia do Lixo na Dieta Low Carb? Publicado primeiro em https://www.mundoboaforma.com.br
0 notes
TRANSCRIÇÕES
Transcrição 1 - Entrevista sobre gravidez na adolescência
Entrevistador: E na próxima terça-feira, dia 27, é o dia internacional da prevenção da gravidez na adolescência. E essa data é muito importante porque apesar de estarmos em um mundo em que o acesso à informação é fácil e democrático, muitas meninas ainda infelizmente engravidam no Brasil. Mas por que que isso acontece? O que os pais devem fazer para evitar que os seus filhos tenham gestações ainda na adolescência? Pra conversar com a gente sobre esse assunto está na linha a Maria Helena Vilela que é educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan que há 20 anos trabalha a serviço da educação sexual no Brasil. (7)Vamos conversar com ela, então. Alô, Maria Helena! Bom dia! Um prazer ter você aqui na Rádio Globo.
Maria Helena Vilela - Bom dia, Robson ... O prazer é todo meu. E obrigada aqui pela oportunidade.
Entrevistador: Tá bom querida, brigado a você por ter participado do programa... estar participando com a gente aqui do programa. Agora, Maria Helena, como é que tá a situação da gravidez na adolescência no Brasil? Os números estão diminuindo ou não?
Maria Helena Vilela - Olha, ao longo desses últimos 20 anos, o que a gente vem percebendo é uma diminuição no número de gravidez na adolescência.
Entrevistador: Felizmente.
Maria Helena Vilela - Provavelmente em função de todo esse empenho que vem se tendo com os trabalhos de educação sexual, desde que a AIDS surgiu.
Entrevistador: Isso.
Maria Helena Vilela - No entanto, a gente observa quando comparado à países desenvolvidos ...
Entrevistador: Hã...
Maria Helena Vilela - Que o índice de gravidez no Brasil, embora seja de 20%, ou seja a cada 100 bebês que nascem, 20 são filhos de mães entre 10 e 19 anos. (3)
Entrevistador: Ainda é muito.
Maria Helena Vilela - Embora seja de 20%, nos países desenvolvidos, esse índice está em torno de 10%. Então, a gente vê que o Brasil ainda precisa diminuir bastante esse índice de gravidez. Sem contar que alguns estados a gente tem índice que chega até a 45%... (3)
Entrevistador: Nossa!
Maria Helena Vilela -...de bebês que nascem, filhos de mães adolescentes a cada 100, ou seja é um índice muito alto.
Entrevistador: Muito alto. A gente percebe no dia a dia, né, que esse é um problema realmente que tá muito localizado nas áreas rurais, nas cidades do interior, nas cidades do nordeste, né? Nos grandes centros urbanos, a situação aos poucos a gente vai observando, vai se controlando, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, mas não é uma realidade unificada do Brasil. Isso é uma grande verdade que você tá falando. E quais os estados que têm esses índices mais altos, hein? Os estados que têm esses índices mais altos são os mais pobres do Brasil?
Maria Helena Vilela - São os estados mais pobres. Em geral, os estados que estão em torno da região norte do Brasil e nordeste. São estados que eles têm menor acesso à saúde, à educação, à perspectiva de vida. Então, o que a gente vê é que quanto mais difícil é a vida de um cidadão, em termos do acesso à educação e à saúde, maior é o índice de gravidez na adolescência naquela região. (4)
Entrevistador: É... Muitos pais têm dificuldade em conversar com os filhos sobre sexo, né? A gente sabe disso. Mesmo nesse cenário, o que que os pais de uma maneira geral podem fazer pra tentar evitar a gravidez na adolescência?
Maria Helena Vilela - Bom... Em primeiro lugar, eu acho que um ponto básico pra relação do jovem com os pais, nesse sentido da prevenção, é que haja um canal de comunicação entre eles, que esse jovem perceba que os pais têm expectativa em relação a eles, que ele é uma pessoa que é importante, que vale a pena, não é? Que na vida dele existem mais coisas além da diversão e do sexo. O sexo é algo importante, porém ele não está sozinho na vida da gente. E isso, o jovem precisa entender e vai entender, se houver por parte dos pais uma relação mais próxima. De chegar e saber como esse filho está, o que ele faz, o que ele pretende da vida dele. E deixar claro que eles como os pais também têm expectativa em relação a esse filho e o quanto ele é importante para eles. Por outro lado, os pais precisam, sim, puxar algumas conversas, pois filhos a gente sabe que ao longo dos anos nem sempre é fácil para esses pais falar sobre sexo, embora muita coisa tenha mudado. Mas ele pode não necessariamente falar de sexo explícito. Ele pode, por exemplo, comentar uma matéria que saiu no rádio ou que saiu na televisão ou algo que ele leu no jornal ou ele ouviu a vizinha comentar e saber do filho como que é isso na vida dele, ou seja, ele tem amiga que já ficou grávida. (5) De fato as meninas tão ficando grávidas assim na adolescência. E contar pro seu filho como é que era na sua época pra que se crie um vínculo de confiança entre os pais e esse filho. E o filho poder entender porque muitas vezes o pensamento do pai não é exatamente igual ao pensamento dele, quando ele vai contar ou quando ele sabe de algumas atividades sexuais. Então, eu acho que um bom caminho pra gente começar a chegar mais perto do filho, pra que o filho perceba que pode contar com esse adulto é puxar essa conversa, é iniciar esse diálogo na família.
Entrevistador: Muito bem estamos conversando aqui com a Maria Helena Vilela que é educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan que há 20 anos trabalha a serviço da educação sexual no Brasil. Agora Maria Helena, a impressão que a gente tem é que hoje em dia só fica grávida quem realmente quer. Afinal, o acesso à informação é grande. Todo jovem conhece o que é um preservativo e os métodos anticoncepcionais. Será que as meninas engravidam na adolescência por que acham que isso nunca vai acontecer com elas?
Maria Helena Vilela - É porque não é tão simples assim. Às vezes, eles têm o acesso a métodos contraceptivos, mas usar um método contraceptivo precisa primeiro que essa menina seja levada ao ginecologista ou que ela tenha acesso ao ginecologista. Outro fato importante é que mesmo eles tendo acesso, muitas vezes, no próprio posto de saúde, quando o jovem chega para buscar a camisinha e em vez do profissional acolher esse jovem e entregar a camisinha, ele vai dar conselhos pro jovem não transar, porque ele acha que está sendo cúmplice de algo que ele acredita que o jovem não deve fazer. Então, o jovem vai embora e não volta mais. Outras vezes ele tem, sim, acesso àquele preservativo ou a um método contraceptivo, mas quem atende naquele posto de saúde é alguém que faz parte do seu círculo social e ela fica com medo que a família saiba que ela foi lá buscar um método contraceptivo. Então, enquanto a família não admitir que a vida sexual do jovem existe e que hoje nós vivemos numa sociedade em que é permissiva e que abre a oportunidade pra que eles vivam essa vida sexual e que não é o jovem que é o problema, não é o jovem que é precoce, não é o jovem que é reivindicador e é uma pessoa muito mais sexualizada. Não. É uma sociedade. E o sexo é da natureza. Teve estímulo sexual, o jovem vai reagir. Agora essa reação vai depender do contexto social em que ele esteja inserido. Portanto, o que a gente precisa é preparar o jovem e admitir que esse jovem pode ter sim vida sexual e prepará-lo para lidar com essa vida sexual com responsabilidade.
Entrevistador: E quando uma gravidez ocorre na adolescência, as consequências são tanto para a menina quanto pro menino, a gente sabe disso. Diante desse quadro, onde a gravidez precoce já aconteceu, o que que as famílias podem fazer para lidarem da melhor maneira possível com essa situação?
Maria Helena Vilela - Primeiro é acolher, né, essa menina e esse menino. Em relação a gravidez, ou seja, a gravidez o ideal é que ela não aconteça na adolescência uma vez que eles têm tantas coisas a conquistarem nesse período, mas uma vez que aconteceu, também a gente não pode dar as costas. A gente tem que ajudar esse jovem a assumir a sua maternidade e paternidade. Então, a primeira coisa são os pais acolherem esses filhos e ver junto com eles o que pode ser feito pra que essa situação seja contornada da melhor forma possível. Um outro passo aí que eu acho que tem que ser dado é esse acolhimento não significa que os pais devem assumir o neto que vai chegar, mas , sim, ensinar a seus filhos a assumirem os seus papéis de pai e assumirem a suas responsabilidades, porque o grande problema é quando os pais são 8 ou 80, ou querem colocar a filha pra fora, ou querem que o seu filho não assuma aquela responsabilidade, ou eles, quando resolvem assumir, muitas vezes, assumem como pais daquela criança, não como avós. Então, é importante que os pais do adolescente assumam o seu papel de avô ou avó e não de pais do seu neto, porque aí você não deixa a jovem ou o jovem assumirem suas responsabilidades e o seu papel e dali a um ano, um ano e pouco, eles estão grávidos outra vez, porque fica muito fácil ter filho, colocar no mundo e não ter a responsabilidade de cuidar e dar atenção.
Entrevistador: É verdade. Isso que você falou é uma grande verdade. Maria Helena, olha, muito obrigado pela entrevista. Foi esclarecedor acima de tudo esse bate-papo aqui foi esclarecedor. Muito obrigado realmente. Até uma próxima oportunidade.
Maria Helena Vilela - Obrigado a você, Robson, por essa oportunidade e gostaria de deixar aqui para os pais e para os jovens que quiserem nos consultar. Nós temos um site no www.kaplan.org.br. Nós estamos à disposição pra esclarecer alguma dúvida e para auxiliá-los nessa caminhada com esse objetivo de prevenir uma gravidez na adolescência que de fato não é o melhor momento para isso acontecer. Obrigada!
Entrevistador: É isso aí, Maria Helena, muito obrigado. Então repetindo www.kaplan.org.br. É isso aí, Maria Helena. Ela que é educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan bateu esse papo esclarecedor com a gente aqui na Globo.
Fonte: elaborado pelo pesquisador.
Transcrição 2 - Entrevista sobre escolha profissional
Vinheta de abertura: Entrevista do dia.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Meus amigos, quem foi educado por uma geração de pais que valorizava muito o trabalho, né? E se desdobrou pra garantir o sustento dos filhos. Quem foi educado por essa geração de pais assim, tende a repetir os padrões de pensamento em relação ao mundo do trabalho, né? Então, é muito comum os jovens buscarem um emprego estável repleto de benefícios e que não os tirem da zona de conforto. Apesar disso, é cada vez maior também um número de jovens que desejam ter o seu próprio negócio sem ter que responder a patrões, mas e aí? Aí cê chega numa encruzilhada, né? Cê vai pro mundo do empreendedorismo ou cê vai pro mundo da CLT? rsrsrsrsrs...né? No mundo da empregabilidade, o que nos traria mais felicidade e realização? Como se realizar profissionalmente, sem ser vítima da escravidão mental no trabalho? Então, pra responder a essas perguntas nós convidamos aqui a consultora e conciliadora de imagem a Andréia Azevedo. Bom dia, Andréia!
Entrevistada/ Andréia: Bom dia, Paulo! Tudo joia?
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Tudo ótimo. E você como vai, Andréia?
Entrevistada/ Andréia: Tudo tranquilo.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Tudo bom. Oh, Andréia, um tema muito interessante, um tema assim bastante atual. Por que ... Ainda mais em tempos, né? difíceis, de crise como nós estamos passando, né? E os nossos jovens cada vez mais assim com certa dificuldade na questão do primeiro emprego, né? Então, o jovem sai da universidade e ainda não encontrou assim um certo caminho, né? Como fazer pra que esses jovens não se tornem reféns né, do trabalho?
Entrevistada / Andréia: É, Paulo. Eu passei por isso, né? Fiz uma transição profissional. E a oportunidade que o jovem tem de refletir sobre isso, acho que é fundamental pra ele tomar uma decisão mais acertada.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Hum... rum... Como é que foi com você?
Entrevistada/ Andréia: Comigo foi o seguinte.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Porque o seguinte, quando a gente conta a própria história. Ela tem muito mais... assim, eloquência, né?
Entrevistada/ Andréia: É verdade.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Tem muito mais peso. Quer dizer, aconteceu comigo. Eu vivi isso por dentro. Então, eu tenho muito mais condições de falar pros meus jovens que estão nos ouvindo aqui.
Entrevistada/ Andréia: Isso.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Como é que foi com você?
Entrevistada/ Andréia: Então, eu fui vítima dessa situação que cê colocou na introdução.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Faculdade?
Entrevistada/ Andréia: Quando eu fui fazer a decisão pelo curso, eu acabei optando pela decisão que mais agradaria a minha família, né, a sociedade.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: É mesmo?
Entrevistada/ Andréia: Oi?
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: É mesmo?
Entrevistada/ Andréia: Isso. Acabei optando por uma profissão mais tradicional que foi o direito e todo mundo ficou muito feliz, menos eu.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: É mesmo, Andréia?
Entrevistada/ Andréia: É. Ihhh... Mas apesar disso acabei cursando a faculdade que ok foi muito bom. Trabalhei na área e tudo mais. Mas chegou num tempo, um tempo da minha vida que a angústia e a infelicidade era tão grande que eu realmente tive que parar de ouvir as outras pessoas e parei pra poder refletir sobre o que eu realmente gostava.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Então, de certa forma, de certa forma foi para dar uma satisfação à expectativa familiar?
Entrevistada/ Andréia: Expectativa das pessoas.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Uhumm
Entrevistada/ Andréia: Exatamente. Que é o grande, o grande problema... eu acho que acontece na vida da maioria das pessoas que tão passando por esse contexto, buscando uma transição profissional.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Andréia, é a grande trava.
Entrevistada/ Andréia: É.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: É a grande trava. Tirando essa trava eu acho que aí a coisa flui melhor mesmo.
Entrevistada/ Andréia: Exato. Exato. E uma coisa que as pessoas têm muito receio, Paulo, que eu vejo às vezes de tomar uma decisão pelo caminho, pelo caminho que tem ... que está realmente relacionado com os talentos dela, com o que ela gosta de fazer. Além de dar essa satisfação pra sociedade, tem essa questão do ser aceito, do status, de ter uma profissão bacana, digamos assim, tem aquele medo de... Ah eu vou escolher uma profissão que não tem tanta tradição no mercado e será que eu vou ser bem sucedido financeiramente? Conseguir viver dessa outra profissão?
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: E isso também é algo que tem que ser ééé... pensado também, né? Ninguém vive de amor e de vento, né?
Entrevistada/ Andréia: Exato.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: A uma parte prática na questão profissional que a gente tem que realmente prestar atenção nela, né?
Entrevistada/ Andréia: Isso, isso. Mas assim, eu sou de um tempo, né? que ... Eu ainda sou daquele tempo que o direito, a engenharia, a medicina eram as decisões mais acertadas
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Porque ...
Entrevistada/ Andréia: em termos de você ter uma vida bem sucedida
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Porque...
Entrevistada/ Andréia: financeiramente.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Porque ... era o que mais dava dinheiro, né?
Entrevistada/ Andréia: É.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Hoje não. Cê tem engenheiros, você tem advogados, você tem médicos que passam também por problemas financeiros como todos os mortais, né? Então, hoje não é mais o dinheiro a grande ... o grande viés. Até porque todas as profissões têm a sua dificuldade nesse âmbito éé... financeiro. Agora, é realmente a realização pessoal, né, Andréia?
Entrevistada/ Andréia: É a realização pessoal. E uma coisa que eu percebo também que é uma coisa que eu tenho vivenciado na minha vida mesmo. É que essas outras profissões que existem hoje que há 10, 15 anos atrás ainda não existiam. São profissões que são tão rentáveis quanto as profissões tradicionais.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Por exemplo, então, vou sair de uma profissão que não é nada tradicional. Tatuador.
Entrevistada/ Andréia: Exato.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Tatuador.
Entrevistada/ Andréia: É.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Hoje, o cara tem um bom estúdio de tatuagens. É um cara que sabe, né, tatuar muito bem, tem uma destreza artística muito boa, domina a técnica, esse cara hoje, ele ganha dinheiro.
Entrevistada/ Andréia: Exato.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Blogueiro, blogueiro.
Entrevistada/ Andréia: É.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Né?
Entrevistada/ Andréia: É. Muito bem colocado.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Agora o seguinte, que conselhos você passa a aí rapidamente porque o nosso tempo tá acabando, pra quem quer se realizar profissionalmente, Andréia? Seja como empregado, porque tem aqueles que não querem empreender, querem ser empregados, né? E aquele que quer empreender, aquele que quer virar empreendedor, quer gerar o emprego. Que que cê... Qual conselho você passa?
Entrevistada/ Andréia: O meu conselho fundamental é busque o autoconhecimento. Procure saber quais são os seus talentos que você gosta de fazer de verdade e procure estar no local de trabalho seja como empreendedor, seja numa empresa que está alinhado com os seus valores de vida. Esse pra mim é o grande segredo do sucesso.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Ótimo. Ótimo. Que esteja alinhado com os seus valores de vida. E aí, independentemente de ser você quem tá gerando o emprego, ou quem tá gerando aquele ambiente, ou se você já o encontra pronto sendo um funcionário daquela organização. Maravilha!
Entrevistada/ Andréia: Exatamente.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Andréia, cê sabe que o nosso tempo no rádio é muito ... é muito rápido. Eu queria tanto conversar com você sobre esse assunto.
Entrevistada/ Andréia: Pois é.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Fica esse gostinho de quero mais pra uma próxima oportunidade. Mas de antemão eu queria que você deixasse pros nossos ouvintes uma forma de contato, principalmente pra pais, mães, né, de ...de filhos adolescentes que daqui a pouquinho já começam também a entrar nessa questão de... da escolha da vida profissional pra que essas pessoas pudessem buscar os seus ... o seu ... o seu aconselhamento. Qual uma forma...
Entrevistada/ Andréia: Ótimo
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: ... de contato com você?
Entrevistada/ Andréia: Então, é... vou passar pra vocês o meu site. O site do Escape BH que é um evento que a gente vai fazer no dia 1º de outubro sobre esse tema que a gente tá conversando.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Uhhh, que bom!
Entrevistada/ Andréia: E lá tem todos os contatos, e-mail, telefone, tudo mais.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Ótimo! Então, qual é o site?
Entrevistada/ Andréia:Oi?
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Qual é o site?
Entrevistada/ Andréia: www.escapebh.com.br
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Escape, esse escape escreve... escreve como?
Entrevistada/ Andréia:É escape É ÉSSE CE A PÊ E. Escape de escapar mesmo.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: escape.com.br?
Entrevistada/ Andréia:Não. Escapebh
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Ah bh
Entrevistada/ Andréia:.com.br
Locutor/ Entrevistador/ Paulo: Beleza! Andréia, muito obrigado pela entrevista! Bom dia pra você!
Entrevistada/ Andréia: Pra você também, Paulo! Tudo de bom.
Locutor/ Entrevistador/ Paulo:Até a próxima!
Entrevistada/ Andréia: Tchau, tchau!
Fonte: elaborado pelo pesquisador.
Transcrição 3 - Entrevista sobre intolerância
Entrevistador - Outro livro que vale a pena ser ééé... lido, acompanhado, Raízes da Intolerância, psicanalistas brasileiros e ingleses analisam as diferentes formas de intolerância. Eu converso com o organizador desse livro que reúne artigos de diferentes psicanalistas. Eu converso com João Ângelo Fantini, psicólogo, psicanalista e professor do curso de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos com Pós-doutorado pela Universidade de Londres e muito obrigado pela gentileza e bom dia!
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Bom dia!
Entrevistador - Vamos falar um pouco sobre esse trabalho Raízes da Intolerância. Ele parte das situações de intolerância vividas em diferentes partes do mundo? É isso?
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Perfeito. Na Europa, especialmente isso é uma preocupação há muito tempo ... já e ... é... Especialmente em relação aos estrangeiros é... um processo sempre constante de ... de ... de questionamentos sobre a... devido a imigração constante que acontece por lá, né, entre países da Europa, etc. E no Brasil, é... a questão sempre ficou muito mais presa à questão do negro, especialmente, por exemplo, né? E agora... ultimamente, nesses últimos tempos, especialmente depois da eleição essa preocupação cresceu bastante. Uma espécie de divisão no Brasil, pelo menos se pensa assim, né? Uma questão interna mesmo no Brasil. Então, o interesse sobre este tema me parece que cresceu bastante.
Entrevistador - Fale um pouco pra gente sobre xenofobia, sobre é... homofobia, é... Cê diria que no Brasil essa... esses sentimentos, essas posturas preconceituosas cresceram ou estão iguais, porém se tornaram mais visíveis?
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Aparentemente se tornaram mais visíveis, né? Aparentemente dizia porque é... uma das questões é que... Especialmente, a ascensão da classe C... trouxe a, trouxe... tornou mais visível uma série de questões que antes pareciam estar mais adormecidas, né? Ou seja, as pessoas passaram a dividir mais espaço, pessoas que eram alvo de intolerância passaram a dividir mais espaço público. Então, isso se tornou mais... é... Apareceu uma série de questões que antes não aconteciam, né? Outros problemas...ah... vamos dizer, então, uns tempos atrás, eu dei uma entrevista pra, pra Porto Alegre falando especificamente sobre a questão do futebol que aconteceu num jogo do Grêmio... manifestações de racismo, né? São coisas que antes eram entre aspas "comuns" no futebol, né? Cê... cê xingar os negros ou demonstrações de racismo desse tipo. Alguns anos atrás eram consideradas "comuns" e agora já não são mais. Então, elas passam a se tornar um problema é... aparentemente que antes não existia.
Entrevistador - Mas aí tem um aspecto, tem um aspecto positivo, né? O fato de ser um problema novo significa que a... a... digamos assim a cobrança, fiscalização da própria sociedade e da mídia sobre atos de racismo é maior. Isso até seria algo é, é, é... seria, seria, seria um sin...sin... sintoma de evolução ou não?
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Não. Não sintoma de evolução. Perfeito que é uma coisa positiva. Problema que a gente não sabe muito o que fazer com isso ainda. A sociedade não sabe como um todo o que fazer. Não há uma... Embora a lei esteja marcada não há ééé... não há evidência de que toda a população concorda com isso e...Os problemas que foram vividos lá no Rio Grande do Sul foi esse, quer dizer, que a hora que você aplica a lei, não necessariamente toda a sociedade está de acordo com a lei. Há uma tendência em considerar isso... Um dos artigos do livro tratam bem disso que é a questão da cordialidade brasileira, né? É assim a questão de falar: "Não, mas calma a gente está apenas brincando, era um estádio de futebol, não é sério."Então, ainda a sociedade não está muito pronta pra... pra aceitar a própria execução da lei, nos termos que ela tá posta. Né? Isso... isso é uma das questões que são colocadas no livro, é como a gente lida com isso?
Entrevistador - É... Professor João, fale...
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Além disso...
Entrevistador - É...
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Perdão...
Entrevistador - Eu tô em cima da hora, mas não quero per..., não quero perder essa oportunidade. Fale pra gente, por favor. Fale pra gente, por favor, sobre é... o senhor acabou de falar de um dos artigos. Fale dos principais temas abordados nos artigos do livro.
Entrevistado / João Ângelo Fantini - É...Então, não... como você não tem tempo, vou te falar da visão, pra você e os ouvintes, ter uma visão geral do livro. A visão geral do livro ééé... que a questão da intolerância é uma questão básica na construção do sujeito. Não que ela é básica, porque ela é boa. Mas ela é básica, porque ela faz... ela é uma espécie de subproduto ... do próprio processo de diferenciação do sujeito. A gente pra se diferenciar dos outros, se tornar um sujeito próprio, faz desse processo de intolerância... ele é... que resulta da intolerância, ele é uma espécie de subproduto do que a gente usa pra se diferenciar do outro, ou seja, pra falar de uma maneira mais simples ainda, todo mundo é um pouco intolerante, o que não quer dizer que a gente deva suportar ou aceitar a ideia da intolerância. Significa que a gente deve suportar o outro porque a gente não consegue enxergar o que a gente mesmo é.
Entrevistador - Aham... Quer dizer a dificuldade de lidar com nós mesmos é que faz com que a gente queira se diferenciar do outro.
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Exato. Exato. Eu diria que é a ética... a ética que a gente devia usar com as outras pessoas. As pessoas não são só intolerantes com o estranho. A gente é intolerante inclusive com as pessoas mais próximas da gente, inclusive quanto mais próximo da gente, mais intolerante a gente é normalmente. Então, o livro trata dessas questões como avança por questões como xenofobia, racismo, homofobia e etc. Todos as, as, ... os aspectos que acham que a intolerância ééé... pode atingir numa sociedade como hoje, que as regras estão flexíveis e que a gente tem que aprender cada vez mais a conviver com todas as pessoas que tão próximas por nós e fora do sentido antigo de mecanismo de segregação mais constituídos.
Entrevistador - Perfeito... Raízes da Intolerância. O livro lançado pela editora da Universidade Federal de São Carlos e... artigos... diferentes artigos. O organizador é o professor João Ângelo Fantini que conversou com a gente, professor e psicólogo, psicanalista João Ângelo Fantini muito obrigado pela gentileza. Desculpe aqui a pressa, o tempo corrido do rádio. E muito obrigado pela gentileza e pela contribuição aqui com o nosso programa. Vamos voltar a falar sobre esse assunto a intolerância em breve, porque é um assunto da maior importância. Tem tudo a ver aqui, debater isso, refletir sobre isso tem tudo a ver aqui com o objetivo do nosso programa que aliás, o slogan aqui do Todas as vozes é "intolerância zero". Contrário do que se diz por aí, né: "tolerância zero". Aqui é o Todas as vozes - intolerância zero. Professor, muito obrigado! Um grande abraço!
Entrevistado / João Ângelo Fantini - Obrigado pela oportunidade. Abraço.
Fonte: elaborado pelo pesquisador.
Transcrição 4 - Entrevista sobre racismo
Entrevistador - O professor Joel Pinheiro da Fonseca, economista, ele também é mestre em Filosofia pela USP e é palestrante e está conosco já que o convidamos por conta justamente de um artigo que ele foi publicado na semana passada, ele que é colunista também do jornal Folha de São Paulo onde o título do seu artigo Racismo no Brasil é real, mas não se manifesta como ódio racial. Ele traça então um paralelo entre a manifestação do racismo nos Estados Unidos essa... esses últimos episódios e também a manifestação do racismo aqui no nosso país. Professor Joel, bom dia! Muito obrigado ao senhor por nos atender!
Joel - Bom dia! É um prazer estar com vocês.
Entrevistador - Muito obrigado ao senhor! Quer dizer... Tem diferença na manifestação do racismo aqui no Brasil com o dos Estados Unidos, professor?
Joel - Eu acho que tem claras diferenças. Em primeiro lugar, a gente tem que frisar que o racismo é uma realidade nos dos países, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, quanto em muitos outros países do mundo, mas ele se dá de maneiras muito diferentes. A gente não vê no Brasil, esse tipo de manifestação pública, protestos, marchas, neonazistas, ou de supremacia branca, ou da Ku Klux Klan como a gente tem nos Estados Unidos. Lá você tem uma ideia realmente de uma guerra racial muitas vezes de brancos contra negros e negros contra brancos. Uma ideia de segregação que vigorou no país por muito tempo em uma grande região do país por muito tempo. Então, as pessoas das diferentes raças, das diferentes cores sempre foram muito mais segregadas, criando muitas vezes um clima de ódio mútuo muitas vezes. Então, você tem vizinhanças exclusivamente brancas, vizinhanças exclusivamente negras. No Brasil, embora também seja um país muito racista, ninguém nega isso, e o racismo tem efeitos muito ruins pra nossa sociedade, aqui a gente sempre se pautou mais pela lógica da miscigenação e da mistura entre as raças. Então, embora o racismo continue existindo, a pessoa pode ter seja qual for a cor dela entre os seus amigos e entre os seus parentes, também entre outros familiares, pessoas de todas as cores, de todas as raças.
Entrevistador - Aqui no Brasil pelo fato termos aqui... na nossa formação diversos povos e diversas raças: negros, índios, brancos, vermelhos, amarelos, enfim, minimiza essa questão do racismo ou da formação de grupos racistas, professor Joel?
Joel - Eu não tenho dúvida nenhuma de que sim. Saber que a gente tem aqui às vezes a tentativa de formação por exemplo de pequenos grupos, em geral uma coisa mais de jovem, uma coisa que não é levada muito a frente, ou neonazistas, ou racistas, mas eles têm uma contradição grande em si porque a mestiçagem está obviamente presente inclusive dentro deles. Então, acho que é uma coisa que a biologia, a biologia impõe certos limites a ideologia aqui no Brasil. Porque queira ou não todos nós temos ou a maioria de nós tem pelo menos sangue negro, sangue branco e sangue indígena também dentro de nós. Esse esquema birracial norte-americano, brancos de um lado, negros do outro, no Brasil, se aplica muito menos. E isso limita muito a capacidade de um ódio racial se fortalecer entre nós.
Entrevistador - Qual a manifestação de racismo pior? A manifestação silenciosa ou a manifestação escancarada? Ou seja, no Brasil, temos a... boa parte é silenciosa, mas existe como muito bem o senhor frisou e nós concordamos com o senhor, e lá fora nos Estados Unidos, que é o nosso foco, lá é escancarado, lá o pessoal sai realmente, enfim, na, na, na... na agressão física. Qual que é o pior? Qual que é o mais impactante? O silencioso ou o escancarado em termos de manifestação de racismo, professor Joel?
Joel - Sim. É importante frisar que lá o que a gente chama de silencioso também existe. A dificuldade de uma pessoa negra conseguir um emprego. Ahhhh... o branco ser visto sempre como o mais bonito, o mais capaz, então, quer dizer não é que isso seja algo só daqui, lá também tem isso. Eu acho que... esse que você tá chamando de silencioso, ele pelo menos ele não se manifesta como um desejo de exterminar o outro, sabe? Ele se manifesta como a crença de que a minha cor ou em geral a cor branca é superior ou que... ou que é mais... as pessoas brancas são mais capacitadas. Ele é muito nocivo, mas ele ainda não é incompatível com o desejo de viver juntos. Então, aqui no Brasil é muito incomum você ter ideias como nos Estados Unidos têm de achar que os negros ou outras raças, o índio ou que seja devam ser banidos da sociedade ou devam até ser mandados para outro continente. Essa era uma ideia que teve certa força nos Estados Unidos. Aqui no Brasil isso nunca foi possível, porque a gente tá muito mais junto, muito mais misturados de maneira geral. Ambas as formas de racismo, acho que têm... têm efeitos muito ruins é difícil comparar, mas eu me sinto feliz de não viver em um país no qual esse ódio aberto e esse ódio que realmente quer o extermínio ou pelo menos a expulsão do outro existem. Então, acho que esse é um lado positivo das relações raciais brasileiras. Que as nossas relações pessoais, nas nossas amizades, nos nossos casamentos, nas nossas relações de parentesco possam superar esse estigma, essa chaga moral e espiritual do racismo que continua a existir aqui.
Entrevistador - Pelo menos o que nós vivemos hoje em termos dessa manifestação de racismo, o senhor vê como fruto de um trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo do tempo ou não tem nada a ver, professor Joel?
Joel - Que manifestações nos Estados Unidos ou no Brasil?
Entrevistador - Não, não. A nossa aqui, né, como o senhor muito bem disse: aqui não se prega o extermínio do outro, não é? Diferente de lá fora. Então, o que nós temos aqui no nosso país pode-se dizer que é fruto de políticas públicas, de um trabalho educacional, como que a gente poderia explicar até mesmo pra gente avançar pra perguntar ao senhor se existe alguma... algum ponto que a gente possa desenvolver para dar uma solução e acabar com essa manifestação de racismo aqui no nosso país.
Joel - Eu acho que antes de tudo é fruto de nossa cultura e da tão mal falada colonização portuguesa que bem ou mal foi uma colonização que esse aspecto racial não falou tão alto assim como em outras, outras experiências colonizadoras. Acho que primeiro de tudo, é um dado da nossa experiência, da mestiçagem, primeiro entre portugueses e índios e depois também com negros e que acabou gerando essa cultura sincrética. O Brasil é não é um país multicultural, um país de muitas culturas vivendo lado a lado, é um país de cultura sincrética, da mistura cultural mesmo e acho que ela pode ser ajudada sim com políticas públicas que pensem nessa ... nesse ideal da mistura, essa mestiçagem como resposta ao racismo, porque em última análise quanto mais esse processo avança, mais difícil, até impossível se torna o racismo, porque as pessoas são cada vez mais semelhantes e... mas, por outro lado, se tem às vezes algum discurso de algumas políticas no Brasil de movimentos racialistas que tentam importar para cá a mentalidade da segregação americana, muitas vezes como combate ao racismo, mas acabam tendo o mesmo efeito de segregação e tem essa ideia de que pessoas de uma raça não poderiam usar um elemento da cultura associada a outra raça, o branco não pode usar um turbante, por exemplo, o que no Brasil nunca teve um menor sentido. Aqui a gente sabe que as religiões de matriz afro, por exemplo, têm pessoas de todas as cores, usam turbantes, sim, não tem nenhum... não tem nada de errado nisso. Então, às vezes a gente pode nesse afã de combater o racismo, mas com ferramentas de outros países, como as ferramentas da mentalidade americana, na qual a divisão brancos e negros é muito marcada e mantida, a gente pode acabar não dando tanto valor para as soluções brasileiras que bem ou mal também existem e que podem ou deveriam ser levadas adiante.
Entrevistador - Tá muito bem. Professor Joel Pinheiro da Fonseca foi um prazer ter feito essa entrevista com o senhor e agradecemos pela gentileza da atenção, professor!
Joel - É um prazer estar com você também. E parabéns aí pelo trabalho.
Entrevistador - Muito obrigado ao senhor e um bom dia. Obrigado, professor Joel!
Joel - Bom dia!
Fonte: elaborado pelo pesquisador.
Transcrição 5 - Entrevista sobre intolerância religiosa
Entrevistador - Nós trouxemos a informação pra você aqui no Repórter Rio e já falamos um pouco sobre a redação do ENEM do Exame Nacional do Ensino Médio que trouxe esse ano como tema Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Quem conversa com a gente sobre esse assunto, sobre esse tema é o Ivanir dos Santos. Ele é babalaô, é interlocutor da comissão de combate à intolerância religiosa e é doutorando em história da Universidade Federal do Rio de Janeiro da UFRJ. Ivanir dos Santos, muito bom dia!
Entrevistado - Bom dia! Prazer falar com você e seus ouvintes!
Entrevistador - O prazer é nosso! Ainda mais com um tema como esse. Gostaria que você falasse um pouco pra gente da importância de fazer no mínimo os alunos, né, pensarem, os candidatos do ENEM a pensarem em caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Eu digo no mínimo porque os temas da redação do ENEM costumam repercutir depois, gerar novas discussões. Qual a importância de nós falarmos sobre esse tema nesse momento?
Entrevistado - É importantíssimo, né, porque tem que levar em conta que são jovens, né?
Entrevistador - Sim.
Entrevistado - São jovens. São 8 milhões de jovens em todo o país pra fazer uma redação e ter de se deparar com esse tema. Um tema que hoje é muito caro à sociedade brasileira nesse momento que cresce a intolerância religiosa em todos os aspectos da sociedade brasileira, seja no aspecto da relação de vizinhos, né? Hoje, a pessoa de uma religião e o outro é de outra, se quer ouvir uma música que não é religiosa, o outro quer botar a religiosa e obrigar que o outro escute. Seja na relação de familiares que a gente tem vários problemas, quando um se converte para outra religião já não quer mais aceitar o outro membro da família, não quer deixar as crianças conviverem em paz, principalmente se tratando da, de educação. Os dados hoje de intolerância religiosa no Brasil demonstram que 24% são perpetradas por pessoas conhecidas, né? E 23% por desconhecidas. E em torno de quase 7% no âmbito da educação ...pelo professor ou por pessoas que trabalham na educação. É um absurdo. A escola que deve ser um ambiente... que deve educar pra a cidadania, pra diversidade, pro respeito, você ter pessoas que fazem essas violações com as crianças, né? Temos vários casos que falam sobre isso e levando em conta também que sofrem as religiões de matriz africana que é 62% dos ataques, desrespeitam os adeptos dessa religião, inclusive o caso da Kaylane que é citado parece na redação é um caso que ficou ainda mais para todo o país. Então, eu acho que no momento em que se discute o aperfeiçoamento da democracia brasileira, né? Em que essas atitudes, elas são um desrespeito ao estado democrático de direito, né? Na verdade, tem um caminho que o Brasil pode virar um país fascista, indo por esse viés político-religioso que a intolerância tem a ver com a atitude que não é religiosa, né? É contra religiosos... as atitudes. O ENEM colocar esse tema... os alunos refletirem sobre esse tema é muito importante porque faz se levar para dentro de casa, com certeza, né, pras relações sociais que essas pessoas, esses meninos têm, né, esses jovens têm de refletir sobre um tema muito importante como esse pra se entender o desrespeito, né, a falta de... do respeito aos gays, o direito das mulheres, das minorias religiosas. Então, eu acho que é um momento muito profícuo esse tema ter aparecido no ENEM.
Entrevistador - Perfeito. Então, quer dizer, um caminho para combater a intolerância religiosa que é o que questiona essa proposta de redação do ENEM é justamente fomentar essa discussão, quer dizer, levar a jovens principalmente a pensarem sobre esse tema. Bom, eu gostaria de te perguntar o seguinte: nós tivemos há pouco tempo uma campanha que a gente já lamentou aqui bastante, né, no microfone do Repórter Rio, a campanha da corrida eleitoral agora da prefeitura do Rio de Janeiro. Eu queria saber como que você... se você também enxergou situações, inclusive de intolerância religiosa, sendo utilizadas no contexto político aqui na nossa cidade e se você percebe que existe um diálogo também dessa proposta com esses episódios que nós andamos observando aqui no Rio de Janeiro?
Entrevistado - Coincidentemente, ontem, foi publicado um artigo meu no Globo, falando justamente sobre isso. Durante o processo da campanha eleitoral, esse foi o tema mais caro à população do Rio de Janeiro, pois você tinha na campanha eleitoral um candidato que vem de uma tradição religiosa que é marcada pela intolerância religiosa aos cultos afro-brasileiros, né? Então, obviamente, foi um tema que foi cair na campanha de qualquer jeito. Um tema que é uma preocupação das pessoas se inclui com o respeito ao estado laico, ou seja, se uma pessoa ganhar a eleição se ela ia ou não respeitar o estado laico, né, ou se traria para dentro das práticas das políticas públicas essa visão preconceituosa e racista, né, que essa igreja tem se colocado ainda, né, essa igreja continua tendo essa postura. Então, esse foi um tema muito debatido. Como a comissão faz a caminhada pela liberdade religiosa, nós elaboramos uma carta compromisso contra o racismo, a intolerância religiosa e respeito aos direitos humanos que foi assinada pelos candidatos. Inclusive os dois candidatos que foram para o 2º turno, eles assinaram essa carta, tanto o Marcelo Freitas como o Bispo Crivella. As urnas, na verdade, deram vitória ao Bispo Crivella, mas tem que observar um aspecto aí. Se você contar os votos em branco, dos que se abstiveram, nulos e os votos em deputados da oposição, o bispo foi eleito por uma minoria da população. Então, uma coisa que vocês não tão observando, a maioria não votou, a maioria absoluta não votou, né, nessa proposta, né? Uma desconfiança muito grande ainda sobre ela, sobre as atitudes, né, que vão ser tomadas daqui pra frente, né? Mas cabe a nós, uma vez que consagrado o resultado da urna, respeitar o resultado da urna democraticamente e vamos ficar vigilantes a partir da carta que foi assinada ... que ele assinou, né? Essa carta fala de várias, por exemplo, fala da aplicação da lei 10.619 essa lei que fala da educação, ela fala da África, dos afro-brasileiros, da cultura africana e da cultura afro-brasileira que nós sabemos que nas escolas que ainda existe muito mais são os grupos neopentecostais, né? Inclusive o grupo do qual o candidato pertence religiosamente e do qual a sua igreja persegue essa cultura. Então, tá lá colocado na carta, um desafio se ele vai implementar ou não, mas ele assinou essa carta tem que haver a implementação.
Entrevistador - E que infelizmente é um grupo que não participa, por exemplo, da caminhada em defesa da liberdade religiosa.
Entrevistado - Não, não participa. Isso. Não participa, né? E sempre foi convidado, né? Pra se ter uma ideia, ele mesmo só apareceu na caminhada em 2008, na primeira caminhada, quando ele era candidato, né, nunca mais ele apareceu. Então, nós estamos, na verdade, atentos... Vamos dar um voto de confiança por ele ter assinado a carta e vamos ficar vigilantes, né, pra acompanhar. Você não pode prejulgar as pessoas, porque elas podem de fato mudar, mas ninguém muda da noite pro dia, né? rsrsrs... Isso não existe, né? Não dá pra garantir isso da noite pro dia. Mas, na verdade, nós temos que acompanhar esse voto de confiança e ver qual são as atitudes que serão políticas públicas que possam ferir, de fato, essa carta o respeito aos gays, às mulheres, à cultura popular, como o jongo, o samba por causa da questão do atabaque e o chamado respeito às vias religiosas, o não respeito aos católicos que são perseguidos porque dizem que eles fazem idolatria com relação às imagens. Então, tem uma série de desafios que serão colocados daqui pra frente e que nós da comissão e a sociedade devemos ficar muito atentos, né, não criar um preconceito a priori, né, de que pode não haver mudança, mas também, se vier, nas suas atitudes, essa então conservadora religiosa pra dentro das políticas públicas do estado democrático de direito, nós temos que rechaçar.
Entrevistador - Perfeito. Esse é o Ivanir dos Santos. Ele é babalaô e interlocutor da comissão de combate à intolerância religiosa, é doutorando em história na UFRJ. Ivanir dos Santos, muito obrigado pela sua participação, sua atenção aqui com os ouvintes do Repórter Rio. Um abraço!
Entrevistado- Tá brigado pela oportunidade. Estamos sempre aí à disposição.
Entrevistador- Opa. Obrigado! Agora 6 horas e 49 minutos. Você ouviu o Ivanir dos Santos fazendo as suas considerações, inclusive articulando o tema do ENEM com a situação da nossa cidade do Rio de Janeiro. A gente teve debates acalorados durante a corrida pela eleição da prefeitura do Rio de Janeiro, a prefeitura da capital, muitos temas sobre a intolerância religiosa foram colocados durante essa campanha. Nós sabemos que é um desafio muito grande de fato nós termos aqui um movimento comum, um movimento unificado pela liberdade religiosa. Alguns grupos não participam desse movimento, ou melhor, não participavam até agora. Uma vez na gestão da prefeitura do Rio de Janeiro, é claro que a gente espera que esse diálogo aconteça e que esse cenário de intolerância religiosa seja também seja combatido pelo próprio estado que representa um ator importantíssimo da esfera pública.
Fonte: elaborado pelo pesquisador.
0 notes