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#Troféu Luz da Esperança
valterbjunior57 · 1 year
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O Padre Julio Lancellotti Recebeu o Troféu Luz da Esperança
Hoje, 13, o padre Julio Lancellotti, recebeu o prêmio “Luz da Esperança”, em homenagem a Luiz Gama, patrono da abolição. Julio Renato Lancellotti, no Meta (Facebook).
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inutilidadeaflorada · 1 month
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Eu Costumo Venerar as Tribulações Abaixo dos Trópicos
Eu dancei em festas com baratas Eu fiz cinema com centopeias Guardei a língua como se fosse uma roupa nova Dediquei poucos dias para distinguir o que já era âncora
Um ímpeto involuntário ao rio Lavo cada ferida cultivada como fruta Banha minha pele a luz prateada Conformada em ser lua
Tão distraidamente, exumei teu nome E o recitei com força, como se quisesse Lhe trazer de volta ao meu convívio Cogitei teu cheiro na ponta do céu da boca
Eu cantei um blues seco em troca de pão Eu cogitei atrair a atenção dos meus inimigos Desesperadamente, transformar a observação Em uma moeda valiosa ao meu empenho
E drasticamente ponderei pecados Adicionei cinzas de um adultério feito de teatro Eu quis todo aquele zelo posto em meu peito Não um monólogo suspirado nos meus ouvidos
A tração é um sorriso torto, aspirando beijos Como quem encanta-se por acidentes Um abutre descamando o feitio Para outras expedições e escafandros
O encantamento é a vontade de pertencer Ao momento, antes de arrepender-se Beber a culpa que não me encontra mais Suspendê-la, situa onde estuda-se um cadáver
Aqui jaz a esperança, um homem carregando barganhas Hiato e tragédia, escorridas para debaixo da terra Roubando cada uma das vitórias da noite Como se fossem seus próprios troféus
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amortodososdias · 5 months
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O natal não deveria ser uma época de dor para aquelas famílias que foram expulsas do comercial de margarina.
Aqueles que estão fragmentados não deveriam se envergonhar diante da manjedoura.
Jesus não é o troféu dos impecáveis! Pelo contrário, ele é o abraço para os abandonados, o afeto para os órfãos, o amparo das viúvas, o sorriso para os cansados, a mão estendida para todo aquele que não tem muito o que comemorar.
Jesus é a esperança para todas as casas partidas, machucadas e confusas.
O natal é bálsamo, refúgio, acolhimento e muitas segundas chances para quem só consegue chorar.
Porque Ele nasceu, a luz vencerá a escuridão!
Que a graça toque o íntimo dos que estão desanimados e que uma nova força brote para que os muros sejam vencidos pela fé.
É natal!
O Deus conosco está com você!
{Por Grulha }
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sonhosdeescritor · 2 years
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Porto de Sardine, mar de Étio no sul, o guarda do porto sai da cabine e urina num balde de madeira onde há vômitos e restos de comida.
Olhe as estrelas, com certeza logo teremos dias chuvosos. Após fechar a calça ele vê dois cavaleiros aproximar.
O que querem?
Viemos em missão real.
Qual?
Essa. Um dos homens atira no guarda que cai ali, o outro faz sinal com a lamparina a luz alimentada de energia solar. Em poucos instantes centenas de luzes são acesas nas águas.
É lindo não?
Uma grande frota, logo teremos o norte.
Quem duvida disso.
Agora vamos, temos muito a fazer por terra.
Sim. O homem joga uma garrafa de coquetel molotofe na guarita que é incendiada, na vila próxima, na taverna da loira, Janet observa o aumento na clientela e vai até um velho sentado ao lado da escada que dá acesso.
Vá até o Bill e lhe peça o favor de ouro.
Por que?
Só faça, velho sujo.
Tudo bem, sua vaca cretina. O velho sai do banco e segue para a porta aos fundos, anda por um trecho na escuridão e logo para frente a um galpão de madeira.
Bill.
O que foi?
a vagabunda quer aquele favor.
Como? A porta é aberta e logo surge um homem gordo, sujo com 3 mulheres.
A Janet?
Sim, a vaca quer que faça aquilo.
Logo agora, esta de noite.
Só te digo o que ela diz.
Tá, vou fazer, mais sabe que deve ser feito durante o dia.
E aquela louca entende isso.
Tudo bem.
Vou indo.
Tá. Bill lhe dá uma garrafa com quase 3 dedos de rum.
Essa é da boa.
Ganhei de antigos amigos.
Piratas.
São os melhores.
Obrigado.
Vá ou ela coloca fogo naquilo.
Louca ela ja é. Risos. De volta a taverna o velho diz para Janet que lhe sorri e sobe para os quartos, ao entrar no penúltimo vê dois homens com uma mulher em coito, ela grita e os ameaça com uma faca colocando-os para fora.
Ficou louca, paguei por isso.
vá para outro quarto.
Nojenta.
Vai logo seus porras. Os 3 saem aos xingos enquanto ela bate a porta atrás deles, agora sozinha ela senta na beira da cama e olha ao redor, pega fôlego, sai da cama e vai até o armário a sua frente sobe na cadeira com sua faca, uma tábua do forro velho, coloca as mãos e logo tem uma metralhadora e grande munição.
Foi bom ter guardado isso. O velho bate do lado de fora.
O que quer?
Alguns senhores quer fechar a conta.
Faça para mim, peça ajuda da caolha.
Tudo bem.
Não me roube, sabe que vou atrás de ti.
vá se lascar piranha. Risos. Terceiro palácio do oeste/leste, as servas fazem a limpeza daquele lugar que nunca fora habitado por qualquer família real, somente existe para fixar uma possível antiga aliança entre os dois reinos feitas ao fim da terceira para a quarta guerra, sendo que pouquissimos remanescentes destas usaram de seus gozos financeiros e dos frutos de seus saques nas antigas cidades ou o que sobraram delas, afinal já não havia mais governos, sistemas politicos ali ou qualquer continente existente, somente o caos, fome, miséria, doenças e a extrema violência retratada e trazida do âmago de um ser. Agora ali diante a ostentação de riqueza do passado, fica a lembrança e a esperança de que se cumpra o desejo de tantos fortes cavaleiros e soldados. Poucos metros dali, numa cabana de caça, uma mulher num vestido longo vermelho usa sua chave pessoal em ouro maciço para entrar no local, ela retira as luvas e olha a sala de troféus com várias cabeças em empalhe de zebras, tigres, ursos, cervos etc. Senta na poltrona de couro de búfalo e pega o álbum na mesinha de consolo, abre esta e se emociona ao ver fotos de temppos já não existentes, das grandes e extintas populações do além crises.
Será que foram tão felizes quanto dizem as histórias de Glauber, tinham filhos saudáveis, esposas fertéis e homens bravos para a guerra quanto ao trabalho? Com lágrimas ela folheia até que sai de seu repouso e acende a lareira, logo joga este álbum ao fogo, cruza as mãos ao peito.
Eu não posso, não posso mais seguir tendo isso comigo. Não demora e a porta é aberta, seis homens entram ali.
O que vieram fazer, sabe que este lugar é particular?
Só cumprimos ordens.
De quem?
Do futuro rei.
Não. A mulher é retirada dali com extrema violência, já fora é jogada na grama onde fica aos choros, nisto um cavalo se aproxima e ela olha.
Lady Francisca, suponho?
Quem é você?
Sou a neta do conde Stall, me chamo Banny, logo serei a rainha do oeste.
Não pode ser, o rei ainda vive.
Por pouco tempo, posso te garantir.
Como?
Cale-se mulher sem respeito.
O quê?
Ousa ter um lugar próprio para que cultue aqueles que nada fizeram por nós, somente destruiram e massacraram a natureza e os seus.
Não é bem assim, são lindas, não temos como saber devido………..
O velho e maldito lapso, coisas de gente velha, obsoletas demais.
Que linguajar é este, por acaso fora criada aos porcos?
Acho que seu tempo de respiro deve chegar ao fim.
Não, não pode me matar, sou amiga do…………… A jovem afunda uma lança no peito da mulher caída, agora os homens retiram o corpo ainda a tremer, os olhos esbugalhados da dama ficam fixos na jovem como que a cobrar seu direito a vida.
Coloque fogo em tudo.
Senhora.
Já basta ter aquilo como lembrança de uma tosca falsa realidade.
Sim.
Logo minha família chegará com as orlas do norte e leste, as tramas do sul, nós do oeste temos que estar prontos para defender nossas terras.
Sim, rainha.
Agora me deixe refletir.
Sim. Ela desce do animal e anda por aquele pasto vasto e verde e avista ao longe um lago, olha para o céu.
Um belo dia para se mudar.
180922……………….
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A Floresta Mensageira
No começo tudo era incolor
Cabia em uma gota
Depois vieram as corredeiras
Correntes de genes se expandindo
Até que os ventos abençoados deram seu toque
Trouxeram o Amor, eterno milagre
Em açúcar e sal
E no romper da névoa
Um verde surgiu, meio tímido
Assim a primeira montanha foi se revelando
E sobre ela, olhos e pés, milhares...
Com nomes e seus pensamentos
Tudo natural
Em harmonia
Abraço de asas e raízes
Neve e calor
Sabedoria e espera
Tons foram sobressaindo a cada giro delas...
Das saias das sagradas noites e manhãs
E foi decidido
Pela augusta majestade da História
A missão de cada mestre angelical
Palacetes e suas colunas foram crescendo
Fadas guardiãs se aproximaram de raios
Choque entre fogo e ar
E dessa energia surgiu ancestral poder
Fizeram-se então herdeiras da luz
Dos troféus e bastidores
Divinas e multiplicadas
Vidas vestidas de destino
Aos sonhos, a concessão
Para as lutas, vitórias
Em cada folha uma casa
Em cada voo uma esperança
Catedrais de bonança
Abrigo e amparo
Deslumbrantes fizeram o nascer da persistência
Seres fortes, grandes sementes
Eclodindo o nobre ovo da Mãe Terra
Assinando as sentenças
Nos segundos o futuro está
Tecendo e protegendo o Bem
Com orgulho e temperança
Está a árvore que nunca fenece
Seduzindo as estrelas que para sempre guiarão
Seja para Sul e Norte, Leste e Oeste
Contos cardeais que sim...
Vieram da mesma nascente
Únicos e iguais, inspirados
Peregrinos inseparáveis
Que no céu encontram conclusão
O livro da caminhada aos poucos surge
Escrito e ilustrado sem medo ou rancor
Todas as estradas estão boas e abertas
Ante o aparecimento de poderoso grão
Haverá mistério nesse fruto do além
Ele, elevado ao perfeito degrau da paz
Ele, que é pétala e exemplo de um novo rio
Criatura gloriosa, sempre aprendiz
Viajante entre ilhas e navios
Ignorando soberbas
Acolhendo aplausos
E abraços...
Ah... O soberano abraço dos olímpicos...
O presente sem máculas ou adeus
Beijando em seu âmago mágicos princípios
Graciosos e sagazes instrumentos
Sobre as belezas do passado
Tudo foi dito até aqui...
E pode ser despertado
Novamente
Pelas mãos certas, as suas
Com a memória exata
Brinque, dente-de-leão
É sua certeza real, sua festa
Encontre os versos que marcam sua epopeia
Faça seu rito, ouse
Cante seus sonhos
Preencha o mundo
Heroico, silvestre e veloz
Abra seus braços e coração
E seja imensamente feliz!!!
17/03/2024
Ana Luiza Lettiere Corrêa (Ana Lettiere)
Com Patrícia Lettiere ( http://patricialettierepintandonopedaco.tumblr.com ) e todos os nossos inspiradores.
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omg-effy-lee · 4 months
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Tenho na memória aquela tarde na praia, nos dois e o céu nublado, éramos tão jovens, era tudo muito intenso, eu sentia tanta dor que aprendi a gostar, o sofrimento de tornou um troféu pra mim, era o que você dizia, quando mais machucado eu sair disso melhor, vou me recuperar sempre, quando mais fundo eu for, mais alto eu vou emergir, eu via isso em você, sua força, quantas vezes você caiu e se levantou, você era meu herói, eu sabia que te seguiria pra onde você fosse, mas você dizia que estava perdido, nos dois estávamos num labirinto, eu me afundei com você no desconhecido e aprendi o lado horrível da vida, não me arrependo de nada, faria tudo de novo se você estivesse comigo, eu me construi ao seu lado e antes que eu pudesse perceber isso você se foi, me deixando sozinha de novo, como eu vim ao mundo, só que mais preparada, a sua ausência me mata a cada dia, fico imaginando como você está se sentindo agora, se você pensa o mesmo que eu, se esse buraco que você deixou em mim existe em você, você era apenas um menino rebelde quando se sentou ao meu lado pra me consolar, eu estava tendo um ataque de Pânico naquela quadra e quando ouvi sua voz algo em mim acordou, seu rosto machucado me manteve concentrada de volta a realidade, haviam muitas cicatrizes e machucados, seu olhar era assustador, mas eu não tive medo, por que éramos inconsequentes, ouvi várias coisas más sobre você, decidi que queria ficar ao seu lado, você era arisco como um gato selvagem, aos poucos fizemos companhia um ao outro, logo nos tornamos parte um do outro, a solidão ainda existia, mas junto com ela um sentimento de conforto nasceu, várias madrugadas fora de casa sem rumo, conversas dolorosas e cheias de esperança, até brigas aconteceram, você era teimoso, mas tinha fé, eu tinha um fogo dentro de mim que queimava e apagava muito rápido, você me protegia da brisa e me ensinou a usar tudo ao meu favor, você parecia cruel por fora, mas tinha um coração cheio de sonhos, o meu sonho era te ver feliz, poucas vezes tive o deslumbre de ver um sorriso em seu rosto, iluminava tudo quando acontecia, logo entravamos na escuridão de novo, eu tentava nos manter aquecidos, mas eram tempos difíceis, quase morremos congelados, algo em nós insistia em nós manter de pé, enfrentando mais um dia, minha visão era clara, mas eu me sentia angustiada por demorar tanto, você dizia que o amanhã iria chegar então eu esperei, ele chegou, mas você não está aqui pra ve lo comigo, eu era azul quando te encontrei e você era vermelho, juntos nos éramos um roxo incandescente, agora eu voltei a ser azul e procuro sempre pela luz vermelha, nunca tendo sucesso, mas aprendi com você a nunca desistir de nada.
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Cabanas - Ilha Scamander - Arquipélago das Bermudas
Through the darkness to the dawn Já faziam algumas semanas que havia encontrado uma mãe-amasso e seus filhotinhos em uma das cabanas da SIC e, depois do desaparecimento da mãe, me mudei para a casinha para cuidar dos filhotes no meu tempo livre. Os filhotes agora já se alimentavam sozinhos e começavam a explorar a cabana e atormentar Corvo, meu gato preto que me acompanhava desde meu primeiro ano estudando magia. Ao me mudar para a cabana, outros membros da Sociedade me alertaram para reforçar os feitiços repelentes, para me proteger durante a noite, mas como Feitiços não eram bem o meu forte, concluí que algumas velas de citronela seriam o suficiente para manter os mosquitos longe. Nessa noite havia uma brisa fresca que agitava as árvores lá fora e eu dormia espalhada na cama, com braços e pernas abertos, na esperança de aumentar a área de contato com o ar fresco que entrava pela janela, numa esperança de combater o clima sempre quente do arquipélago. Acordei brevemente quando senti algo se movendo na cama comigo, mas mal abri os olhos, achando que era Corvo, meu gato preto, vindo me fazer companhia, já que os filhotinhos de amasso ainda não conseguiam subir na cama. Nesse calor, ele nunca dormia comigo e preferia explorar os arredores da cabana durante a noite, às vezes voltando de manhã com algum inseto enorme morto como troféu das suas caçadas. Um dos amassos começou a miar continuamente de sua cama do outro lado da cabana, mas mal ouvi, cansada demais para lidar com a bagunça que os filhotes faziam todas as noites. Eles agora passavam a noite dentro de uma grande gaiola, para que eu pudesse dormir mais tranquila, já que eles adoravam se enfiar nos lugares mais estranhos quando eu não estava tomando conta. No estado meio sonolento em que me encontrava, fiquei até feliz quando senti o manto geladinho me cobrindo lentamente. No meu sonho, eu ainda estava nas estufas de Hogwarts e levou um segundo para eu voltar para a realidade e perceber que o manto se movia sobre mim por conta própria. Abri os olhos, sem conseguir ver muita coisa na escuridão da noite. Ouvia apenas o miado cada vez mais alto e urgente de um dos amassos que, pelo barulho, também parecia querer escapar de gaiola. Na fraca luz da lua que entrava pela janela, podia apenas ver o que parecia um lençol preto, gelado ao toque, que já me envolvia, quase carinhosamente. Desnorteada e ainda meio no sonho, estendi a mão para apanhar minha varinha e iluminar melhor o quarto. - Lumos! - a luz se espalhou pelo quarto e finalmente fui arrancada completamente do meu sonho. Agora via perfeitamente o manto preto que se arrastava e ondulava levemente pela a cama, subindo ao redor dos meus ombros, como se quisesse me abraçar. Tentei me levantar depressa, ao mesmo tempo em que esperneava para chutar o manto para longe, mas este se enrolou ao meu redor, prendendo minhas pernas e braços, e caí da cama para o chão com um estrondo. Tentei levantar, mas a coisa prendia meus braços contra meu peito e senti seu toque gelado no meu rosto, enquanto ela continuava se movendo, até cobrir minha boca e nariz, como se houvesse uma mão tentando me sufocar. Apavorada, lembrei de repente de já ter visto uma criatura dessas em um dos meus livros de Trato das Criaturas Mágicas. A Mortalha-Viva era uma criatura que parecia ser um manto negro que sufoca suas presas durante o sono e depois as devora. Como essa era uma das poucas matérias em que eu prestava atenção, lembrava qual feitiço precisava para enfrentá-la. Apertando com força minha varinha na mão, tentei conjurar meu patrono, mas já mal tinha ar nos meus pulmões para falar. Continuei esperneando, numa última tentativa de afastar a mortalha pelo menos por tempo suficiente para que pudesse inspirar, quando ouvi um rosnado agudo e o que parecia ser um animal pequeno colidindo contra eu e meu agressor. A criatura estremeceu e me soltou por um milésimo de segundo quando Corvo invadiu o quarto e cravou suas garras na mortalha. Foi tempo suficiente para eu puxá-la para longe do meu rosto e encher meus pulmões antes que ela grudasse em mim novamente. Era meio difícil pensar em alguma coisa feliz quando você estava sendo sufocada provavelmente até a morte, mas não foi preciso muito esforço para que o rosto de Bjord surgisse na minha memória. Eu tinha prometido para ele que tomaria cuidado e agora estava sendo atacada enquanto dormia, que ótimo. - Expecto Patronum! - com o rosto de Bjord na minha mente, lembrando daquele dia na Floresta Proibida de Hogwarts, quando lhe prometi que não correria mais de encontro ao perigo. Minha voz saiu abafada pela mortalha e uma fumaça prateada saiu como um jato da minha varinha. A mortalha se contraiu sobre mim, mas dessa vez continuou me segurando com força. Sentia também Corvo atacando repetidamente a criatura com suas garras, tentando me libertar. A primeira lembrança de Bjord pareceu abrir caminho para todas as outras que vieram em sequência: quando lhe roubei um beijo na Ala Hospitalar, o dia que ele quase matou o Salgueiro Lutador para me salvar, o abraço em uma festa nos corredores de Hogwarts… Estávamos há meses sem conversar, eu achei que tinha perdido meu melhor amigo e aí ele apareceu na festa de repente e me abraçou sem dizer nada. Aquele abraço sozinho poderia ser a minha lembrança preferida, mas ela continuava. Lembrava como fui levada da festa ainda naquele abraço, como depois Bjord pediu desculpas e me beijou. Como fiquei feliz quando ele disse que gostava de mim… - Expecto Patronum! - usei o finzinho de ar que ainda tinha nos pulmões para exclamar o feitiço. Dessa vez, o jato de luz prateada que saiu da minha varinha tomou a forma de um animal de quatro patas, antes de atingir a mortalha, arremessando-a para longe de mim. Sentei depressa, tossindo e lutando para encher meus pulmões novamente. Meio me arrastando, recuei contra a parede, para longe da mortalha, enquanto assistia, de olhos arregalados, meu patrono, que antes era apenas uma nuvem de fumaça prateada, tomar a forma de um animal que lembrava um pouco cavalo, mas pequeno. Meu primeiro pensamento foi que se tratava de um unicórnio, ainda mais por brilhar intensamente, mas ele não possuía um chifre. A segunda coisa que me lembrei foi do filhotinho de gamo que uma vez encontrei preso na cerca de uma uma plantação, perto da minha casa, na Irlanda. Era como um cervo, mas jovem, sem chifres. Também era menor e, apesar de ser feito apenas de luz, podia ver manchas claras no pelo do seu dorso, exatamente como aquele filhotinho e vários outros gamos que vi perto do meu vilarejo, pelos anos seguintes. O gamo feito de luz parou na minha frente, entre eu e a mortalha, enquanto eu abria os braços para segurar Corvo, que correu para ver se eu estava bem. A mortalha agora parecia um simples pano preto esquecido no chão, mas logo ela voltou a se mover, se recuperando do ataque. Me levantei, segurando meu gato em um braço, enquanto com a outra mão apertava a varinha. O patrono avançou na direção da mortalha, se erguendo nas patas traseiras, pronto para pisoteá-la, mas sua presença foi o suficiente para que a criatura deslizasse pela janela aberta e escapasse da cabana. Ele ainda a seguiu, saltando a janela com uma elegância que só um animal feito de luz e magia seria capaz de fazer, e aterrissou no gramado do lado de fora, vigiando enquanto a mortalha deslizava para longe apressadamente, até desaparecer na escuridão entre as árvores. Ainda segurando Corvo em meus braços, me aproximei da janela, ainda olhando incrédula para meu patrono. O gamo de luz ficou satisfeito com a partida da mortalha e se aproximou novamente. Quis muito saber como seria a textura de um animal feito de luz e estendi a mão para tocar seu focinho, mas antes que pudesse tocá-lo ele se dissolveu no ar, me deixando sozinha de volta na cabana escura. Agora fora de perigo, sentia meu corpo inteiro tremer, a ponto de que minhas pernas não conseguiam mais me sustentar. Fui trêmula até a gaiola dos amassos, que ainda miavam me chamando e deixei que saíssem para me fazer companhia. Um deles, o que mais miara tentando me acordar foi o primeiro a subir no meu colo, logo seguido pelos irmãos. Assustada demais para voltar a dormir, passei o restante da noite em claro, acompanhada por Corvo e os filhotes de amasso.
em 2022-09-14
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maryaferreira17 · 3 years
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  Nas trevas da rua deserta, mora o silêncio tão profundo que ao longe escuto seu eco.
   A Melancolia tornou-se um gigante que vive nas sombras, à espreita, pronta para atacar os incautos.
   Os que se aventuram no submundo da insanidade. Os dois lados de uma mesma moeda,  bondoso e  brutal.
   A Generosidade cruel; baseada no orgulho e egoísmo de uma alma que se convence que o mal realizado beneficia o outro, sem benfazer. Seguindo padrões, costumes, hábitos e tradições bizarras.  
  Comprando obras de arte na esperança que a beleza ofusque o que de feio há no seu frio  mundo.
Não é só amor que faz morada no coração, a dor também nele fez  seu Lar. A dor que assombra, pode ser usada para ajudar a dor alheia, mas focado só na sua dor, não consegue ver a do outro. Ninguém tem dor maior ou mais bonita. Assim, com medo de perder sua companheira, se isola no castelo da brutalidade, escuro e sem espelho. Se esconde de si mesmo, ferindo, sendo  ferido brutalmente, sem se preocupar em buscar a luz, segue nas trevas pegando carona nos erros dos outros para justificar os seus. Suga o que de pior há no outro, alimentando sua dor e imaginação catastrófica, com teorias da conspiração. Sempre injustiçado, sentindo pena de si mesmo, foge das mãos que desejam puxá-lo para fora do abismo.
   Perdido num mundo de dor e sofrimento, desfigura sua alma, perverte sua mente, a doçura de antes dá lugar a um mar de amargura maldosa. Se foi ferido, pode ferir;  se foi magoado, pode maltratar. Cria um mundo sem ordem, sem lei, onde sua vontade é um deus. Acredita ter o direito de exibir sua verdade como troféu, doa a quem doer. Sua verdade é baseada em tantas mentiras que não tem base para se erguer, desmorona, se espatifa ao seus pés. Então acha um culpado para o desastre da sua vida, todos tem culpa, ninguém entende, ninguém se importa. Não se dá conta que deixa todos de fora da sua fortaleza, mesmo quando a ousadia e a coragem invadem seu castelo, este ser tão contraditório se arma até os dentes para atacar seus amigos, que aos seus olhos são inimigos. Se convence que estão ali por motivos egoístas, que são contra ele. A ousadia insiste em chamar o amor, acredita que o amor tudo vence. No entanto a prudência vem salvá-los, o amor não vencerá dessa vez..
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blues-nocturne · 4 years
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Dizer adeus. O momento de partida, o que tanto espero. E sinto medo, o tenho feito posse, ergo-o como troféu. Preferi dizer que sinto e tenho medo, porque a sinceridade me obriga. Que bom que seja assim. E tenho precisado ser, acima de tudo, cru, carne ardente, latejante. Mas eu quis dizer adeus, e ainda quero. Já me basta as coisas do passado que se arrastam por mim, sobrando pouco do que tenho por atual, como matéria do hoje. Minha alma custa a se renovar. Como é difícil respirar sabendo-me árduo, pedregoso, coxo como Volcano. Tenho a necessidade de simplificar as coisas, para o meu bem e o teu. Ficaria melhor, desse jeito, a nossa leitura da vida; o coração ameaça parar, mas sem doer. É bom que eu escreva essas coisas, intransponíveis, de uma sinceridade doada. Eu resisto à doação, porém reconheço ser esse o caminho. O Narciso fremente, aqui, em mim, se coça todo. Um arrepio eterno, sim. Quero dizer que busco algo de luz em todos os lugares, principalmente dentro de mim. Na verdade, há meses cambaleio em meus segredos, e não conto para ninguém. Tenho me perdido nas vielas mais simples, nas dores mais ordinárias. Tenho sido, por exemplo, uma constante sensação de falta, de saudade. Confesso minhas recordações; são muitas, e não servem. Não há problema em me repetir: -- isso, este escrito, é uma maneira de manter o coração batendo. São os meus olhos e as estrelas em comunhão. Quis crer que meu sangue era quente. Por causa das minhas palavras. E, por meio delas, salvar-me, promovendo (sujeitando-me) a febre de viver. Era a esperança. Doçura ameaçadora essa tua, que me compraz todo. Diáfano, melífluo, deífico. Essa costura, liame das minhas ruínas íntimas, dos meus escombros mais pessoais, que são as palavras, ou sua tentativa, ainda há de salvar-me além do que me fora prometido em sonho. Resisto à despedida. Neste vale de lágrimas, qualquer sentimento é resistência – porque tudo se perde ligeiro, se desgasta veloz, ou se ama pouco, se lega minimamente. Que carinho esta minha desordem. Ainda não posso dizer adeus. Mas vou dormir feliz esta noite. (Parece pouco, tão pouco, isso que verti, mas um poema deve ser perdoado logo no primeiro verso. Além disso, tenho estado mal de saúde há exatamente 7 meses. Um declínio interior que tenciono superar. Mas se te serve de alguma coisa, eu sou o primeiro a me condenar)
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exdesasfixiando · 4 years
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epílogo
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[...] Pouco a pouco as dores viram água, viram memória. As memórias vão com o tempo, se desfazem. Mas algumas não encontram consolo, Só algum alivio nas pequenas brechas da poesia. Você é a minha memória inconsolável, Feita de pedra e de sombra E é dela que tudo nasce e dança. (Petra Costa in “Elena” - 2012)
Sonhei que voltavas, que me dedicara um ínfimo das linhas que já escrevi. E eu fiquei a pensar como nunca pode ficar clara a desproporção, este solilóquio que nunca pareceu despertar em ti um esboço se quer de compaixão. Esta coisa que pareces lutar contra a ti mesmo pra convencer-te de que não foi nada, que nunca será capaz de trincar a tua redoma de vidro. Pois veja, é dor que se esvai a cada composição, a cada parte que arranco daqui de dentro e envio por sedex pra tua caixa postal abarrotada. Neste lugar que nunca há ninguém em casa pra receber as encomendas. Cuidadosamente embaladas por um plástico bolha já estourado após tanto deixar de lado, extraviadas por mim antes mesmo de pegarem a estrada rumo ao sul. Assim tudo segue pra um abismo, pra esse lugar não decodificável que nunca serviu pra nada além de te deixar de pau duro. Tais como este amontoado de páginas grudadas cheirando a esperma, somente mais uma de tantas histórias que exibes como um troféu amarelado na tua estante. Duplicadas como o livro não devolvido, que tão bem ilustra poeticamente por aqui o incômodo que deixaste em aberto. Onde estais? Cadê aquele corpo enfeitiçado pelo quarto fresco, confiando a fragilidade de seu sono a um colo que hoje podes supor te desejar tanto mau? Cadê teu cambalear ébrio pela noite, trazendo de volta nas mãos aquilo que bem sabes não ser teu? Tenho medo. No fundo, tu sabe, o que machuca é a inversão de uma história que eu conheço, nestas falsas aparências que apenas a distância pode pintar no outro. Perfeitas distorções de um sentimento que tu nunca há de compreender o reverberar no tempo. Mesmo depois de tanto tempo. Na dificuldade que é falar sem ser ouvido, nisto que não consegue ir além de frágeis suposições ao longe. Nesta atitude de achar melhor deixar como está pra não ter que se ver no espelho, no cruel que é negar alívio pro outro. Eu não sei como dizer, machuca não dar pra desenhar que um equívoco tremendo lhe toma a mente, veste o teu juízo de valor com uma mentira que parece ser convenientemente fácil de acreditar, e que a cada dia levanta um muro desnecessário. Teria que escrever num outdoor para que prestasses atenção? Não. Tentava eu apenas te ajudar a sair de um emaranhado tão nítido aqui de fora, num redemoinho que te engolia sem tu perceber e que através de substâncias que acreditavas ter controle te carregava para aquele lugar tão triste de encarar. Naquele ponto onde se distancias daquele moleque bacana, daquele que perdidamente me apaixonei pra além da tempestade. O menino que a cada dia pareces mais sufocar. Com essas coisas que nem tu nem ninguém jamais poderá dominar, um poço tão assustador que só quem ama e verdadeiramente se preocupa com o outro haverá de se identificar com tanto receio. Eu tentava resgatar a leveza que um dia te vestiu, todas àquelas coisas indescritíveis e lindas que já me feriram além do permitido. Numa estrada a qual eu já me distanciei pra não cair mais, nesta constatação clara que muita coisa eu não dou conta e não posso bancar. Você! Se me lê, escuta. É assim que termina? Após tudo eu posso te garantir que também sou outro e que a escola de ter sentido tanto é o que vale hoje. Abri mão de quase tudo, a cada segundo ao longe esfrego minha alma como se conseguisse limpar dela sempre mais um pouquinho do encardido que sei que foi eu que permiti fixar. Tento recorrentemente abdicar da necessidade de interlocutor, lutando contra a correnteza que eu mesmo crio dentro de mim. Assim, me coloco em um outro ponto, observando a paisagem do quadro não mais com aquela ânsia de também ser tinta a escorrer. Sou agora o observador que permite se demorar na obra in process, tentando extrair do objeto de análise o algo a mais. Aquilo tudo que passou batido no ontem, o detalhe que eu não pude perceber antes por ainda não ser treinado. Buscando ir além desta fina camada espelhada que sempre reflete apenas o meu rosto frustrado por causa de padrões tão antigos. Coisas que nem eu nem tu temos culpa. O que tem aí? Aqui. Transformo a potência criadora de um sentir, a reverto pra mim com um olhar gentil e compreensivo. De que vale a pena todo este fuzuê, eu continuo questionando. Dou extrema unção a estas culpas humanas. Queria teus olhos por perto para num olhar dizer que perdoar é somente reconhecer nossa pequenez a cada processo. Minha e tua. Nossa. Afinal, o machucar é recíproco. Não caio mais no erro que é acreditar haver hierarquias nas nossas feridas. Queria cruzar contigo na estrada, te dizer com um aceno “ei, sou eu ainda aqui”. Mas no mesmo instante te esconjuro pra longe, me agarro com o orgulho que não permite que me firas como antes. E esta dualidade é minha principal luta, a centelha que salta sempre após um fitar atencioso pra dentro, no notar que tu espelhas tão bem as minhas problemáticas de outrora. Numa encruzilhada que as vezes me mata aos poucos, e que em outras alimenta tanto a minha sede de futuro. Lá. Num lugar onde esteja tudo bem, onde lembrar disto não me cause mais tanto mal estar por aqui. Num dia onde te escrever algo volte a ser natural como é se comunicar no dia a dia, onde eu não precise pesar tantas coisas dentro de mim antes de assumir a vontade de me aproximar, pra ter de desistir em seguida já concluindo tua completa indiferença casual. Repulsa sem sentido, sem a menor necessidade. Quando fazer graça com tudo que ouve seja apenas uma maneira de dizer que está tudo bem, nesta utopia que é confiar num amanhã assim, em paz. Numa manhã qualquer em que uma única lembrança seja capaz de te tomar a mente e te trazer até estes versos, nestas palavras que se esforçam tanto pra dizer que o vazio do silêncio é o estrondo que mais explode no meus ouvidos. Convencendo a tu de enxergar tudo por um novo ponto, não destinando tudo a uma inacabada incompreensão. Parindo uma notificação capaz de me disparar o coração tal como um viciado próximo de saciar seu apetite mortal. Será que nos reconheceríamos frente a frente? Como seria termos diante de nós a memória daqueles dias? Não podes negar o que foi bom. Logo eu quero te ver, amanhã, no lugar de sua escolha. Nop. Pare. Não quero mais saber de ti. Já redecorei o meu quarto na tentativa de eliminar qualquer traço teu, o suor que ficou impregnado na minha parede. Já estou treinado pelos mecanismos de defesa que tão bem soube construir pra te deixar aí. Neste umbral onde as mais dolorosas suposições do desviar nos seus caminhos me dão paz apenas quando agarro minha fé pela mão e, enviando tudo pra longe, oro por ti. Num envio tão potente de luz que, se tu soubesses, jamais ousaria acreditar no mal que tu supunhas. Que continua tolamente te protegendo de um cão que não morde. Assim eu me reconecto com nossos corpos nus na cama, com meu ouvido junto ao teu peito como se escutasse a minha melodia preferida. Neste tumtumtum que me arrepia da cabeça aos pés, desfazendo estas tolices que somente um observador como tu, na contramão do que estas linhas sempre tentaram dizer, poderia imaginar. Olhe no fundo dos meus olhos verdes, eles são semáforo a te orientar. Meu amor te guia, te nutre a cada instante com o constatar da grandiosidade que jamais me visitará de novo. Em paz finalmente com a dura realidade de não ser suficiente para te ter por perto, mas mesmo assim tranquilo. Ciente de que de algum modo ele é capaz de fazer algo por ti, desenhando a eternidade nestes versos. Assim vives: na paixão do artista. Nutrindo meu eu lírico neste caminhar perigoso que joga pra escanteio todas as más lembranças, negando a mágoa para que ela não vire câncer no cérebro. Torcendo pra tu perceber. Sinto muito. Não gostaria de esperar tanto tempo para dizer isto olhando nos teus olhos, encontrando neles a única parte reconhecível do que eventualmente te tornarás no futuro. Longe de tudo aquilo que eu quis compartilhar contigo um dia, corroído pela distância que assassina minhas esperanças. Me perdoe. É mais do que nunca necessário ver aquilo que se vê. Não são justas estas suposições quando o que nutro continua a me jogar numa certeza tão grande da potência que isso sempre teve. Permite ao menos mais uma vez ouvir o que tenho a dizer. Eu te amo. Hoje eu compreendo que te joguei um peso que era apenas meu, que segues sendo poesia porque sempre estivesse ao longe. Num lugar onde é fácil destinar belezas gentis, pois afinal tudo é apenas miragem longe da realidade crua dos dias. Não sou este estúpido que posso parecer, assim como não és a fortaleza que lutas aparentar. Sou grato. No fundo, o recapitular da história apenas deixa claro o quanto reciprocamente fomos importantes no trajeto alheio e que sim, talvez não seja mesmo desta vez. E está tudo bem. Mistério sempre há de pintar por aí, já dizia aqueles bárbaros queridos. Suponho não termos controle de nada. Assim, quem sabe depois de se perder por tantos corpos, num descuido qualquer, na esquina dos dias, você acabe encontrando o caminho de volta. Deixe-me um abraço de ano novo, apenas um. Um último e singular instante, suficiente pra limpar tudo o que já não há mais razão de ser. Programado. Sem depois. Um presente ao que fomos. Lamba a seiva, deguste do fruto. Foi bonito foi, disse a canção. Não sei se imaginarias que tudo já não é mais segredo pra ele. Por isso deliro um delito, quem sabe uma noite onde as fantasias de outrora possam ganhar vida? Um mais um é três. Está errado!? A gente nunca sabe como estará nosso futuro eu a nos observar em suas lembranças. Será que é disso que gostaríamos de recordar? Assumamos de uma vez o que fugiu do nosso controle. Juro de mindinho. Esquecesse de novo o teu sapato por aqui. Vens buscar? 
Nota: nunca destruir a si no desejo.
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Não peça tempo para eu te esquecer Que eu me acostumo, mas eu não te esqueço Que eu me acostumo, mas eu não te esqueço Que eu me acostumo, mas eu não te esqueço Eu te prometo que eu jamais te esqueço.
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enflorpecer · 6 years
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Ele foi por muito tempo a minha esperança nos dias cinzentos, e agora você põe suas mãos sobre ele. Ele costumava despir minh'alma nas noites quentes do verão passado, e hoje ele deita a saudade no teu ombro. Saudade do nó(s) que ele mesmo soltou. Olhares estranhos o desvendam, questionam, não compreendem. Eu balbucio do outro lado tentando aceitar o caminho que me foi dado. É um jogo mais difícil do que pensei. Danço sozinha a valsa da penúria, escassa de qualquer amor que exista nesse mundo. Dois passos pra direita, você ofusca toda luz que um dia eu trouxe à tona; dois passos pra esquerda, o amor não é um troféu. A música prossegue e meus pés cansados já não seguem o ritmo coadjuvante. De todos os homens que passaram por aqui, apenas ele me tomou por inteira; mas é sempre com você que ele vai embora.
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hwasonghq · 2 years
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WATANABE HINA
Faceclaim: Hikaru Yokota (instagrammer).
Data de nascimento: 06/03/1998, 24 anos.
Nacionalidade: Japão, japonesa.
Ocupação: Atleta.
Esporte: Tênis.
Irmandade: Morphs.
Gênero: Mulher cis.
Qualidades e defeitos: Entusiástica, focada, impaciente e teimosa.
TW: Capacitismo, alienação parental.
Nascida durante a luz do luar fresco de verão, Hina era de uma família importante do centro de Osaka. O pai, um homem de negócios e a mãe uma jornalista promissora do melhor canal da TV local. Era fato que tinha crescido com a melhor educação possível, por isso os pais ficavam confusos com a falta de desenvolvimento na comunicação da garota, que apesar de aprender prontamente outras coisas da escolinha, tinha muita dificuldade para falar com os coleguinhas.
Foi apenas quando fez quatro anos que os pais procuraram saber melhor sobre o que poderia estar acontecendo, descobrindo que a mesma era muda. Com a notícia, a mãe desabou de choro e decepção, já que tinha o sonho de torná-la uma descendente na sua carreira jornalística, já o pai, se fechou de preocupação que a criança não conseguisse crescer na vida e nem conseguir casar.
Os sentimentos mistos dos pais e da própria garota se tornaram um terremoto em sua mente, que por muito tempo acreditou que não conseguiria se tornar nada quando mais velha.
Isso fez com que Hina se esforçasse em tudo que se enfiasse, tentando ser participativa em tudo o que pudesse, mesmo que muitas vezes não fosse bem-vinda pelos companheiros de escola. Foi em uma dessas tentativas de se encaixar que Hina adentrou o clube de tênis. O fato de poder jogar sem depender de outra pessoa e conseguir ler os lábios dos adversários que às vezes pensavam "alto demais" facilitava muito o seu desenvolvimento no esporte.
Quando a jovem se deu conta, ganhava medalhas, troféus e chamava a atenção de várias escolas de ensino superior focadas em esportes, algo que aos poucos, foi criando esperanças para a garota.
Entretanto, sua mãe se tornou obcecada pelo receio da filha falhar e ficar sem opções por conta da deficiência. Fazia Hina treinar durante horas e de forma reforçada e exaustiva, manejava uma alimentação desbalanceada e chegou a adoecer para chantagear a filha, que já tinha pensado em desistir.
O ensino médio foi mais puxado do que qualquer outra época para a japonesa, que tinha que lidar com a escola, esporte e também com a própria família. Enquanto o patriarca tinha o plano B de casá-la com um rico, a mãe parecia piorar ainda mais o tratamento com a própria filha.
Foi apenas quando recebeu o e-mail de um olheiro da Coréia que a japonesa pôde finalmente respirar com a leveza que não fazia desde o fundamental. Sem hesitar, aceitou, dando o mínimo de informações possíveis para sua mãe, mas mantendo tudo em acordo com o pai. Se tudo desse errado, ela voltaria e se esforçaria para se tornar uma boa esposa, mas Hina não estava contando com a derrota tão cedo.
Ela montou suas malas e se mudou para Coréia, mais especificamente, Ulsan, onde pode preparar-se para levar sua paixão para frente, sem ter que se preocupar com familiares, apenas as pressões comuns do esporte, que estava preparada e até ansiosa para sentir.
Após a mudança drástica para outro país e outro idioma, a garota focou ainda mais nos seus objetivos, e se surpreendeu em ver o acolhimento que nunca antes tinha vivenciado. Apesar de se sentir bem em torno de outras pessoas tão apaixonadas por suas determinações, Hina ainda tinha que se reconhecer pelos próprios méritos.
OOC: +18
@HN98WH
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tunelfilmes · 4 years
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Parte Individual - Eduardo Ribeiro
Sinopse:
O famoso explorador Hugh Glass parte para as terras do Oeste Norte Americano para tentar ganhar a vida como caçador. Em uma de suas expedições, o explorador é atacado ferozmente por um urso e é abandonado por seu grupo de caçadores para morrer. Glass consegue sobreviver ao clima extremo e aos ferimentos e passa a procurar vingança daqueles que os abandonaram, principalmente John Fitzgerald, seu companheiro que caçada.
Pôsteres: 
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1) Neste primeiro pôster podemos perceber o uso de uma paleta de cores mais frias, com bastante uso de tons de cor azul e brancos para passar a ideia do qual frio é o local no qual o filme se passa. Os cabelos do ator molhados e sua barba e bigode congelando ajudam a compor  ideia do frio. Temos o ator olhando com um olhar obstinado para um ângulo um pouco para cima que passa a ideia de que ele está olhando a floresta que pode ser observada compondo a imagem na parte de cima gerando um ponto de tensão.
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2) Ao observar esse pôster podemos perceber que ele é predominantemente na cor preta ou cores escuras para passar um ar de mistério, de algo sombrio, que é contrastado com a cor branca em algumas partes para trazer a ideia do gelo e do clima extremamente frio. O nome do filme e colocado ao centro na vertical rodeado de imagens; as imagens maiores trazer um ar de conflito com rostos muitos expressivos e o urso com uma postura feroz. Mais ao final do nome podemos ver imagens menores de cenas importantes do filme, sempre cobertas de tons fortes e cores escuras para harmonizar com o tom misterioso do cartaz.
Signos:
Pele do urso: A pele tem um importante signo no filme pois ela represente um troféu, a conquista da vingança do Glass. Ao mesmo tempo a pele tem um sentido dual pois ele representa o Urso ( signo negativo) mas também represente a salvação do frio ( signo positivo).
Fogo: O fogo representa o signo da esperança, da luz. Ele aparece no filme sempre em contraste com algum signo ruim (frio ou escuridão) como uma oposição, uma esperança.
Cavalo: O Cavalo é um signo importante que representa o renascimento, uma nova chance, ao invés de representar apenas locomoção, quando é usado pelo protagonista como fonte de alimento e de abrigo.
Barba Longa: Esse é um importante signo que representa as condições extremas (com o gelo na barba) do clima e ajuda a formar uma imagem mais feroz e rustica dos personagens.
Pedaço de Madeira: Esse objeto que o protagonista carrega durante uma parte do filme tem o signo de representar a persistência e resiliência do personagem mesmo em momentos e situações extremas.
Cenas analisadas:
1) Cena em que Glass sai da cova: Essa cena é muito significativa e cheia de significado para o filme. O personagem principal é enterrado vivo e dado como morto por seus colegas, assim, quando ele desperta e começa a sair da cova traz um grande peso de que ele está renascendo ou que foi lhe dado outra chance para viver. Na cena podemos ver ele saindo da cova e tirando a terra de cima de si como quem não aceita a propria morte. 2) Cena da pilha de ossos:  Essa cena carrega um forte signo de intimidação e medo. O protagonista do filme, ao se deparar com a pilha de ossos, fica chocado e com medo. O tamanho da pilha também é um fato importante pois por ser muito alta, ela passa a sensação de ser bem maior e mais assombrosa do que realmente é.
Conclusão:
O filme como um todo passa o efeito agoniante e intenso durante todo o filme. Os diversos conflitos entre personagens e cenas em climas extremos proporcionam esse efeito. Apesar de mostrar não só a história principal mas também algumas histórias secundarias, o sentido que se é passado no filme é o de resiliência e coragem, com as histórias sendo sempre voltadas para a perseverança dos personagens em conquistar seus objetivos. Já a intenção deste filme gira em torno de mostrar que certos laços afetivos vão além da morte ou dificuldades. 
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lovacedon · 4 years
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Candidaturas em SP avaliam peso de Moro e buscam apoio de ex-juiz
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Após deixar o governo Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública não se filiou a nenhuma legenda e desconversa sobre planos eleitorais O eventual apoio do ex-ministro Sergio Moro a alguma candidatura na eleição de São Paulo passou a ser discutido em bastidores de diferentes campanhas. O peso de uma declaração de voto dele é observado tanto por nomes que cogitam procurá-lo quanto por adversários. O juiz-símbolo da Operação Lava-Jato é visto como o "sonho de consumo" de Joice Hasselmann (PSL), tida como a candidata de maior proximidade com ele. Também alinhado ao "lavajatismo" e à pauta do combate à corrupção, Arthur do Val (Patriota) é outro que se vê com chance de conquistá-lo. As duas candidaturas têm feito movimentações discretas com essa finalidade, já que publicamente o ex-ministro, apontado como pré-candidato à Presidência da República em 2022, sinaliza que se manterá distante do pleito deste ano. Após deixar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmar que o presidente tentou interferir na Polícia Federal, Moro não se filiou a nenhuma legenda e desconversa sobre planos eleitorais. Uma hipotética sinalização de apoio, contudo, é tratada como um troféu por postulantes que julgam ter alguma identidade com ele. Estrategistas admitem que a adesão de Moro tem potencial para impulsionar uma candidatura no campo da direita, embora não chegue a ser um fator decisivo –eleitores identificados com Bolsonaro, por exemplo, rejeitam o outrora aliado, agora tido como inimigo. O nome de Joice surge com frequência nessas conversas por causa da relação amistosa da deputada federal com Moro, anterior à convivência que os dois tiveram em Brasília. Jornalista, ela lançou em 2016 o livro "Sergio Moro - A História do Homem por Trás da Operação Que Mudou o Brasil". Paranaense como seu biografado, Joice acabou virando amiga dele e da esposa, a advogada Rosangela Moro. Vice em sua chapa, o empresário Ivan Leão Sayeg (PSL) também tem pontes com o ex-juiz. Ele é irmão da empresária do ramo de joias Lydia Leão Sayeg, que exibe em suas redes sociais fotos ao lado de Moro e da mulher, com os quais tem relação de amizade. Lydia, conhecida pela participação no reality show Mulheres Ricas (Band), se refere ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública como "meu eterno herói nacional", além de dizer que ele "salvou o Brasil". Segundo membros da campanha de Joice, Moro está contribuindo com sugestões no programa de governo dela, em temas como segurança e combate à corrupção. A ideia é tornar pública a participação dele na formulação das propostas em meados de outubro. Aliados da deputada federal consideram que o ex-juiz não precisa se expor no início da campanha, mas entendem ser mais provável sua aparição na reta final, o que o deixaria vulnerável por menos tempo a ataques de petistas e de bolsonaristas. Questionada, Joice não quis comentar. O deputado federal Júnior Bozzella, presidente estadual do PSL, afirma que a colega de sigla não precisa necessariamente de um padrinho "por ser uma figura nacional e com luz própria", mas lembra que as pautas dela se assemelham às de Moro. "Não tem outra candidatura que tenha realmente esse viés, esse DNA", valoriza. "Mas não sei se ele vai participar agora, em 2020, efetivamente", completa Bozzella. No comitê de Arthur do Val, o Mamãe Falei, o desejo de receber um aval de Moro passa pela figura de sua vice, Adelaide Oliveira (Patriota), que até alguns meses atrás era porta-voz do Vem pra Rua, movimento que exalta os resultados da Lava Jato. Adelaide não descarta utilizar o canal comunicação que abriu com Moro para aproximá-lo da campanha, mas trata o assunto com cautela. "Ainda é prematuro fazer esse debate. Não falei com ele sobre isso, não tive esse atrevimento. Ele tem conduzido sua situação de maneira reservada." Um dos trunfos pode ser o programa de governo da chapa, que, segundo a ativista, "tem ideias inspiradas no que ele fez" como juiz e ministro. "Vamos apresentar o programa para pessoas que podem nos apoiar. E ele é uma dessas pessoas", afirma a vice. "Acho difícil que ele dê apoio a alguém, mas, se isso acontecer, será quando ele tiver clareza das propostas." Adelaide diz que uma abordagem agora poderia soar invasiva e que prefere avaliar os sinais do ex-juiz, de quem é fã, antes de qualquer gesto. No domingo passado (6), o Vem pra Rua foi um dos organizadores de carreatas em apoio à Lava- Jato ocorridas em 25 cidades pelo país. Moro chegou a gravar um vídeo de agradecimento aos participantes dos atos. Arthur, que não quis comentar o assunto, é membro do MBL (Movimento Brasil Livre), grupo que também liderou manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e contra a corrupção. Na briga eleitoral, ele se coloca como representante da direita não-bolsonarista. Na campanha do candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB), atual favorito do pleito, a "hipótese Moro" já surgiu em análises de cenário. Assessores do tucano mencionam o aval do ex-juiz a algum dos rivais como um dos elementos que podem prejudicá-lo, ainda que lateralmente. Por outro lado, Covas também dispõe de canais com Moro. O principal talvez seja o governador João Doria (PSDB), que faz afagos ao ex-ministro –chegou a condecorá-lo com a maior honraria do governo paulista, em junho de 2019, no auge da crise após o vazamento de conversas suas dos tempos de Lava-Jato. O PSDB escalou um interlocutor com acesso ao ex-magistrado para entrar em campo, na esperança de que Moro avalie divulgar apoio a Covas e a outros postulantes tucanos em capitais. Pesa contra Covas, em um eventual "leilão" pelo endosso, o histórico negativo de seu partido no âmbito da Lava-Jato. Para ficar só nos exemplos de São Paulo, caíram nas garras da operação tucanos como o senador José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin. Procurados, aliados de Covas e de Doria não confirmam uma busca ativa do partido para estreitar laços com o ex-juiz. "Sergio Moro é um cidadão importante, deu uma contribuição ao país e tem o direito de se manifestar", afirma Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB. Andrea Matarazzo (PSD), por sua vez, tem pontes com o lavajatismo por meio de apoiadores como Janaina Paschoal (PSL) e o advogado Modesto Carvalhosa. No Novo, de Filipe Sabará, Moro tem diálogo com João Amoêdo. Enquanto parte dos candidatos em São Paulo está de braços abertos para o ex-ministro, aqueles mais identificados com o presidente Bolsonaro ou com a esquerda são hostis à figura. No PRTB de Levy Fidelix, que sonha em ser o candidato abençoado por Bolsonaro, a avaliação é a de que um apoio de Moro a qualquer nome não alinhado ao presidente vai sacramentar sua posição política de adversário. Para o PT, seria até positivo tê-lo na arena do debate político, segundo a visão de integrantes da campanha de Jilmar Tatto. O partido se opõe a Moro tanto pela atuação na Lava-Jato –que levou o ex-presidente Lula (PT) à prisão–, quanto por sua adesão ao governo Bolsonaro. Na análise petista, o aval dele a algum nome confirmaria publicamente a tese da legenda de que Moro sempre agiu como um político e candidato, e não como um juiz imparcial. No entorno de Márcio França (PSB), não foi o nome de Moro que surgiu, mas o de outro ex-magistrado. Auxiliares lembram que Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), é filiado ao PSB e quase foi lançado candidato à Presidência da República em 2018. Já foi levantada a possibilidade de buscar uma manifestação de apoio, mas a ideia é embrionária e dependeria de acertos. O ex-ministro do STF está recluso e se distanciou do debate eleitoral. Procurada, a assessoria de imprensa de Moro afirmou à reportagem que ele "não pretende se envolver em eleições municipais". Pessoas próximas consideram baixas as chances de que Moro se coloque no xadrez eleitoral deste ano, embora admitam que ele possa contribuir com um ou outro postulante de forma discreta. Candidaturas em SP avaliam peso de Moro e buscam apoio de ex-juiz
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fabioferreiraroc · 4 years
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100 mil mortos: um Maracanã lotado de lágrimas
Tragédias, infelizmente, acontecem. Ao longo da trajetória humana, fomos obrigados a nos acostumar com inúmeras delas, envoltas nas mais diversas circunstâncias. Algumas são realmente inevitáveis; sobre elas, o único poder que temos é o de refletir — e lamentar. Outras, no entanto, podem ser contidas e até antecipadas, principalmente quando há possibilidades reais de controle sobre seus desdobramentos.
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Tragédias, infelizmente, acontecem. Ao longo da trajetória humana, fomos obrigados a nos acostumar com inúmeras delas, envoltas nas mais diversas circunstâncias. Algumas são realmente inevitáveis; sobre elas, o único poder que temos é o de refletir — e lamentar. Outras, no entanto, podem ser contidas e até antecipadas, principalmente quando há possibilidades reais de controle sobre seus desdobramentos. A pandemia do coronavírus devastou o mundo com seu surgimento repentino e sua propagação meteórica. No Brasil, completados cinco meses de convivência com a doença, chega-se às 100 mil vidas perdidas. E há muito o que se falar sobre essa tragédia anunciada.
Primeiramente, é preciso dizer que não há ação governamental que possa conter um vírus como esse, que se alastra como erva daninha e em progressão geométrica. Medidas políticas não são capazes de estancar a fulminante contaminação exponencial que perturba a paz da população e dos cientistas do planeta. Ainda assim, é praticamente consenso que as medidas de higiene pessoal, a utilização de máscaras e o distanciamento social são eficazes para reduzir a velocidade e amplitude de propagação da doença. Nesse sentido, uma atuação planejada, dedicada à proteção da população e obedecendo ao que a ciência indica e recomenda seria indispensável em um momento de crise como o que estamos vivendo. Não foi o caso do Brasil. No país, desde os primeiros casos, uma leva negacionista da gravidade e dos efeitos do vírus se disseminou e prejudicou intensamente a profilaxia por parte da população. Aqui, junto com o vírus, houve uma onda de desinformação deliberada.
A falta de seriedade do país no combate ao vírus é óbvia e ululante. No decorrer do surto, dois Ministros da Saúde foram trocados. Depois que Luiz Henrique Mandetta foi demitido e que Nelson Teich pediu exoneração, o país passou um longo período sem ministro titular na pasta. O lapso temporal é um recorde que não acontecia desde 1953. As pressões para a imposição de um protocolo de uso da hidroxicloroquina, remédio visto como salvador pelos governistas, foi fundamental para a efetivação do então interino gal. Eduardo Pazuello no cargo. Para piorar a situação, o governo se apegou a um plano controverso de isolamento vertical e insistiu na reabertura prematura do comércio. Isso motivou a decisão da corte de ratificar a competência concorrente de estados e municípios na adoção de medidas próprias de combate ao vírus. Contudo, o Executivo interpretou tal determinação como se retirasse seus poderes para atuar e passou a usá-la como escudo quando questionado sobre o crescente número de mortes no país, afastando a sua parcela de culpa para jogá-la, toda, sobre governadores e prefeitos.
Ao longo dessa trajetória, aliás, o presidente compareceu a diversas manifestações com aglomeração de gente — muitas das quais provocadas por ele próprio. Ignorando e desdenhando das recomendações da OMS, a quem sempre se referiu em tom crítico, saiu às ruas cortejando populares, com abraços e conversas próximas, na maioria das vezes sem máscara. Elegeu a cloroquina como remédio da esperança, intensificando a sua produção pelo Exército e divulgando em lives e aparições públicas a eficácia da droga “milagrosa”. O gesto emblemático de tirar do bolso a caixa do remédio e levantá-la como se fosse um troféu virou marca registrada de suas aparições diante de seu público. Como ocupante da cadeira mais importante da República, naturalmente seus atos e declarações serviram de espelho para boa parte da população nesse período. Seus erros e acertos — e suas consequências — serão avaliados pela história.
Diante dos embates entre os políticos sobre eficácias e ineficácias das medidas de proteção, o povo, principalmente sua parcela mais vulnerável, é quem sofre diariamente as consequências. O Brasil segue como segundo país a perder mais vidas para a pandemia, e ainda não é possível enxergar qualquer luz no fim do túnel. A chegada de uma vacina é probabilidade futura, carregada de incertezas, e a volta à normalidade se afigura um sonho distante. Diante do quadro alarmante de um ano terrível, a chegada aos 100 mil óbitos já é parte indissociável da história do país, que se apequenou ao preferir manter o foco na atribuição de culpas em vez de debater soluções dialógicas e construtivas.
Tragédias, realmente, são inevitáveis. Algumas, contudo, contam com uma forte contribuição da indiferença, incompetência, incredulidade e falta de seriedade. As deste tipo, como se vê, são as mais frequentes em nosso país desde 1500.
Crédito editorial: A.RICARDO / Shutterstock.com
100 mil mortos: um Maracanã lotado de lágrimas Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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oagirhj · 4 years
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Tem dias que acordar e levantar é difícil. Cabeça a mil, corpo doendo, alma cansada... Em alguns dias o cansaço te segura na cama sim, mas incrivelmente, já estamos de pé. Matamos dois leões por dia e prosseguimos, colecionando cada cicatriz que fica, com alegria. Acontece que para os intensos é no cansaço que se cria a conquista. É no cansaço que se encontra o caminho! É no cansaço que se fortalece a força da alma! A noite foi curta. O descanso foi rápido. Muito cedo já tem despertador tocando. Vambora! Quando acender a luz e for levantar, não te esqueças de sorrir e agradecer! Ora e ilumina a fé viva dentro de ti... Ela te segura, ela te sustenta, ela te renova, Deus te honra! Estar cansado pelo que se ama fazer, é troféu de batalha! Orgulhe-se! Vitorioso é aquele que retorna feliz para o mesmo lugar que o deixou exausto no dia anterior. Felizmente, Deus esteve no ontem e está aqui no presente, nos amparando em todo lugar, emprestando ombros, coração, abraços, refrigério, fé e esperança. Felizmente! Cleonio Clecia Dourado✍
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