Tumgik
#Mishná
elcielosobremi · 2 years
Quote
Quien salva una vida es como si salvara al mundo entero.
Talmud babilónico, tratado sanedrín
122 notes · View notes
cabala-hebraeorum · 1 month
Text
A Cabalá dos Hebreus
O texto abaixo é uma tradução de um pequeno livro do Célebre (ex) Rabino Convertido ao Catolicismo, David Paul Drach, contendo um resumo de alguns dos conceitos Básicos da Tradição do Sistema de Misticismo Judaico que ficou conhecido como Cabalá, e a Natureza Cristã de seus Mistérios.
"CAPÍTULO 1.
O que os Hebreus ensinam de sua Cabalá e de sua antiguidade; Principais Doutores dessa Ciência Esotérica; A Cabalá, que se transmitia, no início, oralmente, transmitida por escrito nos tempos posteriores; Livros que nos restam dessa redação; Os incrédulos procuram desnaturalizar-lhe o sentido.
§ 1. A Lei escrita e as duas leis orais, uma Legal, outra Mística ou Cabalística.
O termo Cabalá, que em hebraico quer dizer 'tradição recebida', קבלה, do verbo קבל (Kevel [receber]), indica, pelo próprio nome, que essa ciência é vista pelos rabinos como um ensinamento tradicional. Ela consiste, segundo esses doutores, em tradições que remontam aos tempos mais antigos; e, em essência, até Moisés, e mesmo até Adão. O legislador do povo hebreu – dizem eles – recebeu de Deus não apenas a Lei escrita, mas também a lei oral, isto é, sua interpretação tanto legal ou talmúdica quanto mística ou cabalística. Na verdade, jamais foi permitido aos hebreus explicar a palavra de Deus de outro modo que não de acordo com a tradição ensinada pelos antigos e, em última instância, nos casos duvidosos, senão segundo a decisão do supremo pontífice de cada época. Vede Deuteronômio 17,8.
Essas duas partes da lei oral não se compõem senão de tradições e de deduções lógicas a que deram lugar para determinar-lhe o sentido. É indubitável que nela foi introduzido, por assim dizer, muito dessas tradições apócrifas, ou desnaturadas, pelas quais os fariseus falseavam o sentido da Lei Santa, e que Nosso Senhor condenou nos termos mais severos. Mas aqui é o lugar de recordar a regra que dei em diversos pontos de minhas obras. Ei-la: toda tradição que ostenta o selo da verdadeira Religião, a qual – como tão bem o diz Santo Agostinho – remonta ao berço do gênero humano¹, é indubitavelmente autêntica. Por certo, não são da invenção dos rabinos as tradições que representam, na Divindade, Três Esplendores² Supremos, Distintos e, não obstante, Unidos Inseparavelmente numa Essência única da Unidade mais absoluta: as que estabelecem que o Redentor de Israel devia ser, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem;³ as que ensinam que o Messias se oferecera para tomar sobre si a expiação de todos os pecados dos homens;⁴ a que nos ensina que Shiloh, שילה, prometido pelo patriarca Jacó, é realmente o Messias⁵ – tudo isso que os doutores da Sinagoga moderna negam obstinadamente. Não é um rabino moderno que ousaria atribuir ao Zohar a explicação seguinte, confirmativa da do Evangelho, Mt 21,4-5: O 'simples⁶ montado num jumento', predito pelo Profeta Zacarias (9,9), é o Messias Filho de Davi.⁷
§ 2. Principais Doutores da Cabalá; O Zohar.
Aquele que ensinou a Cabalá mais brilhantemente e formou grande número de discípulos ilustres é o famoso Simeon-bar-Yochai, rabino do início do século II da nossa era. O dialeto em que se expressava é exatamente o dos judeus daquela época, o Siro-Jerusalemita, ao qual já se misturavam termos gregos e latinos. Ele ensinava, conforme ele mesmo nos informa, a tradição e a doutrina de mestres mais antigos que ele e atribui grande número, entre elas, ao Profeta Elias, a Moisés, chamado no Zohar de Pastor fiel, ‎רעיא מהימנא (Reya Mahimana), e ao anjo Metatron. Seus discípulos e os discípulos destes se ocuparam, mais tarde, de escrever suas lições e de formar com elas um só corpo, que recebeu o nome de Zohar - זהר - isto é, 'Esplendor'. Essa redação, evidentemente, que durou vários séculos, pelo menos recebeu, durante grande lapso de tempo, novas adições, uma vez que ali se encontram mencionadas as duas partes do Talmud, a Mishná e a Guemará, muito posteriores,⁸ e se fala, inclusive, do falso profeta Maomé.⁹ Os historiadores judeus asseguram que só chegou até nós uma pequena parte dessa compilação. Rabi Ghedalia, na crônica intitulada שרשרת הקבלה (Shersheret HaKabbalah), 'Corrente da tradição', fol. Mihi, pág. 23, rosto, edição de Solkwo, escreve: 'Fiquei sabendo, por uma tradição oral, que essa composição é de tal forma volumosa que, se fosse encontrada na totalidade, formaria a carga de um camelo'.
§ 3. Tratados e livros complementares do Zohar.
O texto do Zohar, conforme o temos hoje, encerra diversos tratados aí inseridos sucessivamente em diferentes épocas. Entre eles, distinguem-se o ספר הבהיר ("Sepher HaBahir"), o 'Livro da Claridade'. É anterior ao nascimento de R. Simeon bar Yochai, pois é de autoria de R. Nehunya ben Hakanah, que floresceu trinta ou quarenta anos antes da Encarnação do Verbo. Em seguida, foram editados separadamente, para completar a compilação cabalística, 1º o תקוני הזהר ("Tikunei HaZohar") 'Os Complementos do Zohar'; 2º o זהר חדש ("Zohar Chadash"), o 'Zohar Novo'; 3º o Zohar do Cântico dos Cânticos, o de Ruth, e das Lamentações. Entre os livros cabalísticos, não podemos deixar de mencionar o ספר יצירה ("Sepher Yetzirah"), o 'Livro da Formação', e diversos outros livros antigos, parte dos quais não é mais encontrada ou se oculta em meio aos manuscritos de algumas bibliotecas. O comentário cabalístico do Pentateuco ילקוט ר‎או‎ב‎ני ("Yalkut Rovni") fornece resumos de muitos desses livros atualmente perdidos. Inclui-se ainda no número dos principais livros cabalísticos o ספר רזיאל ("Sepher Raziel"), o 'Livro de Raziel'; mas este é preferentemente um tratado de teurgia.
§ 4. Regra para citar o Zohar.
Antes de prosseguir, penso que vem a propósito consignar aqui uma regra concernente à maneira de citar o Zohar. Esse livro, em todas as edições, divide-se em três partes mais ou menos iguais. A Primeira, sobre Gênesis; a Segunda, sobre Êxodo; a Terceira, sobre Levítico e os dois livros seguintes do Pentateuco. Distingue-se, em seguida, segundo as diversas edições, em Grande Zohar, זהר ה‎ג‎ד‎ו‎ל‎ ("Zohar HaGedul"), e em Pequeno Zohar, זהר הקטו‎ן‎ ("Zohar HaKatan"). A edição de Cremona, infólio, serve de modelo ao grande Zohar para a paginação. Ela é marcada pelos números das folhas e das colunas, à razão de duas por página. A edição de Lublin segue-a exatamente. O pequeno Zohar tem por modelo a edição de Mântua in-4º. Indicam-se tão somente as folhas, pois as páginas não são divididas em colunas. As três reimpressões de Amsterdã in-8º têm a paginação igual à desta última. Assim, a remissão às colunas, que facilita singularmente as pesquisas, se refere sempre ao grande Zohar. A edição de Sultzbach tem à margem a indicação das folhas e das colunas do Grande e do Pequeno Zohar.
§ 5.
(...)
§ 6.
(...)
§ 7.
(...)
§ 8.
(...)
CAPÍTULO 2
IDÉIA VERDADEIRA DA CABALÁ.
SEU USO NA SINAGOGA.
Vou expor o que é, de fato, a cabala judaica e submeto, sem temor, minhas provas à apreciação de todo homem de boa-fé e de bom senso. Será possível ver que, segundo a doutrina fundamental da Cabalá, o Universo é uma criação ex-nihilo do poder infinito de Deus.
Na realidade, toda ciência deve ter um fim prático. Ora, qual é o da Cabala?
O Zohar, principal código da Cabalá - parte 2ª, col. 362 - e depois dele todos os cabalistas respondem que seu fim é ensinar como devemos dirigir nossas intenções rogando a Deus; a qual esplendor e a qual atributo de Deus devemos recorrer principalmente em tal ou tal necessidade; [ 129 ] quais anjos podemos invocar para obter sua intercessão em determinadas circunstâncias; por quais meios nos devemos premunir contra a malignidade dos espíritos malfazejos, de que o ar está repleto. É precisamente para indicar com exatidão essas intenções, essas preces e essas fórmulas que o rabino Isaías Hurwitz, um dos mais eruditos cabalistas do século XVII, compôs um volumoso comentário cabalístico das orações usuais da sinagoga, sob o título (...), 'a porta do céu'. A consequência deriva disso naturalmente. A Cabalá fala de um Deus pessoal a quem devemos endereçar nossas preces, enquanto os panteístas se fazem Deus eles mesmos. Dizem com um filósofo coroado do Egito: 'meus Nilos são meus, fui eu que os fiz' (Ez 29,3).
Vi rabinos que, ouvindo pela primeira vez que a Cabalá continha os princípios do ateísmo, ficaram estupefatos. Acontece, muitas vezes, que, atacados de improviso por uma proposição estranha, despropositada, ficamos atônitos. Uma multidão de respostas apresenta-se confusamente, cada qual tão pressurosa de se manifestar primeiro que não sabemos por onde começar. Esses rabinos não podem deixar de exclamar: 'Mas isso não é possível! É um contrassenso, uma loucura. Como assim?! Nossos piedosos cabalistas de todos os séculos negando a existência de Deus! (...)!'.
Da difusão da ciência cabalística, os doutores da sinagoga moderna receiam um perigo de natureza totalmente contrária. Vários dentre eles excomungam os que publicam livros da Cabalá. Rabi Yehuda Arieh, conhecido como Leão de Módena, escreve, numa de suas obras intitulada (...), 'o Leão Rugidor': 'E eu conjeturo que Deus jamais perdoa os que fizeram imprimir semelhantes livros'. Na realidade, israelitas, ilustres tanto pela ciência quanto pela posição social, têm abraçado a Fé Católica levados tão somente pela leitura dos livros da Cabalá. Citei diversos deles em minha Harmonia, T. II, páginas XXXII-XXXV. Um discípulo do mesmo rabi Arié, Samuel ben Nahhmias, de rica família judia de Veneza, recebeu o Batismo na cidade natal em 22 de novembro de 1649, sob o nome Giuglio Morosini.
Esse Morosini é autor de uma volumosa e erudita obra em italiano intitulada Caminho da Fé mostrado aos Hebreus, Roma, imprensa da Propaganda, 1683, 2 vols. in 4º.
§ 1. A Emanação da Cabalá, e as Dez Sephiroth ou Esplendores; Os Três Esplendores Supremos
Os fautores do panteísmo imaginaram chamar em seu auxílio a Cabalá porque nela se fala, com frequência, de emanação. Abusando dessa expressão, enganaram grande número de pessoas incapazes de verificar as peças do processo. Pois bem! É precisamente essa doutrina de emanação que dá à Cabalá o caráter eminentemente Cristão que nenhum homem de boa-fé pode recusar reconhecê-lo aí. Nada mais fácil de mostrar.
A Cabalá distingue tudo o que é em quatro mundos, subordinados um ao outro: 1º) o Mundo Atzilútico (Emanativo); 2º) o Mundo Briático (Criativo); 3º) o Mundo Yetzirático (Formativo); 4º) o Mundo Assiático (Factivo, Factivus). Os três últimos, a partir do Mundo Criativo, são, conforme já o faz saber a denominação deste, criações ex nihilo da potência divina e, de modo nenhum, emanações da Essência de Deus. Os textos que acrescento mais adiante são formais a esse respeito.
A Emanação para, portanto, no primeiro mundo, que é o único incriado; ela aí permanece concentrada. Importa descrever, segundo a Cabalá, esse primeiro mundo. O Mundo Atzilútico compreende Dez Sephiroth (ספירות), isto é, Esplendores. A primeira é a coroa suprema (Kether Elyon), também chamada o Infinito (Ayn-Soph). Desta emana o segundo esplendor, chamado a Sabedoria (Chokhmah). Ela é Adão Primitivo (Adam Kadmon), assim denominado para ser diferençado do primeiro homem. Observamos, de imediato, que São Paulo chama esse esplendor encarnado Novissimus Adam - 1Cor 15,45.
Dele, com o concurso do esplendor supremo, cuja cooperação é necessária, emana o terceiro esplendor, chamado a Inteligência (Binah).
Tais são, conforme ensinam os cabalistas, os três Esplendores superiores, ou, melhor dizendo, Supremos (...), os únicos chamados Esplendores intelectuais (...). Embora distintos, não são senão uma Coroa Única (...); são Um, Um Absoluto, Unum Absolutum (...). Eis por que são representados por esses três círculos concêntricos;
(Imagem)
e por que se figura Deus Santo, Santo, Santo (Kadosh, Kadosh, Kadosh) por três Yods dispostos em triângulo equilateral e encerrados num círculo.
Tumblr media
Vede Minha Harmonia, T. I, p. 309.
É preciso ser completamente cego para não se aperceber, ou de todo obstinado para não confessar, que esses três esplendores são as Pessoas da indivisível e Santíssima Trindade na Essência Divina, uma da unidade mais absoluta. A Cabalá enuncia essa verdade em termos idênticos aos da Teologia Católica, [ 130 ] como o veremos nos resumos fornecidos por mim mais adiante. Mas trarei aqui um texto interessante. Não o extraio de um cabalista judeu, mas do tratado 'De natura Deorum', de Cícero, livro I, § 21 (nº 28 na edição de Leipzig, in-4º): 'Parmênides imaginou algo que tem a figura de uma coroa. Ele chama stephane (στέφανη, Coroa) a um círculo contínuo, brilhante, de luz, que encerra o céu; é assim que chama Deus'. [ 131 ] Não estão aqui os três esplendores supremos que formam uma única coroa? E, observemo-lo, o primeiro esplendor encerra o todo em seu círculo contínuo sem solução. Cícero, nada compreendendo da sublime lição que o metafísico de Eleia repetia, provavelmente segundo uma tradição, acrescenta com a suficiência muito digna de um filósofo: 'Não poderia vir ao pensamento de ninguém que um círculo seja a figura da Divindade nem que tenha sentimento'. [ 132 ] Cícero não podia, porém, ignorar que os egípcios e outros povos antigos, famosos pela sabedoria, representavam o Deus supremo, eterno, infinito, por uma serpente enrolada em círculo, com a cauda na garganta; em termos de cabala, (Ayn-Soph), absque fine.
Os sete outros esplendores, emanados cada qual de tudo que os precede, são:
O Quarto, a Grandeza (Gedulah), também chamada Benignidade (Chesed).
O Quinto, a Força (Geburah), também chamado Rigor, estrita justiça (?).
O Sexto, a Beleza (Tiphereth).
O Sétimo, a Vitória, ou a Eternidade (Netzach).
O Oitavo, a Glória (Hod).
O Nono, o Fundamento, ou a Base (Yesod).
O Décimo, a Realeza (Malkuth).
Os sete Esplendores formam uma classe à parte, sob a denominação genérica de Conhecimento (Daat). O Conhecimento, diz R. Joseph Gikatilia, no tratado hrvh yrow (as portas da luz), é a maneira de ser das representações divinas que vêm após o hgyb (o Esplendor Inteligência), sem, todavia, formarem, por si mesmas, um esplendor, hryps, à parte.
§ 2. Os Sete Esplendores compreendidos sob a denominação "Conhecimento" ou Atributos Divinos.
É evidente, para todo espírito honesto, que, se os três primeiros esplendores, (Sephiroth), são Deus em Três Pessoas na ordem de procissão que nos ensina a Fé Católica, os sete Esplendores que se seguem são, conforme o declaram expressamente os cabalistas, os Atributos de Deus, [ 133 ] e, mais exatamente, Deus em seus atributos. Na realidade, eles compreendem todas as perfeições Divinas. Esses Esplendores são também emanações, pois os atributos Divinos são inseparáveis da Divindade e constituem uma unidade perfeita entre eles e em Deus.
Que os dez Esplendores – Sephiroth em hebraico – não são senão o conjunto – se é permitido empregar essa expressão – do Ser Supremo é o que prova ainda o Nome Divino atribuído a cada um deles, a saber:
O Primeiro é chamado (Ehyeh) - 'Eu Sou Aquele que É'.
O Segundo, ([Yah] abreviação do Nome Jehovah).
O Terceiro (Jehovah), pontuado das vogais do Nome Divino Elohim (...).
O Quarto (...) e, segundo outros, (El); Deus.
O Quinto, (...), Deus.
O Sexto, (...), Jehovah.
O Sétimo, (Jehovah Sabaoth), Jehovah das Potências.
O Oitavo, (...), Deus das Potências.
O Nono, (El Chai), Deus vivo.
O Décimo, (...), Adonai.
Eu disse que os Atributos Divinos são inerentes a Deus; é o que a Filosofia e a Teologia Cristã ensinam. Eis, em primeiro lugar, como se expressa o corifeu dos teólogos modernos, o R. P. Peronné: “Admitti nequit ulla realis distinctio inter Deum ejusque attributa, sive absoluta sive relativa, neque inter attributa absoluta ipsa. Si enim ejusmodi daretur distinctio, admitti in Deo deberet realis compositio atqui haec compositio in Deum cadere non potest, qui est omnino simplex; excludi igitur a Deo debet omnis realis distrinctio, sive inter Divinitatem ejusque attributa absoluta ac relativa, sive inter attributa absoluta ipsa” - 'Praelect. Theol., De Dei simplicitate', Prop. IV.
E, para que não se diga que essa filosofia de um Religioso se arrasta na trilha da Teologia, citarei a de um filósofo de todo insuspeito de excesso de zelo pelas idéias cristãs. 'Hoc primum tene', diz Bayle, 'nihil esse in Deo quod non sit Deus atque adeo attributa divina non esse qualitates seu perfectiones ab Essentia divina distinctas, nisi secundum nostrum concipiendi modum' - 'Systema totius philosophiae. Metaphysicae specialis', cap. III, art. 3.
Ao Evangelista, não lhe foi preciso mais que uma palavra para exprimir essa verdade, a saber, que os atributos de Deus estão essencialmente em Deus. 'Deus é Amor', disse ele - 1 João 4,16.
§ 3. Os Sete Espíritos de Apocalipse 1,4.
O discípulo bem-amado, assaz ditoso para repousar a cabeça sobre o Sagrado Coração de Jesus, recumbens in sinu Jesu, esgotou, nessa fonte Divina, o conhecimento dos mistérios mais profundos e mais temíveis. Não receio afirmar que vejo os dez esplendores claramente enunciados no célebre versículo de seu Apocalipse 1,4. 'Gratia vobis et pax ab eo qui est et qui erat et qui venturus est, et a septem Spiritus qui in conspectu throni ejus sunt.' Não repetirei que esses três tempos do verbo ser, pois 'venturus est', (...), equivalem, segundo o hebraico, à 'erit', são, se ouso me exprimir assim, a moeda do Nome Divino Jehovah, (...), que, pelos elementos, denota admiravelmente o Mistério da Santíssima Trindade. Comentaristas sérios já demonstraram que o Santo Apóstolo designa, por excelência, por esses três tempos do verbo, as Três Adoráveis Pessoas do Deus um; e eu mesmo desenvolvi prolixamente, em minha obra Harmonia, essa significação do Tetragrammaton. Eis aí, em primeiro lugar, os três Esplendores supremos.
Mas o que quero, sobretudo, estabelecer aqui é que os septem Spiritus desse versículo são, na realidade, os sete últimos esplendores, isto é, Deus em seus atributos absolutos.
A diversos comentaristas parece inadmissível a opinião dos que tomam esses sete espíritos por Anjos. Pois só Deus, com exclusão de toda criatura, por elevada que seja, inclusive na hierarquia celeste, tem o direito e o poder de conceder esse estado de Graça espiritual chamado 'Gratia et Pax', tradução verbal do hebraico (...). Esses dois termos bíblicos exprimem, com nitidez, a feliz união da alma com Deus, a graça, vaso precioso que, ai de nós!, é tão frágil nas mãos dos frágeis humanos.
O capítulo quinto distingue os sete espíritos dos anjos de tal modo que não seria possível os confundir. Vede os versículos 6 e 11. Em nenhum lugar do Apocalipse, veem-se os anjos chamados de espíritos. Essa saudação Gratia et Pax São Paulo apraz-se em repeti-la à testa de quase todas as suas epístolas, [ 134 ] tesouro da Teologia Cristã. Ora, o grande Apóstolo, como é de razão, não atribui esse dom celeste senão a Deus: 'Gratia et Pax a Deo Patre nostro et Domino nostro Jesu Christo'. Deve-se, pois, concluir que em nosso versículo do Apocalipse São João deseja às sete igrejas da Ásia a graça e a paz da alma da parte de tudo o que está em Deus, suas hipóstases e seus atributos.
A preposição 'et', (...), antes de 'a Septem Spiritus', não distingue esses espíritos do que precede. Grotius, com sua visão tão justa, já observou que há aqui a figura, tão comum entre os hebreus e os gregos, chamada (...) palavra por palavra, uma mesma coisa expressa de duas maneiras.
Ele explica em seu comentário que os sete espíritos são a Providência Divina, que se manifesta em diversas formas, chamada, mais adiante, cap. 5,6, os Olhos de Deus. 'Et oculos septem, qui sunt septem spiritus Dei, missi in omnem terram', diz São João. Grotius acrescenta: 'Et sic erit (...); optatur enin pax a Deo et septem Spiritibus, id est, a Deo per hos septem modos operante'. O Apóstolo do Verbo (In principio erat Verbum) declara, ao mesmo tempo, em seu Apocalipse, que o Verbo é Deus, e que, consequentemente, os Sete Espíritos lhe são inerentes, bem como o são a seu pai. Ele se exprime, nesse sentido, na quinta carta escrita por ordem de N. S. J. C.: “Haec dicit qui habet septem spiritus Deis”.
Um sábio jesuíta, o Padre Alcazar, autor de volumoso comentário do Apocalipse, [ 135 ] reconheceu perfeitamente que esses Sete Espíritos nada mais são, mesmo no sentido literal, que os Atributos Divinos absolutos. Eis aqui como Cornelius a Lapide resume sua exposição: 'Alcaçar per hosce septem spiritus accepit septem Dei virtutes, sive attributa in quibus consistit integra Providentiae perfectio. Porro haec dotes sunt in Deo, suntque reipsa ipse Deus: unde ab iis pacem et gratiam suis precatur Johannes. Haec ergo virtutes in Deo sunt immensae, nec ullum habent finem, nec limitem; ideoque vocantur Spiritus cum angelos Johannes in Apocalypsi angelos vocet, non spiritus'.
§ 4. As Sete Luzes Resplandescentes no Apocalipse 4,5 e os Sete Olhos de Jehovah em Zacarias IV,10.
Agora, o texto do Cap. 4, versículo 5, torna incontestável que os Sete Espíritos são precisamente os sete últimos Esplendores dos cabalistas. É dito aí, positivamente, que os Sete Espíritos são luzes resplandecentes e ressonantes dos focos que resplendem diante do Trono Celeste. 'Et de Throno procedebant fulgura et voces et tonitrua, et septem lampades ardentes, ante thronum, qui sunt Septem Spiritus Dei'. Todo esse versículo trata de uma única e mesma coisa, como foi dito anteriormente.
Essas luzes, atributos, modos, da Providência de Deus são chamadas em Zacarias, IV,10, os sete olhos de Jehovah, que passeiam por toda a terra.
'Septem ist oculi sunt Domini (hebraico, Jehovae, do Deus trin), Qui discurrunt in universum terram'. O Apóstolo São João, por sua vez, declara que esses olhos são os Espíritos de Deus. 'Tinha Ele (O Cordeiro Imolado) sete chifres e sete olhos que são os sete Espíritos de Deus, enviados por toda a terra' (Ap 5,6). Os cabalistas não deixam de dizer, segundo o texto citado de Zacarias, que os sete esplendores eram representados pelas sete luminárias do candelabro de ouro do templo; que essas luminárias representavam, do mesmo modo, os sete planetas, pela influência dos quais, segundo a crença dos rabinos, a Divina Providência se manifesta nesse mundo inferior (...). Enfim, o que acaba de confirmar que é esse o sentido dos Sete Espíritos de São João é o fato de o Apóstolo, no capítulo 5 do Apocalipse, depois de os ter atribuído ao Cordeiro, para nos repetir o 'Deus erat Verbum' de seu Evangelho, fazer do versículo 12 a precisa enumeração dos sete esplendores: 1. Virtus; 2. Divinitas; 3. Sapientia; 4. Fortitudo; 5. Honor; 6. Gloria; 7. Benedictio.
Vê-se pelo que precede que comentadores de grande autoridade quase acertaram no alvo, pois que reconheceram nesses espíritos os Atributos Divinos. Eichhorn, que, no século XVIII, se tornou ilustre pelos grandes trabalhos sobre a Bíblia, transpôs o último obstáculo em sua Introduction au N. T. No tomo I, p. 347, ele não hesita em declarar que os sete espíritos do Apocalipse pertencem ao sistema sephirótico (isto é, das Sephiroth, esplendores) da Cabala. 'Cabbalistisch sind', diz ele, 'die sieben Geister Gottes.'
Tal é, pois, o Mundo Atzilútico dos cabalistas, o único mundo incriado, isto é, Deus com seus atributos relativos (na qualidade de três Pessoas) e seus atributos absolutos (suas perfeições, na qualidade de Deus um). Essas primeiras Dez Sephiroth são, por conseguinte, um todo indivisível. 'Mistério dos mistérios do Ancião dos Dias', diz o Zohar, 'que não foi sequer confiado aos anjos das alturas.' (Zohar, parte 3ª, col. 243). É o 'Deus jamais visto', de São João - Cap. I, versículo 18. Nem sequer aos Anjos, dizem os Padres da Igreja; pois que se trata aqui do que os teólogos chamam a visão compreensiva.
§ 5. A Árvore Cabalística e Nolito Tangere.
A figura mais comum sob a qual são representadas as dez Sephiroth é esta aqui, conhecida como Árvore Cabalística.
Tumblr media
Os mundos diversos, as hierarquias de anjos, tanto bons quanto maus, esses chamados cascas (Kelipot), são igualmente diferençados em dez Sephiroth.
Cada Sephirah, por seu turno, tem também suas dez Sephiroth. Disso resulta um número ilimitado de árvores cabalísticas. É o que se chama 'o Pomar' - פרדס (Pardes). Eis a razão por que os cabalistas ensinam que aquele que se afoita a tirar desse sistema doutrinas errôneas 'destrói as plantas', (...); e que pretender perscrutar esses sublimes mistérios é introduzir-se no pomar (...)
O Talmud, tratado Ilhaghiga fol. 14 verso, nomeia quatro indivíduos que ousaram se introduzir no pomar. O primeiro foi vítima de morte súbita; o segundo, de alienação mental; o terceiro destruiu as plantas e, apesar da grande erudição em matéria da santa doutrina, tornou-se ímpio e morreu impenitente; o quarto retirou-se a tempo e não sofreu nenhum acidente.
Coloco aqui, de boa vontade, essas palavras do admirável livro da Imitação: 'Si non intelligis, nec capis, quae infra te sunt, quomodo comprehendes quae supra te sunt?'.
Os rabinos cabalistas da Idade Média não recuavam diante desses exemplos de castigo. Acontecia-lhes agitar questões tão curiosas quanto perigosas.
Eles perguntam entre outras coisas: Pois que Deus preenche todo espaço, em que lugar a Coroa suprema, causa das causas, pôde fazer emanar de si outra Sephirah, a primeira, por exemplo? É como se se perguntasse: que lugar a imensidade, a ubiquidade do Pai pôde dar ao Verbo engendrado?
Eles respondem que o Infinito operou sobre si mesmo uma espécie de contração - צמצום (Tzimtzum); retirou-Se em Si mesmo, sem que, não obstante, fosse o espaço privado de Sua Luz. Há que convir que é o mesmo que se introduzir no pomar da maneira mais temerária, e que, agitando semelhantes questões, se está bastante perto de destruir as Plantas. De resto, esses cabalistas eram muitíssimo rabinos para compreender que na Essência Divina Atzilútica a existência da Causa das causas e a geração ou procissão das causas, Causatorum, são coeternas, sem começo nem fim: 'nihil prius aut posterius'.
'Gloria sanctissimae eT individuae Trinitati, Patri et Filio et Spiritui Sancto; sicut erat in principio et nunc et semper, et in saecula saeculorum. Amen.'
_____
NOTAS
Sobre o autor.
[1]. Santo Agostinho;...
[2]. Drach: "Traduz-se Sephirah, ספירה, por Numeração e por Esplendor. Os resumos que apresento mais adiante provam que o último sentido é o único verdadeiro.
Vede os resumos que se seguem. Lembro aqui que em minha obra, De l'Harmonie, cito autoridades segundo as quais o grande mistério da Trindade deveria permanecer como segredo de apenas algumas personagens privilegiadas, (...), e só ser divulgado depois do advento do Messias."
[3]. C.f. Drach, "De l'Harmonie", T. I, págs. 70 á 107; T. II, págs. 387 á 485.
[4]. Drach:
"Zohar, 2ª parte, colunas 379, 380: 'O Messias se apresenta e brada:
Que todos os sofrimentos, todas as doenças (espirituais) de Israel caiam sobre mim! Todas, então, caem sobre Ele. E, se Ele não houvesse descarregado Israel para as tomar sobre si mesmo, não teria havido nenhum homem capaz de suportar as penas que Israel merecia pela transgressão da Lei Santa. É o que diz o Profeta (Is 53,5): 'Ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades'.
(N.T. - Texto original:
"בְּשַׁעֲתָא דְּאַמְרִין לֵיהּ לִמְשִׁיחָא צַעֲרָא דְּיִשְׂרָאֵל בְּגָלְוּתְהוֹן, וְאִינּוּן חַיָּיבַיָּא דִּי בְּהוֹן, דְּלָא מִסְתַּכְּלֵי לְמִנְדַּע לְמָארֵיהוֹן, אָרִים קָלָא וּבָכֵי, עַל אִינּוּן חַיָּיבִין דִּבְהוּ. הֲדָא הוּא דִכְתִיב, וְהוּא מְחוֹלָל מִפְּשָׁעֵינוּ מְדוּכָּא מֵעֲוֹנוֹתֵינוּ תַּיְיבִין אִינּוּן נִשְׁמָתִין וְקַיְימִין בְּאַתְרַיְיהוּ."
- "Vayakhel", 212a ["Zohar; Parashiot, KiTisa, Vayakhel", 1995, מכון דעת יוסף, página 211]).
Nova prova contra os rabinos de que esse capítulo trata do Messias.
O Midrash Yalkut sobre o cap. 60 de Isaías, no 359, transcreve longa passagem do livro antigo Peciqta-Rabba, que narra a conversa do Messias com Deus Pai. O Messias aceita com coração jubiloso a expiação dos pecados de todos os filhos de Adão, passados, presentes e por nascerem; e isso apesar do quadro apavorante que Deus lhe apresenta dessa dolorosa expiação.
(N.T. ...)
Não é esse o Messias esperado pelos judeus. Ele deve rejuntá-los de sua dispersão, devolver-lhes Jerusalém e aí reerguer o templo, depois de lhes haver submetido o restante das nações da terra. Digo o restante, pois elas serão, em grande parte, exterminadas. Há, atualmente, grande número de judeus que não têm muita fé no advento do filho de Davi e, dado o caso, não se preocuparia de o seguir na Palestina. Encontrando-me na maravilhosa quinta de um ricaço dessa nação, eu disse ao meu hospedeiro:
Se o Messias chegasse, abandonarias com desgosto essa bela propriedade. – 'Quando ele vier' - disse ele - 'suplicar-lhe-emos que conduza à terra santa os goyim (os Cristãos) e que nos deixe tranquilos na França, onde nos encontramos perfeitamente bem.'"
[5]. Drach;
"Zohar, 1ª parte, col. 504: 'O nome Shiloh, como é aqui ortografado, שילה - Gn 49,10 -, indica que o Nome Santo supremo da Divindade estará Nele. Tal é o mistério aqui anunciado'.
Rabbi Solomon Yarhhi explica igualmente esse nome por Messias, conforme as três paráfrases caldaicas: de Onkelos, de Yonathan-ben-Uziel e de Jerusalém.
Talmud tratado Sanhedrim, fol. 98 verso: 'Shiloh é o nome do Messias, pois é assim chamado na Profecia de Jacó'."
[6]. Drach;
"O Hebraico e a Vulgata de Zacarias trazem Pauper, e não Mansuetus.
São Justino cita o versículo, certamente de memória, como se ali fossem lidos os dois: χαὶ πραῢς χαὶ πτωχός."
[7]. Drach;
"O Zohar, 1ª parte, col. 505; 2ª parte, col. 171, e o Talmud, tratado Sanhedrin, fol. 98 rosto, citam o versículo de Zacarias como designando o Messias."
(...)
[8]. Drach;
"O autor do 'De Kabbala denudata', Knorr, Barão de Rosenroth, diz no tomo II, p. 5 do prefácio: 'Que nem a Gemara, nem qualquer livro talmúdico, faz menção a ele (isto é, o Zohar) em lugar nenhum'. Isso é um erro evidente. O Zohar menciona o Talmud e suas diversas divisões em vários lugares. Vede, entre outros, 1ª parte, col. 347; 2ª parte, col. 357; 3ª parte, col. 45, 49, 290, 540, 541. O próprio Knorr, no tomo I da versão latina do livro שערי אורה‎ ("Shaarei Orah") do rabino José Gikatilia, refere uma passagem do Zohar em que se fala dos três tratados do Talmud intitulados Baba-qamma, Baba-metzia, Baba-batra.
Vede Kabbala denudata, t. I, p. 184 da 1ª parte.
Mais adiane, p. 7, Knorr escreve: 'Acrescente que mesmo contra Cristo em todo o livro (isto é, o Zohar) não é nem um pouco cuspido, como geralmente é feito nos escritos judaicos modernos'. Outro erro. No Zohar, 3ª parte, col. 546, Jesus, nomeado com todas as letras, é qualificado da maneira mais blasfema. Citei essa passagem conforme uma edição de Amsterdã em minha Harmonia, t. II, p. 27 da 'Notice sur la cabale des Hébreux'.
Em algumas edições, sobretudo nas submetidas à Censura Cristã, o lugar dessa passagem é deixado em branco, ou marcado por uma estrela, para advertir o leitor de que há palavras a completar.
Franck, que parece não ter estudado o Zohar senão na versão bastante suspeita de Rosenroth, repete esse erro deixando crer inteiramente que se certificou do fato. Às páginas 106 e 107 de seu 'De Kabbala', ele diz: '... e não se encontra aí (no Zohar) uma única vez o nome do Cristianismo ou o do seu Fundador'.
Como a obra do Barão alemão, Kabbala denudata, é o grande reservatório onde vão beber todos os que não podem ler o texto mesmo dos rabinos, acho necessário assinalar seus defeitos: 1º) Nos dois volumes, os textos em caracteres hebraicos estão estranhamente desfigurados por inúmeros erros tipográficos. 2º) A versão latina desses textos é, com frequência, inexata. 3º) As remissões ao Zohar são, na maior parte, mal indicadas. 4º) Não é raro encontrar aí o sentido dos textos alegados interrompido por alíneas que parecem dar início a uma nova frase, enquanto são apenas a continuação da frase começada na alínea precedente."
[9]. Zohar, 3ª parte, col. 546.
0 notes
Text
Origens do idioma hebraico
Tumblr media
Origens do idioma hebraico O idioma hebraico (עברית, ivrit) é uma língua semítica pertencente à família das línguas afro-asiáticas, o termo semítico determina que bem como o árabe e o persa, sua origem é um tanto desconhecida. As primeiras bases da Bíblia, a Torá, que os judeus ortodoxos consideram ter sido escrita na época de Moisés, cerca de 3.300 anos atrás, foi redigida no hebraico chamado de “Hebraico Clássico”. Embora hoje em dia seja uma escrita foneticamente impronunciável, portanto indecifrável, devido à não-existência de vogais no alfabeto hebraico clássico, os judeus têm-na sempre chamado de לשון הקודש, Lashon haKodesh (“A Língua Sagrada”) já que muitos acreditam ter sido escolhida para transmitir a mensagem de Deus à humanidade. Origens do idioma hebraico Após a primeira destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C., com o retorno dos judeus para a Terra de Israel, o hebraico clássico foi substituído no uso diário pelo aramaico, tornando-se primariamente uma língua regional, tanto usada na liturgia, no estudo do Mishná (parte do Talmude), bem como também no comércio. Sendo que nos dias de Yeshua (Jesus), este idioma clássico ainda era falados sacerdores, levitas, saduceus e os fariseus doutores da lei, mas o povo em geral utilizava o Aramaico como idioma no dia a dia. Após a destruição de Jerusalém no ano 70 DC, os judeus foram aos poucos expulsos da Terra de Israel, os que ficaram sofreram influencia dos muitos povos que dominaram na região e o Hebraico deixou de ser utilizado como idioma nacional, passando ser utilizado apenas em liturgias religiosas. O hebraico renasceu como língua falada durante o final do século XIX e começo do século XX como o hebraico moderno, adotando alguns elementos dos idiomas árabe, ladino, iídiche, e outras línguas que acompanharam a Diáspora Judaica como língua falada pela maioria dos habitantes do Estado de Israel, do qual é a língua oficial primária (o árabe também tem status de língua oficial).Origens do idioma hebraico Hebraico Clássico Hebraico bíblico, também chamado de hebraico clássico, é a forma arcaica da língua hebraica, uma língua semita falada na área conhecida como Canaã, entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Hebraico bíblico é conhecido por volta do século 10 AC, e persistiu durante todo o período do Segundo Templo (que termina em 70 dC). O Hebraico bíblico tornou-se eventualmente hebraico Mishnaico que foi usado até o segundo século EC. O Hebraico bíblico é mais bem utilizado na Bíblia Hebraica, a Bíblia é um documento que reflete vários estágios da língua hebraica em sua forma consonantal, bem como um sistema vocálico que foi adicionado mais tarde, na Idade Média. Há também algumas evidências de variação dialética regional, incluindo as diferenças entre o hebraico bíblico falado no Reino do Norte de Israel e no Reino do sul, o Reino de Judá.Origens do idioma hebraico Hebraico Bíblico foi escrito com um número de diferentes sistemas de escrita. Segundo os historiadores, os hebreus adotaram a escrita fenícia em torno do século 12 AC, que teria evoluído como a escrita Paleo-Hebraico. Esta foi mantida pelos samaritanos, que usam o manuscrito Samaritano desde então até os dias de hoje. No entanto, o roteiro aramaico gradualmente deslocou o roteiro Paleo-Hebrew para os judeus, e tornou-se a fonte para o alfabeto hebraico moderno. Todas esses escritas faltavam letras para representar todos os sons do hebraico bíblico, ainda que estes sons são refletidos mas transcrições em grego e latim da mesma época.Origens do idioma hebraico Estas escritas originalmente utilizadas apenas como consoantes, mas certas letras, conhecidas como matrizes de leituras, tornaram-se cada vez mais usadas para marcar as vogais. Na Idade Média, vários sistemas de sinais diacríticos foram desenvolvidos para marcar as vogais em manuscritos hebraicos, dos quais somente o sistema Tiberiano ainda está em ampla utilização. O Hebraico Bíblico possuía uma série de “enfátizações” nas consoantes cuja articulação precisa é disputada, provavelmente palatais, guturais ou falangiais. O Hebraico Bíblico anteriormente possuía três consoantes que não têm suas próprias formas no sistema de escrita, mas com o tempo eles se fundiu com outras consoantes. As consoantes se desenvolveram em alofones fricativos sob a influência do aramaico, e esses sons se tornaram uma marginal fonêmica. Os fonemas da faringe e da glote sofreu enfraquecimento em alguns dialetos regionais, como refletido na moderna tradição de leitura do Hebraico Samaritano. O sistema de vogal do Hebraico Bíblico mudou drasticamente ao longo do tempo e é refletida de forma diferente nas transcrições do grego antigo e latim, sistemas de vocalização medieval, moderna e as tradições de leitura. Hebraico Bíblico tinha uma morfologia típica semita, colocando raízes triconsonantal em padrões para formar palavras. Hebraico bíblico distinguia dois gêneros (masculino, feminino), três números (plural, singular e extraordinariamente dual). Verbos foram marcados para voz e expressão, e teve duas conjugações que pode ter indicado aspecto e / ou tenso (a questão de debate). O tempo ou aspecto dos verbos também foi influenciado pela conjugação, na construção VAV chamados consecutivos. Ordem das palavras padrão era verbo-sujeito-objeto, e os verbos flexionados para o número, gênero e pessoa do seu objecto. Sufixos pronominais podem ser anexado aos verbos (para indicar objeto) ou substantivos (para indicar posse), e substantivos tinham formas de construção especial para uso em construções possessivas.Origens do idioma hebraico Hebraico Mishnaico O termo Hebraico Mishnaico refere-se à dialetos do hebraico que são encontrados no Talmud, exceto citações da Bíblia hebraica. Os dialetos podem ainda ser sub-dividido em Hebraico Mishnaic (também chamado de Hebraico Tanaitico, Hebraico da Lei Rabínica, ou Hebraico Mishnaico I), que era uma língua falada, e hebraico Amoraico (também chamado Hebraico Rabínico Tardio ou Hebraico Mishnaico II), que foi uma língua somente literária. A língua hebraica Mishnaica ou o início de idioma hebraico rabínico é um descendente direto do antigo hebraico bíblico como preservado pelos judeus depois do cativeiro babilônico, e definitivamente gravados por sábios judeus, por escrito, os documentos da Mishnah e outros contemporâneos. Não foram utilizados pelos samaritanos, que preservaram seu próprio dialeto, o Hebraico Samaritano. A forma de transição da língua ocorre em outras obras na literatura Tanaitica datada do início do século, com a conclusão da Mishná. Estes incluem o Midrashim Halachic (Sifra, Sifre, Mechilta etc) e a coleção expandida do material do Mishnah relacionado com o conhecido como o תוספתא Tosefta. O Talmud contém trechos destas obras, bem como material Tanaitico ainda não atestado em outro lugar; o termo genérico para essas passagens é Baraitot. O dialeto de todas essas obras é muito semelhante ao Hebraico Mishnaico. Este dialeto é surgiu principalmente a partir do 2º ao 4º século DC, correspondente ao Período Romano após a destruição do Templo em Jerusalém e foi representado pela maior parte no Mishnah e na Tosefta dentro do Talmud e pelos Manuscritos do Mar Morto, são considerada também as cartas de Bar Kokhba e o Rolo de Cobre. Também chamado de Hebraico Tanaitico ou Hebraico Rabínico Precoce. A primeira seção do Talmud é a משנה Mishnah que foi publicado por volta de 200 DC e foi escrito no dialeto Mishnaico anterior. O dialeto também é encontrado em certos trechos dos manuscritos do Mar Morto.Origens do idioma hebraico Cerca de um século após a publicação da Mishná, o Hebraico Mishnaico começou a cair em desuso como língua falada. No período posterior do Talmud, a Guemará babilônica גמרא, comentários publicados cerca de 500 DC, geralmente na Mishná e Baraitot em Aramaico. (Uma versão anterior do Gemara foi publicada entre 350-400 AD.) No entanto, o hebraico sobreviveu como língua litúrgica e literária, na forma do hebraico depois como Amoraico, que às vezes pode ser visto no texto da Gemara. O Hebraico Mishnaic se desenvolveu sob a profunda influência do aramaico falado em todas as esferas da linguagem, incluindo fonologia, morfologia, sintaxe e vocabulário. Fonética Origens do idioma hebraico Muitos dos traços característicos da pronúncia hebraica pode muito bem ter sido encontrado já no período do hebraico bíblico tardio. Uma característica notável que a distingue de hebraico bíblico do período clássico é acentuação pós-vocálica pára (b, g, d, p, t, k), que tem em comum com o aramaico. Uma característica nova é que a letra M final é muitas vezes substituída por N final na Mishna (ver Bava Kama 1:4, “מועדין”), mas apenas em conotações fonéticas. Talvez a consoante final nasal nestes morfemas não éra pronunciada, e ao invéz disso, a vogal anterior à ela era nasalizadas. Alternativamente, os morfemas podem ter mudado sob a influência do aramaico. Além disso, alguns manuscritos sobreviventes da Mishná confundem as consoantes guturais, especialmente (א) (uma parada glotal) e ‘ayin (ע) (a fricativa faríngea, gutural). Que poderia ser um sinal de que eles foram pronunciados da mesma forma no Hebraico Mishnaico. Bem como nos dias de hoje são pouco difenciados no Hebraico Moderno. Hebraico Medieval Origens do idioma hebraico O Hebraico Medieval tem muitas características que o distinguem das formas mais antigas do hebraico. A Gramática, sintaxe, estrutura de sentença, e também incluem uma grande variedade de novos itens lexicais, que são geralmente baseados em formas mais antigas.Origens do idioma hebraico Na idade de Ouro da Cultura Judaica na Espanha um importante trabalho foi feito por gramáticos para explicar a gramática e o vocabulário do hebraico bíblico, muito disso foi baseado no trabalho dos gramáticos de árabe clássico. Gramáticos hebreus importantes foram Judah ben David Hayyuj e Jonas ibn Janah. Uma grande parte da poesia foi escrita, por poetas como Dunash Ben Labrat, Solomon ibn Gabirol, Judah ha-Levi, haKohen David e os dois Ezras Ibn, em uma “purificação” em hebraico com base no trabalho desses gramáticos, e em árabe metros quantitativos (ver piyyut). Este hebraico literário foi usado mais tarde pelo poetas italianos judeus. A necessidade de expressar conceitos científicos e filosóficos de grego clássico e o Hebraico Medieval motivado pelo Árabe Medieval influenciou a terminologia e a gramática a partir desses outros idiomas, ou a termos de moeda equivalente a partir de raízes existentes no hebraico, dando origem a um estilo distinto do hebraico filosófico. Muitos paralelos diretos em árabe medieval. A família Tibbon Ibn e, especialmente, Samuel ben Judah ibn Tibbon foram pessoalmente responsáveis pela criação de grande parte desta forma de hebraico, que empregaram em suas traduções de materiais científicos do árabe. Naquele tempo, a original judaica de obras filosóficas eram geralmente escritas em árabe, mas como o passar do tempo, esta forma de hebraico era usada para muitas composições originais também. Outra influência importante foi Maimonides, que desenvolveu um estilo simples, baseado no Hebraico Mishnaico para usar em seu código de leis, o Mishneh Torá. Literatura rabínica posterior que foi escrita em uma mistura entre este estilo e o hebraico rabínico Aramaizado do Talmud. No final do século XII e início do século XIII o centro cultural de Judeus no Mediterrâneo foi transferido de um contexto islâmico para terras cristãs. O hebraico escrito usado no Norte da Espanha, Provença (um termo para todo o sul da França) e da Itália era cada vez mais influenciado pela América, particularmente nos escritos filosóficos, e também por diferentes vernáculos (provençal, italiano, etc.) Na Itália, testemunhamos o surgimento de um novo gênero, léxicos filosóficos Italiano-Hebraico. O italiano desses léxicos era geralmente escrito em caracteres hebraicos e são uma fonte útil para o conhecimento da filosofia escolástica entre os judeus. Um dos primeiros léxicos que foi por Moisés b. Shlomo de Salerno, que morreu no final do século XIII. Ele foi feito para esclarecer os termos que aparecem em seu comentário sobre o Guia dos Perplexos de Maimônides. O glossário de Moisés de Salerno foi editado por Giuseppe Sermoneta em 1969. Há também glossários associados aos sábios judeus que fizeram amizade com Pico della Mirandola. Moisés de Salerno também fez um comentário sobre o Guia também contém traduções italianas de termos técnicos, o que traz sistema islâmico de influência do Guia filosófico em confronto com a escolástica do século XIII italiano. O Hebraico também foi usado como língua de comunicação entre os judeus de diferentes países, particularmente para o propósito do comércio internacional. Mencionam-se ainda cartas preservadas no geniza Cairo, que mostram que o hebraico e o árabe influenciaram os judeus do Egito medieval. Os termos árabes e sintaxe que aparecem nas cartas constituem uma importante fonte para a documentação da língua falada em árabe medieval, desde que os judeus em terras islâmicas tendem a usar o árabe coloquial, por escrito, em vez de árabe clássico, que é o árabe que aparece em medievais. Use este conhecimento para aprender novas palavras e construir sua vocabulário Aprender palavras básicas em hebraico pode ajudá-lo a ganhar fluência no idioma. Você pode usar as informações sobre as raízes históricas do hebraico para construir um vocabulário de base e começar a descobrir mais sobre como o idioma funciona. Isso permitirá que você explore os detalhes do hebraico e seja capaz de formar frases complexas. Se você usar o conhecimento da raiz etimológica para estudar hebraico, você pode começar a compreender melhor a morfologia do idioma. Se pensarmos no inglês, por exemplo, seu vocabulário é repleto de palavras que derivam de outros idiomas. Ao olhar para a origem das suas palavras em inglês favoritas, você pode começar a ver onde essas palavras foram construídas e como funcionam juntas para formar frases mais complexas. O mesmo vale para o hebraico - usando conhecimentos históricos e as relações entre as palavras hebraicas, você pode começar a compreender o significado de cada palavra em contexto. Fonte: cafetorah.comTalk and Chalk  Talk France Read the full article
1 note · View note
locofrade · 1 year
Text
Cuando se habla de cofradías
Tumblr media
Tertulia cofrade en la Asociación de vecinos 'Casco Histórico', 21 de febrero de 2019
A estas cosas suelen/solemos (ya como tú prefieras) ir poquitos y solemos repetir y solemos hablar de lo mismo. Aquí se sabe a lo que se viene. En estas cosas, se hable de lo que se hable, al final se termina hablando de que en cualquier sitio (que no sea éste) atan los perros con longaniza. En estas tertulias nos castigamos como Muhammadali y Joefrazier en aquella pelea de Manila en el 75 y salimos con el alma siempre destrozada entre la ira y la envidia. Vamos, que salimos todos igual, con un odio visceral a Sevilla que no es más que complejo. Aunque el que es así un poco más viajado también habla de Granada. ¿Sí? Pues la odiamos igual. Porque a estas tertulias se va a hablar de cofradías pero en verdad lo que vamos buscando es como un poeta catalán decía que había que buscar la poesía: donde se sabe que está. Igual. Y a estas cosas va uno a vapulearse el ánimo como sólo nos lo vapuleamos en estas tertulias. Y a la siguiente que anuncian, igual. Allí que vamos.
A estas cosas va uno a abrazarse antes de empezar y también al acabar, claro, tanto al que quieres como al que te quiere como al que ni lo uno ni lo otro, pero que en ese abrazo reconoce tácitamente el respeto que nos profesamos porque a esto, como digo, suelen/solemos (ya como tú prefieras) ir poquitos y no vamos todos los que somos, pero los que vamos ya te digo yo que somos. Y ese saludarse con afectos viejos y respetos antiguos va cargado de miradas a los galones. Aquí lo más bajo que se ve son estrellas de seis puntas. De ahí para arriba. Y no es falta de modestia sino que a estas cosas sólo van/vamos (ya como tú prefieras) los que vamos y aunque sea sólo por eso, nos respetamos. Ir a según qué cosas, da galones. Asistir es formar parte de un club de mataos que no tenemos dónde caernos muertos metafórica, cofrade y puede que hasta realmente hablando. Quizá esa indigencia nos mueva a ese respeto del que a veces ni nos damos cuenta, pero ahí está como también está la cosa esa de que no coincidimos casi nadie en casi nada a la hora de debatir. Porque para los cofrades nos va que ni pintada la opinión de Harry el sucio sobre las opiniones; que son como los culos, que cada uno tiene el suyo.
Pero ese es otro tema. Yo vi esta foto esta tarde así, de casualidad, y me vinieron de pronto todas estas reflexiones y estas ganas de compartirla aquí, que es un sitio que uso como un álbum que puede que algún día lea/vea o no, que yo creo que sí. Lo hago porque me gusta disfrutar de lo que encuentro de autenticidad entre lo tantísimo impostado (sí, con ese) que adorna la fiesta más antigua de Almería (después del Pendón). Y las tertulias y esos actos cofrades llamados coloquios, mesas redondas, charlas y yo qué sé qué más lo son mucho. Auténticas, digo. Es muy Almería y mucho almeriense. Y nada más que por esa autenticidad que encuentro en ellas yo me quito el sombrero al llegar y abrazo al que sea al entrar. Porque los quiero a unos, no a todos, y los respeto ahí sí a todos. Los que acuden son voces más que autorizadas porque nos han traído hasta donde somos. Y ya sólo por eso (aunque no sólo por eso) constituyen una suerte de reserva espiritual de la Semana Santa de Almería. Un perfil muy definido que además, por lo general, tiene que entrar de perfil por eso, porque de frente como que no cabemos. Repetimos las mismas anécdotas y contamos las mismas historias como los judíos que un día fuimos y estas tertulias son nuestra particular Mishná que nos repetimos para perpetuar. Y aunque nos pensamos que siempre vamos los mismos, los mismos nos vamos muriendo y estas cosas se siguen sucediendo así que no.
Y luego está lo de que salimos de ellas igual que entramos, convencidos de que los demás no tienen ni puta idea. Pero te vas tranquilo porque sabes que los demás piensan exactamente lo mismo de ti. Y la verdad es que hay que reconocer que para no tener ni puta idea, se nos ha quedado una Semana Santa muy bonica. ¿Que podría ser mejor? No te jode, ¡y peor! Pues sobre ello hablamos una y otra vez y no nos cansamos. Es la tradición oral sobre la que se sustenta una institución (institución no es la palabra, pero no tenía ganas de pensar cuál es) más antigua de nuestra ciudad: su Semana Santa. Un tarro de miel no reservada para cualquier boca en la que cualquiera mete la zarpa una semana al año, pero las otras cincuenta y una se nos queda para nosotros. Que está al alcance de cualquiera por aquello de que son muchos los llamados, pero que al igual que en el versículo de Mateo, muy pocos los elegidos. A estas cosas va quien quiere y yo quiero a quien va. Así de sencillo.
0 notes
bunkerblogwebradio · 2 years
Text
A ideologia de gênero é judaica
Os oito gêneros no Talmud
O judaísmo reconheceu pessoas não-binárias por milênios
Pensou que gênero não-binário era um conceito moderno? Pense de novo. A antiga compreensão judaica de gênero era muito mais sutil do que muitos supõem.
O Talmud, um enorme e autoritário compêndio de tradições jurídicas judaicas, contém, de fato, nada menos que oito designações de gênero, incluindo:
1. Zachar, homem.
2. Nekevah, fêmea.
3. Androgynos, com características masculinas e femininas.
4. Tumtum, sem características sexuais.
5. Aylonit hamah, identificada como mulher ao nascer, mas depois desenvolvendo naturalmente características masculinas.
6. Aylonit adam, identificada como mulher ao nascer, mas posteriormente desenvolvendo características masculinas através da intervenção humana.
7. Saris hamah, identificado como homem ao nascer, mas posteriormente desenvolvendo naturalmente características femininas.
8. Saris adam, identificado como homem ao nascer e posteriormente desenvolvendo características femininas através da intervenção humana.
De fato, os rabinos não apenas reconheciam seis gêneros que não eram nem masculino nem feminino, mas também tinham a tradição de que o primeiro ser humano era ambos. Versões deste midrash são encontradas em toda a literatura rabínica, inclusive no Talmud:
O rabino Yirmeya ben Elazar também disse: Adão foi criado primeiro com duas faces (uma masculina e outra feminina). Como está declarado: “Tu me formaste por trás e por diante, e puseste a tua mão sobre mim.” (Salmos 139:5)
O rabino Yirmeya ben Elazar imagina que o primeiro humano foi criado tanto masculino quanto feminino – com duas faces. Mais tarde, este ser humano original foi separado e se tornou duas pessoas distintas, Adão e Eva. De acordo com este midrash, então, o primeiro ser humano foi, para usar a linguagem contemporânea, não-binário. Gênesis Rabbah 8:1 oferece uma versão ligeiramente diferente do ensinamento de Rabi Yirmeya:
Rabino Yirmeya ben Elazar: Na hora em que o Santo criou o primeiro humano, Ele o criou como um andrógino (um com características sexuais masculinas e femininas), como é dito, “homem e mulher Ele os criou”. (Gênesis 1:27)
Disse Rabi Shmuel bar Nachmani: Na hora em que o Santo criou o primeiro humano, Ele criou para ele uma dupla face, e o serrou e o fez de costas, um atrás aqui e outro lá atrás, como é dito: “Atrás e antes, tu me formaste” (Salmos 139:5).
Gênesis Rabá 8:1
Nesta versão do ensinamento, o rabino Yirmeya não está se concentrando no rosto do primeiro humano (ou melhor, rostos), mas em seus órgãos sexuais – eles têm ambos. O midrash imagina que esse humano original se parecia com um homem e uma mulher unidos na parte de trás, de modo que um lado tem o rosto de uma mulher e os órgãos sexuais de uma mulher e o outro lado tem o rosto e os órgãos sexuais de um homem. Então Deus dividiu essa pessoa original ao meio, criando o primeiro homem e a primeira mulher. Os aficionados por história antiga reconhecerão essa imagem como semelhante à descrição do personagem Aristófanes dos primeiros humanos como macho e fêmea, eventualmente separados para criar machos e fêmeas solitários para sempre loucamente buscando um ao outro com o objetivo de se reunir para experimentar esse estado primordial. (Platão, Simpósio, 189ss)
Para os rabinos, os andróginos não eram apenas uma coisa do passado mítico. O andrógino era de fato uma categoria de gênero reconhecida em seu presente – embora não com duas cabeças, apenas os dois tipos de órgãos sexuais. O termo aparece nada menos que 32 vezes na Mishná e 283 vezes no Talmud. A maioria dessas citações não são variações desse mito, mas sim discussões que consideram como a lei judaica (halakhah) se aplica a quem tem características sexuais masculinas e femininas.
Que o andrógino não é, de uma perspectiva haláchica, nem macho nem fêmea, é confirmado por Mishná Bikurim 4:1, que afirma isso explicitamente:
O andrógino é, em alguns aspectos, como os homens, e em outros, como as mulheres. Em outros aspectos ele é como homens e mulheres, e em outros ele não é como homens nem mulheres.
Mishná Bikurim 4:1
Como o hebraico não tem pronome neutro de gênero, a Mishná usa um pronome masculino para os andróginos, embora isso seja obviamente insuficiente, dadas as descrições rabínicas dessa pessoa. Continuando a ler, descobrimos que os andróginos são, para os rabinos, em muitos aspectos como um homem – eles se vestem como um homem, são obrigados em todos os mandamentos como um homem, eles se casam com mulheres e suas “emissões brancas” levam à impureza. No entanto, de outras maneiras, o andrógino é como uma mulher – eles não compartilham a herança como filhos, não comem de sacrifícios reservados apenas para homens e seu “corrimento vermelho” leva à impureza.
A Mishná continua listando maneiras pelas quais um andrógino é como qualquer outra pessoa. Como qualquer ser humano, “aquele que o fere ou o amaldiçoa é culpado”. (Bicurim 4:3) Da mesma forma, quem mata um andrógino é, bem, um assassino. Mas o andrógino também é diferente de um homem ou uma mulher em outros aspectos legais importantes – por exemplo, tal pessoa não é responsável por entrar no Templo em estado de impureza, como seria um homem e uma mulher.
Como deve ficar claro agora, o interesse rabínico nessas categorias ambíguas de gênero é amplamente legal. Como a halachá foi estruturada para um mundo em que a maioria das pessoas era do sexo masculino ou feminino, aplicar a lei a indivíduos que não se enquadravam perfeitamente em uma dessas duas categorias era um desafio. Como o rabino Yose observa neste mesmo capítulo da Mishná: “O andrógino é uma criatura única, e os sábios não puderam decidir sobre ele”. (Bikurim 4:5)
Em muitos casos, os andróginos são agrupados com outros tipos de pessoas não-binárias, bem como com outras populações marginalizadas, incluindo mulheres, escravos, deficientes e menores. Por exemplo, sobre a participação nos três festivais de peregrinação (Páscoa, Shavuot e Sucot) durante os quais os judeus da Antigüidade viajavam para o Templo em Jerusalém, a mishnah de Chagigah abre:
Como esta mishnah indica, somente homens adultos saudáveis e livres são obrigados a comparecer ao Templo para observar os festivais de peregrinação. Pessoas que não são homens adultos, e homens que são escravizados ou velhos demais ou doentes para fazer a viagem, estão isentos.
Como já dissemos, o andrógino não foi a única pessoa de gênero ambíguo identificada pelos rabinos. Da mesma forma, os rabinos reconheceram um cujas características sexuais são ausentes ou difíceis de determinar, chamado tumtum. Na mishnah de Bikkurim que citamos anteriormente, o rabino Yose, que disse que os andróginos eram legalmente desafiadores para os sábios, disse que o tumtum era muito mais fácil de descobrir.
Os rabinos também reconheceram que as características sexuais de algumas pessoas podem mudar com a puberdade – naturalmente ou por meio de intervenção. Menos comuns que os andróginos e tumtum, mas ainda encontrados em textos rabínicos, são os aylonit, que nasce com órgãos identificados como femininos ao nascer, mas desenvolve características masculinas na puberdade ou nenhuma característica sexual, e os saris, que nascem com órgãos identificados como masculinos e mais tarde desenvolve características reconhecidas como femininas (ou nenhuma característica sexual). Essas mudanças podem acontecer naturalmente ao longo do tempo (saris hamah) ou com intervenção humana (saris adam).
Para os rabinos, o que é mais significativo sobre o aylonit e os saris é que eles são considerados inférteis – o último às vezes é traduzido como “eunuco”. Sua incapacidade de ter filhos cria complicações legais que os rabinos abordam, por exemplo:
Uma mulher de 20 anos que não cresceu dois pêlos pubianos deve trazer a prova de que tem vinte anos e, a partir daí, assume o status de ailonita. Se ela se casar e seu marido morrer sem filhos, ela não realiza halitzah nem entra em casamento levirato.
Mishná Niddah 5:9
Uma mulher que atinge a idade de 20 anos sem sinais visíveis de puberdade, em particular pêlos pubianos, é considerada infértil. De acordo com esta mishnah, ela ainda pode se casar, mas não se espera que tenha filhos. Portanto, se o marido falecer e o casal não tiver filhos, seu irmão não é obrigado a se casar com ela, como normalmente seria exigido pela lei do casamento levirato.
Uma pessoa não-binária que não tem o mesmo status haláchico que um homem ou uma mulher, mas é outra coisa que é melhor descrita como ambígua ou intermediária, apresentou um desafio haláchico que não era particularmente estranho para os rabinos, que discutem análogos no animal e reinos vegetais. Por exemplo, os textos rabínicos descrevem um koi como um animal que está em algum lugar entre selvagem e domesticado (Mishná Bikkurim 2:8) e um etrog – sim, aquela bela cidra que é essencial para Sucot – como entre uma fruta e um vegetal (Mishná Bicurim 2:6, veja também Rosh Hashaná 14). Porque eles não se encaixam perfeitamente em categorias comuns, o koi e o etrog requerem uma consideração especial da haláchica. A compreensão rabínica do mundo era que a maioria das categorias – sejam elas animais, vegetais ou minerais – são descritores imperfeitos do mundo, seja como é ou como deveria ser.
Nas últimas décadas, judeus queer e aliados procuraram reinterpretar esses oito gêneros do Talmud como uma forma de reivindicar um espaço positivo para judeus não-binários na tradição. O ponto de partida é que, embora seja verdade que o Talmud entenda que gênero opera em grande parte em um eixo binário, os rabinos entenderam claramente que nem todos se encaixam nessas categorias.
https://judaismoemaconaria.blogspot.com/2022/09/a-ideologia-de-genero-e-judaica.html
0 notes
Photo
Tumblr media
Moisés, llamado en la tradición judía Moshe Rabbenu, ​ es el profeta más importante para el judaísmo, liberador del pueblo hebreo de la esclavitud de Egipto y encargado por Dios de entregar la Ley escrita y, según los rabinos, la Ley oral, codificada más tarde en la Mishná.​ #Dios #mujer_corazoncristiano #actitudes #espiritusanto #reflexionar #amor (at Valera Estado Trujillo) https://www.instagram.com/p/Cdmm5JeDpMW/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
chassidbreslev · 5 years
Text
Tumblr media
O que é o Talmud ?
A lei judaica se baseia nos ensinamentos transmitidos diretamente por Deus a Moisés no monte Sinai sob duas formas: uma escrita, e que veio a constituir o Pentateuco, e outra oral, dada também por Moisés aos sábios daquela geração que, por sua vez, a transmitiram às gerações subsequentes, sem a existência de um registro escrito.
Com a destruição do Segundo Templo e a resultante dispersão do povo judeu na Diáspora, os rabinos sentiram a necessidade de registrar as tradições orais de forma escrita, para que estas não se perdessem. Graças ao trabalho dos Tanaítas (“Tanaim”), tendo como expoente o rabino Judá Ha-Nassi, tal tarefa foi levada a cabo por volta do século II da era comum, constituindo, assim, a Mishná. Esta, por sua vez, foi exaustivamente estudada nas academias de Jerusalém e da Babilônia pelos diversos Amoraítas (“Amoraim”) e, nos séculos seguintes, dois corpos de comentários da Mishná, denominados Guemará, foram redigidos, um na Palestina e outro na Babilônia. O conjunto de Mishná e Guemará constitui o Talmud (ou Talmude) que, por sua vez, de acordo com o local no qual a Guemará foi criada, se denominará Talmud de Jerusalém ou Talmud Babilônico. Como na Babilônia o ambiente era mais profícuo para o estudo, dada a melhor situação econômica e maior estabilidade política, o Talmud Babilônico, concluído por volta do século VI, é mais elaborado que o Talmud de Jerusalém.
A estrutura do Talmud consiste, portanto, nos vários trechos da Mishná, aos quais se agregam comentários, explicações e debates sobre o seu conteúdo legal, além de muitas narrativas que, em conjunto, constituem a Guemará. Na Guemará encontramos um rico acervo de debates sobre as diversas leis rituais, comerciais, familiares e sociais. Nestas discussões, através do uso da lógica e de uma série de recursos interpretativos das Escrituras Sagradas, diferentes opiniões rabínicas são contrapostas até que, frequentemente, surja um consenso acerca de uma controvérsia legal em discussão. Quando emerge este consenso, esta passará então a integrar o corpo de leis judaicas, a Halachá.
Os debates talmúdicos têm por característica a aplicação de modelos concretos, como a perda de moedas, vasilhames de um dado tipo e outros, que veremos a seguir. As conclusões derivadas da aplicação destes modelos buscam sempre a verdade, independentemente da aparente trivialidade que uma dada conclusão possa assumir no contexto de um destes modelos. Assim, nossos sábios não se preocupavam em discutir demoradamente leis acerca de um tipo de vasilhame que não mais existia. Tal discussão utilizava este tipo de vasilhame como um modelo concreto e as conclusões obtidas poderiam ser aplicadas em outros contextos, inclusive em situações atuais e, portanto, inexistentes por ocasião da discussão talmúdica inicial.
Esta incessante busca pela verdade determina a existência de um método de demonstração que norteia as discussões talmúdicas, sempre procurando questionar uma explicação aparentemente correta, visando chegar a um estágio de inquestionabilidade que corrobore, de forma irrefutável, um determinado ponto de vista. Muitas vezes, tentava-se conciliar pontos de vista aparentemente opostos através da busca de um denominador comum entre eles.
Frequentemente, as discussões apresentadas na Guemará necessitam de uma explicação para que se compreenda melhor a linha de raciocínio utilizada pelos Amoraítas, ou mesmo seja aclarada melhor a natureza da discórdia entre os rabinos. Devemos ao ilustre comentarista francês medieval Rashi uma das mais claras explicações da Guemará, que facilitou muito o estudo do Talmud nos séculos subsequentes e serve, até hoje, de guia para qualquer estudioso desta obra. Outros comentários como as Tossafót, que compreendem explicações oriundas de uma série de sábios medievais, assim como outros comentários de sábios mais modernos acerca das questões discutidas na Guemará, também enriqueceram muito o estudo do Talmud.
Como é uma página do Talmud ?
Quando a redação do Talmud foi concluída, por volta do século VI, cópias desse material foram feitas pelos próprios estudantes das academias. Por serem poucas e raras, eram muito preciosas. Muitos sábios memorizavam grandes porções do Talmud e ditavam porções do seu texto para serem escritas. Além destas dificuldades, muitas cópias do Talmud foram destruídas na Idade Média durante perseguições e movimentos migratórios dos judeus. A primeira cópia impressa do Talmud apareceu na Espanha, em Guadalajara, em 1482, pouco antes da Inquisição. Outras cópias do Talmud foram posteriormente impressas em outras cidades, como Soncino e Pissarro.
A primeira edição completa do Talmud Babilônico data de 1520, após a aprovação do Papa Léo X, e foi conduzida pelo editor cristão Daniel Bomberg, na cidade de Veneza. A divisão do material da Mishná e Guemará nas várias páginas do Talmud, bem como a diagramação dos comentários principais (Rashi e Tossafót) ao seu redor são ainda mantidas nas edições atuais conforme idealizado por Bomberg. Outras edições posteriores, entre as quais estão as usadas atualmente, apareceram em Vilna e Slavura entre 1880 e 1886. Mais recentemente, destacam-se as edições traduzidas e explicativas, como a Soncino, a do rabino Steinsaltz (israelense) e a edição Shottenstein da Editora Artscroll (americana), que tornaram o estudo desta obra fundamental do judaísmo mais accessível. A seguir destacamos a estrutura de uma página do Talmud como a encontramos hoje nas edições clássicas desta obra.
Cada página pertence a um capítulo que, por sua vez, está inserido em um tratado, indicados na margem superior. A página (Amud), por sua vez, tem uma face anterior e uma posterior. Como podemos observar, o texto da Mishná e o da Guemará ocupam uma posição central na página e são rodeados pelos comentários de Rashi e Tossafót. Ao lado destes, por sua vez, encontram-se comentários de outros sábios, como o do Rabino Chananel (990-1055). Encontra-se também nas margens laterais da página um índice de referências - En Mishpat Ner Mitsvá - escrito pelo rabino Iehoshúa Boaz, que viveu na Itália no século XVI. Neste índice, há referências aos Códigos de Leis (Halachá), como o de Maimônides (Mishnê Torá), Iossef Caro (Shulchan Aruch) e Moshe de Coucy (Sefer Mitsvá Gadol), onde se encontram referências às leis relativas às discussões presentes naquela página do Talmud. O Massóret Hashas é um conjunto de referências a outras porções do Talmud relacionadas à presente página em estudo. Estas referências foram também compiladas pelo rabino Iehoshúa Boaz.
Nas margens laterais, há também conjuntos de correções e emendas ao texto, como Hagahot HaBach - escritas pelo rabino Ioel Sirkles, que viveu na Polônia no século XVII - e Hagahot HaGra - escritas pelo rabino Eliahu, conhecido como o Gaon de Vilna (1720-1797). Estas correções, anotadas por estes rabinos nas margens laterais dos exemplares do Talmud nos quais estudavam, foram mais tarde incorporadas às edições mais modernas desta obra, e visam corrigir palavras do texto da Guemará, de Rashi e das Tossafót. Grande parte destas anotações derivaram da comparação dos textos impressos com os manuscritos mais antigos destes mesmos textos, então disponíveis para o estudo destes sábios. Além dos comentários que mencionamos, há vários outros nas edições mais modernas do Talmud. O leitor interessado poderá encontrar mais detalhes nas referências elencadas no final do livro.
Qual é a estrutura do Talmud ?
O Talmud está dividido segundo as Ordens da Mishná. A Mishná, por sua vez, se divide em seis sessões básicas (Sedarim), ou Ordens. As ordens contêm tratados que são subdivididos em capítulos. Existem no Talmud 517 capítulos ordenados em 63 Tratados. Os nomes dos Tratados são oriundos da época talmúdica e refletem o seu conteúdo. Os títulos dos capítulos, por sua vez, contêm as palavras iniciais que abrem o capítulo.
As seis ordens da Mishná e os principais assuntos nelas encontrados são:
1) Zeraim (sementes): concentra-se nas leis relacionadas à agricultura, oferendas aos sacerdotes e donativos aos pobres. Devido ao fato da aplicação destas leis serem restritas à Terra de Israel, no Talmud Babilônico encontramos apenas um único Tratado desta Ordem - Berachot - que lida apenas com as leis referentes a rezas e bênçãos.
2) Moed (festas): trata das festas do calendário judaico ao longo do ano, incluindo o Shabat e os dias de jejum.
3) Nashim (mulheres): lida com leis relacionadas ao casamento, divórcio e adultério.
4) Nezikin (danos): discute leis civis e penais, além de abordar a proibição à idolatria. Nesta Ordem encontra-se o Tratado Bava Metsia, do qual extraímos parte do segundo capítulo para análise neste livro. Encontramos também nesta Ordem o Tratado de (Pirkê) Avót (conhecido como “Ética dos Pais”), que contém súmulas de cunho ético e filosófico expressas pelos sábios do período da composição da Mishná, mas que não foi comentado na forma de Guemará.
5) Kodashim (objetos santos): dedica-se às leis pertinentes ao Templo e aos sacrifícios, e também sobre alimentos permitidos e o abate ritual de animais.
6) Tahorot (pureza): lida com as leis de pureza e impureza rituais, na maior parte, e de relevância somente para os sacerdotes na época do Templo. O Tratado de Nidá, entretanto, dedica-se às leis de pureza familiar em vigor até os dias de hoje.
No Apêndice desta obra, o leitor encontrará um esquema das Ordens da Mishná e os Tratados que lhes correspondem no Talmud Babilônico.
אני כבר אמרתי את שמי : " נ נח " !
נ נח נחמ נחמן מאומן
פתק
2 notes · View notes
projetoreina · 5 years
Photo
Tumblr media
        "EPÍSTOLA DO PROJETO REINA AOS SEGUIDORES DE JUDAÍSMO MESSIÂNICO"
  Existe algo muito sério que precisa ser dito sobre o Judaísmo Messiânico. Visto que, de uns anos pra cá, a igreja tem andado espiritualmente capenga e adoentada, muitos cristãos têm passado a dar ouvidos ao judaísmo messiânico -- na tentativa de preencher o que a igreja não preenche nunca.  
  Só que o judaísmo messiânico que nós temos aí atualmente, não representa a evolução espiritual tão desejada. A maioria nem é judeu de verdade; são apenas SIONISTAS (ainda irei falar melhor sobre isso).
  Repare bem como é que eles se conduzem: eles aceitam verbalmente a messianidade de Yeshua -- mas, em sua maioria, não aceitam muito e nem usam a Brit Hadashah (o NT): eles usam o Talmude pra ensinar Yeshua (ao passo que, quem nega Yeshua também usa o Talmude como base).  
  E ainda tem aqueles que dizem aceitar Yeshua como Mashiah, mas rejeitam Paulo como porta-voz doutrinário dele. Pode uma coisa dessas? Eles estão usando o nome de Yeshua pra ensinar Mishná, Guemará, Shulkan Aruch e Cabala. Muitos destes nunca abrem o NT; apenas usam em suas reuniões o Sidur (manual litúrgico que contém Salmos e rezas do judaísmo).  
  Eles nem tem coragem de ir ensinar lá em Israel; não vão pra lá por que? Não descobriram a verdade que pode libertar seu próprio povo? Eles ficam por aí porque o interesse deles não é abrir os olhos de seus irmãos: é bater de frente com os erros do ocidente.  
  Eles tratam Yeshua como RABI - quer dizer: pra eles, Yeshua é mais um rabino; que tem que ser ensinado nos moldes do judaísmo talmúdico. Porém, no pacto novo em Yeshua Ha-Mashiah, a Brit Hadashah (NT) nos ensina que Yeshua é SACERDOTE.  
Judaicamente falando, rabino é uma coisa e sacerdote é outra. Esses judeus messiânicos, o sacerdote deles continua sendo Arão -- mas, sendo Yeshua sacerdote (segundo Melquisedeque), a coisa muda de figura. Ele, como sacerdote, as pessoas necessitam da mediação dele pra serem aceitas por deus.  
  Esses judeus messiânicos ainda estão com a cabeça lá no deserto. Pra eles, Torah é uma relação de 613 mandamentos (quando o nosso Mashiah coloca que Torah é apenas os dez dizeres, os que vieram até nós nas tábuas de pedra). E muitos deles estão citando como grandes mestres, rabinos místicos que ensinavam heresias -- como o Guilgul Neshamot (a reencarnação segundo a Cabala).  
Não tente encontrar Yeshua dentro do judaísmo convencional; ele não está lá. Yeshua sem Paulo e sem NT não existe.
2 notes · View notes
lucioborges · 2 years
Text
RS Notícias: Judeus da Pérsia - História virtual
RS Notícias: Judeus da Pérsia – História virtual
  Conteúdo da série Judaísmo    Textos[Esconder] Tanakh Torá – Neviim – Ketuvim Humash Sidur – Piyyut – Zohar Rabínico Mishná – Talmude – Midrash – Tosefta Halacá[Esconder] Mishné Torá Tur – Shulkhan Arukh Mishnah Berurah – Aruch HaShulchan Cashrut – Tzniut – Tzedaká – Niddá – Leis de…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
verdadpresenteadv · 2 years
Text
Lección 5 | Jueves 27 de enero UN ANTICIPO DE LA NUEVA CREACIÓN Compara Éxodo 20:8 al 11; Deuteronomio 5:12 al 15; y Hebreos 4:8 al 11. ¿Qué diferencias encuentras con respecto al significado del reposo sabático? Como ya hemos visto, estos pasajes de Éxodo y Deuteronomio nos invitan a mirar al pasado. Nos exhortan a descansar en sábado para celebrar los logros de Dios en la Creación y en la Redención. Sin embargo, Hebreos 4:9 al 11 nos invita a mirar hacia el futuro. Nos dice que Dios ha preparado un descanso sabático que está en el futuro. Sugiere una nueva dimensión para la observancia del sábado. El reposo sabático no solo conmemora las victorias de Dios en el pasado, sino también celebra las promesas de Dios para el futuro. La dimensión futura de la observancia del sábado siempre ha estado allí, pero a menudo se la ha pasado por alto. Después de la Caída, llegó a significar la promesa de que Dios algún día restauraría la Creación a su gloria original a través del Mesías. Dios nos ordenó celebrar sus actos de redención mediante la observancia del sábado porque el sábado apuntaba hacia la culminación de la Redención en una nueva Creación. La observancia del sábado es una anticipación del cielo en este mundo imperfecto. Esta significación de la experiencia sabática aparece bien atestiguada en la tradición judía. Una obra compuesta entre los años 100 y 200 a.C. decía: “El séptimo día es una señal de la resurrección, el reposo de la era venidera” (J. H. Charlesworth, “Life of Adam and Eve”, The Old Testament Pseudepigrapha [Vida de Adán y Eva, Pseudoepigráficos del Antiguo Testamento], p. 18). Y en otra fuente judía leemos que la era venidera sería “el día en el que habrá total reposo sabático por la eternidad” (J. Neusner, The Mishnah, a New Translation [La Mishná, una nueva traducción], p. 873). Una fuente posterior atribuía a Rabí Aqiva el siguiente dicho: “Israel dijo ante el Santo, Bendito sea, ‘Señor del mundo, si guardamos los mandamientos, ¿qué recompensa tendremos?’ Él les dijo: ‘El mundo venidero’. Ellos le dijeron: ‘Muéstranos su semejanza’. Y él les mostró el sábado” (T. Friedman, “The Sabbath Anticipation of Redemption”, pp. 443, 444). El sábado es para celebración, gozo y acción de gracias. Cuando guardamos el sábado, indicamos que creemos en las promesas de Dios, que aceptamos su regalo de gracia. El sábado es una fe viva y vibrante. En cuanto a las acciones, la observancia del sábado es probablemente la expresión más plena de nuestra convicción de que somos salvos por gracia mediante la fe en él. ¿Cómo puedes aprender a guardar el día de reposo de tal forma que verdaderamente se manifieste nuestra interpretación de lo que significa la salvación por la fe, sin las obras de la Ley? ¿En qué sentido el reposo sabático es una expresión de salvación por gracia?
Tumblr media
0 notes
elaineloveskristen · 2 years
Text
O TESTE DE NOSSA FÉ
Gary Wilkerson
29 de novembro de 2021
O livro de Gênesis, no capítulo 22, tem um começo muito interessante, que muitas vezes examinamos rapidamente. Começa com “Depois dessas coisas, Deus provou Abraão ...” (Gênesis 22: 1, ESV).
Depois de quais coisas? A resposta é o teste anterior pelo qual Abraão já havia passado. Há alguma literatura antiga maravilhosa escrita por rabinos que fazem um comentário sobre o Gênesis chamado Mishná, e na Mishná, fala dos 12 testes de Abraão. Esses rabinos examinaram a escritura e descobriram que Abraão foi severamente testado pelo Senhor em 12 ocasiões diferentes.
O primeiro teste foi quando ele estava em sua terra natal. Deus disse: “Quero que você se levante, pegue seus bens e vá para uma nova terra que estou lhe mostrando”. Isso é um teste! Para deixar tudo o que você sabe, para deixar tudo com que você se sente confortável e ir para uma terra diferente. Ele iria confiar em Deus? Ele o fez e foi para esta nova terra que Deus estava lhe mostrando. Ele entrou, provavelmente dizendo: “Deus disse vá aqui! Aqui estou, Senhor; agora me abençoe! ”
Imediatamente, o teste número dois veio. A Bíblia diz que houve uma grande fome na terra. Então ele foi para o Egito, e no Egito, talvez ele pensasse que tinha escapado deste teste; mas em vez disso, o faraó do Egito viu a esposa de Abraão e quis tomá-la para si. Os testes continuaram chegando sem nenhum alívio aparente.
Todos nós fomos testados. Você já esteve na situação de Abraão em que fez uma prova dentro de uma prova? Você já repreendeu Satanás no meio de um teste? “Eu resisto a você, Satanás; fique atrás de mim! ” Então você percebe que a pessoa para a qual está apontando é Deus?
A Bíblia não diz que o diabo testou Abraão. Não diz que sua carne o testou. Todas essas coisas acontecem, mas há uma diferença. A tentação vem de Satanás; um teste vem de Deus. Satanás nos tenta a duvidar. Ele nos tenta a desistir. Ele nos tenta a acusar Deus de não ser bom. Existe uma diferença entre um teste e uma tentação.
A Bíblia diz: “Deus não pode ser tentado. Ele nunca tentará ninguém ” (Tiago 1:13). Uma tentação nos aproxima do pecado, se não lutarmos contra ela; um teste nos aproxima de Deus, se não o combatermos. Fico feliz que Deus não nos tente e nunca nos testa além de nossa capacidade de suportar.
0 notes
angelosotelojunior · 2 years
Photo
Tumblr media
“Não seja rápido para enervar-se, pois a raiva repousa no colo dos tolos. ” Eclesiastes 7.9 - METSUDAT DAVID – Ao ficar nervoso, não se apresse em expressar sua raiva, pois este ‘espetáculo’ é típico dos tolos, repousando em seu colo e não o abandonando. A pessoa inteligente permanece em silêncio nestes momentos e não se apressa em ventilar sua zanga. Comentários A Mishná em Pirkei Avót (2:10) diz para não nos aborrecermos facilmente. Lá Rabeinu Yoná explicou a Mishná e o nosso versículo que mesmo sendo a raiva uma característica muito ruim, precisamos saber que ela faz parte da natureza humana – e irrompe subitamente, sem precisarmos pensar em ativá-la. Veio o Rei Salomão nos ensinar que devemos fazer de tudo para bloquear este despontar da raiva, não deixando que chegue à tona. Não podemos e não devemos nos comportar como o tolo que ‘explode’ rapidamente e não consegue se controlar, mesmo sabendo que está gerando consequências ruins com seu nervosismo. O Midrásh compara a pessoa que fica nervosa com (...): 1) Alguém que faz bordados. Ele irá desfrutar dos frutos de seu trabalho. “O que ele fez, irá comer”. Assim é com o que fica nervoso rapidamente. Ao explodir ele perde cabeça e age de modo errôneo, e ele próprio sofrerá com os frutos de seu nervosismo. 2) Quando a chaleira está fervendo e a água transborda, ela está jogando água fervendo apenas em si própria, sobre suas paredes externas. Assim também é com o sujeito nervoso. As más consequências recaem apenas sobre si mesmo, como prejudicando sua saúde, sua honra e seu bom nome. A penas ele se escalda com a ‘água quente’. Rab. Ari Friedman https://www.instagram.com/p/CWfDnpcguVz/?utm_medium=tumblr
0 notes
Photo
Tumblr media
Evangelio del día 11 de Julio 2,021. Domingo  de la Décima Quinta Semana del Tiempo Ordinario Ciclo (B)   #SANTODELDÍA   San Benito de Nursia San Abundio de Córdoba San Cindeo de Panfilia San Cipriano de Brescia San Drostán de Deer San Hidulfo de Tréveris San Leoncio de Burdeos San Marciano de Iconio San Pío I papa San Plácido de Disentis San Quetilo de Viborg San Sabino de Brescia San Sidronio de Sens San Sigisberto de Disentis Santa Marciana de Mauritania Santa Olga de Kiev Beato Bertrando de Grandselve   Aleluya, aleluya.   Que el Padre de nuestro Señor  Jesucristo ilumine nuestras  mentes para que podamos comprender cuál es la esperanza que nos da su llamamiento. Cf. Efesios 1,17-18)   Aleluya.   † Lectura del Santo Evangelio de Nuestro Señor Jesucristo Según San Marcos (6, 7-13) Gloria  a ti, Señor.   En aquel tiempo, llamó Jesús a los Doce y los fue enviando de dos en dos, dándoles autoridad sobre los espíritus inmundos. Les encargó que llevaran para el camino un bastón y nada más, pero ni pan, ni alforja, ni dinero suelto en la faja; que llevasen sandalias, pero no una túnica de repuesto. Y añadió: «Quedaos en la casa donde entréis, hasta que os vayáis de aquel sitio. Y si un lugar no os recibe ni os escucha, al marcharos sacudíos el polvo de los pies, en testimonio contra ellos». Ellos salieron a predicar la conversión, echaban muchos demonios, ungían con aceite a muchos enfermos y los curaban.   PALABRA DEL SEÑOR. GLORIA A TI, SEÑOR JESÚS.   REFLEXIÓN DEL EVANGELIO DE HOY   San Marcos (6,7-13): El evangelismo itinerante   1. El evangelio de Marcos es una de esas piezas evangélicas que más han dado que hablar. Se trata del envío a la misión de los Doce discípulos que Jesús se había escogido (Cf San Marcos 3,13-19). Es una misión en itinerancia, ya que el reino de Dios que deben anunciar y que Jesús está haciendo presente debe tener un carácter de peregrinación. Se ha dicho que las condiciones espartanas de este envío han sido cultivadas por los discípulos itinerantes que tuvieron que ser rechazados en muchos lugares del judaísmo. Incluso se ha pensado que para entender estas condiciones se han tenido en cuenta unas condiciones que la Mishná https://www.instagram.com/p/CRNtQQGLpzv/?utm_medium=tumblr
0 notes
danielpico · 6 years
Photo
Tumblr media
Algunos arqueólogos encuentran similitudes entre la escritura incaica y las letras hebreas. Hace tres mil años, un grupo de marinos del rey Salomón partió hacia Ofir, una tierra que bien podría estar en América. En esta nota, Daniel Perednik expone las similitudes entre ambos pueblos.
El historiador peruano Luis Valcárcel lo denomina "político y artista, la más esclarecida personalidad de la América antigua". Para su colega inglés Sir Clemens Markham, fue "el más grande hombre que ha producido la raza aborigen de América". Se llamaba Pachakutec, "transformador del mundo", y en el siglo XV de la era común crea un imperio. Porque con este noveno Inca se inicia la expansión de su pueblo que, en una campaña comparable a las de Alejandro Magno, en menos de un siglo gobernaría sobre casi dos millones de kilómetros cuadrados, desde el norte del Ecuador hasta Chile central.
Machu Picchu es "viejo pico", la intacta fortaleza que sirvió de refugio para los gobernantes incas cuando su capital, Cuzco, cayó en manos del invasor español. Desde allí se realizó durante varios lustros un desesperado esfuerzo por conservar la cultura incaica. "La ciudad de la última esperanza", la designó Juan Larrea. Una esperanza malograda ante las invencibles armas de fuego de la Corona de Castilla. En el año 1572, a cuatro décadas de iniciada la conquista real, el Virrey Francisco de Toledo envió cinco mil hombres armados para saquear toda la región. Enfrentados con la inminente derrota, los incas decidieron abandonar la urbe precolombina. Machu Picchu queda solitario hasta que el mundo científico pudo descubrirlo en 1911, cuando el arqueólogo hawaiano Hiram Bingham, de la Universidad de Yale, llegó a su cima.
EN ISRAEL
Desde las costas de Etsión Guever, en el Mar Rojo, partía, hace tres mil años, la flota de los marinos del rey Salomón, asociados con los del rey fenicio Jiram. Eso lo refiere la Biblia, y la historia lo complementa: Jiram, hijo de Avival, fue quien logró expandir el reino fenicio por el Mediterráneo. Mantuvo excelentes relaciones políticas con David y con Salomón y, allá por el 950 a.e.c., despidió a sus marinos que zarparon desde Etsión Guever (cerca del actual Eilat) hacia Ofir.
De Ofir, sabemos que era un país famoso por su oro. Desconocemos su situación precisa. Se intentó identificarlo con la India, con alguna isla del Mar Rojo, con la costa oriental africana... ¿Y si fuera América?
Las conclusiones serían sorprendentes: los marinos israelitas habrían arribado al Nuevo Mundo dos mil quinientos años antes que Colón. Hay bibliografía al respecto. En 1618 un soldado portugués, Ambrosio Fernandes Brandao, publica "Diálogos das grandezas do Brasil", en donde sostiene que los indígenas brasileños eran descendientes de los hebreos que habían alcanzado América durante el reinado de Salomón. En 1968, el semitista norteamericano Cyrus Gordon presentó una tableta fenicia encontrada en América en 1872, como posible prueba de que la escuadra del rey Jiram había, efectivamente, viajado al continente.
En su libro sobre civilizaciones americanas, Aldo Ottolenghi sostiene haber "clasificado en América del Sur escrituras sumamente parecidas a las semitas... Dos escrituras similares no pueden surgir porque sí, por arte de magia, en dos pueblos alejados. Tiene que haber existido en época lejana un contacto cultural directo o indirecto... La técnica de construcción del Templo de Salomón es la misma empleada en la construcción del templo de Cuzco. Existe, además, una serie de sorprendentes parecidos; por ejemplo, en la pena para los adúlteros, que eran condenados a muerte mediante lapidación, tanto en las civilizaciones del Cuzco como entre los antiguos judíos".
COINCIDENCIAS HISTORICAS
Al margen de estas especulaciones sobre conexiones entre nuestros remotos antepasados y los aborígenes americanos, existen coincidencias históricas que merecen considerarse. ¿Por qué motivo se derrumbó el memorable imperio inca en tan poco tiempo? ¿Por la acción de un conquistador analfabeto, Francisco Pizarro, comandante de sólo ciento ochenta hombres y algunos caballos?
Ya en 1522, una década antes que Pizarro, Pascual de Andagoya había intentado una expedición al Perú que culminó con el fracaso. Gobernaba entonces el undécimo Inca, Huayna Cápac. Con su muerte, en 1525, estalla una lucha fratricida entre sus dos hijos, Huáscar y Atahualpa, que se disputaban la herencia al trono. Esta guerra civil fue la circunstancia propicia para la invasión de Pizarro. En enero de 1531, el español parte desde Panamá con el propósito de descubrir y conquistar los territorios del sur del Pacífico, que se tenían por inmensamente ricos. Llega el momento oportuno: la guerra civil desgarra al otrora unido Tahuantisuyo, y tanto Huáscar como Atahualpa procuran ganar para sí al irruptor europeo.
Dieciséis siglos antes, Jerusalem había protagonizado una experiencia similar. Fallecida la reina Salomé Alejandra, sus hijos Hircano II y Aristóbulo, la última generación hasmonea, combaten entre sí por el poder. Cuando se acerca el ejército romano de Pompeyo, ambos hermanos enfrentados solicitan la ayuda del invasor. Pompeyo capitaliza para su imperio el conflicto fratricida y conquista Israel para Roma (año 63 a.e.c.). Así se pone fin al siglo de independencia judía en el país, que habían iniciado los macabeos.
Volvamos a América. Atahualpa vence a su hermano mayor Huáscar y lo hace ahogar. En la batalla de Ambato decapita al general inca Atoco y bebe la sangre caliente de su cráneo. Adquiere de ese modo "el ánima de todos los cuzqueños". Una vez triunfante, dispone de treinta mil hombres para enfrentar al puñado de Pizarro. El conquistador español, en astuta treta, logra capturar al nuevo Inca y exige un rescate fabuloso en oro a cambio de su libertad. A pesar de que el precio es pagado, ejecutan a Atahualpa, cabeza de un estado teocrático y de un gobierno absolutamente unipersonal. El imperio inca, anárquico y deshecho por las crueles luchas internas, llegaba a su fin.
Entre 1536 y 1572, los últimos representantes de la reyecía incaica, se mantuvieron a la defensiva en la inexpugnable región de Vilcabamba. Allí, a la margen izquierda del río Urubamba, a 2.380 metros sobre el nivel del mar, se yergue, en importante panorama, Machu Picchu. Según su descubridor Bingham es "la cuna y tumba de la civilización incaica".
Retomemos la cuestión del origen de esta civilización. El cronista Miguel Cabello Valboa explica en su libro "Miscelánea Antártica", de 1586, que una expedición de hebreos había llegado al Perú y regresado a Israel con apreciable cargamento de oro. Se trataba de la tierra de Ofir, de cuyo nombre, según dicho autor, "Perú" no es sino una deformación. Y si creemos poco factibles los vínculos de Salomón con los constructores del Machu Picchu que fundara Pachakutec, veamos otra suposición, algo más difundida.
En 1642, el navegante marrano holandés Arón Levi de Montezinos, descubrió un grupo de indios en estas tierras. Según Montezinos declaró bajo juramento al tribunal rabínico de Amsterdam, los nativos recitaban el "Shemá" y conocían otros rituales judíos. El entonces rabino principal de Holanda, Menashé ben Israel, escribe "La esperanza de Israel", en donde afirma que los aborígenes de América descendían de las Diez Tribus Perdidas de Israel, aquellos treinta mil hebreos transportados por los asirios en el siglo VIII a.e.c. En 1650, Thomas Thorowgood publica en Londres su obra "Judíos en América o probabilidades de que los americanos sean de esa raza".
Si bien es sabido que a las Diez Tribus se les han atribuido las descendencias más variadas (afganos, ingleses, japoneses, etc.), no es menos cierto que las teorías que identifican su posteridad con los nativos de América se reiteran. Viscount Kingsborough sostuvo que los descendientes de las Diez Tribus fueron los mejicanos, y otros definieron que su trayecto fue a través del estrecho de Aninaí (lo que hoy denominamos Behring), que permitió el paso de los exiliados hasta su establecimienten Sudamérica. Las semejanzas halladas incluyen la observancia del levirato y desgarrar la ropa en señal de duelo.
Diego Andrés Rocha, jurisconsulto miembro de la audiencia de Lima, escribió en 1681 su "Tratado único y singular del origen de los indios del Perú, México, Santa Fe y Chile", en el que defiende también la tesis de las Diez Tribus inmigrando a América. El teólogo norteamericano Ezra Stiles (1727-1795), séptimo presidente de Yale, buscó en los indios de su país a los descendientes de las Tribus. Tal vez sólo un zonzo chauvinismo podría alentarnos para querer encontrar el genio judío aun en las maravillas que legaron los incas, pero más allá de esta posibilidad, resulta también destacable que a la caída de aquel imperio, hayamos tenido con los incas perseguidores comunes. La Corona de España concluía su expulsión de hebreos en la península y comenzaba su ataque en las tierras invadidas. Por su parte, la Iglesia llevaba a cabo persecuciones y conversiones forzadas, en Europa con el pueblo judío, en el Perú con los incas.
A un mismo tiempo, a fines de 1532, cuando el conductor pseudo-mesiánico judío Shlomó Moljo era quemado en la hoguera en Mantua por resistirse a la conversión, muy lejos de allí, Atahualpa rechazaba en su tierra la evangelización que le proponía el fraile Vicente Valverde, y también sería ejecutado.
Aquí concluye la coincidencia. Porque Israel ha recobrado definitivamente su tierra, y jamás ha interrumpido la creación de su cultura. La civilización quechua, por el contrario, no tuvo jamás ningún tipo de reparación por la destrucción sufrida. Quizás el futuro cercano nos regale un justo florecimiento de la cultura incaica en su suelo. Quien podría desbaratar nuestras conjeturas sobre la descendencia americana de las Diez Tribus es nada menos que Rabí Akiva (siglo II a.e.c.). Basándose en una metáfora bíblica, el sabio judío dictamina en la Mishná: "Las Diez Tribus jamás retornarán". Cuzco, hoy capital arqueológica del continente, fue la principal ciudad de los incas. En quechua significa "ombligo (del mundo)". Así llama el Talmud a Jerusalem.
Gustavo Daniel Perednik, es un filósofo, educador y escritor judío argentino, actualmente residente en Israel.
1 note · View note
talkandchalkidiomas · 3 years
Text
Origens do idioma hebraico
Tumblr media
Origens do idioma hebraico O idioma hebraico (עברית, ivrit) é uma língua semítica pertencente à família das línguas afro-asiáticas, o termo semítico determina que bem como o árabe e o persa, sua origem é um tanto desconhecida. As primeiras bases da Bíblia, a Torá, que os judeus ortodoxos consideram ter sido escrita na época de Moisés, cerca de 3.300 anos atrás, foi redigida no hebraico chamado de “Hebraico Clássico”. Embora hoje em dia seja uma escrita foneticamente impronunciável, portanto indecifrável, devido à não-existência de vogais no alfabeto hebraico clássico, os judeus têm-na sempre chamado de לשון הקודש, Lashon haKodesh (“A Língua Sagrada”) já que muitos acreditam ter sido escolhida para transmitir a mensagem de Deus à humanidade. Origens do idioma hebraico Após a primeira destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C., com o retorno dos judeus para a Terra de Israel, o hebraico clássico foi substituído no uso diário pelo aramaico, tornando-se primariamente uma língua regional, tanto usada na liturgia, no estudo do Mishná (parte do Talmude), bem como também no comércio. Sendo que nos dias de Yeshua (Jesus), este idioma clássico ainda era falados sacerdores, levitas, saduceus e os fariseus doutores da lei, mas o povo em geral utilizava o Aramaico como idioma no dia a dia. Read the full article
0 notes
yishmaelalves · 3 years
Photo
Tumblr media
Direita ou esquerda??? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Há décadas este tem sido o questionamento de muitos durante eleições políticas, onde cada um deposita sua fé e esperança num "superman", ou "wonder woman", tipo um(a) salvador(a) da pátria, "Sassá Mutema" à parte 😂, quando na verdade é tudo a mesma coisa, é apenas uma questão de ponto de vista. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No final, a questão que prevalece é: "quem vai roubar menos, e fará menos sujeira?", haja visto, que uma potestade maligna que paira sobre este cenário chamado política, facilmente corrompe a muitos, é só uma questão de tempo. A ganância, orgulho, egoísmo e vaidade sempre afloram. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A Bíblia mesmo dá exemplo das más escolhas que o povo faz confiando suas vidas à governos humanos e se colocando na dependência destes. Vide 1 Samuel 8. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No livro A Ética do Sinai - Pirkei Avot, capítulo 3, Mishná 6; O Rabi Nechuniá Ben Hacaná diz: Quem se coloca sob o jugo da Torá, alivia-se do jugo das autoridades terrenas e das questões materiais, mas quem repele o jugo da Torá, terá imposto sobre si o jugo das autoridades terrenas e das questões materiais. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #eleições #eleicoes2020 #eleiçoes2020 #eleicoeseua #politica #pirkeiavot https://www.instagram.com/p/CIPHtf-j9Op/?igshid=fddes38b3ws4
0 notes