Happy Sugar Life (ハッピーシュガーライフ-2018)
Direção: Keizo Kusakawa
Roteiro: Touko Machida (baseado no manga de Tomiyaki Kagisora)
Já faz tempo que eu não sento para ver um desenho japonês, sinceramente, minha época de chamar esses desenhos de anime já foram e minha paciência para fillers, a mesma história de garota mágica e meninos com várias pretendentes me fizeram perder o interesse quando eu parei de assistir Clannad todo ano no natal. Sim, eu já fui uma otaku fedida, não tenho orgulho e sinceramente, não se fazem mais animes como antigamente. Mas, eu peguei pra ver esse com minha namorada pelo simples fato que no prime dizia ser sobre o amor de duas meninas. Até aí tudo bem.
"Happy Sugar Life" conta a história de Sato Matsuzawa, uma colegial que aparentemente se prostituía ou só ficava com várias pessoas, o desenho não deixa claro. Em algum momento da vida dela, ela se apaixona e decide arranjar um emprego comum para sustentar ela e sua nova namorada, Kobe. Ainda no primeiro episódio, descobrimos que Sato tem um relacionamento com uma criança e que tem cartazes procurando por ela pela cidade toda. A história é baseada nos quadrinhos de Tomiyaki Kagisora.
Sim, é uma história sobre pedofilia! E como você pode ver na imagem no post e no google, se você tiver coragem, as pessoas parecem não se importar com essa problemática. Elas até gostam, sexualizam as personagens (inclusive a criança). Sinceramente, eu passei três episódios sem querer acreditar no que estava vendo, eu fiquei criando várias suposições na minha cabeça do que estava acontecendo, mas tudo me levou à mesma direção: todos os personagens eram pervertidos e não tinha nenhuma crítica. E eu repito: estão falando bem, as pessoas adoraram e não vêm nenhum problema em falar como horror psicológico é bom e divertido.
O Japão é conhecido por fazer essas histórias extremamente doentias, Hentaiis sobre tentáculos e bastante sexualização dos seus personagens. Mas na minha época, as pessoas usavam "Boku no pico" para zoar os amigos que estavam entrando nesse mundo de weebos, a gente tinha aversão pela pedofilia, ria muito, se preocupava com a cabeça dos japoneses e depois discutia se aquilo era saudável ou não. Era unânime a opinião de que pedofilia era nojento e inaceitável, quando isso virou comum e bonito?
Todos os personagens tem algum desvio sexual, a protagonista é psicopata e pedófila, o professor também é pedófilo e tem aquele desvio de caráter básico de ser casado e se relacionar com outras várias mulheres (e dá em cima de uma aluna), o colega de trabalho da Sato também é pedófilo, a tia tem vício em sexo masoquista (o que faz ela negligente), o irmão da Kobe é obsessivo e a gerente estupradora e sequestradora. De início eu pensei que eles iam falar sobre como o pedófilo pensa, fazer uma análise, afinal, eles falavam o tempo todo de como ela era doce e pura, o que é muito comum em pessoas com esse desvio. Mas a cada vez que foi se aprofundando na história, eu só vi o quanto um ser humano pode ser doentio, porque até o irmão simulava um casamento com Kobe dizendo os mesmos votos que ela falava para a sua abusadora.
Do meio pro final, "HSL" se torna entediante, ele repete muitas vezes os mesmos monólogos longos e exaustivos sobre o quanto a menina é quente, doce e inocente, o que fez tudo perder o impacto. Chegou um momento que até os flashbacks se tornaram irrelevantes, eu só queria acabar logo e que todo mundo morresse. No final, a única personagem saudável morreu num incêndio causado por Sato, a tia levou a culpa e Kobe não morreu depois de cair do telhado do prédio que ela e Sato moravam. Apesar de sair quase ilesa, a criança continuou "apaixonada" pela vilã, ninguém contou para ela que tudo aquilo que ela viveu era errado e ela volta para casa com seu irmão obsessivo e a mãe que literalmente a abandonou a própria sorte na rua. Essa história não tem final feliz, e na minha opinião, é tão doentia, ou até mais do que o bizarro "Boku no piko".
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ハッピーシュガーライフ恋愛系だと思って毛嫌いして見てなかったけど騙された
めちゃくちゃおもろいし好きダルいシーン多いけどめちゃくちゃ俺好みだしopナナヲアカリの所もとてもよい。
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