Tumgik
shotsme-walt · 3 years
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Não havia melhor líder que Eliza, olhando de longe, claro. Os olhos determinados sempre demonstravam certeza. A certeza de que ela faria tudo o que precisasse para proteger os interesses dos alunos. No entanto, de perto, costumava ficar um pouco mais claro que a determinação em parte considerável, visava defender seus próprios interesses. Mas, Walter ao longo de seus dezessete, nunca se permitia pensar muito tempo sobre isso. Dessa forma, enquanto a falha ocorrida era apontada, ele mantinha a expressão neutra e o pensamento compreensivo de que ela tinha razão na chateação, afinal, era um furo grande no orçamento, e tinha. O que não tinha eram as respostas que Eliza queria, se ao menos estivesse na posição de organização de festas talvez tivesse alguma explicação. No entanto, como tesoureiro, sua função havia se resumido a calcular os gastos e comprovantes entregues, no caso, no pós compra já que Tisley Cavadish, gestora tão ditatorial quanto a Hale, se quer explicava as autorizações que tinha ou deixava de ter. Não seria ele quem mencionaria isso em meios a todos, de qualquer forma. Os dedos alongados contornaram a alça da mochila ao ouvir a despensa, pronto para sair. Infelizmente para o seu azar, ou...não, azar mesmo. A presidente o parou.
Os pequenos e azuis olhos de Schotsman se arregalaram sutilmente ao que parecia um suborno barra ameaça barra ele não sabia exatamente o que dizer ou entender daquilo, engoliu seco. - Eu não sei te dizer um nome, Liza mas...O que eu acho é que os setores precisam conversar melhor. Minha análise é anterior e posterior, o meio do campo, como voce e a Tisley definiram...fica com vocês.
A frase não trazia um tom acusatório, era apenas uma informação. Maníaca em dar ordens, a popular Tisley jamais deixaria alguém fazer o meio de campo das pequenas ostentações que fazia nos eventos escolares. Tudo que ela queria era saber quanto tinham a princípio e quanto haviam gastos, como se explodir orçamentos sarasse sua frustração ao ter sido expulsa de uma academia privada. Assim, todos os últimos eventos da turma haviam passado de seu planejado, a princípio, claro, com poucos dólares mas agora...bem...aparentemente não havia mais limites. Os dedos apertaram novamente contra a alça da mochila, confrontos visuais com Eliza sempre o deixavam nervoso, era absurdamente difícil conseguir sair da análise criteriosa que as orbes castanhas lhe lançavam. - Acho que na verdade, a coisa mais importante é pensar em como vamos cobrir esse furo no orçamento. Vou sentar com o pessoal da tesouraria para pensar num plano de contenção de gastos mas, acho que seria interessante também organizar algo de baixo custo com potencial de arrecadação. 
a sala destinada a organização do grêmio estudantil pouco ultrapassava o perímetro dos quarenta metros quadrados, obrigando os estudantes a permanecerem amontoados uns aos outros junto com a mobília antiga que adornava o espaço. o que naturalmente era alvo de recorrentes reclamações de eliza ao diretor da instituição, que poderia jurar sobre tudo que é mais sagrado de que o espaço limitado às atividades da presidência estudantil estavam progressivamente empurrando-a para um diagnóstico de claustrofobia aguda, o que obviamente não se passava de mais uma das mentiras elaboradas da estudante, para de se dizer o mínimo. o completo desinteresse pela administração do hawkins ao comitê estudantil não poderia ser mais óbvio, dada não só pela localização estratégica do escritório, abandonado aos fundos da ala oeste da escola, mas como pela ausência de incentivos à adesão da vida política discente, que operava em condições de penúria sob os punhos da hale – que por vezes parecia ser a única integrante verdadeiramente interessada pela gestão dos negócios.
sentada em sua mesa, deflagrada com a ajuda da placa de identificação cravada em prata, eliza batucava a ponta da caneta contra as teclas da calculadora contábil, com os pés nervosos balançando de um lado para o outro diante da constatação dos números. do outro lado da mesa o restante da staff operava suas funções em silêncio, deixando que o barulho dos pensamentos da presidente inundasse o ambiente com a inquietação de suas conclusões perturbadas. o queixo ergueu-se em um movimento gélido, com a garota entrelaçando os dedos e ajustando os ombros pra traz em uma postura verdadeiramente aterrorizante para uma jovem de apenas dezessete anos que comandava uma equipe voluntária ao moldes do reino unido de tatcher no século passado. – eu gostaria de saber quem autorizou a compra de treze mil unidades de balões comemorativos ao invés de três mil. – o comentário se fez sobre uma falsa cortesia, com os olhos redondos da garota vasculhando as almas de seus subordinados atrás de respostas. – por que a não ser que alguém aqui tenha uma máquina do tempo, simplesmente não há como reutilizarmos dez mil balões que dizem “bem vinda turma de 2008!“, não acham? – a voz de eliza oscilava entre um tom de pânico e comicidade, lançando-a a beira de um ataque de nervos ainda na primeira semana de aula. – HUH?! – exclamou de forma aguda, apertando os punhos do lado do corpo. – quer saber? incompetentes, todos vocês! dispensados! – bradou, apontando para a porta da sala como um buldogue raivoso. – você não. – a voz sombria e emocionalmente dissimulada ordenou, fazendo referência a @shotsme-walt​, que se sentava há alguns metros de si. o corpo de eliza aproximou-se do garoto loiro como uma pantera que caçava sua presa, prensando as palmas da mão contra a superfície em que o jovem se encontra. – o que você tem a me dizer, hein, walt? – o pressionou, tal qual arrancasse uma confissão dele, enxergando-o por detrás dos enormes cílios escuros. – me dê o nome do culpado e talvez eu possa te realocar para uma posição melhor, o que acha? ouvi dizer que a equipe do anuário está atrás de um editor-supervisor e eu ficaria feliz em sugerir seu nome ao time. mediante um preço, é claro. – a proposta saltou para fora dos lábios de eliza com uma naturalidade assustadora, com a garota sentindo-se à vontade o suficiente para assediar e colocar a posição do colega de classe em jogo por um mero capricho vaidoso – por deus, jogava tão baixo.
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shotsme-walt · 3 years
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/ 2007 /
@ofsmalldeath
Se pressentimento de mãe é forte, de vó deve ser duas vezes. Peggy Schotsman não costumava ter problemas de sono, assim, quando acordou de um pesadelo horrível gritando pela jovem Black ela tomou como uma mensagem divina. As duas da manha, porque afinal, divindades não trabalham em horário comercial. Depois de a senhora descer e subir as escadas da residencia, tentando encontrar o sono, Oscar, que dormia de lado, enrolado no edredom off -white com estampa de borboletas no quarto do casal foi acordado com uma balançada não tão sutil em seu corpo, tentando assimilar, pelo misto de sono e a feição de preocupação da mulher, porque diabos ele precisava ir até a casa dos Black. Sem uma explicação muito obvia a não ser pressentimento, acabou por concordar com o pedido da esposa. Afinal, não havia nada que ele não fizesse por ela.
Walter, que dormia na casa dos avós sempre que o pai estava de plantão, fora acordado de maneira muito mais sutil, apenas com um chamado. As vantagens do sono leve, talvez. Ele e o avo desceram a escadaria e entraram na picape ainda com suas calças de moletom e atravessaram o bom bairro que viviam, até a residência dos Black.
Barulhos estranhos do que parecia uma discussão ecooavam para fora da casa, deixando o velho Oz em alerta. - Me espere aqui…Certo? - pediu ao neto, que nao demorou a assentir com a cabeça. Segundos depois, parado a porta da casa, o homem tocou a campanhia diversas vezes, esperando ser atendido.
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shotsme-walt · 3 years
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Eliza era uma líder nata, que vez por outra parecia beirar a tirania, isso devia algo bom para ela, que vez por outra parecia querer devorar o mundo. No entanto, para seus “súditos”, nem sempre era tão agradável assim. Walter era um garoto obediente, isso tornava a sua relação com a garota algo fácil; incumbido de diversas obrigações no Grêmio, ele dificilmente reclamava, inclusive porque, frequentemente ela agia com certa clemência, como naquele evento em que pudera respirar.
A única coisa que, naquele momento lhe tirou a atenção do algodão doce, fora o barulho de uma queda. Walter teria ido ajudar qualquer um, claro. Mas, com a urgência que foi aí ver mais, talvez não. Abaixou-se de imediato para olhar o tornozelo, fitando com uma das pernas fletidas em 90 graus ao que o outro joelho foi ao chão, na posição em que se pede alguém em casamento. - Ei… você está bem?
Seus olhos brilharam quando avistaram um pula pula e quase correu em direção a atração. Sentia-se mais sozinha do que nunca e era como se ninguém a entendesse, tudo era um caos e por muito pouco seus olhos não se encheram d’água. Engoliu o choro e decidiu de divertir sozinha mesmo. O ar fresco acariciava sua face a cada pulo, sua barriga fazia cócegas e a sensação a fazia sorrir, era um alívio conseguir se divertir mesmo sozinha. Se distraiu quando pensou ter avistado o ex namorado, o coração disparou de um jeito dolorido e esperançoso, May quase se odiou por isso. A distração a fez pisar em falso durante o pulo e agora ela caía de um jeito estranho na cama elástica. “Ai, droga” Choramingou levando as mãos para o tornozelo, ficar alguns dias sem precisar ir para o ballet não seria ruim, porém, correr o risco de não dançar mais não a deixava tranquila. Saiu do brinquedo mancando e se apoiou do lado de fora, a face contorcida de dor. Nem mesmo percebeu a aproximação de @shotsme-walt​.
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shotsme-walt · 3 years
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butmyheartbeatslow​:
with @shotsme-walt​
Heather não estava certa se já tivera compreendido qualquer coisa com a reação de Christopher há 2 dias, ela o vira de relance nos dias que se passaram, mas mesmo assim o mesmo ainda não tivera vindo falar qualquer coisa com ela, assim como ela também não seria a pessoa que lhe cobraria explicações, não gostaria de ser esse tipo de pessoa, poderiam existir muitas margens para uma réplica e naquele momento, em específico, não era o que ela precisava, em casa sua mãe parecia ainda mais entretida com o bourbon, seu pai também não dormiu em casa na última noite, em um estado geral, sentia-se apenas triste quanto à tais situação, mas quando ela não se sentia assim? Queria seriamente não pensar no que estava acontecendo, porém não funcionava assim com seus pensamentos, Hetty precisou respirar fundo para que pudesse começar a se movimentar em direção às tendas de prêmios, nada melhor que ganhar algo sozinha, se ninguém ganharia por ela, ela faria por si como sempre tivera feito. Em um minuto ela tinha algumas tentativas na mão, no minuto seguinte não tinha mais nada, como poderia ser tão ruim de pontaria? Em um manear de cabeça, avistou certa aglomeração na barraca ao lado daquela que estava, o que era aquilo? Com certa curiosidade se aproximara com relutância, vendo alguns se dispersarem e outros chegando, todos em direção a um alguém específico, precisou ficar na ponta dos pés para tentar ver por cima das cabeças, o cenho franzido denunciou que ela não estava compreendendo nada, por que todos estavam entregando suas fichas a Walter? Um passo a frente, não soube bem o que tivera feito algumas pessoas se retirarem com a sua presença, mas se pensasse de uma maneira positiva, lhe dera espaço até o rapaz. “Hey, Walt?” Perguntou um tanto quanto receosa, estava tudo bem por ali? Esperava profundamente que sim. “Hm, desculpe, mas o que está fazendo?” Perguntou em tom baixo, sutilmente olhando ao redor, colocando um pequeno sorriso nos lábios rosados.
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Ainda que a namorada simplesmente o tivesse o deixado com a missão de conseguir diversas pelúcias, Walter nunca conseguia se negar a ajudar os colegas que chegavam com olhos insistentes ansiando por um prêmio. Na verdade, nunca conseguia se negar a maioria das coisas que era solicitado; talvez por isso parecesse passar a maior parte do tempo ocupado com alguma atividade que nem era sua obrigação mas, virava...sempre que ele se perdia nela, tal qual acontecera no pequeno aglomerado que se formava ao seu redor. 
A arquearia havia começado aos nove, quando seu pai tentou uma forma de ter de parar de responder as perguntas pontuais do garoto sobre o que havia acontecido com a sua mãe. O resquicio  do luto precisava ser sublimado em alguma outra atividade, afinal. O gosto foi tanto que permaneceu ao longo dos anos, dando ao jovem Schotsman a alegria de uma boa pontaria, fato que era muito bem vindo as colegas naquele tipo de evento. Porém, que no entanto, poderia irritar alguns. Estava tão distraindo ao conseguir o golfinho que uma das sophmore havia lhe solicitado que nem percebeu o caminho do pequeno circulo sendo aberto. Foi apenas quando ouviu seu nome que o jovem virou rumo ao som e assim, Heather entrou em seu campo de visão. A capitã das cheeleaders parecia manter a postura impecável que tinha desde a apresentação porém, apesar da postura imponente mesmo com a pouca altura, trazia um sorriso cativante. - Ei...Hm, jogando. Você quer jogar? - perguntou, apontando com o polegar para barraquinha de argolas em que se encontravam. 
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shotsme-walt · 3 years
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emwins​:
❛❛ Realmente, bem mais simples. ❜❜   Concordou, deixando uma risada escapar. Ao menos havia acertado o sobrenome, e associou à pessoa correta. Seria uma vergonha caso não fosse, mas não era como se Emma fosse agir com timidez, de qualquer forma. O sorriso alargou em seu rosto, animado e orgulhoso, sentindo-se feliz pelo elogio.   ❛❛ Minha perna realmente ficou bem firme com o passar dos anos. Mas também, o tanto de exercício que a treinadora nos mandava fazer… ❜❜   Disse em uma risada, lembrando-se brevemente dos sufocos que havia passado nos últimos anos, apenas para manter o status de popularidade e o momento com as amigas. O restante da fala do rapaz, somado às breves lembranças, a fez murchar um pouco o sorriso.   ❛❛ Eu agradeço o elogio, mas não vou estar com as meninas nas próximas competições. Saí da equipe. ❜❜   Deu de ombros como se não fosse grande coisa, mas o sorriso entristecido entregava que não era bem assim. Não disposta a parecer muito cabisbaixa e abrir demais os seus sentimentos, trocou a expressão por uma brincalhona, antes de dizer.   ❛❛ Mas quer dizer que o senhor ficou reparando a minha perna? Hummm… deixa a sua namorada saber disso, Walter. ❜❜   Enfatizou o nome dele, a risada a seguir deixando claro a brincadeira. 
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Ainda que a frase tivesse sido insenta de qualquer segunda intenção, a constatação da loira fez  a pele clara do rapaz ruborizar em constrangimento. - Não! - Informou, fazendo o ar sair dos pulmões em um suspiro. - Eu não quis dizer nesse sentido. Na verdade, uma das minhas primas está no time e, sempre que vocês tem alguma apresentação ela fica meio preocupada com isso da perna, eu acabei aprendendo a observar. Digo...Era um elogio mas, não nesse sentido. - Ainda que tivesse entendido a brincadeira, o Schotsman acabou por se explicar, afinal, definitivamente não queria acabar constrangendo a colega ou gerando qualquer tipo de mal entendido. O susto foi tamanho, que acabou só conseguindo processar as outras falas da garota depois. Sair da equipe? Por um momento, se perguntou se havia acontecido algum desentendimento entre a garota e as colegas, porém, mais cedo lembrava de ver o quarteto junto e pareciam estar se divertindo, deveria haver outro motivo. - Oh...Eu sinto muito. Aconteceu algo? Digo...Eu não quero ser intrometido nem nada mas... Se for algo que queira conversar, ou precisar de algo, me disponibilizo. 
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shotsme-walt · 3 years
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ripgirlv​:
Observou os brigadeiros sendo organizados. Victoria manteve os olhos azuis claros atentos no rapaz, que era simpático demais como sempre. Merda, grande merda. Não entendia por que ele sabia. Não entendia por que o universo tinha que ser tão filho da puta as vezes. Ela comprimiu os lábios e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, da forma mais charmosa que pode. “Eu estou, é? Você acha? Obrigada, eu adoro os seus elogios” ela ajeitou o vestido brilhoso dourado sobre o corpo e inclinou um pouquinho o rosto. “Pode me ajudar sim, eu estava querendo.. hm, um doce.” ela disse com um sorriso meigo. Passou os dedos pelo balcão com cuidado antes de subir o olhar para o rosto de Walter. “Pode me ajudar a escolher? Eu quero o mais gostoso. E o mais discreto.” a última palavra definitivamente não dizia respeito aos doces. E o movimento que suas sobrancelhas tiveram indicava bem aquilo. Ela deu uma olhada ao redor, percebendo que não havia ninguém tão perto deles, o que a fez se inclinar e abaixar a voz. “Podemos conversar? Em outro lugar?” murmurou. Os azuis analisaram o rosto alheio, intimidando-o a aceitar o convite nada agradável. 
Apesar de tentar manter a feição condescendente, o cenho do schotsman tendia a franzir incansavelmente, ficando cada vez mais confuso. estava tendo serias dificuldades não apenas para compreender a aproximação mas, o que ela queria com isso. fora então que a ultima frase soou. Céus... era sobre o que ele sabia. sempre era. um suspiro escapou do rapaz. por que diabos as pessoas tinham tirado aquela noite para faze-lo guardar segredos que ele já guardia pois não eram da sua conta e não tinha a intenção de prejudicar ninguém. prensou os lábios pensando em como poderia negar o pedido e mesmo assim dar atenção a loira, sendo salvo por paige, a sophmore que retornara do intervalo para revezar com ele. a moça agradeceu a ajuda com o sorriso largo de quem devoraria walter, no bom sentido, se pudesse. e de fato o fariam, ela e suas amigas não cansavam de comentar o quanto ele era agradável  e como cassie deveria manter os olhos abertos, pois logo menos alguem acabaria tentando toma-lo dela. - Sim...claro. para onde voce quer ir? - disse, se despedindo da outra colega, a seguir. 
seguiu victoria até o local desejado, esperando calmamente o que quer que fosse ser dito; mantinha as maos enfiadas nos bolsos dos jeans, encarando-a na espera de seu posicionamento.
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shotsme-walt · 3 years
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shotsme-walt · 3 years
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A East Wenk tinha veteranos completamente engajados em seus eventos, eles eram uma porcentagem considerável, porém, parecia que no final das contas sempre sobrava para Walter e @santherine reparar os mínimos detalhes ou até os máximos, como era o caso da barraca de sanduíches que se quer teve sua estrutura montada pelos jogadores de football. Como resultado, acabará sobrando para o Schotsman arrumar antes que Eliza visse o serviço pela metade e perdesse cada um dos belos fios de cabelo pelo stress.
Com cuidado, o rapaz terminava de colocar os últimos pregos na folha de compensado que serviria como base para a barraca; vez por outra, virava o rosto para ditar a cunhada e avaliar se ela precisava de sua ajuda em algo. - Cathy… você precisa de algo?
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shotsme-walt · 3 years
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como membro do grêmio estudantil e pessoa com sérios problemas para dizer não, havia passado praticamente todo o evento ajudando nas vendas e organização das mais diversas barracas; quando não, dedicava-se a conseguir os mais diversos prêmios, em cada um dos jogos de alvos, para cassandra. a realidade era que não havia uma mísera coisa solicitada pela namorada que o rapaz não tentasse às pressas cumprir. além disso, era uma forma de passarem certo tempo juntos no evento, já que o mesmo praticamente exigia que estivessem de um lado a outro ajudando nas barracas beneficentes. a correria era possivelmente o que o fazia perder Cassie de vista vez por outra… ela devia estar muito ocupada também.
já próximo ao final do evento, Walter se preocupou em enviar uma mensagem para a namorada, tentando localizá-la, para se juntarem a Catherine e irem para casa, havia pego emprestado a picape do pai, para conseguir levar e deixar as meninas em segurança e confortáveis, após o evento. o sms demorou mais do que ele gostaria a ser respondido, porém, assim que teve o retorno da garota, tratou de terminar de guardar as coisas da barraca de doces, colocar seu violão no carro junto com todas as pelúcias que havia ganho e do pequeno globo de neve que vencera na barraca de tiro ao alvo, para Catherine, e rumar em direção a ela, deixando no bolso apenas o telefone e as chaves.
andou um pouco pelos arredores até, de longe, reconhecer a silhueta bem desenhada de Cassie, erguendo a mão em um cumprimento rápido, sinalizando que a vira e que estava indo. a posição em que a garota se apoiava praticamente se deitando sobre a barra de ferro era, no mínimo, estranha mas, ele esquecera de pensar muito sobre isso ao receber o sorriso maroto que lhe foi dirigido. esquecia de qualquer coisa vendo a namorada sorrir daquele jeito, inclusive de ver o que havia de errado.
Quando já estava próximo o suficiente, um sorriso sincero se abriu entre os lábios, fitando a SinClair como quem fita uma obra de arte. - ei… vim te buscar… já coloquei as coisas no carro. vamos pra casa? - questionou, estendendo em seguia a mão direita para a outra.
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@shotsme-walt​​​​​ ♡
desde o começo da festa, cassandra correu de um lugar para outro, atentando-se à todas as partes que estava responsável sem perder o bom humor e o foco, o que era cansativo levando em conta que muitos estavam ali somente para se divertir, sem quaisquer responsabilidades. existia tempo entre uma tarefa e outra, mas só conseguiu ficar completamente livre quando acabou todas as apresentações, onde se comprometeu em guardar os materiais importantes junto aos times. com o horário para estar em casa um pouco mais flexível por estar na companhia da irmã e do namorado, ela sabia que pelo menos quando estivesse desocupada poderia juntar-se aos outros. no entanto, isso não mudava o fato que se envolvia nas brincadeiras um pouco rápido demais, indo de um grupinho à outro até que cumprimentasse todos os amigos e conhecidos no local.
tudo eram meros vislumbres, as luzes brilhantes e sem definição a distraíam do verdadeiro objetivo, àquela altura tão distante e cansativo de alcançar que decidiu descansar apoiada em uma das grades de segurança de uma fila vazia, apreciando a decoração mais bonita por conta da embriaguez. a atração havia acabado fazia algumas horas, antes mesmo de cassandra chegar ali, então usaram o local fechado para esconder todas as coisas indevidas e sem a supervisão de adultos os alunos faziam o que bem quisessem. inicialmente, cassie não estava envolvida. ela nunca estava, mas naturalmente se esgueirava no meio de quem estava, fingindo que nada tinha a ver com ela. só que ela via e, também, se aproveitava um pouco demais das situações. 
não havia sido lá que começou a beber, porque bebidas batizadas dentro de copos de refrigerante eram repassados como se fossem água e chegavam até ela em meio toda a arrumação antes de se dispersar para aproveitar a festa por completo. no final das contas, o pequeno local secreto acabou resultando em drinks doces e alcoólicos o suficiente para alterar seu semblante, levando a uma falta de equilíbrio característica que a obrigava se segurar caso quisesse manter a compostura. era a primeira vez que havia se deixado chegar àquele ponto, por isso sequer se deu conta que precisava achar novamente aqueles com quem viera. ainda assim, ela não estava suficientemente longe da onde deveria, somente parada e sem se esforçar para encontrar alguém, o que não impedia que a encontrassem em algum momento.
com a ponta dos dedos, cassie gesticulou um aceno sútil e demorado, olhando diretamente para a silhueta tão conhecida, os olhos seguindo o caminho a medida que a bochecha se encostava no ferro quase como se quisesse deitar ali. não pretendia dizer nada para o namorado; o que falaria, afinal? ela possuía planos concretos de que estava sóbria o bastante para que ninguém percebesse. e, por conta disso, só precisaria manter a boca fechada. o que era difícil com a personalidade que possuía, seus lábios esticando-se em um sorriso singelo e carinhoso assim que os olhos encontraram os dele.
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shotsme-walt · 3 years
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ripgirlv​:
Os olhares que atraía para si normalmente eram de desejo: as pessoas queriam estar com ela, beija-la e também queriam ser como ela. Mas naquela noite, os olhos a observavam de forma diferente, com curiosidade. O que deixava Victoria um pouco apreensiva. Ela gostava da atenção, claro, e se sentiria bem se tivesse certeza de que ninguém saberia sobre nada do que ela passara. Mas não tinha total certeza. Não com a presença de @shotsme-walt​ ali. Comprimiu os lábios e olhou ao redor, buscando a presença do rapaz que ficara sabendo por tudo que passara. Maldita igreja. Ela entrou no evento e caminhou na direção dele, o que era surpreendente para muitos, afinal, ele não era do seu círculo social restrito. Victoria se inclinou sobre o balcão da barraca dele e abriu um sorriso largo, exagerado: uma falsa simpatia que ela adorava exibir por ai. “Hey you, baby boy” ela murmurou, inclinando a cabeça para o lado “Queria conversar com você, uh? Tá bonito hoje… Essa blusa listada é nova? So hot.”
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Como membro do grêmio, Walter não podia se eximir da responsabilidade de ajudar em um - ou até  - algumas das barracas do evento. eliza nem deixaria. Assim, dedicava-se, a passar alguns minutos em cada um dos lugares que havia decidido acompanhar. Naquele momento, estava distraído na barraca de doces, após ter insistido para a pessoa ali, descansar um pouco e ir aproveitar o evento. Organizava milimetricamente cada um dos brigadeiros com granulado colorido - os quais, de certa forma o incomodavam, já que ele não conseguia decidir onde coloca-los nas fileiras de doces organizada por cor. 
O com agudo da voz feminina foi ouvida pelo loiro quando colocava o ultimo brigadeiro no local, erguendo a vista e fitando Victoria, que caso ele não fosse tão cego por Cassie, poderia dizer que era uma bela vista a ser fitada. - Hey! - respondeu abrindo um sorriso simpático. Após ficar sabendo na igreja de todos os infortunios recentemente acontecidos a moça, fazia questão de tratá-la com ainda mais gentileza, pois imaginava que no momento, ela devia precisar de apoio. - Obrigado. Você também. Claro....Está tudo bem? posso te ajudar em algo?
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shotsme-walt · 3 years
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Após a apresentação de canto, com o violão nas mãos como fazia sempre, Walter guardou o instrumento e procurou assento, em um local onde conseguisse ver quando Cassie fosse se apresentar. Competindo, treinando ou apenas mostrando as pessoas suas habilidades, ele sempre procurava um local para vê-la. Ele era seu maior fã. Bebia, junto com um smothie de frutas vermelhas sua devoção pela namorada, mantendo o olhar ansioso pela sua performance. Desviou a atenção apenas quando a pergunta lhe foi dirigida, virando lateralmente o pescoço, de maneira a poder dar atenção a moça. - Isso! Walter, na verdade. Acho que é um trava língua menor. - Respondeu, com o sorriso gentil que distribuía em cada interação que iniciava. A segunda pergunta o fez balançar a cabeça positivamente. - Sim... vocês foram muito bem. Na verdade, foi sensacional. Eu tenho certeza que desse jeito, levarão as estaduais com tranquilidade. Sua perna é muito boa. Eu digo, no sentido de firmeza. Para o equilíbrio na pirâmide. - concluiu.
{ flashback } event 01:  w.   @shotsme-walt​
Havia sido a sua última apresentação com as líderes de torcida, então aproveitou cada segundo. Logo após, partiu para buscar um suco e sentou-se para assistir o restante. Notou um rapaz ao seu lado, e sorriu para ele.   ❛❛ Oi, como vai? Schotsman, certo? ❜❜   Não sabia se havia pronunciado o sobrenome correto. Era boa em decorar nomes, uma característica que, a Emma de dezessete anos não fazia ideia, mas a Emma do futuro iria perder. Não apresentou-se porque, em toda a sua confiança e autoestima, acreditava que todos na escola sabiam quem era ela e suas amigas.   ❛❛ Assistiu a apresentação das líderes de torcida? ❜❜   Perguntou, numa tentativa não só de puxar assunto, mas de saber a opinião sobre seu desempenho. Disfarçadamente, seus olhos analisavam as vestimentas do rapaz, sua mente pronta para julgar o que achasse necessário. 
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shotsme-walt · 3 years
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Walter, em toda sua habilidade de eufemismo improvável, poderia caracterizar Lindsay como uma figura exótica. Ainda que o estereótipo de garota popular lhe servisse, imaginava que não devia ser fácil ter de ouvir certos comentários que as pessoas faziam pelos corredores, se bem que... para a sorte de Lindy, talvez ela se quer entendesse a maioria deles. Todavia, fosse por empatia, compaixão ou por enxergar inocência na moça, havia criado algum tipo de afeição por ela, de modo que, sempre que Lindsay vinha com suas conversas mirabolantes ludibriada por algum colega que queria lhe pregar uma peça, Walter apenas sorria condescendente, colocava as mãos nos bolsos e os ombros iam para cima e para baixo, e um dos olhos piscava ao que o canto dos lábios era repuxado. Desacreditar a jovem para ele era como dizer a uma criança que o papai noel não existia. E de todas as coisas para qual a coragem lhe faltava, aquilo certamente estaria no topo da lista. Bem como, deixá-la passando aquela vergonha sozinha em uma fila. Walter não era o maior fã de pop mas, havia aprendido muito sobre graças a uma de suas primas, assim, quando o pedido lhe foi feito, arrumou a bolsa do violão nas costas e afinadamente prosseguiu a canção. Até onde conseguiu lembrar, o que no caso, se resumia ao refrão.
Os ombros ergueram novamente e desceram, junto com o repuxar lateral de um dos cantos dos lábios, com o sútil fechar do olho esquerdo, que segundos após abria novamente em uma piscadela cúmplice. Não, Walter jamais conseguiria dizer a Lindsay que ela havia sido enganada. Assim, sua única resposta a descoberta do segredo da coca cola foi erguer o dedo mindinho e enrosca-lo no da garota. - Eu acho que você pode fazer qualquer coisa, Lindy. Mas só depois que ganharmos algum prêmio aqui. - Disse; se aproximando do balcão da barraca de argolas. - Pode escolher. - disse, apontando para os prêmios e aguardando para ver o que precisaria tentar acertar.
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—— @shotsme-walt​❜
Com sua voz pouco afinada e gradualmente mais aguda a cada fala, Lindsay parecia pouco se importar com seu pouco talento musical enquanto cantava Beautiful Liar na fila dos ingressos. Para a felicidade dos ouvidos perto de si, pausou a cantoria para observar quem se encontrava na fila junto a ela, abrindo um largo sorriso com a presença do Schotsman logo atrás de si. “Walt, você quer ser minha Shakira? Agora não tô mais conseguindo fazer a voz das duas. Preciso fazer mais exercícios pra voz. Queria um dia tentar a vida como cantora, talvez uma rapper tipo a Fergie” admitiu o sonho momentâneo. Talvez amanhã não fosse querer fazer a mesma coisa, mas qualquer coisa seria mais divertido do que jornalismo. Não queria ficar atrás de uma bancada como os pais. “Amigo, eu só vou te dar uma dica, não gasta seu dinheiro com refrigerante, ouvi dizer que hoje tem Coca-Cola nos bebedouros. Não espalha por aí, me disseram que é segredo, porque vai acabar logo se todos descobrirem. Juro de dedinho pra mim que não vai contar pra ninguém?”    
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shotsme-walt · 3 years
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2007: Walt’s outfit at bonfire night
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shotsme-walt · 3 years
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Apartament 1012 - B
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shotsme-walt · 3 years
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Got a hole in my soul growing deeper and deeper //POV
“It comes in waves, I close my eyes
Hold my breath and let it bury me;
I’m not okay and it’s not all right;
Won’t you drag the lake and bring me home again?”
>>TW: menção a suicidio/depressão
[…] 7 meses atrás
A primeira vez que a vontade de abrir os olhos lhe faltou, Walter Schotsman entendeu como preguiça e se forçou, como fazia sobre todas as coisas que lhe pareciam um problema, a ignorar e fazer o que precisava mesmo assim. Na segunda, ele demorou um pouco mais, porém, 120 minutos passados ele estava de pé. Atrasado, mas, de pé. Na terceira ele quase faltou ao trabalho e inventou uma desculpa, porém completou o dia. Mas, foi na quarta onde ele se flagrou encarando o teto as duas e meia da tarde, sem café da manhã, sem banho matinal, sem almoço, sem vontade. Foi na quarta em que se odiou profundamente. Insistiu, sim…Insistiu em levantar, fazer suas atividades, rir para os clientes, colegas, vizinhos e toda alma que cruzasse seu caminho até a porta do apartamento ser novamente fechada, como havia feito todos os dias nos últimos dias. Mas, se quer conseguia se forçar a ver o brilho do dia antes de encarar as paredes brancas e quadros pendurados, que olhando agora, pareciam mal acabados. O mundo colorido e luminoso que o homem teimava em pintar, agora parecia nebuloso, vazio, beirando o noir e a melancolia. A quinta vez quase o destruiu. Lá pela vigésima, ele parecia ter se acostumado. Alguns dias atrasava uma aula, perdia um compromisso, mas, ia…Em outros, apenas desistia. Os olhos que ficavam sempre minúsculos em cada risada forçada, se fechavam com o pesar que a vida coloca mesmo sobre aqueles que tentam levá-la com leveza e, em seguida, abriram com força para encarar o teto, como se aquele fosse um enorme ato de bravura e, talvez fosse. Você sabe…Se viver fosse uma coisa ativa, que prosseguisse apenas em virtude de um compromisso diário com ela, então o problema do mundo seria a falta e não o excesso de população. Isso não quer dizer, que durante muitos dias, Walter não brigou para querer continuar vivendo. Sim…brigou.
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A priori, brigou com a tristeza, com a solidão, com o vazio, até que lhe faltou vontade para brigar, para trabalhar, para sair com amigos, para desenhar, para viver a sua vida. Anedonia, como é dito na psicopatologia, é a incapacidade de sentir prazer em atividades normalmente agradáveis e, era o que atingiu o arquiteto como um soco, com o qual ele acabou nocauteado. Os longas noites e dias, cercados por pensamentos o fizeram entender como possivelmente sua mãe havia passado pelo inferno antes de deixá-lo, e como, no final das contas nem ele, nem seu pai puderam ajudá-la ou se prontificaram a tal, e fora ai que a culpa lhe duplicou. Ninguém que tenha conhecido uma pessoa que se matou consegue se livrar do fardo da culpa. Inclusive porque o suicídio significa o fracasso de mil chances de ajuda, da capacidade coletiva de salvar aquele se morreu. Fracasso, era isso que sentia. Pensava que talvez desse estar em outro lugar aos trinta, viver mais, ser melhor, ainda que grande parte de seus conhecidos lhe dissesse que era bom o suficiente. Não, ele não se sentia o suficiente. Para falar a verdade, na trigésima vez que sentia como se não fosse conseguir levantar, ele se sentia péssimo e essa era a melhor coisa que sentia. Sim, muito pior era quando não conseguia sentir nada.
A pessoa deprimida frequentemente reconhece que é ridículo se sentir tão incapaz para coisa triviais. Sim, as pessoas levantam, tomam banho e almoçam todos os dias, essa não é uma questão e tudo bem. Assim, enquanto sentia-se sugado pela vida e remoia todas as minimas coisas que havia feito e deixado de fazer, O Schotsman se irritava consigo pois sabia que tudo aquilo era uma idiotice. Walter sabia que precisava combater aquilo, mas era difícil. Era difícil pensar numa saída quando as soluções e motivos levavam a novos problemas. Ainda assim, queria combater. Precisava combater. Seu cérebro sabia que precisava. Todavia, entre seu silêncio e a autoconsciência intensamente verbalizada jaz uma multidão de modos de expressar a dor psíquica, de conhecimento dessa dor. Contexto, raça, gênero, tradição, nação – tudo conspira para determinar o que deve ser dito e o que deve permanecer calado e, talvez tivesse sido por isso que apesar de lutar, optara por ficar calado e lutar sozinho. Até não conseguir lutar mais.
Eram exatamente duas e cinquenta e três da tarde quando a campanhia começou a tocar insistentemente. Ignorou por um bom tempo, até perceber que não adiantaria ignorar. E foi assim que levantou da 52º que não quis sair da cama.
Olhos azuis como água parada fitavam o homem grisalho. Wallace Shotsman, que havia cruzado todo o percurso de sua casa em Jersey City ao apartamento do filho, mal conseguira lhe reconhecer. Walt não havia mudado o cabelo, pelo contrário, fazia mais de um mês desde que o cortara. Não havia mudado nada, mas, parecia diferente. Olhos azuis vazios como um lago que secou. Walt que sempre tinha olhos contagiantes e acolhedores encarava o pai como se…como se…como se nada. Nada era a palavra. Era isso! Wallace não conseguiu enxergar o filho porque ele não estava ali. Aquele não parecia Walty, parecia um corpo vazio.
Como já tido, o oposto da depressão não é a felicidade e sim a vitalidade, fora isso que o velho Schotsman vira escoar de sua prole nos dias que se sucederam. Até segunda semana que chegou após aquela tarde de abril, o homem tentou animar e trazer seu filho de volta a vida de todas as maneiras que conseguia imaginar. Traumatizado com a perca da esposa, Wallace horrorizou a possibilidade de perder seu garoto de ouro. Alguns dias conseguia, arrancava do mais jovem risadas altas e discutidas, jogavam beisebol num local próximo ao Central Park, o deixando aliviado por finalmente ver que o filho parecia feliz e se parecer consigo novamente. Bem…Mas, é esse o problema dos conhecimentos populares sobre depressão. As pessoas esquecem de que o fato de alguém ser extremamente feliz não significa que não seja extremamente triste. Por isso havia sido tão dificil para Wally ajudar sua esposa, por isso às vezes achava que não precisava ajudar o filho.
O proprio rapaz havia zerado sua conta de dias ruins na tarde de junho em que fora visitar o pai e a avó, a mulher que demonstrava afeto de todas as formas possiveis havia feito a comida favorita do neto em dias de frio, o que não importava, já que ela era facilmente vencida por biscoitos de gengibre com canela. Wallace havia esquematizado com os amigos da cidade um jogo de tenis pai/filho a tarde. E o rapaz, havia planejado passar um dia agradavel com seus familiares. Mas, nunca chegou a abrir a porta.
Assim que cruzou o portão, dando os primeiros passos no gramado, Bolt, o enorme labrador da casa pulou sobre ele, fazendo-o cair no gramado em risadas ao receber as lambidas amistosas que o animal dava em seu rosto, demonstrando que também estava feliz por vê-lo. Ele também estava feliz em ver o animal, muito muito feliz. Até não estar mais. A maioria das pessoas acha que depressão chega no meio da madrugada, quando neblina e a pessoa está sozinha em casa. Na verdade, muitas vezes não é isso…Você se assustaria com a frequencia que ela chega mesmo no meio de uma gargalhada recebendo afeto do seu melhor amigo, embaixo de uma chuva fina ao meio dia.
Por uma hora, Walter Schotsman ficou deitado na grama molhada, sentindo a água da chuva que engrossou, encharcar as roupas; então seu pai praticamente o carregou para casa e após algumas horas, à terapia. Aqueles mesmos nervos que pareciam estar talhados em ouro para aguentar a vida, agora pareciam esfolados até ficarem em carne vida. Sentia como se sua cabeça estivesse engaiolada em acrílico, como aqueles insetos que acabam para sempre aprisionados na espessa transparência de um peso de papel.
A quinquagésima nona vez em que ele não quis se levantar foi uma das piores. Mas foi quando Walt viu seu pai lhe dar a vida, pela segunda vez.
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shotsme-walt · 3 years
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