Certeza certeza eu nao tenho nao, mas eu tenho é muita vontade que seja o Nev. Ele seria um paizão, Maeve, e eu tava super animado achando que tu tava gravida. Tinha comprado umas roupinha e tudo. O golpe foi no príncipe mas todo mundo caiu nele. Na enquete lá eu votei no Neevan e me surpreendi que to nesse troço. Eu nunca nem beijei a Saxa que dirá fazer um duquezinho com ela. Do Neevan mesmo a criança. 

‘ Eu tenho quase certeza que é do Neevan, né. Ele quase foi pai umas quatro vezes só esse semestre. Eu inclusa. Tudo alarme falso? Sim, mas na quinta vez tem de ser verdade, né. Só se ele for blindado pelo provérbio do: mil alarmes falsos à sua direita, dez mil à sua esquerda, mas tu não serás atingido… Eu duvido. Do Neevan essa criança. ’

dreaming 'bout it, summertime. thinking 'bout it, summertime.

Trilha sonora: qual seria a música que definia o seu personagem no primeiro dia deste semestre e qual se encaixaria melhor pro atual cenário de Aether?

3 dias virado – MC IG: “neguim favelado, elegante, largado no meio toque da nave desabilitado, de meiota dando trabalho.” MOTIVO: a primeira música de Lux é descontraída, dançante e animada assim com seus momentos no castelo. No começo, o jovem fae tinha poucas preocupações – ou fingia não ter. É uma música que ele provavelmente cantaria pelos corredores do castelo enquanto pensava em como se meter em mais um novo problema.

BIGGER – Beyonce: “if you feel insignificant, you better think again, better wake up because you're part of something way bigger. you're part of something way bigger. not just a speck in the universe, not just some words in a bible verse. you are the living word”. MOTIVO: a verdade é que por trás de todo o lado risonho e brincalhao do fae, Lux é inseguro com seu papel em algum conto. Ele tem certeza que ficará para trás, deixado de lado ou sendo apenas um figurante, sendo assim como mecanismo de defesa preferiu agir como se nunca se importasse de fato com as coisas e as pessoas ao seu redor, o que é nitidamente uma mentira e ele próprio está encarando isso desde que entrou na floresta assombrada.

Relação com contos: considerando o seu desenvolvimento, nesse exato momento você acreditaria que seu  personagem assumiria qual papel num conto?

Como dito anteriormente, Lux ainda acredita seu lugar é junto com outras fadas do sol no conto do Peter Pan, o que significa quase que a morte para o jovem fae já que ele odeia o bosque das fadas. Ele ainda não se enxerga sendo parte de um conto importante ou tendo o seu próprio.

Casa de Aether: o  seu personagem se considera parte da casa na qual ele está inserido? Se  pudesse, você acredita que ele faria uma mudança para entrar em alguma  outra casa?

Ele não se enxerga em nenhum lugar que não seja aderem e, apesar de um pouco inseguro, ele não mudaria nada em si mesmo para se encaixar nas outras casas.

Lembranças: qual é a primeira lembrança que seu personagem tem de Aether? Que idade tinha quando aconteceu? Foi algo importante?

Poucas coisas importantes aconteceram com Lux dentro do castelo, portanto sua lembrança mais interessante foi do dia que chegou no castelo. Ele ainda não possuía a pulseira que o permitia manter o tamanho humano, sendo assim chegou em Aether com seus incríveis 70 centimentros e achou todo mundo muito grande. Foi quase pisoteado e algumas pessoas acharam que ele era um mosquito, o que rendeu altas aventuras. Claro que tudo ficava muito pior já que o coitado não conseguia nem falar! Apenas os barulhinhos de sino eram ouvidos.

Passado: cite algum acontecimento desse semestre  que marcou fortemente o seu personagem. Quando aconteceu e como isso o  afetou?

Como todos os aprendizes, a ida de Lux até a floresta assombrada foi algo que o marcou fortemente. Apesar de ter sido um ato impulsivo, foi importante para que o fae enxergasse novamente os momentos tristes e pesados de sua vida, algo que ele sempre foge. Depois do tormento que passou, Lux começou a se permitir criar vínculos mais duradouros, manter relações mais verdadeiras e a aceitar melhor sua própria trajetória enquanto um menino negro.

Família: como seu personagem tem lidado com as suas relações familiares? O contato com seus pais tem sido mantido? Existe alguma pressão para que ele deixe o instituto?

A família Morningstar é sempre uma parte muito importante para o desenvolvimento do garoto. Iridessa, preocupada e medrosa como sempre, mantem contado com Lux toda semana e se pudesse já tinha o levado de volta para Neverland, porém tenta respeitar a decisão do filho de ficar no castelo apesar de toda a maluquice e perigo. Seu padrasto, entretanto, acredita que se Lux voltasse ele nunca iria conseguir crescer de verdade e continuaria apenas fugindo das coisas que acontecem a sua volta. Apesar da relação dos dois não ser a melhor, o fae mais velho tem muita certeza que o Cagliari tem muita coisa para poder oferecer para o mundo e só quer que ele seja mais responsável.

Rotina: como tem sido a rotina do seu personagem  em Aether? A sua participação em clubes/atividades escolares têm sido frequentes? E como tem estado os seus estudos? Transcreva o último boletim  do char, utilizando a grade curricular escolhida por ele.

Lux definitivamente não é uma pessoa que gosta de acordar cedo, portanto é normal que o Cagliari acorde atrasado – e graças a persistência de Ever – e saia voando pelos corredores até sua primeira aula enquanto come qualquer coisa. Apesar de seus atrasos e de suas gracinhas, Lux ainda consegue ir bem em todas as matérias, o que deixa seus amigos muito irritados

Obstáculos: que hábito ou pessoa mais atrapalha a vida de seu personagem? Ele tenta fazer algo para superar essa dificuldade  ou tem esperança de que o problema se resolverá sozinho? O que ele faria ou até onde iria se não houvesse um obstáculo para detê-lo?

Seu próprio jeito desligado e uma pouca fé em si mesmo são seus maiores obstáculos. Nascer já com a vida decidida não é algo muito agradável e fez o garoto acreditar que não havia outro futuro para perseguir, portanto acaba não dando tanta importância para as questões ao seu redor, entretanto se sente sufocado por seu destino preso e não sabe o que fazer. Lux nasceu como um secundário, portanto não acredita que é capaz de ganhar um conto. Irá enfrentar essas questões a partir do momento que ganhar seu novo poder, vendo sua nova capacidade de lidar e enfrentar seus problemas.

Mudanças: caso seu personagem pudesse mudar três coisas em Aether, o que seriam? Por quê? Está disposto a fazer algo para realmente mudar essas três coisas?

A primeira coisa que mudaria em Aether seria o horário das grades. Lux acredita que a quantidade grande de aulas é um problema. Não porque ele desgosta de aprender ou algo do gênero, mas sim porque compreende que coloca muita pressão nos aprendizes, fazendo-os ficar desesperados a procura de um conto e podendo até mesmo auxiliar na criação de problemas psicológicos. Para Lux, seria interessante um intervalo maior entre as aulas. Outra situação seria uma maneira mais interativa de trabalhar com os preconceitos vivenciados dentro do castelo. Cagliari não lá muito militante, mas já sofreu um bocado por seu jeito mais sensível, pela cor de sua pele e pela sexualidade que tem. Acha que seria interessante se houvesse algum sarau, alguma feira cultura ou palestras que auxiliassem os demais aprendizes a perceber que não tem nada de errado com sua forma de ser e de amar. A ultima coisa que Lux mudaria seria a regra contra drogas, pois ele claramente não entende porque seu cigarro é proibido enquanto poções são legalizadas.

Arrependimentos: há  algo que seu personagem desejaria não ter feito no instituto? Quais foram as consequências trazidas por essa ação ou decisão?

Provavelmente sua briga com James. Não se arrepende de ter ido ajudar a Alexis e nem de ter a levado para dormir no quarto do colega, mas odiou brigar com o amigo. Lux é um garoto que gosta de transmitir a ideia de que não se importa com as coisas, uma mentira que ficou evidente na briga com o Frost e com o quão chateado ele ficou nos dias que se seguiram. A verdade é que Cagliari acredita muito que seus amigos o deixarão, crescendo para terem futuros incríveis enquanto ele fica para trás sendo só mais uma fada da luz, e, sendo assim, é muito inseguro com suas amizades. Qualquer coisinha que abale suas relações já é o suficiente para deixar o fae chateado e foi o que ocorreu com James.

Decisões erradas: alguma vez seu personagem fez ou decidiu algo que não deveria ser feito no instituto, mas acabou tendo uma boa história pra contar? É algo de que ele se arrepende ou o desfecho do caso fez o erro valer a pena?

Decisões erradas e Lux são quase que sinônimos. Uma de suas histórias favoritas foi a de quanto ficou dois meses de detenção por ter pichado a parede da ala oeste. O rosto de Merlin com o cabelo rosa e batom vermelho foi uma obra de arte da qual ele com certeza se orgulhou, porém não foi difícil descobrir que o picho havia sido feito pelo aderense e, por mais que ele tivesse tentado negar, foi pego na mentira e ficou preso na detenção. Merlin, por outro lado, achou muita graça da situação e depois de tudo Lux chegou a mandar um quadro para o diretor com o desenho recriado.

Arrepende-se do casório no dia do amor verdadeiro, mas não ao ponto de ficar triste ou com raiva. É que o processo de divorcio é complicado. Algo que ele hoje em dia acha bem chato foi suas tentativas de fuga de Aether quando chegou. O fae não queria ter saído de casa e ficou muito sentido com a mãe por ela ter o mandado para o instituto, portanto acreditava piamente que seria capaz de voar até o bosque das fadas novamente, o que sempre se provava errado. Tentou usar portais, tentou convencer bruxos mais velhos a teletransporta-lo, mas nada nunca deu certo e ele acabou ficando dentro de Aether mesmo. Com o passar dos anos aprendeu a gostar do Instituto.

Passatempos: qual o passatempo favorito do seu  personagem em Aether? Quando foi a primeira vez que fez isso e com que frequência faz atualmente?

Os passatempos do garoto devem ser conhecidos por todos os aprendizes. Lux gosta de desenhar e está sempre com o caderno de esboço embaixo dos braços, parando tudo que está fazendo para desenhar. Seus desenhos favoritos viram pinturas. O fae gosta de cantar, mas é raro que o veja manifestando essa forma de arte de forma corriqueira. Sua cantoria novamente é acompanhada de passos de dança e de um certo príncipe chamado Neevan.

Além disso, Morningstar gosta de surfar e é possível encontra-lo com sua prancha no mar prateado nos finais de semana. Ele também anda de skate e tem o costume de customizar suas próprias roupas, deixando-as coloridas e engraçadinhas. Claro que esse passatempo em especifico é graças a sua falta de dinheiro, pois no bosque as coisas não funcionam através do outro.

O fae se sente muito bem arrumando encontro para os outros, mesmo os que dão errado. Gosta de decorar os lugares, fazer convites, serenatas e tudo mais. Sente muita falta dessa atividade quanto não está fazendo esse tipo de coisa.

Amizades: quem são as pessoas com as quais seu personagem pode ser visto com maior frequência? Eles se deram bem desde o início ou tiveram um período de atrito? Conte um ponto mais sobre o que ele pensa das relações com essas     pessoas.

A amizade de Lux com @neevcn é mais leve e brincalhona possível. É difícil ver os dois colegas brigando já que possuem um temperamento muito parecido. Nev provavelmente sabe tudo sobre o fae, principalmente por ser ele o grande critico de suas artes. Não há nada que Lux não crie – seja um quadro, um poema ou uma musica – que ele não mostre para o príncipe. Por ser tão inseguro com suas amizades, Lux não conseguiu ainda demonstrar para o outro o quanto ele é importante em sua vida e isso é algo que as vezes o deixa incomodado. É com Neevan que Lux comete algumas das maiores vergonhas – como se vestir de coração, de flor, cantar e dançar no meio dos corredores – e também as maiores apostas. Ambos vivem apostando sobre tudo e todas as coisas do castelo. É uma pena que o fae quase sempre perca, mas todo mundo sabe que a realeza é privilegiada aos olhos do Narrador.

Já com @tresdedoze Lux tem uma relação mais engraçada. Ever, ainda que bem humorado, é mais sério que o fae e vive tentando colocar juízo na cabeça tola do garoto, o que nunca acaba por dar certo. Foi graças ao príncipe que Lux se sentiu verdadeiramente seguro e acolhido dentro de uma amizade, já que ele lutou para que Morningstar continuasse com ele no dormitório. Confia em Ever até demais e sempre corre para ele quando algo dá errado. O apoia incondicionalmente, ainda que demonstre isso do seu jeito atrapalhado de ser, e as vezes pensa que está vivo apenas porque o outro está lá pra cuidar dele. Entretanto, começou a perceber um ou outro fio branco na cabeleira alheia e se pergunta se isso não é graças ao estresse de ser amigo – e colega de quarto – de Lux Cagliari.

Com @golittlebluefairy Lux tem o melhor dos momentos. Adora o caos que o quarto se torna toda vez que a fadinha perde o controle dos poderes e enquanto Ever está preocupado, Lux está sempre rindo e tentando acalmar a amiga. Como também é um fae, Lux sente uma ligação mais do que especial com a garota e adora conversar com ela sobre como é ser uma fada. Claro que as vezes ele esquece que ela veio de uma estrela e fica a questionando sobre a existência dos astros celestiais, mas Aly parece não ligar.

Com @jamesfrst a relação é mais duradoura. Se conhecem desde sempre, o que acaba por significar que a insegurança de Lux em relação a essa amizade é maior do que com todas as outras. Enquanto seus outros amigos se cansavam de seu jeito e iam embora, James ficava e Lux se pergunta até quando ele irá ficar. Por serem amigos a tanto tempo, ambos compartilharam verdadeiras experiências juntos. Desequilibraram as estações em neverland, arrumaram briga e brigaram entre si, algo sempre muito complicado se considerado o jeito que Cagliri costuma fugir dos confrontos. Com James, Lux viveu também grandes momentos divertidos e de preocupação. Ao ver que James quase havia morrido, ficou preocupado e tentava não pensar no que teria feito sem o outro em sua vida. Assim como em sua relação com Neevan, Lu tem dificuldade em demonstrar o jeito com que se importa e ama o amigo.

Com @oceancoralie a relação de amizade ultrapassa algumas barreiras. Lux não é apaixonado pela princesa, mas bem que podia ser. A beleza gritante da filha dos mares, o jeito doce, a voz melodiosa. Tudo nela chama demais a atenção do fae e não é atoa que ele a tornou sua musa. A ruiva – ou loira – é sua maior fonte de inspiração mesmo que ainda não saiba disso. Lux não consegue compreender como ela pode duvidar de si mesma de maneira tão forte sendo que para ele é tão claro o quanto a menina é incrível.

Inimizades: quem é o pior inimigo do seu personagem em Aether? Por que e desde quando eles se odeiam? Ele faria algo para reverter a situação com essa pessoa?

Graças ao Narrador, nenhuma.

Segredos: há alguma coisa que seu personagem esconde com todas as forças? Existe alguma chance de que seus colegas venham a descobrir esse segredo?

Lux é um livrinho aberto. O difícil é fazer ele calar a boca.

Fofocas: há algo que seu personagem tentou  esconder, mas todos ficaram sabendo? O segredo se espalhou por descuido do seu personagem ou alguém descobriu e contou para outros? Esse é um assunto que ainda marca a sua reputação em Aether?

No momento a única fofoca que o está deixando confuso é sobre a possibilidade de ser o pai do bebe de Saxa já que ele nunca nem beijou a garota.

Descontrole: o que costuma deixar seu personagem estressado e como ele lida com isso? Como ele costuma agir com pessoas irritantes? Ele desconta a raiva em outras pessoas ou guarda pra si? Como identificar um dia de mau-humor do seu personagem?

É raro que Lux fique de mal humor já que ele simplesmente não liga muito para as coisas, portanto ele nunca está pronto para uma briga e é mais normal ver as pessoas brigando com ele do que ele brigando com alguém. Entretanto, apesar de não saber demonstrar muito bem como os ama, pra tirar Lux do sério é só fazer algo para algum amigo seu. Ai sim o jovem perde a noção e acaba falando coisas que não devia ou fazendo algo que se arrependa. Claro que numa briga ele quase sempre apanha, mas isso é outro assunto.

Superação: alguma vez seu personagem passou por cima de um obstáculo? Como tem sido a evolução dos seus poderes em Aether?     Ele estaria pronto para lutar em um novo ataque?

No momento, Lux ainda não superou grandes coisas em sua vida, mas está no caminho de começar a superar seus medos e inseguranças, começando a admitir que ele se importa sim com as pessoas ao seu redor e que teme o que pode acontecer com elas com tantos ataques recorrentes. Quanto a lutar em novos momentos, depende da situação e do perigo em que se encontra.

Expectativas: quais são as verdadeiras expectativas do seu personagem pro fim do ano letivo? Existe algo que ele ainda esteja com vontade de fazer nesse semestre?

Sair vivo de Aether já seria uma grande vitória, mas Lux espera ter uma vida adulta legal e feliz.

amordemaeve​:

‘ É por isso que eu tava andando com frio, pois minha essência sempre coberta de razão foi prejudicada pela minha confiança no Merlin. ’

‘ Eu aposto todo o dinheiro do Njord que na real tá todo mundo querendo dar uma de Aladdin e ter alguns desejos atendidos, quer ver? A galera aqui não pensa muito não, Lux. Devem achar que vai ser fácil como foi fácil com o barbudinho, mas eu te digo: Allie já me alertou da palhaçada. Eu vou pra ver todo mundo se lascando de longe mesmo. E eu não duvido que o Merlin tenha sido amaldiçoado não. Minha mãe sempre me disse que Morgana estava apenas esperando o melhor momento. ’

Pois é Maeve, eu já te disse que posso te ajudar com esse frio ai mas você não me dá uma chance. Posso fazer nada não. 

Eu queria saber como é que pode ter tanta gente maluca embaixo do mesmo teto. Nao tem um lugar de Mitica com tanto palerma disposto a morrer ou a se ferir gravemente por nada. Devem pensar: “nossa eu preciso ajudar nisso aqui aqui! A melhor forma é ir lá e quase morrer. Com certeza o Merlin ficará aliviado”. Ah pelo amor de todas as estações, burrice. Garota tu ai com uma informação dessa e não conta pra ninguém. Se no final for ela mesma fazendo essas atrocidades eu vou ficar feliz de ter sabido antes.Vou me manter longe dos filhos dela. 

astbrero​:

Ele abriu a boca várias vezes durante o monologo alheio tentando gesticular as palavras certas para que pudesse se desculpar, mas parecia que não havia nenhum termo que pudesse acalmar o outro, embora tivesse uma parte sua achando que o amigo estava exagerando levemente com a situação. Na cabeça do Beaumont, ele não tinha sido tão grosseiro como estava sendo expresso, mas não explicação para seu comportamento anterior: - Ok, eu peço desculpas. Não deveria ter sido grosso com você… - Uniu as sobrancelhas no franzir da testa confuso com os eventos supostamente ocorridos. - E nem vou matar você. Como assim eu te trai, Lux? O encontro não foi um sucesso? A gente tá’ junto! E graças a você, olha, você deveria tentar trabalhar como cupido que faria muito sucesso, além de ganhar muita gana. Como é que eu vou te compensar moralmente e financeiramente? - Indagou ainda confuso com as falas alheias, pois não estava entendendo qual era o tema que havia por trás daquela conversa. - É, um dia especial e só vai saber disso… Acho que não tenho esse poder de mexer com as trevas, tá’ confundindo os contos. - A simples referência conseguiu fazer com que o rapaz desse uma risada leve, achando graça naquela imaginação alheia. - Não, claro que não… O que está desenhando? - Não conseguiu segurar sua pergunta curiosa em relação ao caderno que viu. 

Enquanto ouvia as justificativas tolas que o outro lhe dava, Lux pensava se deveria falar para ele sobre a aposta feita com Neevan, mas logo percebeu que seria uma ideia tosca – e que causaria problemas – e se manteve de boca fechada. Apenas apontou o dedo indicador da destra para o outro e semi cerrou os olhos. – Continuo decepcionado, parceiro. Mas deixo passar pelo Ever. – e logo sua encenação de despeito havia sumido, dando espaço para que ele pudesse deixar seu lado artístico e feliz se manifestar como sempre. – Pesados pra mim são coisas da trevas, ta ligado? Meu poder é luz, luz solar, luz quentinha. Ninguém ta quentinho quanto ta sonhando com coisa ruim. – defendeu-se Cagliari antes de estender para ele o caderno de esboços. – Eu tava mesmo era afim de te desenhar. Ficou bem bonito ai no meio da agua e com a lua atrás de você. – acrescentou o fae gesticulando com as mãos para a paisagem em que os dois se encontravam. Sua mente estava realmente satisfeita com o que via. – Considere um presente pro seu dia tão especial. - a mente rápida do fae já estava supondo que aquele era o aniversario do outro, mas nao iria se intrometer em seus assuntos - algo raro - se Astro parecia possuir questoes e motivos para manter a data em segredo. - E ai? Que acha? Eu faço no precinho hein - e com isso ele estalou os dedos da destra, fazendo com que alguns pontinhos de luz saltasse dali. 

sorenotsore​:

Havia algo de terrível no som de uma risada para ouvidos irritados. De uma manifestação alegre, o riso passava a ser combustível para a raiva sentida por outrem, elevando-a perigosamente. A situação se tornava ainda pior quando em relação ao príncipe que, longe de ser conhecido por sua calma, já exibia comportamento abertamente volátil. Provocá-lo não era a melhor das ideias, qualquer um podia ver. Isso é, qualquer um menos Lux. Sem pensar duas vezes, Soren avançou, parando a meros centímetros do fae — um exemplo espetacular de autocontrole. “ Em nome da simpatia que nutro por você, Cagliari, vou te oferecer a cortesia de vazar antes que eu enfie a mão na tua cara. De graça ” destacou, a sujeira acumulada na face carregando ainda mais a expressão irritada que sustentava. Já havia sido alvo de uma brincadeira ridícula, passar por algo semelhante novamente excedia sua cota diária. Schneeland descongelaria antes que se permitisse tal deslize. Assim, adicionou com seriedade. “ Por que pra mim, é isso que você ‘tá pedindo. ”  

De enrascada a enrascada e de detenções e detenções, Lux havia perdido o medo – ou o senso – e já estava mais do que acostumado a mexer com pessoas que poderiam acabar com ele rapidamente. Sendo assim, a ameaça proferida pelo herdeiro de Corona foi respondida com um olhar rápido sobre o corpo sujo, como quem faz pouco caso do que vê, e seguida por uma risada um pouco mais debochada do que deveria. – Calma ai, principezinho. Que falta de educação. Eu to aqui tentando vender minhas artes honestamente e você ai querendo me bater. – respondeu o fae, que já possuía na mente uma estratégia para fugir daquela situação caso o outro resolvesse mesmo ir para cima dele. – Tenho culpa nenhuma dessa sua sujeira toda. Mas se eu esbarrar com o dijin por ai peço pra ele te limpar.

jamesfrst​:

a-hood​:

Todo o cansaço se evaporou no instante em que a porta se abriu, revelando um James completamente saudável e de alta. A empolgação por vê-lo recuperado foi tanta que rapidamente se sentou na cama, inclinando-se para frente enquanto o semblante inteiro se iluminava com um sorriso largo: ❝ — Você recebeu alta! —  ❞ Os olhos brilhavam para James, mas, talvez seus reflexos estivessem lentos demais pelo sono e ressaca de modo que levou alguns segundos para se dar conta de que a sua euforia não era compartilhada por nenhum dos dois aderenses ali e automaticamente sua testa se franziu, deixando os ombros caírem derrotados. Abriu a boca para tentar explicar o que estava “acontecendo” ali, mas a sentença a seguir a fez engolir em seco sem acreditar na suposição que o futuro Guardião do Inverno estava fazendo. Aquela ideia era tão incabível que Alexis ficou completamente sem reação, paralisada enquanto tentava digerir a acusação e, assim que a temperatura no dormitório começou a cair, puxou as cobertas para si. Seus ouvidos capturavam os sons, mas o cérebro não conseguia dar sentido as palavras alheias especialmente quando tudo o que deviam estar fazendo naquele momento era comemorar a recuperação de Frost e não discutir. De repente, um calor completamente reconfortante a preencheu e quando baixou as vistas para as próprias mãos, viu uma luz amarelada lhe contornar. Sabendo que aquilo era obra de Lux, seus olhos o buscaram por um instante, em um agradecimento silencioso antes de se voltarem para @jamesfrst​  ❝ — Eu… não acredito que você possa pensar uma coisa dessas… — ❞ Ofendida pela maneira como James a via, especialmente depois de ter passado a noite inteira falando com o melhor amigo dele sobre o quanto estava ansiosa pela saída da enfermaria, sua voz carregava uma dor a qual também poderia ser percebida nos olhos brilhantes, tentando com todas as forças impedir que as emoções escapassem por ali.

Alguma coisa dentro de James Edward Frost crescia em uma velocidade absurdamente rápida, o peito tomando um sentimento com o qual ele não estava familiarizado, mas que gerava nele uma absurda vontade de quebrar o belo rostinho de Lux em mil pedacinhos. O feitio da manipulação da luz foi vista como uma provocação devido ao ódio que sentia e por isso, um sorriso fraco e maldoso surgiu nos lábios do filho do inverno, que girou a palma da mão para cima e movimentou os dedos sutilmente, a janela do quarto abrindo-se de repente enquanto um forte vento frio - o suficiente para que a luz tremulasse - invadisse o quarto. Insatisfeito, alguns flocos de neve começaram a cair pelo quarto, ganhando intensidade conforme o poder de James cuidava inconscientemente de fazer o vapor do banho de Lux como matéria prima para aquele feitio. – “Beberam ontem e coincidentemente acabaram no seu point, né Morningstar?” – A voz repleta de ironia e um pouco mais alta do que o comum provavelmente era o suficiente para demonstrar o quanto estava realmente puto com aquela situação. A mão que antes gerava o início da neve que agora começava a cair com pouco mais de força foi levada ao peito ao passo que o coração acelerava, lhe causando alguma dor. Ele levantou a cabeça, contrariado, e procurou os olhos de Alexis as íris cinzas tomadas num misto de ódio e mágoa. Levantou a mão para interromper o que ela falava e respirou fundo, ajeitando a postura devagar. – “Você não me deve nenhuma explicação, Hood. Poupe suas mentiras e seus joguinhos para os outros.” – A frieza de James persistia em refletir em sua voz e ele engoliu em seco, levantando suavemente o queixo. – “Já estou cansado de fazer parte desse circo. E você.” – Apontou para Lux, os olhos faiscando na mais pura raiva. – “Eu não quero mais vê-lo. Usa o meu quarto pra qualquer coisa de novo que eu te faço sair daqui parecendo uma pedra de gelo e acredite, você não vai gostar. De todos os meus amigos, você era o único que eu não esperava isso. E sabe do que mais?” – Abriu os braços e soltou uma risada sarcástica, balançando a cabeça. – “Eu vou embora. Sinto muito atrapalhar o casalzinho aí.” – Finalizou, virando as costas e saindo do quarto a passos rápidos.

Como a escolhida pelo Narrador para narrar a história desse pequeno e dramático fae, é importante que eu comente algo muito importante sobre nosso personagem: Lux raramente se irritava. Era uma dessas suas características que deixavam as pessoas ao seu redor um tanto incomodadas porque ele simplesmente não dava tanta importância para as coisas a ponto de realmente se estressar com elas. Naquele momento, apesar da tensão palpável presente no cômodo, Lux estava sentindo uma enorme vontade de rir até ouvir as próximas palavras do filho de Frost. O modo como tratava Alexis, com que era agressivo e como acreditava fortemente nas coisas sem nem ao menos os deixar falar havia começado a irritar o Morginstar, mas a gota da água foi o vento gelado vindo da janela, deixando ele e a amiga ainda mais gelados. A nítida burrice do amigo fez o jovem suspirar enquanto levantava a direita sem nenhum pudor. A luz do sol nascente era uma das mais fortes e invadiu o quarto sem nenhum pudor, cegando os outros dois que dividiam o cômodo com ele. Para Alexis, Lux ajustou a luz ao redor dos olhos da garota, permitindo-a ver novamente sem nenhum esforço. O calor invadiu novamente o quarto, sendo impossível o retirar dali caso a pessoa não fosse capaz de controlar a luz solar. – Cara, você é muito burro. – xingou o Cagliari. – Você não tem direito nenhum de falar com ela desse jeito. Não tem direito nenhum de tratar ninguém mal só por causa das paranoias da sua cabeça. Não aconteceu nada aqui, mas se você prefere ficar nesse drama ai de corno ao invés de acreditar na gente então ta ótimo. É melhor tu voltar pra enfermaria pra ver se eles te dão um remédio pra você parar de ser besta e aprender a respeitar as pessoas que gostam de você. – dito isso, o fae cruzou os braços, sentindo o corpo ainda mais quente do que a sala ao redor. A pressuposição de James era compreensível, mas Lux se sentia incrivelmente ofendido de ser acusado de algo daquele tipo. Ainda que o amigo nunca tivesse realmente falado sobre o que sentia sobre Alexis, o fae havia percebido e jamais iria fazer algo do tipo. Frost estava sendo irracional se achava que Lux jogaria a amizade deles fora daquele jeito.  – Pode ir, parça. Tem ninguém te prendendo aqui não. Volta pra lá.

Jaden Smith attends the GQ Men Of The Year Awards at the Tate Modern on September 5, 2017 in London, England

jamesfrst​:

a-hood​:

Qualquer desculpa para beber era muito bem vinda, especialmente com os jogos intercasas acontecendo e rumando para um resultado que não a agradava nem um pouco. Tudo isso somado ao fato de James praticamente ter morrido eram coisas demais para ter de lidar sóbria. Por isso que havia se entregado tão facilmente ao álcool naquela noite. Tudo não passava de um borrão e nesses momentos, a ressaca moral era mais forte que a ressaca pela bebida em si. Foi somente quando despertou no dia seguinte com a luz do sol a lhe machucar os olhos que se deu conta de boa parte do que tinha acontecido. Primeiro porque ao se virar na cama resmungando e cobrir a cabeça com o travesseiro, os perfumes, a textura e até a iluminação natural não condiziam com o seu dormitório. Aquele fato a fez se questionar como tinha ido parar tão longe sendo que a festa tinha acontecido em sua casa, mas com uma pontada de vergonha se lembrou que havia insistido diversas vezes a Lux para que ele a levasse até o dormitório de James visto que provavelmente ele sairia da enfermaria nos próximos dias e eles podiam fazer alguma surpresa. Toda a sua empolgação em preparar alguma coisa, porém, foi prejudicada pelo nível de álcool em seu metabolismo e tudo o que conseguiu fazer ao chegar ao dormitório foi se jogar na cama de Frost entre risadinhas com o melhor amigo dele para conversar o restante da noite até pegarem no sono. Queria não ter lembrado de determinadas ações, pois segundo o que alguns flashes de memória da noite anterior lhe traziam, tinha revelado que estava apaixonada para um dos colegas de casa. “Bêbado é uma desgraça”, pensava sozinha enquanto resmungava debaixo do travesseiro sem qualquer coragem de se levantar até ouvir a pergunta. ❝ — Bom… dia… —  ❞ Limpou a garganta enquanto se levantava para encontrar um Lux só de toalha no quarto. A imagem fez seu corpo inteiro congelar, o primeiro instinto sendo o de que talvez não tivessem somente passado a noite inteira conversando até dormir. Porém, se tivessem mesmo feito algo além disso ela se lembraria, certo? Sua memória, por mais enevoada que estivesse, não tinha nada relacionado aquilo. ❝ — Eu… dormi? Dormi… e você hot stuff? — ❞ Levou o dorso da destra até os olhos para esfregá-los enquanto bocejava.

Incrédulo e aliviado. Foi exatamente como James ficou quando o médico que cuidava de seu caso, Dr. Venegard, o examinara naquela manhã e concluíra que o rapaz estava pronto para receber alta se se estivesse confortável para tal. Claro que isso incluía uma série de cuidados, como evitar esforço físico pelas próximas semanas, procurar dormir e comer bem, ingerir muito líquido e fazer check ups com certa frequência na enfermaria; mas desde que todos os exames do herdeiro do inverno deram normais e limpos pela terceira vez, o médico não via mais motivo para mantê-lo ali sob constante vigilância. E pensar que apenas um dia antes James havia recebido uma série de visitas - depois de uma semana complicada em coma e mais dois dias isolado - e dito a todos que acreditava que precisaria ficar ali mais algum tempo! Ah, a habilidade da genética dos Frost não decepcionava… Mal podia acreditar que estava pronto para voltar “ao mundo normal” e principalmente, que poderia tirar um belíssimo cochilo em sua cama macia.  Não que as macas fossem ruins por que não eram. Eram confortáveis, mas depois de quase duas semanas, o corpo reclama e pede por algo mais confortável e espaçoso. E ironicamente, era isso que se passava na cabeça do jovem aderense durante todo o trajeto entre a enfermaria e sua casa: O quanto precisava de um belíssimo banho quentinho para relaxar o corpo e um cochilo que provavelmente duraria horas. As evidências de que uma festa em algum lugar havia acontecido deixando para trás muitos alunos com ressaca ou ainda bêbados foram captadas pelos olhos claros no momento que James entrou na sala comunal de Aderem, e com certo esforço, ele se lembrou de que Lux havia comentado qualquer coisa sobre uma festa em Imre. E que o Narrador tivesse o abençoado de forma que naquela manhã Lux não estivesse usando o point, como o próprio chamava. E ah, a Imre… Ele tinha boas lembranças no dormitório daquela casa, lembranças inclusive que havia se comprometido em repetir dessa vez em Aderem. O peito de James acelerou-se momentaneamente e ele parou um segundo, respirando fundo para se concentrar. Faria questão é claro de encontrar Alexis mais tarde, bem como Lux e Fuy, para quem havia prometido informar assim que saísse da enfermaria. 

 Ele tornou a caminhar pelo dormitório até que estivesse em frente a sua porta e a cabeça tombou levemente para a frente, procurando ouvir qualquer som enquanto os olhos escaneavam cada centímetro da madeira e da maçaneta, procurando o sinal dele e de Lux para “seu quarto está sendo usado, foi mal”. As vezes se arrependia de ceder o quarto para Lux usar com outras garotas, mas que outra alternativa teria o melhor amigo? Além disso não era como se se importasse com aquilo. Até aquele momento. A mão tocou a maçaneta e ele suspirou com a textura familiar, finalmente abrindo a porta enquanto já sonhava com a sua cama… ocupada? A visão totalmente incomum arrancou Edward de seus pensamentos e ele estagnou, a porta fechando atrás de si. Os olhos cinzas correram entre Lux e Alexis e ele tentou se lembrar de respirar. – “O quê… O quê ta-tá aco-con-te-te-cendo?” – Perguntou, a voz gaguejando e falhando pelo nervosismo e pelo choque. James fechou os olhos por um segundo - que mais pareceu uma eternidade - tentando repetir para si mesmo que aquilo não estava acontecendo e logo seus olhos encararam o curativo em seu braço, feito pela enfermeira após tirar o acesso. Ele deveria estar alucinando, certo? Errado. Ele não estava alucinando, ouvira Alexis chamar o outro de hot stuff. A raiva preencheu seu peito de forma avassaladora e James pousou as mãos na cintura, respirando fundo devagar enquanto levantava os olhos - que brilhavam num cinza azulado mais escuro - e encarava as duas figuras. – “Por isso estavam tão interessados em saber quando eu saía, né?” – Perguntou, a voz recheada de sarcasmo enquanto o rosto se contorcia numa careta. Ele levantou a mão e passou pelo cabelo enquanto olhava de um para o outro, até que seu olhar parou em Alexis. – “Meu melhor amigo? Sério?” – Sibilou como o vento mais frio do inverno e trincou o maxilar ao perceber um fato: ela não devia nada a ele. – “Quer saber? Você não me deve nada. Mas você…” – Seus olhos encararam Lux e a temperatura no quarto começou a decair. – “Meu quarto? Minha cama? Minha gar… minha toalha?” – Se corrigiu rápido o bastante, o tom firme e baixo. O coração de James batia forte contra seu peito e ele apoiou-se numa cama próxima, respirando fundo e buscando qualquer mínima concentração. – “Pelo jeito vocês se divertiram muito na festa ontem né? Agradeço pela parte que me toca e sinto muito por atrapalhar seja lá o que for isso. Eu… preferia voltar pra enfermaria. É, é isso. Eu vou voltar pra lá.”

O momento que seguiu após os olhos castanhos de Lux encontrarem os de Alexis foi de extrema confusão. O fae achou graça no modo devagar da amiga e pensou até mesmo em comentar sobre o comportamento alheio quando vestia sua roupa intima por baixo da toalha – eles não eram tão amigos assim -, porém qualquer piadinha que pudesse sair de seus lábios foi impedida de ser jogada no ar graças ao barulho da porta sendo aberta. Já com a toalha longe de seu corpo, Lux até mesmo se esqueceu da presença da Hood e estava apenas concentrando-se no fato de que James estava bem quando finalmente compreendeu a expressão confusa e enraivecida do colega. O olhar de Cagliari foi para a garota ainda deitada na cama – péssimo momento para ela estar ali – e depois voltou para o Frost parado na porta. Droga. Ergueu as mãos em sinal de rendição, porém foi inútil. James já havia começado a falar. Observador e romântico como era, já havia notado que o amigo possuía um sentimento diferente pela imrense ainda que negasse, porém em nenhum momento passou por sua mente que ele podia desconfiar que Lux seria um péssimo amigo daquela forma. – James, não é o que você está pensando. – assegurou enquanto tentava andar em direção ao amigo. Talvez fosse o fato de estar sem roupa ou talvez fosse as íris azuladas do amigo, mas Lux passou a sentir muito frio. Algo que ele detestava. A pele nua se arrepiou e ele conteve o instinto de envolver o corpo com os braços para se aquecer. Ao invés disso, fez o próprio corpo ser cercado por uma luz solar amarela de baixa intensidade. Ao ser banhado pela própria iluminação quente, o corpo do Morningstar voltou à temperatura normal. Temendo que a amiga pudesse sentir o mesmo frio que ele, Lux tratou de envolvê-la também em uma luz de calor. Os dois pontos de luz do sol foram o suficiente para que o quarto todo passasse a se esquentar um pouco mais. – Sua toalha está longe de mim. – obviamente ele falava da Alexis. Alexis está longe de mim, mas se o outro queria usar códigos para fingir que não estava enciumado com a cena, não seria Lux a brigar. – Vamos, James, você sabe que eu não faria nada desse tipo. Nós bebemos ontem e foi só isso. Fica calmo. A gente tava preocupados com você e com sua quase morte, por isso queríamos saber quando você ia sair. Para de ficar criando coisa na sua cabeça. – a língua grande do fae não iria dar uma chance pra ela nem naquele momento. Bom, não estava mentindo. Apesar de ser um péssimo momento para falar aquilo, James estava mesmo vendo coisa onde não tinha e não dando chance para nenhum dos dois se explicarem.

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Se tinha algo que James não compreendia no jovem amigo era a coragem que tinha em fazer coisas que com toda a certeza deixariam Iridessa muito mais do que apenas brava. Ele se lembrava da fada muito bem e também de como seu rosto podia se transformar quando estava com raiva… Não que ele já tivesse causado tal estado, mas a convivência com Lux fez com que Iridessa fizesse parte de sua criação, de forma que uma ou outra vez os dois (ou apenas James bagunçando as estações) acabavam por tomarem várias broncas por falta de disciplina. Quando Lux chamou sua atenção para a suposta “falta de fé” que tinha no fae, James acabou por explodir em risadas, a cabeça balançando enquanto tentava recurar o fôlego para rebater o argumento. Não era uma questão de fé, era uma questão de conhecer Lux o bastante junto a um histórico de se envolver em brigas para tirar o rapaz das mais diversas enrascadas. – “Acho que não é uma questão de fé, meu querido, é questão de que essa seria uma enrascada que eu não ia conseguir te salvar.” – Respondeu com um sorriso provocativo nos lábios, os braços abrindo como se quisesse reforçar o quanto aquilo era sério e óbvio. Uma sobrancelha se arqueou no rosto de James e ele balançou a cabeça concordando em seguida. – “É isso, se Lux Cagliari disse, tá dito, meu querido.” – A cabeça assentia em concordância, os olhos acompanhando a fumaça enquanto a mente se agitava com a ideia de pregar uma peça ali mesmo no outro fazendo com que o cigarro se congelasse. Mas no fundo, ele sabia que não tinha forças para tal e que não seria certo fazer isso quando seu melhor amigo estava ali visitando-o em seus piores momentos. Da mesma forma que no fundo, ele esperava que Lux não quisesse se aprofundar na história de quase morte de James por que… Bom, nem ele havia se acostumado com os fatos ainda e muito menos havia adquirido a habilidade de falar daquilo sem se sentir… estranho. A referência em relação a Imrense fez com que a expressão de James assumisse um misto de desconfiança e curiosidade, incerto de quanto Lux sabia sobre o que o herdeiro do inverno sentia pela arqueira. Ele soltou um suspiro e balançou a cabeça. – “Essa garota, cara… O jeito que ela mexe comigo é diferente e eu não tenho certeza se isso não é uma cilada do Narrador pra tentar provar que eu estava errado sobre meu coração de gelo e…” – A voz grave e baixa de James interrompeu-se no momento em que os sprinkles mágicos começaram a liberar água descontroladamente e antes que pudesse falar qualquer coisa, sentiu o peso do corpo do outro sobre si. – “PEQUENO DEBILITADO? Lux sua sorte é que eu tô nessa maca, se não eu te jantava na porrada, meu querido! Quem mandou fumar aqui?” – Disse com a voz firme e alta, suas mãos segurando as do Fae para que tentasse fazê-lo parar de tentar arrancar James da cama. A cabeça girou para a porta no momento em que uma voz ecoou pela enfermaria: “MAS O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? SENHOR CAGLIARI, EU JÁ EXPLIQUEI QUE NÃO PODE FUMAR AQUI DENTRO!!”, Vociferou a chefe das enfermeiras, andando a passos rápidos na direção dos dois.

A situação que ocorreu após o barulho estridente dos avisos e da água gelada descendo peço corpo quente do fae foi uma extrema confusão. Enquanto ouvia nitidamente a bronca vinda em sua direção, Lux fazia grande questão de gritar: - MULHER O BAGULHO AQUI É SÉRIO A VIDA DAS PESSOAS ESTÃO EM RISCO!!! - os braços continuavam tentando levar o corpo machucado do amigo de forma desesperada quando tudo começou a ficar silencioso, deixando-o confuso. Olhou por cima do ombro para poder encarar uma enfermeira cuja expressão brava teria amedrontado o rapaz se ele já não tivesse passado poe situações parecidas ou até mesmo piores. Afastou-se de James de forma cautelosa. A mais velha fez um sinal com a destra que fez o cigarro flutuar do chão até a palma da mão dela e que, ao mesmo tempo, fez uma expressão culpada surgir no rosto de Cagliari. Senhor Morningstar, vou pedir que me acompanhe até a sala do vice-diretor. Mais uma vez. - Essa ideia parece incrível, mas eu não to realmente interessado em ir papear com um cara velho numa sexta a noite né? - com a frase divertida sendo dita, Lux foi indo cada vez mais para trás, aproximando-se da janela aberta. - Eu realmente realmente sinto muito. - e sentia mesmo, mas não o suficiente para deixar de tocar o pingente de asas da sua pulseira encantada. Com sua parte fae materializada, o garoto saltou janela a fora, flutuando no ar. Com a destra materalizou novamente uma porção de luzinhas coloridas que jogou em direção ao amigo como forma de se despedir. A curandeira o olhou com uma expressão chocada e ultrajada no rosto, preparando-se para ir atrás do rapaz, entretanto Lux decidiu que não iria colocar os pés no chão até ser extremamente necessário. Dirigiu-se para cima, em direção as torres altas do castelo, e pousou no telhado, seu já conhecido amigo de reflexões da madrugada e fugas da detenção. 

-- ENCERRADO

                                         𝖾𝗏𝖾𝗋𝗒𝗈𝗇𝖾 𝗁𝖾𝗋𝖾, 𝗐𝖾 𝖻𝖾𝗅𝗂𝖾𝗏𝖾 𝗂𝗇 𝗒𝗈𝗎

                          𝙠𝙣𝙤𝙬 𝙮𝙤𝙪 𝙘𝙖𝙣 𝙗𝙚 𝙖 𝙝𝙚𝙧𝙤 '𝙘𝙖𝙪𝙨𝙚 𝙬𝙚 𝙨𝙚𝙚𝙣 𝙮𝙤𝙪 𝙙𝙤 𝙞𝙩

                                     𝖺𝗇𝖽 𝗍𝗁𝗂𝗌 𝗂𝗌 𝗍𝗁𝖾 𝗍𝗂𝗆𝖾 𝗍𝗁𝖺𝗍 𝗐𝖾 𝗇𝖾𝖾𝖽𝗂𝗇' 𝗒𝗈𝗎

                                    𝙚𝙫𝙚𝙧𝙮𝙤𝙣𝙚 𝙞𝙨 𝙝𝙚𝙧𝙚 𝙩𝙤 𝙮𝙤𝙪 𝙨𝙚𝙚 𝙮𝙤𝙪 𝙢𝙤𝙫𝙚

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– “Por Merlin que a ‘tia’ Iridessa nunca tenha o desgosto de te ouvir falar desse jeito.” – Desejou olhando para Lux enquanto seus lábios esboçavam um sorriso pelo carinho feito em seu cabelo. Se tinha uma coisa que James tinha medo, era de Iridessa brava. A fada havia tido um participação considerável na criação do filho do inverno e ele havia tido o (des)prazer de tomar algumas broncas dela no decorrer de sua vida. Riu do gesto mágico de Lux, balançando a cabeça convencido de que não havia ninguém como o fae naquele lugar e revirou os olhos ao ouvir a quase imitação. – “Cara, eu não tenho culpa se eu sou responsável, sabe? Não vou te levar pra um encontro direto com a morte.” – Rebateu revirando os olhos novamente e fazendo uma careta. Não desejava aquilo nem para seu pior inimigo. Observou-o com certo desgosto acender um cigarro, apesar de ser uma cena bastante comum quando se tratava do melhor amigo e cruzou os braços, soltando um suspiro. – “Isso eu posso te contar.” – Pontuou, arqueando uma sobrancelha e olhando para o rapaz pensativo, tentando recuperar o máximo das memórias. – “Não, eu não conheci o Narrador. Mas acho que ele é um cara foda demais pra ser um típico cara branco.” – Disse abrindo um sorriso para Lux, certo de que ele provavelmente concordaria com aquilo. – “Depois que eu apaguei, eu tinha certeza que ia morrer. Eu vi toda a minha vida, vi meu pai a primeira vez que ele me pegou no colo, vi os meus tios guardiões cuidando de mim, vi vários momentos… Vi você.” – Olhou nos olhos do Fae ao mencioná-lo, abrindo um leve sorriso. – “Vi você no dia que você me levou no lago e fez todo um discurso sobre como eu não posso levar a vida tão a sério e sobre como nem tudo é gelo e fogo. Depois vi Howie, Brooke, Mae…” – Engoliu em seco certo de que talvez o que viesse a contar pudesse ser uma belíssima arma para o outro provocá-lo e por isso desviou o olhar. – “Vi Alexis. Foi a minha última visão. Aí senti a essência da lua deixando o meu corpo, mas alguma coisa fez com que voltasse. Eu não sei, acho que tenho mais poderes do que eu achava.” – Ponderou, balançando a cabeça e tornando a encarar o fae, os olhos procurando os dele. Conhecia Lux o bastante para saber que provavelmente ele estava surtando, principalmente depois de saber de suas suscetivas tentativas de invadir a enfermaria. – “Eu não sei, cara, acho que talvez amanhã ou em dois dias. Eu espero. Mas você pode curtir muito essa festa por mim, viu? Cota dupla de bebida pra você, meu camarada!” – Esforçou-se para parecer o mais animado possível,  afim de poder animá-lo um pouco.

- Nem eu mate, nem eu. – concordou Lux enquanto a mente se recheava de imagens da mãe brigando com ele e com qualquer um que topasse suas ideias malucas. Iridessa já era conhecida em neverland como uma fada muito rígida, porém esse aspecto de sua personalidade pirou drasticamente após adotar o jovem fae. Não havia nada no mundo que despertasse mais medo no Cagliari que a própria mãe brava. – Sua pouca fé em mim me chateada, Jimmy. Talvez eu conseguisse nocautear o safado. – brincou Lux enquanto prendia o cigarro entre os lábios, destilando alguns socos fracos no ar. A realidade era que o aderense pouco se envolvia em brigas, preferindo as evitar sempre que possível. Se pudesse se livrar de tudo com falas aleatórias e muita luz, ele faria. E das poucas vezes que não conseguiu, havia sido possível ouvir um grito bem alto de “por favor, no rosto não!” porque, obviamente, Lux não aceitaria se tornar feio. – Finalmente uma vitória nesse lugar. Narrador é preto. Ta decidido e quem não concorda é mais conservador do que Adam. – comentou Cagliari enquanto jogava a cabeça para trás, soltando a fumaça para cima. Sua atenção passou a ser a historia contada pelo Frost. Lux temia de mais a morte para achar graça naquela situação. Era muito interessante que o fae não tivesse medo do esquecimento, pois julgava que seu conto era muito forte, porém temia demais perder a vida por qualquer besteira como aquela. A verdade era que viver em Aether estava quase se tornando um filme de terror que ele não teria como fugir para sempre. Que o Narrador permitisse que Lux não se tornasse o estereotipo do único amigo negro que também é alivio cômico e que morre por qualquer besteira. – That’s rough buddy. – pronunciou Lux sem saber muito o que dizer. Se aquele fosse um papo sobre garotas ou qualquer outro problema, ele com certeza saberia ajudar, porém uma experiência de quase morte ainda era um assunto pouco conhecimento pelo Morginstar. – Pelo menos você ta ai firme e forte. Isso que importa. Logo vai poder ir dar uns beijos na Lexi pra poder melhorar. – afirmou Lux, levando o cigarro novamente aos lábios. Uma pena que ele foi apegado pelo que se seguiu. A fumaça jogava para o ar havia chegado aos dispositivos mágicos que serviam para impedir incêndios, sendo assim um barulho muito alto cortou o silencio e uma quantidade grande de água começou a cair. Lux, porém, não pensou que a culpa fosse sua, ainda que as enfermeiras já tivessem percebido isso. – Droga. É UM INCÊNDIO, JAMES. CALMA EU TE PROTEJO MEU PEQUENO DEBILITADO. – o cigarro foi jogado no chão enquanto o fae se movia rápido para cima do amigo, passando os braços por baixo dos alheio para tentar o retirar da cama.

Lux tinha o péssimo costume de se envolver nas maiores loucuras quanto estava alterado e a ultima aventura que sua mente alterada produziu foi um casamento. É importante comentar que o fae nunca nem pensou no casório, gostando de se sentir livre por mais algum tempo, portanto ao descobrir sobre sua nova condição ele não pode deixar de ficar chocado e de rir um bocado depois de ficar sabendo que sua esposa também não estava na melhor das situações. – Bem... – os olhos castanhos de Morningstar desceram pelo vestido mostrado. Havia levado a pergunta com seriedade, afinal ele próprio costurava as próprias roupas. – Eu acho que ta bem bonitinho sim, mas falta um pouco de cor love. – disparou Lux cuja paleta de cores de suas próprias obras era um verdadeiro arco íris. – Ta maluca, Heri?! Eu não iria procurar esse bicho ai nem que me pagassem, cara. E olha que eu to precisando de grana. Eu preso pela minha vida e jamais que ia te deixar viúva tão nova. – brigou enquanto passava o braço direito pelos ombros alheios, terminando por beijar sua cabeça. – Realmente gostei do vestido.  

“Ok, preciso de uma opinião sincera.” Não necessariamente sincera queria dizer sua opinião sincera, mas sim apenas elogios e nada mais; só que entender o idioma de Henrietta era um enigma. “Esse vestido é digno de capa da Vogue Mítica? Trabalhei nele tempo o suficiente ‘pra me distrair de tudo que aconteceu nesse meio tempo, além da clara vitória da Ralien ━ era de se esperar, óbvio. Mas aí teve o djinn à solta, que eu tenho quase certeza que é uma sabotagem indireta para os ralienos não aproveitarem o sabor de ganhar. Ouvi dizer que a vossa senhoria vai atrás dessa besta enfurecida, tell me, is it true?”

Não era incomum que Cagliari se sentisse inspirado pela beleza da princesa dos mares. Os olhos claros e o rosto angelical eram o suficiente para tirar o ar dos pulmões do fae, preenchendo o vazio com uma necessidade de desenha-la. Sendo assim, seu olhar se dividia entre o desenho que rabiscava e a silhueta feminina que descansava nos jardins. Sua atenção foi chamada pela reclamação do colega ao seu lado. – Cara, acho que ninguém ta ligando pra sua casa hoje não. – brincou o fae enquanto se afastava da sua obra, segurando o pincel e olhando para o outro. – A anilen perdeu, mas o dijin que ta real roubando atenção. Eu posso jurar que ouvi uns almofadinhas da ralien gritando porque o nosso camarada roubou todos os holofotes. Só iria atrás desse gênio se fosse pra pedir um autógrafo.

✧ * º • ☾✩    —— Sou azarado demais p’ra fazer isso. Não precisava do roxo nas vestes do uniforme escolar para evidenciar que pertencia a casa de Morgana, estava na expressão do rapaz, ainda que os acontecimentos se mostrassem muito maior do que aquilo, Desmond ainda saboreava o amargo de ter ficado em ultimo lugar no intercasas, claro que aquilo não havia alterado seu apetite.  

Lei do engano, Mae, lei do engano. 

As coisas não melhoram aqui nunca, jamais. Eu to começando a achar que é o velho que ta amaldiçoado e ta chovendo as desgraçadas pra cima da gente. Ai é gente que some, floresta que fala, dijin que sai do pote. Alias, aposto todo o dinheiro do Neevan que esse pessoal que ta metido a príncipe encantado, herói de plantão, ta tudo com a cabeça sob efeito de algum encantamento. Eu já me odiei muito, Maeve, mas não a ponto de ser tao burro assim. 

‘ Quando a gente acha que a coisa toda vai melhorar… Na verdade, não sei muito bem por qual motivo eu sempre acredito que a coisa vai melhorar. Mas, realmente, a pior parte foi perder pra Ralien. Agora é ver quantos vão se meter a desbravadores dos sete mares, Tinker Bell injustiçada, pra ir atrás do djinn. Eu vou para registrar o fracasso — ou sucesso — para publicar no jornal. ’ 

O bom humor de Lux não havia sumido nem mesmo após saber sobre as novas maluquices do castelo. O fae continuava do mesmo jeitinho, o que significava que para olhos destreinados ele não estava nem ai para os recentes acontecimentos, entretanto o Cagliari sempre foi mestre e doutor em fugir dos problemas que o cercavam. Por exemplo, naquele momento ele ignorava com muita maestria a carta de Iridessa que o mandava de volta para a casa. – Não seja tao ruim assim com ele, cara. A culpa não é dele se você pediu pra fazer copia de espantalho. – brincou o fae soltando uma pequena risada. Outro habito péssimo de Lux: não conseguir segurar sua língua e acabar se metendo em encrencas. – Quer um desenho seu nesse incrível momento? Duas moedas de prata. Tres se você quiser que eu faça um fundo daora. Quadro se quiser que eu te pinte como o próximo príncipe encantado ao invés do cara que limpa os estábulos.

A camisa presa precariamente por uma ponta a calça, estava longe da brancura que ostentava a poucos minutos. A bem da verdade, não havia muito no anileno que não estivesse coberto por um rastro escuro de terra, quer se olhasse os cabelos ou as botas de montar. Sua imagem certamente despertava curiosidade enquanto cruzava os jardins, embora a expressão emburrada não convidasse a perguntas. Por sorte, Soren resmungava alto o suficiente para que até as cópias dos ratinhos da Cinderella o ouvissem. “ Inferno de djinn ”, o nome da criatura queimava sua língua tal qual ácido, sendo liberada com igual azedume. “ Porra de pedido, aquela coisa é movida é a força do ódio — a mim, aparentemente. ” E então novamente… “ Inferno de djinn! ”