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dulcislatinitas · 5 years

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Tecnobiografia

PRIMEIRAS MEMÓRIAS DE VIDA E MEMÓRIAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Não me lembro de muitos contatos com a tecnologia digital antes da educação básica. Sei que passava horas por dia assistindo filmes em VHS, principalmente A Branca de Neve e pedindo para repetir o filme milhares de vezes.

A partir da primeira série, tenho algumas memórias, mas bastante espaçadas e sem definição precisa das datas e períodos a que se referem. Lembro-me que durante o ensino fundamental, tive contato com alguns aparelhos que utilizavam tecnologia digital, como o relógio Casio do meu pai e as calculadoras científicas dele e de minha mãe. Mais tarde, tive acesso à tv a cabo, na casa de meus avós, em que eu assistia bastante desenhos como Hey Arnold, Scooby-Doo e outros da Hanna-Barbera. Depois também tive acesso a um computador, e me lembro que eu o utilizava para procurar músicas (na época, Sandy e Júnior) e brincar com jogos online no site do Cartoon Network e em sites que permitiam montar e vestir bonecas (que na época chamávamos avatares).

youtube

(Música de abertura de Hey Arnold!)

(Ambos os jogos não estão mais disponíveis no site do Cartoon Network)

Passei um bom tempo tentando encontrar os sites que eu usava na infância para montar esses avatares, porque me lembro que havia vasculhado a internet até achar sites que me dessem liberdade o suficiente. Acabei achando, mas muitas coisas não funcionam mais. Era um site coreano, chamado RoiWorld. Aparentemente era de uma marca maior, chamada eLouai, que também produzia outro jogo que eu costumava jogar, o CandyBar.

(Esse avatar foi montado agora, pois não tenho mais os que eu montava quando mais nova)

Além destes jogos, me lembro de ter tido vários tamagotchis e também uma agenda eletrônica da Disney, em que eu guardava os telefones fixos de meus amigos, lembretes de aniversário e, acho, jogava alguns jogos.

Na escola, até a 3ª ou 4ª série, tínhamos um laboratório de informática e aulas de informática. Fazíamos todo tipo de atividades utilizando os computadores: fazíamos pesquisas, jogávamos jogos educativos, criávamos textos e planilhas com as ferramentas disponíveis no Windows e desenhávamos no Paint. Gravávamos as atividades feitas em disquetes para que nossos pais pudessem acompanhar nosso progresso.

À medida que fui crescendo, as tecnologias foram evoluindo e os trabalhos escolares também. Precisei começar a usar o computador para fazer pesquisas sobre os assuntos dos trabalhos, mas ainda entregávamos o produto final escrito a mão ou produzíamos cartazes. Vi o disquete ser inutilizado e o CD-Rom virar febre, junto com o DVD e então o Blu-Ray.

Foi só a partir da 5ª ou 6ª série que comecei a utilizar o computador para digitar os trabalhos e fazer apresentações no Powerpoint. Daí pra frente, os computadores começaram a evoluir bem mais rapidamente e já não lembro mais quantos notebooks e versões de sistemas operacionais tive a oportunidade de utilizar.

Foi por volta dessa época que também ganhei meu primeiro celular (que meus pais logo tomaram), um tijolinho azul da Siemens.

Depois da oitava série, comecei a dividir um notebook com outro membro da família e, no fim do ensino médio, ganhei um para uso pessoal, para utilizar na faculdade e nos trabalhos com arte e fotografia.

Foi no ensino médio que também descobri novas possibilidades para fazer e apresentar trabalhos, como o Prezi.

VIDA COTIDIANA E FAMILIAR

Desde mais nova tive contato com tecnologia graças a meu pai, que trabalhava com Tecnologia da Informação e sempre aparecia com algum aparelho novo que ele e os colegas estavam testando: eram telefones, palms, computadores, laptops, agendas eletrônicas, pagers, e nos últimos anos tablets e smartphones.

(Um palm que já vi meu pai usando)

Porém, além disso, nem ele, nem minha mãe sabem lidar muito bem com redes sociais. Meu irmão é 10 anos mais novo do que eu e, embora tenha mais facilidade para descobrir novos recursos tecnológicos, não se demonstrou interessado em redes sociais também.

Assim, usamos somente ligações telefônicas e mensagens por What’sApp para nos comunicarmos.

Eu não participo de nenhum grupo de familiares e não costumo ter contato com eles pelas redes.

PRÁTICAS ATUAIS

Hoje em dia, não costumo acessar mais páginas específicas todos os dias. Isso ocorre bastante porque frequentemente uso a internet para fazer pesquisas e gosto de consultar fontes diferentes e testar novas possibilidades.

Alguns dos sites que uso com mais frequência são sites como Academia.edu, JStor, Scribd, Archive.org e a plaraforma Medium. Também consulto alguns outros sites, elencados em meu PearlTrees, para estudar e lecionar latim.

Tirando atividades ligadas diretamente à minha vida acadêmica, utilizo redes sociais como Twitter, Facebook, Instagram, Skoob, Flickr e raramente o Tumblr, WeHeartIt, 500px. Já utilizei muitas outras, como Snapchat, Formspring.me, agora extinta, Blogger, Cargo, Viewbug, Orkut, MSN, etc.

A maioria das redes que uso com frequência, como Instagram e Facebook, são utilizadas tanto para vida pessoal quanto profissional. Já tive uma página no Facebook, voltada para fotografia, mas há uns anos não gosto dos rumos que a rede está tomando e reduzi drasticamente o uso, suspendendo a página. No caso do Instagram, diminuí o uso desde que começaram a efetuar mudanças negativas no funcionamento da rede, principalmente para artistas independentes que não têm alcance estratosférico.

USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS

Meu uso de dispositivos móveis se resume a smartphones. Nunca tive um tablet, às vezes pegando emprestado o do meu pai ou meu irmão para executar alguma tarefa específica.

Como uso smartphone basicamente para me comunicar com as pessoas via What’sApp, e-mail, acessar o Instagram e ler livros nos aplicativos iBooks e Kindle, não considero um tablet necessário. Até então, a única vantagem seria um tamanho maior de tela para leitura, pois ainda não encontrei um tablet que achasse suficientemente confortável e prático para executar tarefas que prefiro executar no computador (fazer pesquisas, trabalhos, escrever, tratar fotos, planejar aulas, etc) e conjugasse a praticidade (ou até mesmo a possibilidade) de utilizar aplicativos como o Instagram.

Por isso, acabo utilizando smartphones apenas indiretamente na prática docente: para fazer pesquisas rápidas, ou ler algum material para preparar aulas. Contudo, com meus alunos de inglês mais velhos e meus alunos de latim, costumo usar e incentivar o uso de smartphones para aquisição de vocabulário, checar morfologia, etimologia e até mesmo contextos de uso, dado que é enorme o número de informações disponíveis na internet e, em grande parte dos casos, são informações acessíveis pelo formato mobile (um site que mencionei antes que não é mobile friendly, por exemplo, seria o Archive.org).

Além de usar o navegador e leitores de ebooks, utilizo muito softwares de edição de imagens, como o Lightroom e o VscoCam.

TRANSIÇÕES

Grandes mudanças ocorreram com o advento das tecnologias digitais. Para mim, uma das primeiras e mais elementares foi o modo de acordar: de uns anos para cá, uso apenas os alarmes disponíveis nos celulares e smartphones.

Outra coisa que mudou muito foi a leitura. A maior parte das coisas que leio, provavelmente são pelo celular, tanto pdfs, e-mails, mensagens de amigos, quanto notícias, quadrinhos, posts e legendas com texto no Instagram.

A forma de armazenar arquivos também sofreu grandes impactos. Primeiro porque não só conseguimos armazenar cada vez mais, como também produzimos e efetivamente acumulamos cada vez mais arquivos digitais. Eu, por exemplo, guardo trabalhos desde o Ensino Médio e de todos os anos da faculdade. Também tenho um HD externo para armazenar fotografias e também para as analógicas tenho também cópias digitais e as posto em minhas redes sociais.

(Cópia digital de uma foto analógica)

Como já comecei a dar aula na era digital, minhas práticas não mudaram tanto. Contudo, algo que ainda pretendo fazer é criar um site ou blog sobre ensino de línguas, arte e cultura, colaborando com outros profissionais e até mesmo com meus alunos.

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