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donaguardia · 1 year
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As 5 melhores leituras de 2022
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 Oi oi oi. Como vão? 
  Infelizmente eu fiquei devendo muito nas resenhas ano passado, e como não vou conseguir resenhar tudo aqui agora, vocês terão que ter um gostinho, na maior parte, pela sinopse mesmo rs. Infelizmente, também, li muito pouco em 2022 comparado a 2021: apenas 42 livros. Mas c'est la vie. O que importa é a qualidade, não é mesmo? E com certeza conheci algumas joias que valem a menção:
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Suíte Tóquio
Sinopse: É uma manhã qualquer quando Maju atravessa a praça ao lado de Cora. Puxando a garota pelo braço, ela passa sorrateiramente pelo exército branco, sobe a avenida, pega um ônibus e desaparece. Exército branco foi o nome que Fernanda, mãe de Cora, deu às babás que todos os dias lotam a praça daquele bairro de classe alta com as crianças de seus patrões. Nos últimos tempos, no entanto, a babá e a filha parecem tão anônimas para Fernanda quanto as outras. Afundada numa crise pessoal, ela demora a perceber que Maju e Cora sumiram sem dar notícias.
 Eu sempre começo dizendo que não ranqueio a leitura - até porque nunca consigo - mas Suíte Tóquio é de fato meu numero 1 de 2022! Volta e meia me pego com aquela vontade de “desler” pra ler pela primeira vez de novo. Como não é possível, me contento em procurar ler tudo da Giovana Madalosso, mas já com a impressão de que nada vai me pegar como esse me pegou. Simplesmente perfeito!
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Leonora
Sinopse: Lady Leonora acaba de se casar e decide trazer de volta para a Inglaterra uma mulher que havia sido exilada na França. A mulher, lady Olivia, é conhecida como coquete, e seu comportamento controverso, em relação ao casamento, a levara para o continente, onde cultivara uma sensibilidade aristocrática francesa, que existe além da moralidade convencional inglesa. Olivia está à procura do amor romântico; já Leonora defende o amor constante com base na paixão precoce que se transforma em profundo respeito e amizade. Com lady Olivia hospedada em seu castelo, lady Leonora terá a chance de mostrar que as pessoas que a criticam estão erradas enquanto corre o risco de perder seu bem mais precioso.
  Achei um livro muito "pra frente" pra época e entendi porque Maria Edgeworth era uma das autoras favoritas da minha querida Jane Austen. Sua escrita é ótima e os personagens nos cativam, embora tenham atitudes irritantes em vários momentos. Até mesmo Leonora, que às vezes é terrivelmente inocente. Não tenho um apreço particular por romances epistolares mas achei que aqui funcionou demais; é pelas cartas e opiniões, principalmente, dos amigos de Leonora e Olivia, que a história toma forma. A gente, no começo, fica sem saber ao certo se Leonora está sendo muito boba ou se a sociedade está julgando Olivia exageradamente. Esta é, por sua vez, uma personagem muito interessante, mas não vou dizer aqui se vocês devem odiá-la ou não. Concluo dizendo apenas que mal posso esperar para ler outras obras da autora.
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De Amor e de Sombra (De Amor y de Sombra)
Sinopse: Irene, uma jovem da aristocracia chilena, e Francisco, filho de um professor anarquista, encontram-se casualmente. A partir de uma reportagem rotineira, um mundo estranho, oculto pela história oficial, vai-se-lhes revelando, fazendo-os sentir responsáveis perante os fatos cruéis que vão se desenrolando. É, nas sombras do poder e do abuso, cada vez mais pressionados pelas injustiças e pelo ódio, que o amor de Irene e Francisco se desenvolve, como força contrária a tudo que os cerca.
  Minha gente, um novelão desses! Li para um dos encontros do clube de leitura do qual participo na minha cidade. Romance e drama na medida certa, com um pano de fundo histórico importantíssimo e uma narrativa primorosa da Isabel Allende fazem desse livro uma obra de arte! Recomendo sem ressalvas!
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A Rede de Alice (The Alice Network)
Sinopse: 1947: no caótico fim da Segunda Guerra Mundial, Charlie St. Clair é uma universitária grávida, sem marido e prestes a ser expulsa de casa por sua família. Ela também nutre uma esperança desesperada de que sua prima Rose, desaparecida durante a ocupação nazista da França, ainda possa estar viva.  Então, quando os pais de Charlie a levam para a Europa para cuidar de seu “probleminha”, Charlie foge para Londres, determinada a saber o que aconteceu com a prima que ela ama como a uma irmã.  1915: Eve Gardiner quer lutar contra os alemães na Primeira Guerra Mundial. Ela recebe essa chance ao ser recrutada como espiã e enviada à França, onde é treinada por Lili, a rainha das espiãs, que gerencia uma vasta rede de informantes bem debaixo do nariz dos inimigos. Trinta anos depois, assombrada pela traição que desmantelou a Rede de Alice, Eve passa seus dias bêbada em sua casa em Londres, até que uma jovem aparece falando um nome que ela não ouvia há tempos – e a lança em uma missão atrás da verdade.
 Eu fiquei simplesmente FISSURADA nessa leitura e se larguei esse romance em algum momento foi por motivos de força maior. A história dessas grandes mulheres, humanas e inspiradoras, narrada por Kate Quinn, prende qualquer pessoa. É meio que um novelão também, então é, eu recomendo muito! 
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 Querida Konbini (Konbini Ningen)
Sinopse: Aos 36 anos, Keiko nunca se envolveu romanticamente e, desde os 18, trabalha numa konbini - todos insistem que ela arranje um trabalho sério ou, pior ainda, um marido. Keiko, no entanto, está satisfeita consigo mesma. Deslocada desde a infância, é na loja, com regras estritas para os funcionários e dinâmica precisa de funcionamento, que ela consegue pela primeira vez se sentir uma peça no mecanismo do mundo.  Diferente de tudo que já li (provavelmente porque li basicamente nada de literatura japonesa) e extremamente instigante, principalmente por trazer uma protagonista nadinha convencional. Amei amei amei!
 É... li muito menos do que gostaria em 2022, resenhei menos ainda, como viram, mas teve bastante coisa boa entre meus lidos. Vou citar aqui outras leituras que fiz ano passado e adorei:
A Cabeça do Santo (Socorro Acioli) Nada Digo de Ti, Que em Ti Não Veja (Eliana Alves Cruz) O Parque das Irmãs Magníficas (Camila Sosa Villada) A Sétima Onda (Juan Jullian) Livro do Avesso: O Pensamento de Edite (Elisa Lucinda) Minha Irmã, a Serial Killer (Oyinkan Braithwaite) Memórias da Princesa - Os Diários de Carrie Fisher (Carrie Fisher)  O Amor Nos Tempos do Cólera (Gabriel García Márquez) Tempestade de Guerra (Victoria Aveyard)
 Espero que esse ano traga muita leitura - mais que 2022 - pra todos nós! E, é claro, muita saúde e paz pra desfrutar delas também! ;♥ 
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donaguardia · 1 year
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Alívios, refrescos... https://www.instagram.com/p/CleSBAAuqbF/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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donaguardia · 2 years
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Nada Digo de Ti, Que Em Ti Não Veja (Eliana Alves Cruz)
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 Rio de Janeiro, 1732. Os Gama e os Muniz, duas das mais tradicionais e poderosas famílias da cidade, em breve se unirão através do casamento de Felipe e Sianinha. Tudo parece estar indo muito bem. Mas em uma época em que seres humanos eram escravizados, a Igreja Católica dominava e a corrida pelo ouro das Minas Gerais guiava as decisões dos senhores, era muito difícil que cada pessoa não fosse enrolada na teia de seus próprios pecados enquanto apontava os daqueles que os rodeavam. E quando cartas misteriosas começam a ameaçar revelar os segredos dessas duas famílias e acabar com suas reputações e influências, todos os membros e seus serviçais se veem envolvidos em uma arriscada trama, onde ninguém pode confiar em ninguém.
 Um narrador ou narradora misterioso nos conta que Felipe é apaixonado por Vitória, que também o ama. O problema é que ela é pobre, negra, ex-escravizada, pagã e... tem mais um detalhe que a gente descobre ao final de um dos primeiros capítulos. Que Sianinha tem uma espécie de obsessão por seus criados, os escravizados Savalú e Quitéria, de quem fora muito próxima desde criança. Que Padre Diogo sofre com os desejos proibidos que sente por um homem. Que Manuella se envolve em uma relação extraconjugal. Que os Muniz, católicos por fora, mantêm dentro de casa, disfarçados, todos os costumes judaicos. Esses são apenas alguns dos pecados temerosamente escondidos da supervisão do Frei Saldanha Sardinha, recém-chegado de Portugal para verificar o cumprimento da ordem e dos bons costumes da região. Claro que o próprio Frei também tem suas transgressões e, em meio à febre do ciclo do ouro e de ameaças anônimas às famílias protagonistas, o conservadorismo dos brancos e ricos se vê no auge de sua hipocrisia e crueldade.
Aquele arrogante frei... Eu notava como era capaz de mentir para si mesmo até acreditar piamente. Para todo o seu apetite sexual tinha uma justificativa perfeita, que contabilizava sempre para Nosso Senhor Jesus Cristo ou para a Virgem Santíssima. Entre os pecados capitais, a luxúria e a avareza eram suas especialidades, pois se havia algo de que ele gostava tanto quanto dos prazeres da carne eram os privilégios do bolso.
 Ano passado li outro livro da autora, O Crime do Cais do Valongo, que citei rapidamente nesse post aqui, e embora tragam algumas semelhanças, como o cenário e um suspense que conduz a história, gostei mais desse livro aqui. A escrita fluiu melhor pra mim e as personagens apresentadas foram mais intrigantes. Queria muito falar mais sobre a Vitória, personagem f*dástica que eu gostaria demais de ver ganhar vida em uma adaptação (quem sabe um dia...), mas não quero estragar a experiência de quem lê e toma um pequeno susto quando uma revelação sobre ela é feita (fiquei de queixo caído!).  A narrativa é bem ágil e achei que correu um pouquinho no final, mas nada que impeça a obra de ser apreciada, as personagens de terem seus desfechos e a gente, é claro, de querer ler absolutamente tudo da Eliana Alves Cruz!
 (...) Aqueles homens sabiam demais. Sabiam de todo o trajeto oculto na mata, sabiam dos pontos clandestinos de apoio, sabiam o que carregavam e o que estavam sonegando à Coroa. Sabiam... E saber não era uma boa coisa para gente preta.
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donaguardia · 2 years
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Minha Irmã, a Serial Killer (Oyinkan Braithwaite)
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 Korede é uma enfermeira de classe média que vive em Lagos, na Nigéria, com a mãe e a irmã mais nova, Ayoola. Esta, de uma beleza incomum, está acostumada a ter suas vontades satisfeitas e, por vezes, age com inconsequência. É após uma dessas vezes que Korede se vê no apartamento da irmã, certa noite, ajudando-a a se livrar do corpo de mais um namorado, que se encontra caído em uma poça de sangue, sem pulsação e com uma faca enfiada no abdômen. Ayoola jura que foi sem querer, como das vezes anteriores, e Korede passa a refletir intensamente sobre a verdadeira personalidade da irmã e o perigo que corre cada rapaz que se envolve com ela.
 Acompanhamos a história dessas duas irmãs pelos olhos de Korede, a mais velha e sensata das duas. Ayoola, na verdade, de sensata não tem nada. Ela é imatura, caprichosa e muito inconsequente. Senti raiva dela quase o tempo todo. De Korede, o leitor sente pena, e um pouco de vontade de sacudir, já que ela parece cega aos óbvios problemas psicológicos da irmã. Mas conforme vamos avançando na narrativa, passamos a entender exatamente o que acontece com Ayoola, com Korede e com o poderoso sentimento fraterno que une as duas. As coisas começam a sair um pouco do controle quando a caçula desperta o interesse de Tade, um dos médicos residentes no hospital em que Korede trabalha e por quem nutre uma paixão secreta. Korede havia, até então, feito o possível para esconder a irmã de Tade, já que sabia do poder dela de despertar o desejo instantâneo de qualquer homem. Parece piada mas, toda a dinâmica desse triângulo me lembrou o filme Vestida Para Casar (Anne Fletcher, 2008) haha, se fosse um thriller, claro.
Meu telefone acende e olho para a tela. Ayoola. É a terceira vez que ela liga, mas não estou com vontade de falar com ela. Talvez ela esteja ligando porque mandou outro homem para a cova prematuramente ou talvez queira saber se posso comprar ovos quando estiver indo para casa. De qualquer forma, não vou atender.
 Esse é o primeiro romance de Oyinkan Brathwiate, autora nigeriana de 34 anos. Pelo título, ou até pela sinopse, podemos achar que se trata de um romance policial, mas está mais para um thriller psicológico, e um não muito pesado (uma pena). Como irmã mais velha eu me identifiquei com a Korede em alguns momentos, que parecia amar a caçula como se fosse sua mãe e parecia querer protegê-la de qualquer situação ruim. Apesar de, é claro, um sentimento de inveja e ciúme de Korede para com a perfeita Ayoola se sobressair durante a maior parte da obra. Psicanálise à parte, gostei bastante da escrita, da história, das personagens – inclusive de passar raiva com elas – e espero ler mais coisas da Oyinkan no futuro. O defeito do livro, pra mim, é ser curtinho. Não que fosse necessário, mas eu queria mais!
 Perguntava-me o que aconteceria se Ayoola fosse pega. Se, pela primeira vez, ela fosse responsabilizada por suas ações. Imagino-a tentando usar sua lábia para sair dessa, mas sendo considerada culpada. O pensamento me deixa tentada. Aproveito por um momento e depois me forço a deixar a fantasia de lado. Ela é minha irmã. Não quero que ela apodreça na cadeia e, além disso, sendo Ayoola quem é, provavelmente convenceria o júri de que era inocente. Suas ações eram culpa de suas vítimas e ela havia agido como qualquer pessoa sensata e maravilhosa agiria nas mesmas circunstâncias.
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donaguardia · 2 years
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#desafio13livros Livros, com L de Esperança. 🌟 https://www.instagram.com/p/Ci04o5NL_sH/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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donaguardia · 2 years
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As 5 melhores leituras de 2021
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 Os lançamentos são de anos variados, já que não sou de acompanhar essas coisas, mas todas foram leituras que fiz pela primeira vez ano passado.  Ah e não se trata de um ranking. Estão em ordem alfabética de acordo com o nome do autor(a).
 Caramba, acho que a última vez que fiz um post desse foi em 2017! haha Bora lá:
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Um Cara Qualquer (Any Man)
Sinopse: Neste romance de estreia eletrizante e provocativo, Tamblyn combina gêneros de poesia, prosa e elementos de suspense para dar forma às narrativas chocantes das vítimas de violência sexual, mapeando as formas destrutivas pelas quais nossa sociedade perpetua a cultura do estupro.  O extraordinário é como, com o passar dos anos, essas pessoas aprendem a se curar, unindo-se e encontrando um espaço para levantar suas vozes. Dito em pontos de vista alternados, com uma assinatura para cada voz e experiência da vítima, essas páginas crepitam de emoção que vão do horror à empatia de tirar o fôlego.  Por mais ousado que seja, Um Cara Qualquer pinta um retrato marcante da sobrevivência e é um tributo àqueles que viveram o pesadelo da agressão sexual.
 Livro maravilhoso, (pra mim) surpreendente e um tanto perturbador. O que achei dele você pode conferir clicando aqui.
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Torto Arado
Sinopse: Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas, a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção. Um texto épico e lírico, realista e mágico que revela, para além de sua trama, um poderoso elemento de insubordinação social.
 Falei que não ranquearia as leituras, mas preciso destacar que esse foi o melhor livro que li ano passado. O famoso “por que não li antes???”! Não resenhei porque já é bem conhecido e, muito merecidamente, premiado! Só posso dizer que é fantástico e eu espero, de coração, que essa joia tenha cada vez mais reconhecimento.
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O Retorno do Rei (The Return of the King)
Sinopse: A guerra entre os Povos Livres da Terra-média e Sauron, o Senhor Sombrio da terra de Mordor, chega a seu clímax neste terceiro volume do romance O Senhor dos Anéis. As batalhas grandiosas que estão prestes a acontecer, no entanto, são apenas o pano de fundo para o verdadeiro drama: a missão quase suicida dos hobbits Frodo e Sam, que tentam destruir o Um Anel, fonte do poder de Sauron, infiltrando-se no coração do território do Inimigo.  Em O Retorno do Rei, acompanhamos o mago Gandalf e o hobbit Pippin em sua visita à a majestosa cidade de Minas Tirith, que já foi o principal baluarte dos Homens contra a ameaça de Sauron, mas que está prestes a sucumbir diante da força avassaladora do Senhor Sombrio. Outros membros da Sociedade do Anel se juntam a Aragorn, herdeiro da longa linhagem dos reis de Minas Tirith, na tentativa de evitar que a antiga capital do reino de Gondor seja destruída.  Nas fronteiras de Mordor, Sam resgata Frodo, e os dois hobbits partem para o último estágio de sua jornada rumo ao Monte da Perdição, uma jornada que testará os limites do corpo e da mente dos pequenos heróis.
 Outro que já está todo mundo careca de conhecer. Havia lido A Sociedade do Anel há alguns anos e finalmente consegui concluir a trilogia ano passado.  O Sr. Tolkien (que, aliás, estaria completando 130 anos hoje) dispensa apresentações e se você ainda não leu essa obra-prima da fantasia não sei o que está esperando pra ler...
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A Sociedade do Clube do Sutiã - Caminhos de Liberdade
Sinopse: O ano é 1996. Maria Eva, uma adolescente dona de uma personalidade contestadora, curiosa e inquieta, encontra conforto em um grupo de mais sete amigas muito próximas, a fim de enfrentar os “pequenos grandes conflitos” da vida cotidiana. Em uma cidadezinha pacata cujo nome - Santa Paz - remete, ironicamente, àquilo que mais aparenta incomodar a jovem: a sensação de uma existência sem grandes emoções, de acordo com o que se espera de uma “boa moça tradicional e interiorana”, que deveria encarar com passividade os rumos do próprio destino. Juntas, as oito melhores amigas, após um sonho quase profético de Maria Eva, criarão a “Sociedade do Clube do Sutiã”, com reuniões frequentes nas quais, debatendo conceitos filosófico-religiosos ligados ao papel da mulher na sociedade e, também, conceitos gerais sobre como encarar a própria feminilidade - que aflora de maneira diferente na vida de cada uma delas, com suas jornadas particulares - ajudarão umas às outras a fazerem a dolorida, mas necessária, transição para a fase adulta; encontrando dentro de si e das demais companheiras a inspiração, a confiança e o acolhimento de que precisam.
 Outra joia da qual eu talvez seja suspeita pra falar, então vou ficar quietinha e deixar você clicar aqui pra saber o que eu achei.
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Desmemória
Sinopse: Ana Cristina está em coma há cinco meses e sua esposa Victória não sabe o que fazer. Os médicos não conseguem detectar o problema, já que todas as funções vitais de Ana estão preservadas. Vic também não sabe exatamente o que houve, mas tem uma certeza: ela é a causadora do coma de Ana. Sim, porque Vic é uma desmemoriadora.  Em uma prosa leve e divertida, Thalita Coelho estreia no romance com esta ficção intrigante, que explora os meandros da memória e do afeto.  Enquanto eu fico aqui sonhando com uma adaptação cinematográfica desse livro delicioso, você pode ler minha opinião sobre ele aqui.
 Felizmente 2021 foi um ano em que li muito (101 livros, meu recorde!) e teve muita coisa boa. Vou deixar aqui mais alguns que valem a menção e estão mais do que indicados:
Quarto de Despejo (Carolina Maria de Jesus) AUSTENAPP: Um Darcy Para Chamar de Meu (Katherine Salles) O Destino das Terras Altas (Hannah Howell) Outra Educação é Possível - Feminismo, Antirracismo e Inclusão em Sala de Aula (Luana Tolentino) Fascínio da Nobreza (Lorraine Heath) A Rainha Vermelha e Espada de Vidro (Victoria Aveyard) Copo Vazio (Natalia Timerman) Uma União Extraordinária (Alyssa Cole) A Casa da Invenção (Luis Milanesi) Vamos Comprar Um Poeta (Afonso Cruz)
 Também li muita poesia nesse ano que passou: Rupi Kaur, Elias José, Ana Martins Marques e a incrível Maira Mota (que conheci agora com o excelente Dentro do Caos: Fôlego, que me surpreendeu demais) foram só alguns dos maravilhosos poetas que me fizeram companhia nesse ano de aproximação com esse gênero.
 Então... é isso. Um novo ano com muita saúde, paz e muuuuuita leitura pra todos nós! ♥
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donaguardia · 2 years
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A Sexta Estrela (Katherine Salles)
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Mimi é uma York Terrier que, certo Natal, foi adotada por Clara, uma nova-iorquina radicada em Paris após uma tragédia familiar. Clara é modista e tem uma famosa loja de chapéus no térreo do Grande Hotel, um hotel cinco estrelas que também é seu lar. Ela e sua cachorrinha são inseparáveis, verdadeiros espíritos afins. O que Clara nem imagina, contudo, é que Mimi, como todos os animais, compreende tudo o que se passa ao seu redor. E é assim, movida pelo amor e gratidão que sente por sua tutora, que Mimi se juntará a um simpático gato de rua para impedir que Clara se una para sempre ao antipático Norman Johnson, o bon vivant colocado em seu caminho que ela acredita conhecer e amar.
 Narrado sobretudo do ponto de vista de Mimi, temos a deliciosa história de uma mocinha à frente de seu tempo que, mesmo sempre tendo sido independente e decidida, está a um passo de se curvar a uma convenção social por pura pressão de pessoas que ela acredita se preocuparem com sua felicidade. É com um calorzinho no coração que acompanhamos o desenrolar dessa trajetória ao lado de Mimi e Tylette (o gatinho de rua que logo é adotado pelo doce Laurent, garçom do Grande Hotel, e recebe esse nome). Além de aconchegante, esse romance é divertido, pois a cachorrinha acostumada ao luxo e o gato aventureiro não têm muito em comum e, mesmo assim, constroem uma grande amizade. Tylette é astuto, corajoso e malandro, impossível não se apaixonar!
“ - Nós, animais, ficamos contentes com comida, água e um lugar aquecido para nos deitar no inverno. Os humanos são toscos, embora eles se considerem mais complexos do que nós, outros animais, por causa dessas supostas necessidades que têm. Eles inventam coisas que não precisam, e mentem tão bem para si mesmos, que chegam a crer que realmente têm necessidade delas. ”
Eu nunca tinha lido um livro com animais como protagonistas, ou do ponto de vista deles, mas sem dúvidas comecei com o livro certo! Já estou familiarizada com a escrita da Katherine (resenhei AUSTENAPP: Um Darcy Para Chamar de Meu no começo do ano) e encontrei aqui uma de suas melhores obras. O charme dos anos 20, personagens interessantes, um romance doce, tiradas engraçadas e, é claro, várias referências a Jane Austen, fizeram de A Sexta Estrela (como amei o nome e seu significado!) uma leitura mais do que perfeita para o final do ano - e, é, para o resto dele também...
“ (...) - Justo é, sim, mas a senhorita é muito superior a eles. - Não quero ser superior, Esmeralda, quero ser feliz.”
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donaguardia · 2 years
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A Sociedade do Clube do Sutiã: Caminhos de Liberdade (Karina Costa)
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 Maria Eva tem dezessete anos e já carrega consigo inúmeros questionamentos. O peso de seu nome é a primeira das muitas dualidades que a moça encara no incerto ano de 1996. É seu último ano na escola, provavelmente na cidade, e ela acaba de levar um fora do namorado. Felizmente, além da natureza curiosa e inquieta, Maria Eva tem um grupo de mais sete amigas e, quando elas se sentam sobre “o tapete das noites chuvosas”, tudo é possível. Para essas garotas, SER é possível e imprescindível. Assim, elas resolvem criar uma irmandade cujo principal intuito é destrinchar a existência no corpo feminino.
 O romance cobre aproximadamente um ano na vida da jovem Maria Eva (que importância têm os nomes aqui!) e de suas amigas. As garotas, apesar da pouca experiência, têm dilemas que, eu ousaria dizer, atingem universalmente as mulheres e, as que leem essa história, podem perceber que muitos destes não ficam restritos aos seus dezessete anos. São dilemas, tradições, convicções e, de certa forma, até traumas, que nos acompanham a vida toda. A parte que mais me toca, sem dúvidas, é no que diz respeito ao papel do amor romântico na vida de uma mulher. Com muita lucidez e sensibilidade, somos convidadas a refletir sobre a imposição de um relacionamento amoroso e a espera do “príncipe encantado”.
“ (...) Você é o que aprende ser. Se quer ir além tem que, ao menos, questionar suas escolhas e dar uma chance ao desconhecido. Mas como fazer isso se você cumpre exatamente aquilo que acha que veio para fazer? “Nasce, cresce, namora, casa, tem filhos e aprende a executar seu papel social; e fim de papo”. ”
 Convidada pela minha prima Karina, fui uma das pessoas a betar seu primeiro romance. Fiquei tão feliz e honrada ao conhecer Maria Eva e sua trupe. A narrativa dinâmica e ligeira da obra está repleta de referências filosóficas, psicológicas, à cultura cristã e à mitologia grega. Um cuidadoso trabalho de pesquisa, uma escrita cativante e personagens realistas, com questões legítimas, fazem de A Sociedade do Clube do Sutiã: Caminhos de Liberdade, um verdadeiro primor! É delicioso ler e se descobrir nessas páginas (impossível você, mulher, não se identificar com ao menos uma personagem). Algumas descobertas podem doer, mas faz parte. É necessário para trilhar o caminho rumo ao autoconhecimento e à liberdade.
  Prometo que a Karina arranca o band-aid, mas também assopra a ferida. É enorme o sabor de esperança e renovação!
 “ (...) se ainda é preciso travar guerras para se garantir o óbvio, há muito a ser feito.”
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donaguardia · 2 years
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Literatura e Consciência Negra: 5 autoras e protagonistas para o 20 de novembro
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 Mudando um pouco o foco do ano passado, quando indiquei cinco filmes para refletir sobre a data, mas sem perder o que importa, trouxe hoje a indicação de cinco livros escritos por mulheres negras e com protagonistas negras. Tem pra sorrir, pra suspirar, pra se emocionar, pra se revoltar e pra roer as unhas!
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Uma União Extraordinária (An Extraordinary Union)
Sinopse: Enquanto a Guerra da Secessão assola os Estados Unidos, num embate entre União e Confederação, uma corajosa dupla de espiões mergulha de cabeça na missão mais perigosa de suas vidas: lutar contra ignorância, mentiras e ameaças para criar um mundo melhor e quebrar as correntes do passado…⁣  Elle Burns é uma ex-escravizada com uma paixão por justiça e um talento único. Como uma agente da Liga da Lealdade, ela deixa para trás sua vida de liberdade e retorna ao Sul e ao seu indigno sistema de escravidão… para coletar informações para o Exército da União.⁣  Malcolm McCall é um detetive do Serviço Secreto de Pinkerton. Ele tem um dom para subterfúgios e um charme capaz de conquistar tanto nortistas como sulistas, mas está prestes a adentrar a missão mais perigosa de sua vida: se infiltrar como um agente duplo entre os confederados.
 Quem me conhece sabe o quanto eu AMO romances de época. E quem ama romances de época sabe que esse é um mundo dominado por mulheres brancas (até aí nenhuma novidade). A adaptação da série de RdE mas famosa do mundo literário, Bridgerton (da Netflix), até anda tentando trazer mais representatividade para as telas, como eu comentei no meu post sobre a primeira temporada, pois é claro que o protagonismo, aliás, creio que o cenário todo, é dominado também por personagens brancos. Assim sendo, a estadunidense Alyssa Cole é uma das primeiras autoras negras do gênero a ser traduzida por aqui. E foi com muita alegria (mas nenhuma surpresa) que eu constatei que ela não perde em absolutamente nada para as autoras mais conhecidas e amadas do gênero. 
 Uma União Extraordinária é romântico (sim, muitos e muitos suspiros), sexy e traz uma das protagonistas mais maravilhosas que já tive a oportunidade de conhecer. Só de lembrar da sagaz Elle Burns meu coração se enche de orgulho, como se fôssemos de fato amigas. Queria guardá-la num potinho. Aliás, guardá-los, porque seu mocinho, Malcolm McCall, é apaixonante demais. Um Cavalheiro com C maiúsculo e totalmente digno dela! Mal posso esperar para ler os outros livros dessa série (que, acredito eu, pode até ser lida fora de ordem, como é comum nos RdE) e conhecer mais da história (um pouco repaginada) dos EUA pelas mãos da Alyssa!
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No Fundo do Poço (In The Ditch)
Sinopse: Adah tem que criar e sustentar sozinha os cinco filhos, vivendo no subúrbio de Londres, em um lugar que ela chama de "o fundo do poço". Tentando manter seu trabalho diário e suas aulas noturnas em busca de um diploma, ela se vê às voltas com o serviço de assistência social, que lhes classifica como "família problema". É onde Adah encontra uma causa comum com seus vizinhos brancos da classe trabalhadora e sua luta contra um sistema social que parece destinado a oprimir todas as mulheres.
 Terminei essa leitura ainda esses dias e foi meu primeiro contato com a nigeriana Buchi Emecheta (1944-2017). Ela narra com maestria as dores de Adah e, talvez eu esteja falando abobrinha, mas, me senti lendo uma versão “mais leve” de Quarto de Despejo, da Carolina Maria de Jesus. Acho que eu esperava um desenvolvimento mais dolorido. E não que não seja, mas Adah, tão jovem e entusiasmada, passa uma esperança maior para o leitor. É essa mulher quem carrega e equilibra o peso dessa história que, tristemente, é mais comum do que qualquer outra.
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O Crime do Cais do Valongo 
Sinopse: Um corpo amanhece em um beco, envolto em uma manta e com pequenas partes cortadas. O enredo, que começa em Moçambique, vem parar no Rio de Janeiro, mais exatamente no Cais do Valongo. O local foi porta de entrada de 500 mil a um milhão de escravizados de 1811 a 1831 e foi alçado a patrimônio da humanidade pela UNESCO em 2017. A história acontece no início do século 19 e é contada por dois narradores — Muana e Nuno — que conviveram com a vítima: o comerciante Bernardo Vianna.
 Esse livro conta com o ponto de vista não apenas de um, mas de dois personagens. A carioca Eliana Alves Cruz entrega absolutamente tudo nesse romance policial único e autêntico (é ler pra entender) e que, além de trazer vários acontecimentos históricos, ainda nos apresenta personagens maravilhosos, como é o caso de Muana Lomuè, escravizada trazida de Moçambique que trabalhava para o falecido e que tem um fantástico dom.
 Detalhe: os direitos dessa obra foram adquiridos para o cinema, então creio que em breve, teremos essa trama incrível nas telonas! Ansiedade que fala, né?
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Maréia
Sinopse: Histórias aparentemente independentes se cruzam na brutalidade da experiência colonial forjada na mentira, no logro e no ganho financeiro e social de um grupo de personagens; mas também na luta, resistência e crença na força e vitória da cultura por parte de outro grupo. Assim, o romance nos leva à história dos Menezes de Albuquerque, mas principalmente da família de Maréia, personagem que dá título ao romance. Nos leva à história do processo de enriquecimento de famílias brancas que com violência e brutalidade ascenderam e conquistaram prestígio na sociedade brasileira – uma metonímia para o processo de escravização impetrado em todos países da afro-diáspora. Porém, enfaticamente, nos leva a conhecer a tradição de um grupo de afrodescendentes que foi zelosamente compartilhada para não ser esquecida.
 Essa obra traz mulheres fortes e tradições preservadas. Somos apresentados não só à protagonista Maréia, mas às mulheres de sua vida, com quem possui uma ligação muito forte: sua mãe Tânia, sua avó Déia e sua tia Caciana. Temos também muita representatividade e História através de elementos sublimes e fantásticos, além de alternar entre passado e presente para que, digamos, um equilíbrio seja encontrado. Tudo isso belamente elaborado e desenvolvido pela paulistana Miriam Alves.
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Reticências
Sinopse: Davi e Joana se conheceram online e, desde que se falaram pela primeira vez, não conseguiram mais parar. Os dois passam madrugadas conversando, assistem a filmes juntos, desabafam sobre o dia a dia e discutem questões existenciais. O único problema é que eles não sabem a verdadeira identidade um do outro. Para Davi, Joana é @vidaspretas, a ilustradora incrível com quem entrou em contato para um trabalho. Para Joana, Davi é o @caradaprefeitura, que mandou mensagem convidando-a para uma campanha de Dia da Consciência Negra. Tudo o que sabem um sobre o outro (e tudo o que importa) é que se gostam e estabeleceram uma conexão real, possível apenas porque o anonimato da internet permitiu que não tivessem medo de se abrir. O que eles não sabem, no entanto, é que estão muito mais próximos do que imaginam...
 Essa comédia romântica xuxuzinha da santista Solaine Chioro já tem resenha. É só clicar aqui pra conferir o que eu achei! ;)
 Cinco histórias escritas por mulheres negras, apresentando e representando mulheres negras! Para mim a representatividade é tão importante quanto a militância e eu venho tentando expandir meus horizontes (e os de quem me cerca, já que estão todos os livros aí em futuras listas de presentes hehe) lendo, indicando e divulgando leituras que não têm o devido reconhecimento.
 Que possamos refletir e sonhar com um mundo melhor!
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donaguardia · 2 years
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Desmemória (Thalita Coelho)
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 Victória sempre lutou para lidar bem com sua condição: ela é uma desmemoriadora. Ou seja, estando do lado da moça, qualquer um pode ter uma determinada lembrança “sugada” de si e nunca se dar conta. Às vezes, Victória suga uma memória sem querer, mas, o fato, é que ela precisa fazer isso de tempos em tempos para se “alimentar”. O problema é que a pessoa mais importante de sua vida, sua esposa Ana Cristina, está há meses em coma e Vic, tendo certeza de que a culpa é sua, precisa encontrar um jeito de trazer a amada de volta.
 Tinha começado essa leitura já fazia mais de um mês, mas ela é tão gostosa, agridoce, e traz personagens tão maravilhosas (confesso que minhas preferidas são Victória e Amora), que demorei pra concluir na tentativa de adiar a despedida. Eu amo histórias que envolvam memória, psicologia e outras dimensões, e a sinopse desse livro me cativou. Mais ainda por trazer um casal LGBTQI+ como protagonista (comentei na minha última resenha aqui que ando tentando ler mais obras nacionais e que tragam algum tipo de representatividade, nos mais diversos âmbitos). E novamente (como com Reticências) fiquei muito feliz com a forma como o romance é trazido, ambientado em uma divertida, sublime e interessantíssima narrativa com elementos fantásticos. A gente inevitavelmente se lembra de filmes como Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Michel Gondry, 2004) e A Origem (Christopher Nolan, 2010). Combinando isso com a excelente escrita da balneocamboriuense Thalita Coelho (já quero mais!), temos um romance que, apesar de curto, é muito intenso, e também apresenta, metaforicamente, uma trama sobre autoconhecimento, amor-próprio, perdão e aceitação.
 “ - Temos várias personalidades, sim. Ninguém tem só um sentimento, opinião ou modo de ser dentro de si. A gente seleciona dentre todas as coisas o que vamos exteriorizar. (...)”
 Desmemória é um dos finalistas do Prêmio Jabuti na categoria Romance de Entretenimento desse ano e merece esse e todo o reconhecimento que vier a ter. Ironicamente é, de fato, um romance inesquecível!
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donaguardia · 3 years
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Celebrando o lançamento dessa joia. Um dos melhores livros que li em 2021. Que delícia acompanhar o parto de uma obra escrita por essa mulher fina, iluminada e inteligente - e também minha prima querida, @clubedosutia . Contei com o privilégio de ser uma das primeiras pessoas a conhecer Maria Eva, Morgana, Ana Liz, Clarice, Antônia, Luiza, Rebeca e Joana. Elas compartilham de muitos dos meus dilemas (e ouso dizer que dos seus também, meninas e mulheres) e me acolheram como ninguém❣ Aproveitem que hoje, 31/08, ele está gratuito na Amazon! Fiquem com a sinopse: O ano é 1996. Maria Eva, uma adolescente dona de uma personalidade contestadora, curiosa e inquieta, encontra conforto em um grupo de mais sete amigas muito próximas, a fim de enfrentar os “pequenos grandes conflitos” da vida cotidiana. Em uma cidadezinha pacata cujo nome — Santa Paz — remete, ironicamente, àquilo que mais aparenta incomodar a jovem: a sensação de uma existência sem grandes emoções, de acordo com o que se espera de uma “boa moça tradicional e interiorana”, que deveria encarar com passividade os rumos do próprio destino. Juntas, as oito melhores amigas, após um sonho quase profético de Maria Eva, criarão a “Sociedade do Clube do Sutiã”, com reuniões frequentes nas quais, debatendo conceitos filosófico-religiosos ligados ao papel da mulher na sociedade e, também, conceitos gerais sobre como encarar a própria feminilidade — que aflora de maneira diferente na vida de cada uma delas, com suas jornadas particulares — ajudarão umas às outras a fazerem a dolorida, mas necessária, transição para a fase adulta; encontrando dentro de si e das demais companheiras a inspiração, a confiança e o acolhimento de que precisam. https://www.instagram.com/p/CTOR0ZKDXwh/?utm_medium=tumblr
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donaguardia · 3 years
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Reticências (Solaine Chioro)
 Davi começa a trabalhar como estagiário na mesma empresa em que Joana está. Por conta de um pequeno mal-entendido, eles não se dão nada bem. O que ambos não sabem, é que se correspondem há meses pelo instagram e um está caidinho pelo outro.
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É uma comédia romântica, então, sobre a história, talvez não tenha muito o que eu dizer, né? Não menosprezando o gênero, claro; quem me conhece sabe que as palavras “comédia” e “romântica” juntas, são uma das maneiras mais fáceis de me comprar. Foi assim quando bati o olho nessa capa fofa e na sinopse de Reticências. Mas o que me levou a este livro? A busca por autoras brasileiras negras. Tenho estabelecido como meta pessoal ler (e indicar) mais livros escritos por brasileiras negras. Fiquei tão, mas tão feliz de encontrar a talentosa Solaine Chioro!
 Obviamente o tema racismo é muito abordado, mas sem tomar conta da leitura toda - a meu ver, a obra já se afirma como ação antirracista tendo protagonistas e autora negros. Creio que faria refletir muitos dos negacionistas fãs de romcom, que dariam as mãos a protagonistas que vivem jornadas românticas que eles já conhecem, mas que têm uma bagagem diferente da maioria dos casais principais de comédias românticas.
 Sem dúvidas um livro que teve inspiração em Mens@gem Para Você (Nora Ephron, 1998) tinha poucas chances de não me conquistar, mas Solaine Chioro entrega tudo e muito mais! Já estou mais do que pronta pra indicar e presentear várias pessoas com esse livro delicioso, que, além de tudo, é curto, não “enche linguiça” e traz referências das mais variadas, desde relacionadas à cultura negra até a filmes cult do cinema francês.
 A autora, que tem 28 anos e é natural de Santos, transformou um romance leve e clichê (novamente, não é uma crítica) em um show de representatividade. Li o livro todo ontem e acho que já não conseguiria listar aqui tudo o que entra nesse aspecto. Temos protagonistas negros e gordos. Temos personagens LGBTQI+. Temos uma personagem indígena. Temos uma personagem paraplégica. Solaine conseguiu nos dar uma história já batida totalmente renovada. É justamente a questão, não é? A história é batida pra quem? Pra personagens brancos, heteronormativos e não-deficientes. Pelas palavras de Solaine (que escreve muito bem, diga-se de passagem), essa trama se torna nova, fresca e deliciosamente esperançosa.
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donaguardia · 3 years
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Um Cara Qualquer (Amber Tamblyn)
 O ataque sexual a um professor abre uma discussão no país – seguida por outros ataques e denúncias – sobre o estupro de homens. Os que têm a coragem de denunciar, em certo momento, se perguntam se foi o certo a se fazer, já que a pressão da mídia e o debate sobre a culpa ter sido ou não deles muitas vezes é só um exaustivo lembrete sobre o trauma.  Acompanhamos a vida de alguns homens vítimas da mesma estupradora (sim, uma mulher). Cada um com seu tempo, seu contexto, seu estilo de vida e sua maneira de lidar. A cultura do estupro é perpetuada pela sociedade e isso não há como negar.
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 Pra começar eu nunca nem sonhei que a Amber Tamblyn era escritora. Estava procurando uma coletânea de poesias para ler e me deparei com essa informação. Baixei esse livro sem nem saber do que se tratava, achando que era um livro de poemas. Me enganei, mas encontrei um tesouro.  Aliás, não me enganei tanto assim, já que parte da obra é construída em estrutura poética. Prosa e poesia se misturam para relatar e denunciar a violência sexual contra o sexo masculino. É um retrato fictício (até que ponto?) apoiado em dados reais, muito cru e chocante. Sim, o livro contém vários gatilhos. Me lembrou um pouco outra obra que eu adoro, As Virgens Suicidas, romance do também estadunidense Jeffrey Eugenides.
Amber Tamblyn me chocou com uma escrita tão nua. Ela parece mesmo entrar na cabeça desses homens e, quando usa da poesia, o faz belamente, possibilitando que nos sintamos mais próximos de experimentar o que se passa na alma de cada um. A poesia aqui vem na mais bela e dolorosa forma de expressão.  Não acho que eu tenha sido a única a me pegar pensando: quando vamos descobrir o que eles fizeram para merecer isso? Todo mundo sabe que se trata de uma história de vingança. Uma mulher estuprando uns caras? Já já a gente descobre que estiveram envolvidos em algo no passado que provavelmente envolveu o estupro dela própria. E vingança de estupro é sempre linda e comemorada nos livros/filmes.   Não vou contar se é de fato isso que acontece. Vou contar apenas que se trata de um livro rico, triste, forte e muito corajoso. Coragem é uma das lições. A toxicidade do machismo – que faz mal também aos homens – é a outra. Mas essa lição nós mulheres já crescemos sabendo, mesmo sem perceber.
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donaguardia · 3 years
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donaguardia · 3 years
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📚💕 Trecho de "AUSTENAPP: Um Darcy Para Chamar de Meu", de Katherine Salles.
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donaguardia · 3 years
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MASTERPIECE Anuncia a Segunda Temporada de Miss Scarlet and The Duke
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 A MASTERPIECE e a Element 8 Entertainment anunciaram a segunda temporada de Miss Scarlet and The Duke (Srta. Scarlet e o Duque, em livre tradução), a popular série de mistério estrelando Kate Phillips como a destemida Eliza, a primeira detetive mulher na Londres vitoriana e Stuart Martin como seu amigo de infância e potencial interesse amoroso, o inspetor William Wellington, conhecido como Duque. Foram 3,6 milhões de tranmissões.
“Miss Scarlet and The Duke caiu instantaneamente nas graças do público”, diz Susanne Simpson, produtora executiva da MASTERPIECE. “Foi impossível resistir ao tom alegre da série e aos atraentes personagens tão maravilhosamente interpretados por Kate Phillips e Stuart Martin. Estamos encantados que a série voltará para uma segunda temporada.”
Em uma performance definida como “cativante” pelo IndieWire, Phillips interpreta Eliza Scarlet (The Crown, Wolf Hall), filha de um investigador interpretado por Kevin Doyle (Downton Abbey), que introduziu a moça nas artes da investigação. Quando ele morre, ela é deixada sem dinheiro e decide se tornar uma detetive particular para se sustentar. Infelizmente, apenas homens são detetives, mas um amigo da família na Scotland Yard, chamado de Duque e interpretado por Martin (Jamestown) oferece ajuda. Aí começa uma parceria que se transforma em algo mais íntimo. “Eles vão ou não vão?” se torna o assunto de maior especulação entre os espectadores.
A roteirista e criadora Rachael New diz: “Estou extremamente feliz com a notícia de que Miss Scarlet and The Duke voltará para a segunda temporada. Tenho tanto reservado para Duque, Eliza e companhia. Com ainda mais ação, aventura e, é claro, uma boa dose de romance, será uma temporada fantástica. Os fãs vão AMAR!”
“Encontramos nossos parceiros dos sonhos na MASTERPIECE e distribuição da PBS”, diz Lenahan Ishimoto, gerente-sócia da Element 8. “Eles acolheram a série e nos deram de presente a licença criativa para continuar a revelar toda a magia tão cuidadosamente elaborada por Rachael New para Eliza, Duque e seu eclético grupo de amigos. Mal podemos esperar para ver o que os aguarda.”
A segunda temporada de Miss Scarlet and the Duke está prevista para estrear na MASTERPIECE na PBS em 2022.
 A segunda temporada de Miss Scarlet and The Duke é uma co-produção da Element 8 Entertainment e da MASTERPIECE em associação com Patrick Irwin e Todd Berger. Criada por Rachael New e escrita pela mesma e por Ben Edwards, tem direção geral de Steve Hughes é distribuída pela PBSd.
 * Artigo postado originalmente no site oficial da PBS, em inglês. Tradução minha.
 * Para acessar a postagem original basta clicar aqui.
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donaguardia · 3 years
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#fatiaspoeticas - Iniciativa mara no Sarau Virtual da Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink. 🥰 https://www.instagram.com/p/CM77R2Ljk1J/?igshid=1wmi5on46svj3
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