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2fortrips · 3 years
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Trecho final - Brasil : Os últimos quilômetros de nossa longa aventura. De volta em nossa terra natal. (For other languages, please use the browser or website translator)
Trecho final – Brasil : Os últimos quilômetros de nossa longa aventura. De volta em nossa terra natal. (For other languages, please use the browser or website translator)
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2fortrips · 3 years
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Balanço final da viagem. De Julho de 2017 a Agosto de 2020.
Balanço final da viagem. De Julho de 2017 a Agosto de 2020.
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Hoje analisaremos os dados de 1113 dias de cicloviagem. Dados relacionados a quilometragem, tempo pedalado, gastos com comida, hospedagem, turismo, manutenção da bicicleta e curiosidades. Então vamos a eles:
DADOS RELACIONADOS A QUILOMETRAGEM EM 1113 DIAS
-KM TOTAL PEDALADOS: 28812 Km -KM total de carona: 2776 km -KM total de trem: 180 KM -KM TOTAL PERCORRIDA: 33086 Km -KM máxima em um dia: 118 km…
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2fortrips · 3 years
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A nossa espera por uma melhora no cenário mundial devido a pandemia pelo novo Corona Virus (COVID-19) depois de mais de 40 dias parados na Nova Zelândia não sinalizava uma melhora.
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Nossos planos seriam voar da Nova Zelândia para os Estados Unidos no final de Março, e de lá ir sentido sul voltando para casa, com cerca de 1 ano de viagem pela frente e aproximadamente 12 mil quilômetros por vir.
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Porém, depois de mais de 40 dias parados na Nova Zelândia, na casa dos amigos brasileiros Felipe e Marina, que moram em Auckland, começamos a ficar desconfortáveis. Eles sempre foram muito hospitaleiros conosco, mas antes do Lockdown o combinado era ficarmos 5 dias e não 40. Após este tempo todo já sentíamos a ansiedade de tanto tempo parados e muitas incertezas com relação ao futuro de nossa viagem, mais do que o habitual, e estávamos preocupados por estarmos tirando a privacidade e liberdade deles na casa, ainda mais em tempos de confinamento por tanto tempo, quase o tempo todo juntos na casa.
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Foi então que surgiu um vôo de repatriação para o Brasil para o dia primeiro de Maio. Já com visto emergencial e nesta situação de incertezas, a Flávia decidiu que seria melhor irmos para nossa terra natal, mais próximos de nossos familiares nesses tempos difíceis e então aguardarmos por lá. Como em um casamento, uma pessoa tem sempre a razão e a outra é o marido (brincadeiras a parte), enviamos nossos documentos e reservamos nossos lugares no vôo.
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Dia 1 de Maio pela manhã nos despedimos dos amigos queridos Felipe e Marina, que nos acolheram por tanto tempo na casa deles na Nova Zelândia ( somos eternamente gratos a estes queridos ) e pegamos uma carona com o Felipe até o aeroporto.
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O vôo foi estranho, foi algo tão súbito e inesperado, uma pandemia mundial, o mundo de cabeça pra baixo e muitos pensamentos na cabeça durante o trajeto. Cerca de 24 horas depois, chegamos em solo brasileiro. Foi estranho, o que levamos mais de 2 anos e meio de bicicleta, em cerca de 1 dia fizemos de avião.
Os planos a princípio seriam esperar até Julho no Brasil e se a situação mundial melhorasse com relação a pandemia e viagens internacionais, comprarmos uma passagem de São Paulo aos Estados Unidos e continuar com o trajeto planejado. Mas como em toda longa viagem de bicicleta e na vida em geral, muitas vezes as coisas não saem como planejado.
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No começo de Julho, já há 2 meses vivendo em uma casa em Taubaté, que pertence a Flávia e desalugou, por sorte, cerca de 1 mês antes de nosso retorno para o Brasil, começamos a criar apego pela casa e pelas muitas plantas que adquirimos (um mini jardim botânico praticamente).
Nestes 2 meses reformamos a casa toda por nós mesmos e deixamos ela um “cantinho” muito acolhedor para passarmos os tempos de quarentena durante a pandemia. Recebemos queridos amigos viajantes de bicicleta e até a visita de beija-flores. Tudo isto foi muito bom para distrair nossa mente. Mas Julho chegou e a situação no mundo continuava muito incerta, principalmente para viagens internacionais. Os vôos estavam escassos e caros, o dinheiro brasileiro havia se desvalorizado, os EUA não estavam aceitando viajantes vindos do Brasil, uma vez que era um país em época de pico da doença. Começamos a ver outras possibilidades, mas muitas fronteiras entre os países ainda estavam fechadas e os vôos inexistentes, raros ou muito caros. Além disso ainda não havia uma vacina, um tratamento efetivo comprovado cientificamente e a doença continuava a se espalhar e fazer vítimas.
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Com tudo isto, nos sentíamos desconfortáveis em continuar viajando, com o risco de nos contaminarmos ou carrearmos a doença para outras pessoas. Outro ponto que pesava muito para nós era a interação social. Uma das coisas que mais valorizávamos na nossa viagem e que era um dos pilares dela, era nosso relacionamento com a população local e o acolhimento, tudo isto agora seria muito difícil devido a pandemia e continuar viajando sem isto deixou nossa viagem sem muito sentido.
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Pensamos bastante e decidimos, com dor no coração, reduzirmos nossa viagem em cerca de 1 ano (12000 km) e fazermos o último trecho dela somente no Brasil mesmo. Partindo no final de Julho de Taubaté para a cidade de Jales, onde iniciamos nossa volta ao mundo 3 anos atrás. Esta longa viagem nos ensinou muitas coisas e algumas delas foram: “não se pode ter tudo”, “o melhor não é chegar, mas aproveitar o caminho” e “as vezes o melhor caminho é desviar”.
Precisávamos destes últimos  km pedalados da cidade de Taubaté até Jales, foram muito simbólicos para nós terminarmos a viagem pedalando. Isto fechou este ciclo de muitos aprendizados para a vida e ajudou a digerirmos tantas emoções da viagem e colocarmos nossas idéias em ordem.
“Mas esperar até quando? Por quantos meses mais?” Depois de 3 anos viajando e mais de 28 mil quilômetros, acho que foi uma decisão acertada em meio a esta confusão que estava o mundo devido a pandemia. A maioria dos viajantes de longa distância que conhecemos durante o caminho já haviam terminado suas viagens antes do planejado e retornado para casa pelos mesmos motivos que nós. Alguns poucos guerreiros ainda insistiam em tentar continuar viajando e esperavam em vários lugares pelo mundo, o momento certo para recomeçarem. Estávamos felizes já pelos muitos quilômetros, aprendizados, momentos intensos e experiências de vida que tivemos nestes 3 anos pelo mundo de bicicleta e também conformados. Decidimos que estava na hora de encerrar este ciclo da melhor maneira possível, pedalando. Temos outros planos além de viajar de bicicleta e acho que chegou o momento de começarmos a focar em novos projetos.
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O cenário ainda era muito incerto em relação a pandemia, seguimos principalmente por estradas pequenas e rurais, evitando lugares turísticos, aglomerações e tentando acampar selvagem o máximo possível. Desde que eu, Thiago, cheguei ao Brasil ainda não havia visto meu pai e irmão que moram na região de Jales. Não tínhamos carro, nossas carteiras de motorista estavam vencidas e ir em um ônibus cheio de gente até lá não seria a melhor opção. O ponto final: o estacionamento do Hospital de Câncer de Barretos (atualmente Hospital de Amor), filial localizada na cidade de Jales.
Que venham nossos últimos quilômetros pedalados nesta intensa volta ao mundo de bicicleta. O que será que nos espera nestes quilômetros finais pelo nosso querido Brasil? Bom, este assunto ficará para um próximo post.
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Pandemia, longa pausa e replanejamento.(For other languages, please use the internet or browser translator) A nossa espera por uma melhora no cenário mundial devido a pandemia pelo novo Corona Virus (COVID-19) depois de mais de 40 dias parados na Nova Zelândia não sinalizava uma melhora.
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2fortrips · 4 years
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Chegamos a ilha norte Neo Zealandesa vindos de ferry boat, da cidade de Picton desembarcando em Wellington, a capital do país. A ilha norte foi outra surpresa para nós, ela tem um estilo diferente da sua irmã ao sul, o clima, a infra-estrutura e até o jeito das pessoas.
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Neste segundo trecho na Nova Zelândia percorremos cerca de 800 km, indo de Wellington a Auckland, nosso destino final neste país. Como já havíamos reservado um vôo para os Estados Unidos da América para o final de Março, não poderíamos circular muito pela ilha Norte, pois correríamos o risco de perder o vôo. Então optamos por um caminho mais curto, passando um pouco pela costa oeste e depois seguindo pelo centro do continente e visitando as partes que mais gostaríamos nesta ilha, o Parque Nacional Tongariro e a região vulcânica em Rotorua.
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Chegamos em Wellington, desembarcamos do ferry boat e começamos nossa pedalada de uns 10 km até a casa dos nossos anfitriões (warmshowers). No perfil deles estava escrito que eles adoravam montanhas e em alguns comentários estava escrito que havia uma subidona até a casa deles. Dito e feito, os primeiros 5 km foram tranquilos, os 4 km posteriores foi subindo bastante e o último km foi aquele que até para empurrar o pé escorrega de tão inclinado. A vantagem é que a vista da cidade era bonita lá de cima. Muitas vezes durante a viagem isto acontecido conosco, no finalzinho do dia tem aquela subida agressiva.
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Anfitriões aventureiros. Na cidade de Wellington fomos hospedados pelos queridos Andy e Eileen, que contactamos através do warmshowers.org . Eles viajaram de bicicleta por 3 anos, atravessandl muitos lugares em comum com nossa viagem. Eles eram super animados, ativos e apaixonados por bikepacking. Eles prepararam uma cama super confortável pra nós. Ficamos 3 noites em Wellington e pudemos descansar, conversar bastante e comer muito (adoramos hehehe). Conversamos bastante sobre viagens de bicicleta, Nova Zelândia e coisas da vida. Muito obrigado pessoal, desejamos a vocês muitas viagens divertidas.
A cidade de Wellington tem um perfil mais cosmopolita e moderno que Christchurch. Gostamos bastante de passear pela área central e costeira, cheia de barzinhos, museus interessantes, parques, artes de rua, detalhes e paisagens bonitas na porção beira mar. Com uma população de cerca de 400 mil habitantes, a cidade está situada ao lado de um porto natural, em colinas pendulantes e verdes. A região é sujeita a terremotos, bastante frequentes, e que quase causaram a destruição da cidade nos anos de 1848 e 1855. Há poucas áreas planas, por isto a maioria da população da cidade vive nas colinas ao redor, em áreas de risco devido às atividades sísmicas. A cidade é um importante centro financeiro e comercial na Nova Zelândia. Também é um importante polo cultural do país, abrigando o museu Te Papa (“nosso lugar”, em língua maori), o balé, a orquestra sinfônica, e a produção cinematográfica neozelandesas.
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A lula gigante e o incrível museu Te Papa, Wellington, Nova Zelândia. O Museu Te Papa foi o que mais gostamos no país. Apresenta uma enorme quantidade de informações, muitas delas colocadas de maneira interativa. A parte que mais gostamos foi sobre a natureza e o bicho que nos deixou mais impressionados foi a Lula Gigante. Neste museu esta o maior exemplar inteiro em exposição no mundo, é lindo! A Nova Zelândia investe bastante em cultura e o acesso à ela é incentivado e muitas vezea gratuíto, como a entrada neste museu por exemplo. Há algumas exposições específicas que são pagas, mas a maior parte do museu pode ser visitada gratuitamente. Aprendemos muito sobre a natureza, história, cultura, geografia, vulcões, peculiaridades e tudo mais que esta relacionado ao país.
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Nossa saída da cidade de Wellington foi mais tranquila que o esperado. A cidade tem várias ciclovias que se conectam e que continuam pelas estradas até se afastarem da cidade. De olho no GPS, fomos por estas ciclovias e saímos da cidade sem ter que disputar lugar com os carros em nenhum momento. Nosso próximo destino no mapa era o Parque Nacional de Tongariro. Levamos alguns dias para chegar lá, mas guiamos nosso trajeto por ele.
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Qual foi uma das coisas que mais gostamos na Nova Zelândia?? Os banheiros públicos, hehehehe, afinal estes lugares muitas vezes são verdadeiros oásis para os cicloviajantes. Pelo país todo, que esta cada vez mais preparado para o grande influxo de turistas, é possível encontrar banheiros públicos e alguns deles super tecnológicos e “chiques” como este, logo depois da cidade de Wellington, sentido Noroeste.
No final de tarde, depois de uns 60km , completamos 27000 km pedalados  na nossa viagem e chegamos a uma área de camping em uma região pouco povoada ao norte de Wellington, Battle Hill DOC Campsite. O lugar era cheio de natureza ao redor, do jeito que gostamos. Por conta do começo da pandemia do novo Corona Vírus em outros países, o número de turistas havia diminuído e os campings estavam mais tranquilos. Gostamos bastante dos campings do DOC ou que sigam o mesmo estilo, são em meio a natureza, normalmente com alguma trilha associada e um rio para nadar ou pegar água. Neste dia haviam inclusive várias enguias em um córrego de águas cristalinas que passava por lá. O preço foi de 13 nzd por pessoa, com banheiros e água potável.
Costa Oeste da ilha Norte, Nova Zelândia. Antes de seguirmos para o centro da ilha norte, no sentido do Parque Nacional Tongariro, percorremos um trecho pela costa oeste. O relevo da ilha norte também é bem montanhoso e depois de uma longa subida avistamos novamente o mar bem azul lá embaixo, depois desta foto veio uma descida deliciosa de mais de 15 km.
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Nossos “restaurantes” A Nova Zelândia foi um país caro para nosso orçamenro apertado, então não comemos nenhuma vez em restaurantes no país, com exceção quando alguém nos convidou. Então, nossos “restaurantes” do dia a dia eram os supermercados, hehehe. Existem 3 mais populares: Pak’n Save, New World e Countdown, sendo o primeiro o mais barato.
Waikawa DOC Freedom Campground (Manakau, NZ). Vimos pelo GPS que haveria um lugar de Freedom Camping depois de uns 50 km e fomos até ele, chegando lá haviam banheiros e um rio de águas cristalinas. Tomamos aquele banho gelado de rio, colocamos nossa barraca o mais afastado possível das campervans (por ser um lugar gratuíto havia cerca de 20 veículos a noite) e cozinhamos cogumelos que compramos na cidade próxima (Manakau). Acho que foi o país onde mais comemos cogumelos durante a viagem, são nutritivos e o preço é razoável.
Hospitalidade. Na pequena cidade de Foxton fomos recebidos pelo hospitaleiro e bem humorado casal Norton e Ute (warmshowers.org), além dos seus filhos que dá vontade de abraçar toda hora de tão lindinhos. Ele (kiwi) e ela (alemã) já realizaram viagens juntos e agora estão planejando uma viagem de bicicleta com as crianças, demos várias ideias de lugares legais para eles.. claro ☺. Acampamos no jardim da frente da casa e eles ainda prepararam um delicioso jantar para todos nós. Esta interação toda com as pessoas do país é muito legal, aprendemos muito com isso. Muito obrigado pela acolhida.
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No sentido ao vilarejo de Marton, onde já havíamos combinado uma hospedagem solidária através do aplicativo warmshowers.org, passamos por estradas mais rurais e eu parei para apreciar alguns aviões que voavam baixo (o aeroporto ficava do outro lado da pista). A Flavinha me deixou alí sozinho apreciando os aviões e ela ficou bem longe com medo que algum avião pudesse cair em cima da gente, hehehe… só ela mesmo…
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“Quem não tem cão caça com gato”. A Flavinha perdeu a luva de ciclismo dela quando saímos de Wellington. Como as luvas de ciclismo estavam muito caras nas lojas, fomos em uma loja de materiais de construção e compramos uma de jardinagem para ela mesmo, não foi o ideal, mas quebrou um galho.
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A pequena fazenda. Na cidade de Marton tivemos uma hospedagem solidária através do aplicativo warmshowers.org. Quando chegamos na entrada da propriedade, uma pequena fazenda na periferia da cidadezinha, fomos surpreendidos na chegada com uma bandeira do Brasil pregada na porteira, colocada para sabermos que estávamos no lugar certo. Entramos e esperamos o simpático casal Neil e Lorraine chegarem. Foram momentos muito bons com eles. Eles tinham vacas, cabras, bodes, galinhas e uns porcões enormes e o mais legal é que todos tinham nomes. Ajudamos a alimentar os animais e fomos alimentados também hehehe, eles fizeram um jantar super gostoso. Ficamos duas noites e foi super divertido, ele ainda nos deu boas dicas de caminhos, que seguimos até o Parque Nacional Tongariro. Sentimos saudades deles e do Hank, um cachorro muito bonzinho que eles tinham. Muito obrigado Neil e Lorraine pelo acolhimento, dicas e cama quentinha.
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Seguimos a dica do nosso anfitrião na cidade de Marton e cobtinuamos por pequenas estradas que nos levariam a Turakina Valley Road, uma estrada remota e rural que não seria fácil percorrer, porém teria mais aventuras, bonitas paisagens e seria uma boa opção para escapar das estradas mais movimentadas. Pouco antes de entrarmos nesta rota mais remota, fizemos uma paradinha para almoço em um ponto de ônibus.
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Um presente na estrada. Estávamos pedalando tranquilos por uma pequena estrada rural (Aldworth road) quando fomos parados pela Shona, esta simpátic kiwi ficou curiosa em ver nossa bicicleta e por coincidência conhecia nosso anfitrião na cidade anterior. Ela foi super simpática e vendo que não utilizávamos os coletes refletivos, tratou de dar um para a Flávia, além disso ela percebeu que a Fla estava usando as luvas de jardinagem e também a presenteou com um par de luvas de ciclismo. Foi tudo muito inesperado e adoramos os presentes e tê-la conhecido. Obrigado Shona por ter cruzado nosso caminho 😊.
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Olhem que super camuflagem deste “bicho pau”.
A escolinha. Uma coisa legal que descobrimos na Nova Zelândia foram as áreas de domínio público que tem alguma escolinha nelas, pois conseguimos acampar nestes locais, com a permissão do diretor(a) claro. Mas normalmente estas áreas de domínio ficam afastadas das cidades e as escolinhas neo-zelandesas também não costumam deixar turistas acampar ao lado, porém as coisas mudam quando estes lugares são mais remotos e longe de pontos turísticos. Foi uma boa termos pegado uma estrada bem remota chamada Turakina Valley Road. Depois uns 50 km pedalando chegamos a uma escolinha chamada Otiwhiti, conversamos com o diretor que nos permitiu acampar ao lado e usar os banheiros, água e algumas mesas na escolinha. Até a piscina ele disse que poderíamos utilizar. O lugar a noite ficava um silêncio total e foi bem tranquilo acampar alí.
Turakina Valley Road.  Esta estrada tortuosa segue margeando o vale do rio Turakina, na porção central da ilha norte Neo Zelandesa, no sentido do Parque Nacional Tongariro. Com cerca de 100 km, esta estrada fica em uma área remota e rural, cheia de beleza e tranquila para pedalar, porém fizemos ela no sentido de sul a norte e foi subida praticamente o tempo todo. A primeira metade da estrada é asfaltada, mas o restante é estrada de terra e por vezes com pedras soltas e foi mais um trecho desafiador para nós em uma tandem carregada, mas valeu a pena, cruzamos belas paisagens, vilarejos minúsculos, vimos cachoeiras e acampamos em lugares muito tranquilos.
Esta foi a segunda escolinha onde acampamos na remota Turakina Valley Road. Chegamos a tarde, depois de uns 35 km morro acima em um trecho difícil e cansativo e no final das aulas deste dia. A criançada deu um “hello” para nós e fomos falar com a diretora. Muito educada e simpática, ela disse que poderíamos acampar em uma grande área gramasa anexa a escola (área de domínio público) e teríamos acesso a água, banheiros e cozinha de um salão que pertencia a escola. Perfeito! Nos despedimos da diretora no final da tarde e foi um dos lugares mais tranquilos que acampamos no país. Antes do sol se por pudemos ouvir e observar vários pássaros que passaram por alí. A noite foi silenciosa e com um céu super estrelado, adoramos.
“Montanha a vista!!” O final da estrada Turakina Valley estava chegando e depois de várias subidas pudemos avistar o que estávamos buscando há alguns dias, as belas montanhas do Parque Nacional Tongariro. Paramos a bicicleta e tiramos uma foto com o belo e imponente Monte Ruapehu ao fundo. O Monte Ruapehu é um vulcão ativo, o maior vulcão ativo da Nova Zelândia, com seu ponto mais alto a 2797 metros ( Pico Tahurangi ). Sua última erupção foi em 2007.
Hospitalidade Maori. A estrada Turakina Valley terminou em uma rodovia que nos levaria até a cidade de Okahune, em uma área chamada Tangiwai. Mas estávamos cansados, o vento contra estava forte, ainda faltavam 20 km e nossa água estava acabando. Encontramos um ponto de ônibus para nos refugiarmos dos vento e comermos algo. Pensamos na possibilidade de acamparmos por alí, mas sem água seria difícil. Neste momento passou uma caminhonete vermelha e eu acenei, ela parou. Havia um senhor dirigindo e eu pedi água, ele disse “Entre aí” enquanto uma cachorra enorme e assutadora latia sem parar no bagageiro, eu entrei meio ressabiado e ele me levou até um fazenda para pegar água enquanto a Flávia ficou alí esperando. Eu aproveitei e perguntei se havia um lugar onde poderíamos acampar uma noite. Foi então que começamos a conhecer a hospitalidade Maori. Resumo da história, terminamos o dia na casa de uma simpática e hospitaleira família Maori. Sr Victor e Sra Kim viviam alí com sua filha e sobrinha. O Sr Victor nos levou para tomarmos banho de cachoeira (geladíssima hehehe), prepararam um jantar super delicioso e dormimos em uma cama bem quentinha com vista para a bela montanha Ruapehu. Tudo de maneira muito simples, espontânea e aconchegante. Adoramos este contato e acolhimento que tivemos de uma família Maori, foi muito bom conhecer este lado da cultural do país. Ahhh e a cachorra assutadora, a “Lady”, ficou nossa amiga.
No dia seguinte nos despedimos da família Maori em Tangiwai e pegamos uma carona de 20 km com o sr Victor, que nos deixou em na cidade de Okahune. A nossa dúvida seria ficar por ali ou seguir mais uns 50 km até o próximo camping, pois o vento estava muito forte e havia uma chuva forte a caminho. Como estávamos com aquela preguicinha boa e começou a chover, pedalamos apenas uns 5 km até o camping, que ficava ao lado da cidade de Okahune.
O furto. Assim como a maioria dos DOC Campings, ficava em meio a natureza, do jeito que gostamos. O valor era de 8 NZD por pessoa e como lemos um review do aplicativo para não pagar na “caixinha da honestidade” pois haviam furtos, fomos até o i-Site na cidade e pagamos lá adiantado. Dito e feito, lá pelas 8 horas da noite vimos um carro se aproximando, desceram dois caras, ficaram um pouco ao lado da caixinha de pagamentos e saíram. Quando fomos lá ver haviam apenas alguns envelopes dos pagamentos vazios e rasgados no chão, com um arame eles pescavam os pagamentos de dentro da caixinha, que malandros. No outro dia pela manhã passamos na oficina de turismo da cidade e contamos o que aconteceu.
Continuamos rumo ao Parque Nacional Tongariro, cada vez mais perto, já no pé das cadeias de montanhas e vulcões. As paisagens foram ficando cada vez mais lindas e a natureza mais exuberante. Esta foi outra região que consideramos muito bonita para pedalar no país.
Mount Ngauruhoe (Māori: Ngāuruhoe) é um vulcão ativo na Nova Zelândia. É a abertura mais jovem do complexo vulcânico de Tongariro, no planalto central da ilha norte, e entrou em erupção há cerca de 2.500 anos. Embora muitas vezes considerado como uma montanha separada, geologicamente é um cone secundário do Monte Tongariro. Ngauruhoe entrou em erupção 45 vezes no século 20, mais recentemente em 1977. Fumarolas existem dentro da cratera interna e na borda da cratera oriental, externa. Alpinistas que sofrem de asma podem ser afetados pelos fortes gases sulfurosos emitidos pela cratera.
Mangahuia DOC Camping. Bem próximo ao Parque Nacional Tongariro encontramos mais um daqueles DOC campings com una natureza linda ao redor e um riozinho de água cristalina e geladíssima. Gostamos deste camping pois a área para barracas ficava separada dos carros, deixando tudo mais tranquilo a noite.
O banho de rio mais gelado até hoje. No Camping Mangahuia nós tomamos o banho mais gelado da viagem até agora. Quando eu mergulhei eu sentia pinicar toda a minha pele e musculatura, mesmo ensolarado a água estava quase a 0 Celsius, achei que iria congelar a bola do meu olho hahahaha…
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Paradinha para picnic rumo a cidade de Turangi. Em Turangi conseguimos uma hospedagem solidária através do aplicativo warmshowers.org e decidimos eleger esta cidade como nossa base para explorarmos o Parque Nacional Tongariro.
Hospitalidade kiwi. Chegamos a cidade de Turangi, localizada bem próximo ao Parque Nacional Tongariro, na face norte. Fomos hospedados pelo hospitaleiro Sr. Kerry, através do aplicativo warmshowers.org . Ele estava trabalhando no momento em que chegamos, mas deixou a casa aberta e um quarto todo arrumado já nos esperando. Ele foi nosso anfitrião vai tímido até hoje, hehehe, mas depois de tanto falarmos na orelha dele, ele foi se soltando. Sempre muito gentil e educado nos deixou muito a vontade e nos levou para conhecermos um lugar vulcânico com águas termais. Ficamos 3 noites, o suficiente para fazermos a trilha do Tongariro. Como conseguimos a hospedagem solidária, decidimos pegar o shuttle para visitar o parque Nacional, a opção mais prática a partir da cidade de Turangi.
Lamas termais vulcânicas borbulhando nas proximidades da cidade de Turangi. Toda a porção central da ilha norte neo zelandesa é muito ativa do ponto de vista vulcânico, principalmente desde a região do Parque Nacional Tongariro até a cidade de Rotorua. Muitas vezes pedalando nesta região sentíamos o cheiro de enxofre nas estradas e algumas cidades.
Um dos lugares mais bonitos que já visitamos. O Parque Nacional Tongariro nos deixou de queixo caído de tanta beleza. Não são cobradas entradas para os parques nacionais no país, o que pagamos foi para chegar até lá, com um shuttle que cobrou 50 nzd por pessoa para nos deixar na entrada e nos pegar na saída da trilha. Fizemos a trilha Tongariro Crossing, com 19,2 km de comprimento, longos trechos de subidas e descidas íngrimes em meio a paisagens muito lindas. Chegamos as 6 e meia da manhã, com a maior neblina, mas tivemos sorte e o dia ficou lindo e ensolarado. Levamos cerca de 7 horas e meia para fazer todo o percurso, com paradas para comer e usar os banheiros (há toda uma infra estrutura de banheiros pela trilha, evitando “sujeiras” pelo caminho). Chegamos bem cansados no final, mas muito felizes por termos visto tantas belezas naturais. Passamos por vulcões ainda ativos, lagoas vulcânicas cor esmeralda, paisagens cobertas por uma vegetação alpina toda particular e paisagens formadas por lava solidificada. Consideramos este o lugar mais bonito que visitamos na Nova Zelândia. No dia seguinte a caminhada parecíamos dois velhinhos com dificuldade para andar, ainda bem que ficamos mais um dia parados em Turangi.
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“A trilha” Tongariro Alpine Crossing foi uma trilha que deixou a gente com as pernas cansadas e estarrecidos com tanta beleza, valeu muito a pena. Com cerca de 19 km, a maior parte da caminhada é através de terreno vulcânico bruto. Os três vulcões da região são todos altamente ativos e o terreno reflete isso. Fluxos de lava solidificados, tephra solto e bombas de lava vulcânicas solidificadas são abundantes. Grandes quantidades de minerais são trazidas à superfície e são altamente visíveis nas cores de rochas e cordilheiras. Fumarolas ativas abundam em várias seções da caminhada, emitindo constantemente vapor e gás de dióxido de enxofre no ar e depositando manchas amarelas de enxofre nas bordas. Os lagos e piscinas na caminhada são profundamente coloridos pelos minerais vulcânicos dissolvidos neles. Algumas áreas apresentam grandes fontes que emitem água quase fervente e torrentes de vapor. O terreno sob os pés durante a maior parte da caminhada é uma nova rocha vulcânica pontiaguda ou uma tefra solta e variável, principalmente cinzas e lapilli. Em algumas áreas da cratera, as cinzas mais finas se tornam úmidas e compactadas.
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Depois de visitarmos o tão esperado Parque Nacional Tongariro, continuamos sentido norte, mirando a cidade de Mount Manganui, onde havia uma amiga da Flavinha nos esperando. Por este caminho continuamos passando por lugares bonitos. Neste dia seguimos sentido Taupo e aproveitamos para fazer uma paradinha para picnic em frente ao belo Lake Taupo.
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A presença e influência cultural Maori são maiores na ilha norte. Em relação a ilha sul, vimos na norte muito mais pessoas com traços físicos Maori, assim como artesanatos e esculturas em madeira como este portal na foto. Gostamos muito de conhecer esta cultura e tradição, que recentemente esta ressurgindo e sendo mais preservada pelo país.
“Escondidos” Quando chegamos a cidade de Taupo percebemos uma quantidade enorme de turistas e a cidade estava super lotada. Logo ficamos sabendo que chegamos às vésperas de uma competição de Iron Man. Bom, seguimos nossos planos e fomos até uma área de Freedom Camping que havia por alí, Reid’s Farms. O lugar era bem grande e ficava próximo a um rio, mas a parte gramada já estava cheia de camper vans e motor homes e sabíamos que durante a noite ficaria mais cheio de gente devido ao evento na cidade. Avistamos um morro com uma mata fechada e nos embrenhamos por uma pequena trilha. Era uma trilha estreita e escondida, sem chances de algum carro ir por alí. Retiramos as bagagens da bicicleta e fomos subindo tudo separadamente, mos embrenhando no meio do mato. Chegamos em um plato e uma clareira no meio da florestinha, em uma parte alta, perfeito para acampar com tranquilidade. Apesar da grande movimentação no camping, como estávamos escondidos no meio do mato em uma parte alta, o barulho praticamente não chegava em nossa barraca. Tivemos uma noite tranquila.
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Seguidos pelos animais. Uma coisa legal que aconteceu várias vezes na Nova Zelândia foi sermos seguidos por cavalos e vacas do outro lado da cerca. As vezes rebanhos inteiros corriam nos acompanhando. Neste dia a caminho de Rotorua fomos seguidos por dois cavalos muito bonitos, eu até tentei uma comunicação com eles fazendo uns barulhos.
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Águas termais. Na região entre Taupo e Rotorua há um dos maiores sítios de águas termais do mundo, com diversas áreas por toda região, com aquele cheirinho característico de enxofre pelas estradas. A maior parte deste lugares são privados e é cobrada entrada para visitar, mas há opções gratuítas também. Seguindo por uma pequena estrada ( Broadlands road) , encontramos um lugar gratuito chamado Butchers Pool, trata-se de uma piscina de águas termais localizada próxima a um pequeno vilarejo chamado Reporoa. Havia uma área gramada e banheiro no local, até pensamos em acampar por alí, mas como ainda estava cedo decidimos curtir um pouco a piscina e depois seguirmos um pouco mais adiante. A água tem uma coloração meio azulado, um cheiro forte de enxofre e a temperatura girava em torno de 40 C. Havia uma placa recomendando não mergulhar a cabeça sob o risco de contrair Meningite Amebiana. Ficamos cerca de 1 hora por alí e entrar nesta piscina termal dá uma sensação relaxante.
Lake Okaro Reserve, Waimangu, New Zealand. Depois de um longo dia de pedal, chegamos em uma área de reserva ao redor do Lago Okaro, onde era permitido acampar. Encontramos um lugar bem tranquilo próximo ao lago. O lago tem águas cristalinas e de temperatura agradavel, pois é aquecido por fontes termais vulcânicas. Pouco tempo depois que nós chegamos chegaram mais 3 ciclo turistas, 1 casal de Australianos e 1 rapaz Francês. Conversamos com eles antes de jantarmos e logo a noite caiu. No outro dia pela manhã tomamos café com o francês, um rapaz muito simpático e engraçado. Esta área de camping ficava fora da estrada principal e foi muito bom continuar por esta pequena estrada que seguia em meio a uma reserva natural no caminho para Rotorua.
“The Houlton family” Na cidade de Rotorua fomos recebidos pelo hospitaleiro Jim e seus dois filhos pequeninos e muito amáveis. Contactamos ele através do aplicativo warmshowers.org e ele deixou a gente acampar no quintal e usar as facilidades da casa. Aliás, que grama perfeita para uma barraquinha no quintal. As crianças eram bem ativas e a Flavinha brincou bastante com elas. A esposa dele estava fazendo uma prova de aventura em outra cidade enquanto ficamos por lá. No dia de irmos embora o Jim esqueceu de deixar a chave da casa e algumas de nossas coisas estavam lá dentro carregando. Conseguimos ligar pra ele, mas o mais difícil foi segurar a vontade de fazer aquele xixi e número 2 matinais enquanto ele não chegava para abrir a casa pra nós. Acho que não seria muito legal a gente fazer em um cantinho do jardim hehehehe…
“Cheirinho de enxofre”. Rotorua é uma linda cidade localizada em uma área vulcanicamente ativa na ilha norte neo-zelandesa. Por toda esta região sentíamos o cheiro de enxofre no ar, proveniente dos gases sulfurosos que vem das atividades vulcânicas locais, porém a cidade de Rotorua foi a cidade onde mais sentíamos este cheiro, quase por todas as partes. A vantagem é que podíamos soltar um peidinho maroto sem ninguém desconfiar hehehehe… A cidade tem muitas áreas onde é possível ver os vapores e sentir o cheiro dos gases vulcânicos emanando do solo, assim como diversas fonter termais.
Rotorua, New Zealand. Gostamos da cidade de Rotorua, é bonita, com uma bela paisagem ao redor e ciclovias por todos os lados. Aproveitamos as ciclovias de cidade e nos deslocamos de bicicleta para todos os lados. Fomos nos parque com águas termais, tomamos sol e fizemos picnic, visitamos também um parque que adoramos, chamado Redwoods. É um parque com sequoias gigantescas e am algumas delas há uma trilha que pode ser feita pela copa das árvores. Há também diversas trilhas de bicicletas neste parque e fizemos algumas delas. Em várias áreas da cidade há geysers soltando vapores com cheiro de enxofre. Foi legal observar alguns deles.
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De Rotorua até Mount Manganui decidimos seguir pela State Highway 33 e para nossa felicidade havia uma ciclovia que percorria todo este caminho e nem precisamos pegar a rodovia. A ciclovia era totalmente separada da rodovia principal, passando por áreas tranquilas e algumas estátuas Maoris bem bonitas. Pedalamos cerca de 80 km neste dia, mas apesar a longa distância, a tranquilidade de seguir o tempo todo por uma ciclovia foi muito bom.
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Um presente e um abraço. No caminho entre Rotorua e Mount Manganui nós paramos no supermercado. Após as compras havia uma simpática e falante senhora ao lado de nossa bicicleta. Ela estava super curiosa e contamos sobre nossa viagem para ela. Ela ficou super contente em saber que estávamos percorrendo seu país de bicicleta. Nos deu de presente dois coraçõezinhos feitos de lã, tricotados por ela. Adoramos e agradecemos bastante. A cultura do “abraçar” não é comum entre os Kiwis (Pakeha )como é na America Latina, então não sabíamos se poderíamos dar um abraço nela ou não, mas com ela foi bem diferente. Ela tinha origem Maori e nos deu um abraço bem apertado de boa viagem, que foi o presente que mais gostamos. Nos despedimos e continuamos nosso dia cheios de boas energias depois deste abração gostoso.
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Amizade das antigas. Na cidade de Mount Manganui fomos recebidos por um simpático e hospitaleiro casal de brasileiros. A Karina e o Alan são amigos da Flavinha desde a época de colégio e depois de tantos anos eles se reencontraram na Nova Zelândia. Fomos recebidos com muita hospitalidade e carinho. Ficamos por 3 dias na cidade, que é pequena, e cercada por belas praias. Deixamos a bicicleta na garagem e fizemos todos os passeios a pé. Nossos amigos trabalhavam bastante durante o dia e mesmo assim quando voltavam a noite ainda estavam cheios de energia e então preparávamos comidas juntos, bebíamos cervejinhas, conversávamos bastante e dávamos boas risadas. A Flavinha pôde reviver várias histórias antigas com sua amiga e foi muito legal.
Lugares parecidos pelo mundo. Em uma viagem muito longa, mesmo estando sempre em movimento, por mais paradoxal que possa parecer, as novidades vão ficando menos constantes. A primeira foto foi tirada no começo de 2020 na Nova Zelândia, em cima do Monte Manganui, com vista para a cidade de Mount Manganui abaixo e este lindo visual de duas praias lado a lado. A segunda foto foi tirada cerca de 2 anos e meio antes, no final de 2017 quando ainda estávamos atravessando o sul do Brazil, em cima do Morro do Macaco, com vista para a cidade de Bombinhas abaixo e também um lindo visual de duas praias lado a lado. Até o chápeu e a camiseta azul são parecidas hehehe… Para chegar no topo do Mount Manganui fizemos uma trilha de cerca de 1,5 km e quando chegamos lá em cima lembramos na hora do começo de nossa viagem e da cidade de Bombinhas no sul do Brasil. Não nos surpreendemos tanto com o visual pois já havíamos visto algo parecido antes. E isto com o tempo foi acontecendo outras vezes durante a viagem, mas nem sempre temos fotos. Mas desta vez até as fotos ficaram muito parecidas. Dois países com belas paisagens, a Nova Zelândia e o Brasil.
A bela Mount Manganui, com suas lindas praias de mar azulado.
Nossa saída da região de Tauranga foi bem tranquila, mesmo passando por dentro da região urbana, seguimos por ciclovias, em alguns trechos totalmente separadas das vias de veículos motorizados, e rapidamente entramos na estrada que nos levaria a cidade de Katikati.
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Entrando na pequena cidade de Katikati, tivemos que esperar alguns minutos enquanto um caminhão descarregava uma casa antes de seguirmos por esta rua. Não é todo dia que a gente vê a verdadeira “entrega em casa”.
Hospitalidade de cicloviajantes. Na cidade de Katikati fomos recebidos pela simpática e hospitaleira Diane. Ela e seu marido Ian fazem parte da comunidade warmshowers.org e nos receberam na casa de fazenda deles. Chegamos em um momento em que a Sra Diane não estava lá, mas ela deixou um bilhetinho super fofo de boas vindas para nós, colado na janela do nosso quarto. Eles já receberam centenas de cicloviajantes na casa deles, entre eles outro casal de brasileiros, o Felippe e a Mariana da cicloviagem @pedaispelomundo , que também nos acolheram na Nova Zelândia. Ficamos apenas uma noite na companhia da Sra Diane, mas pudemos conversar bastante e conhecer um pouco mais sobre eles. A comunidade warmshowers.org nos ajudou muito na Nova Zelândia.
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Eu acho que estes boots estão no mesmo lugar há um bom tempo. ( Katikati, New Zealand).
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Plantação de Kiwis. Nossos anfitriões na cidade de Katikati eram proprietários de uma fazenda de Kiwis. Fomos conhecer a plantação e pudemos aprender um pouco mais sobre o cultivo destas frutas. Ficamos curiosos ao ver estas marcas no tronco. Diane, nossa anfitriã pelo warmshowers.org, nos explicou que todo ano eles retiram um fatia circular da casca das árvores e assim elas crescem mais fortes e dão frutas mais suculentas. As produções agrícolas no país tem todo um background de pesquisas científicas e estudos, tudo muito interessante.
Waihi beach, New Zealand. Seguimos a dica de nossa anfitriã na cidade de Katikati e seguindo sentido Paeroa fizemos um desvio e passamos pela região litorânea de Waihi (Waihi beach). O desvio valeu muito a pena, a praia é linda e tranquila. Aproveitamos uma mesa de picnic que havia de frente para o mar e fizemos nosso almoço apreciando uma bela paisagem.
Saindo da cidade de Waihi sentido Paeroa entramos em mais uma trilha de bicicletas muito legal na Nova Zelândia. A Hauraki Rail Trail é uma trilha apenas para bicicletas e caminhantes que passa por uma zona rural muito bonita, margeando rios e fazendas, com áreas de picnic no caminho, pontos históricos e um túnel antigo por onde passavam os trens no passado. Adoramos.
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Amigos dos cicloviajantes. Na pequena cidade de Paeora, onde surgiu o refrigerante neo-zelandês L&P, fomos hospedados pelo hospitaleiro Robin. Ele trabalhou em navios e viajou por muitos anos em sua vida para muitos países pelo mundo, com várias histórias pra contar. Além disso ele curtia esportes e nos deus uma aula sobre Rugby, Futebol Americano e críquete, mas mesmo assim ainda não entendemos muito o funcionamento destes jogos, hehehehe… Ele não é cicloviajante, mas gosta de viajar, interagir com pessoas, ouvir histórias e hospedando ciclo turistas é uma boa alternativa para isso. Ele se inscreveu no warmshowers.org e já ajudou vários cicloviajantes. Ele falou que é como “viajar sem sair de casa”.
Kaiaua Freedom Campsite. No pequeno vilarejo praiano de Kaiaua, na região da Baía de Thames (Firth of Thames), costa norte da ilha norte, passamos nossa última noite acampando na Nova Zelândia. De frente para o mar havia uma área de camping gratuito que aceitava barracas. Conseguimos um lugar com uma vista para o mar. A pandemia pelo Covid-19 já se alastrava pelo mundo, levando a uma queda importante no turismo e consequentemente no número de turistas. Apesar da localização privilegiada deste camping, além de ser gratuito, estava vazio para a alta temporada. Por um lado foi bom pois adoramos acampar em lugares tranquilos, por outro foi ruim pois já começavamos a nos preocupar com esta pandemia que se alastrava, com a saúde de nossos familiares e amigos e o futuro da nossa viagem. O turismo dentro do país naquela data (14/03/2020) ainda seguia sem restrições, mas já haviam sinais de que o país começaria a se fechar para se proteger. No outro dia pedalamos pela última vez no país, sentido Auckland, ponto final planejado nestas belas terras neo-zelandesas.
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Torea-Pango ( Wharekawa, Nova Zelândia). Na região litorânea próxima ao vilarejo de Wharekawa, vimos bandos destes pássaros de bicos longos e bem alaranjados, principalmente nas praias. Eles são chamados de “Catadores de Ostra”. Sua dieta consiste em uma variedade de moluscos, crustáceos, vermes, pequenos invertebrados e, às vezes, pequenos peixes. Os moluscos são principalmente bivalves e são abertos pelos pássaros usando o bico para quebrar e torcer. Depois de fortes chuvas, eles chegam ao interior em busca de minhocas.
Nosso último dia de pedal na Nova Zelândia. O caminho entre o vilarejo de Kaiaua e Auckland foi nosso último trecho pedalado pelo país, dia 15/03/2020. Auckland foi nosso ponto final do país pois já havíamos reservado um vôo a partir dalí para os Estados Unidos. Foi um dia ensolarado com belas paisagens de praia e montanhas. As estradas eram pequenas e tranquilas até chegarmos próximos a região metropolitana de Auckland, quando o movimento aumentou bastante. No meio do caminho nos sentamos em um banquinho e almoçamos olhando mais uma bela praia e pensando sobre nossa viagem cruzando mais um país super interessante, com muita gratidão por tudo isto. Ainda estávamos bem tranquilos, pois a pandemia pelo Covid-19 ainda não havia alterado nossa viagem, mas tudo isto mudaria rapidamente.
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Encontros na estrada. A partir do momento que saímos da região costeira e seguimos sentido a porção sul de Auckland, pegamos uma subida e encontramos dois viajantes, um de bicicleta, Belga, e um caminhante, Brasileiro. Ambos muito divertidos, bem humorados e felizes em suas viagens e experiências na Nova Zelândia. O brasileiro conversamos um pouco mais e descobrimos que ele se chama Vitor e estava fazendo sua viagem em busca de um pássaro todo especial, o Fuselo, que é uma ave migratória que fica voando por muitos dias sem parar. Ele nos contou que este jeito migratório e livre desta ave é inspirador e deu nome a sua viagem: @voafuselo . Depois fomos pesquisar melhor sobre este pássaro pois ficamos muito curiosos e achamos muito interessante. Sempre aprendemos algo novo com as pessoas que cruzam nossos caminhos. Como diriam os experientes cicloviajantes brasileiros Olinto e Rafaela ( @olintoerafaela ) : “Cada pessoa é um universo a parte”.
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“O resgate”. Havíamos combinado de ficar na casa de um casal de amigos, Felipe e Marina, na cidade de Auckland. Mas cerca de 40 km antes de chegarmos no local combinado, nosso pneu reserva que compramos usado em Wanaka, abriu de tão gasto que estava e explodiu. Eu fiz um remendo com fitas adesivas que durou mais uns 20 km e então o pneu rasgou novamente. E assim terminou nosso último dia de pedal na Nova Zelândia, com um pneu rasgado para manter a tradição… Ligamos para nosso amigo, que tem uma Van bem grande e veio nos resgatar na estrada. Desmontamos a bike e ele chegando foi a maior festa, por revê-lo e pelo resgate .
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A casa dos nossos amigos ficava em Glenfield, na porção norte de Auckland e chegar lá pedalando seria muito dificil, pois as principais vias são pontes como esta, por onde é proibido pedalar ou caminhar e por ferry-boats. Ainda bem que fomos resgatados de Van pelo nosso amigo. Há previsões de obras futuras para colocação de ciclovias nestas pontes.
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Amigos de quarentena. O combinado seria ficarmos 5 dias na casa dos amigos Felipe e Marina, na região de Glenfield, Auckland, até pegarmos um vôo no dia 20 de Março de 2020 para os EUA, onde continuaríamos nossa viagem, mas a pandemia do novo Coronavirus alterou nossos planos subitamente. De repente os Estados Unidos entrou em Lockdown e poucos dias depois a Nova Zelândia também. De cinco dias a nossa estadia passou para 45 dias confinados com nossos amigos na casa deles. Vôos cancelados e visto extendido, a única saída era treinar a paciencia e nos acostumarmos a uma vida slow motion por um bom tempo. Foi assim que passamos 45 dias juntos de nossos amigos, praticamente 24 horas por dia. Nossos amigos de quarentena, nossos “salvadores da pátria” em tempos de pandemia. Fizemos muitas fogueiras, jogamos Catan, baralho, fizemos muitas comidas, conversamos muito, bebemos cervejinhas e vinhos, contamos nossas histórias de vida e nos ajudamos mutuamente a enfrentar este isolamento. Temos muita gratidão pelo acolhimento em um momento tão maluco no mundo todo. Obrigado amigos!
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O Haka!! Desde que chegamos na Nova Zelândia queríamos ver o famoso “Haka”, o grito de guerra do povo Maori. Chegamos em Auckland 2 dias antes do fechamento dos museus e por sorte conseguimos ir ao Museu de Auckland e ver uma apresentação cultural Maori com músicas e o tão esperado Haka!!!! Kiaora Aotearoa.
Ócio criativo. Em mais de dois anos e meio de viagem, em movimento constante e gastando muitas energias, nunca havíamos ficado tanto tempo parados, foi como entrar em uma nova vida paralela… em câmera lenta. Nossos amigos moram em uma casa com um quintal cheio de natureza, que a Flavinha fez jardinagens e onde fizemos fogueiras. Além disso havia uma garagem cheia de ferramentas e madeiras que usei para fazer várias coisas: uma placa para o jardim, um tabuleiro de gamão, um jogo de dominó, um chinelo de madeira, um estilingue, etc… Tudo isso ajudou a passar o tempo e evitar a loucura hehehe…
40 anos! Pois é, meu aniversário de 40 não poderia ter sido mais exótico. Comemorar aniversário em meio a uma crise mundial devido a uma pandemia que acomete muitas pessoas no mundo tanto não era muito empolgante. Mas mesmo assim, entre amigos, todos de quarentena, decidimos fazer uma festa com bebidas, comilança, musicas e todo mundo vestido o mais brega possível. Confesso que passamos boas horas divertidas. Não foi como eu havia planejado, mas em uma longa viagem e até mesmo nas nossas vidas… o que sai como planejado não é mesmo?
Os tempos de pandemia foram se extendendo por mais tempo do que o esperado e os dias foram ficando longos, monótonas e cheios de ansiedade sobre o futuro de nossa viagem e a situação de muitas pessoas que amamos no Brasil. Muitas vezes não temos o controle da situação em nossa viagem e os planos normalmente não saem como o planejado, mas pela primeira vez estávamos sem um rumo certo, tudo muito confuso e incerto.
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Acabamos mudando nossos planos mais uma vez, mas vamos deixar este assunto para um Post especial sobre a Pandemia pelo Covid-19.
KiaOra Aotearoa…
< – Parte 1 , Ilha Sul                                                                                           Parte 3, Pandemia ->
Nova Zelândia de bicicleta, parte 2 – Ilha Norte. Um país de belas paisagens, rios cristalinos, fauna e flora peculiares e o playground das camper vans e motor homes. (For other languages, please use the internet or browser translator) Chegamos a ilha norte Neo Zealandesa vindos de ferry boat, da cidade de Picton desembarcando em Wellington, a capital do país.
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2fortrips · 4 years
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Dados de 975 dias de viagem (30/07/2017 a 31/03/2020)
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Hoje analisaremos os dados de 975 dias de cicloviagem. Dados relacionados a quilometragem, tempo pedalado, gastos com comida, hospedagem, turismo, manutenção da bicicleta e curiosidades. Então vamos a eles:
DADOS RELACIONADOS A QUILOMETRAGEM EM 975 DIAS
-KM TOTAL PEDALADOS: 27853Km -KM total de carona: 2746 km -KM total de trem: 180 KM -KM TOTAL PERCORRIDA: 32097 Km -KM máxima em um dia: 118km…
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2fortrips · 4 years
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O garfo quebrou 2! / The fork cracked 2! (For other languages please use the browser or website translator).
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Como o quadro e garfo de nossa bicicleta apresentaram problemas de fraturas em postos de soldagem com menos de 7 meses de viagem, entramos em contato com o framebuilder e explicamos o ocorrido. Ele suspeitou de problemas estruturais da soldagem e ofereceu novos garfo e quadro sem cobrança devido a estarem na garantia ainda. Fomos com nosso garfo e quadro soldados até o Ushuaia, com cerca de 8000…
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2fortrips · 4 years
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Depois do Sudeste Asiático voamos para um novo continente, a Oceania. Havíamos pensado em visitar a Australia, inclusive a Tasmânia e posteriormente a Nova Zelândia, porém acabamos mudando de ideia com o passar da viagem. A Australia exigia na época desta postagem o valor de 145 dólares australianos por pessoa para emitir o visto de turismo, além disso, como estávamos vindo do Sudeste Asiático, teríamos que fazer um exame médico prévio para comprovar nossa sanidade. Com tudo isso o valor total seria de quase 550 AUD, um valor alto para o nosso orçamento apertado, além da necessidade de comprar outros vôos para a Nova Zelândia. Como não dá pra ter tudo, ainda mais numa viagem mais longa com orçamento mais controlado, optamos por visitar apenas 1 país na Oceania e a Nova Zelândia foi a melhor opção para nosso caso, o país é menor e apresenta grande diversidade de clima, fauna, relevo e cultura em um espaço menor a ser percorrido. Compramos então a passagem de Kuala Lumpur a Christchurch e também a passagem de saída do país (Auckland para San Francisco, USA) que é exigida antes da entrada no país para o caso de vistos de turismo/visitantes. Pagamos a taxa de 47 NZD por pessoa para entrar na Nova Zelândia e que é utilizada para manter o Departamento de Conservação (NZeta).
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Percorremos um total de cerca de 2200 km no país, conhecendo bem as duas ilhas, que são muito diferentes entre sí em vários aspectos. A Nova Zelândia nos surpreendeu pelas belas paisagens e boa infra-estrutura para o turismo. Foi o país mais caro de nossa viagem até o momento, mesmo porque acampar selvagem era proibido e somente permitido em algumas áreas regulamentadas e a maioria delas para veículos self-contained, o que não englobava acampar com barracas, como é o nosso caso. Neste post vamos contar como foram nossas aventuras pelas lindas paisagens da ilha sul, o trecho 1, com cerca de 1380 km pedalados nesta ilha.
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Kia Ora, Oi Nova Zelândia. Depois muitas horas de vôo, com escala na China, chegamos no aeroporto internacional de Christchurch na Nova Zelândia. E ficamos mais felizes ainda recebendo nossas baggagens intactas.
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Recepcionados por amigos. Nossa chegada na Nova Zelândia foi especial, há muito tempo esperamos para conhecer os queridos Felippe e Mariana (@pedaispelomundo ), ciclo viajantes brasileiros que percorreram muitos países em comum conosco, porém nunca havia dado certo de nos encontrarmos pessoalmente. Mas desta vez o encontro aconteceu finalmente! Eles vieram nos recepcionar no aeroporto de Christchurch e de lá nos levaram de carro até a cidade onde vivem atualmente no país, Reefton. Desde o começo do encontro foi aquela alegria e festa 😊.
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No caminho para a pequenina cidade de Reefton já pudemos observar as belas paisagens que nos esperavam.
A pequenina e pitoresca Reefton. Passamos natal e ano novo na cidade de Reefton. Lá pudemos mergulhar de cabeça no estilo de vida típico do interior da Nova Zelândia. A cidadezinha parece daqueles filmes antigos, conservando muitas de suas construções da época das descobertas de minas de carvão e ouro na região. Com seus menos de 1000 habitantes, a cidade é muito tranquila e com uma bonita paisagem ao redor. O rio Inangahua margeia a cidade e há várias áreas para passeio e picnic às suas margens. O comercio fecha cedo e a cidade parece morrer a noite, o único som quando escurece é o dos ventos na rua, alias, a rua principal é uma continuação da rodovia que corta a cidade. Nossos amigos estavam morando por uns dias em uma casa grande e bonita que ficava em frente a um camping dentro da cidade, o camping estava cheio na semana entre o natal e ano novo, mas mesmo assim durante a noite ele seguia o estilo da cidade e ficava tudo muito silencioso. Nossos amigos, Felippe e Mariana, travalhavam num hotel chamada Dawsons e as vezes quando sobrava algo apetitoso da cozinha, eles traziam uns presentes para casa hehehe. Nossa semana neste pequeno povoado foi muito tranquilo e ótimo para recarregar as energias e eu me recuperar de uma gripe forte que começou logo após chegar ao país.
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Foram dias divertidos e inesquecíveis hospedados pelos queridos amigos Felippe e Mariana (@pedaispelomundo), conhecemos também outro casal de cicloviajantes brasileiros que chegaram para o ano novo, os divertidos e engraçados Aluíno e Karina ( @twobiketravel ) e o hospitaleiro e generoso casal de brasileiros Kleber e Lu que também vivem na cidade com seu filho, o fofíssimo Kalú. Foram dias de muitas risadas, boa conversa, comilança, cervejinhas e festa. Foi bom demais!!! Saudades de todos meus queridos!! O natal foi a maior festa, com direito a churrasco a moda brasileira, musica e muitas risadas.
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Na semana entre o Natal e Ano Novo aproveitei para remontar a bicicleta e instalar as peças novas que havia comprado pela internet enquanto estávamos na Malásia e que foram entregues na casa dos nossos anfitriões.
Corrida de cavalos. Entre o natal e ano novo tivemos a sorte de presenciar uma corrida de cavalos na cidade de Reefton. O ingresso foi de 5 dolares neo zelandeses por pessoa. Além da corrida, havia musica ao vivo, comidas e concurso de roupas mais elegantes, foi divertido.
Nossa festa de ano novo foi animada. Passamos na casa de outro casal de brasileiros que conhecemos na cidade de Reefton, o Kleber e a Lu, acompanhados dos queridos Felippe e Mariana ( @pedaispelomundo ) e dos divertidos ciclo viajantes Aluino e Karina (@twobiketravel ). A cidade é bem pequenina e por cerca de 30 minutos após a virada do ano, uma bandinha tocou algumas músicas no único posto de gasolina da cidade.
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E assim começou nossa viagem de bicicleta por terras neo-zelandesas, com despedida. Nos despedimos dos queridos amigos Felippe, Mariana, Kleber e Lu e partimos para nossas pedaladas acompanhados do casal de brasileiros Aluíno e Karina (@twobiketravel ). Obrigado amigos pela ajuda e acolhimento.
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Viajamos pela Nova Zelândia na alta temporada (verão), a época em que o país está cheio de turistas por todos os lados e os preços ficam ainda mais altos por aqui. Acampar selvagem não existe oficialmente no país e eles tem um nome especial para isto, chamam de Freedom Camping, que na verdade não é tão “freedom” assim, afinal de contas tudo é regulamentado e você só pode acampar livremente nas áreas pré-estabelecidas ou algumas áreas do departamento de conservação onde não há sinalização que proíba acampar (raridade). Principalmente na alta temporada tudo é mais controlado e vigiado (tanto pelos “rangers” quanto pela própria população) e a multa em média é de 200 dólares neo zelandeses por pessoa para quem for pego acampando livremente de maneira ilegal. No nosso caso não somos um veículo “self-contained”, ou seja não levamos um banheiro conosco e as áreas de Freedom Camping para barracas são mais escassas ainda, principalmente na ilha sul. Por isso temos que nos programar bem para traçarmos nossa rota e não falirmos, hehehe, os preços dos campings variam de 8 NZD até 30 NZD por pessoa a depender do local. Neste dia acampamos em um camping anexo a um café e o valor foi de 12 NZD por pessoa, o lugar tinha uma vista bonita da região e ainda demos um mergulho em um rio ao lado (que água gelada!!!).
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Quando vc entra na água achando que sua @gopro hero5 seria a prova d’água e na verdade é só na propaganda. A solução foi mergulha-la no saco de arroz e esperar que os “pequenos chineses que vivem no arroz” consertem a câmera enquanto dormimos hehehehe…
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Yes Camping!.. but not exactly.. Então, como mencionamos anteriormente este é um exemplo do que tem se tornado mais comum no país, as áreas existentes de Freedom Camping têm se tornado cada vez mais restritas aos veículos que possuam banheiro, inclusive em áreas onde há banheiros, por mais paradoxal que isto pareça. Infelizmente para quem acampa com barraca como nós, fica cada vez mais difícil acampar de maneira livre em terras kiwis. Razões: – Excessivo número de camper vans e motor homes? – Turistas bagunceiros? – Lobby dos donos de campings e moteis? – Capitalismo selvagem? – Todas as alternativas? Na verdade não sabemos, mas foi algo que não esperávamos.
O clima neste dia estava um pouco nublado, mas como não choveu pudemos aproveitar bem o pedal e curtir muita natureza ao redor, na companhia dos amigos cicloviajantes Aluíno e Karina. No final da tarde chegamos a um local de camping que havíamos visto pelo GPS, próximo ao vilarejo de CHarleston, Jacks Gasthof Cafe and Camping.
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Bandeiras do Brasil tremulando juntas na West Coast. Chegamos a bela e esperada West Coast da ilha sul neo-zelandesa, mas infelizmente não tivemos tanta sorte com o clima, que ficou chuvoso e frio, formando uma neblina que cobria a maioria da paisagem praiana. Mas mesmo assim a Flavinha e Karina mantinham o sorriso no rosto, hehehe… já eu (Thiago) reclamava feito um velho hahaha… eu queria tanto o sol e calor de volta.
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Salvos pela feirinha. No sentido de Punakaiki estávamos com bastante fome, chovia e fazia frio e a cidade ainda estava longe, por sorte passamos por um lugar onde havia uma pequena feira ao lado da estrada todos os sábados e era sábado! Yupi! Paramos, nos escondemos da chuva e ainda conseguimos comprar um lanchinho para enganarmos a fome.
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Weka, a “galinha” ladrona de comida. Tem uma ave que é um tipo de galinha neo-zelandesa, muito curiosa e que adora roubar comidas dos turistas, pena que fomos descobrir isto tarde demais hehehe. Neste dia, junto com os amigos Aluino e Karina (@twobiketravel ) chegamos a uma área de camping e a idéia seria preparar Cuscuz para o jantar, eles deixaram a caixa do lado de fora enquanto montávamos acampamente e de repente a caixa sumiu e no meio dos arbustos era possível ouvir barulhos como de alguma coisa furando a caixa. A Karina pulou uma cerca e se meteu no meio do mato mas já era tarde demais, as Wekas tem um bico longo afiado e arrebentaram a caixa para comer todo o Cuscuz. Aprendemos mais uma lição em terras neo-zelandesas e jantamos arroz.
A “tenda”. Encontramos um camping por 10 NZD por pessoa após a cidade de Punakaiki. Boa parte dos campings no país são mais dedicados aos motor homes e camper vans do que barracas e algumas vezes se parecem apenas com grandes estacionamentos, sem árvores e com uma área gramada com mesas, como neste dia. Estava chovendo e no lugar não existia nada coberto, apenas um banheiro. Graças a lona que o casal do @twobiketravel leva, conseguimos improvisar uma tenda e ficarmos ali escondidos da chuva e conversando. O dono do camping apareceu mais tarde para cobrar e explicamos que uma área coberta seria interessante para os campistas que tem apenas a barraca, ele disse que iria pensar no assunto. Quando acampamos de maneira livre não damos muita importância, mas pagando 10 NZD por pessoa a situação muda.
Na cidade de Greymouth fomos recebidos pelo Mr MacDonald. Ele faz parte da comunidade warmshowers.org e já hospedou vários ciclo viajantes. Ele competiu em provas tipo Audax, mas atualmente se dedica mais a viajar em bicicletas recumbentes. Ele tem uma garagem na casa dele que é um pedaço do paraíso para qualquer cicloviajante, uma oficina completa de bicicletas. Ele nos presenteou com uma nova roldana que deixou o tensor de corrente super macio e silencioso. No começo ele estava mais tímido, mas depois que começamos a falar umas bobeiras ele ficou mais a vontade.
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Um até breve aos amigos cicloviajantes. Na cidade de Greymouth nos despedimos dos amigos Aluíno e Karina ( @twobiketravel ), com quem viajamos por alguns dias em terras neo zelandesas e podemos garantir que foi divertido viajar com estes dois. Eles são engraçados, divertidos e com uma energia muito boa. Muito obrigado meus amigos pela companhia e os bons ventos nos levem a revê-los. Eles seguem agora pelo Sudeste Asiático e nós ainda temos muito que conhecer por aqui antes de nossa partida rumo ao continente Norte Americano.
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O país tem algumas trilhas de bicicleta que passam por lugares muito bonitos, por vezes cênicos e em meio a natureza. O bom é que algumas destas trilhas nos conectam com lugares por onde queremos passar e é possível fazer com bicicletas com bagagem. Depois de Greymouth pegamos uma rota chamada Wilderness Trail e adoramos, além de ser uma rota exclusiva para bicicletas e caminhantes, ela passa em meio a natureza. Seguir por estas rotas deixam o caminho mais longo, mas vale a pena. Existe a possibilidade de acampar em lugares pré-estabelecidos pelo caminho (DOC camping ou campings privados), acampar de maneira selvagem é proibida em muitos pontos.
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DOC camping na Nova Zelandia. Como funcionam? Os campings do Departamento de Conservação da Nova Zelândia, são lugares oficiais do governo onde é possível acampar legalmente, inclusive com barracas. Os preços variam de 8 a 15 NZD por pessoa dependendo da localização e facilidades presentes. Normalmente buscamos os mais baratos, todos eles possuem banheiros, pias e não tem chuveiros. O pagamento conta com a honestidade dos usuários e é feito preenchendo uma ficha que é colocada junto com o dinheiro em uma urna de metal. Neste dia paramos em um DOC próximo a Wilderness Trail, chamado Goldsborough. Pagamos o total de 16 NZD e passamos uma noite bem tranquila por lá, no outro dia pela manhã ainda deixamos nossas coisas por lá e fomos fazer uma trilha enquanto nossa barraca secava. Durante a temporada, principalmente, os fiscais costumam aparecer para checar se as pessoas estão pagando, a fiscal veio no outro dia bem cedo e vimos um turista com sua família passando vergonha tentando explicar para a fiscal porque não havia pago, ele estava quase terminando de desmontar a barraca quando a fiscal chegou, mas não conseguiu escapar.
A natureza é exuberante na Nova Zelândia e na ilha sul, mais especificamente na região da West Coast ela é bem particular. A mata é fechada e com solo bem úmido. Tudo tem um verde vivo que recobre pedras, chão e cascas de árvores, cada plantinha com seus detalhes e beleza especial. Esta trilha fizemos na manhã antes de partirmos do Goldsborough DOC camping, já próximos a Hokitika.
“O cientista” Na cidade de Hokitika fomos hospedados pelo simpático e falante Sr Kevin. Ele é um cientista aposentado que durante sua juventude fez muitas trilhas ou “tramping” como chamam por aqui. Ele ficou todo contente em nos receber e nós também em conhecê-lo. Passamos 2 noites na casa dele, o suficiente para descansarmos, conhecermos a cidade, conversarmos bastante com ele e preparamos umas comidas gostosas. Ele gostava bastante de conversar e assunto não faltou, aprendemos desde assuntos políticos da Nova Zelândia até cabeamento digital submarino, hehehe…
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Alianças Neo-Zelandesas. Pounamu é o termo pelo qual são chamadas algumas rochas e minerais como jade nefrita, bowenite, e serpentinito. Duras e altamente valorizadas, são encontradas no sul da Nova Zelândia. Pounamu é termo na língua maori, a dos povos nativos do país. Essas rochas também são genericamente conhecidas como “greenstone”, em inglês neozelandês. Eu havia perdido minha primeira aliança logo no começo da viagem e substitui por outra e a Flavinha ainda tinha a mesma. Passando pela cidade de Hokitika decidimos levar um pedaço da Nova Zelândia conosco e nos demos de presente alianças novas, que sempre nos lembrarão de nossa passagem por aqui.
A cidade de Hokitika é pequena, mas interessante para visitar, com uma bela praia e um centrinho comercial bem aconchegante.
Saímos de Hokitika e seguimos por mais um trecho da Wilderness trail, passamos também pelo belo lago Mahinapua, onde fizemos uma pausa para investigar um barulhinho misterioso na bicicleta, que muitas vezes eu não descubro de onde vem e do nada ele some… acho que a “Minhoca” faz isso só de sacanagem.
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A tarde chegamos a um pequeno camping privado, Pukekura camping, montamos nossa barraca e aproveitamos a mesa de picnic para tentar saciar nossa fome infindável.
“O caçador” Próximo a pequena cidade de Hari Hari, fomos hospedados pelo simpático Sr Richard, que na ocasião estava na compania das suas filhas, com quem passeamos e a Flavinha jogou UNO com a caçula, hehehe. Ele é um caçador e conhece muito sobre a Nova Zelândia, nos contando muitas histórias sobre o país. Os animais que ele caça ele consome durante o ano todo, caçando apenas o necessário para a alimentação deles. Ele nos salvou de duas noites chuvosas permitindo que dormíssemos em um trailer que tem estacionado em sua propriedade. Ele vive em uma área rural muito bonita e nos levou para conhecermos um pouco mais a região e fazermos uma trilha em meio a natureza. Pudemos ver como é e entender um pouco melhor sobre o modo de vida interiorano na ilha sul do país. Ele tem uma visão não comercial do Freedom Camping na Nova Zelândia e foi interessante debater este tema com ele, aprendemos bastante nestes dois dias chuvosos que ficamos na boa companhia desta simpática família.
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Malabares. Richard, nosso anfitrião em Hari Hari, nos levou para conhecermos um amigo dele que vive de maneira bem simples e auto sustentável na zona rural. Chegando lá conhecemos também um senhor que faz malabares há muitos anos e tem muita habilidade. Passamos uma tarde divertida tentando aprender um pouco. Parece fácil olhando as pessoas jogando as bolinhas e pegando, mas quando fomos tentar percebemos que é difícil e requer muito treino. Imaginem este senhor que fazia com 5 ou 6 bolinhas ao mesmo tempo. A Flavinha aprendeu melhor que eu e gostou, depois disso quando acampamos ela procura umas pedras e fica treinando, hehehe… longe da barraca claro. Futuramente iríamos reencontrar este senhor da barba branca em outro local inusitado, prestem bem atenção nele…
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Koru (espiral). A folha jovem das “samambaias gigantes” enrolada em espiral, comum nas florestas da Nova Zelândia, é um símbolo muito importante para o povo Maori. Eles chamam de Koru e representa o início da vida, crescimento e harmonia. Esta volta ao mundo de bicicleta para nós tem uma conexão muito grande com esta simbologia, afinal ela nos transformou e ensinou muito, é como se nascessemos novamente com ela e por causa dela. Vamos voltar diferentes. Melhores? Não sabemos, mas diferentes com certeza.
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E assim as áreas de Freedom Camping foram diminuindo pelo país. Foto de um jornal de 2019, ilha sul da Nova Zelândia.
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A Nova Zelândia apresenta paisagens bonitas e muitas delas são montanhosas. Depois do vilarejo de Hari Hari, seguimos rumo a região dos glaciares mais famosos do país, Franz e Fox, mas claro que para chegar lá tem que subir, as estradas já começavam a mostrar o que nos esperava no horizonte.
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Azar. Durante a viagem o azar algumas vezes acontece e pode vir em maré, como foi por alguns dias na Nova Zelândia. O resumo dos acontecimentos foi o seguinte: gripe forte, entrou água na GoPro, a outra máquina fotográfica quebrou, quebrou o pedal da Flavinha ( e a única salvação no meio do nada foi um cara que nos explorou vendendo um pedal velho por 40 NZD), passei por cima do meu celular e furou o isolante inflável (muitos furos, tivemos que comprar um novo). Tudo isto no país mais caro de nossa viagem até agora. Mas o horário mais frio é logo antes do amanhecer e a maré de azar passou. Conversamos com outros viajantes a respeito e muitos tiveram estas marés turbulentas que se seguiram de calmaria depois, o segredo é treinar a paciência e resiliência que o mar acalma, sem abandonar o navio.
O “salvador do dia”. Tivemos um dia difícil e a tarde estávamos tristes e desanimados sentados em uma mesinha de picnic pensando se acamparíamos ou não por alí, o valor era de 15 NZD por pessoa (DOC camping). O pedal da Flavinha havia quebrado, eu tinha atropelado meu celular e brigamos feio, ou seja, estava aquele “climão”. Foi então que parou um carro ao nosso lado, um rapaz abriu o vidro, olhou para nós por alguns segundos e perguntou em inglês com sotaque norte americano: “Hey! Vocês querem um frango assado!?”. Eu respondi: “É sério!?”. Mal podíamos acreditar. Havíamos gastado 40 NZD para consertar o pedal da Flavinha e teríamos ainda que pagar pelo camping, ou seja, havíamos explodido o orçamento e a janta seria arroz com mais nada. O rapaz saiu todo contente e além do frango assado ainda nos deu uma garrafa de suco, mal podíamos acreditar. Ele tinha um ar tranquilo, simpático e um alto astral que nos contagiou, tudo isso somado a uma barriga cheia de frango assado, tranformou totalmente nosso final de dia. Agradecemos ele de coração, conversamos e ele se foi. Fomos até a “caixinha da honestidade” do DOC camping e pagamos os 30 NZD (Old MacDonalds DOC camping, Lake Mapourika), apesar de todos os gastos e perrengues conseguimos dormir com bom humor e descansarmos para um novo dia. É incrível como as vezes surgem estas pessoas certas nos momentos mais oportunos.
A costa oeste da ilha sul neo-zelandesa é uma das áreas mais turísticas do país, seja por suas montanhas, lagos, rios cristalinos, belas praias, glaciares, trilhas, etc… Portanto placas proibindo acampamento livre (freedom camping) estão por todas as partes para lembrar-nos de procurar um lugar para acampar legalmente. A pequena cidade de Franz fica aos pés de um dos maiores e mais famosos glaciares do país, o Franz Glacier. É super turística e com preços salgados. Ficamos no camping mais barato possível e pagamos 17 NZD por pessoa. Chegamos no horário do almoço, o camping ainda estava vazio e conseguimos um lugar bom. Montamos a barraca, deixamos a bicicleta e partimos para fazer a trilha do Glaciar, já que o dia estava lindo e é longo no verão por aqui, assim ficando somente uma noite por lá.
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Franz Josef, Nova Zelândia (A Patagônia da Oceania?). Para nós a Nova Zelândia várias vezes se assemelhou a Patagônia Sul Americana, principalmente a porção Chilena e a Tierra del Fuego. Conversei com um Chileno que viajava de camper van por aqui e ele achou a mesma coisa. Claro que estas regiões distintas tem suas particularidades, mas muitas vezes observamos paisagens que nos remeteram a Patagônia. A flora também se parece bastante, com muitas plantas em comum. As montanhas com picos nevados, os Glaciares, as áreas mais secas, as áreas úmidas com turbais, os rios com águas cristalinas, os lagos rodeados de montanhas e até o clima muitas vezes, com sua alternância abrupta e ventos fortes. Esta foto por exemplo foi tirada próximo ao Glaciar de Franz Josef, mas se eu falasse que foi tirada na Carretera Austral, creio que muitos que passaram por lá acreditariam.
O Glaciar Franz Josef / Kā Roimata ou Hine Hukatere é um glaciar marítimo temperado de 12 km de comprimento localizado no Parque Nacional Tai Poutini de Westland, na costa oeste da Ilha Sul da Nova Zelândia. Juntamente com a geleira Fox, a 20 km ao sul, e uma terceira geleira, que desce dos Alpes do Sul a menos de 300 metros acima do nível do mar. Fizemos nosso passeio até esta beleza neo-zelandesa vindos da pequenina cidade de Franz Josef, a custo zero. A trilha da cidade até a geleira tem cerca de 6 km e passamos por belas paisagens e em meio a natureza. O dia estava bonito e levamos uma tarde inteira para ir e voltar, gostamos bastante.
No caminho entre Fox Glacier e Haast encontramos duas cicloviajantes, elas viajavam sozinhas mas nos encontramos todos no topo de uma longa subida. Uma da Australia e a outra da Inglaterra, se divertindo desbravando a Nova Zelândia.
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Um é pouco, dois já está bom, três é demais… Sabe aquela preguiça de trocar raios? Eu tenho. Neste dia arrebentou 1, aí decidi continuar e escutei arrebentar outro, mesmo assim a preguiça estava grande e decidi não parar, mas na hora que arrebentou o terceiro não teve jeito.
Os terríveis “sand-flies”. A West Coast tem um cenário lindo e natureza incrível, mas tem um defeito, a presença destes “bichos” enviados diretamente do inferno para importunar os viajantes, principalmente durante os acampamentos. Eles são pequeninos e atacam em enxames, com uma picada doída que as vezes até sangra. Mas além deles encherem o saco, a picada demora um pouco para coçar e a vontade vem de madrugada, quando já estamos confortáveis em nossos sacos de dormir, haja malabarismo para coçar as canelas .
Acampamento gratuito!!! Finalmente, a primeira vez que acampamos de forma mais livre e gratuíta na Nova Zelândia chegou e adoramos. Próximo ao lago Paringa há uma fazenda se Salmões e continuando pela estradinha há uma área de Freedom Camping que aceita barracas. Mal podíamos acreditar quando vimos na plaquinha dizendo que poderia colocar barraca alí sem pagar, uma raridade na West Coast. Empurramos a bicicleta por uma pequena trilha para ficarmos o mais longe possível dos motor homes e camper vans, evitando a bagunça e barulheira de bateção de portas e aumentando nosso contato com a natureza. Foi ótimo, a Flavinha cozinhou um salmão que comprei na fazenda ao lado por um preço justo, colocamos a barraca em um cantinho bem aconchegante e ainda rolou aquele banho de rio (gelado) com águas cristalinas.
A mosquiteira nos salvando das terríveis “sand-flies” na West Coast da ilha sul Neo Zelandesa, durante nossas tardes de acampamento.
O solo cheio de vida das florestas na West Coast da ilha sul neo zelandesa. O clima e a umidade do solo culminam com a formação de uma rica trama de plantas que vai atapetando tudo em várias camadas que se sobrepõe com o passar do tempo e o resultado final algumas vezes é esse do vídeo, é como caminhar sobre um colchão.
Sentido Haast passamos por belas paisagens costeiras, entre elas uma área de aspecto geológico pitoresco, Ship Creek, com uma colônia de focas elefantes tomando sol na praia lá embaixo.
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Holiday park é como são chamados os campings mais estruturados do país, normalmente com boa cozinha, banheiros e áreas de entretenimento. Na alta temporada estão bem movimentados e os preços giram entre 15 a 25 NZD por pessoa, o que é caro para nosso orçamento, mas as vezes não temos outra saída, como neste dia por exemplo, nas proximidades da cidade de Haast.
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Brasileiros na estrada. A Nova Zelândia nos surpreendeu com um encontro inesperado na estrada. Pedalávamos tranquilos por uma estrada e vimos um cicloviajante se aproximando no sentido contrário, diminuímos o rítmo para comprimentá-lo e conversar e foi então que ouvímos ele nos chamar por nossos nomes. Neste momento conhecêmos pessoalmente o Antônio (@antoniocoutojr ), outro brasileiro que já estava há um bom tempo viajando também, com quem já conversávamos pela internet. Foi muito legal este encontro, trocamos várias dicas sobre o país e demos boas risadas. Bons ventos em suas novas empreitadas, grande abraço.
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Após o vilarejo de Haast, fomos sentido o Passo de Haast e decidimos parar em um camping logo antes de atravessá-lo. No caminho fomos margeando o belo Haast River, praticamente todo cercado, dificultando a aproximação. Por sorte, encontramos uma falha na cerca e conseguimos ir até próximo a margem para fazer um picnic.
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Poucos quilômetros antes de chegarmos ao Pleasant Flat DOC Camping completamos 26000 km e tiramos uma foto junto com um simpático cicloviajante Belga que conhecemos neste dia.
Pleasant Flat DOC camping, New Zealand. No nosso caminho antes do Haast Pass ficamos em um camping do Departamento de Conservação Neo Zealandes (DOC). O lugar era rodeado por muita natureza e as margens de um belo rio de águas cristalinas bem gelada (Rio Haast), no qual nos banhamos quando chegamos, o sol forte nos ajudou a enfrentar o frio das águas. O preço é de 8 NZD por pessoa e é depositado na “caixinha da honestidade”. O lugar tem banheiros limpos, água potável e uma área coberta em caso de mal tempo. Notamos alguns campista que utilizaram o lugar e saíram bem cedinho antes do fiscal chegar, para não pagarem. Ficamos um pouco tristes em ver isto, este tipo de lugar que aceita barracas está ficando cada vez mais raro na Nova Zelândia e a atitude de não pagar os DOC’s tem o risco de desestimular o governo em manter estes lugares.
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O casal de tchecos. Era final de tarde e eu estava com aquela vontade de tomar uma cervejinha, mas além de ser caro comprar cervejinha por aqui é difícil carregar as garrafinhas. Vimos uma moça passando pelos campistas e perguntando se alguém poderia trocar uma nota de 50 por menores para ela pagar o camping, nos lembramos de como foi difícil para nós trocarmos dinheiro uma vez que precisamos e prontamente a Flavinha gritou em inglês: “Nós trocamos pra você”. A moça veio toda feliz, conversou conosco, trocamos o dinheiro e ela se foi. Depois de alguns minutos ela voltou com seu namorado e mais duas garrafinhas de cerveja para nós de presente, adoramos claro. Foi então que conhecemos um simpático casal de tchecos que trabalham e viajam pela Nova Zelândia em sua Camper Van. Muito obrigado meus amigos! Nazdrave!!
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O cenário da Nova Zelândia enche os olhos e muitas vezes ficávamos admirados com as paisagens a nossa volta, principalmente na West Coast e região de Haast e Wanaka, na ilha sul do país.  Neste dia continuamos a caminho do Haast Pass e ao lado do Rio Haast, com belas paisagens ao redor.
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Mais um Schwalbe que não aguentou nossa pedalada bruta! Hehehe… Brincadeiras a parte, infelizmente apesar de toda a tecnologia e utilização por muitos cicloviajantes no mundo todo, não temos muita sorte com estes pneus. Já ouvimos relatos de outros cicloviajantes que também tiveram problemas com a parede lateral destes pneus. Este da foto é o modelo Mondial. Tive que jogar fora e colocar Marathon Plus que ganhamos de um amigo Francês. Ainda bem que o problema veio depois da longa subida do Haast Pass.
Boundary Creek DOC campground, Wanaka Lake, New Zealand. Este foi mais um DOC camping incrível de bonito na Nova Zelândia, o valor foi de 8 NZD por pessoa. Este local de camping fica as margens do belo Lago Wanaka, com suas águas cristalinas rodeadas por montanhas com picos nevados. Muitas pessoas no país gostam dos campings mais estruturados, que chamam de Holiday Park, com direito a muitas facilidades, mas nenhum deles tem as paisagens e natureza que alguns DOC Camping pelo país possuem. Este tipo de camping é bem mais simples e muito mais barato que os Holiday Park, e sem sombra de dúvidas são nossos preferidos no país, já que acampar livre com barraca nos lugares mais bonitos é praticamente impossível, além de proibido na maioria das vezes.
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Família cicloviajante. Era começo de tarde quando chegamos a um DOC camping às margens do lago Wanaka (Boundary Creek). Terminamos de montar nossa barraca e logo veio uma moça com seus filhos oferecer algumas maçãs, se tem uma coisa que nunca recusamos é comida e bebida. Aceitamos e agradecemos de coração, logo depois ganhamos mais alguns tomates de presente deles também. Conversa vai, conversa vem e descobrimos que eles são uma família de cicloviajantes Suiços e que estão por algum tempo viajando de carro pela Nova Zelândia enquanto a mãe se recupera de uma lesão no tornozelo. Eles contaram que estão morrendo de saudades de suas bicicletas e que viajar de carro não esta sendo a mesma coisa. Dentro de algumas semanas eles voltam para a Austrália para pegar as bicicletas e cair na estrada de novo com seus dois filhos. A América do Sul é o próximo destino desta simpática família de viajantes de bicicleta. “Que desfrutem amigos!”
No dia seguintes, desmontamos acampamento e seguimos sentido a cidade Wanaka, onde um amigo da Flavinha, lá da cidade natal dela e que no momento morava na Nova Zelândia, estava nos esperando. Neste percurso continuamos margeando o belo lago Wanaka e depois cruzamos para margear uma parte do também belo Lago Hawea.
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Viajar de bicicleta é para todas as idades. Aqui na foto temos 30, 40 e mais de 60 anos. Sem dúvida viajar de bicicleta de bicicleta atravessa as fronteiras políticas e dos padrões sociais, sendo possível em todas as faixas etárias. Durante uma longa subida conhecemos este simpático senhor inglês, que avançava bem com pedaladas fortes e um sorrisão no rosto se encantando com as paisagens ao redor. Paramos para fazer um picnic juntos e conversamos bastante. Já fazia 1 mês aproximadamente que ele percorria o país de bicicleta e depois retornaria para a Inglaterra, já pensando em sua próxima viagem.
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De Taubaté para o Mundo. Esta cidado do interior de São Paulo é uma grande exportadora de viajantes pelo mundo, incluindo a Flavinha, que é de lá. Na cidade de Wanaka encontramos mais um amistoso e hospitaleiro casal que é de lá, o Furby (Everton) e a Débora. Eles emprestaram o quintal dele para espetarmos nossa barraquinha por alguns dias, assim conseguimos conhecer melhor a cidade e descansarmos. Passeamos bastante com eles, demos boas risadas, conversamos, comemos comidas e churrascos que prepararam e compartilhamos cervejinhas, adoramos. Muito obrigado pelo acolhimento meus amigos.
Gostamos bastante de Wanaka, é uma linda e estruturada cidade, com belos parques e situada ao lado do enorme e lindo Lake Wanaka, adornado com montanhas nevadas ao redor. Um cenário de encher os olhos de belezas. A cidade é bem turísticas e os preços altos, como sempre mantivemos a rotina de frequentarmos os “restaurantes” que mais gostamos no país, o New World ou Countdown… (supermercados), hihihi. A cidade é movimentada tanto no verão quanto no inverno, devido as muitas trilhas de montanha ao redor, atividades outdoor e ski (inverno). A lagoa em Wanaka é cheia de pássaros, principalmente patos que já estão super acostumados com turistas. Nos sentamos para fazer picnic e em poucos minutos já estávamos rodeados por vários patinhos. A Flavinha ficou amiga de alguns deles e deu até nomes para os “mais chegados” hehehe.
Furo no isolante inflável. Compramos os isolantes inflávei no Vietnam, da marca Naturehike. O da Flavinha segue sem problemas, mas o meu todos os dias amanhecia murcho…e a cada dia piorava. Joguei água com sabão nele e logo pude perceber que haviam vários furinhos. Provavelmente algo estrutural, algum defeito mesmo, pois os vazamentos eram em áreas que não tocavam o chão. Tive que substituir por um novo e o mais barato que achei em Wanaka foi um da marca Coleman, por 50 NZD. Pensei em voltar para o bom e velho EVA dobrável, mas depois de 2 anos acordando com dores as vezes (eu durmo de lado) os infláveis são bem mais concortáveis para dormir.
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Apesar de tudo ser caro na Nova Zelândia, ainda existem alguns lugares que são verdadeiros paraísos da economia para os viajantes que gastam pouco. Na cidade de Wanaka, seguimos a dica sos nossos anfitriões e fomos conhecer um lugar que se chama “Wastebusters”. Aqui as pessoas trazem suas coisas usadas de todos os tipos e a galera revende bem baratinho. Comprei um pneu e um par de pedais por 10 NZD. Os “second-hand shops” no país são uma salvação.
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“Kiwilliam” foi o mais novo integrante do guidão da nossa bicicleta na época, fazendo compania para os mais antigos “Tartaruga Marina” (Brasil) e “Camilo Abdul” (Marrocos).
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A questão “Self-Contained”. Self-contained se refere a veículos que possuam uma privada e uma pia para suportarem até 3 dias de uso. Na época deste post a grande maioria dos lugares onde era permitido acampar legalmente na Nova Zelândia sem pagar estavam destinados a estes veículos, os cicloviajantes e caminhantes andavam um pouco esquecidos por estes lados…ou não eram tão interessantes para o comércio turístico local??… Neste dia passamos por um Freedom Camping site somente para self-contained vehicles e aquilo ali ao fundo, aquela casinha é um banheiro bem arrumadinho…ou seja, a falta de banheiro não deveria ser um motivo para proibir barracas neste lugar. Bom, utilizamos o banheiro e seguimos viagem.
Para encontrar lugares de acampamento na Nova Zelândia a melhor maneira foi utilizar os aplicativos para smartphone. O que mais gostamos foi o Camper Mate. Depois de uma tarde pedalando em um sobe e desce entre algumas montanhas cheias flores selvagens e lavandas, encontramos um lugar onde era possível acampar com barraca antes do Passo de Lindiss (uma subidona que preferimos deixar para o dia seguinte). Normalmente os lugares de camping gratuíto são um pouco fora das rotas mais movimentadas e neste dia não foi diferente. Fizemos um desvio de uns 6 km , mas valeu a pena, o lugar era bem tranquilo com quase nenhum turista (apenas 3 camper vans a noite) e muita natureza ao redor com direito a banho de rio, do jeito que gostamos 😊. Lá havia um banheiro simples, mais do que suficiente para nós.
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Acordamos cedo e pedalamos sentido ao Lindis Pass. Após aquela canseira da subida veio a felicidade que será seguida de uma descida com 32km.
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Após o passo a paisagem foi ficando cada vez mais diferente da Costa oeste, a Costa Leste e porção central da Ilha Sul é mais seca, as paisagens ficaram com tom amarelado, continuando lindas claro. Naquela época do ano, verão, o risco de incêndio era alto, o ar durante o Verão fica mais seco e há áreas com bastante vento, uma bituca acesa nesta pastagem seca pode se transformar em uma queimada devastadora.
Ahuriri Bridge Freedom Campsite. Para nossa felicidade neste dia, logo depois da cidade de Omarama havia uma área de camping livre que aceitava barracas. Bonita paisagem ao redor, encontramos um lugar afastado das muitas camper vans barulhentas, tomamos um banho de rio e os banheiros estavam limpos… perfeito!
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Paradinha para picnic e filtrar água. A água na Nova Zelândia na maioria dos lugares é segura para beber, mas depois de tantas caganeiras na Ásia Central ficamos traumatizados e até aqui filtramos a água, principalmente dos rios quando pegamos água pelo caminho. O filtro facilita a vida. No país sempre tem mesas de picnic próximo as estradas e nestas paradas aproveitamos para comer e filtrar água.
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Passamos por alguns rios aqui na Nova Zelândia que parecia que jogaram tinta azul na água, como este da foto: Lake Ruataniwha.
Lake Poaka Freedom Campsite. Nossa maré de areas de camping livre para barracas estava boa e encontramos mais um lugar após a cidade de Twizel. As margens de uma lagoa cheia de aves (Lake Poaka) havia uma enorme área para acampar rodeada de muita natureza e mais uma vez conseguimos acampar longe da galera barulhenta e acordamos com os sons dos pássaros. Gostamos do lugar e como estávamos com estoque de comida, ficamos por dois dias. Nadamos no rio, descansamos, ficamos amigos dos patos e observamos muitas aves. O cenário ao redor com muitas montanhas também dava um charme especial à paisagem.
Novo método de deixar a louça limpinha durante os acampamentos livres, só tem que tomar cuidado com os dedos hehehehe.
O belo e azul Lake Pukaki. Uma pena não ser possível acampar com barraca de forma legal as suas margens, somente veículos self-contained podem, mesmo em áreas onde há banheiros. Mas pedalar ao redor dele com este visual já nos deixou bem felizes, acampar seria a cereja do bolo, mas não se pode ter tudo né hehehe…
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Uma estrada somente para nós. Como não encontramos um lugar onde fosse permitido acampar com barraca ao redor do lago Pukaki, decidimos continuar sentido ao lago Tekapo e vimos que havia uma rota exclusiva para bicicletas e pedestres. É uma estrada que margeia um canal de águas azuladas (Tekapo Canal). Pedalamos por muitos quilômetros sem cruzar ninguém e de forma tranquila apesar do vento lateral e frontal.
Pattersons Ponds Campground. Estávamos cansados e chegamos próximos a uma área de camping onde havia uma placa dizendo que podia acampar com barraca por alí, mas não sabíamos que a placa era antiga hehehe. O lugar era lindo e já montamos nossa barraca e tomamos aquele banho de rio nas águas cristalinas e geladas. Trocamos se roupa e então chegou um Ranger. Muito educado ele se aproximou e explicou que aquele lugar era somente para veículos self-contained apesar de haver banheiro no local e não era permitido acampar com barracas alí, mas para nossa alegria ele disse que como estávamos de bicicleta ele iria deixar a gente acampar ali desde que não lavássemos nossa louça no rio (já não fazemos isso mesmo). Como ele era um cara simpático, aproveitei para conversar sobre esta questão de estar cada vez mais difícil encontrar um lugar de freedom camping para barracas no país, ele entendeu a dificuldade para os que viajam de bicicleta e a pé e nos indicou uma área para acamparmos no dia seguinte, da qual ele também era responsável e mesmo sendo outra área apenas para self-contained (mesmo com banheiros no local), ele nos deixaria acampar lá também, perfeito! Agradecemos, nos despedimos e ele se foi. Aproveitei para alinhar a roda traseira da bicicleta e eis que um dos campistas se aproxima e se oferece para me ajudar e ele era mecânico de bicicletas. Foi muita sorte neste dia.
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No dia seguindo conseguimos visualizar o belo Mount Cook / Aoraki no caminho, a montanha mais alta da Nova Zelândia, com 3,724 m de altitude.
Viajantes amigos. Seguimos o conselho do Ranger do dia anterior e seguimos até a área de Freedom Camping que ele indicou, às margens do lago Opuha. Este não era dos lagos mais bonitos do país, mas as pessoas que conhecemos lá eram lindas. Quando chegamos havia um motor home e um “ônibus home” parados. Eles logo nos convidaram para um café e claro que aceitamos um cafézinho depois de um dia de pedaladas. Conhecemos então dois simpáticos e divertidos casais de neo-zelandeses, já aposentados e que viajam pelo país de maneira super animada e positiva. Muito obrigado amigos pelo café, bolo, conversa divertida e água fresquinha.
Passado o relevo montanhoso da porção central da ilha sul neo-zelandesa, chegou a hora daquela descida delícia que nos levará a uma grande planície na região de Christchurch.
Woodbury, New Zealand. Encontramos uma área de camping que aceitava barraca e com preço em conta (5 NZD por pessoa, caixinha de doação). O local ficava depois da cidade de Geraldine em uma pequenina e tranquila cidade chamada Woodbury. Chegando lá o gramado era ótimo, os banheiros limpinhos, havia água e o melhor: nossos 4 novos amigos do dia anterior estavam lá. Montamos nossa barraquinha e passamos um final de tarde com eles fazendo churrasco e conversando bastante. Quando contamos nosso roteiro do dia seguinte, o Sr Nugget e Sra Kathy nos convidaram para ficar na casa deles em Ashburton, que estava a cerca de 60 km dalí, normalmente a quilometragem média que fazemos por aqui. Perfeito!
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Saindo de Woodbury decidimos seguir por estradinhas menores e rurais, alguns trechos nos lembraram a Pamir Highway.
Hospitalidade Neo-Zelandesa. Na cidade de Ashburton fomos recebidos pelo simpático e divertido casal Nugget e Kathy, que conhecemos 2 dias antes em um lugar onde acampamos. Fomos recebidos com sorrisos, café, bolo, hospitalidade, boa conversa, cama confortável e banho quente. Eles ainda nos levaram para passear de carro nos arredores da cidade e nos contaram muitas coisas sobre a Nova Zelândia e suas vidas. Foi uma troca muito interessante de experiências. Muito obrigado pelo acolhimento.
Logo antes de Christchurch paramos na cidade de Lincoln e fomos hospedados por um simpático e hospitaleiro casal. A Beverley e o Ross nos receberam de maneira muito acolhedora e mesmo ficando apenas por uma noite lá foi muito bom e nos sentimos muito a vontade. A Beverley tem o espírito da viajante e fala com paixão e entusiasmo de suas viagens, o Ross é um cientista botânico bem humorado, que nos ensinou muito sobre o clima e peculiaridades do país. Quando entrei na casa e vi vários microscópios me lembrei de minha profissão com saudades ( Eu, Thiago, sou patologista). A Flavinha se encantou com um coelhão de estimação que eles tem por lá e se lembrou com saudades dos coelhos de estimação que tínhamos no Brasil.
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Pensamos que seria estressante entrar pedalando em Christchurch, afinal é a maior cidade da ilha sul da Nova Zelândia. Mas fomos surpreendidos por uma rede de ciclovias que deixou tudo tranquilo e fez nossa entrada em uma cidade grande se tornar um passeio onde pudemos aproveitar bastante o caminho.
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A tandem é brutal quando a corrente enrosca, ela abre com a facilidade de abrir uma cervejinha . Isto aconteceu já na periferia de Christchurch, paramos e em uns 15 minutos, trocamos o elo torto.
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Pessoas queridas. O que mais nos marca na nossa viagem são as pessoas que cruzam nossos caminhos, muitas delas muito queridas e das quais ficamos com saudades quando vamos embora (dizer tchau tantas vezes não é legal). Em Christchurch aconteceu novamente e fomos hospedados por um casal de brasileiros hospitaleiros, divertidos e gente boa demais, a Sheila e o André. Eles nos levaram para passear em praias e lugares que com certeza não iríamos de bicicleta e mesmo trabalhando muito chegavam super animados em casa e com alguma programação para o final do dia. Durante o dia descansamos, saímos para conhecer a cidade e fomos nos restaurantes que mais frequentamos na Nova Zelândia, os supermercados hehehehe. Ficamos alguns dias hospedados na casa deles e fomos embora em uma manhã quando eles já haviam saído cedinho pra trabalhar, quando olhamos para trás e fechamos o portão já bateu saudades destes dois.
Diferentemente de outras cidades grandes por onde passamos em nossa viagem, Christchurch tem um estilo bem tranquilo e pacato. É uma cidade fácil de se locomover a pé ou de bicicleta, com um trânsito sem aquele ritmo frenético. A cidade tem um centro antigo ainda em reconstrução devido ao último grande terremoto, apresenta bastante arte de rua e poucos prédios. Christchurch (maori: Ōtautahi) é a maior cidade da Ilha do Sul da Nova Zelândia e a sede da região de Canterbury. A área urbana de Christchurch fica na costa leste da Ilha do Sul, ao norte da Península de Banks. É o lar de 404 500 pessoas, o que a torna a terceira cidade mais populosa do país, atrás de Auckland e Wellington. No dia 22 de fevereiro de 2011 um terremoto de 6,3 na Escala Richter atingiu a cidade, provocando 159 mortos e várias centenas de desaparecidos. No dia 13 de novembro de 2016 um terremoto de 7,8 na Escala Richter, com seu epicentro a 91km, atingiu a cidade. Mas ela tem sobrevivido e se reconstruído bravamente.
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Nós gostamos de tomar uma cervejinha gelada as vezes pra relaxar durante a viagem, mas  na Nova Zelândia fizemos isso menos pois é caro, mas de vez em quando, principalmente quando hospedados por amigos conseguimos comprar algumas para comemorar os bons momentos da viagem. Nossos amigos e anfitriões André e Sheila nos levaram de carro para passarmos a tarde em uma praia na qual provavelmente não iríamos de bicicleta (primeiro por que nem sabíamos que existia e segundo pois há um monte de morros a vencer até chegar lá). Taylors bay é frequentada predominantemente por locais e é uma bela praia escondida em uma baía rodeada por montanhas. Um brinde as belas paisagens neo-zelandesas e as novas amizades! Cheers!
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Christchurch apresenta uma rede de ciclovias muito boa, a cidade é toda pensada no que diz respeito a mobilidade urbana e adoramos isto 😊.
A nossa saída de Christchurch sentido norte foi tranquila e seguimos por ciclovias. As garrafinhas balançam mas não caem.
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A Nova Zelândia apresenta muitas áreas pensadas para os turistas, infraestruturalmente o que mais gostamos e utilizamos são as áreas de picnics e os banheiros públicos, os oásis dos cicloviajantes.
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Olhamos pelo GPS que haveria um Camping a cerca de 40 km de Christchurch, com preço mais amigável ( cerca de 5 NZD por pessoa) em uma praia chamada Amberley Beach. Fomos até lá e o lugar era bom para acampar, com bastante área verde para colocar barracas, banheiros limpos e ao lado de uma praia bem bonita, só não conseguimos aproveitar a praia porque o vento estava muito forte neste dia.
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Vimos muitos destes pássaros em vários lugares no país, em ambas as ilhas. Eles tem um canto diferente, bonito e que por vezes parece feito por algo eletrônico. Gostamos de acampar ouvindo eles cantando no final da tarde e começo das manhãs. Felizmente estamos passando por aqui fora da temporada de ninhos deles, quando eles se tornam agressivos e podem atacar. A pega australiana é uma ave passeriforme de tamanho médio em preto e branco, nativa da Austrália e do sul da Nova Guiné. Membros de dois grupos de subespécies, magpies com dorso negro e dorso branco, foram introduzidos na Nova Zelândia para controlar pragas em pastagens, mas se tornaram uma espécie invasora. Os pássaros podem ser agressivos e geralmente atacam seres humanos e ocasionalmente pássaros nativos. Os ciclistas também podem ser atacados, especialmente durante a época de nidificação do pássaro.
O acampamento animado. Chegamos em uma área de acampamento próximo ao vilarejo de Greta Valley e para nossa surpresa estava rolando um encontro de uma turma de uma galera já na casa dos 60 anos, muito animados e com direito a música ao vivo. Acampar em um lugar onde vai haver um show de música pode não representar uma noite tranquila, mas decidimos entrar no clima e foi bem divertido. Haviam muitas pessoas por lá acampando, todos felizes e animados. Depois de uma ducha quente fomos curtir boa música rock e a festa continuou noite a dentro com todos dançando e curtindo outras músicas, lá pelas 22:30 várias pessoas estavam com luzes dançando e brincando enquanto uma banda tocava. Reparem bem nas fotos e vão ver um senhor barbudo fazendo malabares, já citamos ele anteriormente. Lembram dele?? O sono chegou e decidimos ir para a barraca. Para nossa surpresa lá pela meia noite e meia a música parou e ficou o maior silêncio por lá, tivemos uma noite bem tranquila. No outro dia pela manhã demos boas risadas na barraca lembrando as figuras que conhecemos neste lugar e suas performances durantes as músicas, tipo um mini Woodstock versão Kiwi… hehehe
A noite mais silenciosa da Nova Zelândia. Os campings durante a temporada na ilha sul da Nova Zelândia são bem cheios e até tumultuados as vezes, o que significa uma noite de sono barulhenta. Mas neste dia fomos surpreendidos. Chegamos a um micro vilarejo chamado Hawkeswood e o único lugar que encontramos para acampar foi em uma fazenda camping chamada Staging Post. O preço foi de 18 NZD por pessoa, caro para nosso orçamento. Havia piscina, boa cozinha, banheiros bons, mas isso não faz muita diferença para nós e quando podemos preferimos ficar em lugares mais econômicos. Mas não havia outra opção por perto e os donos foram tão simpáticos e gentis que decidimos ficar e no final das contas foi muito bom. Éramos os únicos hóspedes, pulamos na piscina, usamos a cozinha e tivemos a noite mais silenciosa e tranquila de todas… ouvindo apenas os sons da natureza, sem campervans ou motor homes batendo portas, sem sons de estradas, sem barulho de trem, sem pessoas… foi maravilhoso, estávamos sentindo muita falta de acampar desta maneira.
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Apesar do dia quente e ensolarado, as vezes as noites são frias e úmidas e as roupas que deixamos (esquecemos) secando no varal estão molhadas na manhã seguinte, mas se tem uma cerca e um sol forte pela manhã, este problema logo se resolve enquanto tomamos café antes de partir.
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Mesmo os trechos costeiros da Nova Zelândia podem ser montanhosos. Na última longa subida antes da cidade de Kaikoura, os nossos amigos Felippe e Mariana ( @pedaispelomundo ) passaram pela gente na estrada e ofereceram carona até lá, onde havíamos combinado de passar dois dias juntos. Aceitamos felizes da vida, hehehe. Obrigado amigos.
Reunião de amigos. Na cidade de Kaikoura tivemos a felicidade de passarmos dois dias com nossos amigos Felippe e Mariana (@pedaispelomundo ). Esta foi a segunda vez que encontramos com eles na Nova Zelândia. Eles nos convidaram para acamparmos juntos e foi super divertido. No lugar havia uma área comum com cozinha super aconchegante. Preparamos comidas juntos, conversamos muito, rimos bastante, ouvimos o dono da propriedade tocar violão e discutimos futuros percursos de nossas viagens. . Adoramos reencontrar amigos e cicloviajantes pelos caminhos, com muitas coisas em comum, a conexão é muito boa.
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Kaikoura é uma pequena e bela cidade na costa oriental da Ilha Sul da Nova Zelândia, situada 180 km a norte de Christchurch. De acordo com o censo de 2001 a sua população residente era constituída por 2 104 pessoas. É também um dos locais mais acessíveis no mundo para a observação de aves de mar aberto como os albatrozes. Gostamos da cidade, ela tem uma paisagem costeira muito bonita, uma trilha legal de fazer em sua península e apresenta boa infra-estrutura. Valeu a pena conhecer e passear por lá.
Uma bela trilha. A península de Kaikoura apresenta uma trilha que percorre sua área costeira. Fomos com nossos amigos Felippe e Mariana (@pedaispelomundo ) e ficamos encantados com a natureza, fauna e flora. A água do mar tem um tom azulado e em combinação com o relevo rochoso de um passado vulcânico, formam uma combinação perfeita. Quando estamos no dia de descanso do pedal, algumas vezes costumamos fazer caminhadas ou trilhas, assim trabalhamos uma musculatura diferente em nossas pernas também.
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Uma foto que representa bem a Nova Zelândia, uma bela praia ao fundo e uma campervan. A pintura da van retrata o Kokako, pássaro nativo, atualmente presente apenas na ilha norte.
Saímos da cidade de Kaikoura e continuamos sentido norte pelas estradas litorâneas, apesar to tráfego um pouco mais intenso, foi tranquilo pedalar por lá e as belas paisagens de praias ao lado deixavam tudo mais gostoso. Nesta região tem bastante vida marinha e algumas vezes vimos colônias de focas e leões marinhos.
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Paradas para apreciar a vida marinha. Nas praias da região noroeste da ilha sul neo zelandesa há muita vida marinha tomando sol, principalmente nas áreas mais rochosas. Era bem divertido parar para tomar um cafezinho ou descansar e ficar observando as colônias de focas pegando um bronzeado e tirando uma soneca.
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O lugar no mundo em que mais vimos a galera viajando de fat-bike foi na Nova Zelândia. Tiramos esta foto próximos a praia de Okiwi, na costa noroeste da ilha sul. Um casal de holandeses estava viajando com estas belezuras, bem robustas e equipadas.
Okiwi bay freedom campsite. A rodovia 1 , que segue pelo litoral leste da ilha sul, apresentava muitas áreas em reconstrução devido aos terremotos anteriores e por isso algumas áreas antigas de camping livre não existem mais. Esta área descobrimos usando o nosso gps (Osmand) e como ela não estava nos aplicativos que a maioria das pessoas utilizam para encontrar estes lugares, no final da tarde estávamos apenas nós e mais umas 3 ou 4 campervans. Conseguimos um lugar bem tranquilo para colocarmos nossa barraca e nossas redes para relaxarmos.
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A caminho da ponta norte da Ilha Sul, seguimos por boa parte do tempo margeando praias de águas azuladas (Clarence, costa nordeste da ilha Sul, Nova Zelândia)
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Religião na Nova Zelândia. De acordo com o censo da Nova Zelândia em 2013, 47,65% dos neozelandeses são cristãos; 12,6% são católicos, 11,8% são anglicanos, 8,5% são presbiterianos e 7,3% pertencem a alguma outra denominação do cristianismo. 41,9% registraram que não se identificam com uma religião e 6,32% pertencem a alguma outra religião, como o Islã, o Hinduísmo ou o Judaísmo. Muitos britânicos que se estabeleceram na Nova Zelândia no século 19 chegaram com a intenção de estabelecer missões cristãs. Eles queriam converter os britânicos sem lei que chegaram da colônia penal australiana, bem como os tribais maori. Como a cultura maori é politeísta, aceitou com facilidade um novo Deus para se misturar com suas práticas, resultando em quase todos os maori adotando alguns princípios ou entendimentos cristãos. Isso fazia parte de um esquema de missão maior em todo o Oceano Pacífico; portanto, a maioria das ilhas do Pacífico na Nova Zelândia que migraram das ilhas vizinhas também são crentes muito fortes na fé cristã.
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Nosso outro pneu Schwalbe Mondial começou a rasgar próximo ao aro e chegou a hora de fazer mais um remendo “bonito”. Calibramos ele de acordo com as especificações do fabricante, mas mesmo assim em alguns deles temos este tipo de problema.
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Lake Elterwater Freedom Campsite. Chegamos a tarde em uma área de camping livre que havíamos visto no aplicativo de celular. Lá haviam banheiros e conseguimos uma área gramada para colocar nossa barraca. No final da tarde chegou uma ranger, muito educadamente, ela nos explicou que não era mais permitido acampar com barraca por alí. Contamos que seguimos o aplicativo e que estava tarde para irmos procurar outro lugar e que haviam banheiros. Ela nos deixou ficar mas explicou que não querem mais barracas pois o local é muito próximo da rodovia e pode ser perigoso. E assim os lugares para acampamento livre com barracas no país vão ficando mais raros com o passar dos anos.
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Vinhos neo zelandeses. Não somos muito entendidos no assunto, mas alguns dias tomamos vinhos kiwis e gostamos bastante, além dos preços, mesmo os vinhos mais baratos tem boa qualidade. Sentido a cidade de Blenheim passamos por alguns vales e colinas cheias de parreiras e vinículas, esta região da ilha sul apresenta grande produção vinícula.
Hospitalidade brasileira. A comunidade brasileira na Nova Zelândia é numerosa. Alguns vêm trabalhar por um tempo, outros estudar e já conhecemos alguns com residência morando há anos no país. Fomos ajudados e hospedados por muitos durante nossa viagem no país, é uma comunidade acolhedora e hospitaleira. Não tínhamos conseguido um lugar para ficar na cidade de Blenheim, até que através das mídias sociais fomos contactados pelo Alexandre, que entrou em contato com outra brasileira, a Sandra, que se propôs a nos ajudar. Chegamos em Blenheim e fomos acolhidos por esta galera. A Sandra e seu Marido, Johnny (Colombiano) deixaram a gente ficar 3 noites em um trailer estacionado em seu quintal. Além disso papeamos bastante, tomamos umas cervejinhas e passeamos pela cidade com eles. A conexão com as pessoas é que faz a nossa viagem especial. Muito obrigado pelo acolhimento e solidariedade.
A cidade de Blenheim é pequenina, mas como ficamos 3 dias por lá descansando e matando um pouco de tempo antes de irmos a Picton pegarmos nosso ferry-boat para a ilha norte, aproveitamos para dar umas voltas e conhecermos um pequeno museu local.
O caminho até a cidade de Picton foi curto e relativamente plano, chegamos na cidade  um dia antes de nosso ferry para a ilha norte. A única opção foi ficarmos em um Holiday Park, cujo preço para nosso orçamento é salgado (20 nzd por pessoa), o lugar estava bem cheio pois a cidade tem bastante movimento de turistas devido ao ferry boat.
Picton é uma pequena e charmosa cidade praiana na ponta norte da ilha sul e abriga um dos portos mais importantes da Nova Zelândia, fazendo uma das principais conexões entre as ilhas sul e norte através de Ferry-boats. Aproveitamos a tarde anterior ao ferry para dar uma volta no centrinho da cidade.
  O ferry boat entre as ilhas sul e norte. Na cidade de Picton pegamos um ferry boat que conecta as duas ilhas neo-zelandesas. Fizemos a reserva alguns dias antes pela internet e pagamos 120 NZD para os dois incluindo a bicicleta. O trajeto leva cerca de 2 horas e meia e é feito em uma embarcação super confortável e que passa por belas paisagens pelo Estreito de Cook. A bicicleta não vai junto com os carros, levamos ela até a parte mais baixa da embarcação, onde os trens deixam alguns vagões com containers, achamos muito legal, é cheio de trilhos o compartimento de carga mais baixo do ferry boat. Amarramos ela em uma das paredes e subimos para o compartimento de passageiros para curtir a viagem. O tempo estava um pouco chuvoso, mas mesmo assim achamos tudo muito bonito.
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E assim nos despedimos da ilha sul da Nova Zelândia, com belas florestas, enfeitadas já pela coloração de Outono que se aproximava, recobrindo as encostas do estreito de Cook. A ilha sul sem sombra de dúvidas apresenta uma natureza e paisagens muito lindas, um clima mais adverso e regiões menos habitadas. Do outro lado do estreito a ilha norte nos esperava cheia de aventuras e nos surpreenderia, não esperávamos que as ilhas fossem tão diferentes entre si em vários aspectos, mas este trecho ficará para o próximo post.
Parte 2 , Ilha Norte ->
Nova Zelândia de bicicleta, parte 1 – Ilha Sul. Um país de belas paisagens, rios cristalinos, fauna e flora peculiares e o playground das camper vans e motor homes. (For other languages, please use the internet or browser translator) Depois do Sudeste Asiático voamos para um novo continente, a Oceania. Havíamos pensado em visitar a Australia, inclusive a Tasmânia e posteriormente a Nova Zelândia, porém acabamos mudando de ideia com o passar da viagem.
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A Malásia foi nosso último país do Sudeste Asiático antes de voarmos pra outro continente, mais especificamente para a Nova Zelândia, na Oceania. Sabíamos muito pouco sobre o país antes de chegarmos por lá. Como já havíamos passado por muitos países islâmicos, já tínhamos alguma ideia de como seria este ponto por lá, mas todo o restante foi surpreendente, a diversidade cultural e religiosa, belas praias, comida saborosa e um povo muito hospitaleiro e bem humorado.
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Pedalamos cerca de 480 km pelo país (40 km na ilha de Langkawi + 60 km na ilha de Penang e 380 km no continente) e outros 100 km percorremos de ferry boat, vindos da Tailândia e desembarcando na ilha de Langkawi. Nosso destino final foi a capital Kuala Lumpur, onde pegamos um vôo para a Nova Zelândia no final de Dezembro de 2019. Pedalamos  pela costa oeste.
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Seguimos as dicas de outros cicloviajantes e ao invés de entrarmos por terra na Malasia, entramos pelo mar, chegando primeiramente na ilha de Langkawi. Foi uma boa opção, a ilha é muito bonita e vale a pena visitar. A Tailândia foi o país no qual ficamos por mais tempo no sudeste asiático e tivemos muitas experiências incríveis, saímos com um gostinho de saudades. A aduana Tailandesa fica no porto de Satun e a Malaia no porto da ilha de Langkawi.
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Na ilha de Langkawi, seguimos até um pequeno resort próximo a praia de Tanjung e que segundo os amigos cicloviajantes Pierre e Larissa, que já estavam por lá, era possível acampar. Acampamos por 3 noites alí em uma praia bem tranquila, em uma área gramada de um resort, pagando cerca de 2,5 usd por dia por pessoa. Ficaríamos 2 noites inicialmente, mas como fomos convidados para um churrasco de uma família que já estava no camping, decidimos ficar uma noitr a mais…. se tem uma coisa que aprendemos ciclo viajando é “nunca dizer não para comida” hehehe.
Este foi nosso primeiro contato com as praias Malaias e já gostamos. A ida a ilha de Langkawi valeu a pena. É tranquilo se locomover de bicicleta por lá e as praias são bonitas e limpas. A ilha é uma espécie de zona “tax free e o preço da cerveja e chocolates estavam ótimos por lá…o verdadeiro paraíso hehehe. Estávamos na companhia do casal Pierre e Larissa, com quem combinamos uma estadia juntos em um AirBnb na capital Kuala Lumpur, alguns dias adiante.
Hospitalidade malaia. Na ilha de Langkawi fomos convidados para um churrascão por uma família malaia pra lá de divertida. Eles ofereceram tanta comida que nos próximos dias ainda continuamos comendo as marmitas que levamos. Eles falavam inglês fluentemente, o que ajudou bastante a conversamos sobre vários temas no que diz respeito a Malasia, tiramos várias dúvidas, aprendemos muitas coisas, comemos como se não houvesse amanhã e demos várias risadas. Mais um momento de incrível hospitalidade e acolhimento em nossa viagem. Terima kasih !!
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Tínhamos 2 opções depois da Ilha de Langkawi: voltarmos para o continente com um ferry até Kuala Perlis (viagem curta) e depois descermos pelo litoral até próximos a ilha de Penang, que queríamos muito visitar, e então pegar um ferry curto lá até esta ilha ou pegarmos um ferry de longa duração direto até Penang. O ferry longo seria mais caro, porém o trecho de continente entre Kuala Perlis e Penang não apresentava praias interessantes ou algo assim e fazendo as contas do que gastaríamos a diferença entre as duas opções seria pequena no final das contas  decidimos pegar o ferry direto para Penang, que ficou aproximadamente 43 USD para os dois incluindo a bicicleta. A viagem durou cerca de 3 horas e como o dia era de bastante vento, balançou bastante e ficamos enjoados, na hora de colocar a bicicleta no barco um dos ciclocomputadores caiu no mar… mas de resto tudo correu muito bem.
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Cultura e religião indiana na Malasia. Na ilha de Penang foi o lugar em que tivemos maior contato com a cultura e religião indianas na Malasia, dependendo do do bairro por onde passávamos logo depois que descemos do ferry boat, parecia que havíamos desembarcado na India. A colônia indiana é numerosa na ilha e em muitas áreas estão presentes seus templos e seus comércios cheios do colorido especial de sua cultura. Achamos tudo muito interessante. Na foto vemos a representação de Ganesha, na parede de um destes templos. De acordo com a mitologia hindu, Ganesha é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e considerado um dos deuses mais importantes desta cultura. É adorado principalmente entre os homens de negócio e mercadores, devido ao fato de estar relacionado com a boa fortuna e sabedoria. Caracteristicamente, Ganesha é descrito como uma figura amarela ou vermelha, com cabeça de elefante e corpo de ser humano, com uma grande barriga, quatro braços, apenas uma presa e montado sobre um rato. Atualmente a população de origem indiana perfaz cerca de 7% da população Malaia, ou seja aproximadamente 2 milhões de pessoas. O grupo é formado por pessoas de ascendência indiana – particularmente indianos tâmil – que nasceram ou imigraram para a Malásia. A maioria é descendente daqueles que migraram da Índia durante a colonização britânica da Malásia.
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O paraíso dos cicloviajantes. Na ilha de Penang existe um anfitrião pelo warmshowers.org que recebe cicloviajantes em um lugar muito especial. O Adrian juntamente com seus amigos ciclistas reformaram uma casa de campo na porção oeste da ilha, onde hoje funciona um Guest House, que além dos tradicionais também recebe cicloviajantes e viajantes que buscam trabalhos voluntários através das plataformas Workaway e Helpex. O lugar é muito aconchegante e com uma atmosfera de viajantes. A decoração é peculiar e com um toque especial de vários viajantes que já passaram por lá. O Adrian foi muito receptivo e hospitaleiro e pudemos ficar bem tranquilos ali, descansamos, aproveitamos a natureza ao redor, ajudamos com a limpeza da casa, jardinagem e este foi nossa base de apoio por alguns dias enquanto durante o dia fomos passear em George Town. Muito obrigado Adrian por criar um lugar tão especial e receber de braços abertos tantos viajantes do mundo todo.
Encontro de ciclo viajantes.  Em George Town, na companhia dos amigos Pierre e Larissa, tivemos a felicidade de conhecer outro casal de cicloviajantes, os brasileiros Joyce e Fábio (@girandoomundo_ ). Eles já estão a um bom tempo no sudeste asiático e conhecem muito bem a região. Passeamos pela cidade, conversamos bastante, demos muitas risadas e conhecemos lugares muito interessantes graças a eles. Foi um dia todo muito divertido e intenso na companhia deles, muito obrigado pela hospitalidade e lhes desejamos uma feliz continuação de viagem.
Penang é uma ilha de contrastes e misturas, do campo e da cidade, do moderno e do rústico, da riqueza e pobreza, do muçulmano, budista, hindu, malaio, indiano, chinês e estrangeiros ocidentais. É um caldeirão muito interessante de se conhecer. Penang esta localizada perto da costa da Península da Malásia, no Estreito de Malacca. Em George Town, a capital do estado de Penang, as influências estrangeiras são evidentes em monumentos como o colonial Fort Cornwallis, o templo de clã chinês Khoo Kongsi e a Mesquita Kapitan Keling, em estilo indiano. Outros locais religiosos importantes são o Templo da Deusa Chinesa da Misericórdia, o templo budista de Kek Lok Si e o tempo hindu de Sri Mahamariamman.
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Completamos 25 mil km pedalados alguns metros antes de entrarmos no ferry boat que vai da ilha de Penang para o continente. Este ferry é gratuito para quem sai da ilha e as pontes não podem ser cruzadas se bicicleta.
Bombeiros malaios. Na Malasia o corpo de bombeiros algumas vezes costuma aceitar viajantes de bicicleta por uma noite. Próximo ao vilarejo de Simpang Ampat eu visualizei um gramado perfeito no fundo de um quartel dos bombeiros e decidi ir até lá perguntar. Chegando lá expliquei que buscávamos apenas um lugar para acamparmos por uma noite e os responsáveis foram muito hospitaleiros. Pudemos acampar em uma das salas do quartel e pela manhã fomos convidados para tomar um café da manhã típico malaio com eles.
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Cemitérios chineses (taoistas). Na Malasia a colônia de origem de origem chinesa é numerosa e eles tem seus próprios cemitérios tradicionais. Chamou nossa atenção em uma das estradas e tiramos esta foto.
Comidas de estrada. Mesmo quando pegamos pequenas estradas mais rurais na Malasia (o que é bem mais calmo e em meio a natureza), cruzamos pequeninos vilarejos e próximos a eles a população local costuma abrir pequenas vendinhas a beira das estradas, com comidas tradicionais simples, saborosas e muito baratas. Este dia comemos bastante e achamos a sobremesa tão boa que acabamos comprando todos os doces que haviam alí para comermos depois novamente.
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Hoteis de baixo custo na Malasia. Assim como os outros países do sudeste asiático, a Malasia apresentam hospedagens de baixo custo e este foi sempre nosso plano B quando não encontrávamos hospedagem solidária (warmshowers.org ou couchsurfing.com) ou algum lugar gratuito para passarmos a noite/acampar, o que deixou nossa viagem bem tranquila, uma vez que não são caras. Comparativamente com a Tailândia os preços de hospedagem são um pouco mais altos, mas não muito. Na cidade de Sitiawan ficamos neste quarto de hotel e pagamos cerca de 15 USD pelo quarto.
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Cara de quem não estava gostando dos bloqueios no acostamento. No caminho para Kuala Lumpur antes da cidade de Hutan Melintang a rodovia estava em obras para duplicação e colocaram uns bloqueios no acostamento. O trânsito na Malasia não é agressivo, mas como nossa bicicleta é trambolhuda, adoramos acostamento ou pelo menos uma área de escape caso venham muitos veículos pela estrada.
Na cidade de Hutan Melintang fomos até um quartel de bombeiros que ficava em uma área mais rural, que encontramos pelo GPS. Lá perguntamos se poderíamos acampar e a resposta foi positiva, este foi apenas o começo de muita hospitalidade. Depois de montarmos a barraca o tempo ficou chuvoso e a tempestade cada vez mais forte. Eles montaram duas camas para nós em um alojamento e nos convidaram para dormimos lá, protejidos da chuva. Logo estávamos rodeados por todos, cheios de perguntas curiosas. Eles foram sempre muito simpáticos, educados e divertidos. Fizeram um grande café da manhã pra nós, com comidas locais, frutas e água de côco. Antes de irmos embora eles nos presentearam com o símbolo do corpo de bombeiros da Malasia para colarmos em nosso alforge.
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Quando um cicloviajante encontra este banheiro, muitas vezes esta imagem significa alegria contida em um banho a noite e “número 2” garantido pela manhã… hehehe 😃
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Entrando na movimentada Kuala Lumpur. Kuala Lumpur é uma capital super populosa e sem vias de acesso “amigas da bicicleta”, muito pelo contrário, é tomada por enormes avenidas, pontilhões e highways super movimentadas. Entramos na cidade em um dia chuvoso, tentando escapar o máximo do tráfego seguindo por ruas pequenas. Nosso anfitrião warmshowers nas primeiras duas noites na capital morava a cerca de 15 km do centro da cidade e cerca de 20 km do AirBnb que havíamos reservados com outro casal de cicloviajantes que já estavam por lá esperando por nós (Larissa e Pierre). Esta localização estratégica do nosso warmshowers, mais periférica, ajudou bastante, uma vez que pudemos esperar até o domingo cedo para então pedalarmos até o centro da cidade. Mesmo assim os últimos 10 km até a casa dos nossos anfitriões foram um pouco estressantes, com muito trânsito, tivemos que pedalar subindo pontilhões e avenidas lotadas prestando muita atenção no GPS, mas no final tudo deu certo e não tivemos nenhum acidente. Kuala Lumpur foi nossa última cidade asiática.
Família ciclo viajante. Fomos hospedados por duas noites por uma família de cicloviajantes na cidade de Kuala Lumpur, eles fazem parte da comunidade warmshowers.org e já receberam centenas de viajantes em sua casa. Isabelle, Simon e o pequeno Leo são uma família super ativa e já fizeram muitas viagens juntos antes e depois do Leo nascer, foi uma experiência interessante que tivemos com ele, aprendendo mais sobre a Malasia e como é viajar de bicicleta em família, nossa cabeça ficou cheia de ideias para o futuro. Adoramos os livros de viagem que eles fizeram com suas fotos e histórias, muito inspiradores. Compartilhamos boas histórias, pensamentos sobre a vida, cervejas e pizzas.
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Últimos quilômetros pedalados na Ásia. O dia 15 de Dezembro de 2019 foi nosso último dia pedalando em terras asiáticas, mais especificamente no sudeste asiático, cruzamos o centro de Kuala Lumpur em uma manhã de domingo, tranquila com pouco trânsito e chegamos no AirBnb que alugamos até o dia de nosso vôo de partida. Entramos na Ásia (ou Eurásia) vindos da Bulgária entrando na Turquia em Dezembro de 2018, ou seja, passamos cerca de 1 ano percorrendo o território asiático (eurásia, ásia central e sudeste asiático) e foi o trecho mais intenso de nossa viagem sem dúvidas, em todos os sentidos. O clima, altimetria, doenças e choque cultural foram por muitas vezes desafiadores e implacáveis neste pedaço de nossa viagem, mas ao mesmo tempo tivemos muita hospitalidade, calor humano, lindas paisagens e aprendizados. Toda esta intensidade nos modificou muito como pessoas e só temos a agradecer pela maneira como o imenso e plural território asiático nos moldou. Depois de 1 ano de tanta intensidade, buscamos mais calmaria e nossa continuação de viagem pela oceania, Nova Zelândia, vai nos trazer um pouco mais desta tranquilidade e ocidentalidade que já estamos sentindo saudades. Obrigado Ásia, você foi muito importante para nós.
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No centro de Kuala Lumpur ficamos 8 dias antes de nosso vôo para a Nova Zelândia. Foram dias divertidos de encontros, passeios e descanso dividindo um apartamento em um prédio típico Malaio com nossos amigos ciclo viajantes Pierre e Larissa. Kuala Lumpur tem as suas origens na década de 1850, quando o chefe malaio de Kelang, Raja Abdullah, contratou alguns trabalhadores chineses para abrirem novas e grandiosas minas de estanho. Atualmente a capital Malaia é um misto de modernidade e antiguidades, com uma vida noturna agitada, muitos turistas e mais de 1 milhão e meio de habitantes. Resolvemos também algumas pendências antes de nossa ida para a Nova Zelândia, turistando na cidade e seus arredores e encontrando várias pessoas divertidas, cicloviajantes e até amizades de infância que haviam se mudado para lá.
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Amigos cicloviajantes. Em Kuala Lumpur nos despedimos de mais um querido casal de amigos que conhecemos durante a viagem e com os quais dividimos o apartamento na capital Malaia por alguns dias. Pierre, Francês, e Larissa, Brasileira, são um simpático casal que vieram pedalando desde a Grécia até a Malasia. Foram momentos divertidos com eles, muito bom papo e claro muita comilança. Boa viagem de volta a França meus amigos e esperámos reencontra-los. O blog deles é: https://curiouscycling.home.blog/
Reencontros inusitados. Muitos quilômetros longe de nossa terra natal, Brasil, eu (Thiago) reencontrei uma amiga de infância. Somos naturais de Andradina, interior de São Paulo, e convivemos juntos até o final da adolescência. Por uma felicidade do destino, ela se mudou a trabalho para Kuala Lumpur bem no período em que estávamos por lá e foi ótimo revê-la, foi como voltar no tempo. Ela nos convidou para um jantar numa churrascaria brasileira e pudemos matar um pouco a saudades das comidas de “casa”. Muito obrigado Cacá Fonzar pela amizade e generosidade e te desejamos sucesso em terras Malaias.
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Durian, a fedorenta. Antes de sairmos do sudeste asiático fomos provar esta iguaria catinguenta da Malasia. A fruta tem odor forte pois sua genética é direcionada neste sentido, com o intuito de atrair orangotangos e outros primatas para que as comam e espalhem suas sementes. Fomos atraídos não pelo odor mas pela curiosidade mesmo e decidimos mandar goela abaixo esta chulezenta fruta. O preço dela é alto, principalmente nas áreas turísticas, então compramos apenas 1 gominho para cada um. Eu achei o gosto bom, mas a Flavinha achou horrivel e quase vomitou. O cheiro fica exalando mesmo algum depois de termos comidos a fruta. Agora entendemos por que ela é proibida em muitos lugares públicos, algumas tem um cheiro de chulé azedo bem forte e enjoativo.
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Nova pintura, parte 2. A última vez que pintei a bicicleta foi em Tbilisi, na capital de Georgia, e na época fiz a maior bagunça e acabei incomodando o nosso amigo ciclo viajante e companheiro de AirBnb enquanto estávamos por lá, o Israel Coifman ( @isra.coifman ). Aprendi a lição e desta vez não quiz incomodar mais ninguém com a bagunça e cheiro de tinta spray, então esperei os nosso companheiros de AirBnb em Kuala Lumpur voltarem para a França e iniciei os trabalhos para a nova pintura da bike. Eu gosto de ver a “Minhoca” bonita e a pintura dela já estava judiada, afinal estas pinturas sprays nunca ficam tão boas quanto as profissionais. Mas assim aproveitei para desmontar, limpar bem a bike e deixá-la mais bonita novamente, é como uma terapia. O processo é um pouco trabalhoso, afinal tem que raspar a tinta antiga, retirar pontos de ferrugem, lixar, limpar bem, aplicar uma base e depois várias camadas da tinta spray por cima, com paciência e tempo para que seque corretamente. O resultado final ficou razoável, se durar mais um ano já está bom.
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Preparativos para pegar avião. Esta é uma das partes mais chatas de viajar de bicicleta por diversos continentes, os momentos de pegar vôos. Normalmente levamos 2 a 3 dias inteiros para conseguir as caixas, desmontar e limpar tudo, proteger as partes sensíveis e encaixar tudo tipi um quebra cabeças para que o volume e peso final das bagagens fiquem dentro das franquias permitidas pela compania aérea. Voamos da Malasia para a Nova Zelândia pela China Southern Airlines, com direito a duas bagagens de 23 kg despechadas por pessoa e mais 5 kg de babagem de mão. A bicicleta pode fazer parte sem custos adicionais desde que respeito o limite máximo de 158 cm linear total (soma das medidas da bagagem). É tarefa quase impossível, mas como desmontamos completamente a bicicleta e montamos nossas próprias caixas, conseguimos deixar as 4 caixas no limite das medidas permitidas de tamanho e peso e embarcamos sem ter que pagar nenhuma taxa extra, foi quase um feito milagroso.
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A Malásia, assim como todo o sudeste asiático, foi um dos trechos mais divertidos e relaxantes de nossa viagem. Depois de tanto tempo viajando e passando perrengues principalmente na Ásia Central, passar uma temporada mais relaxante viajando de maneira mais tranquila pelo Sudeste Asiático foi muito bom e toda esta tropicalidade renovou nossas energias para continuarmos viagem. Nossa próxima parada foi a Oceania, Nova Zelândia, que vamos contar nos próximos posts…
  Sudeste Asiático de bicicleta. Trecho 5 – Malasia. Tropicalidade, ilhas bonitas, povo hospitaleiro e diversidade cutural . (For other languages, please use the browser or internet translator) A Malásia foi nosso último país do Sudeste Asiático antes de voarmos pra outro continente, mais especificamente para a Nova Zelândia, na Oceania.
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Nosso primeiro trecho em território tailandês foi relativamente curto e rápido e conforme contamos no Post dedicado a ele, ficamos com “gostinho de quero mais” [ link para o primeiro trecho ].
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A segunda vez que entramos no país, percorremos uma distância de quase 1300 km por mais de 1 mês e pudemos realmente conhecer melhor o país, seu povo, belezas e particularidades, com uma imersão cultural muito maior. Nesta segunda parte entramos vindos do Camboja pela fronteira em Poipet e seguimos sentido Bangkok e posteriormente sul sentido Malasia, deixando o país de ferry-boat na região de Satun (Tammalang Pier ), sentido a ilha de Langkawi na Malasia.
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Logo após nosso retorno para a Tailândia, as estradas melhoraram em relação ao Camboja, assim como toda a infra-estrutura em geral. Paramos em um pequeno restaurante a beira da estrada e enquanto olhava a nossa bicicleta estacionada acabei fazendos várias contas de peso em relação a ela. Muitas vezes me pego olhando admirado para nosso “cavalo de aço” e penso: “Ela esta aguentando bem o tranco, hehehe” e tiro uma foto. O total de bagagem com comida são cerca de 60kg + 10 kilos de água. O peso dela é de cerca de 25 kg. Meu peso em conjunto com a Flavinha dá uns 130 kg. O peso total do conjunto bike e bagagens é de 95 kg, o peso total conosco em cima vai para 225 kg. Por isso em uma tandem o segredo é ter rodas fortes, bem montadas e peças robustas. Olhando assim parece uma locomotiva, com peso demais. Mas somos duas pessoas, “bi-motor” hehehe. Se dividir o valor total por 2, é como se cada um de nós viajasse com uma bicicleta e bagagens pesando 42,5 kg cada um. Uma bicicleta de cicloviagem normalmente pesa ao redor de 15 kg. E muitos cicloviajantes de longa duração que conhecemos levam bagagem, comida e água ao redor de 30 kg (alguns menos, outros bem mais, é apenas uma média). Ou seja, apesar da aparência assustadoramente pesada e volumosa, não estamos fora da média.
Quando dizemos que acampar selvagem no Sudeste Asiático é um pouco complicado, não estamos nos referindo apenas ao clima úmido e quente, áreas minadas e com explosivos não detonados (Laos e Camboja), matas fechadas ou lugares alagadiços, mas também a vida selvagem e por vezes venenosa que habita estas terras tropicais, com exceção das praias claro. O maior vilão de todos e que faz mais vítimas é sem dúvidas o pernilongo pelas doenças que transmite (dengue, malária, febre amarela e encefalite japonesa), mas nada que um repelente e mosquiteira não ajude a evitar, mas ao lado das estradas vimos muitas cobras, lacraias e escorpiões, se na estrada já vimos muitos, ficamos imaginando mato adentro tentando encontrar um lugar para acampar, a picada destes bichos deve doer um bocado e preferimos evitar. Nossos acampamentos na Tailândia se resumem a praias ou templos budistas, quando conseguimos, senão buscamos hospedagens de baixo custo fora das áreas turísticas, que são bem disponíveis. Como escolhemos o sudeste asiático para tirarmos umas férias dos acampamentos, confesso que estávamos gostando de acampar pouco neste período.
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O trecho entre a fronteira com o Camboja e Bangkok não tem muitos lugares de beleza natural e é uma zona bem urbanizada, predominantemente em estradas de tamanho médio. Neste dia por sorte vi algumas casinhas a beira de um lago e chegando lá vimos que um simpático casal as alugava. Por cerca de 9 USD passamos o final de tarde e uma noite nesta aconchegante casinha de madeira a beira de uma lagoa. Como ficava longe da estrada principal, a noite o único barulho era dos sapinhos, grilos e umas lagartixas escandalosas que tem por aqui. No dia seguinte já havíamos conseguido uma hospedagem solidária (warmshowers) na cidade de Phanom Sarakham.
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Chegamos a cidade de Phanom Sarakham um pouco antes do combinado com nosso anfitrião (warmshowers.org) e decidimos fazer uma paradinha para passar um tempo da maneira que mais gostamos, comendo é claro hehehe. Depois da comilança os dois jovens responsáveis pelo restaurante tiraram uma foto conosco pois acharam tudo muito exótico. Esta é uma cidade pequena e não turística, então dois turistas não asiáticos vestindo chapeus vietnamitas e roupas coloridas em cima de uma bicicleta tandem cheia de tralhas penduradas não é muito habitual por alí.
Fomos então amistosamente recebidos pelo Chad e Nikki em sua casa. O contactamos através do aplicativo warmshowers.org e desde o início ele foi muito hospitaleiro. Ele é norte americano e professor de inglês e a Nikki é tailandesa e da aulas de Tai para extrangeiros. Foi mais uma inesquecível experiência de hospitalidade que tivemos. Com eles pudemos conversar bastante sobre nossa viagem e saber sobre a rotina deles e cultura tailandesa. Muito obrigado Chad e Nikki pela hospitalidade e boa conversa.
Antes de irmos embora da cidade de Phanom Sarakham tivemos a oportunidade de contar sobre nossa viagem para alunos de uma escola na cidade. Como sempre, foi uma experiência divertida para nós e eles. Nosso anfitrião na cidade, o norte americano Chad (warmshowers.org) é professor de inglês nesta escola e nos convidou para conversarmos com uma de suas turmas de alunos. No final selecionamos alguns vídeos do nosso canal do YouTube e a parte que eles mais gostaram foi quando caímos da bicicleta, hehehe.
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Assim como em várias cidades grandes pelas quais passamos durante a viagem, sempre rola um stress para entrar e sair delas pedalando. Bangkok é enorme e com tráfego intenso, mas apesar de tudo foi menos tenso do que esperávamos, com um pouco de paciência fomos passando entre os carros e caminhões engarrafados até chegarmos no nosso destino, que ficava em uma região central da cidade.
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Os queridos Alessio e Mahyar. Bangkok nos esperava com mais um daqueles incríveis encontros que temos durante a viagem. Conhecemos o italiano divertido e animado Alessio em um pequeno vilarejo no meio da Pamir Highway no Tajiquistão, conversamos bastante e trocamos nossos contatos. Quando estávamos próximos a Bangkok enviamos uma mensagem a ele, que nos convidou para ficarmos no apartamento dele e de seu companheiro, Mahyar. Aceitamos o convite e depois de enfrentar o trânsito estressante das grandes cidades chegamos em frente ao endereço que colocamos no GPS. Para nossa surpresa o lugar era luxuosíssimo, pelo menos para nossos padrões, e chegamos todos suados e sujos depois de mais de 70 km pedalados. Ficamos sem graça no começo na hora de entrar no prédio, só o elevador era maior que muitos lugares que já ficamos durante a viagem hehehehe. Eles deixaram a chave na portaria para nós e chegaram a noite depois do trabalho. Ficamos 4 dias hospedados no apartamento dos queridos e divertidos Alessio e Mahyar. Conversamos bastante, demos muitas risadas e comemos muiiiito hehehe, coisas que obviamente não caberiam em nosso orçamento apertado. Adoramos, principalmente os momentos que estávamos com eles. No último dia lá, fiz uma charge dos dois e deixei como uma lembrança e agradecimento por tanta hospitalidade conosco. Grazie mille Alessio , خیلی ممنون مهیار. Esperámos revê-los 😊.
Bangkok. Com um população de cerca de 8 milhões de pessoas, a capital tailandesa é uma cidade moderna e muito viva, durante as 24 horas. Deixamos a bicicleta na garagem dos nossos anfitriões e fomos explorar a cidade a pé e utilizando transporte público, ela tem um trânsito intenso e aproveitamos para descansar um pouco nossos bumbuns do selim. Apesar de ser uma cidade conhecidamente cara, é possível manter as economias abdicando de alguns lugares mais turísticos e fazendo coisas grátis e foi isso que fizemos e foi bem divertido mesmo assim. Visitamos templos, china towns, feiras de finais de semana e parques. Comemos a deliciosa e econômica comida de rua que a Tailândia oferece e também preparávamos algumas refeições no apartamento de nossos amigos. Apesar de não ser uma cidade muito “bike-friendly ” achamos que vale a pena ser visitada em uma ciclo viagem, bastando deixar a bicicleta guardada em algum lugar e conhecendo a pé ou com transporte público os lugares interessantes que esta vívida cidade oferece.
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Uma foto que representa muito a Tailândia pra nós. Os tuk-tuk estão presentes em todo o sudeste asiático, mas a maior quantidade que vimos foi na Tailândia, principalmente em Bangkok. O 7-Eleven é o mercado e conveniência que literalmente se encontra em todas as esquinas pelo país, impressionante, hehehehe. Os postos de gasolina pelas estradas muitas vezes contam com eles também. O preço é bom e quase todos os dias compramos alguma coisa neste mercado.
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Sair pedalando de Bangkok foi um pouco demorado e cansativo. Coloquei no GPS a opção de seguir apenas por pequenas vias, então tinha que prestar atenção o tempo todo enquanto nos embrenhávamos por ruas pequeninas e tortuosas, mas no final valeu a pena evitar as vias maiores com tráfego intenso. Quando conseguimos deixar a região metropolitana depois de cerca de 30 quilômetros, fizemos uma parada para relaxar e comermos alguma coisa. Meu braço e ombros estavam doendo, a bicicleta tem a frente pesada e a tensão das grandes cidades só pioram as coisas.
Depois que passamos pela cidade de Samut Sakhon começamos a buscar um lugar para dormir e aí resolvemos tentar novamente em um templo em um vilarejo por onde passamos. Não sei o que acontece, mas diferentemente de outros relatos que lemos de outros cicloviajantes, costumamos ter algumas respostas negativas quando perguntamos. Paramos em um templo e fomos perguntar a uma monja, ela disse que não poderíamos acampar por alí e nos indicou um homestay que ficava atrás do templo. No sudeste asiático estamos levando a viagem da seguinte forma, obviamente tentando economizar, mas se no final do dia já cansados temos uma resposta negativa em templos ou em algum lugar onde perguntamos se podemos acampar ou também não conseguimos nenhuma hospedagem solidária (warmshowers ou couchsurfing) , logo procuramos uma hospedagem de baixo custo e não ficamos rodando pra lá e pra cá buscando onde dormir de graça, o que nos deixaria mais cansados ainda. Como temos esta opção por estes lados onde as hospedagens tem preços melhores, estamos fazendo assim e o “stress” do “onde passar a noite” diminuiu muito, deixando a viagem mais leve. Neste dia demos a volta no templo e fomos ao homestay, bem tranquilo e confortável, e por cerca de 15 dólares passamos a noite, um pouco mais caro do que costumamos pagar para dormir, mas nem sempre encontramos os mais baratinhos.
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Por um longo trecho depois de Bangkok seguimos por rodovias movimentadas. Elas tem bom acostamento, mas não gostamos de pedalar em vias movimentadas. O litoral próximo a capital é cheio de mangezais e não tem muitas estradas menores costeiras, elas começam um pouco mais ao sul.
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O mercado nos trilhos. No vilarejo de Samut Songkhram dormimos uma noite para conhecermos uma das pitorescas atrações, o mercado sobre o trilho dos trens. A feira é longa e se estende pela lateral dos trilhos do trem. Quando este chega ou sai da estação começa a apitar e é aquela correria dos feirantes desmontando tudo rapidamente enquanto o trem passa espremido no meio das barraquinhas. Ficamos em um cafofinho que custou 10 USD, sem percevejos hehehe…
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Mais ao sul da região de Bangkok, no nosso caso seguimos um bom trecho pela costa leste, fomos surpreendidos com a presença de diversas ciclovias que acompanham estradas menores costeiras. A Tailândia é predominantemente plana, os motoristas normalmente são tranquilos e sempre há onde comprar comida por todos os lados. Gostamos de viajar de bicicleta por aqui. Neste trecho ainda não havíamos chegado na área mais praiana, que virá um pouquinho mais a frente, já estávamos ansiosos pelas praias.
Próximo a Samut Songkhram há um outro ponto interessante no vilarejo de Amphawa, um mercado flutuante. Desviamos um pouquinho nossa rota até lá pela manhã para espiar. O mercado ainda estava abrindo as portas, ou melhor, “abrindo os barcos” quando chegamos. Mas foi legal parar por ali alguns minutos para conhecer.
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Sapatos pra fora. Desde a Turquia seguimos atravessando países com o mesmo costume, deixar sapatos para fora de casa antes de entrar. No sudeste asiático este costume se estende a restaurantes e lojas. Já nos acostumamos e acho que é um hábito que vamos levar conosco para o Brasil.
Na região de Petchaburi não haviam ainda praias na região costeira, mas seguindo pelas estradas menores cruzamos manguezais e muitos quilômetros de “fazendas de sal”. A população local coleta o sal que evapora em grandes áreas planas. Esses pontos alagadiços antes da evaporação atraem muitos pássaros.
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Já era final de tarde e passávamos em frente a um pequeno vilarejo na costa leste tailandesa chamado Pak Thale. Ao longe eu vi um navio!Isso mesmo…seria uma miragem devido ao sol forte e umidade?? Chegando próximo percebemos que se tratava de um templo budista bem diferente. Decidimos fazer nossa tentativa do dia em pedir para acampar por alí, o lugar era bem tranquilo e bonito. Perguntei para um dos monges e para nossa felicidade a resposta desta vez foi positiva. Armamos acampamento longe do “navio”, em um gramadinho próximo a um dos banheiros e lá passamos uma noite bem tranquila, as vezes acordados por uns pássaros barulhentos que haviam por lá. De manhã um dos monges trouxe umas guloseimas para saborearmos de café da manhã antes de seguirmos viagem.
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De Pak Thale continuamos sentido Cha-Am, uma cidade praiana mais turística, principalmente frequentada por tailandeses. No caminho ainda cruzamos mais algumas “fazendas de sal” antes de finalmente chegar as tão esperadas praias do país.
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Finalmente pudemos exibir nosso belo bronzeado de ciclo viajantes nas praias tailandesas. Chegamos na cidade de Cha-Am, fomos pra praia e já demos um mergulho. Estávamos com muita vontade de praias nesse calorzão que faz na Tailândia. Gostamos da cidade de Cha-Am, deixamos a “minhoca” estacionada em um homestay que fez um preço camarada por um quarto com ventilador (9 usd por noite) e decidimos ficar duas noites por là. A cidade é turística, mas é um turismo mais local, com preços mais amigáveis. As praias são bonitas, o tempo estava ensolarado e ela é uma daquelas cidades praianas com um estilo mais relaxado, pelo menos na época que passamos por lá. Durante nossa viagem de bicicleta, com o passar do tempo temos apreciado cada vez mais os lugares menos turísticos e fugido um pouco, quando possível, dos mais badalados. Esta praia foi perfeita para descansarmos e relaxarmos.
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Ônibus tailandeses. Centenas de espelhos retrovisores, caixas de som por todos os lados, luzes coloridas e pintura psicodélicas… mistura tudo isso e pronto, bem vindos aos ônibus de turismo tailandeses. São bem diferentes, hehehehe…
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No sentido a Kui Buri , além dos exóticos ônibus tailandeses, encontramos mais uma ciclovia, bem cuidada, com banheiros e separada da rodovia.
Ao fundo as montanhas que marcam o Parque Nacional Khao Sam Roi, que era nossa opção de acampamento no dia. Chegamos lá depois de 80 quilômetros pedalados e já as 16:30, com a intensão de acamparmos na praia de Sam Phraya, mas havia uma cansela antes dela e quando paramos um dos guarda parques nos informou que deveríamos pagar cerca de 7 USD por pessoa para entramos no parque e só então podermos usar a praia e mais 1 USD cada um para acampar ali, ou seja, um total de 16 USD para acamparmos por ali. O lugar era bonito, porém a noite já caia e nem iríamos visitar mais nada no parque e achamos o preço alto comparado a outras opções de alojamentos na Tailândia. Tentei pagar apenas para acamparmos, mas não deu certo. Bom, demos meia volta e continuamos por mais 15 km até o próximo vilarejo onde encontraríamos uma hospedagem. No final do tia tudo deu certo e encontramos uma mini casinha no vilarejo de Pak Mueang que fez o preço de 10 USD por noite.
Khao Ta Mong Lai Forest Park. Encontramos outro parque no GPS e passamos por lá para conferir, o lugar era bonito e seria cobrada uma taxa de cerca de 4 USD por pessoa para acampar ali, com acesso a ducha e banheiros. O preço pareceu bom, mas deveríamos seguir uma trilha para acampar e não poderíamos levar a bicicleta, além disso a Flavinha não se sentiu bem com alguns homens que estavam por ali e pediu para irmos para outro lugar. Nós temos seguido muito nossos sentidos durante a viagem e desta vez não foi diferente. Ficamos um pouco por ali para conhecermos e depois seguimos em frente para procurarmos outro lugar para dormirmos.
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Seguimos por mais alguns quilômetros e no vilarejo de Prachuap Khiri Khan encontramos uma hospedagem e pudemos desfrutar de uma bela praia.
As vias menores na Tailândia são ornamentadas com coqueiros, bananeiras, seringueiras e diversas vegetações tropicais. Neste dia seguimos sentido ao vilarejo litorâneo de Ban Krut, na costa leste do país. O clima no Sudeste Asiático é quente, a umidade é alta e a soma dos dois fatores faz com que o suor se acumule nas roupas e evapore rapidamente, deixando a camada de sais sobre elas depois de alguns quilômetros pedalados. Completamos antes no final do dia, logo antes de nossa chegada ao vilarejo de Ban Krut, 24 mil quilômetros totais pedalados em nossa viagem.
Banho de mar ardido! Chegamos no vilarejo de Ban Krut com aquela vontade de dar um mergulho no mar , estava um calorzão. Encostamos a bike e fomas dar aquele mergulho, mas não sabíamos que estávamos rodeados de águas vivas na costa leste da Tailândia, algo que vem aumentando e fugindo ao controle das autoridades. Na praia em que entramos não havia sinalização nenhuma, então nem nos atentamos. Poucos minutos dentro d’água e começamos a sentir nossa pele “queimando” em vários lugares, saímos rapidamente e percebemos que havia uma agua viva grandona nadando nas proximidades e havia outra morta na areia. Ambas com mais de 30 centímetros de diâmetro. Sorte que foram queimaduras pequenas e pudemos curtir a praia um pouquinho mais fora do mar mesmo.
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Tentei contato com um Warmshowers no vilarejo praiano de Ban Krut, mas não obtive resposta. De qualquer forma seguimos o endereço que constava no site e decidimos ir até lá tentar, só que erramos o endereço e coincidentemente acabamos em um camping que ficava ao lado. O preço cobrado foi de 5 USD para os dois, com toaletes, duchas, luz elétrica e wi-fi. Como estava previsto chuva para a manhã seguinte, decidimos nem montar a barraca, colocamos a mosquiteira e montamos um quarto na cabaninha. Como o warmshowers não respondeu, decidimos ficar por alí mesmo e foi uma noite bem tranquila.
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Nas estradas menores da Tailândia, não são comuns grandes postos de gasolina, mas sim bombas de combustíveis que aceitam dinheiro e cartões,  não utilizamos para recarregar a garrafinha de gasolina do nosso fogareiro. Fazíamos isso nos postos maiores porque não sabíamos manusear estas bombas.
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Bang Saphan Yai, Thailand.Parada para almoço. Lunch break.
No GPS vimos que haveria um longe trecho de praia inabitado, convidativo para acampar selvagem. Chegando lá o acesso não era tão fácil a praia, o que gostamos, evitando carros e motos a noite. A praia era longa mas estava um pouco suja por conta de algumas tempestades nos dias anteriores, mas o que mais chamou atenção foram as enormes águas-vivas encalhadas na praia e algumas ainda nadando próximo a arrebentação. Nem ousamos nadar nesta praia, fomos apenas até a beiradinha e nos lavamos. Antes da noite cair e da chuva chegar montamos acampamento e passamos uma noite apenas com o barulho do mar.
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Não é muito comum pegar neblina na Tailândia, ainda mais em baixas altitudes, mas as vezes acontece e na manhã em que saímos de nosso acampamento na praia, pegamos neblina pela manhã. (Ban Nam Pu, Scenic route, Thailand).
Depois de um dia com algumas chuvaradas, chegou o final de tarde e ainda não sabíamos onde dormir, paramos em um mercadinho para a Flavinha comprar água e do outro lado da rua, de frente para o mar eu vi 3 cabaninhas fechadas. Fui até o restaurante ao lado perguntar sobre elas. A dona do restaurante disse que as cabaninhas eram dela mas estavam fechadas e me indicou um super resort em frente. Expliquei que viajamos de forma econômica e perguntei se poderíamos acampar em frente as cabaninhas, já que não estavam em funcionamento. Ela pensou e então foi comigo até lá, limpou um dos banheiros, abriu uma cabaninha, deixou ela limpinha e arrumadinha e perguntou se poderíamos pagar cerca de 6 USD por noite. O lugar era simples e aconchegante, de frente para uma praia tranquila e bonita, com umas mesinhas perfeitas para cozinharmos a noite, o preço nos pareceu bem justo, ainda mais depois de toda a limpeza que fizeram ali para nós. Aceitamos e foi um dos lugares que mais gostamos de dormir. Era um vilarejo pequeno, silencioso, a praia era limpa e cheia de conchinhas e o por e nascer do sol lindos. (Bo Mao Beach)
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No outro dia o amanhecer foi maravilhoso. Solzinho, praia bonita, mesinha pra sentar, foi o pneu que levei mais tempo pra remendar hehehehe… Acho que daria pra ficar o dia inteiro lá remendando pneu.
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Nas estradas menores da Tailândia passamos em meio a várias plantações de Palma para extração do óleo. Fica tudo muito bonito, ainda mais com as samambaias crescendo nos troncos das árvores. Mas ao mesmo tempo que passamos admirados pela beleza, também nos perguntamos quanto de mata nativa foi cortada para plantação de tantas palmas e isto vale também para os extensos seringais e quais impactos isso tem na fauna e flora nativas.
Na região costeira da Tailândia, muitas vezes aquela área mais bacana para acampar em frente ao mar fica em alguma propriedade privada, principalmente onde esta algum Resort ou Bangalos, então decidimos perguntar se poderíamos acampar alí… por que não? Como estamos perguntando em um lugar que vive sa hospedagem de pessoas não chegamos pedindo para acampar de graça. Perguntamos se é possível acampar por alí e quanto eles cobrariam para nós podermos passar 1 noite e utilizarmos 1 dos banheiros. Nem sempre dá certo, mas já tivemos respostas positivas como neste dia, na região de Chumphon. Pagamos cerca de 2 dólares por pessoa, montamos a barraca próximos da praia e pudemos utilizar um dos banheiros com toalete e ducha. Gostamos dessa nova opção também.
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Seguimos sentido a região de Sawi e procuramos estradas menores. Mesmo as estradas de terra na Tailândia estão em boas condições e são mais frescas e com mais natureza ao redor.
Lagartos monitores. No sul da Tailândia e a Malásia vimos muitos desses lagartões, algumas vezes atravessando a pista e aí parávamos a bicicleta para apreciar esse gingado charmoso… hehe… Varanidae é uma família de grandes lagartos na sua maioria carnívoros, que contém apenas o género Varanus. Os varanídeos recebem o nome popular de varano ou lagarto-monitor. O grupo inclui o maior lagarto vivo atualmente: o dragão-de-komodo. Os varanos são lagartos de grandes dimensões, carnívoros ou frugívoros  e extremamente agressivos.
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Roupas desintegrando. Em uma longa viagem de bicicleta usamos muitas vezes a mesma roupa por meses, embaixo do sol, chuva, frio, calor e vento. Com isso tudo, chega uma hora que elas começam a desintegrar, por mais que a gente tente costurar, não adianta mais. Flavinha adora esta blusa azul, mas acho que esta na hora de uma nova.
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Na região de Sawi passamos por pequenas estradas costeiras e vimos um restaurante fechado de frente para o mar. O local pertencia ao hotel em frente, perguntamos se poderíamos acampar por alí e os donos do hotel fizeram a proposta de 2usd por pessoa e poderíamos utilizar os banheiros do hotel. Aceitamos, o lugar era muito tranquilo e seguro a noite, com um belo por e nascer do sol para apreciar, nosso banho de mar desta vez foi sem queimaduras de águas vivas.
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Pegamos estradas menores no sentido a cidade de Tha Chana, algumas vezes beirando o mar, apesar do calor intenso, enquanto pedalávamos era possível se refrescar um pouco com a brisa. As estradas menores tem movimento pequeno de carros.
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Na cidade se Tha Chana fomos hospedadas pela alegre e hospitaleira Pattira, que vive com sua mãe, que carinhosamente chamamos de “mama”. Fizemos contato com ela através do warmshowers.org e passamos 3 noites lá. Preparamos comidas juntos, fomos conhecer um templo budista muito especial em meio a natureza, comemos comidas locais e conversamos bastante sobre a Tailândia e viajar de bicicleta. A Patty se animou e decidiu pedalar conosco por alguns dias. Nossas experiências de hospedagens pelo warmshowers.org sempre foram boas e ricas em aprendizado, as relações humanas são o que mais nos marcam durante a viagem e são o alicerce de todas as nossas memórias. Muito obrigado pela hospitalidade Patty e Mama, kap khun kaaaaaaaaaaaa…
A natureza é o templo. Idealizado pelo monge budista e filósofo Buddadhasa, este temple utiliza o chão da floresta como seu assoalho, as árvores como paredes e as copas destas como telhado. Um templo que na nossa opinião condiz muito mais com a essência budista do que todos os outros templos que vimos, alguns deles extravagantes, por todo o sudeste asiático. Fomos levados neste lugar pela nossa anfitriã na cidade de Tha Chana, ela vai sempre lá com sua mãe para meditarem. Este monge viveu bastante e durante toda sua vida se dedicou a escrever livros relacionados ao budismo, natureza e a vida. Viveu de maneira simples e autêntica. Encontramos e adquirimos um livro escrito por ele que se chama “No religion”, o nome nos chamou muita atenção, ainda mais escrito por um monge reverenciado no país. O conteúdo faz muito sentido e condiz com o título.
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A culinária tailandesa é saborosa, rica em ingredientes e variedades. Só a pimenta que é exagerada para nosso paladar. Uma das coisas mais importante que aprendemos a falar em tailandês foi “mai ped”, que significa “sem pimenta” ou quase sem. Na cidade de Tha Chana, esta senhora da foto preparou o melhor “Pad Thai” (tipo uma sopa com noodles) de toda nossa viagem.
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Flavinha completou 31 primaveras no dia em que partimos de Tha Chana. Esta foi uma lembrança feita pela nossa anfitriã Pattira, no café da manhã. Muito carinhosa.
E assim saímos da cidade de Tha Chana, acompanhados da Patty, nossa anfitriã do warmshowers.org, que passou a ser também nossa companheira de viagens por alguns dias.
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Na cidade de Sura Thani, depois de cerca de 70 km, ficamos na antiga casa da família da Patty, que estava fechada ha um bom tempo. Mas depois de uma limpeza geral ela estava prontinha para uma noite tranquila.
O templo da hospitalidade. Era final de tarde e nós 3 (Thiago, Flávia e Pattira) chegamos em um templo budista próximo ao vilarejo de Khao Phanom. Entramos e vimos que haviam muitas pessoas por ali. Eu entrei para perguntar a alguém se haveria a possibilidade de acampar por alí. Em um salão haviam algumas pessoas e me indicaram uma simpática moça que falava inglês. Ela disse que iria me levar para falar com o monge, neste momento eu olhei melhor ao redor e vi flores e um caixão, ela e seus familiares estavam velando seu irmão que havia falecido de uma enfermidade crônica, fiquei sem graça por estar ali, me vi em meio a um velório, como que invadindo um momento tão particular, mesmo que tenha sido sem a intenção. Mas os familiares e a moça agiam naturalmente e me levaram ao monge. Ele era muito simpático e hospitaleiro, nos ofereceu uma casinha incrível, confortável para passarmos a noite. É de costume oferecer comida nos velórios budistas e nos convidaram para participarmos do jantar e café da manhã com eles. Apesar de nos sentirmos um pouco tímidos com aquela situação, a fome falou mais alto e participamos com eles das refeições. Eles nos pareceram ter uma maneira tranquila de encarar a morte e o ambiente de certa maneira nos pareceu leve. No dia seguinte depois do café da manhã nos despedimos de todos e subimos na bicicleta, pensando muito pelo camimho em todo o acontecido na noite anterior, experiências que nos fazem refletir muito, em um momento tão duro para aquelas pessoas, fomos tão bem acolhidos por elas.
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No dia seguinte continuamos por estradas de terra rurais em meio a plantações de palmeiras para extração de óleo de palma, próximos já a região de Krabi. A grande vantagem destas estradas é a sombra, além do visual.
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No vilarejo de Nuea Khlong terminamos o dia dormindo em um pequeno hotel. Tentamos um templo budista sem sucesso, desta vez não foram muito hospitaleiros, como nosso plano B no sudeste asiático eram as acomodações de baixo custo, não nos estressamos e pedalamos mais um pouco até encontrar esta hospedagem. Nesta noite nos despedimos na nossa companheira de viagem, a Patty, que decidiu voltar para Tha Chana pois recebeu noticias de que seu cachorro não estava bem.
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As chuvas no sudeste asiático quando vêm com força são verdadeiras tempestades, não pegamos muitas chuvas durante a viagem, mas normalmente quando elas vinham procurávamos um lugar coberto e esperávamos ela passar. No caminho para Ko Lanta pegamos muita chuva.
Na ilha de Ko Lanta tivemos a sorte de contactar a Taunjai e seu marido, únicos warmshowers por ali e eles mesmo não estando por lá, conseguiram uma mini casinha para nós, onde passamos 3 dias muito aconchegantes nesta ilha cheia de belas praias e natureza. As mais belas praias estão nas ilhas Tailandesas, e Ko Lanta não foi diferente, lá vimos as praias mais bonitas das nossas andanças pela Tailândia. Sabemos que há praias mais bonitas em outras ilhas mais paradisíacas do país, porém com acesso mais díficil e principalmente, muito mais turísticas e caras. Como queríamos um período de calmaria e tranquilidade no sudeste asiático, evitamos os lugares mais badalados, mesmo sendo eles os mais bonitos. A ilha de Ko Lanta é um pouco diferente das outras mais famosas. O acesso é rapido, barato e fácil por um ferry tradicional, há todos os tipos de hospedagem, inclusive solidária, a ilha esta cheia de praias muito bonitas e nos locomovemos tranquilamente de bicicleta por lá.
Ko Lanta (em tailandês: อำเภอเกาะลันตา) é um distrito da província de Krabi, no sul da Tailândia. É um dos 8 distritos que compõem a província. Sua população, de acordo com dados de 2012, era de 32 424 habitantes, e sua área territorial é de 339,843 km². O distrito abriga o Parque Nacional de Mu Ko Lanta, estabelecido em 1990 e com 134 km².
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A Flavia aproveitou os dias em Ko Lanta para dar um banho na “Finha”, que já estava encardida coitada, hehehe…
No dia de nossa saída da ilha de Ko Lanta decidimos fazer um caminho alternativo e cruzarmos a ilha pelo meio. As estradas eram de terra e algumas vezes bem íngrimes, várias vezes empurramos a bicicleta. Mas valeu a pena, atravessamos plantações de seringueiras e muitas áreas de exuberante mata nativa, cheias de vida animal.
No trecho entre Ko Lanta e Trang passamos uma noite em um hotel baratinho na companhia de nossa bicicleta e pegamos chuva de novo pelos caminhos, mas se não é tempestade forte, não paramos. Diferente dos países de clima frio, no sudeste asiático com o calorzão que faz, quando a chuva vem dá aquela refrescada boa no corpo.
Na cidade de Trang fomos hospedados pelo Mr Kim, que faz parte da comunidade warmshowers.org e já hospedou muita gente. Ele é um animado norte americano que vive na Tailândia. Lá aconteu mais um encontro muito legal, conhecemos outro casal de cicloviajantes, a Larissa (brasileira) e o Pierre (francês), que saíram da Grécia ha meses atrás. Foram momentos divertidos por lá. Cozinhamos panquecas francesas juntos, demos um passeio na cidade e a Flavinha preparou coxinhas para o Sr Kim e ele adorou. Foi interessante conversar com ele e entender um pouco como é a vida de um estrangeiro por lá e sua visão sobre as peculiaridades do país.
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Encontros. Pierre e Larissa são um casal de cicloviajantes. Ele é Francês e ela Brasileira. Viviam na cidade de Estrasburgo antes de começarem a viagem. Foi ótimo conhecê-los e ter a oportunidade de passar vários momentos juntos e depois reencontrá-los na cidade de Kuala Lumpur, Malasia. Eles eram animados, divertidos e empolgados. Nas conversas descobrimos muitas coisas em comum e foi muito bom dividir este tempo com eles. O blog deles: curiouscycling.home.blog/
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Um dia antes de sairmos da cidade de Trang no sul da Tailândia, fui limpar a bicicleta e percebi uma rachadura na pintura do garfo. Arranquei a tinta para ver melhor como estava abaixo dela e foi então que pela terceira vez nesta viagem tomei o mesmo susto, uma rachadura no metal (nas vezes anteriores foi uma rachadura no quadro e em um garfo anterior a este). Nossa bicicleta é de aço chromoly, o que facilita muito nos consertos, em praticamente qualquer lugar encontramos alguém com uma máquina de soldar. Na saída da cidade havia um lugar que fazia portões e mostrando nosso problema, um rapaz que trabalhava por lá em cerca de 15 minutos resolveu nosso problema com uma soldagem que ficou bem robusta, com o custo de 3 dólares. O resultado estético não ficou tão bom, mas o garfo já estava pronto para mais 25 mil quilômetros pelo mundo, assim esperamos… E ainda ganhei uma cervejinha enquanto esperava hehehe…
Depois de Trang fomos por estradas menores, passando pequenos vilarejos e já eram 5 horas da tarde (no sudeste asiático escurece cedo) quando avistei em meio a uma plantação se seringueiras uma cabaninha de palha. Nas proximidades havia um mercadinho, fui até lá e por meio de gestos expliquei que gostaríamos de dormir na cabaninha, mesmo porque havia previsão de chuva. O dono da propriedade foi chamado e disse que poderíamos dormir lá sem problemas. Flavinha deu um trato na cabaninha, colocamos nossos isolantes e a mosquiteira e montamos um mini lar por uma noite.
A cidade de Satun foi nossa última parada antes de sairmos da Tailândia e tivemos a sorte de sermos hospedados por uma família muito bacana, eles fazem parte da comunidade warmshowers.org . O Pot, sua esposa e 2 filhos foram muito hospitaleiros. Conhecemos mais como é a vida de uma família típica tailandesa e eles nos levaram em um restaurante com comidas muito gostosas, para fecharmos a última noite em território tailandês fazendo o que mais gostamos, comer… hehehe
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No dia seguinte pela manhã, resolvi substituir um dos raios traseiros que havia quebrado, porém eu não tinha uma das ferramentas para retirar o cassete. O jeito foi improvisar, peguei um pedaço de cabo de vassoura, arame e um pedaço de corrente velha e funcionou. De Satun até o Ferry que tomamos para deixar a Tailândia e entrar na Malasia foram cerca de 15 km por estradas tranquilas.
Nos despedimos da Tailândia depois de mais de 1 mês cruzando boa parte do país. Temos saudades de muitos momentos nos quais viajamos de bicicleta por lá. O povo alegre, boa comida, belas praias e clima tropical deixou saudades. Sawadee kaaaaa!!
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<- Primeira parte do trecho pela Tailândia.
Sudeste Asiático de bicicleta. Trecho 4 – Tailândia, segunda parte. Povo alegre, culinária saborosa, belas praias e boa infra-estrutura. Sawadee kaaaaa! . (For other languages, please use the browser or internet translator) Nosso primeiro trecho em território tailandês foi relativamente curto e rápido e conforme contamos no Post dedicado a ele, ficamos com "gostinho de quero mais" [ …
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Entramos duas vezes na Tailândia, quando saímos do Laos sentido Camboja e depois vindos do Cambodia e indo sentido sul para a Malasia. Vamos agrupar os dois trechos em 2 posts seguidos para ficar mais fácil a organização do Blog.
Foi o país pelo qual mais pedalamos no sudeste asiático e um dos que mais gostamos devido a boa infraestrutura, povo sorridente, praias bonitas e culinária boa, apesar de apimentada demais para nosso paladar. Não sabíamos muito sobre o país, mas pesquisamos algumas coisas antes de entrarmos neste novo território. Por exemplo que o regime é monárquico e este assunto é delicado para conversar com os locais, qualquer brincadeira ou crítica ao rei é cabível de punição, então nem pensar em falar muito sobre isso com os tailandeses ou debater o assunto em mídias sociais, principalmente enquanto estivéssemos por lá. Outra coisa importante é que as comidas costumam ser bem apimentadas, então uma boa é aprender a falar “pouca pimenta” (mai pêt).
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Os dois trechos percorridos somaram cerca de 1600 km. O primeira trecho entre o Laos e Camboja foi de cerca de 350 km. E entramos no país na fronteira entre Savannakhet e Mukdahan, através da “Seconda Thai-Lao Friendship Bridge”, mas o que não sabíamos é que não é permitido o trânsito de bicicletas e pedestres sobre a ponte.
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“Não pode bicicleta na ponte”. Com esta frase fomos surpreendidos depois de passar a aduana do Laos sentido Tailândia, antes de cruzarmos uma das Pontes de Amizade entre os dois países. Esta ponte ficava na cidade de Savannakhet, nosso último lugar de pernoite no Laos. A ponte cruza o rio Mekong e chega a cidade de Mukdahan na Tailândia. Como já havíamos estampado a saída do Laos nos nossos passaportes, ficamos quase 1 hora alí tentando resolver a situação, pois bicicletas e pedestres não podem trafegar pela ponte. Há um ônibus que faz este pequeno trajeto e que a princípio não queria levar a bicicleta por ser muito grande, mas depois que dividimos o quadro em 2 partes e retiramos as bagagens, o motorista percebeu que ela ficava compacta e aceitou colocá-la no porta malas. Benditos acopladores de quadro. Pagamos cerca de 2 dolares por pessoa e a travessia de ônibus levou uns 5 minutos. Chegamos na Tailândia, remontamos a bike e seguimos para cruzar a aduana do país. Mostramos nosso certificado internacional de vacinação da Febre Amarela e como brasileiros não precisam de visto para a Tailândia por 90 dias, rapidamente cruzamos a fronteira.
Esta nossa passagem pela fronteira nordeste da Tailândia foi curta. Entramos pela  cidade de Mukdahan, onde ficamos apenas uma noite, demos uma volta rápida, trocamos o dinheiro do Laos (Kip) pelo tailandês (Baht), tomamos uns cafés gelados e programamos nosso percurso sentido sul para cruzar a fronteira com o Camboja em direção a Siem Reap depois de cerca de 1 semana. Sentimos uma grande mudança ao cruzar a fronteira, achamos a Tailândia mais desenvolvida infra-estruturalmente do que os países vizinhos, trocamos os espelhos retrovisores de lado pois no país a mão de direção é inglesa. O primeiro dia de pedal no país foi um pouco confuso, mas acabamos nos adaptando rápido a mão inglesa, apenas prestando mais atenção com os reflexos acostumados a mão direita, as estradas na Tailândia tem boa qualidade, mesmo as menores. Tivemos também nosso primeiro contato com outro sistema político na região, uma vez que é uma monarquia constitucional e há fotos do rei por todos os lados.
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A Tailândia também é predominantemente budista, então os templos continuam presentes em muitas cidades e vilarejos. Achamos os templos Tailandeses maiores e mais adornados. (Ban Non Song Yae village area, Thailand).
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Na Tailândia, os moteis são as hospedagens mais baratas e fáceis de encontrar nas estradas. Assim como no Brasil, os moteis no sudeste asiático é onde a galera vai para “namorar”, hehehe. Temos um sono pesado, mas quando percebemos que o lugar é meio barulhento, colocamos nossos tampões de ouvido e o barulho do ventilador ajuda a dar uma abafada também. Os lugares são simples, mas costumam estar limpos. Os preços giram em torno de 8 a 10 dólares por noite. (Ban Non Sang Yae village)
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Simpatia Tailandesa. O povo tailandês é simpático e sorridente. Nas redondezas da cidade de Suwwanaphum paramos em um motel para passarmos a noite. As funcionárias acharam nossa bicicleta muito interessante e pediram para tirar uma foto com ela. Elas ficaram alegres com a foto. No quarto havia um banheiro enorme que estava pedindo para virar cozinha de cicloviajantes, hehehe. Flavinha colocou até uma mesinha lá para cozinhar. Costumamos cozinhar no banheiro pois é mais fácil de limpar, faz menos barulho pra fora da quarto, o cheiro de comida não fica por todos os lados e se normalmente não há detectores de fumaça nos banheiros.
Ficamos curiosos quando encontramos  um lugar chamado Ban TaKlang, a aldeia dos Elefantes no GPS. O desvio na nossa rota sentido Camboja seria pequeno até lá. Então decidimos ir lá conferir se haviam elefantes naquela região mesmo. Vimos elefantes, vários, mas esperávamos algo mais do tipo um santuário, o que na verdade o lugar não é. Os animais tem aparência saudável, mas não vivem de maneira livre, tem seus donos e são treinados para atender ao mercado do turismo.
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O vilarejo dos elefantes e o exercício do “não julgar”. Algo que fizemos cada vez mais em nossa viagem foi tentar observar mais e entender as coisas em nossa volta sob o contexto, história e cultura do lugar onde estávamos, antes de julgarmos sob o nosso ponto de vista, que é previamente programado pelo lugar no mundo de onde viemos. É um exercício difícil algumas vezes. Antes de chegarmos ao Vilarejo histórico de Ban Ta Klang, fomos ler a história do lugar e do povo que ali habita, além de alguns comentários de pessoas que passaram por alí. Titubiamos em ir pois percebemos que tratava-se na verdade de uma vila centenária, onde a etnia que vive ali (população Kuy) durante séculos se especializou em treinar e adestrar elefantes. Sabemos que este adestramento e treinamente é feito as custas de sofrimento dos animais jovens até que aprendam e não compartilhamos da ideia de que isto seja algo normal e que deve permanecer acontecendo. Porém, ao mesmo tempo tem todo um contexto histórico local para que as coisas sejam assim por ali, associado a cultura de um povo e claro, a força de um comércio turístico que retroalimenta e mantém este ciclo. Decidimos ir ver com nossos próprios olhos, aprender a história local no museu que há alí e tentamos nos despir o máximo de nossos preconceitos e pré-julgamentos antes de chegarmos no vilarejo. O lugar é interessante, há muitos elefantes e todos eles com aparência saudável, muitos vivendo nas casas dos seus criadores e sendo cuidados como um animal de estimação. O museu é pequeno mas conta melhor a história desta etnia que se concentra nesta área, os Kuy, e que adestram elefantes a séculos, a princípio para trabalhos nos campos e até para guerra, mas atualmente para shows turísticos. Não quisemos assistir o show que os elefantes fazem para os turistas. Vimos alguns dos elefantes presos com correntes aos pés para não fugirem. Não vimos nenhum elefante ser golpeado ou algo do tipo, mas sabemos que adestrar e amansar um animal tão forte requer dor quando são filhotes. Valeu como experiência histórico cultural, é difícil não julgar, sentimos pelos elefantes, animais lindos e não recomendamos que turistas compareçam a nenhum show com elefantes ou continuem subindo nos animais.
Queríamos dormir no quarto em forma de elefante, mas estava muito caro… hehehe, então ficamos em um quarto mais simples e aproveitamos para cozinhar no banheiro novamente.
Próximos a cidade de Surin, depois de cruzarmos algumas pequenas  estradas rurais com alguns búfalos tomando banhos de lama por perto, fomos parados na estrada pelos simpáticos irmãos Li. Além de fotos e bate papo, fomos presenteados com algumas guloseimas para café da manhã e uma garrafa de mel.
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Ficamos apenas 1 noite hospedados em um pequeno hotel na cidade de Surin, não visitamos muitas coisas, apenas o supermercado, passamos ao lado de alguns templos e descansamos.
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Fronteira Tailândia – Camboja. Preferímos sempre chegar o mais perto de uma fronteira, mas deixar para cruzá-la no outro dia cedo, com calma. Cruzar fronteiras depois de um dia de pedal, no final da tarde e cansados não é com a gente. Ainda mais porque as vezes a parte burocrática é demorada e tem o câmbio do dinheiro também. Logo antes de entrar no Camboja, paramos no vilarejo fronteiriço Tailandês de Chong Chom. Encontramos um “cafofinho” na estrada por cerca de 9 USD e por alí ficamos, o Camboja começou no dia seguinte. [ Post sobre o Camboja ]
Esta primeira passagem pelo país foi rápida e deixou aquele gostinho de “quero mais”. Vistamos a Tailândia novamente depois que saímos do Camboja e então ficamos um bom tempo por lá, visitamos belas praias, pedalamos muito e conhecemos muita gente boa e divertida, mas esta continuação ficará para o próximo post. Sawadee kaaaa!!
Segunda parte do trecho pela Tailândia ->
  Sudeste Asiático de bicicleta. Trecho 4 – Tailândia, primeira parte. Povo alegre, culinária saborosa, belas praias e boa infra-estrutura. Sawadee kaaaaa! . (For other languages, please use the browser or internet translator) Entramos duas vezes na Tailândia, quando saímos do Laos sentido Camboja e depois vindos do Cambodia e indo sentido sul para a Malasia.
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Para chegar ao Camboja, cruzamos do Laos para a Tailândia, percorremos um trecho em terras tailandesas e depois entramos no país por uma fronteira chamada Chong Chom e saindo em direção a Tailândia novamente por Poipet. Os trechos da Tailândia vamos postar em conjunto para facilitar a organização do Blog.
Percorremos cerca de 350 km no país e visitamos a cidade de Siem Reap, onde fica o maior complexo de templos religiosos do mundo e queríamos muito conhecer. O Camboja é um país grande e com muitos lugares diferentes a visitar, mas ao mesmo tempo muito pobre e com problemas sociais resultantes de guerras e governos anteriores que assolaram o país. Sabendo disto e ainda com muitos quilômetros pela frente para atravessar a Tailândia e Malasia até a cidade de Kuala Lumpur, onde nos programamos para pegarmos um vôo no final de Dezembro, decidimos pedalar um pouco menos por lá e fazer tudo com mais calma.
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Entramos no Camboja pela fronteira Chong Chom (Tailandia) – Osmach (Camboja). O visto poder ser obtido na hora e apesar da taxa oficial ser de 30 USD por pessoa, nos pediram 35 USD. Provavelmente há alguma “taxa” especial embutida aí, mas achamos melhor pagar sem perguntar nada. Voltamos a pedalar do lado direito da pista e as estradas principais estavam em condições boas. A vegetação e infra-estrutura do país nos lembrou o Laos. Nosso rumo foi a cidade de Siem Reap.
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E a felicidade continua. No Camboja também encontramos nosso “combustível” predileto do Sudeste Asiático, o caldo de cana. Normalmente estávamos pedalando entre 60 e 80 km por dia pois os países são predominantemente planos, mas o clima quente e úmido é um pouco cansativo e o caldo de cana é perfeito para isso. Além de natural, é barato, super energético e refrescante (eles colocam gelo).
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Completamos 23 mil km pedalamos próximos a cidade de Along Veng, em um estrada rural super calma no interior do país.
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O Sudeste Asiático tem muitas comidas de rua e estrada, abundantes, saborosas e com preço barato. O que temos feito é comprado pão e frutas para o café da manhã e alguma coisa simples para cozinharmos a noite, durante o dia estamos comendo fora na estradas e cidades. Neste dia após o vilarejo de Anlong Veng vimos um pequenino restaurante muito simples ao lado da estrada. Havia carne de porco e frango misturados a uma sopa com macarrão (noodles) e temperos. Comemos os dois e tomamos 2 refrigerantes e a conta ficou algo em torno de 4 USD. A família vivia no fundo do restaurante e enquanto comíamos passavam galinhas, gatos e cachorros em meio as mesas e a criançada brincava por alí também, tudo muito simples e tranquilo.
Uma história estranha, nossa tentativa frustrada de dormir em um templo no Camboja. Ouvimos e lemos muitas histórias de cicloviajantes que dormiram em templos budistas no sudeste asiático e decidimos tentar no Camboja, mas infelizmente tivemos azar, podemos dizer. Na cidade de Anlong Veng ficamos em um pequeno hotel, então o caminho até Siem Reap decidimos fazer em 2 dias e no vilarejo de Sre Noy tentamos dormir em um templo budista que havíamos visto pelo GPS. Chegando lá o templo parecia um pouco abandonado, com muita sujeira em volta e algumas pessoas que pareciam viver ali junto aos monges, inclusive vimos uma mulher se banhar ali enquanto um monge meditava. Achamos tudo muito estranho, mas como não conhecemos muito bem os costumes budistas e o país tem suas dificuldades de um país pobre que sofreu muito com um regime totalitário e guerras recentes, entendemos que tudo faz parte de um contexto e decidimos ficar por ali e tentar nossa primeira vez acampando em um templo budista. Fiz sinais com as mão de “dormir” para o monge responsável e ele disse que poderíamos ficar ali sem problemas. Me banhei com a água de umas grandes tinas e pudemos usar um banheiro próximo também. Okay, apesar do movimento de pessoas ali, tudo parecia tranquilo. No final da tarde 2 policiais vieram checar nossos passaportes. Com o cair da noite mais e mais crianças chegavam e alguns homens ficavam parados ali nos encarando, deixando a Flávia desconfortável. Foi então que um garoto vestido como monge me chamou para ver o celular dele e neste momento percebi que havia algo errado por ali mesmo, na tela do celular uma video chamada com um homem mostrando o pênis. Apesar de estar tentando ser um cara mais tranquilo durante a viagem, quando algo me tira do sério, meu lado estivador nada gentil reaparece, nesse momento fechei a cara e mandei o garoto “tomar no meio do olho do #ų dele”. Já estávamos desconfortáveis alí com aquela galera em volta e esta foi a gota d’água. Colocamos tudo de volta na bike, ligamos as luzes e já de noite partimos para um Guest-House que havia ali perto. Vamos tentar novamente adiante, mas em outro país.
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O Camboja não tem tantos postos de combustíveis estruturados e muitas pessoas utilizam motinhos para o deslocamento. É muito comum encontrar vendas como esta pelas cidades, vilarejos e estradas. No começo não sabíamos se era algum suco ou whisky barato, hehehehe, mas logo descobrimos que se trata de gasolina.
As marcas do passado. O Camboja até hoje sofre com o resultado de guerras nos países vizinhos e um regime totalitário que assolou o país durante 4 anos até 1979 e que manteve uma guerrilha ativa até 1990. Problemas sócio-econômicos, estruturais e educacionais são perceptíveis neste país de natureza tropical exuberante e riqueza histórico arqueológica. Um dos legados destas guerras e conflitos na região é a quantidade de minas terrestres e explosivos não detonados, conhecidos pela sigla inglesa UXO (problema presente no Laos também). As áreas mais problemáticas estão nas regiões fronteiriças com a Tailândia, justamente pelas quais passamos, por isso deixamos a opção acampamento selvagem totalmente fora de cogitação neste país. Visitamos próximo a cidade de Siem Reap um museu dedicado ao assunto, criado por um dos maiores especialistas do país neste assunto. O dinheiro arrecadado no museu ajuda adultos e crianças vítimas destes explosivos, alguns deles vivem no fundo do museu e outros inclusive trabalham no museu. Ao mesmo tempo que nos entristecemos visitando o lugar, conhecendo melhor as estatísticas e esta triste realidade do país, ficamos contentes em ver o trabalho que este local e os responsável prestam a comunidade Cambojana. Só para constar, a maioria das vítimas destes explosivos são civis (crianças), com cerca de 40 mil amputações. Um dos índices mais altos do mundo. Estima-se que ainda existam entre 5 a 6 milhões de explosivos não detonados pelo país.
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O incrível professor. Fomos até a cidade de Siem Reap no Camboja para visitarmos o histórico templo de Angkor Wat. Pelo aplicativo AirBnb encontrei um quarto na casa de uma família, com bom preço e muitas referências positivas. Mas sabíamos que nos aguardava mais uma experiência social inesquecível. O Sr. Siv e Sra Pisey, com seus 5 filhos formam uma bela família. Ela cuida da casa, dos filhos, da arrumação dos quartos para os hóspedes e de um pequeno mercado que fica no andar térreo da casa. Ele é motorista de Tuk Tuk durante o dia e todos os dias de semana ministra aulas de inglês gratuitamente das 17 as 19 horas para crianças da região. O dinheiro do AirBnb ajuda nas despesas da casa. Pude ver o trabalho social incrível que eles fazem e além disso conversamos sobre o país deles, tiramos dúvidas e fizemos várias refeições junto a toda família. Adoramos esta experiência de hospedagem paga com direito a imersão cultural. O país ainda é muito carente de educação e professores como o Sr Siv são verdadeiros heróis.
Tem uns morcegos bem grandes por aqui e algumas rãs e sapinhos por todos os lados, um país bem tropical (Seam Reap, Camboja).
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Um vídeo que mostra um pouco de nossas andanças pela cidade cambojana de Siem Reap e o contato com a cultura local através da família do Sr. Siv, que ensina inglês gratuitamente para crianças da comunidade. Siem Reap é uma cidade turística no noroeste do Camboja, é a porta de entrada para as ruínas de Angkor, sede do reino do Khmer entre os séculos 9 e 15. O enorme complexo de edifícios de pedra de Angkor inclui o preservado Angkor Wat, o templo principal, que é representado na bandeira do país. Faces gigantes e misteriosas estão esculpidas no templo de Bayon, em Angkor Thom. Percebemos na cidade uma pequena porção central com alguma infra-estrutura mais preparada para o turísmo, porém a maior parte da cidade ainda é muito simples, com ruas de terra e sinais de muita pobreza.
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Angkor Wat em um dia? O complexo de templos de Angkor Wat é o maior do mundo, com numerosos templos cheios de detalhes e história, conectados por caminhos asfaltados e bem sinalizados. Ficamos hospedados próximo a bilheteria. A nossa dúvida era em quanto tempo fazer o passeio pelo local. Fomos até a bilheteria e os valores são altos para nosso orçamento: 37 USD para 1 dia, 62 USD para 3 e 72 USD para 1 semana. (Estes valores são por pessoa) Apesar do preço, estávamos alí e não queríamos deixar de conhecer esta maravilha da humanidade. Como não somos especialistas em arqueologia, nem historiadores e sabemos que depois de uns 4 ou 5 templos tudo poderia ficar muito parecido para nós, decidimos comprar a entrada para 1 dia e nos dedicarmos aos templos principais. Como estávamos de bicicleta, economizamos com tuk-tuk ou ônibus, e pedalamos até lá e por todos os caminhos que conectam os templos. Levamos em nossas mochilas água e biscoitos para economizarmos com alimentação lá e passamos o dia todo no local. Foi ótimo ter ido de bicicleta. Visitamos uns 6 templos principais e foi o suficiente para nós, valeu muito a pena, além dos templos serem lindos, os caminhos que os conectam são uma delícia para percorrer de bicicleta. Ficamos das 8 da manhã até cerca de 4 da tarde e foi o suficiente, voltamos para casa com as pernas doendo e muito felizes. 😊
Angkor Wat (/ ˌæŋkɔːr ˈwɒt /; Khmer: អង្គរវត្ត, “Cidade / capital dos templos”) é um complexo de templos no Camboja e é o maior monumento religioso do mundo, em um local medindo 162,6 hectares (1.626.000 m2; 402 acres) . Originalmente construído como um templo hindu dedicado ao deus Vishnu pelo Império Khmer, foi gradualmente transformado em templo budista no final do século XII. Um dos primeiros visitantes ocidentais ao templo foi António da Madalena, um frade português que visitou em 1586 e disse que “é de uma construção tão extraordinária que não é possível descrevê-lo com uma caneta, principalmente porque não é como nenhum outro. edifício no mundo. Possui torres, decoração e todos os refinamentos que o gênio humano pode conceber. ” Angkor, na província de Siem Reap, no norte do Camboja, é um dos sítios arqueológicos mais importantes do sudeste da Ásia. Consiste em dezenas de templos, estruturas hidráulicas (bacias, diques, reservatórios, canais), bem como rotas de comunicação. Por vários séculos, Angkor, foi o centro do Reino Khmer. Com monumentos impressionantes, vários planos urbanos antigos diferentes e grandes reservatórios de água, o local é uma concentração única de características que testemunham uma civilização excepcional. Templos como Angkor Wat, Bayon, Preah Khan e Ta Prohm, exemplos da arquitetura Khmer, estão intimamente ligados ao seu contexto geográfico, além de serem imbuídos de significado simbólico. A arquitetura e o layout das capitais sucessivas testemunham um alto nível de ordem social e classificação no Império Khmer. Angkor é, portanto, um importante local que exemplifica valores culturais, religiosos e simbólicos, além de conter alto significado arquitetônico, arqueológico e artístico.
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De Siem Reap miramos a Tailândia novamente e decidimos fazer o trajeto de aproximadamente 150 km até a fronteira em dois dias, o percurso é bem plano. Mantivemos a rotina do caldo de cana e almoços nas barraquinhas das estradas.
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Hospedagens de baixo custo no Camboja. Por diversos motivos decidimos não acampar no Camboja e buscávamos hospedagens simples com baixo custo, o lado bom é poder ajudar o comércio local e ter mais conforto como uma cama e um banho no final de um dia por terras tão tropicais. Neste dia entre a cidade de Siem Reap e a fronteira com a Tailândia, depois de cerca de 80 km paramos em um pequeno vilarejo (Kum Rohal) e encontramos uma hospedagem. Eles costumam cobrar entre 6 a 8 USD o quarto com ventilador.
No nosso último dia no país chegamos a cidade fronteiriça de Poipet. Situada na fronteira com a Tailândia, em uma das principais rotas sentido Bangkok, é uma cidade bem movimentada. Há Cassinos e outras coisas que deixam tudo muito agitado por lá, um pouco bagunçado pra falar a verdade. Os hoteis costumam ter preços acimas da média e tivemos que garimpar bastante até encontrarmos uma hospedagem mais simples, na qual pagamos cerca de 8 dólares o quarto. A família que administrava o hotel era simpática e atenciosa e passamos uma noite tranquila.
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Nossa pedalada pela Camboja não foi tão extensa, mas foi intensa. Pudemos sentir a hospitalidade do povo, mas ao mesmo tempo muitos problemas sociais e estruturais resultantes de governos prejudiciais anteriores. Desejamos a este povo alegre um futuro cada vez melhor e que o país finalmente melhore, principalmente para a classe mais pobre, que é a maioria da população. Aprendemos muito e repensamos muitas coisas sobre a vida e humanidade enquanto viajamos de bicicleta por estas terras de cultura milenar, natureza exuberante e clima tropical.
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Sudeste Asiático de bicicleta. Trecho 3- Camboja. Um país de rica história, problemas sócio-econômicos, o maior complexo de templos do mundo e que está se recuperando do legado de um regime político totalitário que assolou o país . (For other languages, please use the browser or internet translator) Para chegar ao Camboja, cruzamos do Laos para a Tailândia, percorremos um trecho em terras tailandesas e depois entramos no país por uma fronteira chamada Chong Chom e saindo em direção a Tailândia novamente por Poipet.
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Dados de 944 dias de viagem (30/07/2017 a 29/02/2020)
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Hoje analisaremos os dados de 944 dias de cicloviagem. Dados relacionados a quilometragem, tempo pedalado, gastos com comida, hospedagem, turismo, manutenção da bicicleta e curiosidades. Então vamos a eles:
DADOS RELACIONADOS A QUILOMETRAGEM EM 944 DIAS
-KM TOTAL PEDALADOS: 26497Km -KM total de carona: 2746 km -KM total de trem: 180 KM -KM TOTAL PERCORRIDA: 30741 Km -KM máxima em um dia: 118km…
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Com o nosso visto Vietnamita de 30 dias chegando ao final e o preço para extensão fora do nosso orçamento, entramos no Laos por uma pequena fronteira de montanha, vindos da cidade de Vinh, no Vietnã. O Laos nos surpreendeu em muitos sentidos, é um dos países mais pobres dos seus vizinhos, mas apresenta uma natureza bela e exuberante, um povo simpático e sorridente, o “oi” mais bonito da região (“sabaidí”) além do tráfego nas estradas que diminue muito e das buzinadas, muito comuns no Vietnã, que desapareceram (não preciso nem dizer que adoramos isso).
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Viajamos a região sul do país, percorrendo cerca de 430 km, passando por pequenos vilarejos, um parque nacional e margeando o rio Mekong. Não chegamos a ir até o extremo sul e entrar pelo Camboja por alí, preferímos entrar na Tailândia na região de Savannakhet e depois cruzarmos para o Camboja por uma fronteira mais próxima a cidade de Siem Reap, onde fica o turístico templo cambojano de Angkor Wat.
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No sudeste asiático o Budismo é a religião predominante na maioria dos países e no Laos os mini templos em meio a natureza continuam, algumas vezes com algumas oferendas ao redor ou incensos queimados.
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Nossa primeira parada no Laos foi em um pequenino vilarejo. Depois de cruzar umas montanhas do Vietnam pra cá, chegamos famintos. Encontramos uma hospedaria simples (70000 kip = aprox 8 USD) tomamos banho e fomos buscar um lugar para comer. Achamos um restaurante bem simples onde ninguém falava inglês, mas por meio de mímicas e “aponta daqui e dalí” fomos servidos com uns espetinhos de uma carninha bem temperada, que deveria ser comida com folhas de plantas (não temos nem ideia que plantas eram) e uma saladinha caprichada na pimenta (o beiço chegava a inchar). Nos lembramos um pouco dos costumes dos indígenas do Brasil, onde se comem muitas coisas sobre folhas de plantas (bananeiras) e inclusive se comem algumas folhas de certas plantas selvagens também.
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Desde que iniciamos nossa viagem em 2017 fizemos muitos acampamentos selvagens, principalmente na região da Patagônia e depois dos Balkans até a Ásia Central. O Sudeste Asiático foi eleito o lugar para uma pausa dos selvagens por alguns motivos. Primeiro, porque as hospedagens tem preços favoráveis, os preços oscilam entre 6 a 10 dólares por quarto por noite, com ar condicionado, wifi e lugar seguro para deixarmos nossa bicicleta. Segundo, a natureza é exuberantemente tropical por aqui, o que significa muitos lugares com mata fechada , áreas alagadiças ou grama muito alta, incluindo cobras, escorpiões, aranhas, formigueiros e outras coisas que podem atrapalhar. Terceiro, no final do dia estamos ensopados com o calor e umidades que faz por aqui e a possibilidade de um banho faz toda diferença. Quarto, países como Vietnam e Tailândia são bem povoados e legalmente é proibido acampar selvagem e Quinto e mais importante, países como o Laos e Cambodia ainda tem muitos explosivos não detonados expalhados pelo seu território, então é bom saber muito bem onde espetar a barraca. Por todos estes motivos, associados a uma vontade de dar uma pausa nas acampadas na nossa passagem pelo Sudeste Asiático, nossa barraca permanece guardada. Mas confesso que sentimos falta de acampar selvagem, mas ao mesmo tempo estamos gostando de ter uma cama e um lugar seguro todos os dias.
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Decidimos manter nossos chapéus vietnamitas presos aos capacetes e seguir vestindo-os por todas nossas andanças pelo sudeste asiático. Eles não são muito aerodinâmicos para ventos dianteiros (parece que nossas cabeças vão decolar), mas fazem uma super sombra nos nossos rostos, o mais importante para o sol forte que faz por estes lados, além do visual que fica divertido, hehehe.
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O Laos é muito verde. Chegamos no final da temporada de chuvas e início do outono, com as paisagens completamente tomadas por um verde incrível por todos os lados. (Região sul do Laos, Ban Na Hin).
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Depois de umas descidas íngrimes que pegamos no Laos, acho que chegou a hora de trocar as pastilhas do freio traseiro, já estava “comendo” o metal.
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Uma coisa que achamos interessante no Laos foi a presença algumas vezes de árvores gigantescas se destacando em uma paisagem forrada de plantas mais baixas. Veja como somos minúsculos perto desta belezura desta gigantona aí. Esta estrada foi no caminho para a caverna de Kong Lor, no sul do país.
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Parada para lanchinho e “esfriar o carburador” (estrada para Kong Lor, Sul do Laos).
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Tentamos visitar sempre que possível um Parque Nacional em cada país e no sul do Laos fomos até o Parque Nacional Phou Hin Poun para visitar a caverna de Konglor. O passeio é muito interessante. Por cerca de 7 USD por pessoa, pudemos conhecer de barco esta caverna que une 2 vilarejos, 2 de cada lado. A caverna é gigantesca em comprimento e tamanho das galerias e cortada por um rio que passa dentro dela. Não conseguimos filmar muito o passeio dentro da caverna pois a única luz era a de nossas lanternas de cabeça, a câmera não conseguia captar o que víamos com nossos olhos. Fora da caverna a natureza exuberante do Laos fez seu show. Aproveitamos ainda para nadar um pouco e nos refrescarmos.
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Arrozais. Eles estão por todos os lados no Sudeste Asiático (região de Kong Lor Cave, sul do Laos).
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Existem pequenas vendinhas nos lugares mais escondidos no sudeste asiático, então achar o que comer não é um problema. Nas pequenas vendinhas nas estradas as vezes compramos bananas, caldo de cana, amendoins ou biscoitos. Um cacho de bananas normalmente ficava entre 0,25 a 0,6 dólares e o caldo de cana 0,6 dólares um copão.
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Como estamos gastando com hospedagem por estes lados, estamos tentando economizar com alimentação, comendo menos fora. O quarto das hospedagens viraram nossas casas por um dia. Lavamos e secamos as roupas no banheiros e cozinhamos, preparamos café e tudo mais no quarto. Sempre tomando cuidado para não sujar ou estragar nada. (Ban Khounkeo, Laos).
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Outra coisa que gostamos aqui no Laos é que tem muitas borboletas pelos caminhos enquanto pedalamos, e elas passam em bandos tirando finas, isso quando não trombam na nossa cara. Bom, até agora não engoli nenhuma pelo menos, hehehehe. Depois da Ásia Central, o Sudeste Asiático seria nosso descanso de muitas coisas, inclusive das subidas, porém o relevo do Laos apresenta algumas subidas, poucos trechos mas quando existem são bem inclinadaos e não estávamos esperando. A altitude não é muita, mas algumas vezes os trechos chegavam a 20% de inclinação e empurramos bastante a bicicleta. Com o calor e umidade chegávamos ensopados no final das subidas, mas para nossa alegria o cenário ao redor e a descida que vinha depois faziam valer a pena.
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Café gelado no sudeste asiático. Esta é outra bomba energética que adoramos por aqui. Um café adoçado com leite condensado em meio a gelo moído. Além de refrescante, dá mais ânimo após um copão destes.
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Os templos budistas são muito bonitos e cheios de detalhes esculpidos e pintados minuciosamente. Sempre que vemos algum do lado da estrada passamos devagarzinho para contemplar e olha que são muitos por aqui. Este ficava próximo ao vilarejo de Vieng Kham, no sul do Laos.
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Pensem num “lagartixão”. No sudeste asiático é comum encontrar essas lagartixas coloridas chamadas Tokay, principalmente nos vilarejos no interior do Laos. Elas fazem um barulho muito engraçado a noite e demoramos para descobrir que eram essas lagartixonas que “berravam”. Esta espécie ocorre no nordeste da Índia, Butão, Nepal e Bangladesh, em todo o sudeste da Ásia, incluindo Filipinas e Indonésia, e no oeste da Nova Guiné, na Melanésia. Seu habitat nativo é a floresta tropical, onde vive em árvores e falésias, e também se adapta frequentemente às habitações humanas rurais, paredes e tetos móveis à noite em busca de presas de insetos. O Tokay é uma lagartixa grande, com até 30 cm de comprimento. Infelizmente em algumas áreas a população vem diminuindo devido a captura. Tem pessoas que “pensam” que elas tem poderes sobrenaturais e afrodisíacos.
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Uma coisa que temos feito nas hospedagens no sudeste asiático é, sempre que possível, colocarmos a “Minhoca” no quarto conosco. Os países são super seguros por aqui, mas em todo o caso preferímos ela pertinho de nós para dormirmos todos juntos. Este foi um quarto bem simples que alugamos por uma noite no vilarejo de Vieng Kham, sul do Laos. Pagamos 6 dólares o quarto, com ventilador. A noite faz calor, mas como é outono, somente com ventilador dá pra dormir confortavelmente.
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Kip. Este é o nome do dinheiro do Laos. Na época que passamos pelo Laos ( Outubro de 2019 ), 1 dolar americano comprava 8700 kips aproximadamente. O idioma do Laos é escrito com um alfabeto todo desenhado, praticamente o mesmo da vizinha Tailândia.
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No sudeste asiático são comuns hospedagens assim. Cada um aluga sua “mini casinha” por uma noite. (Vilarejo de Ban Kham Keo, sul do Laos).
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Uma das comidas que comemos mais no Sudeste Asiático são as sopas de noodles, com nomes diferentes dependendo do país, mas presentes em todos praticamente. É uma sopa com macarrão, temperos, verduras e algum tipo de carne. Os preços giram em torno de 1,5 a 2 dólares e ficamos satisfeitos após uma pratada.
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As 11:30 da manhã normalmente ainda estamos pedalando e sempre passamos em frente a alguma escola. Este é o horário de saída dos alunos para o almoço. Paramos em um mercadinho na frente de uma destas escolas nas proximidades da cidade de Thakhek e fiz esta foto. Duas coisas chamam a atenção aqui. Eles utilizam muito mais as bicicletas no Laos, diferentemente do Vietnam, onde as crianças e adolescentes saem com suas motinhas elétricas e assim como na maioria dos países do sudeste asiático, a galera se preocupa muito com a radiação solar por aqui e as pessoas se cobrem bastante e usam sombrinhas desde jovens.
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Thakhek ( Lao : ທ່າ ແຂກ) é uma cidade no centro-sul do Laos, capital da província de Khammouane. Localizada ao longo do rio Mekong, em frente à cidade tailandesa de Nakhon Phanom, tem cerca de 70.000 habitantes. A cidade tem várias casas que datam da época da colonização francesa. O Wat de Sikhottabong, localizado na margem do Mekong a seis quilômetros ao sul da cidade, abriga uma stupa de 30 metros de altura construida no início do XIX século. A cidade nos surpreendeu. A cidade é estruturada e bem cuidada. Demos sorte e chegamos em um dia de festividades, com uma competição de tradicionais barcos a remo no rio Mekong. Passeamos pelo centro, tomamos caldo de cana e visitamos um mercado de rua cheio de vida e comidas estranhas. Havia a possibilidade de cruzar para a Tailândia já nesta cidade, mas decidimos ficar um pouco mais no país e descer mais ao sul.
No Laos aproveitamos a oportunidade de provar o churrasquinho asiático, que tem um jeito bem diferente de preparar do que estamos acostumados no Brasil. Primeiro colocamos em uma bandeja os tipos de carnes que queremos (pegamos carne de gado, miudos de frango e alguns frutos do mar), depois o garçon prepara uma fogueirinha na mesa e coloca uma grelha diferente com uma área onde vai água onde são cozidas verduras e o restante do preparo é com a gente. Valeu a diversão e ficou gostoso.
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Templos budistas estão por todos os lados no Laos, mesmo nos vilarejos pequeninos encontramos alguns templos bem bonitos. Este foi no caminho entre Thakhek e Savannakhet, próximo ao vilarejo de Keng Kabao.
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  Pedalamos algum tempo ao lado do rio Mekong, no Laos. Estradinhas pequenas, a maioria das vezes com asfalto e pouco movimento, passando por diversos pequenos vilarejos e por vezes até com uma área de descanso como esta, onde fizemos um lanchinho da tarde antes de terminarmos o dia.
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A casa da “soneca” No sudeste Asiático é comum encontrar estas casinhas onde as pessoas fazem suas refeições e depois tiram uma soneca. Normalmente ficam na frente das casas e estabelecimentos comerciais próximos as estradas. Esta da foto ficava ao lado da casa da família que cuidava de um pequeno hotel na estrada próxima ao vilarejo de Ban Keng Kabao, onde passamos uma noite.
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As casas altas. O sudeste asiático tem grandes áreas de relevo plano que ficam bem alagadiças nas épocas chuvosas. No Laos há muitas destas casas elevadas do chão por pilares. Na época seca, as famílias utilizam esta área para estacionar veículos, se reunirem, criar animais, colocar redes, etc… Estas casas também são muito presentes nos outros países vizinhos.
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Laos Off-road. Em um de nossos trechos finais no Laos (antes da cidade de Savannakhet), decidimos aproveitar a oportunidade da temporada mais seca, saindo um pouco das estradas com asfalto e nos aventurarmos pelas trilhas e estradas alternativas que o GPS nos mostrava (utilizamos o aplicativo OsmAnd+ no celular). Foi um longo dia percorrendo cerca de 60 km de trilhas e pequenas estradas de terra, com trechos arenosos, esburacados, atravessando rios e pontes meio despedaçadas. Ficamos cansados mas valeu a aventura do dia. A natureza ficou ainda mais exuberante indo por estas pequenas estradas, passando algumas vezes por pequeninos vilarejos, quase sem movimento, com exceção de alguns moradores locais em suas motos ou tratores. Creio que na época de chuvas, monções, muitos destes trechos ficam intranspassáveis.
Antes de chegarmos a cidade de Savannakhet fizemos um desvio para visitar uma antiga e importante Pagoda. That Ing Hang é um importante local de culto, não apenas para os budistas do Laos, mas também para os budistas tailandeses que vivem no norte da Tailândia. A torre do século XVI tem cerca de 9 metros de altura e acredita-se que abriga um dos ossos de Buda. No caminho há muitas barraquinhas vendendo oferendas feitas com flores de Lotus e folhas de bananeiras.
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“Não pode bicicleta na ponte”. Com esta frase fomos surpreendidos depois de passar a aduana do Laos sentido Tailândia, antes de cruzarmos uma das Pontes de Amizade entre os dois países. Esta ponte ficava na cidade de Savannakhet, nosso último lugar de pernoite no Laos. A ponte cruza o rio Mekong e chega a cidade de Mukdahan na Tailândia. Como já havíamos estampado a saída do Laos nos nossos passaportes, ficamos quase 1 hora ali tentando resolver a situação, pois bicicletas e pedestres não podem trafegar pela ponte. Há um ônibus que faz este pequeno trajeto e que a princípio não queria levar a bicicleta por ser muito grande, mas depois que dividimos o quadro em 2 partes e retiramos as bagagens, o motorista percebeu que ela ficava compacta e aceitou colocá-la no porta malas. Benditos acopladores de quadro. Pagamos cerca de 2 dolares por pessoa e a travessia de ônibus levou uns 5 minutos. Chegamos na Tailândia, remontamos a bike e seguimos para cruzar a aduana do país. Mostramos nosso certificado internacional de vacinação da Febre Amarela e como brasileiros não precisam de visto para a Tailândia por 90 dias, rapidamente cruzamos a fronteira.
Gostamos bastante do estilo tranquilo do Laos para viajar de bicicleta, uma população simples e hospitaleira, vilarejos em meio a belas paisagens de natureza tropical e preços muito amistosos para nossas economias. Esperamos que o país melhore do ponto de vista econômico e infra-estrutural para que sua população tenha melhor qualidade de vida e um futuro mais promissor.
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  Sudeste Asiático de bicicleta. Trecho 2- Sul do Laos: Bela natureza, final das buzinadas e o “oi” mais simpático da região “Sabaidiiii!” . (For other languages, please use the browser or internet translator) Com o nosso visto Vietnamita de 30 dias chegando ao final e o preço para extensão fora do nosso orçamento, entramos no Laos por uma pequena fronteira de montanha, vindos da cidade de Vinh, no Vietnã.
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2fortrips · 4 years
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Dados de 915 dias de viagem (30/07/2017 a 31/01/2020)
Dados de 915 dias de viagem (30/07/2017 a 31/01/2020)
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Hoje analisaremos os dados de 915 dias de cicloviagem. Dados relacionados a quilometragem, tempo pedalado, gastos com comida, hospedagem, turismo, manutenção da bicicleta e curiosidades. Então vamos a eles:
DADOS RELACIONADOS A QUILOMETRAGEM EM 915 DIAS
-KM TOTAL PEDALADOS: 26497Km -KM total de carona: 2746 km -KM total de trem: 180 KM -KM TOTAL PERCORRIDA: 29927 Km -KM máxima em um dia: 118km…
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2fortrips · 4 years
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Dados de 854 dias de viagem (30/07/2017 a 30/11/2019)
Dados de 854 dias de viagem (30/07/2017 a 30/11/2019)
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Hoje analisaremos os dados de 854 dias de cicloviagem. Dados relacionados a quilometragem, tempo pedalado, gastos com comida, hospedagem, turismo, manutenção da bicicleta e curiosidades. Então vamos a eles:
DADOS RELACIONADOS A QUILOMETRAGEM EM 854 DIAS
-KM TOTAL PEDALADOS: 24825 Km -KM total de carona: 2746 km -KM total de trem: 180 KM -KM TOTAL PERCORRIDA: 28255 Km -KM máxima em um dia: 118km…
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2fortrips · 4 years
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Foi uma ótima decisão voar da Ásia Central para o Sudeste Asiático, estávamos precisando de mais tropicalidade, variedade gastronômica e ficar um tempo em países onde estão mais acostumados com turístas. Comentamos mais sobre as razões que nos fizeram pular alguns trechos e voarmos para o Sudeste Asiático NESTE POST.
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Que saudades que estávamos de uns frutos do mar. Mal chegamos, esfomeados depois do vôo, e fomos começar nossa orgia culinária no sudeste asiático 😊. Aqui os preços das comidas nos restaurantes simples são bem acessíveis e tem muitas opções. Em Hanoi ficamos hospedados em um quarto de hotel próximo ao centro. Pagamos cerca de 12 dólares por dia o quarto, com café da manhã. Precisávamos ficar alguns dias parados lá para resolvermos várias coisas e achamos que talvez fosse tempo demais para ficar na casa de um anfitrião, então nem buscamos hospedagens solidárias.
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Nosso roteiro pelo Vietnam não foi tão longo, fizemos o e-visa online quando estávamos no Quirguistão e pagamos 26 USD por pessoa para estadia de 30 dias no país (No momento que escrevo este post brasileiros precisam de visto). A extensão do visto é mais burocrática e cara do que pensamos, na época o preço seria de 120 USD por pessoa para extender por mais 30 dias, o que explodiria nosso orçamento, então nos programamos para aproveitarmos o máximo da região onde estávamos e não fazer de norte a sul na correria em apenas 30 dias, o país é longo. Pedalamos por cerca de 630 km no Vietnam e visitamos lugares muito interessantes até nossa saída por uma fronteira pequena com o Laos, Cao Treo Border Pass.
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Nossa chegada no Sudeste Asiático foi cheio de mudanças. A variedade de opções e riqueza gastronômica é incrível por aqui, começamos a sentir muito mais calor com o clima quente e úmido, a quantidade de pessoas e “motinhas” por todos os lados aumentou bastante…e claro, já tivemos nossos corações fisgados por esta parte do mundo. Acho que esta foto diz muita coisa, olhem a alegria que estamos com nossos “capacetes” novos pelo sudeste asiático. Que comecem as aventuras por estas terras de idioma impronunciável para nós hehehe… ” Chào mừng bạn đến viet nam” (Bem vindos ao Vietnam).
Ficamos 6 dias na cidade de Hanoi e foi muito bom. A cidade é muito viva, cheia de cores, sabores e lugares interessantes para visitar. Logo nos contagiamos com a agitação vietnamita e entramos no clima, sem contar a culinária local que foi amor a primeira mordida, hehehe. Compramos as peças novas para a bicicleta, algumas roupas de verão e substituimos alguns equipamentos de camping que estavam estragados e furados. A capital do Vietnã, é conhecida pela arquitetura centenária e pela rica cultura com influências da China, da França e do Sudeste Asiático. No centro da cidade, fica o caótico Bairro Antigo (onde nós ficamos), com ruas estreitas que são organizadas mais ou menos por tipo de comércio. Há muitos templos pequenos, como o Bach Ma, que homenageia um cavalo lendário, além do mercado Đồng Xuân, que vende artigos domésticos e comida de rua.
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Voltando a infância. Em Hanoi fomos conferir um teatro de bonecos de madeira sobre a água. Trata-se de uma tradição que data em torno do século XI, originada em vilarejos do Delta do Rio Vermelho, na área norte do Vietnam. Atualmente a peça é uma variante única desta tradição. O show tem cerca de 50 minutos e nos fez voltar a infância. A mistura da musica tradicional, das luzes, do colorido das roupas dos músicos, a voz das narradoras, o barulho da água e a “vida” dos bonequinhos criou todo um clima ludico cativante que nos deixou vidrados. A peça conta a história e lendas da região. É tudo em vietnamita, mas conseguimos captar um pouco das histórias.
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Guerras. O povo vietnamita tem uma longa história de guerras e dominações por parte de outros povos, vizinhos e que vieram de outros continentes. E esta história, como todas as que tratam de guerras, é muito triste e até hoje é lembrada em museus e as mais recentes delas ainda estão muito presentes na memórias deste povo. O que lemos sobre o assunto e vimos em alguns museus nos deixou muito tristes. Entramos neste museus e lemos sobre estes assuntos pois queremos entender mais sobre o passado destes países pelos quais passamos, o passado sempre explica muito bem o presente. Mas sempre ficamos tristes com a história, com as atrocidades que o ser humano consegue fazer contra ele mesmo. O povo vietnamita sobreviveu a tudo isso, bravamente e é um povo alegre e hospitaleiro. Quanto mais fronteiras imaginárias cruzamos e mais pessoas conhecemos, as guerras são mais e mais inconcebíveis para nós.
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O Budismo é a religião dominante no país, embora estima-se que a maior parte deste grupo não é praticante ativo da religião. Este foi nosso primeiro contato com um país de maioria budista, cheio de templos, imagens do Buda e outras simbologias desta religião presentes por todos os lados. Os templos são bonitos e coloridos e gostamos de visitar alguns deles. Descobrimos também, que assim como outras religiões, o budismo apresenta várias vertentes. No Vietnam, a tradição predominante é a Mahayana.
Encontros dos caminhos. Da cidade de Hanoi já havíamos preparado nosso roteiro, saindo sentido sul para a cidade de Ninh Binh, passano antes por Halong City, mas como o rumo da nossa viagem é livre e muda mais de caminho que charrete de cigano, desta vez não foi diferente. Por uma sorte do destino, estávamos ainda em Hanoi quando recebi a mensagem de um amigo que nos segue pelo Instagram, o Diogo. Ficamos na casa do pai dele na cidade de Auriflama (Brasil) no segundo dia de nossa viagem. Na mensagem ele passava o contato da irmã dele que morava na cidade de Hai Phong, cerca de 100 km de Hanoi. Falamos com ela (Paula) e foi então que tivemos mais sorte ainda, o marido dela (Edson) estava chegando em um vôo vindo da Alemanha no dia que iríamos fazer nosso check-out do hotel em Hanoi. Resumindo, tiramos a bicicleta da caixa para ela ficar menor e fomos encontrar com ele, pegando uma carona até a cidade de Hai Phong. Foi perfeito, pois sair pedalando da movimentada Hanoi seria estressante e difícil. Fomos hospedados por este hospitaleiro casal, que nos deu dicas, preparou um quarto confortável para nós e nos convidou para uma festa de casamento, ou seja, a partir deste momento, nosso roteiro começou a mudar e foi ótimo.
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De Haiphong pegamos um transporte até o porto próximo de Halong City, onde fizemos um passeio de barco pela Baía de Halong. Os passeios são bem turísticos e tem os preços salgados, então optamos por pegar o mais barato possível, com 4 horas, almoço incluso, remar um pedacinho com caiaque e visitar a maior caverna da região (ficou 35 USD por pessoa). A beleza do lugar, que é patrimônio da Unesco, impressiona. O barco vai passando entre as centenas de ilhas e faz duas paradas. Tivemos muita sorte, o dia estava lindo, deixando as paisagens mais deslumbrantes ainda.
A Baía de Ha Long ou Baía de Alongues (em português:”Onde o Dragão entra no Oceano”), com cerca de 1.969 ilhotas de calcário que se elevam das águas, é a mais conhecida baía do Vietname. A maior parte das ilhas não está habitada nem afectada pela presença humana. A beleza cénica do sítio é complementada pelo seu interesse biológico. As ilhas tem um número infinito de praias, grutas e cavernas. De acordo com a lenda, quando um grande dragão que vivia nas montanhas correu até ao mar, a sua cauda cavou vales que mais tarde foram enchidos com água, deixando apenas pedaços de terra à superfície, ou seja, as inúmeras ilhas que se avistam na baía. A Baía de Ha Long foi declarada Património Mundial da UNESCO em 1993.
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Começamos oficialmente nossas pedaladas pelo Sudeste Asiático partindo da casa de nossos anfitriões em Hai Phong, os brasileiros Paula e Edson. Adoramos a proteção solar oferecida pelos chapéus típicos da região e o colorido das roupas. Entramos no clima tropical e é assim que estamos viajando de bicicleta por aqui. Prendemos o chápeu típico sobre nossos capacetes usando bracadeiras. As camisas são super confortáveis e abrindo os botões deixam um ventinhp bom passar. De Hai Phong miramos a ilha de Cat Ba. A bicicleta esta mais leve do que na Ásia Central (sem boa parte dos equipos pesados de inverno).
De Hai Phong a Ilha de Cat Ba a estrada é bem tranquila de pedalar e depois há um ferry boat que atravessa um estreito curtinho, cerca de 20 minutos apenas e pagamos 12000 Dongs Vietnamitas por pessoa (cerca de 50 centavos de dolar).
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Ficamos 3 noites na Ilha de Cat Ba. Apesar de pequenina, ela tem lugares lindos e interessante para visitar. O centrinho é cheio de vida e apresenta restaurantes e um mercado municipal onde se vendem muitos frutos do mar dos mais diferentea tipos, coisas que nem imaginávamos que alguém comeria. Há trilhas e belas praias para conhecer. Ficamos em um hostel mais afastado do centro, cerca de 2,5 km, mas nada que 30 minutos de caminhada não resolvesse, afinal por 6 USD o quarto com café da manhã estava um preço bom. De lá saem passeios mais baratos para Halong Bay também, mas já havíamos feito quando pensávamos que não visitaríamos esta ilha. Os planos mudam como as marés por lá hehehe.
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Cat Ba “O nome histórico chamado Cac Ba” significa “Ilha das Mulheres” (Cac significa tudo e Ba significa mulheres). Diz a lenda que, há muitos séculos, três mulheres da dinastia Tran foram mortas e seus corpos flutuaram até a ilha de Cat Ba. Cada corpo apareceu em uma praia diferente e os três foram encontrados pelos pescadores locais. Os moradores de Cat Ba construíram um templo para cada mulher, e a ilha logo ficou conhecida como Cat Ba. É a maior ilha da Baía e aproximadamente metade de sua área é coberta por um Parque Nacional, que abriga o Cat Ba langur, altamente ameaçado de extinção. A ilha possui uma grande variedade de ecossistemas naturais, tanto marinhos quanto terrestres, levando a taxas incrivelmente altas de biodiversidade. Os tipos de habitats naturais encontrados no Arquipélago Cat Ba incluem karsts de calcário, florestas tropicais de calcário, recifes de coral, manguezais e capim-mar, lagoas, praias, cavernas e florestas de salgueiros. A Ilha Cat Ba é uma das únicas ilhas povoadas da Baía de Ha Long, com cerca de 13.000 habitantes vivendo em seis comunas diferentes e mais 4.000 habitantes vivendo em aldeias piscatórias flutuantes ao largo da costa. Em 2004, o Arquipélago de Cat Ba foi declarado Área de Reserva da Biosfera para Homem e UNESCO, a fim de proteger os múltiplos ecossistemas terrestres e aquáticos, bem como a diversidade de vida vegetal e animal encontrada na Ilha. A Ilha Cat Ba enfrenta inúmeros problemas ambientais. Aumentos no turismo e desenvolvimentos recentes ameaçam a integridade ecológica e a biodiversidade da ilha, reduzindo e fragmentando o habitat natural das inúmeras espécies de Cat Ba. Caça ilegal, caça furtiva, pesca excessiva e poluição da água na Baía de Ha Long continuam ameaçando a saúde ecológica da ilha.
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A última vez que bebemos caldo de cana foi no Brasil. Esta deliciosa bebida tropical é adorada por nós. Desde que começamos a pedalar no Vietnam, bebemos todos os dias. É refrescante, altamente energética e encontramos em todos os lugares pelas estradas. Os preços variam entre 5 a 10 mil dongs vietnamitas (entre 1 a 2 reais o copão).
Churrasco brasileiro no Vietnam. Voltamos de Cat Ba para a cidade de Hai Phong para irmos com os amigos brasileiros Paula e Edson a um casamento, chegamos um dia antes e para nossa surpresa fomos convidados por eles para irmos a um aniversário com direiro a churrasco e corte de carnes estilo brasileiro! Ficamos muito felizes e nossa barriga mais ainda hehehehe. Uma galera de brasileiros muito divertida que vive no Vietnam.
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Festa de casamento no Vietnam, a quarta festa de casamento que vamos durante nossa viagem. Tem algumas coisas que aconteceram durante este nosso tempo de estrada que não imaginamos ser possível. “Qual a chance de ir a um casamento no Vietnam?” Bom, estando lá já aumentaram nossas chances, mas mesmo assim, foi muita sorte. Parabéns aos noivos Trang e Hieu! Muito obrigado aos amigos e anfitriões na cidade de Hai Phong, os queridos Edson e Paula, por estenderem o convite a nós.
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Já falamos isso muitas vezes, passamos por muitos lugares diferentes, experimentamos comidas e bebidas deliciosas, vimos muitos por do sol… mas o que mais nos marca durante a viagem e que fazem ela valer a pena são as pessoas que conhecemos durante o caminho, a interação e o aprendizado que temos com elas. Na cidade de Hai Phong fomos hospedados vários dias por esta bela família: Edson, Paula e os filhos Iris e Hugo. Eles foram muito hospitaleiros e nos ajudaram bastante. Pudemos montar nossa bicicleta com calma, descansar e ainda graças a eles fomos em festa de aniversário e casamento. Foram momentos muito especiais para nós dos quais nunca vamos nos esquecer. Muito obrigado pelo acolhimento meus queridos.
Búfalos. Vimos muitos búfalos no Vietnam, principalmente nas estradas menores que cortam áreas rurais. O clima por aqui é bem quente e é comum ver os búfalos se refrescando nos rios e lagos. A aparência saudável dos animais nos chamou a atenção por aqui. Búfalos, bois e vacas tem uma couro bonito com pelo brilhante e são bem fortes e as vezes gordinhos. Não vimos nenhum animal cheio de moscas e carrapatos ao redor, como em outros países pelos quais passamos.
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Assim são os cemitérios no Vietnam. Achamos eles super bonitos e alegres (por mais estranho que isso possa parecer). Os túmulos tem a aparência de mini templos budistas e muitas vezes estão em meio a natureza ou arrozais por exemplo.
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Parada para reabastecimento em um supermercado. No Vietnam os mini mercados estão por todos os lados, já super e hipermercados são mais difíceis de encontrar, principalmente em pequenas cidades. Os preços são mais evidentes nos supermercados, o que torna tudo mais fácil.
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Hospedagens no Vietnam. Diferentemente da Ásia Central, no Vietnam não é permitido acampar selvagem (muitas pessoas o fazem), o país é bem povoado, com muitas áreas alagadiças e é possível encontrar alojamentos bem baratos. Há principalmente 3 tipos de hospedagens por aqui: hotéis, “nha nghih” (motel) e hosteis ou homestays. Já ficamos nos 3 tipos (sempre buscamos a opção com melhor custo benefício). Os hoteis mais baratos tem preço médio em torno de 10 USD por quarto (ac, wifi e banheiro no quarto), nha nghih em média 6 a 8 USD o quarto (mais simples, as vezes sem água quente) e os homestays ou hosteis com preços em torno de 6 a 10 USD por quarto privado dependendo da localização. Neste dia ficamos em um homestay próximo ao sítio turístico de Trang Anh (5 km) e ficamos em um hostel chamado The Goat, por 7 USD por dia por um bom quarto, com direito a café da manhã (encontramos pelo Booking.com). Fora de temporada (outono) tudo fica mais tranquilo por estes lados.
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Próximo a Ninh Binh, Vietnam, existe uma área de preservação chamada Trang Anh, que é patrimônio da Unesco. O Complexo de Paisagens Tràng An é uma área próxima à Ninh Bình, Vietnam famosa por seus passeios de barco em cavernas. O Complexo inclui as cidades de Hoa Lu, Tam Cốc-Bích Động, e o Templo Bai Dinh. Hoa Lu foi uma antiga capital do Vietnam, estabelecida entre os Séculos X e XI. Tràng An foi incluído na lista de patrimônio Mundial da UNESCO por “revelar traços arqueológicos da atividade humana por um perídio contínuo de mais de 30.000 anos. As cavernas ilustram a ocupação das montanhas por caçadores sazonais e como eles se adaptavam às mudanças climáticas e ambientais, especialmente com as repetidas inundações pelo mar após a última era do gelo”. O passeio da barco entre estas belas paisagens vale muito a pena, só não pode esquecer o chapéu pois o sol é muito forte. Foi super legal pedalar até lá, tudo planinho e cheio de natureza muito viva ao redor. Deixamos a “minhoca” estacionada e fomos fazer um passeio de barco (8 USD por pessoa). O passeio tem duração de 2 horas e passamos dentro de tuneis naturais, cavernas, ao lado de vários templos e sobre águas calmas e cristalinas. Tudo muito lindo.
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É quente e úmido, mesmo no outono dos sudeste asiático ficamos ensopados no final do dia, mas adoramos pedalar com estas paisagens tropicais verdinhas ao nosso redor. (Vinh Loc, Vietnam).
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Bai Dinh Pagoda, Vietnam. No caminho para Vinh Loc, por estradas menores, passamos pelo templo Budista de Bai Dinh, o maior do Vietnam, e fomos fazer uma visita. A entrada é gratuita, pagamos apenas o estacionamento para deixarmos nossa bike (0,50 USD). O lugar é bem cuidado e a altura da Pagoda é impressionante, mas o que mais gostamos foi o jardim, com as plantas podadas estilo aquelas plantas de filmes de ficção em outros planetas hehehe…
Vimos pelo GPS que havia um ponto turístico próximo a nossa rota, os portais da Cidade Imperial de Ho e fizemos um desvio para visitá-lo. Quando chegamos lá, o que resta apenas são 4 portais como este na foto, o restante são arrozais. O local é patrimônio da Unesco, mas achamos a natureza e a vida interiorana ao redor mais interessante.
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“Cachorro quente”. Sabemos que é cultural, mas uma coisa nos deixou um pouco tristes no Vietnam, lá eles comem o “verdadeiro cachorro quente”. Esta foto tiramos na garagem de um Nha Nghi (hotel de baixo custo) no qual ficamos uma noite na pequena cidade de Vinh Loc, no lado esquerdo da foto, dentro da pequena e apertada gaiola esta uma cadelinha que em breve irá virar refeição. A gaiolinha ao lado estava vazia, então os dias dela estão contados. Nas estradas é comum ver placas escritas “Thit Chó” (carne de cachorro). Além disso vimos um caminhão com centenas destas gaiolas lotadas de cães passando em uma das estradas. Segundo algumas pessoas que conversamos, a população jovem tem comido cada vez menos cachorros no país. Mesmo sabendo que é uma questão cultural, quando víamos estas gaiolas dava uma tristeza.
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Hospitalidade vietnamita. Na cidade de Thanh Hoa fomos recebidos pelos amigos Qynh e Tu, que fazem parte do CouchSurfing.com . Eles foram super hospitaleiros e mesmo super atarefados (a Qynh trabalha em 2 empregos e o Tu faz faculdade em período integral), eles se revezavam e no tempo livre deles nos mostravam a cidade, passeavam conosco de motinhos e pudemos preparar jantar juntos, conhecemos outros amigos deles e fomos com eles em lugares onde os locais comem. Eles nos contaram melhor sobre a história, curiosidades, cultura e tradições do Vietnam. Conversamos bastante e dividimos momentos inesquecíveis juntos. Mais uma vez, tivemos sorte de encontrar pessoas locais e termos um pouco mais de imersão cultural neste país. “Kam on my friends”.
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Caramujos. Desde Hanoi estávamos curiosos em comem alguns caramujos que víamos pessoas preparando nas ruas. Na região praiana de Thanh Hoa, nossa anfitrião Qynh nos levou para provarmos umas “lesminha” hehehe. Este tipo é cozido e bem temperado. A casca é comprida, como fundo quebrado. É chupar igual canudinho e o bichinho é devorado. Estava um pouco apimentado demais para o nosso paladar, mas adoramos provar estes caramujinhos.
Provamos e gostamos do café vietnamita, principalmente a versão gelada (colocar gelo após o preparo) e adoçado com leite condensado. Ele é preparado com neste pequeno filtro que vai sobre o copo e o ideal é esperar com calma ele coar e ir papeando. Ele fica com um sabor forte e encorpado. A Flavinha encontrou um filtrinho destes no supermercado e comprou para fazermos café nas nossas acampadas, ela cansou de fazer café coado na meia hehehehe.
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Mais uma das muitas delícias da culinária vietnamita. Provamos e adoramos o “Bánh Tráng Cuôn Thit Heo”… Só sei desse nome pois tirei uma foto da placa no restaurante pra ler depois, hihihi. Resumindo, é um enroladinho feito com uma folha finíssima e uma grossa de arroz, recheado com folhas de vários tipos, carne de porco com a pele tostadinha, noodles e um molho bem gostoso. Comemos até a última folhinha 😊.
Visitamos também em Tan Hoa, um dos mercados matinais, cheios de comidas, roupas, acessórios e carnes e é claro muitas frutas: jacas, bananas, pomelos, laranjas, mamões, maracujás, etc… Estávamos com saudades dos trópicos 😊❤.
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Sem sombra de dúvidas até agora o Vietnam foi o país onde vimos mais motinhas por todos os lados. Achamos ao mesmo tempo divertido, exótico e algumas vezes desagradável (buzinam demais e ocupam as calçadas). Mas claro que fomos dar umas voltinhas nelas também em Tam Hoa. O trânsito no Vietnam é intenso e nas grandes cidades um pouco caótico. A impressão que tivemos foi que por lá vale a lei do mais forte no trânsito e motinhas e bicicletas estão lá embaixo na lista da selva urbana. As buzinas são muito frequentes e irritantes depois de um tempo. Algumas vezes eles buzinam para avisar que estão passando, mas muitas vezes sentimos aquela buzinada do tipo “sai da frente porque eu estou passando”, mas tudo bem, logo nos adaptamos ao estilo e não tivemos problemas em viajar de bicicleta pelo país.
Saímos de Tan Hoa sentido Quynh Thien e depois Vinh. Neste caminho completamos 22 mil quilômetros pedalados. Na cidade de Vinh não encontramos muitos atrativos, mas ficamos duas noites, compramos umas guloseimas em um supermercado grande, fomos nos correios, trocamos dinheiro para entrarmos no Laos e demos umas voltas a pé pela cidade.
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Nosso visto de 30 dias no Vietnam estava acabando e para estendê-lo custaria 120 USD por pessoa, muito fora do nosso orçamento, então infelizmente era chegada a hora de dizer tchau para este país que gostamos bastante (somente a quantidade de motinhas e buzinas que não gostamos, hehehehe). Da cidade de Vinh pegamos estradas menores em direção ao Laos, caminhando para dentro do continente o tráfego diminui e as plantações de arroz envolvem as estradas.
Pegamos um passo de fronteira bem montanhoso, após 30 km de subida, com os últimos 10 km bem inclinados passando por lindas paisagens tropicais, entramos no Laos. Que venham novas descobertas 😊!
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Sudeste Asiático de bicicleta. Trecho 1- Vietnã: Muita tropicalidade, belas paisagens, comidas saborosas, motinhos e buzinadas. (For other languages, please use the browser or internet translator) Foi uma ótima decisão voar da Ásia Central para o Sudeste Asiático, estávamos precisando de mais tropicalidade, variedade gastronômica e ficar um tempo em países onde estão mais acostumados com turístas.
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2fortrips · 4 years
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O "Mantra do Pedal". Por que mudamos nossos planos após a Ásia Central?
O “Mantra do Pedal”. Por que mudamos nossos planos após a Ásia Central?
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Quando viajamos de bicicleta, em muitos dias passamos várias horas sentados e diferentemente do que pode parecer a maioria dos dias são muito comuns e alguns monótonos. Momentos de surpresa e paisagens surpreendentes acontecem, mas não é a maioria do tempo que passamos pedalando. Logo, na maioria do tempo os estímulos externos não nos distraem e acabamos fazendo uma viagem paralela muito…
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