EVENTOS FESTIVOS DA PERIFERIA
Os eventos festivos da cultura periférica são expressões vibrantes e autênticas da identidade cultural de comunidades que muitas vezes são marginalizadas ou sub-representadas. Eles desempenham um papel fundamental na preservação e celebração das tradições locais, bem como na construção de um senso de pertencimento entre os residentes de áreas periféricas.
Em resumo, os eventos festivos da cultura periférica são vitais para a preservação da diversidade cultural e identidade das comunidades periféricas, além de desempenharem um papel significativo na promoção da coesão social, na economia local e na conscientização sobre questões sociais relevantes.
"É bailão bailão, é bailão bailão
Só pra não perder o extinto
Meu caninho faz canção, então
Bololô ton, ton, bololô ton, ton"
- Tiger Preta, MC Lele JP
Bailes Funk
Os bailes funk são eventos que celebram o gênero musical conhecido como "funk brasileiro". Esses bailes são conhecidos por suas batidas eletrônicas pulsantes, letras muitas vezes explícitas e danças animadas. Eles são realizados principalmente em comunidades periféricas, em quadras de escolas de samba, clubes ou espaços improvisados. Os bailes funk atraem um público diversificado e são um reflexo das tradições e da cultura das favelas brasileiras.
"'To tranquilão 'tá lazer
'To cheirosão nos traje
Dia de baile é assim
Jack de maçã verde"
- Maçã Verde, MC Hariel
Fluxo
O termo "fluxo" é amplamente utilizado nas comunidades periféricas e se refere a um estado de movimento constante. Nos contextos dos bailes funk, "estar no fluxo" significa estar presente e aproveitar o momento, muitas vezes dançando, socializando e se divertindo. O fluxo é uma expressão de liberdade e espontaneidade, essencial para a experiência nos bailes.
"Bola aê, brisa aê, que hoje a noite é de prazer
Faz o que quiser fazer, pode até subir e descer
No papin, faz assim, vem ni-vem ni-vem ni mim
Que-que hoje eu tô facin, tô fa-tô fa-tô facin"
- TÁ OK, MC Kevin O Chris
Rolezinho
O "rolezinho" é um fenômeno social que surgiu no Brasil, onde grupos de jovens, em grande parte moradores das periferias, se reúnem em shoppings e áreas de consumo de alto padrão. Essas reuniões são frequentemente pacíficas, mas também geraram controvérsia e debates sobre inclusão social e desigualdade.
"Parado na sombra como um parasita
Esperando meu lugar ao sol chegar"
- Vou Buscar, MC Hariel
Cultura da Favela
Os bailes funk, o fluxo e outros elementos culturais das periferias fazem parte de uma cultura do favela que destaca a resiliência, a criatividade e a força das comunidades marginalizadas. Essa cultura é uma forma de resistência e afirmação da identidade contra estigmas sociais e econômicos.
"Baile da penha, sempre lotado
Todo sabadão eu tenho que partir
E os amigos, profissa ao perigo
De glock na cinto, o ritmo é assim"
- Baile da Gaiola, MC Kevin O Chris
Desafios e Preconceito
Embora os bailes funk e outros eventos culturais das periferias sejam celebrados por muitos, eles também enfrentam desafios, como a estigmatização associada à violência e ao uso de drogas. As autoridades muitas vezes buscam equilibrar a promoção da cultura local com preocupações de segurança pública.
"É várias perdidas que nós sempre encontra
E se perde junto oh dom
Olho azul piscina a preta domina
Todas de biquíni, é bom"
- Azul Piscina, MC Livinho
Conclusão
No geral, os bailes funk, o conceito de fluxo e outros elementos da cultura periférica desempenham um papel vital na expressão cultural e na construção de comunidades coesas nas áreas urbanas do Brasil. Eles são uma parte importante da tapeçaria cultural do país, refletindo tanto os desafios quanto a riqueza da vida nas periferias.
Referências
Canal do youtube: Agência Mural de Jornalismo das Periferias
ambientelegal.com.br
dwsemanadedesign.com.br
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APRESENTAÇÃO
O presente blog tem como intuito expor o modelo de cultura periférica apresentado na atual sociedade brasileira e os entraves enfrentados pelas comunidades ali presentes em relação a marginalização dos costumes praticados nelas.
Diante de tais exposições, a escolha do tema abordado se dá a partir das vivências das administradoras do blog como moradoras da periferia paulista e as visões de mundo construídas por elas e pelo ambiente ao qual estão inseridas, ou seja, a periferia.
História
A cultura periférica tem como originalidade especialmente das Favelas, dos negros e pobres, ao decorrer do tempo essas comunidades vêm sofrido provocações socioeconômicas significativas.
A arte de rua e a música são as representações centrais dessa cultura. A música, tendo como gênero funk, samba e o rap se tornaram forma de expressão social e cultural. Falando sobre a arte de rua, inclui-se murais e grafites, é uma grande forma de expressão, sendo como forma pessoal, social e cultural.
Os movimentos sociais nas periferias têm lutado por seus direitos e igualdade. Um exemplo disso é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Caso queira entrar em contato conosco para auxiliar em sugestões ou críticas, estaremos a disposição pelos meios de contato e por esse seguinte questionário:
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A CULTURA PERIFÉRICA EM FOCO: MÍDIA E CINEMA RELEVAM SUAS CORES
A cultura periférica brasileira é uma rica tapeçaria de histórias, ritmos e vozes que ecoam pelos becos e vielas das grandes cidades e pelos rincões do país. Ela é pulsante, diversa e cheia de vitalidade. Neste blog, mergulharemos fundo nas características e relevância da mídia e do cinema brasileiro, explorando filmes conhecidos internacionalmente, séries brasileiras, novelas e músicas e cantores famosos, tanto em território nacional quanto além-fronteiras.
"No dia que quiser lembrar de mim dá uma olhada no retrato que a gente tirou junto."
- Central do Brasil.
Filmes Conhecidos Internacionalmente:
O cinema brasileiro conquistou o mundo com obras que lançam luz sobre as nuances da sociedade brasileira. Alguns filmes que se destacam internacionalmente incluem:
Tropa de Elite (2007): Dirigido por José Padilha, este filme lança um olhar brutal e realista sobre o combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro, através dos olhos do BOPE, a unidade de elite da polícia.
Cidade de Deus (2002): Um épico urbano dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, que retrata a vida nas favelas do Rio de Janeiro, explorando temas de violência e superação.
Central do Brasil (1998): Dirigido por Walter Salles, este filme comovente narra a jornada de Dora, uma ex-professora, e Josué, um órfão, enquanto viajam pelo interior do Brasil em busca da família de Josué.
Estômago (2007): Um filme instigante dirigido por Marcos Jorge que explora a relação entre gastronomia, poder e sobrevivência em uma narrativa única.
Que Horas Ela Volta? (2015): Dirigido por Anna Muylaert, este filme aborda as complexidades das relações entre classes sociais no Brasil, através da história de uma empregada doméstica.
O Auto da Compadecida (2000): Baseado na obra de Ariano Suassuna, esse filme dirigido por Guel Arraes é uma comédia brilhante que incorpora a cultura nordestina e o humor brasileiro de forma magistral.
Carandiru (2003): Inspirado no livro de Dráuzio Varella, esse filme de Héctor Babenco retrata a vida de presos no notório presídio de Carandiru, trazendo à tona questões sobre sistema carcerário e humanização.
Esses filmes não apenas cativaram audiências em todo o mundo, mas também ofereceram visões profundas e multifacetadas da sociedade brasileira.
"Já parou para pensar o quanto é difícil acordar todo dia e encarar a própria vida? Mesmo na beira do precipício, a gente hesita. Nosso instinto é sobreviver."
- Bom Dia, Verônica.
Séries Brasileiras:
As séries brasileiras têm experimentado um crescimento significativo e estão conquistando fãs não apenas no Brasil, mas também em outros países. Algumas notáveis incluem:
Bom Dia, Verônica (2020): Esta série de suspense segue a vida da escrivã Verônica Torres, que se envolve em investigações complexas de crimes contra mulheres.
Irmandade (2019): Ambientada em um presídio nos anos 90, a série retrata a história de uma advogada que se infiltra em uma facção criminosa para proteger seu irmão.
Sintonia (2019): Criada por KondZilla, esta série segue a vida de três amigos que crescem em uma favela em São Paulo, explorando temas de música, drogas e amizade.
Cidade Invisível (2021): Uma série que mistura folclore brasileiro com elementos de suspense e investigação, explorando o sobrenatural no contexto urbano do Rio de Janeiro.
Todo Dia a Mesma Noite (2020): Um documentário emocional que narra a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, onde 242 pessoas perderam a vida.
Dom (2021): Inspirada na vida do criminoso Pedro Dom, esta série mergulha no mundo do tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
“Eu mandei você jogar a Rita no lixo e ela voltou como Nina. É essa porcaria de reciclagem, né? A gente joga uma coisa fora e, na hora que vê, a coisa volta anos depois, reciclada em outra porcaria.”
- Avenida Brasil.
Novelas:
As novelas são uma parte intrínseca da cultura brasileira e têm impacto profundo na sociedade. Algumas novelas icônicas incluem:
Avenida Brasil (2012): Uma trama envolvente de vingança e redenção que cativou audiências em todo o mundo.
O Outro Lado do Paraíso (2017): Uma novela que aborda temas como abuso, vingança e preconceito, com personagens complexos e enredos intrincados.
Cúmplices de um Resgate (2015) e Chiquititas (2013): Novelas infantojuvenis que cativaram jovens espectadores com histórias de amizade e superação.
Totalmente Demais (2015): Uma comédia romântica que aborda questões de moda e autoestima, com personagens carismáticos.
Os Dez Mandamentos (2015): Uma novela bíblica que retrata eventos do Antigo Testamento, com produção de alta qualidade.
Verdades Secretas (2015): Uma novela ousada que explora o mundo da moda e da prostituição de luxo, com tramas complexas e personagens intensos.
"Agora é hora de você assumir e sumir
Não adianta chamar quando alguém está perdido, procurando se encontrar
Tire isso da cabeça e ponha o resto no lugar"
- Ovelha Negra, Rita Lee.
Músicas e Cantores Famosos:
A música brasileira é um tesouro cultural, com uma ampla gama de estilos e artistas que transcenderam fronteiras. Alguns cantores e cantoras que se destacam nacional e internacionalmente são:
Anitta: Conhecida por sua música pop envolvente, Anitta conquistou uma base de fãs global e colaborou com artistas internacionais.
Ludmilla: Com seu talento versátil, Ludmilla transcendeu o cenário nacional e trouxe o funk brasileiro para o mundo.
Pabllo Vittar: Uma das artistas LGBTQ+ mais visíveis do Brasil, Pabllo Vittar é reconhecida internacionalmente por sua música e sua mensagem de diversidade.
Rita Lee: Uma das pioneiras do rock brasileiro, Rita Lee deixou uma marca indelével na música brasileira com sua irreverência e talento.
Seu Jorge: Com sua voz inconfundível, Seu Jorge ganhou destaque internacional com sua interpretação única da música brasileira.
Gilberto Gil e Chico Buarque: Ambos são ícones da MPB, com composições que transcenderam gerações e fronteiras.
Tim Maia: Conhecido como o "síndico" do soul brasileiro, Tim Maia deixou um legado duradouro na música brasileira.
Luiz Gonzaga: O Rei do Baião, Luiz Gonzaga, popularizou o forró e se tornou uma lenda da música brasileira.
Mamonas Assassinas: A banda de rock cômico deixou um legado de humor irreverente e músicas cativantes que ainda são apreciadas por fãs de todas as idades.
Esses artistas representam a diversidade musical do Brasil e têm contribuído para a internacionalização da música brasileira, compartilhando sua cultura e talento com o mundo.
“Você é muito fogosa
Tão bonita e carinhosa
Do jeito que eu sempre quis
Minha coisinha gostosa
Dá aos pobres, é bondosa
Sou corno, mas sou feliz”
- Bois Don’t Cry, Mamonas Assassinas
Conclusão:
A cultura periférica brasileira é um tesouro que merece ser celebrado e compartilhado com o mundo. A mídia e o cinema brasileiro desempenham um papel fundamental em transmitir essas histórias e em tornar a cultura brasileira mais acessível globalmente. Essas formas de arte são janelas para a riqueza e a complexidade do Brasil, permitindo que as vozes da periferia sejam ouvidas e apreciadas em todo o mundo.
Referências
Megacurioso.com
Adorocinema.com
Techtudo.com.br
Artcetera.art
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A MODA E ESTÉTICA PERIFÉRICA: UM OLHAR SOBRE OS ESTILOS
Desde o processo de formação das periferias em zonas urbanas, a manifestação da moda exerce significativa função como componente cultural dos grupos sociais ali existentes. de modo geral, a moda na periferia representa uma gama de elementos de empoderamento de um povo marginalizado, por exemplo, o empoderamento econômico, a resistência e subversão, a criatividade, a identidade, e as experiências. portanto, a moda nas favelas é uma forma única de expressão, incorporando componentes de diversas culturas, cores vibrantes e estilos distintos que desafiam as normas convencionais da moda.
A moda e a estética periférica brasileira têm ganhado destaque e reconhecimento ao redor do mundo. Essa efervescência criativa é uma manifestação única da cultura das periferias do Brasil, com diversos estilos que refletem a identidade, a criatividade e a resistência de seus habitantes. Neste blog, exploraremos cinco estilos emblem��ticos: Afropaty, Planetária, Mandrake, Sportlife (Cria) e Skatista.
Em suma, a moda desempenha um papel crucial nas favelas, indo além do aspecto estético e tendo impactos econômicos, culturais e sociais significativos nessas comunidades.
"Unha de fibra segurando o copão
Trem bala da VU que quebrou seu coração
Ele perde a postura porque eu tenho b******
Na rua, ele é bandido, comigo é sucção"
- Oompa Loompa, Slipmami
Estilo Afropaty: Celebrando a Negritude
O estilo Afropaty é uma celebração da cultura afro-brasileira. Marcado por cores vibrantes, estampas africanas, turbantes, tranças e penteados afro, este estilo reforça a conexão com as raízes africanas. Além disso, o Afropaty promove a aceitação e a valorização da pele negra, combatendo o racismo e a discriminação.
Combate ao Racismo: O Afropaty desafia os padrões eurocêntricos de beleza, promovendo a aceitação e valorização da pele negra e dos cabelos afro.
Preservação Cultural: Com o uso de estampas africanas, turbantes e acessórios, o estilo Afropaty também contribui para a preservação da cultura afro-brasileira.
"Se quer dar um rolê
Eu vou te apresentar o melhor baile do Rio de Janeiro
Tu já sabe qual é
O Complexo da Penha é um verdadeiro puteiro
Vamos pra Gaiola, que tá tudo bom"
- Vamos pra Gaiola, MC Kevin o Chris
Estilo Planetária: O Futuro da Periferia
A estética Planetária é uma fusão de elementos futuristas com a realidade das periferias urbanas. Marcada por roupas oversized, cores metálicas e acessórios ousados, esse estilo reflete uma visão progressista do futuro e a criatividade encontrada nas comunidades periféricas, onde a moda se torna uma forma de expressão política e artística.
Expressão Artística: Esse estilo é uma forma de expressão artística e política, representando uma visão progressista do futuro.
Inclusão Social: A estética Planetária mostra que a moda pode ser acessível e inclusiva, vindo de comunidades muitas vezes marginalizadas.
"Bigodin finin, cabelin na régua
Ela olhou pra mim, eu olhei pra ela, eu falei assim
Então vem com o Kevin o Chris"
- Vamos pra Gaiola, MC Kevin o Chris
Estilo Mandrake: A Estética da Noite
O estilo Mandrake é uma celebração da vida noturna nas periferias. Marcado por roupas escuras, jaquetas de couro, bonés e tênis estilosos, este estilo reflete a energia e a atitude dos jovens que vivem a vida noturna com intensidade. É uma forma de expressar a rebeldia e a autenticidade das periferias urbanas.
Afirmação de Identidade: O uso de roupas escuras, bonés e jaquetas de couro é uma afirmação de identidade e pertencimento a uma cultura noturna única.
Resiliência e Autenticidade: O estilo Mandrake reflete a resiliência e a autenticidade das comunidades que enfrentam desafios diários.
"E, senhorita, o que passa?
Por que você quer saber
Se é a única que eu respondo na madrugada?
Você vai se decepcionar se eu disser
Que é porque as outras não tão acordada"
- Novo Balanço, Veigh
Estilo Sportlife (Cria): A Moda das Ruas
O estilo Sportlife, também conhecido como Cria, é uma celebração do streetwear nas periferias. Marcado por roupas esportivas, tênis de alta performance e bonés de aba reta, esse estilo é uma expressão da cultura das ruas. Ele destaca a importância do esporte e da atividade física nas comunidades periféricas, além de refletir a busca por conforto e praticidade no dia a dia.
Inclusão Social: O uso de roupas esportivas e tênis acessíveis demonstra como a moda pode ser uma ferramenta de inclusão social.
Valorização do Esporte: O Cria enfatiza a importância do esporte nas comunidades periféricas, promovendo um estilo de vida saudável.
"Tava andando de quebrada
Sendo o centro da cidade
Quando cê resolveu dar um salve pelo meu radin'
Eu já tenho compromisso
Mas posso chegar mais tarde
Prefiro ter você assim
Bem pertinho de mim"
- Imprevisto, Yago o Próprio
Estilo Skatista: Liberdade Sobre Rodas
O estilo Skatista é uma representação da cultura do skate nas periferias do Brasil. Marcado por roupas largas, tênis de skate desgastados e bonés, esse estilo reflete a busca pela liberdade e pela expressão individual. O skate é mais do que um esporte; é um estilo de vida que une comunidades e promove a superação de obstáculos.
Liberdade e Expressão Individual: O skate é uma forma de liberdade e expressão, e o estilo reflete essa atitude descompromissada.
União de Comunidades: O skate une comunidades de diferentes origens, promovendo a inclusão.
"Sempre mó chique, ela é mó chave
Copo com drink, honey on fire
Passa na blitz ela pilota a nave
Tipo minha bae bih, mandrake"
- Mandrake, MC Dricka
Conclusão:
Em resumo, a moda e a estética periférica brasileira são uma manifestação vibrante da criatividade e da identidade das comunidades das periferias. Cada estilo abordado - Afropaty, Planetária, Mandrake, Sportlife (Cria) e Skatista - oferece uma visão única da cultura e da diversidade presentes nessas regiões. Essa expressão única continua a inspirar a moda e a cultura em todo o Brasil e além de suas fronteiras.
Referências
centralperiférica.org
bemtv.org.br
agenciamural.org.br
jornal.usp.br
folha.uol.com.br
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A BELEZA NAS RUAS NÃO CONVENCIONAIS
Quando pensamos em arquitetura e design, é comum visualizarmos arranha-céus reluzentes, avenidas largas e edifícios imponentes. No entanto, há algo profundamente intrigante e autêntico nas áreas periféricas das cidades, onde a arquitetura e o design tomam formas únicas e muitas vezes subestimadas. Vamos explorar algumas características notáveis dessa arquitetura e design periférico que conferem um charme especial a essas regiões.
"Mas neguei minhas raízes só pra poder viver bem
Vou me jogar no oceano, viver de m******, ser o único garoto que tentou furar a bolha
Vou adaptar as minhas escolhas, formar uns aliados
E tentar entender que nem todo ciclo é fechado."
- Terra de ninguém, Caio Ocean
Grafite: A Arte que Quebra Barreiras
O grafite, muitas vezes rotulado como vandalismo, é uma forma de expressão artística que floresce nas áreas periféricas. E por que não deveria? Essas manifestações coloridas nas paredes contam histórias, dão voz a comunidades e transformam ambientes urbanos. É uma rebelião contra o cinza impessoal das cidades modernas. O grafite traz a sensação de pertencimento, uma representação da cultura e dos desafios enfrentados por essas comunidades. É uma forma de arte que se recusa a ser confinada aos museus e galerias, em vez disso, floresce nas ruas, onde todos podem apreciá-la.
"E pra que férias em Ubatuba
Se eu moro em Paristuba
Brilhante a luz do dia
E ofuscante a luz da lua"
- Piritubacity, Pollo
Ruas com Muitas Ondulações e Ladeiras: Desafios que Moldam a Paisagem
As ruas sinuosas e ladeiras íngremes nas áreas periféricas podem ser desafiadoras para os motoristas, mas, paradoxalmente, contribuem para uma característica única e um senso de lugar. Apesar de sabermos que essas ruas só estão nestas condições por falta de auxilio governamental, onde o mesmo não busca ouvir as vozes da periferia, essas características topográficas não só criam um ambiente visualmente diferente, mas também desencorajam o tráfego de alta velocidade, tornando essas áreas mais seguras para pedestres. O ritmo mais lento permite que os moradores locais se conectem e criem comunidades mais fortes.
"Meu pai me disse: cuidado com essa pochete e esse cabelo loiro
Meu filho: cê num é branco
Geral vestido igual, mas os canas te olharam diferente, eu só lamento
No banco de trás, cê vai sentir o solavanco"
- Favela vive, part. Djonga
Construções Sem "Finalização": A Beleza na Autenticidade
Em contraste com as construções perfeitamente acabadas das áreas centrais, muitas estruturas nas áreas periféricas podem parecer inacabadas. Paredes sem reboco e tijolos expostos revelam as entranhas das construções, expondo a história e a realidade econômica local. Essa estética crua pode ser vista como uma expressão autêntica da vida urbana, um testemunho das lutas e triunfos da comunidade.
"Crime, ouro, dólar, bola fora, esquece
Os vermes eleitos querem, seus votos, preferem
Paralisia infantil no morro, cresce
Ele observe, o crime impede, tu confere"
- Canão foi tão bom, Sabotage
Pinturas nas Ruas e a Arte: Expressão sem Fronteiras
Nas áreas periféricas, você pode encontrar artistas de rua talentosos compartilhando sua visão criativa com o mundo. A arte de rua transcende as barreiras convencionais da galeria e se mistura ao tecido urbano. Pinturas vibrantes e esculturas improvisadas podem dar vida a espaços antes esquecidos e proporcionar um senso de identidade às comunidades. Esses artistas de rua são verdadeiros agentes de mudança, transformando as ruas em um palco para a criatividade. Podemos ver essa união da população periférica principalmente em época de copas e olimpíadas, onde os moradores se juntam e pintam as ruas como forma de demonstrar a união neste momento competitivo.
"A rua é nossa e eu sempre fui dela
Desde descalço, gastando canela
Hoje no asfalto de toda São Paulo
De nave do ano, tô na passarela"
- País do futebol, MC Guimê e Emicida
Conclusão:
Em resumo, a arquitetura e o design periférico não são apenas meros reflexos da negligência, mas sim manifestações autênticas da vida urbana. Do grafite que conta histórias à arquitetura desafiadora das ruas sinuosas, essas características únicas capturam a alma das áreas periféricas das cidades. A arte de rua floresce onde a liberdade de expressão é inegociável, criando uma beleza efervescente que nos lembra que a criatividade não conhece fronteiras e que a autenticidade é uma virtude a ser celebrada. Próxima vez que você caminhar pelas ruas de uma área periférica, olhe com olhos curiosos e abertos. Você pode descobrir um mundo de beleza oculta esperando para ser apreciado.
Referências
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A MARGINALIZAÇÃO DA CULTURA PERIFÉRICA
Nos recantos das grandes cidades, onde o asfalto cede lugar ao concreto e a vida pulsa com intensidade, surge uma teia cultural rica e diversificada: a cultura periférica. No entanto, é triste constatar que essa expressão vibrante da criatividade e identidade muitas vezes é marginalizada, relegada às sombras pela cultura mainstream. Neste blog, vamos mergulhar na temática da marginalização da cultura periférica, entendendo suas causas, consequências e a importância de dar voz a essas manifestações artísticas e culturais.
"Enquanto a lata chacoalhar
E a ilusão for a sensação de ser mais poderoso
(Vários vai memo se arrastar)
E a Cracolândia 'tá lotada de curioso"
- Cracolândia, MC Hariel, MC Ryan SP, Alok, MC Davi, Salvador da Rima
O que é Cultura Periférica?
A cultura periférica engloba uma gama de manifestações artísticas, musicais, literárias e visuais que emergem das áreas urbanas marginalizadas. Ela é uma resposta à complexidade da vida nessas regiões, e frequentemente reflete questões sociais, políticas e econômicas. Hip-hop, graffiti, literatura de cordel, danças urbanas e outras formas de expressão nascem e evoluem nesse contexto, trazendo consigo as vozes e experiências das comunidades periféricas.
Artistas como Racionais MC's, Tim Maia, Ludmilla e outros cantores periféricos desempenham um papel fundamental na valorização da cultura brasileira ao trazerem à tona histórias autênticas, promoverem a diversidade e o diálogo social, e empoderarem as comunidades periféricas através da música.
"Se a escravidão acabar pra você
Vai viver de quem? Vai viver de quê?
O sistema manipula sem ninguém saber"
- Periferia é Periferia, Racionais MC's
As Causas da Marginalização
A marginalização da cultura periférica decorre de diversos fatores, incluindo preconceitos sociais enraizados, falta de acesso a recursos, discriminação e o poder dominante exercido pela cultura predominante. A mídia e a indústria cultural muitas vezes favorecem narrativas que não refletem a diversidade das culturas periféricas, perpetuando estereótipos e ignorando a riqueza de suas expressões.
A marginalização da cultura periférica não é apenas uma questão artística, mas também social. Ela perpetua a exclusão, reforça a desigualdade e limita o acesso a oportunidades para os indivíduos dessas comunidades. Além disso, há um empobrecimento cultural global quando não se dá espaço para as vozes periféricas, pois perdemos a chance de enriquecer nosso entendimento coletivo da sociedade.
"Que ela mora no meu peito
E eu moro vizinho a ela
E eu fico desse jeito
Pensando nos beijos, nos carinhos dela"
- Carolina Carol Bela, Martinho da vila
Dando Voz à Cultura Periférica
É crucial que reconheçamos e valorizemos a cultura periférica, não apenas como um reflexo autêntico da vida nas margens da sociedade, mas como uma contribuição valiosa para o panorama cultural mais amplo. Iniciativas como festivais de arte urbana, projetos comunitários e plataformas de mídia independentes têm o potencial de ampliar essas vozes e promover uma mudança de paradigma.
O Exaltasamba, Zeca Pagodinho, Thiaguinho, Pixote e Raça Negra são muito importantes e significativos na cultura brasileira de todas as idades, especialmente no contexto do samba e do pagode. Eles ajudaram a popularizar esses gêneros musicais, unindo diferentes gerações com suas músicas cativantes e letras marcantes. Sua influência se estendeu além da música, promovendo valores como a celebração da vida, a identidade cultural e a conexão entre as pessoas. Suas carreiras contribuíram para manter viva a tradição do samba e do pagode, influenciando artistas contemporâneos e futuros, e deixando um legado duradouro na história musical do Brasil.
"Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza (mas que beleza)
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)"
País Tropical, Jorge Ben Jor
Conclusão
A marginalização da cultura periférica é uma realidade triste, mas não irremediável. Ao aprendermos sobre, apreciarmos e apoiarmos as manifestações culturais das áreas periféricas, podemos desafiar os estigmas e preconceitos arraigados. É hora de iluminar as riquezas da cultura periférica e reconhecer que, ao abraçá-la, enriquecemos nossa compreensão da humanidade como um todo.
Referências
centralperiférica.org
labdicasjornalismo.com
politize.com.br
celacc.eca.usp.br
jornal.usp.br
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