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#vanguardas europeias
remediosvarou · 10 months
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Remedios Varo isn't a very well-known painter by the general public yet, which is quite sad! To try to Remedy (!) this situation, I've selected and listed some studies - books, articles, thesis - about her work and life that are totally free and also available online. This is a link to keep and save. Click here to check books in Portuguese, English, and Spanish, in this order. (painting: Character, 1961)
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Remedios Varo não é uma pintura tão conhecida pelo publico em geral, infelizmente. Para tentar remediar (!) essa situação, selecionamos aqui uma lista de estudos - livros, artigos, teses - sobre a vida e obra de Remedios Varo totalmente online e gratuita. Só clicar aqui e conferir livros em inglês, português e espanhol. (pintura: Personagem, 1961)
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rtrevisan · 2 years
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A cidade do entre-guerras
A cidade do entre-guerras
Entre as décadas finais do século 19 e o término da Primeira Guerra Mundial (1918), as cidades europeias vivenciaram uma inédita fase de aceleração em seus processos de transformação morfológica, adquirindo grande complexidade estrutural e inovações inéditas em termos de infraestrutura, serviços públicos, equipamentos urbanos e tipologias de edifícios. Ao mesmo tempo, o urbanismo se estabelece…
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relaxaaienem · 2 years
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Conteúdos mais cobrados no Enem 2022
Na Matriz Referência ENEM, documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), é possível conferir todos os assuntos e competências exigidos pelo exame. 
O número de temas é bastante expressivo, sendo bem difícil se aprofundar em tudo que pode ser cobrado nas provas, mas é possível estudar as matérias que mais caem por área de conhecimento como listamos abaixo. 
Ciências Humanas
As questões de Ciências Humanas abordam os conhecimentos de história, geografia, sociologia e filosofia.
Período colonial e escravidão no Brasil
Era Vargas
Ditadura Militar no Brasil
Revolução Industrial
Primeira e Segunda Guerra Mundial
Nazismo e Fascismo 
Guerra Fria 
Urbanização
Globalização
Meio Ambiente
Migrações
Cartografia
Desenvolvimento humano e social 
Geopolítica 
Relações de trabalho
Movimentos Sociais
Pensadores da Grécia Antiga 
Correntes sociológicas e filosóficas antigas e contemporâneas
Linguagens
As questões de Linguagens abordam conhecimentos relacionados com língua portuguesa, literatura, educação física, artes e língua estrangeira. 
Interpretação de texto
Gramática
Estruturas textuais 
Movimentos literários
Esportes e cuidados com o corpo
Modernismo
Vanguardas europeias 
Vocabulário
Conjugação verbal
Ciências da Natureza
Na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, os estudantes encontrarão perguntas sobre biologia, química e física.
Ecologia e sustentabilidade
Ecossistema
Sistema Imunológico
Genética, DNA e RNA
Estequiometria
Ligações químicas e polaridade
Reações orgânicas e inorgânicas
Eletroquímica
Radioatividade
Cadeias Carbônicas 
Energia, trabalho e potência
Ondas
Mecânica
Acústica
Calorimetria
Resistores 
Matemática 
Diferente das outras áreas, que abordam mais de uma disciplina, essa prova é voltada exclusivamente para matemática.
Equações e funções de 1° e 2° grau
Porcentagem
Matemática financeira
Razões e proporções
Noções de estatística
Circunferências
Leitura e interpretação de gráficos 
Geometria plana e espacial
fontes:
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gazeta24br · 3 months
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Mais de uma dezena de novos mercados foram abertos no ano passado, aponta o diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua, em entrevista exclusiva ao podcast “Negócios do Agro”. O Brasil deverá continuar na vanguarda da exportação mundial de carnes de ave e suína em 2024, segundo avaliação do diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua. Para isso, será fundamental reforçar os controles de biosseguridade para evitar a influência aviária de alta patogenicidade e a peste suína africana nos planteis comerciais. “O fato de o Brasil não registrar casos em granjas comerciais permite manter os volumes de exportação e nossa expectativa é continuar avançando. Esperamos também que os preços do milho e do farelo continuem acessíveis, mesmo após três ou quatro anos de aumento nos custos de produção. É nosso papel ser um dos principais atores a garantir a segurança alimentar no mundo”, afirma o executivo, que participou do podcast “Negócios do Agro”. O diretor da ABPA relata que foram abertos mais de dez novos mercados em 2023, como o de carne suína para o México - segundo maior importador mundial de carne suína, República Dominicana e Peru. Já para a carne de frago foi aberto o mercado de Israel - que consome mais de 60 quilos per capita/ano por ano (o Brasil atinge 45,7 quilos de carne de frango per capita/ano) e o da Argélia. “Este é um importante mercado para produtos halal. O Brasil é o maior exportador de carne de frango halal do mundo. Das 5 milhões de toneladas exportadas em 2023, mais de 2 milhões de toneladas foram de produtos halal, o que demonstra a confiança dos países árabes”, completa Luis Rua. Responsável pela ampliação e manutenção dos mercados para exportação de carnes de aves, ovos e carne suína, Luís Rua explica que o Brasil exporta para um total de 150 países, sendo mais de 90 países compradores de aves e mais de 50 compradores de ovos. Como segundo maior produtor mundial de carne de frango e líder nas exportações, o Brasil alcançou, em 2023, um volume de quase 15 milhões de toneladas, das quais exportou mais de 5 milhões de toneladas. “A soma dos volumes dos Estados Unidos, segundo maior exportador mundial, com os de 27 países da União Europeia, não atinge o total exportado pelo Brasil no ano passado”, garante o executivo. Ocupando a quarta posição na produção mundial de carne suína, o Brasil chegou a 5 milhões de toneladas e exportou mais de 1,2 milhão de toneladas apara mais de 90 países. Com 27 viagens internacionais realizadas em 2023 para gerar engajamento com os países parceiros, Luis Rua explica que as negociações para ampliação de mercado envolvem entender valores, cultura, fazer adaptações e mostrar que o Brasil não é uma ameaça à produção local. O governo brasileiro tem um discurso de complementaridade, mostrando que ao atender a demanda daquele país, pode ajudar a indústria local a ter mais rentabilidade e qualidade”. Especialista na organização de missões comerciais e técnicas e diretor na Agrotravel Viagens Técnicas, Fábio Torquato - que apresenta o podcast “Negócios do Agro - afirma que ações como essas realizadas pela ABPA são uma prática fundamental e que traz muitos resultados positivos. “Essas missões garantem a vivência em novos ambientes e culturas, a oportunidade de conhecer de perto as demandas e se conectar com os potenciais parceiros gerando confiança, além de trazer aprendizados e a troca de experiências”. Nas diversas viagens organizadas pelo mundo, Torquato destaca que essa prática também reflete uma estratégia de empresas fornecedoras do agro com seus clientes aqui no Brasil, como forma de fidelização e construção de confiança. Além de levar os brasileiros para conhecerem o mundo, a empresa auxilia também estrangeiros interessados em conhecer o grande potencial do agronegócio brasileiro. Em 2024, o executivo da ABPA acredita na possibilidade de o governo brasileiro indicar maior número de estabelecimentos em países como Reino Unido – mercado de produtos com
alto valor agregado, como o peito de frango; Cuba (grande consumidor de salsicha), Singapura e Chile (que registrou aumento de mais de 50% nas exportações tanto de aves como carne suína).
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amazoniaonline · 4 months
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Importância da vacina da dengue reconhecida no SUS após intervenção de Senador Jader
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O Ministério da Saúde do Brasil anunciou, nesta quinta-feira (21), uma conquista significativa para a saúde pública: a inclusão da vacina contra a dengue, a Qdenga, no portfólio do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, o Brasil se torna pioneiro mundial na oferta do imunizante em um sistema público de saúde universal, marcando um avanço crucial na luta contra a dengue no país. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que a decisão resultou de uma análise detalhada da relação custo-benefício e da necessidade de acesso ao imunizante pela população brasileira. "Aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec), a medida nos coloca na vanguarda da oferta pública deste imunizante. Até o início de 2024, estabeleceremos os grupos prioritários para a vacinação, considerando a quantidade limitada de doses fornecidas pela Takeda", declarou a ministra. O laboratório Takeda informou que serão entregues cerca de 5,082 milhões de doses da vacina Qdenga entre fevereiro e novembro de 2024. A vacina, que requer duas doses, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é indicada para pessoas de 4 a 60 anos. Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), enfatizou a importância da vacinação como estratégia crucial no controle da doença. Ele destacou a prevalência da dengue em quase todo o território nacional e a insuficiência das medidas de controle do vetor. Em 2023, o aumento de 44% nos casos de dengue em todo o Brasil acendeu um alerta, conforme dados do Ministério da Saúde. Como resposta, foi criado o Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) para desenvolver estratégias efetivas na redução de casos graves e óbitos. O senador Jader Barbalho (MDB-PA), defensor da inclusão da vacina no SUS, após observar o avanço da doença, solicitou a imunização preventiva em um ofício à ministra Nísia Trindade. Ele destacou a eficácia da Qdenga, que mostrou até 80% de efetividade contra casos leves e até 95% contra hospitalizações e mortes. "Frente ao aumento dos casos, é vital sensibilizar a população e disponibilizar a imunização", declarou o senador. “Essa mesma vacina já teve seu uso recomendado e aprovado pela União Europeia para a faixa etária de 4 a 60 anos. O aumento de casos acende um alerta em nosso país. Além de sensibilizar a população para ajudar a controlar o avanço da transmissão dessas doenças, é preciso também imunizar, uma vez que os casos de óbitos por dengue, a mais perigosa dessas doenças transmitidas pelo mesmo mosquito, também aumentaram no Brasil”, alerta o senador Jader. As estratégias de vacinação serão definidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que determinarão os grupos prioritários e áreas de maior incidência. Em 2023, o Brasil registrou um aumento alarmante em casos de dengue, zika e chikungunya, sendo a dengue particularmente letal, com 1.016 mortes - um número superior ao recorde anterior de 986 em 2015 e um aumento de 316% em relação a 2021. Com a incorporação da vacina Qdenga, o Brasil espera reduzir significativamente o impacto da dengue, uma doença que tem desafiado as autoridades de saúde devido à sua rápida propagação. Read the full article
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ambientalmercantil · 5 months
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Apple revoluciona medicina com a sua mais recente inovação tecnológica
A Apple é conhecida por estar sempre na vanguarda da tecnologia, e a sua gama de AirPods não é exceção. A mais recente novidade na gama AirPods foi discreta, mas simbólica: os AirPods Pro 2 agora têm uma porta USB-C no seu estojo, adaptando-se assim às novas leis europeias. No entanto, se olharmos para todos […]
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willam-oliver · 7 months
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Líderes da UE decidem aumentar segurança econômica em meio a tensão global
Os líderes da União Europeia decidiram nesta sexta-feira fortalecer a competitividade do bloco, estar na vanguarda das novas tecnologias verdes e digitais e reduzir a sua dependência de terceiros, especificamente… ------ Este artigo foi escrito por Reuters. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama http://dlvr.it/Sx5sF5
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pacosemnoticias · 7 months
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União Europeia vai eliminar gases nocivos em frigoríficos e ares condicionados até 2050
O Conselho da União Europeia e o Parlamento Europeu chegaram a acordo político para a eliminação progressiva até 2050 dos gases fluorados, utilizados em frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, bombas de calor ou equipamentos de proteção contra incêndio.
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Além do pacto sobre a regulamentação dos gases fluorados, os negociadores das instituições europeias chegaram a acordo sobre outra regulamentação relacionada com substâncias nocivas à camada de ozono.
“Acordo! O Conselho da UE e o Parlamento Europeu chegam a acordo sobre 2 regulamentos: gases fluorados e substâncias que destroem a camada de ozono”, informou hoje a presidência espanhola do Conselho da UE na sua conta oficial da rede social X (antigo Twitter).
Estas normas, uma vez ratificadas oficialmente por ambas as instituições, irão “reduzir ainda mais as emissões para a atmosfera e contribuir para limitar o aumento da temperatura global”, afirmou a presidência espanhola.
Especificamente, os negociadores concordaram em reforçar as proibições de comercialização no mercado europeu de produtos que contenham hidrofluorocarbonetos (HFC) ou gases fluorados, acelerar a adoção de soluções mais respeitadoras do clima e oferecer garantias aos fabricantes e investidores.
O acordo prevê uma meta de zero hidrofluorocarbonetos até 2050, com uma redução progressiva do consumo entre 2024 e 2049, destacou um comunicado do Parlamento Europeu, que se assumiu como “o pai” desta exigência.
“Chegámos a um acordo ambicioso que vai pôr fim aos gases fluorados com efeito de estufa. Isto é essencial, não só porque estes gases são extremamente nocivos para o clima, mas também porque damos clareza às empresas e, portanto, segurança aos investimentos”, afirmou o negociador do Parlamento Europeu, o eurodeputado ambientalista alemão Bas Eickhout.
O acordo estabelece datas específicas para a eliminação gradual da utilização de gases fluorados em setores onde seja técnica e economicamente viável a mudança para alternativas que não utilizam gases fluorados, como refrigeração doméstica, ar condicionado e bombas de calor.
O acordo também estabelece condições e prazos rígidos para a utilização de gases fluorados com alto potencial de aquecimento global para serviços ou manutenção de diversos tipos de equipamentos.
Na opinião de Eickhout, as empresas europeias já estão na vanguarda do desenvolvimento de alternativas limpas aos gases fluorados e, portanto, a futura lei “será benéfica para o clima e para a economia europeia”.
Os gases fluorados com efeito de estufa, que incluem hidrofluorocarbonetos (HFC), perfluorocarbonetos (PFC), hexafluoreto de enxofre e trifluoreto de azoto, são utilizados em eletrodomésticos comuns, como frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, bombas de calor, equipamentos de proteção contra incêndios, espumas e aerossóis.
Estes gases são regulados pelo Acordo de Paris, juntamente com o CO2, o metano e o óxido nitroso, e representam cerca de 2,5% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) da UE.
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declivar · 10 months
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Humanismo e a vanguarda do sonho
(04 de Julho de 2023)
¿Quién ha robado el grito del hombre, sacándolo desde la laringe con baba y encías? – Xavier Abril
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Por ter havido uma “Revolução Humanista” no repertório intelectual, espiritual e artístico entre os séculos XVI e XVIII, acredita-se que os pensadores humanistas estavam no centro da mudança de paradigma do teocentrismo para o antropocentrismo, ou, em outros termos, na transição entre história medieval e a modernidade, entre feudalismo e capitalismo. Mas e depois disso?
Lembremos da importância da metáfora como ferramenta legítima de especulação sobre o real. Dada a impossibilidade de uma mimese absoluta, a linguagem só pode ser essencialmente metafórica em sua função dêitica. Assim, todo conhecimento que passa pelo instrumento da linguagem é, necessariamente, metafórico. É por isso que o humanismo retórico buscou romper com a distinção entre o discurso lógico-formal e o retórico. A centralidade do projeto humanista estaria numa “espécie de antropologia de resgate dos valores imanentes e essenciais do homem” (FERREIRA FILHO, 2017, p. 68). Desse modo, há uma revalorização da literatura e da retórica como instrumentos legítimos de conhecimento.
O patrimônio intelectual construído pelos humanistas se debruça nas preocupações sobre o homem em sua totalidade e em conjunto com a natureza – em suma, sobre a humanidade. Antes de tudo, é uma forma de conhecimento que preza pela experiência e pela linguagem prática. Nesse sentido, a tradição humanista valorizou o conhecimento produzido por pessoas em situação de “pessoalidade”. Por ter havido uma “Revolução Humanista” no repertório intelectual, espiritual e artístico entre os séculos XVI e XVIII, acredita-se que os pensadores humanistas estavam no centro da mudança de paradigma do teocentrismo para o antropocentrismo, ou, em outros termos, na transição entre história medieval e a modernidade, entre feudalismo e capitalismo.
O sujeito desconjuntado é uma das características atribuídas à modernidade, segundo a fundamentação de Marshall Berman (2007). Um novo período, com novas tecnologias e novas formas de ser e agir no mundo, estava dado. O sujeito lírico estava diante do desconhecido, da efemeridade e da mudança trazida pelas grandes revoluções. É perceptível no romance moderno, em parte conforme Lukács (2009), que a elaboração narrativa tenha traços cada vez mais introspectivos. São várias décadas dessa angústia sintomática, que desagua na poética modernista europeia, cujas ressonâncias foram percebidas no Ocidente como um todo.
Assim, por ter sido um período frutífero para o nascimento de vanguardas, o início do século XX foi marcadamente criativo. No Brasil, a vanguarda triunfante foi o modernismo, que teve caráter nacionalista e profundamente experimental. Impactado por uma refinada autoconsciência do modo como a produção artística se dava, o modernismo brasileiro foi composto por artistas que consideravam a posição de dependência cultural do Brasil em relação à Portugal e a outros países da Europa como um todo. Daí que o caráter nacionalista e antropofágico, somado ao ímpeto de constituir uma identidade nacional brasileira independente, fosse uma das principais motivações da Semana de 22.
De várias perspectivas, as vanguardas modernistas buscavam algum tipo de libertação (material ou espiritual) através da arte. E isto não aconteceu apenas no Brasil. As linguagens artísticas encontraram um terreno fértil para a combinação entre si, de modo que não foi incomum expressões de surrealismo e cubismo em poesia, com experimentações tipográficas, colagistas e sinestésicas em texto, por exemplo. E, embora o surrealismo não possa ser considerado um movimento ou escola literária, sua expressão estilística impactou a poética de vários escritores modernistas do período.
“Manucure”, do português Mário de Sá-Carneiro, é um poema tipicamente modernista. Alguns de seus traços revelam a desconjuntura do real em imagem onírica. Ora, é uma mudança de rota tipicamente moderna na disciplina da epistemologia: o eixo sujeito-objeto é invertido, de modo que se admite que o conhecimento do mundo se dá através de um observador, não por uma verdade em si mesma. Desse modo, fundamenta-se a ideia de que a realidade não tem suporte em si mesma. Isso significa, no poema, uma percepção fluída como o Ar. O sujeito lírico perde o lastro consigo e consolida uma narrativa que explora a experiência a partir de sua despersonalização: é, agora, Ar.
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Isso tudo é colocado graficamente de maneira peculiar e bastante típica da vanguarda: o autor brinca com as formas, com a tipografia, com onomatopeias, e direciona o conteúdo de seus versos em busca de algo que condiz com o futurismo, outra vanguarda modernista. O futuro é o Ar. O Novo é o Ar. E este é impossível de se realizar na escrita. Além disso, também é perceptível que a colagem aparece como um recurso técnico para a composição do poema, outro elemento que situa a arte no modernismo. Não obstante, a colagem também parece compor a imagem abstrata desse sujeito deformado. Se pensarmos que a colagem nada mais é do que a sobreposição de múltiplos planos em simultaneidade, entendemos que este é um procedimento que as poéticas de vanguarda (Apollinaire e posteriormente Breton e os surrealistas) extraíram da pintura cubista.
O surrealismo surge em um contexto de “desvalorização da realidade”, com poetas engajados em se opor ao racionalismo do real – este, que empreende uma limitação à liberdade imaginativa. Assim, a atividade poética do surrealista viabiliza a materialização de uma res poética que não está subordinada à mera mimesis da realidade: estamos falando de uma arma lírica, uma alquimia mágica da palavra, a favor da libertação artística do homem. Antes de tudo, trata-se de uma prática que busca conhecer o oculto e o profundo que não foram suficientemente explorados na materialidade; é a dimensão ilógica que abarca o inconsciente, o maravilhoso, o místico, a loucura, o sonho e a alucinação. André Breton complementa essa ideia, dizendo que “o essencial, para o surrealismo, foi convencer-se de que havia tocado com as mãos a ‘matéria-prima’ (no sentido alquímico) da linguagem” (apud CAVALCANTI, 2011, p. 4).
Este surrealismo, que é também um humanismo surrealista, é uma prática. Sim, uma prática em que a “atitude espiritual", como abordava Octavio Paz, está no centro da relação do Homem com a Natureza. Por se tratar de uma práxis, o surrealismo não pode ser uma escola ou um movimento artístico, já que é um conjunto de princípios que lapidam uma ideologia com uma posição diante do mundo. O surrealismo seria capaz de trazer essa felicidade incondicional junto ao exercício da sensibilidade em um mundo metamorfoseado em princípios de prazer (OLÓRTEGUI, 2009, p. 10). Mas não se engane! O surrealismo não foi concebido para ser metafísico.
André Breton propunha, já no Manifesto de 1924, que o principal objeto surrealista seria a condição humana. Trata-se de um chamado a um novo homem, a uma nova humanidade. As preocupações do surrealismo são bastante materiais, como já indica sua disposição em desempenhar um posicionamento diante do mundo – e isto se deve ao materialismo histórico e dialético, amplamente difundido entre os artistas surrealistas. Assim, o humanismo surrealista busca reafirmar a totalidade humana através de matéria da linguagem através de uma atitude revolucionária e artística. A vida é uma obra de arte. Um dos entusiastas do surrealismo no Peru, César Moro considera que a práxis surrealista implica, além do ataque à razão, também em um “mundo livre, delirante, edênico, onde a poesia é naturalizada e permite, por isso, uma harmonia entre o homem e a natureza” (apud OLÓRTEGUI, 2009, p. 11).
Considera-se que o surrealismo ocupa um entrelugar na tradição literária brasileira. No entanto, Glauber Rocha (1981) pontua a força do surrealismo concreto por este aspecto surreal, um fato dentro da realidade da América Latina e do Terceiro Mundo: “Existe um surrealismo francês e um outro que não o é. Entre Breton e Salvador Dali tem um abismo. E o surrealismo é coisa latina. Lautréamont era uruguaio e o primeiro surrealista foi Cervantes. Neruda fala de surrealismo concreto. É o discurso das relações entre fome e misticismo. O nosso não é o surrealismo do sonho, mas a realidade”.
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Lautréamont foi um dos precursores do surrealismo e concebeu uma das obras seminais da literatura fantástica, Les Chants de Maldoror (1869). A obra é composta por um universo mórbido, com descrição de cenas brutais e de violência extrema. Os críticos entendem essa “vontade de agressão” como uma metafísica do ataque. Nas palavras de Bachelard (apud ALMEIDA, 2005, p. 292), se “Lautréamont é um risco”, é porque nele “a poesia se revela como um sincretismo psíquico natural. É este sincretismo que se reproduz em certas experiências de endofasia e de escrita automática. A poesia primitiva é sempre uma experiência psicológica profunda” (grifo meu). É nesse sentido que o surrealista peruano Xavier Abril pergunta: “¿Quién ha robado el grito del hombre, sacándolo desde la laringe con baba y encías?”.
Se o surrealismo é coisa latina, também o humanismo surrealista o é. Octavio Paz dizia que o surrealismo procura um sagrado extrareligioso fundamentado na liberdade, no amor e na poesia. Talvez seja nessa perspectiva que, no Brasil, o modernista Murilo Mendes efetive sua poesia. Mendes foi um poeta de inspiração mística e de realização surrealista (dentre outras coisas), nos moldes de uma imaginação mágica que transborda os limites do texto. Por ter vivido no início do século XX, Murilo Mendes era sensível ao desenvolvimento da guerra e dos avanços que professavam o desastre da tecnologia. Os críticos dizem que o autor realizou uma poética onírica e alucinatória, unindo as relações platônicas cristã e clássica a um forte erotismo e a uma visão de matriz surrealista que dá vasão ao rompimento da lógica cotidiana pela perspectiva imaginativa da linguagem.
O intercâmbio estilístico das vanguardas modernistas é responsável pelo trânsito de artistas em várias escolas literárias e plásticas, como o dadaísmo, o cubismo, o expressionismo e o futurismo. Nesse sentido, como em “Manucure”, é comum que seja difícil de se definir uma composição em termos de classificar a que movimento ela pertence. Diz-se que a complexidade de imagens criada por Murilo Mendes tem como nó a irregularidade de um artista que viveu o auge do modernismo europeu e latino-americano. Por isso, sua visada estética de perspectiva teológico-filosófica tem como alicerce a ideia de simultaneidade, tão cara às vanguardas que tratam da visão de múltiplos planos da realidade num mesmo instante, como as poéticas de Apollinaire, Breton e Picasso. Nada disso é coincidência na obra de Mendes.
Tal qual a simultaneidade, o essencialismo é uma forma de conhecer a totalidade de um objeto. Abarcar essa forma de conhecimento na expressão poética faz da simultaneidade um procedimento formal útil, possibilitando o desvendamento de realidades ocultas ao poeta visionário. De certa forma, aderir à totalidade é conhecer a essência das coisas, já que é a “redução do tempo à unidade”, nas palavras do próprio poeta (CAVELAGNA, 2017, p. 4). Mário de Andrade certa vez disse que Murilo Mendes aproveitou o surrealismo em suas lições mais básicas, quais sejam: a anulação de perspectivas psíquicas lógicas e do intercâmbio de todos os planos. Nesse esquema, o abstrato e o concreto se misturam e formam imagens de complexa beleza e de defeitos, de irregularidades. Na avaliação do autor de Macunaíma, essa aproximação é característica de uma igualdade absoluta, já que tanto a beleza quanto os defeitos fazem parte da integralidade do ser humano.
Traçando a rota da parte para o todo, Murilo Mendes entende que o essencialismo representa noções permanentes que permitem que sua arte aponte para a universalidade – mas também a um caminho de descoberta para a própria essência. E, apesar de seu lema ser “restaurar a poesia em Cristo”, Murilo Mendes não tinha nada de ortodoxo em suas crenças, atribuindo um forte imaginário herege à sua poesia, através de cenas do apocalipse, do pecado e da visão ativa do homem religioso perante o governo e a sociedade. Sua visão, fundamentada em leituras do marxismo, era de que a religião poderia servir como percepção consciente das coisas, capaz de mudar ativamente a sociedade (CAVELAGNA, 2017, p. 5).
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No Brasil, os intelectuais foram amplamente influenciados pela Revolução de 1917, de modo que, a exemplo de Murilo Mendes, muitos eram adeptos do marxismo revolucionário – a grande vanguarda da Idade Moderna, segundo Berman. Em suma, a luta do homem de fé é a luta de classes contra a opressão. Os estudiosos apontam duas características que seriam centrais em um poema típico de Murilo Mendes, poeta da geração 30: “o aparente esgarçamento da composição e a tonalidade religiosa” (MOURA, 1996, p. 105), isto é, a conciliação entre vanguarda e expressão religiosa. Nesse sentido, o poema “Vocação do poeta” é objeto ideal de cotejo da pesquisa estética da obra do autor.
VOCAÇÃO DO POETA Não nasci no começo deste século: Nasci no plano eterno, Nasci de mil vidas superpostas, Nasci de mil ternuras desdobradas Vim para conhecer o mal e o bem E para separar o mal e o bem. Vim para amar e ser desamado. Vim para ignorar os grandes e consolar os pequenos Não vim para construir a minha própria riqueza Nem para destruir a riqueza dos outros. Vim para reprimir o choro formidável Que as gerações anteriores me transmitiram. Vim para experimentar dúvidas e contradições. Vim para sofrer as influências do tempo E para afirmar o princípio eterno de onde vim. Vim para distribuir inspiração às musas. Vim para anunciar que a voz dos homens Abafará a voz da sirene e da máquina, E que a palavra essencial de Jesus Cristo Dominará as palavras do patrão e do operário. Vim para conhecer Deus meu criador, pouco a pouco, Pois se O visse de repente, sem preparo, morreria.
Os versos “E que a palavra essencial de Jesus Cristo / Dominará as palavras do patrão e do operário” marcam a visão do poeta. O discurso religioso aparece como um meio e um fim da práxis revolucionária. No poema em questão, o poeta vem para “ignorar os grandes e consolar os pequenos”, de modo que o tempo histórico é fundamental para o desenvolvimento da fé (e vice-versa); o contato com a espiritualidade é a vocação necessária para o poeta interferir no mundo e atingir a salvação divina da humanidade.
Hoje, a união teórica entre o cristianismo e a teoria materialista histórico-dialética é difundida como “teologia da libertação”, vertente teológico-filosófica que surgiu nos anos 60 e ficou conhecida amplamente na América Latina. Para a época, era um sincretismo polêmico. Neste escopo, observa-se uma confluência entre o plano propriamente transcendental da fé e o plano materialista da realidade, que juntos caracterizam a poética de vanguarda do autor, explícita em Vocação do poeta. Trata-se, mais uma vez, de uma visão da literatura como obra alquímica, capaz de transformar a inconsciência do homem individual em uma consciência poética total.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Fábio Ferreira de. Bachelard e o Lautréamontismo. Sofia, Espírito Santo, Brasil, v. 4, n. 2, 2015. DOI: 10.47456/sofia.v4i2.11564. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/sofia/article/view/11564. Acesso em: 4 jul. 2023.
BERMAN, Marshall. Tudo o que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
CAVALCANTI, Augusto de Guimaraens. Surrealismo e filosofia: Uma nova história a ser contada. Revista Escrita, PUC-Rio, Rio de Janeiro, n. 12, p. 1–15, 2011. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/18063/18063.PDF. Acesso em: 04 jul. 2023.
CAVELAGNA, Rodrigo. O essencialismo e outros conceitos estéticos na obra de Murilo Mendes. A Palo Seco, Sergipe, Espírito Santo, n. 9, p. 51–62, 25 nov. 2017. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/apaloseco/article/view/8084/pdf. Acesso em: 04 jul. 2023.
FERREIRA FILHO, Eduardo Cesar Maia. Ernesto Grassi e a reabilitação da tradição humanista: literatura e retórica como formas de conhecimento. A Palo Seco, Sergipe, Espírito Santo, n. 10, p. 62–72, 25 nov. 2017. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/apaloseco/article/view/8257/pdf. Acesso em: 04 jul. 2023.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. São Paulo: Editora 34, 2009.
MOURA, Murilo. Os jasmins da palavra jamais. In: BOSI, Alfredo (org). Leitura de Poesia. São Paulo: Ática, 1996.
OLÓRTEGUI, Christian Alexander Elguera. El autómata: la mirada surrealista, la crítica humanista. Espéculo: Revista de Estudios Literarios, Madri, Espanha, n. 43, p. 1–17, 15 ago. 2009. Disponível em: https://www.academia.edu/48456554/El_aut%C3%B3mata_la_mirada_surrealista_la_cr%C3%ADtica_humanista. Acesso em: 04 jul. 2023.
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operaportugues · 10 months
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Pierrot Lunaire (Arnold Schoenberg) - Sala Cecília Meireles, 02/junho/2023
Dreimal sieben Gedichte aus Albert Girauds "Pierrot lunaire", Op. 21.
Obra completa com legenda em português: link. - Carolina Faria, Mezzo-Soprano - Priscila Bomfim, Regente
“Três vezes sete poemas do ‘Pierrot Lunaire’ de Albert Giraud”, conhecido como “Pierrot ao luar”, Op. 21, é um ciclo de canções composto por Arnold Schönberg em 1912. Baseado em 21 poemas do ciclo de 50 poemas homônimo escrito pelo simbolista belga Albert Giraud.
Neste ciclo de canções fala-se da própria poesia, da poesia embriagada pela lua, da dor, do sangue, também da alegria, da colombina, de uma flor, da lua doente, da noite, de sorriso, de amores, de nostalgia, de maldade, de nostalgia, da canção. Mas não é exatamente um Pierrot que conta essa história, é uma voz feminina que aqui aparece, que é Pierrot, é colombina, a poetisa, você, eu, o juízo e o não juízo. O poeta incompreendido busca por significado de amor, vida e arte. Pierrot traz a ideia de um ser solitário e incompreendido e também sonhador que vive no reino das próprias fantasias. E quem não fantasia?
Pierrot é o palhaço triste, eternamente apaixonado pela Colombina que o trai com Arlequim. Entre os simbolistas e decadentistas, Pierrot se tornou uma alegoria do poeta sonhador, solitário, incompreendido e rejeitado no amor, tendo como única companheira a Lua. O tema principal dos poemas de Giraud, tema caro aos românticos a partir do Tristão e Isolda wagneriano, é a dicotomia entre o reino do dia, banhado pelo Sol, e o reino da noite, dominado pela Lua. É este reino lunar o espaço interior, subjetivo de Pierrot, em oposição ao espaço exterior, público, do dia: a sociedade corrompida e iluminada pelo Sol.
Falamos de Wagner e não apenas em função da semelhança temática: Schoenberg vai continuar o trabalho que o mestre de Bayreuth apenas sinalizou, rompendo com o sistema tonal que entra em crise a partir do Tristão. Mas, em oposição à orquestração wagneriana, Schoenberg vai preferir um pequeno e inusitado conjunto de câmara.
Esta obra foi responsável por abrir caminho para a música atonal e por revolucionar o padrão romântico da música europeia, visto que a soprano não deveria recitar nem cantar a ópera, mas seguir o ritmo e a melodia indicados na partitura, subindo ou descendo a voz, em distância proporcional à posição das notas. O estilo de canto é o sprechgesang, o canto-falado (ou sprechstimme, voz-falada), algo entre o melodrama teatral, a declamação e o canto propriamente dito.
É comum considerar o escândalo de A Sagração da Primavera de Stravinsky, em 1913, como o marco fundador absoluto do modernismo em música. Mas a verdade é que o Pierrot Lunaire foi apresentado um ano antes, e desde 1907 Schoenberg escandalizava o mundo musical, com seus quartetos de cordas e sua Sinfonia de Câmara. A partir de 1923, com a publicação de suas primeiras obras dodecafônicas, mais do que apenas revolucionar a música, Arnold Schoenberg dará início a um processo que levará ao estranhamento entre a música contemporânea e o grande público, estranhamento que persistirá com o advento da música concreta e da música eletroacústica e levará ao rompimento quase definitivo. Este só dará mostras de recuo quando os compositores, percebendo o esgotamento das fórmulas da vanguarda acadêmica, retornam ao sistema tonal, como Arvo Pärt, e passam a se concentrar mais em questões rítmicas, como é o caso, por exemplo, do minimalismo de Steve Reich e Philip Glass.
- Wikipedia
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fredborges98 · 1 year
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Míope, tímido, cortês, sempre metido em ternos escuros. Com o salário contado de redator ambulante de cartas comerciais, morava como inquilino em casas de parentes ou em quartos de pensão. Dado a especulações esotéricas, gostava de passar as horas em tabernas e cafés. A vida de Fernando Pessoa (1888-1935) nada teve de extraordinária. "Exceto seus poemas", pontua o poeta mexicano Octavio Paz.
Nascido em Lisboa, mas tendo passado toda a infância e juventude em Durban, na África do Sul, Pessoa é por unanimidade considerado, ao lado de Luís Vaz de Camões (1524-1580), o melhor poeta em sua língua, além de ser aplaudido como um dos maiores de todos os tempos em qualquer idioma. Morto aos 47 anos, vítima de cirrose hepática, Fernando Pessoa deixou uma quantidade surpreendente de poesias, escritos autointerpretativos, ensaios e pequenos contos policiais.
Fernando Pessoa, juntamente com Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) e o pintor português Almada Negreiros (1893-1970), forma o grupo que tentaria levar o vanguardismo a Portugal. Das reuniões na cervejaria Jansen sairia a revista Orpheu. Os jovens defendiam a integração de Portugal ao cenário da modernidade europeia. Para tanto, pregavam o inconformismo e exaltavam a atividade poética acima de tudo. Com apenas duas edições, a revista foi a responsável pela introdução da vanguarda em Portugal. E dos heterônimos pessoanos.
Corre, então, o ano de 1915, e em Pessoa já irrompera diferentes poetas. São chamados de heterônimos porque tinham estilos e personalidade próprios. Os principais são Alberto Caeiro, que representa a força mítica de um Portugal ainda apegado ao paganismo; Álvaro de Campos, que exalta a civilização industrial; e o clássico Ricardo Reis. A única obra publicada por Pessoa em vida foi " Mensagem", em 1934, juntamente com o "Cancioneiro". O livro "estruturado para compor um vasto painel simbólico e artístico da história das grandezas lusitanas" expressa a personalidade lírica, saudosista e patriótica do poeta. Divide-se em três partes, com várias subdivisões organizadas de forma fragmentária.
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ocombatente · 22 days
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Porto Cabedelo se destaca na descarbonização do transporte marítimo
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O Porto de Cabedelo, localizado na região metropolitana de João Pessoa, capital da Paraíba, está se destacando na vanguarda da transição para um transporte marítimo mais sustentável. A iniciativa é liderada pelo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool-PB), com o objetivo de introduzir o biocombustível conhecido como e-metanol. Esta alternativa tem ganhado destaque globalmente como uma prioridade no transporte marítimo. Segundo Edmundo Barbosa, presidente-executivo do Sindalcool-PB, a substituição do óleo pesado e do diesel pelo e-metanol já é uma realidade. Ele destaca que a empresa de navegação Maersk encomendou 100 navios que operarão com esse novo biocombustível, que utiliza CO2 biogênico, derivado da fermentação na produção de etanol, e hidrogênio verde, obtido da reforma química do etanol ou da eletrólise. Além disso, Barbosa enfatiza a participação do presidente da Companhia Docas da Paraíba, Ricardo Barbosa, em um curso em Valência, na Espanha, focado na descarbonização dos portos. Essa iniciativa demonstra o compromisso do Porto de Cabedelo com a sustentabilidade e a busca por soluções inovadoras no setor marítimo. O PORTO – Cabedelo também está integrando a Aliança para Descarbonização de Portos Brasileiros, um fórum colaborativo que reúne diversas entidades do setor. Com 49 interessados de 32 organizações e empresas, a Aliança visa acelerar a descarbonização do transporte marítimo no Brasil, promovendo a troca de experiências e informações sem fins comerciais ou taxas de adesão. Esta colaboração representa um passo importante rumo a um futuro mais sustentável para o transporte marítimo no país. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário da Paraíba, o volume total de produtos do agronegócio exportados pelo Porto de Cabedelo em 2023 foi de 1,8 milhão de toneladas. Os principais produtos exportados foram: Soja: 1,2 milhão de toneladas Carne bovina: 300 mil toneladas Milho: 200 mil toneladas Farelo de soja: 100 mil toneladas Os principais destinos das exportações foram China: 50%, União Europeia: 25%, Estados Unidos: 15% w outros 10 para diversos outros países. O valor total das exportações do agronegócio por Cabedelo em 2023 foi de US$ 2,5 bilhões, um aumento de 10% no volume e de 15% no valor das exportações, em relação a 2022. Este crescimento, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário da Paraíba, foi impulsionado por aumento da demanda global por produtos agrícolas brasileiros, melhoria da infraestrutura logística do Porto de Cabedelo e investimento em novas tecnologias de produção. O agronegócio é um dos setores mais importantes da economia da Paraíba. As exportações do agronegócio geram emprego e renda para a população do estado e contribuem para o desenvolvimento da economia local. O Porto de Cabedelo é o principal porto da Paraíba e um dos mais importantes do Nordeste brasileiro. ENTENDA – A descarbonização do transporte marítimo é uma prioridade mundial devido ao papel significativo que essa indústria desempenha nas emissões globais de gases de efeito estufa. Reduzir essas emissões é essencial para combater as mudanças climáticas e promover a sustentabilidade ambiental no setor de transporte. Leia Também: IBGE: agronegócio continua impulsionando o PIB brasileiro   Para isso é preciso adotar tecnologias e práticas que minimizam ou eliminam a queima de combustíveis fósseis, que são uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa na indústria naval. Algumas das estratégias: - Utilização de biocombustíveis: Substituir combustíveis fósseis por biocombustíveis, como o e-metanol mencionado na notícia. Estes biocombustíveis são produzidos a partir de fontes renováveis, reduzindo significativamente as emissões de carbono. - Adoção de tecnologias de propulsão mais limpas: Investir em tecnologias que reduzem ou eliminam o uso de combustíveis fósseis, como motores elétricos, células de combustível e energia eólica ou solar. - Otimização do design dos navios: Projetar navios mais eficientes em termos de combustível, reduzindo o consumo de energia e as emissões associadas. - Melhorias operacionais: Implementar práticas operacionais mais eficientes, como otimização de rotas, velocidades de viagem mais eficientes e gestão de carga mais inteligente, para reduzir o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de carbono. - Medidas regulatórias e políticas: Estabelecer normas e regulamentações que incentivem ou exijam a adoção de tecnologias mais limpas e práticas mais sustentáveis no transporte marítimo. Fonte: Pensar Agro Read the full article
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gazeta24br · 5 months
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A programação conta com os espetáculos Sátiros (Satiri), da Compagnia Virgilio Sieni, O Presente Não Basta (The Present Is Not Enough), de Silvia Calderoni e Ilenia Caleo, e CA-NI-CI-NI-CA, de Greta Tommesani A terceira edição da SCENA - Semana da Cena Italiana Contemporânea acontece de 5 a 10 de dezembro, no Teatro do Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93 - Pompeia - São Paulo/SP), com apresentação de três produções italianas – inéditas no Brasil – que respondem de diferentes formas e com linguagens diversas a temas caros de nosso tempo. A mostra tem como objetivo apresentar um panorama das artes cênicas, com um enfoque na Itália de hoje. Ela se debruça em corpos, poéticas e pensamentos que habitam a cultura italiana. Desde reinterpretações dos clássicos até questionamentos sobre o presente, a cena que emerge é visceral, resistente e atenta a questões globais, que se originam e transitam pelos temas abordados. O evento é realizado em parceria entre o Sesc São Paulo e o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo. Com curadoria de Rachel Brumana e produção da Associação SÙ de Cultura e Educação, a programação apresenta ao público brasileiro Sátiros (Satiri), da Compagnia Virgilio Sieni, O Presente Não Basta (The Present Is Not Enough), de Silvia Calderoni e Ilenia Caleo, e CA-NI-CI-NI-CA, de Greta Tommesani. “Diferentemente das outras edições, quando trouxemos trabalhos emblemáticos das companhias convidadas, estes espetáculos são recentes, criados entre 2022 e 2023, de artistas com diferentes trânsitos e reconhecimento na cena italiana e europeia”, afirma Rachel. Sobre os espetáculos Os trabalhos transitam por linguagens diversas, como a performance, a dança, o documental e a comédia, para discutir as opressões e ascensões conservadoras do mundo contemporâneo, sejam elas de cunho moral ou mesmo presentes nas relações sociais, mercantilistas ou interpessoais. Mas também abordam a possibilidade de reconhecer o outro em sua singularidade e potência. Sátiros (Satiri), coreografia de Virgilio Sieni, um dos coreógrafos mais renomados da Itália, desenha uma série de gestos contíguos para buscar formas de compreensão e empatia, uma espécie de democracia do corpo. Nessa dança simétrica, os bailarinos desenvolvem a capacidade de estar um ao lado do outro e de criar um contexto comum. Já a atriz, diretora e dramaturga Greta Tommesani faz uma densa reflexão política sobre a exploração do trabalho em CA-NI-CI-NI-CA. Costurando realidade e ficção, o monólogo trata do cinismo do mercado, da obsessão pela produtividade e da autoexploração de trabalhadores e trabalhadoras, tudo aliado a uma narrativa leve, ácida e bastante cômica. E Silvia Calderoni e Ilenia Caleo remetem a um passado não muito distante para pensar tempos mais libertários. O Presente Não Basta (The Present Is Not Enough) se baseia nas experimentações artísticas e sexuais da cena queer nova-iorquina dos anos 1970 e 1980, evidenciando um senso de comunidade e a liberdade de corpos múltiplos, sem normas. Sobre a SCENA A primeira edição da mostra SCENA - Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo aconteceu em outubro de 2019, também no Sesc Pompeia. O evento apresentou trabalhos de companhias e artistas representativos da vanguarda do teatro e da dança na Itália: Fanny&Alexander, Alessandro Sciarroni e Marco d’Agostin, jogando luz sobre a diversidade da cena italiana e as transversalidades entre teatro, literatura, dança e circo, com um recorte que se aprofundava na temática dos afetos, da amizade e da resiliência. Em sua segunda edição, realizada em 2022, na mesma unidade do Sesc, deu foco à produção artística feminina italiana, reunindo dramaturgas, diretoras, pensadoras e realizadoras que transitam entre a cena performativa, as artes visuais, a formação artística e acadêmica e o ativismo político e artístico, especialmente os que dizem respeito aos lugares de empoderamento das vozes femininas, protagonismo, lutas e visibilidade. Foram apresentados, nesse ano, os espetáculos:
Gentil Unicórnio (Gentle Unicorn) e O Animal (L’Animale), ambos de Chiara Bersani, Tiresias, de Giorgina Pi/Bluemotion, e Curva Cega (Curva Cieca), de Muna Mussie; além de rodas de conversas após os espetáculos. Programação Sátiros (Satiri) 5 e 6/12 (terça e quarta), às 21h 50 min. 12 anos Dois bailarinos, acompanhados por uma violoncelista e composições de Bach, buscam gestos semelhantes, contíguos, simétricos. Desenham formas de compreensão e empatia, desenvolvem a capacidade de estar ao lado do outro e de criar um contexto comum. Buscam, nessa coreografia, a democracia por meio de seus próprios corpos. Suas posturas nascem de gestos cotidianos e logo se abrem a formas poéticas, explodindo entre o dionisíaco e o apolíneo. Virgilio Sieni é dançarino e coreógrafo. A sua pesquisa se baseia na ideia do corpo como lugar de acolhimento da diversidade e como espaço de desenvolvimento da complexidade arqueológica do gesto. Cria a sua linguagem a partir do conceito de transmissão e tatilidade, interessando-se pela dimensão multissensorial do gesto e do indivíduo. CA-NI-CI-NI-CA 7 e 8/12 (quinta e sexta), às 21h 65 min. 12 anos Transitando entre realidade e ficção, o monólogo costura uma narrativa leve com uma profunda reflexão política sobre a exploração do trabalho (desde o setor italiano de molhos de tomate, marcado pela mão de obra imigrante, ao setor da cultura). Sobre o palco, munida de poucos elementos de cena, Greta Tommesani mescla performance, teatro documental e comédia stand-up, retratando seus personagens como sujeitos próximos do público, que se acercam em seus modos de viver e pensar o trabalho – sempre caracterizado pela precariedade. Greta Tommesani formou-se em relações internacionais e trabalha com planejamento social, como atriz e dramaturga. Desde 2021, desenvolve o projeto CA-NI-CI-NI-CA, apoiado por Powered by REf e Fantastic Beasts & Where to Find Them. O presente Não Basta (The Present Is Not Enough) 9/12 (sábado), às 21h, e 10/12 (domingo), às 18h 60 min. 18 anos A performance se baseia nas experimentações artísticas e sexuais da cena queer nova-iorquina dos anos 1970 e 1980. Num ambiente que remete a um armazém abandonado, o grupo de performers traduz o estado de excitação que carrega o local, mas também o anseio por um senso de comunidade, um carinho em meio a estranhos e a liberdade de corpos múltiplos, sem normas. O espetáculo contempla, assim, um passado pelo qual se vislumbram futuros possíveis. Silvia Calderoni é atriz e performer. Desde 2006, participa ativamente da companhia Motus. Protagoniza A Trama É a Revolução, ao lado de Judith Malina, e MDLSX. É artista associada pela Plataforma Queering do Distrito Cultural de Hong Kowloon Kong e consultora artística do Sherocco Festival (Ostuni). Ilenia Caleo é performer, ativista e pesquisadora, trabalha em colaboração com diversas companhias e diretores. Filósofa por formação, lida com corporeidade, epistemologias feministas, experimentos nas artes cênicas, novas instituições e formas de trabalho cultural. Serviço SCENA - Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo - 3ª edição de 5 a 10 de dezembro de 2023 Ingressos: R$ 18 (credencial plena); R$ 30 (meia-entrada); 60 (inteira) Abertura de vendas: dia 28 de novembro Teatro do Sesc Pompeia - Rua Clélia, 93 - Pompeia - São Paulo/SP
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arte-surrealista · 1 year
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A HISTORIA DO SURREALISMO
O surrealismo foi uma das vanguardas artísticas europeias que surgiu em Paris no início do século XX.
Esse movimento originou-se em reação ao racionalismo e ao materialismo da sociedade ocidental.
ORIGEM DO SURREALISMO
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Na Europa, entre as duas guerras mundiais,
nesse período de insatisfação, desequilíbrio e contradições, que surgiram diversos movimentos artísticos voltados para uma nova interpretação e expressão da realidade.
Esses movimentos ficaram conhecidos como "vanguardas europeias". O Surrealismo foi uma dessas correntes e teve como precedente indispensável o Dadaísmo e a pintura metafísica de Giorgio de Chirico.
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Principais características do surrealismo
De forma simplificada, podemos listar as seguintes características dessa vertente artística:
pensamento livre;
expressividade espontânea;
influência das teorias da psicanálise;
criação de uma "realidade paralela";
criação de cenas irreais;
valorização do inconsciente.
O surrealismo propõe a valorização da fantasia, da loucura e a utilização da reação automática. Nessa perspectiva, o artista deve deixar-se levar pelo impulso, registrando tudo o que lhe vier à mente, sem se preocupar com a lógica.
Os artistas surrealistas tinham como objetivo usar o potencial do subconsciente e dos sonhos como fonte para a criação de imagens fantásticas.
Principais Artistas e Obras do Surrealismo
1. Max Ernst
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Em 1925, o pintor alemão Max Ernst (1891-1976) - antes dadaísta - inventou a técnica frottage, palavra que em francês significa "friccionar".
Nesse método, o artista fricciona o lápis (ou outro material) em um papel sobre uma superfície texturizada.O artista usou também a decalcomania, em que se coloca a tinta em superfícies como vidro ou metal e pressiona-se sobre um apoio de tela ou de papel. As formas resultantes eram então trabalhadas criativamente.
2. Joan Miró
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O pintor espanhol Joan Miró (1893-1983), em sua obra "Carnaval do Arlequim" (1924-25), cruzou a fronteira entre a observação do "modelo externo" e símbolos que fluíam do subconsciente.
Embora baseado em desenhos feitos em estado de alucinação, sua composição é altamente organizada através da intervenção do controle consciente.
3. René Magritte
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O pintor belga René Magritte (1898-1967) rejeitou a suposta espontaneidade do automatismo por considerá-la falsa.
Passou a trabalhar com imagens que, à primeira vista, pareciam convencionais, mas às quais dava um caráter bizarro por sobreposições.
4. Salvador Dalí
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Nascido na Espanha, o pintor Salvador Dalí (1904-1989) tornou-se um membro oficial do grupo surrealista e deu a ele um novo ímpeto com seu método de atividade paranoica. Ele certamente é o artista mais lembrado quando se fala de surrealismo.
Dalí interessava-se por condições mentais anormais e, em particular, por alucinações. Suas estranhas imagens eram retratadas de modo que se assemelhavam à fotografia em cores.
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ambientalmercantil · 5 months
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