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#vaideroteiro
keliv1 · 1 year
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Conhece o “Vai de Roteiro”?
Eu também não conhecia e fiquei feliz pela grata surpresa. Foi numa reportagem na TV que soube dessa iniciativa da Secretaria Municipal de Turismo da Prefeitura de SP e decidi retirar os ingressos gratuitos (contudo, atração paga, comida, fica por conta da gente) para conhecer um espaço que enrolava para ir: o Museu da Imigração, na região da Mooca, ZL.
Fui na tarde de sábado, 6 de maio, e funciona assim: o passeio é guiado e os presentes conhecem não apenas a história da atração, mas também a do bairro do entorno.
No caso, a guia Taiz (desse jeitinho que escreve o nome dela) nos mostrou como foi o desenvolvimento da Mooca, o porquê da estação do metrô (e nosso ponto de encontro) se chamar Bresser-Mooca e vimos as vilas operárias (hoje, residências comuns) e o que restou do trilho do bonde, a sede da Congregação Cristã e a feirinha de véus e maletas (itens usados pelos praticantes da religião) no entorno e como foi a construção da Hospedaria do Brás, que hoje abriga o Museu e o Arsenal da Esperança, iniciativa que ajuda pessoas em situação de rua.
Pensa num lugar lindo... nem dá pra acreditar que estamos em São Paulo. Me senti naqueles palácios em Versalhes, estilo neoclássico, com direito a um trem de turismo Maria-fumaça funcionando! Esse passeio (pago) eu não fiz, mas pretendo voltar pra faze-lo e ainda tirar umas fotos no estilo antigo. O espaço conta com um estúdio fotográfico que presta esse serviço.
Ah, tem também um café e uma lojinha fofa (comprei um lápis e um broche que simula o passaporte português).
Somos Migrantes
O MI conta com exposições de longa duração e mostras. No caso da temporária, no dia da visitação, focou a África. Adorei porque a cada foto, você conhecia a história do retratado.
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A mostra temporária “África”, contava com imagens de pessoas que vivem aqui falando de suas origens - foto: Keli Vasconcelos
Também há no MI um centro de documentação (esse irei com calma e com certeza), em que é possível encontrar documentos das famílias que estiveram na hospedaria.
No dia da visita, tinha acabado de inaugurar a exposição “Migrar”, com objetos e itens que pessoas de países como Japão, Portugal e, mais recentemente, Síria, trouxeram para cá, vindos dos mais variados motivos: de guerras a busca de oportunidades de trabalho.
Isso também nos leva à reflexão da migração interna, ou seja, a gente se deslocar de um estado para outro dentro do Brasil, como ocorre com os nordestinos, que acabaram sendo a maioria na Hospedaria do Brás no decorrer dos anos.
Cadê o Vasconcelos?
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A parte mais hilária foi a busca dos sobrenomes. Digo isso porque há espaços expositivos em que abríamos gavetas e víamos documentos e cartas de pessoas que chegaram à hospedaria e se comunicavam com os parentes. Também foi talhado um mural gigante com a maioria dos sobrenomes registrados nos documentos hoje presentes no MI. Encontrei no mural Souza (de minha mãe; tenho, mas com grafia diferente. Aliás, essa grafia muda por conta do “abrasileirar” os nomes), Freitas (de minha cunhada), Mello (da família de meu pai, tenho esse sobrenome, mas grafia diferente), já Ribeiro num documento (idem).
Mano, cadê o Vasconcelos? Esse sobrenome que carrego e marca minha vida e minha carreira?!!!
Brincadeiras à parte, a guia explicou que o mural foi confeccionado com a maioria dos sobrenomes encontrados, estão repetidos e sem ordem alfabética, mas é possível fazer uma busca no centro de documentação. E é verdade: como descrito, encontrei Ribeiro num documento, mas não no mural. Vou me agendar para verificar isso de perto.
Rua Vergueiro, 327
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Na gaveta de documentos, encontrei um bem interessante: era da secretaria de Imigração, em Santos, que certificava o sr. Retondini Giovanni, de Verona, Itália, como pai de Retondini Riccardo, este morador na rua Vergueiro, 327, e que o senhorzinho então com 74 anos poderia ir até São Paulo morar com o filho. O ano era 1920.
Nem preciso dizer que fui procurar no Google se esse numeral ainda existia: pois é, não, pois virou tudo um batalhão da PM, tomando uma esquina inteira!
Olha, vou me agendar para voltar ao MI, encontrar mais sobre os Vasconcelos e também farei outras visitar via “Vai de Roteiro”.
Sou nascida em Sampa e me senti turista conhecendo mais esse território onde vivo.
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