MAG060 — Efeito do Observador
Caso #9721207: Depoimento de Rosa Meyer, a respeito de uma sensação persistente de estar sendo observada.
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Aviso de conteúdo: paranoia, escopofobia
Tradução: Lia
ARQUIVISTA
Depoimento de Rosa Meyer, a respeito de uma sensação persistente de estar sendo observada. Depoimento original prestado em 12 de julho de 1972. Gravação de áudio por Jonathan Sims, arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Aquilo ainda tá lá — ainda tá me observando. Não tem nenhum lugar pra onde eu possa ir, nenhum lugar que eu possa me esconder onde aquilo não vai continuar me olhando. Eu não sei por quê. Não faço ideia do que ele quer de mim, ou se ele já planejou alguma coisa além de só ficar me encarando de onde quer que ele esteja se escondendo. Não consigo comer, não consigo dormir — já faz meses e ele ainda tá lá.
Você não consegue ver ele, eu sei. Eu também não consigo ver, mas isso não importa, porque ele consegue me ver. E é isso que importa. Eu consigo sentir o olhar dele queimando a minha nuca. Será que ele me odeia? Será que ele só quer que eu continue vivendo com medo? Eu não sei por que isso tá acontecendo comigo.
No começo, eu pensei que era uma pessoa, algum stalker se escondendo. Eu tinha essa ideia de que se eu continuava sentindo que alguma coisa tava me observando, então devia ser uma pessoa fazendo isso. Devia ter alguém me seguindo. Não é como se eu nunca tivesse tido stalkers antes.
Comecei a examinar os rostos de todos por quem eu passava, tentando ver se eu os reconheceria, se tinha os visto antes em algum lugar. Será que eu reconheci o homem de sobretudo verde no ônibus hoje de manhã? Aquele cara na bicicleta deu meia volta na estrada e passou por mim de novo? Não. Não eram eles. Não era. Ninguém estava me seguindo, mas alguma coisa estava me observando. Ainda está.
O estranho é que é uma sensação com a qual eu deveria estar acostumada. Tenho sido assistida por pessoas há anos. Eu apresento o quadro "Look East" pra BBC News quase todos os dias — bom, eu costumava apresentar. E do outro lado da câmera havia dezenas de milhares de pessoas, mas eu nunca senti isso vindo delas. Às vezes, enquanto mantinha os olhos fixos naquela câmera, falando sobre os últimos assaltos que tinham acontecido, eu tentava sentir — tentava imaginar todas as pessoas me vendo, me assistindo. Mesmo assim, mesmo quando eu tentava, nunca passava de uma lente vazia e sem vida. Talvez seja bom que eu nunca tenha sentido isso antes.
Perdi meu emprego em duas semanas. Essa sensação tomou conta de mim, eu não conseguia me concentrar, não conseguia olhar pra câmera, não conseguia ler as palavras vazias e sem vida na página. Acabei tendo meio que um colapso ao vivo. Ainda bem que você morar em Londres, senão, poderia ter visto.
Eu sei quando isso começou. Olhando agora, tudo parece tão claro, como se um botão tivesse sido apertado bruscamente e, de repente, minha vida foi destruída. Foi três meses atrás, em abril. Eu estava fazendo o inventário de alguns bens do meu irmão, e cabia em grande parte a mim cuidar disso depois da morte dele. Meus pais estavam sofrendo muito e não estavam com cabeça para viajar até a pequena casa dele em Southampton pra tentar organizar os poucos pertences dele.
Acho que eu não tava com a cabeça muito boa, pra começo de conversa. Ninguém deveria ter um derrame e morrer tão jovem. Quer dizer, ele só tinha 38 anos e não era exatamente super saudável, mas pareceu ser tão... do nada. Sempre fui bastante religiosa e acreditava que as coisas aconteciam por uma razão, que as bênçãos finalmente chegariam aos honestos e a desgraça aos ímpios, mas agora não sei.
Talvez dê pra dizer que a minha curiosidade foi o que trouxe isso até mim? Mas não abri a caixa porque tava curiosa, eu abri porque eu precisava pra fazer o inventário completo dos pertences do meu irmão morto. Eu sinceramente não acho que isso seja uma transgressão. Ela nem sequer tava marcada como especial — não era lá um baú de carvalho ou um caixote de latão com três fechaduras —, era só mais uma caixa de papelão marrom como qualquer outra.
Eu nem acho que alguma coisa nela me pareceu especial. Pensando agora, sinto que ela era marcante por si só, que chamava a minha atenção e eu ficava olhando pra ela por mais tempo do que pras outras caixas empilhadas ao redor da casa. O lugar tava tão silencioso... era um testemunho solitário do isolamento do Christopher. Ele nunca se casou, e parecia não ter nada naquela casa sombria que mostrasse que ele tinha amigos com quem conversar.
De muitas maneiras, aquilo me lembrava da minha própria vida. Tenho vários amigos em Norwich, mas nenhuma família além do Christopher e meus pais, embora eu tenha os meus motivos. Ainda assim, mexer nas coisas do meu falecido irmão me levou a algumas reflexões que me deixam desconfortável, e eu tava bebendo mais do que bebia normalmente.
Foi no meu segundo dia lá embaixo que eu abri a caixa. Eu estava vasculhando todas as caixas de documentos antigos dele, e tinha muitas. O Christopher tinha trabalhado pro departamento de história da Universidade de Southampton. Não sei no que ele se especializou — nós nunca conversávamos sobre o trabalho dele — mas, com base no que eu encontrei de seus estudos, ele escreveu alguns livros sobre mitos e fetiches antigos, sobre aqueles objetos que várias culturas acreditavam ter poder sobrenatural ou religioso imbuído neles.
Seu primeiro livro foi sobre a santa cruz do cristianismo e como ela funciona como um fetiche na nossa cultura. Isso me ofendeu um pouco — fiquei preocupada que ele estivesse banalizando uma fé que, até onde eu sabia, ele compartilhava comigo. Ainda assim, tentei ler um capítulo sobre a utilização da cruz em mitos de vampiros, mas era muito rebuscado e, sinceramente, um pouco chato. A maioria das caixas eram parecidas, cheias de anotações, recortes e pesquisas que não significavam absolutamente nada pra mim. Deixei essas de lado pra verificar com Angus Cartwright, um dos colegas de Christopher que eu contatei pra dar uma olhada nos documentos dele que eu não conseguia entender.
Algumas das caixas, no entanto, continham o que eu só consegui presumir serem pesquisas práticas: objetos de fetiche e totens de todo o mundo, pequenas figuras de animais esculpidas em ossos, cordões de contas de vidro amarradas em padrões intrincados com nós, estatuetas grotescas quase humanas feitas de madeira e couro velho. Alguns deles eram mais do que um pouco perturbadores, mas só um conseguiu me mandar pra paranoia que eu tô agora.
Como eu disse, foi uma das últimas caixas que eu abri no segundo dia. Já tava tarde, e eu já tinha esvaziado a maior parte de uma garrafa de vinho. Quanto mais eu penso nisso, mais eu acho que abrir aquela caixa não foi diferente de nenhuma das outras. Não senti nada estranho, nenhum cheiro... nada. Era apenas uma caixa quase vazia, se não fosse por uma única nota datilografada e um espelho de mão velho.
Eles estavam lá dentro, totalmente inofensivos. Se era uma armadilha, não tinha como saber.
Peguei o bilhete primeiro. A digitação era perfeita — conseguiram deixá-la completamente centralizada, apesar de o pedaço de papel parecer ter sido arrancado de um pedaço maior. Estava escrito, com todas as letras maiúsculas:
"ATRÁS DE VOCÊ."
Acho que não preciso nem dizer o quão perturbador aquilo foi. Eu me virei e olhei pra trás quase antes de entender direito o que eu tinha lido. Havia uma janela atrás de mim com vista para a rua abaixo do escritório do meu irmão e para o céu escuro acima dela. Mas não tinha nada lá — ninguém andando pela rua, nenhum carro passando, nada que parecesse fora do lugar de alguma forma.
Olhei de volta pro bilhete, dei de ombros e estendi a mão pra pegar o espelho. Era um pouco mais pesado do que eu esperava e, sob uma espessa camada de poeira, a moldura parecia dourada, ou pelo menos folheada a ouro. O vidro em si estava um pouco sujo, mas ainda parecia estar intacto. Não faço ideia de quantos anos tinha ou em que época pode ter sido feito. Embora eu tenha revistado a caixa cuidadosamente, não consegui encontrar nada que pudesse explicar onde Christopher conseguiu aquilo.
Olhei no espelho. Eu estava uma bagunça. Cabelos sujos, olhos vermelhos de tanto chorar, lábios manchados de roxo pelo vinho. Eu não havia tido tempo nenhum pra me cuidar ou sequer olhar pra mim mesma desde que tinha chegado à casa do Christopher, e aquele espelho de mão antigo realmente me mostrou isso.
Suspirei, balancei a cabeça e me preparei pra abrir a próxima caixa quando o ângulo do espelho mudou ligeiramente na minha mão e eu gritei. Agora ele refletia a janela atrás de mim e eu vi um rosto olhando pra dentro. Estava escuro lá fora e ele estava quase inteiramente escondido nas sombras, então não consegui ver muito bem os detalhes, mas ele era enorme... parecia ocupar a maior parte da janela atrás de mim. A única coisa que eu conseguia ver com muita clareza eram os olhos — olhos brilhantes, ofuscantes e esbugalhados, com pupilas tão escuras que fizeram eu me sentir enjoada, absorvendo tudo, observando com uma intensidade gananciosa. Eu podia sentir o olhar dele queimando a minha nuca — sentir os olhos que nem piscavam.
Meus músculos travaram em terror, e o espelho caiu da minha mão, girando só uma vez antes de cair no chão e se quebrar em mil pedacinhos.
Sete anos de azar, né? Talvez seja isso. Talvez eu tenha que sentir esse pânico horrível dos olhos que eu sei que estão me seguindo por sete anos antes de eles finalmente irem embora. Eu espero que não. Mas talvez até isso seja pensar positivo. Talvez agora essa seja a minha vida pra sempre, e isso nunca, nunca vai parar.
Tentei pensar se eu seria capaz de continuar, se fosse esse o caso. Acho que tentaria, pelo menos até meus pais falecerem. Eu não suporto a ideia de eles perderem os dois filhos.
Obviamente, foi aí que meus problemas de verdade começaram. Eu poderia descrever o rosto como uma alucinação rápida e horrível, mas a sensação de estar sob constante escrutínio e observação não é algo que eu consigo explicar muito bem. Considerei a possibilidade de só estar enlouquecendo. Ser observado não é um sintoma incomum de psicose ou esquizofrenia e tenho estado atenta a outros sintomas, mas em todos os outros aspectos, eu me sinto bem. Claro que eu tô tendo dificuldade pra me concentrar, mas é só porque eu não consigo dormir porque eles estão me observando. Aqueles olhos invisíveis que se escondem por toda parte e não me deixam descansar.
Eu não tô louca. Tenho certeza que não tô. Ainda tenho o que sobrou do espelho. Agora é só uma moldura de ouro amassada. Tentei colocar um vidro novo nela, mas os únicos olhos que ela mostra são os meus.
Mas eu conversei com o Angus. Ele parecia um pouco nervoso com os questionamentos que eu tava fazendo — ou talvez era só a intensidade com a qual eu fazia as perguntas — mas ele me respondeu. Ele não reconheceu o espelho, mas alguns anos atrás, Christopher estava pensando em escrever um livro sobre os totens do que ele chamava de "cultos externos" — pequenos grupos organizados de adoradores cujas crenças não eram simplesmente desvios do paganismo ou de outras grandes religiões, mas pareciam se concentrar em seres sagrados ou conceitos completamente à parte do que seria considerado uma prática religiosa normal. Alguns pareciam ter mais em comum com o xamanismo antigo do que com uma adoração hierarquicamente organizada, e todos eram altamente secretos.
O Christopher aparentemente tinha coletado vários artefatos que eram considerados sagrados por algumas dessas seitas, embora eu não tivesse encontrado nenhum detalhe sobre isso nos documentos dele. Angus não tinha certeza, mas ele acreditava que o espelho poderia ser um desses objetos. Aparentemente, Christopher abandonou o projeto cerca de um ano antes de sua morte, optando, em vez disso, por seguir uma linha de pesquisa sobre esculturas cerimoniais inuítes.
E é aqui que finalmente chegamos ao motivo pelo qual estou aqui. Porque o Angus me disse que meu irmão não estava fazendo aquela pesquisa sozinho.
Aparentemente, ele havia feito várias viagens a Londres para consultar o seu Instituto. Não sei por que ou sobre o quê, e ninguém aqui parece ser capaz ou disposto a me ajudar a descobrir, mas ele esteve aqui. Eu não vou descansar até descobrir o porquê. Não que eu conseguisse descansar, de qualquer forma.
Aqueles olhos ainda assombram os meus sonhos e me seguem pelo mundo real, mesmo aqui. Especialmente aqui.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Meio estranho esse aqui. O final do século XX parece estar um pouco mais bem arquivado do que a maioria dos arquivos, por isso não vimos tantos depoimentos falsos surgindo desse período.
A maioria dos detalhes do depoimento da Srta. Meyer parece se comprovar — a Sasha recebeu uma confirmação da BBC de que ela realmente foi uma das âncoras do Look East Evening News entre 1970 e 72, até sofrer um colapso nervoso e danificar várias câmeras em seu estúdio em Norwich.
A verificação do Martin com a Universidade de Southampton também parece confirmar os detalhes da vida e morte de Christopher Meyer. Até tentei ler um ou dois dos livros dele, mas eles eram um pouco rebuscados demais até pra mim, e não pareciam ter nenhuma relevância em particular pro caso.
Não consegui localizar nenhuma evidência de que ele fez uso da biblioteca ou dos serviços de consulta do Instituto, mas mesmo hoje em dia esses registros não são mantidos tão minuciosamente quanto deveriam, então isso não significa necessariamente que ele não esteve aqui.
O mais interessante foi o que o Tim descobriu sobre as duas últimas décadas da vida da Srta. Meyer, antes de ela morrer na prisão em 1993. Depois do depoimento, ela aparentemente passou quase 12 anos trabalhando em empregos de baixo nível, até que sua mãe e seu pai faleceram de câncer e doenças cardíacas, respectivamente.
Não tem nada de interessante sobre esse período em nenhum registro oficial, mas em 24 de outubro de 1984 ela assassinou um motorista de van de entregas chamado Danilo Costich.
Ela descarregou a carga original da van, que era composta por papéis de arquivo e envelopes, antes de enchê-la com vários barris de gasolina. Ela foi detida ao sul da ponte Vauxhall depois de ultrapassar um sinal vermelho e colidir com outro carro. Por sorte a gasolina não pegou fogo e ela foi detida pela polícia enquanto tentava fugir do local.
Originalmente acusada de direção imprudente, não demorou muito pra ligarem ela ao assassinato do Sr. Costich, e ela recebeu uma sentença de 17 anos na Penitenciária Feminina de Holloway. Ela morreu de pneumonia nove anos depois.
Um crime bizarro e aparentemente sem motivo. O único detalhe que ainda me incomoda é que a empresa para a qual Danilo Costich trabalhava, a Paper Run Limited, é a mesma empresa que na época fornecia a maior parte dos artigos de papelaria para o Instituto Magnus. Tenho um mau pressentimento sobre pra onde exatamente ela tava levando aquela gasolina.
Fim da gravação.
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Arquivista: Vocês não se importam se eu gravar isso, né?
Elias: Bem, pra falar a verdade...
Tim: Essa é uma das coisas sobre as quais queríamos conversar.
Martin: Isso aqui é uma intervenção.
Arquivista: Como é?
Elias: Se você quiser que essa seja uma audiência disciplinar oficial, John, podemos providenciar.
Arquivista: Tá. Podem falar.
Sasha: Nós nos preocupamos com você, John, e você tem estado bastante instável desde o incidente com a Prentiss.
Martin: E nós gostaríamos muito...
Elias: De não ter que te demitir.
Martin: De ter certeza que você tá bem.
Arquivista: Olha, eu entendo que estive um pouco... distante recentemente.
Tim: Você tava vigiando a minha casa.
Sasha: Você me seguiu durante meu horário de almoço e revistou a minha mesa.
Martin: Você disse que eu menti sobre um assassinato!
Arquivista: Eu... Eu... Isso foi porque...
Sasha: Você acha que nós matamos a Gertrude?
Arquivista: Não! É que... Talvez. Talvez tenham matado, eu não sei.
Elias: John, isso é um absurdo. Isso vai muito além de um ambiente de trabalho tóxico. Admito que parte disso é minha culpa por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto, eu deveria ter intervido mais cedo.
Tim: Você ainda não acredita na gente, né?
Arquivista: Não é que eu não acredite em vocês, é só que... quer dizer, vocês podem ter matado ela!
Tim: Sério, escuta o que você tá falando.
Martin: Você tá errado!
Arquivista: Nós já estamos muito além do que é certo e errado, Martin — tem monstros lá fora, e eu não sei quem ou onde eles estão ou se algum de vocês... Se vocês querem que eu confie em vocês, então me desculpem, mas eu preciso de provas.
Elias: Aqui.
Arquivista: E o que é isso?
Elias: Uma cópia de todas as filmagens das câmeras da semana em que Gertrude desapareceu. A polícia finalmente terminou de limpá-las e examiná-las e nos deu uma cópia.
Arquivista: Não tem câmera no Arquivo.
Elias: Mas tem em todos os outros lugares. Incluindo em todas as entradas do Arquivo. E todos os vídeos mostram um relato notavelmente detalhado de todos os nossos movimentos durante aquela semana. Até os seus.
Arquivista: E você acha que isso dá um álibi pra todo mundo?
Elias: A polícia com certeza acha, mas fique à vontade pra confirmar você mesmo.
Arquivista: Obrigado. Eu vou.
Sasha: E não vamos mais ficar com essa paranoia.
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ARQUIVISTA
Estive assistindo às filmagens das câmeras que o Elias me deu. Elas realmente parecem dar um álibi consistente pra todo mundo, e ninguém é visto entrando ou saindo dos arquivos além da Gertrude. Pelo menos não até o Elias descer lá e encontrar o sangue.
Os próprios movimentos da Gertrude são um tanto instáveis e ela parece entrar e sair dos Arquivos a qualquer hora do dia e da noite, em alguns momentos aparecendo bem bagunçada.
Isso pode ser examinado com mais atenção mais tarde, mas por enquanto eu… Não consigo decidir se essa inocentação dos meus colegas é mais um alívio ou uma frustração.
No mínimo, parece que eu venho sendo... Venho sendo bastante injusto com eles.
Só espero que eles não tenham perdido totalmente o respeito por mim.
Mas uma coisa que não me tranquiliza em nada é o novo significado que isso dá aos túneis embaixo do Arquivo, porque parece cada vez mais provável que quem ou o que quer que esteja vivendo lá embaixo seja a mesma coisa que matou a Gertrude.
Fim do complemento.
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