Somos mancha
Mancha de batom vermelho pelo rosto depois de um beijo bom
Rímel depois da chuva ou da lágrima
Somos a mancha escura de café derramado no sofá novo do apê
Manchas
Tão manchas quanto manchados
Manchados ou machucados?
Feridos, ou apenas desesperados?
Somos marcados
Assim como a marca da brasa quente do baseado
Na camisa nova do chegado
Somos mancha, manchados, machucados, desesperados e mal, muito mal amados
Desencorajados e amedrontados
Somos tão mal desejados
Assim como uma mancha humanitária, imunda cobre o imenso leito verde na Terra espalhado
Somos refugiados
Se escondendo sob manchados tetos decorados de infiltração
O que mais somos, se não pobres coitados?
Lembretes breves e caminhantes, munidos de capuzes, jeans e moletom
Feminism, gay rights, pop art e poetry
Os gritos avisam, o fim do mundo aguarda paciente na 5 de maio
Estamos alarmados
Sopros revolucionários
Cantando jazz, rap, rock ou indie folk
Se agarrando na esperança de manchar a humanidade
Com um raro pigmento nomeado liberdade
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