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#pílulas de reflexões
crystalsenergy · 3 months
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-> produtividade x estagnação da vida
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~música tema do texto: Closing a Case por Yasuharu Takanashi
reflexões para gerar evoluções #2 por Paty | crystalsenergy
será que a ideia de ser altamente produtivo realmente bate com a vida em movimento…?
tenho refletido um pouco mais que o normal sobre isso, pois tenho visto muitas pessoas que estão vivendo ciclos de trabalho intensos, porém, como estamos num período da humanidade extremamente ligado a vida material e a ideia de produção como sinônimo de utilidade, enxergar os problemas por trás de uma intensa jornada de esforços é um tanto difícil para alguns. o que é compreensível por mim.
porém, será que realmente apenas focar em trabalho ou produtividade é a melhor maneira de evoluirmos e sairmos do lugar? primeiro, o que seria evoluir, sair do lugar para você? o que você quer para si mesmo, mesma?
propagamos muito a noção de que ser útil é trabalhar - principalmente trabalhar muito! como somos parabenizados e nos parabenizamos internamente quando trabalhamos demais. mas a ideia que me vem, a percepção que tenho quando nos vemos nesses padrões repetitivos de trabalho é - será que estamos realmente nos movimentando, como achamos que estamos?
será que não estamos apenas nos enganando com a ideia de evolução e crescimento, quando na real estamos apenas num ciclo de repetir a mesma rotina e as mesmas entradas e saídas das coisas. todo mês a mesma rotina, todo mês praticamente as mesmas contas, os mesmos hábitos. isso é se movimentar?
o fato de estarmos indo para lá e para cá o tempo inteiro cuidando de um "aparente futuro" traz muitas vezes a falsa sensação de evolução.
pois se movimentar nem sempre significa sair do lugar.
às vezes estamos apenas nos mecanizando e nos tornando passivos em relação a nossa própria vida, pois tem algo que define os nossos passos atuais, que são os mesmos, repetitivos passos, passos repetitivos e cada vez mais intensos que, por sinal, nos afastam de algo único e original - nós mesmos e o que nós precisamos ter, sentir, viver.
conciliar a vida exterior e a interior não é tarefa fácil. porém, como buscadora do equilíbrio que sou, reconheço a dificuldade que existe por trás disso, masss não deixo de te dizer que é uma tarefa importante ter a consciência de que existe uma falsa sensação de descontrole de sua própria vida - de que tem passos que você precisará sempre seguir. depende. tudo depende… e tudo também pode mudar.
se estiver muito difícil agora de olhar pra dentro, tá tudo bem, ao menos mantenha a chama interna ACESA - isso é extremamente importante para que, no momento mais adequado, as coisas finalmente mudem. pois apenas se jogar no fluxo repetitivo e altamente imposto não vai contribuir, mas sim estagnar.
por isso, nem toda movimentação é evolução. em alguns casos, pode sim significar algum tipo de estagnação, por ser um movimento repetitivo e sem participação de tua consciência.
"Paty, como saber se estou num ciclo repetitivo OU se estou cuidando de mim, apesar de certas ações repetitivas que fazem parte da nossa vida?" vou responder com uma frase que recebi intuitivamente hoje:
"Observe os seus sentimentos e emoções, já que eles são um indicador perfeito, e então tome ação. Somente você pode agir".
beijosss e excelente descanso - não apenas físico, mas mental/emocional também!
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notacoletiva · 3 years
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Quem é o blogue "nota coletiva"?
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Muita gente vai entrar nesse link para saber informações de quem é esse blogue e sobre o que se trata. Bem, aqui é uma plataforma prática de compartilhamento de vários tipos de informações.
E para matar a curiosidade, eu sou o Frei Lorrane e quero trazer "pílulas" informativas sobre vários assuntos. Sou frade franciscano da Ordem dos Frades Menores na Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil.
Tenho vários assuntos de interesse, dentre eles estão a acessiblidade das informações sobre a Igreja Católica, com uma perspectiva sinodal e comunitária; também informações de cunho pessoal e social. Também irei trazer dicas importantes, sobretudo para o cuidado da Casa Comum.
Esse espaço também é aberto para quem quiser expor suas reflexões e informações.
Frei Lorrane Clementino, OFM
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gazeta24br · 2 years
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Singelas pílulas musicais e poéticas formam “pequenezas”, álbum e livro que reúnem a cantora e compositora Isabella Bretz, o músico e produtor Rodrigo Lana e o ilustrador e animador Jackson Abacatu. São 16 minicanções que refletem anseios modernos e a nossa busca por conexão, alento e afeto. O álbum chega às principais plataformas de streaming, e o livro ganha lançamento exclusivo em Portugal, com planos de chegar ao Brasil em breve, incluindo prefácio do renomado escritor José Luís Peixoto. Ouça “pequenezas”: https://li.sten.to/pequenezas Do tamanho diminuto das letras de “pequenezas”, surge um projeto grandioso. O álbum transforma a agilidade dos tempos modernos em oportunidades de reflexão ao explorar o que é delicado e sutil. Em um mundo de espetáculos cada vez mais impactantes, num momento histórico no qual as televisões são cada vez maiores e as redes sociais estão repletas de gritos escritos, é preciso ir à contramão. O trio Isabella Bretz, Rodrigo Lana e Jackson Abacatu propõe o resgate da simplicidade e do encantamento, quase como um descanso. Nesse contexto, “pequenezas” vem traduzir artisticamente reflexões sobre a vida, comportamentos, situações e, certamente, devaneios. A poesia e as composições de Isabella Bretz somam-se à musicalidade e técnica de Rodrigo Lana, assim como as ilustrações e animações de Jackson Abacatu transformam o projeto em seu próprio mundo - mesmo que diminuto. “O ‘pequenezas’ foi crescendo ao longo dos anos. Começou despretensiosamente, como uma expressão artística para nossas reflexões sobre a vida. Depois fomos chegando a festivais de cinema nacionais e internacionais. Agora, finalmente, estamos lançando o álbum e o livro (uma grande novidade é que é a primeira vez que publicamos poemas pelo projeto). Estamos muito felizes com essa nova etapa e sentindo o acolhimento das pessoas ao ‘pequenezas’. Já temos vários planos para o futuro breve”, adianta Isabella Bretz. Os três artistas têm longas carreiras que se interseccionam. Bretz e Lana lançaram juntos o livro “Conhecimentos de Áudio para Cantores”, além de colaborarem extensivamente em seus projetos musicais, sendo o mais recente o disco “Retalho de Mundo”, que Isabella lançou em 2020. A cantora também tem uma duradoura parceria com Jackson Abacatu, ilustrador responsável de capas de discos à realização de clipes da artista. “pequenezas” proporcionou ainda um outro reencontro: de Isabella Bretz com José Luís Peixoto. O escritor, que assina o prefácio do livro, teve o poema “Na hora de pôr a mesa” musicado pela cantora em seu projeto “Canções Para abreviar Distâncias”. O projeto que transformou escritos da lusofonia em música teve em Peixoto um representante da literatura portuguesa. A escolha faz sentido: o autor se tornou o mais jovem vencedor do Prêmio Literário José Saramago (aos 27 anos) e também venceu o Prêmio Oceanos (Brasil, 2019) e outras honras em Portugal, Brasil, Espanha, Itália e Japão. Todas essas trajetórias se encontram em “pequenezas”, agora disponível nas principais plataformas de música. Informações sobre o livro podem ser encontradas em isabellabretz.com e as animações do projeto podem ser vistas em youtube.com/pequenezas.     Ficha técnica Álbum:  pequenezas Isabella Bretz, Rodrigo Lana e Jackson Abacatu @bellabretz, @rodrigolanapiano, @jackson.abacatu Produção musical, arranjos, instrumentação, mix e master: Rodrigo Lana Produção executiva, composições, arranjos e voz: Isabella Bretz Ilustração da capa, composição faixa 11, coprodução do projeto: Jackson Abacatu Músicas: breve aviso cisco de tempo milímetro de mágoa fiapo de infinito pingo de respiro partícula de vida pedaço de toque sinal percebido migalhas de afeto filete de explosão fatia de mutação átomo de expansão centelha de jornada porção de levante fresta de esperança indício do futuro Livro Título: pequenezas Autores: Isabella Bretz, Jackson Abacatu e Rodrigo Lana Poemas: Isabella Bretz Diagramação: Winner Farias Edição: Isabella Bretz Ilustrações: Jackson Abacatu Design capa: Isabella Bretz
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cidiolopes · 2 years
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(via O que é AMF3?)
Festividades do fim do ano de 2021
Estimados colegxs, amigxs, alunxs, obrigado por essa caminhada.
Os vídeos que todxs tem recebido com o nome de Pílulas filosóficas fazem parte dum projeto maior de difusão científica/filosófica.
O projeto está em grande parte nesse site. O nome AMF3 tem uma trajetória desde 2010. Como a vida é movimento, ele foi se reelaborando e se movimentando. Motivado a sempre se apresentar de forma mais adequada. Concertando erros de escrita e ideias aqui acolá. Adicionando novas formas de me comunicar com vocês.
Na parte do Blog, onde tudo começou,  vocês tem acesso a mais de 950 textos. Tratando de modo filosófico um "monte de coisa”. Contudo, estarão  agrupados sob os temas de Filosofia e Mística (espiritualidade), Filosofia e Educação e Filosofia e Teologia (cristã católica). Até algumas reflexões sobre filosofia e ecologia ousei rascunhar.
De modo variado, tenho imensa gratidão a todxs vocês. Pois tem sido a forma como eu encontrei para atuar com Professor de Filosofia. Com tenho formação em Filosofia, Teologia e Pedagogia, misturando aí graduação, pós-graduação e mestrado, acabo atuando como docente nesses campos, de onde aparecem minhas anotações em forma de textos e que estão no blog desse site.
Minha mais profunda gratidão é o que eu penso ser o sentimento de natal. (e não essa luizinhas dandas) Fraterno abraço e nossa ‘travessia nesse sertão continua no próximo ano de 2022”
Prof. Me. Cídio Lopes de Almeida
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anarahaman · 6 years
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🙏🏼Gratidão Gratidão Gratidão🙏🏼 ⠀ É maravilhoso ter você aqui comigo! Compartilhando reflexões, informações, pílulas de inspiração, com o propósito de te despertar para ser a pessoa que você merece ser e para a vida que você merece ter! ⠀ Bora juntas nessa caminhada de evolução! ❤️ ⠀ #BomDia #OtimaSemana #segunda #comemorando #proposito #grupotop #cocriação #possibilidades #crescimento #despertar #5k #empoderamento #gratidao #quantum #coaching #CoachAnaRahaman (em SOUL Treinamento & Coach)
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cris7in4kus73r · 3 years
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6 set
Colóquio sobre o tempo Quem é esse marginal que desliza e mata em silêncio A memória costura com cinzas o que se deteve no meio de tanto que foi esquecido Espaço em branco é tarefa do silêncio Sinto medo e estou procrastinando o sentar no chão e abrir minha mala com as últimas reflexões que tenho que trabalhar sobre, tenho que trabalhar sobre. tenho que trabalhar sobre? ''Demoro pra responder na esperança de ter algo especial pra falar mas sei lá, temos muita coisa que é especialmente inefável meu eu te agradece pela companhia de cada dia, em todas as mídias e recursos que aproveitamos hoje tem sido um dia difícil de esperançar algo bom, abracei a ponta do novelo de lã que se aumenta em espiral confusa, então só fecho os olhos somando forças com o que tenho de concreto em mim, obrigada por fazer parte da minha vida, chegaste num momento muito propício, não se preocupe com o precipício, ele sempre esteve aqui e mora mais longe do que parece. vide tudo que sempre digo, adicionado a um pouco mais de silêncio, finalizo botando pra dentro a pílula difícil de engolir que é a realidade. Aquela frase decadente de quem sabe que não tem mais pra onde ir; ''faz parte''. '' não to hierarquizando nada nem excluindo porra nenhuma vou fazer o que se essa relação é a mais completa e gostosa de todas? vou vivê-la, vivê-la enquanto puder, vivê-la ao máximo, as certezas q temos na vida são muito poucas e nenhuma delas me garante a sustentação de nenhum evento ou relação, seja boa neutra ou má. o que tenho é viver o que tenho. inevitável que as horas passem e vão sempre pra mesma direção a direção do acumulo e do arrependimento do que não se fez reclamo que por tão pouco chego ao desgosto e à morte, mas se não for aos poucos o que será do latejo final? a explosão é só acúmulo, matérias fogosas q finalmente se encontram para o começo do novo fim todas as seções e categorias e prateleiras em que distribuo minha vida tudo range por ser máquina, tudo some por ser memória, e mais falso que isso, só o controle que busco insanamente ter não sinto fome, nem sede, nem desejos, nem medo, sinto muita dor, física mental física mental o físico é mental eu nao sei existir sem sentir agora no fundo do corredor de costas de onde eu vim não sei o próximo passo não sei continuar a viagem sem essa minha mala pesada cheia de controles e traumas, ausências também pesam, eu não sei significa que não quero saber além de toda perda de líquido e noia-dislexia eu ainda me reconheço, pobre frágil e armada, sempre armada como se a vida fosse um constante ataque [e eu insisto em defender sei la o que] me tornar menos humana é dilacerar e destruir os instintos, instrumentalizar meu corpo a fim de controlar tudo só pra chegar na morte sem a resistência da pulsão da vida- notar padrões e organizar a vida é cansativo e insalubre e só notei isso quando ele me disse o quão cansativo deve ser eu, eu entro numa sala confusa onde os espelhos fazem música -sem imagem- pelos olhos eu ouço ruídos da dor que produzi e que foi deixada em segundo plano pois o primeiro é tão acelerado e contínuo, alimentado por essas palavras que fazem parte de meu vocabulário mas que desconheço e aplico erroneamente vagando entre paranoia e obsessão como se o que eu sentisse tivesse nome. Eu só consigo me confundir distorcida, ainda nao saí dessa sala, há muito o que explorar, ou nada. Deixei uma versão de mim lá, presa nos espelhos de som, esperando que depois de bater neles com a cabeça na tentativa de quebrar tal realidade uma janela se abra em liberdade 20h50 não almocei. hoje me retive em vertices diante da imensidão ilusória de uma tela um teclado uma rede de conexão sons estranhos e choros curtos quando estou triste esqueço de mim, viro apenas campo de batalha e quem assume o protagonismo é a dor eu não vou mais diminuir minha dor nem questionar tanto sua origem nem tentar controlar quando vem quando vai -que diabos -isso não é viver, ele me disse, eu devo me libertar do controle essa sessão arrombou uma parte bruta de uma base que estava sendo construída a amor e ódio, várias versões de mim interditaram o local com fitas e cones a fim de estudar o caso e trazer um reparo eu penso demais, eu organizo minha vida em seções e caixas e prateleiras, eu categorizo minha vida, acordo e durmo numa planilha, eu procuro estudar para ter controle, eu preciso saber a origem e sentido das coisas, eu deixo de viver .justo eu. mas quem é ele pra me falar essas coisas? e quem sou eu .?. essa sessão arrombou uma parte bruta de uma basejdjsafbaoeiofhlsjhf até então eu não sentia esse cansaço, até então eu mandava pro caralho essa qualidade de vida   hoje transpasso entre espaço em branco e resistência preâmbulo reticente a felicidade dura tão pouco - já tinha lido em frases clichês, hoje sou uma delas - é um momento tão sublime - não há substituição nem reconstrução de cena. onde vou chegar com toda essa obsessão talvez eu não queira chegar em lugar nenhum sinto mais cansaço do que medo, quando paro de correr por dentro talvez eu tenha entendido um mecanismo, movimentação constante pra não cair. parar é cair tipo na bicicleta tipo no ato de se equilibrar a fita é que, não me reconheço sem esses padrões cálculos  categorias armários planilhas calendários não há recomposição mas sim decomposição destruição sublimação aliteração fixação fruição ainda hoje choro pela morte de desconhecidos e quando me sinto fraca, pois isso enaltece nossa solidão me vejo colher migalhas de chiste nessa droga ilusória que chamamos de internet uma teia, infinita virtual, inexistente ao táctil, mais um dia se foi, mais uma multidão se foi, mais um suicida se foi, mais uma chance se foi,  tudo o que vimos hoje se foi, imparável ação do tempo. tudo é tão barato perto do seu potencial de destruição e construção. mexer com palavras me emociona - ainda bem hoje não busco nada, só navego estática, assistindo o tempo passar pois não tenho motivos pra realizar nada do que preciso. paranoide em seu nível não ainda psicopatológico - nunca perdi nada esperando o pior dos outros enrolo o máximo que posso, tentando dar nome a tudo, buscando motivo pra levantar da cama. mundo não perde nada sem mim, por um tempo não perco nada sem ele também viver em comunidade é viver em comum sinto falta do mundo - quero que ele exploda o mais rápido possível me afasto do som da voz das pessoas como se eu fosse um bicho de pele exposta pensando que tem dias que meu desejo é ser um jogo de tabuleiro muito interessante que atraia os jogadores a me descobrirem, quem sabe até se viciarem. já fui longe de mais e não mexi as pernas virei a página me perdi não tem guia nem seta a música trocou me perdi não tem refrão nem coro eu ainda sou aquele bicho de bico quebrado e pele exposta me aproximo só do que não existe - para q nao possas me tocar o ritmo mudou e me perdi seria tão frágil assim o que pensei - não quero parar agora
se não sou por completo nenhuma patologia só passo perto delas eu sou o que, já que quer me definir por msd, que a guerra comece, dentro de mim, sei que posso ser muito obsessiva, sei que posso criar mundos que não existem medos que não existem loucuras que não existem, igual a você. na moral, hoje só queria ter estudado, lido livros físicos e escrito algum
choro também em cima de livros não lidos, como se o pranto aliviasse o peso do desconhecido a coisa, rodei em volta do meu rabo virtual o dia todo, me sinto doente e surrealista, longe, muito longe e perto demais. de pragmática à sistemática, mestre da sublimação, navego por entre povos mortos, os ouço o dia todo, desvio da minha mãe, olho nos olhos do meu avô, avisto meu destino. escrevo isso e giro 40 graus ida e volta minha cadeirinha diante da tela, com vergonha e com descaso, olho pro corpo que carrego, who do u wanna be today tem pessoas gritando no quarto ao lado, tem pessoas gritando no quarto alado, tem pessoas gritando no quarto da minha cabeça, os gritos são todos iguais, silenciados pelo frenético giro de minha máquina central  da catalogação emprestei meu violão com hesitação interna curvo meu corpo como um servo faminto muito mais fácil nos apegar ao material inanimado - pois nele há controle pleno - (ilusão)
hoje não consegui finalizar nenhuma deglutição de migalha, nenhuma frase escrita, estou em mim como um holograma falho, minhas pilhas são recarregáveis mas o aparelho carregador não responde, dou o um tempo, retorno mais tarde [respeita o meu dia de luto, hoje o luto está em tudo banhando a todos com seu brilho opaco das incertezas, beijando as bocas sujas dos fiéis, afiando as facas dos suicidas, arrancando os dentes dos famosos, implantando sisos nos objetos, cerrando as árvores que restam pra esse circo não inflamar]
choro também em cima de livros não lidos, como se o pranto aliviasse o peso do desconhecido
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psifeestramasso · 3 years
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Ainda sobre a postagem de ontem, estamos pendurados no precipício. Os tempos estão doidos, virados, revirados.⁣ ⁣ Mas, por nossa sorte, ainda existem morangos pendurados na beira do abismo.⁣ ⁣ Alguns desses morangos também podem ser encontrados nessa rede aqui, de gente que nada contra a corrente só pra não se esquecer do exercício de tornar-se pessoa.⁣ ⁣ Quem você segue que é um respiro no meio do turbilhão?⁣ Se quiser, pode deixar sua sugestão aqui. Precisamos MUITO de perfis assim.⁣ ⁣ Algumas das minhas indicações:⁣ ⁣ @contente.vc (que, por sinal, fez um post colaborativo com perfis inspiradores anteontem);⁣ ⁣ @luizavoll e @daniarrais sempre com reflexões e criando conversas que merecem nossa atenção;⁣ ⁣ @erikaleonardodesouza falando sobre compaixão e vida real atravessada por emoções;⁣ ⁣ @morganasecco eu não sei mais viver sem os vídeos da Alice, nem sem o olhar cuidadoso da Morgana em suas fotografias e textos;⁣ ⁣ @carolburgo que é arte pura e pulsante;⁣ ⁣ @sutilezasatomicas pra quem se interessa pela dança das palavras;⁣ ⁣ @ana_suy de interstícios poéticos e de cuidado com os não-dizeres;⁣ ⁣ @drabrunavelasques entre a divulgação científica e a invenção da mulher-mãe;⁣ ⁣ @liliprata ora filosofia, ora escrita, ora paixão, ora mãe, sempre convite pra nos conectarmos com nossa humanidade;⁣ ⁣ @ribeiro_isadora num caminhar de reinvenções de si, emoldurada pelas palavras e coberta de sentir;⁣ ⁣ e (só pro Instagram não considerar esse post como spam)⁣ ⁣ @judemari com um olhar pra lá de sensível e apurado.⁣ ⁣ A lista, ainda bem, é grande!⁣ E continua, se você me ajudar...⬇️⁣ ⁣ [Na imagem: Rubem Alves essencial - 300 pílulas de sabedoria. Edição de bolso, ed. Planeta, 2015] https://www.instagram.com/p/CTTGU1yrKjz/?utm_medium=tumblr
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palavradigital-blog · 3 years
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Websérie inédita de artistas cariocas estimula reflexões em tempos de pandemia
Websérie inédita de artistas cariocas estimula reflexões em tempos de pandemia
Com nove episódios de um minuto cada, projeto inclui tambémoficinas de arte, visagismo e caracterização, abertas ao público. “Pílulas da Pupila” é uma websérie criada durante a pandemia, idealizada por Carolina Godinho, Diego Nardes, Monique Vaillé e Natasha Corbelino. Protagonizada pela atriz Monique Vaillé, a primeira temporada estreou no dia 29 de março, de forma gratuita, no Instagram e…
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mongeyakusan · 3 years
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Reflexões de dois anos atrás - Mulher trans em ambiente de trabalho nocivo sofrendo transfobia diariamente; - Homem com depressão grave, divorciado, provedor da casa com dois filhos, sendo extorquido por vizinho para não ser denunciado ao conselho tutelar por ser considerado incapaz; - Jovem autista se recusando a voltar a trabalhar e pensando em demissão por ser pressionado por alguns colegas de trabalho a ter envolvimento sexual com outros colegas de trabalho; - Moça de coletivo feminista movendo processo contra assédio e abuso sexual contra um amigo do pai dela, e todo mundo duvidando questionando o assédio e o abuso, a começar pela própria família. Os rótulos começam a partir de vagabunda em diante; - Homem aposentado apenas com aposentadoria complementar aguardando há mais de 6 meses a aposentadoria formal pelo INSS, sofrendo por estar com a renda muito abaixo de quando estava na ativa; - Senhora viúva com mais de 80 anos voltou às pressas da casa de praia, chorando muito, porque não aguentou a solidão do domingo à noite; Todas essas situações em um espaço de dois dias, dentro das quatro paredes de um consultório. Eis as várias faces da miséria humana. Não somente aquela conhecida, a social/monetária, mas a miséria de vínculos, de afetos, de valores, de sonhos e perspectivas. Sem falar nas tragédias: pessoais, ambientais, coletivas... Sofrimentos em múltiplas formas. Se a gente apenas se limita a dar receita de uma pílula qualquer e solicitar um exame qualquer, ao invés de encarar essas mazelas (que poderiam ser e, de certo modo, são nossas também), nós nos tornamos mais cheios de miséria humana que todas essas pessoas em sofrimento. O que prescrever então? Antes de mais nada, escuta compassiva. Compaixão e compreensão dos sofrimentos do mundo são os primeiros passos. A gente pode até saber que o sofrimento é transitório, mas sentido na pele parece durar muitas vidas. Desperte, e aprecie sua vida. (Yakusan) Foto: detalhe da entrada do Via Zen, em Porto Alegre/RS https://www.instagram.com/p/CLSM8GxBzte/?igshid=1nuvcbe9de0e2
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clamesan · 4 years
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Cuidar de Quem Cuida: Roda de Escuta com RHs em Tempos de COVID19 . Olá Colega de #rh , como está? Vendo esse cenário de adversidade e, como uma profissional de RH, imagino o quanto deve estar sendo difícil para você administrar esse caos que se instalou como consequência de uma pandemia mundial. E pelo visto, esta situação vai permanecer por algum tempo. Empresas estão tendo que se reinventar à força para sobreviver. Sim, estamos todos lutando pela sobrevivência. 💪🏻 . Comparo o profissional de RH ao profissional da saúde. Um Enfermeiro, por exemplo, que fica ali, frente a frente com a "doença ", precisando estar sempre disponível e atento, cuidando dos pacientes. *E QUEM CUIDA DE QUEM CUIDA?* 🤨🤔🤔 É tempo de sermos solidários. 🙏🥰 . 🙋🏻‍♀️Como Psicóloga e Coach, estou propondo uma ajuda especializada, um espaço de escuta e de desenvolvimento humano. Neste lugar, não há cobranças, nem exigência de entregas ou resultados, ou esforço para mostrar suas competências e fortalezas o tempo todo. Será, sim, um lugar de acolhimento, para ser você mesma(o). E isso inclui se permitir ser vulnerável mas, acima de tudo, ser humana(o), demasiadamente humana(o). ❤️🧘🏻‍♀🙂 . 📀💿🎤🎛 O Programa RH, Toca o Play tem como objetivo a criação de um Grupo Colaborativo, onde cada indivíduo poderá contar sua história, suas dores, compartilhar suas reflexões. Um espaço para ser sua essência, livre de julgamentos, cobranças, obrigações do tipo "Tenho que...". Um espaço para você se fortalecer, criar meios hábeis, desenvolver musculatura (recursos emocionais) para lidar com este Novo Mundo com sabedoria e equanimidade. . Haverá pílulas de ensinamentos sobre humanidade compartilhada, (auto)compaixão, equilíbrio emocional, administração do tempo, com técnicas para criar estado de maior serenidade e foco, consciência plena, redução do sofrimento/estresse e aumento da sensação de felicidade e bem estar. . Continua nos comentários (em Clarice Santana Desenvolvimento Humano) https://www.instagram.com/p/B_NA8TLFhzw/?igshid=s9oxnn54fkh4
#rh
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O feminismo político do século XX por Maria Lygia Quartim de Moraes
Um novo feminismo
Pertenço à geração de mulheres para as quais os livros de Simone de Beauvoir, especialmente Osegundo sexo1 e Memórias de uma moça bem comportada, tiveram uma importância decisiva: ajudaram a nomear um mal-estar difuso e a entender a situação da mulher como produto da história e da sociedade. Mais do que isso, a experiência de Simone e seu pacto amoroso com Sartre exerceram um fascínio extraordinário. Simone não queria ter filhos, nem criar família, tampouco viver como uma burguesa acomodada.
É um desses casos em que vida e obra se encontram, porque, ao adotar o existencialismo filosófico, ela fez de seu projeto de vida – produzir uma obra de valor universal – o objeto de suas reflexões e de seu trabalho teórico. Sua biografia remete aos personagens de seus romances e estes aludem às experiências reais de Simone – ela na intimidade, Sartre, a relação entre ambos –, rompendo com convenções burguesas e apresentando um estilo de vida pouco convencional.
Como deixar de admirar a ousadia dessa mulher que vivia num quarto de hotel – distante das atividades familiares típicas das mulheres de classe média –, da intelectual que gerou uma rica produção de romances, autobiografias, biografia de Sartre, ensaios filosóficos? Em O balanço final, escrito aos 63 anos, Simone comenta: “Viver sem tempos mortos: esse é um dos slogans de maio de 1968 que mais me tocaram, porque o adotei desde minha infância”2.
Ninguém nasce mulher
O impacto do Segundo sexo foi extraordinário. A versão norte-americana vendeu cerca de 750 mil exemplares e Simone transformou-se na referência do feminismo do século XX. No entanto, vinte anos depois, a própria autora reconhecerá os limites de seu trabalho que, embora útil às militantes, “não era um livro militante”. Além disso, naquele momento ela ainda acreditava que a condição feminina evoluiria com o tempo e por isso lhe pareciam justas as críticas das feministas americanas dos anos 1970:
Que a mulher seja fabricada pela civilização, e não biologicamente determinada, é um ponto que nenhuma feminista coloca em dúvida. Elas [as norte-americanas] se afastam de meu livro no plano prático: recusam-se a confiar no futuro, querem desde já dirigir seus destinos. Foi nesse ponto que mudei: dou-lhes razão.3
A partir dessa autocrítica, Simone afirma que feminismo é lutar por reivindicações propriamente femininas, paralelamente à luta de classes, e se declara feminista: “Em resumo, no passado achava que a luta de classes deveria ter prioridade sobre a luta dos sexos. Hoje considero que as duas devem ser travadas ao mesmo tempo”4.
Com essas palavras, Simone define a novidade do feminismo dos anos 1970: uma nova concepção política da questão do poder e o repúdio à crença ingênua na marcha da humanidade para um crescente progresso – mais do que tudo, um feminismo militante. Simone de Beauvoir foi o ponto de partida de toda uma geração de feminista, mas ela não era, nem se propunha a ser uma militante feminista; era uma intelectual ligada a Sartre e ao projeto editorial da revista Les Temps Modernes.
A geração política
Em entrevista concedida em 1970, Hannah Arendt exprimiu sua admiração pelas revoltas estudantis de 1968 nos seguintes termos:
Abstraindo as diferenças nacionais, que naturalmente são muito grandes, e levando em conta somente que se trata de um movimento global – algo que nunca aconteceu nesta forma antes – e considerando (…) o que realmente diferencia esta geração em todos os países das gerações anteriores, (…) é sua determinação para agir, sua alegria em agir, e certeza de poder mudar as coisas pelos seus próprios esforços.
[…]
Esta geração descobriu o que o século XVIII chamou de “felicidade pública”, que significa que quando o homem toma parte na vida pública abre para si uma dimensão de experiência humana que de outra forma lhe ficaria impedida e que de certa maneira constitui parte da “felicidade” completa.5
Vinte anos depois, Immanuel Wallerstein, no discurso de abertura do seminário 1968 as a Global Event6, afirmou que 1968 foi uma revolução no sistema mundial e uma revolução desse próprio sistema. Concordando com Arendt, o autor aponta para a novidade do que acontecia naquele momento, e vai além, ao afirmar que 1968 foi um momento de ruptura histórica, que criou um “antes” e um “depois”. Após 1968, ficava difícil afirmar que o proletariado ainda era a única vanguarda revolucionária. Nesse sentido, os grupos “minoritários”, cujos interesses eram desconsiderados em nome da revolução proletária que aboliria todas as formas de opressão, decidiram não mais esperar pela “salvação” no futuro. Assim, “a importância real da revolução de 1968 deve-se menos à sua crítica ao passado do que às questões que levantou para o futuro”7.
Essa é a novidade: o aparecimento, em várias partes do mundo ocidental, de uma juventude extremamente politizada e militante, unida na mesma recusa ao imperialismo norte-americano, ao “aparelhismo” e burocratismo dos partidos comunistas, aos graves equívocos políticos do socialismo soviético e aos valores burgueses e conservadores. Os jovens defendem os direitos civis das mulheres e dos negros, lêem Marcuse e professam uma profunda admiração por Ernesto Che Guevara. Em sua maioria, estudantes secundaristas e universitários foram os novos atores coletivos dos anos 1960 e 1970 e as principais vítimas da repressão político-militar das ditaduras na América Latina.
Ditaduras militares e a presença das mulheres na resistência armada
No Brasil, a Nova Esquerda forma-se na crítica ao imobilismo político dos comunistas e na oposição radical ao golpe militar de 1964, o primeiro na sucessão de golpes e ditaduras militares que assombraram os países do Cone Sul. As condições políticas em que se dá o rompimento da legalidade democrática no Brasil (1964) e no Chile (1973) são assemelhadas: em ambas, governos legitimamente eleitos, cujos atos não feriam os pressupostos constitucionais, conheceram uma polarização social fortíssima e o boicote norte-americano. É importante assinalar que em ambos os países amadureciam processos de desenvolvimento dos movimentos sociais, como foi o caso das Ligas Camponesas dos anos 1960, um atuante movimento de trabalhadores rurais. Os movimentos estudantis também já estavam em ebulição, como ocorreu na longa greve em torno do aumento da participação estudantil nos órgãos de poder da universidade, ocorrida na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, na rua Maria Antonia, em 19628.
Para a juventude que aspirava a maior liberdade na vida pessoal, a ditadura foi um duro golpe. A agitação e a efervescência entre os anos 1965 e 1969, com seus festivais de música e de cinema e os grandes encontros estudantis, foram substituídas pelo medo da atuação impune do terrorismo de Estado contra os “subversivos”. A moral cristã era tão onipresente que, nas invasões realizadas pela polícia no Crusp (residência estudantil da USP) as pílulas anticoncepcionais e as bombasmolotov constituíam, com o mesmo status, prova incriminadora. Uma estudante em cuja bolsa fossem encontradas pílulas era considerada puta. Essa é uma dimensão de gênero que tem sido deixada de lado na produção acadêmica sobre o tema das revoltas estudantis contra a ditadura militar.
No Brasil dos anos 1960 e 1970, a presença das mulheres na luta armada representou uma profunda transgressão ao que era designado como próprio ao sexo feminino. Mesmo sem formular uma proposta feminista deliberada, as militantes “comportaram-se como homens”: pegaram em armas e assumiram um comportamento sexual que punha em questão a virgindade e a instituição do casamento, transformando-se, como apontou Garcia9, “em um instrumento em si de emancipação”. A transgressão de gênero teve, na repressão e na tortura, uma dimensão punitiva específica.
A radicalidade da experiência da luta armada deixou marcas profundas nos jovens de ambos os sexos. A mudança dos códigos instaurou uma nova ordem de relação entre homens e mulheres. Insisto na dimensão da juventude e no fato de a grande maioria ser constituída por solteiros. Foi no exílio que muitos criaram família e onde se acirrou a contradição de gêneros. As queixas das ex-guerrilheiras não se diferenciavam muito do normal das mulheres, especialmente no tocante às tarefas domésticas e aos cuidados com os filhos. Por outro lado, ante o machismo reinante nas concepções dos partidos comunistas oficiais, a participação das mulheres na luta armada foi uma enorme ruptura com relação às lutas e movimentos sociais anteriores, nos quais predominavam os homens.
O feminismo e a experiência do exílio
A partir de 1973, o golpe de estado no Chile, o acirramento da repressão política na Argentina e a permanência da ditadura militar brasileira, em plena prosperidade do “milagre brasileiro”, concentraram em Paris centenas de fugitivos. Além dos exilados, o clima de terror e a repressão política reinantes no Cone Sul estimulavam a saída de universitários para pós-graduações na Europa. A França se tornou o epicentro do asilo político, reforçando os laços entre a esquerda francesa e os militantes políticos. Na época, o Partido Comunista Francês era uma organização respeitada, com forte composição operária, presença sindical e atuação ideológica.
Para mim, como para muitos outros que viveram em Paris nos anos 1970/1980, o sentido da palavra “republicano” ganhou um significado muito forte de educação, saúde e cultura para todos. Passamos a enxergar com outros olhos a experiência de uma bem-sucedida medicina socializada e de escolas públicas com qualidade. Com o crescimento eleitoral, a esquerda francesa estava no auge e a França tornou-se o grande centro irradiador do feminismo europeu.
O país vivia uma ebulição social e a liberalização do aborto era uma reivindicação nacional, encabeçada pelas feministas com o apoio dos partidos comunistas e socialistas. A esquerda mantinha uma atitude de solidariedade para com os exilados políticos: estudantes e exiladas foram acolhidas pelos movimentos de libertação da mulher e puderam participar do debate no interior das esquerdas.
O feminismo do Debate e do Coletivo
Os brasileiros exilados na França organizaram-se em vários grupos políticos, divididos entre as diversas tendências da esquerda brasileira, dos marxistas-leninistas aos maoístas, passando pelos guevaristas. No final dos anos 1960, um pequeno grupo, sob a liderança intelectual de João Quartim, criou a revista Debate, que adquiriu um grande prestígio e permaneceu ativa até 1979, constituindo uma etapa importante para que as feministas brasileiras ligadas ao Debatepercebessem a necessidade de uma militância direcionada para a questão da mulher.
O discurso da militância no exterior visava, inicialmente, o conjunto dos exilados. Disso não destoava a publicação do grupo Debate, que se posicionava a serviço da “reorganização dos comunistas” de forma geral. Uma parte considerável das militantes do grupo não tinha qualquer vocação feminista e os artigos sobre “opressão” remetiam à literatura dos clássicos marxistas e se apropriavam das análises da New Left Review. O empenho teórico do Debate gerou uma grande quantidade de textos que propunham uma análise marxista do trabalho feminino e da família, mas as questões sobre sexualidade eram descartadas, uma temática que a maioria não considerava importante tampouco passível de discussão.
Ao mesmo tempo, a liberdade oferecida pela cidade permitiu um estilo e vida que colocou as condições para o confronto de gênero. Nesse contexto, não é de estranhar o desencanto de muitas militantes, desiludidas com os grupos políticos dominados por questiúnculas e personalismos, que buscaram outras alternativas de participação política, aproximando-se dos grupos feministas. Assim surgiu o Coletivo de mulheres no exterior ou Ciclo de mulheres brasileiras, cujas participantes, muito jovens e a maioria sem filhos, haviam sido direta ou indiretamente ligadas à luta armada. Aos poucos, o Coletivo de mulheres transformou-se na mais dinâmica, atuante e influente organização no exterior.
A importância dos grupos feministas formados no exílio europeu também é ressaltada por Ana Maria Araujo, exilada uruguaia na França10, para quem o movimento de mulheres latino-americano, não obstante seus laços com o feminismo europeu e norte-americano, “à medida que se consolidava como movimento social enraizado na realidade nacional e continental, adquiria – de forma muito mais profunda que a esquerda, sua própria especificidade latino-americana”.11Para Araujo, um dos mais importantes grupos de mulheres latino-americanas organizados no exterior foi o Círculo de Mulheres Brasileiras, que defendia, ao mesmo tempo, um feminismo de esquerda (favorável ao aborto) e de “massa” (propondo políticas públicas de Estado).
A imprensa alternativa feminista
As restrições impostas pela ditadura militar ao direito de organização política e sindical forçaram a oposição a limitar seus objetivos a questões locais, entre outros movimentos contra o custo de vida, clubes de mães e associações de vizinhos, movimentos por creches e postos de saúde. Assim, uma das principais características assumidas pela resistência popular foi a criação de novos tipos de organização. O contato direto entre militantes políticos e movimentos populares e sua interpenetração transformaram a prática política no país.
Nos anos em que a repressão militar liquidava, fisicamente, muitos oponentes12, o movimento feminista apareceu comprometido com a luta pelas “liberdades democráticas”, exercendo um papel ativo na campanha nacional pela anistia desde 1975. Durante esse ano, que marca o início da Década da Mulher da Organização das Nações Unidas, as feministas organizaram reuniões com mulheres de diferentes setores sociais, especialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, para discutir seus problemas específicos. Dadas as profundas diferenças culturais e sociais da sociedade brasileira, o alcance do movimento de mulheres variou enormemente, concentrando-se nos principais centros urbanos.
A partir de 1974, as primeiras feministas do Debate retornaram ao Brasil e participaram do primeiro grupo feminista em território nacional, o Nós mulheres. Uma vez articuladas, deram início a uma dupla produção: a prática de discussão de “textos de formação”, de bibliografia marxista, e a publicação de textos jornalísticos para “as massas”. O primeiro editorial do jornal Nós Mulheres, escrito por duas ex-militantes do Debate, trata da dupla jornada de trabalho (em casa e fora dela) e propõe uma série de reivindicações, nas quais as políticas de Estado aparecem como solução.
A produção do Nós Mulheres e do Brasil Mulher, que reunia militantes de origem maoísta, esteve marcada pela permanência das teses marxistas, que tinham a economia e a política como eixos, segundo o duplo princípio: a) a importância da infra-estrutura econômica, isto é, a centralidade da luta anticapitalista; b) a importância da atuação na esfera pública (mas numa organização menos hierarquizada). Isso faz sentido na medida em que, numa sociedade com o grau de desigualdade social como a brasileira, toda e qualquer reivindicação de melhoria de vida passa pela dimensão econômica. Nesse sentido, o marxismo, enquanto teoria das classes sociais, torna-se uma referência permanente. Ao mesmo tempo, as posições do Nós Mulheres sobre sexualidade, família e relações de gênero eram muito mais avançadas, em termos de feminismo, do que as das demais publicações de mulheres naquele momento.13
O processo de redemocratização fortaleceu os grupos ativistas dos direitos sociais e políticos e promoveu algumas vitórias sensíveis com respeito aos direitos da mulher. Campanhas nacionais denunciando a morte de mulheres por crimes “de honra”, a denúncia do sexismo dos livros escolares, as campanhas contra o assédio sexual são algumas das conquistas que marcaram o final da Década da Mulher. Como veremos adiante, a transformação do contexto político resultante destas novas militâncias – em que o feminismo marcou presença – ampliou o cenário do embate político e a relação dos movimentos sociais com o Estado.
A visibilidade e a capacidade de mobilização do feminismo político nos anos 1970, de certa forma, reordenaram o espaço político. É importante, historicamente, reviver a importância da imprensa alternativa e o lugar privilegiado que ocupou na reorganização da esquerda e na própria fundação do PT. Nesse sentido, o jornal Em Tempo constitui o melhor exemplo.
O Em Tempo era uma frente de esquerda que reunia militantes da APML [Ação Popular Marxista-Leninista], do MR8 [Movimento Revolucionário 8 de Outubro], do MEP [Movimento pela Emancipaçao do Proletariado], da Polop [Política Operária], de diferentes grupos de inspiração trotskista e grupos independentes. Comum a todos eles, a perspectiva crítica em relação aos dois partidos comunistas mais tradicionais do Brasil: o PCB e o PCdoB. O objetivo era construir uma frente legal chamada “Esquerda Revolucionária” (o número 0 saiu em fins de 1977). Em Tempodava uma dimensão pública e legal para posições políticas definidas no interior das organizações ainda clandestinas, divulgando a luta pelas liberdades democráticas e a campanha pela anistia e apoiando o movimento estudantil.14
No mesmo texto em que desenvolve a tese da importância da imprensa alternativa na luta política contra a ditadura militar, Maria Paula Nascimento Araújo destaca a presença ativa dos jornais feministas. A autora comenta que o jornal Em Tempo, “pressionado pela imprensa feminista, de grande vigor na época”, realizou a cobertura de encontros sindicais de mulheres em 1978 e, em matéria de página inteira, “como organizar as mulheres”. Em Tempo dialogava com os principais jornais feministas da época: o Brasil Mulher e Nós Mulheres.15
Por uma lógica cruel, o próprio potencial político do movimento de mulheres em São Paulo provocou uma nova fase de disputas políticas entre as diferentes correntes da esquerda (entre outras, MR8, PCdoB) em oposição às feministas independentes. A luta pelo controle político do movimento de mulheres afastou as feministas do Nós Mulheres das comemorações políticas do 8 de março, ocasião em que eram realizados concorridos encontros de mulheres. Paulatinamente, o feminismo político dos anos 1970 foi sendo substituído por uma nova geração de feministas homossexuais que privilegiavam a questão da violência contra a mulher, dando origem ao SOS-Mulher. Esse deslocamento, entre outras conseqüências, instituiu o lugar da “vítimas indefesas da violência masculina”, deixando de considerar, por exemplo, a violência doméstica em que a agressora é uma mulher.
A institucionalização progressiva: ongs, conselhos, etc.
Entre outras, a experiência institucional realizada através da Fundação Ford serviu de paradigma para a institucionalização de grupos e militantes feministas e para a introdução da ideologia e das práticas das organizações não-governamentais (ONGs). Outra financiadora importante tem sido a holandesa Netherlands Organisation for International Development Cooperation (Novib), que atua até hoje. A constituição das ONGs foi o primeiro passo da institucionalização de uma série de grupos e propostas de trabalho e a fixação de uma agenda comum, no início ditada pelo movimento e, paulatinamente, passando ser influenciada pelas organizações financiadoras internacionais.
Nas primeiras eleições livres, em 1982, a oposição ganhou o governo do estado de São Paulo e foi criado o primeiro Conselho da Condição Feminina, inspirado no similar francês. Esse é o ponto de inflexão, que abre um campo de atuação dentro do aparelho de Estado, criando, em várias cidades do Brasil, delegacias especiais para mulheres, serviços de atendimento às vítimas de violência e programas de saúde das mulheres. Ao mesmo tempo, os conselhos da condição feminina foram perdendo sua autonomia e se transformando em órgãos diretamente subordinados às políticas do governador em exercício, o que, via de regra, significou sua despolitização e perda de eficácia. A relativa despolitização do movimento correspondeu ao seu enquadramento às regras jurídicas e ao “mercado financiador” monopolizado pelas Fundações Ford, Rockefeller e MacArthur diante de uma oferta cada vez maior de serviços para a mulher, transformando parcela das feministas em profissionais competentes de políticas sociais.
A vitória de Fernando Henrique Cardoso (presidente do Brasil de 1995-2002) e a criação da Comunidade Solidária possibilitaram o surgimento de novos postos de trabalho e novas teias de interesse entre governos e conselhos de mulheres no âmbito federal, estadual e municipal. A mesma trajetória – dos pequenos grupos heroicos do feminismo dos anos 1970, sua “deriva” para formação das ONGs e a luta pelo poder dentro aparelhos de Estado – ocorreu em todos os países latino-americanos, à medida os movimentos sociais conquistaram maior espaço, conhecem as contraditórias conseqüências de “ser governo”. Anette Goldberg (1989) faz análise semelhante, assinalando a opção “participacionista-liberal”, segundo a qual parte da esquerda, “que se havia formado em torno da idéia de “revolução” e de “socialismo”, foi sendo paulatinamente reconduzida e redirecionada.16
As palavras de ordem de autonomia e novos métodos de fazer política foram esquecidos e os grupos “minoritários” transformaram as ONGs em alternativas de trabalho, em estratégias de sobrevivência – um meio de vida. A internacionalização da pauta feminista sob a hegemonia do modelo norte-americano implicou (o que não deixava de ser um dado político) na despolitizaçãocrescente do feminismo organizado, um enquadramento que alimentou disputas intelectuais estéreis (igualdade versus diferença) extremamente dependentes dos interesses estratégicos norte-americanos, no qual a luta contra os “fundamentalismos” deixa de fora o capitalismo e o cristianismo.
Extraindo as consequências
O objetivo principal da produção teórica feminista foi deslocar o debate da inferioridade social da mulher do âmbito da biologia (mulher “inferior” fisiologicamente, devido ao tamanho do cérebro ou à diferença hormonal) para o âmbito da sociedade e das relações de poder. Por essa razão, muitas feministas insistiam na importância dos grupos exclusivamente de mulheres, segundo o princípio da “não-mixidade”. Intimidadas com a presença dos homens e cansadas de ser manipuladas em assembleias, as mulheres preferiam grupos menores, relações mais pessoais, e tiraram proveito do aprendizado com o Movimento de Libertação das Mulheres (MLF) francês. O curto tempo de vida dos grupos refletia a lógica de evitar a consolidação de lideranças.
Ora, com o processo de reorganização partidária dos anos 1980, grande parte das feministas atuantes entraram no PT, outras no PCdoB. Assim, a questão das cotas mínimas de mulheres nos partidos políticos foi de tamanha ineficácia que ninguém fala mais nisso – seria esse um sinal de menor participação das mulheres? Depende do que seja considerada atividade política. Quem trabalha com temas ligados aos movimentos sociais sabe da importância do ativismo feminino. O problema não reside aí e sim no fato de que o contexto mundial mudou. As mulheres que foram a força do feminismo na década de 1970 eram jovens, estudantes, artistas, intelectuais, num mundo altamente politizado. Como vimos, a profissionalização do feminismo via “eficiência de gestão em iniciativas” redundou na sua despolitização, preço ideológico de troca por verbas e financiamentos.
A condição da mulher transformou-se profundamente na maior parte dos países do mundo ocidental. As mulheres vivem cada vez mais, com menor número de filhos, com maior leque de possibilidades e opções sexoafetivas. No Brasil contemporâneo, aumenta o número de pessoas vivendo sós; as famílias consideradas “normais” (pai, mãe e filhos) constituem apenas metade dos arranjos familiares; cerca de 30% das famílias são uniparentais; as famílias homossexuais e as crianças nascidas de inseminação artificial fazem parte da “desordem da família”.
Ao mesmo tempo, apesar das conquistas jurídicas obtidas nos lugares do mundo ocidental onde o feminismo foi atuante, as mudanças se dão nos limites das sociedades de classe e, numa sociedade tão desigual quanto a brasileira, as oportunidades e possibilidades são limitadas, transformando o sonho de ser modelo ou esportista de sucesso no grande ideal dos adolescentes. Outra conseqüência do fundamentalismo do mercado são as crescentes taxas de desemprego disfarçado ou subemprego. A maior pobreza das mulheres implica, entre outras coisas, que elas sejam as mais atingidas pela (falta de) qualidade dos serviços públicos; mais desfavorecidas pela incompetência da Justiça (atrasos nas pensões, etc.). Vale dizer, a questão estratégica dos direitos de seguridade social afeta principalmente as mulheres pobres.
Ausência de uma cultura laica e republicana
O que acontece quando a sociedade não consegue criar nem compartilhar dos mesmos valores morais? Mais ainda, quando os valores morais dependem das religiões, na ausência de valores laicos e republicanos? Quais as conseqüências da ausência de valores morais laicos, tendo em vista o convívio público educado, respeitoso, baseado nas regras de uma cidadania republicana? O fato de que as lutas políticas assumam, hoje, também a forma de lutas religiosas tem como pressuposto a inexistência de sistemas morais alternativos aos religiosos. O recrudescimento do islamismo é acompanhado pela expansão de seitas religiosas que, apesar de concorrerem com igrejas instituídas há mais tempo, permanecem na mesma ideologia da “vontade divina”. Assim, permanecemos na esfera do pecado, dos crimes cometidos contra a vontade divina. A instituição religiosa continua sendo a matriz da moralidade pública. Nesse contexto, não há que se estranhar o interdito da legalização do aborto em toda a América Latina, com exceção de Cuba.
Um exemplo melancólico de submissão aos ditames da Igreja Católica é o do ex-líder sandinista, Daniel Ortega, recém-eleito presidente da Nicarágua, declarar-se cristão e contra o aborto, comprovando os limites de projetos revolucionários atados ao moralismo cristão e os limites que o machismo e o tradicionalismo impõem aos movimentos de libertação nacional na América Central.
Na Itália, nos anos 1970, a esquerda uniu-se, apoiou as feministas, enfrentou o papa e venceu. Divórcio e aborto foram legalizados. No Brasil, um ditador protestante impôs o divórcio em 1977! Permanecem as restrições legais ao aborto; por outro lado, temos uma próspera indústria de aborto pago, policiais corruptos que fecham os olhos e a pior parte cabendo às mulheres pobres, clientela preferencial dessas mesmas igrejas…
Mesmo o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) – o primeiro que tentou modificar as relações de gênero na prática, com comissões mistas em todos os níveis – também esbarrou nos limites das agremiações em que o catolicismo é a ideologia dominante. E aqui temos o círculo vicioso: as igrejas são as fontes de moral diante do abandono do Estado; e as igrejas são contra o aborto, que as mulheres pobres fazem em piores condições e ainda pedem perdão ao padre. Poucas feministas têm a coragem de enfrentar as igrejas, dada sua presença nos movimentos sociais. Nesse sentido, é necessário questionar o fiasco latino-americano ao enfrentar o poder da Igreja e ressaltar a importância das virtudes republicanas, do sentido da coisa pública.
Sujeito do desejo ou vítima do destino?
Diferentemente de outras revoluções, a de 1968 tinha como objetivo mudar o mundo e não tomar o poder, no sentido de apropriar-se do poder de Estado. Em certo sentido, fomos a geração do contrapoder – contra o poder da Igreja, do Estado, da Família, do Homem Branco, etc. Retornando ao elogio de Arendt aos jovens de 1968 por sua “determinação para agir, alegria em agir e certeza de poder mudar as coisas pelos seus próprios esforços”, vemos como essas características desaparecem quando o “sujeito” da reivindicação torna-se o sujeito dependente da caridade e de políticas compensatórias. De fato, do ponto de vista subjetivo, a característica mais forte do movimento de 1968 foi a afirmação de desejo de toda uma geração. Como sujeitos de seus desejos, sofreram as conseqüências de seus atos e os riscos que deles decorriam. Não o fizeram por um impulso suicida, mas porque se opunham, moral e eticamente, a um regime que instaurou o terrorismo de Estado. Nesse sentido, faço minhas as considerações da psicanalista Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes:
No Brasil dos anos 1960, o militante é alguém que se consolidou como sujeito de seu desejo, isto é, alguém que decidiu apostar no que achou que valia a pena. Não sabia, contudo qual era a pena nem supôs o quanto valia sua aposta. Juntou suas energias, na alvorada da vida adulta, e, instigado pelos ideais externos de liberdade, de autonomia política e de independência nacional, aliados aos ideais internos de compromisso com o novo e com o pleno, se pôs ombro a ombro com os que, como ele, faziam o mesmo. (…)
Foi assim que, pela vida psíquica, a necessidade do novo, do revolucionário, do radical e do risco permanente encontrou fértil acolhida no militante que apostou na vida a serviço de uma ideia, a serviço de um projeto que não fosse individual e que servisse a muitos e a seu país.17
Em contraposição a essa posição de sujeito desejante, a política do vitimismo, hoje predominante no contexto das políticas compensatórias, reflete-se na baixa cidadania dos programas assistenciais. As mulheres são submetidas à humilhação de terem de provar que são pobres e infelizes para convencer a atendente de que necessitam do Bolsa-Família. Também se presenciam cenas de humilhação nas iniciativas filantrópicas em que uma cesta básica vem acompanhada de um sermão e de regras de conduta. São formas de tutelagem e de infantilização incompatíveis com a ideia de autonomia e responsabilidade. O que deu exemplaridade à França foi exatamente a universalidade dos direitos à saúde e educação que desenvolvem o sentido de cidadania. A maior parte das políticas sociais facultativas termina por colocar o usuário num lugar subalterno, negando as bandeiras da via republicana e da eficácia dos direitos.
Maria Lygia Quartim de Moraes é Professora do Departamento de Sociologia do IFCH e pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu, ambos da UNIVAMP. É autora (com Rubens Naves) do livro Advocacia pro bono em defesa da mulher vítima da violência (Campinas/São Paulo, Editora da Unicamp/Imprensa Oficial, 2002), e ministrou, no primeiro Curso Livre Marx-Engels, a aula de introdução ao livro Sobre o suicídio, de Karl Marx.
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crystalsenergy · 3 months
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Vulnerabilidade e vida humana ✨💛
(Pílulas de reflexões para gerar evoluções…)
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Música tema do texto: Resolution (Kakugo) by Yasuharu Takanashi
E aí?…
e se eu te dissesse o seguinte:
“expresse seu maior medo agora. encare ele, se sentir de chorar, chore. coloque pra fora. suspire. se doer o peito, chore mais. depois, respire fundo. vai passar. você vai ter colocado pra fora. e encare o que você sente.”
…você me diria isso aqui? “nossa Paty, que forte, pra que isso?”
se sim, lhe respondo: não. eu estou fazendo o que é preciso fazer: → e o que é preciso fazer?
encorajar que as pessoas vivam de forma natural com a coisa MAIS BÁSICA que precisamos viver: os nossos sentimentos, as nossas emoções.
você consegue imaginar quantas coisas temos represadas e reprimidas,
que geram diversas questões que passamos hoje – padrões de sentir, reagir, viver, pensar, decidir. eu não tô a fim de apenas continuar os meus trabalhos falando de remediar, remediar, remediar os problemas que sempre vejo existindo.
sou extremamente observadora, e pra mim já está claro que se a gente não parar uma hora pra ver o que pode ocorrer daqui em diante com o nosso jeito atual e errado de lidar com emoções,
em breve vamos explodiiiir de mais e mais casos com questões de saúde mental.
o problema vai ser principalmente porque a máscara, vish, essa vai estar extremamente perfeita e quase impenetrável. e então vai ser difícil enxergar.
porque todos os dias, agora mesmo, reforçamos as máscaras de vidinha perfeita e linda. e pouco abrimos espaço para aquilo que propus inicialmente e que, talvez, foi estranho pra você ler: “chore, sinta, encare”.
mas também é bastante claro, pela perspectiva psicológica, que as emoções guardadas, não assimiladas ou ressignificadas possuem um grande papel na definição de quem somos.
e apesar de não lidarmos bem com as nossas emoções, sequer direcionarmos elas,
elas são a nossa matriz, raiz, o mais básico do que somos, a primeira coisa que expressamos quando nascemos (muitos de nós choram quando nascem, e certamente choram quando querem comer, quando dói, o sentir é a coisa mais humana que existe, e você aí querendo fingir que não tem isso consigo?)
não é forte ou pesado dizer para sentir as coisas que surgem,
e se você pensou isso quando eu propus que você fizesse o básico – passasse um tempo com suas emoções - provavelmente é porque está um taaanto acostumado/a com uma vibe de não viver as coisas mais internas,
às vezes até acostumada/o a uma vida de fachada, mecanizada, só terrena, material ou com muita positividade tóxica (= ‘sinto algo ruim, e logo substituo a tristeza com um sentimento bom, enfiando minha tristeza num buraco, sem encará-la, sem “sentar” com ela, entender o porquê surgiu. é óbvio que é simples assim, e bastante saudável fazer isso, no sentido psicológico, saudável à beça’). não é essa a maneira saudável de viver interior & exteriormente.
quando forçamos não sentir não ter problemas não passar por nenhuma bagunça interna = baita efeito ruim em nós e nos outros, incluindo aqueles que você sequer conhece.
porque a gente se DESACOSTUMA com a nossa própria vulnerabilidade
e nos desacostumamos com a vulnerabilidade do outro.
aos poucos, a sensibilidade natural ou esperada vai se apagando. a empatia, diminuindo.
vamos nos fechando ao que envolve isso. e reforçamos um padrão de perfeição inexistente: o da “positividade constante”.
“Paty, então a gente tem que sair mostrando tudo?”
→ É óbvio que não. Existe uma diferença enorme entre apenas não mostrar (1) e forçar não sentir (2). É o segundo caso que estou focando. Pois o primeiro, cara, é tão normal, e quem somos nós para desrespeitar o processo e a maneira de cada um viver as suas emoções? Desde que viva, cada pessoa viverá isso de uma maneira.
Agora, lhe pergunto: teve alguma semana da sua vida em que todos os dias você esteve 100% feliz? alegre, pra cima? pôoo,
me deixe saber, por favor.
e nos dias ruins, você encarou o que sentiu? conversou sobre ou expressou de alguma outra forma? [conversa não é a única maneira de expressar o que se sente, apesar de ser muito eficaz], ou enfiou num buraco? foi tapar isso com algum vício, fuga da realidade ou com positividade tóxica?
Vulnerabilidade. é isso que nos torna humanos e é isso que nos conecta: sermos vulneráveis e sentirmos.
ansiamos por sentir. mas, por dificuldade e falta de inteligência humana, há muito ansiamos por nos escondermos e fingirmos não sentir quase nada…
preferindo banalizar sofrimentos alheios em prol de autossatisfação egoica (aqui vai um exemplo bem distante da nossa realidade, viu?" > “não tá comigo, agora tá sofrendo, toma, bem feito”, nem vemos músicas assim por aí, né? <), indiferença, aversão, superficialidade. o que mais temos por aí.
não queremos admitir que temos muito do outro na gente.
queremos propagar que somos “autossuficientes” e não precisamos de ninguém quando no fim, no meio da trajetória padrão de “desapego” e “autossuficiência” temos diversas expectativas internas mal supridas e extremamente mal direcionadas. e isso, no fim, nem é autossuficiência.
bloquear as suas emoções é bloquear a sua humanidade.
e no fim, o dominó que você jogou volta e bate nas tuas costas. vai voltar. infelizmente. porque você tá no meio de tudo isso. tu não se diferencia dos outros no aspecto do sentir.
o sentimento é o que conecta pessoas e nos faz lembrarmos da existência de outros alguéns. é o que nos torna nobres, conectados.
o choro de emoção ou felicidade quando alguém se casa e você presencia isso. não é você que está casando, mas SENTE um pouco da felicidade do outro.
o choro ao ver alguém chorar, mesmo que num filme. não é você quem sente a dor ou a tristeza, mas sente, por entender, mesmo que por um pequeno momento, parte do sofrimento alheio.
o sorriso por ver uma pessoa conseguindo algo
a animação que alguém te transmite exatamente por chegar até ti animado/a
Neurônios espelho.
a felicidade em ver pessoas rindo, acabar rindo junto. apenas situações para exemplificar que o que nos une, é o sentir. então se permita sentir. eu já te permito e estou de braços abertos para aceitar todos os seus lados, por mais “““feios””” que eles pareçam, com eternas aspas.
Não é feio sentir. Tampouco é feio expressar.
Devemos parar de rotular pessoas que admitem o sentir como “ingênuas” ou “fracas”, que “pouco vencerão no mundo”.
Bom, eu não tô a fim de ver o próximo como o meu adversário.
Se te ajuda a enxergar o problema: você é próximo do outro. Com você, é apenas você e mais ninguém. Seguindo a tua lógica, com o outro, vai ser apenas o outro e mais ninguém. E quando você precisar, espera receber o que, se essa é a maneira que você vive e se apresenta aos outros? De maneira extremamente “eu, eu, eu, eu”.
Difícil acaba sendo, no fim, não conseguir (con)viver com a vulnerabilidade do outro, e projetar o seu problema interno com emoções e sensibilidade, nele.
Que sejamos mais vulneráveis, na medida do que cada um consegue agora, seja na expressão de um pequeno afeto, de um gesto de observação, ou algo grande, imenso. Mas que tenha. Da sua forma, mas tenha.
e ahhh, não é necessário se relacionar com pessoas para se lembrar de que você está aqui para trocar, experienciar emoções. só olhe para o mundo a sua volta: tem muuuuuitos seres precisando de você.
que sejamos mais Sentir e menos retrair, se segurar, fingir.
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christineoliveira · 7 years
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Sabe aquele livro que parece um abraço? às vezes um pouco mais apertado, outras mais confortável... Assim são as crônicas que fazem parte dessa coleção de histórias sobre amizade, amor e um pouquinho de reflexão sobre nossas próprias atitudes cotidianas. “O que bate de frente é a agressão silenciosa. Quem esconde o punho na hipocrisia, quem finge generosidade no beijo e cospe sua agressividade em segredo.” É um livro com muitas pílulas de sabedoria, que pode funcionar como um excelente livro de cabeceira, um livro para ser degustado aos poucos, para ser refletido. “Quem cobra perde a razão, essa é a parte triste do amor.” Utilizando de um pouquinho de teoria literária, crônica é um gênero literário autônomo, formado por uma textualidade híbrida entre o jornalismo e a literatura; que possui uma curta extensão, como se fosse um texto inacabado, e fazendo uso de uma linguagem oral muito familiar ao leitor, com forte presença da subjetividade do autor, flexibilidade e irregularidade temática. “Encontro da firma não é lazer, e sim hora-extra no final de semana e adicional noturno. Só os estagiários não entenderam isso e brindam ao futuro, ingenuamente alegres, com seus copos de plástico”. E nisso as crônicas deste livro preenchem todos esses requisitos de forma muito didática, porque o autor imprime suas vivências sem fazer disso uma autobiografia camuflada, mas colocando aqui e ali uma pitada do seu bom humor e de sua visão de mundo, ao mesmo tempo em que permite ao leitor fazer suas próprias reflexões e caminhar por suas páginas de forma totalmente independente. O autor não força qualquer opinião, conta alguns "causos" que tem o amor e a amizade como pano de fundo, e faz isso de forma leve em sua retórica ao mesmo tempo em que é muito profundo em significado. Nota 5/5 #literatura #lendo #lido #amoler #leituraatual #livros #livro #literaturarussa #literaturabrasileira #poesia #poema #leiamais #desafioliterario #euamolivros #instalivros #bookstagram #bookstagramers #blog #letrasextraordinarias #igliterario #instabook #Livrada #leituradavez #leitura #leiamaislivros #livrosepostits #livrosecafe
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White Bear- Trabalho de Sociologia
1ª PARTE: Apresentação de Black Mirror Ao analisar e relacionar os episódios de Black Mirror, (grande série britânica de ficção científica do momento) com alguma teoria voltada aos estudos do comportamento humano, certamente irá acontecer a interceção mesmo que discreta de abordagem de ideias. A série é uma condensação impressionante de reflexões sobre a sociedade atual, tocando sem receio em feridas que estão onipresentes e que representam os problemas mais vigentes. A série criada por Charlie Brooker aponta em cada segmento (formato de conto fechado por episódio) a questão que mais afeta as gerações recentes, principalmente a nossa, que é o uso desenfreado da tecnologia. É levantado a partir deste tema central, os questionamentos que segmentam todo o enredo da série, e o principal é: quais são as implicações desse uso? A série como muitos pensam, por ser muito crítica e por conter tom bem negativo, nao é um manifesto contra a tecnologia, mas um aviso do que ela pode nos trazer. Os temas (estes sempre relacionados com tecnologia) tratados pelo programa sao por exemplo a super exposição de nossas vidas nas redes sociais, abusos de poder, alienação, dependência dos dispositivos, cyberterrorismo, isolamento, enfraquecimento das relações pessoais e muitos outros. A obra pode ser considerada também alem de ficção científica, uma distopia futurista, ja que apresenta um mundo governado por máquinas, onde a violência é onipresente, um mundo que perigosamente pode vir acontecer e na verdade já está aqui, porém em dimensões menores mas sempre em constantes e pavorosas (com a visão negativa da série) transformaç��es. Toda essa construção de cenário apocalíptico lembra bastante o livro distópico célebre do século vinte, escrito por George Orwell, 1984. Uma frase que simplifica bem este cenário de caos que se passa tanto no livro quanto a série, mesmo que a série tome-a de maneira um pouco diferente devido a distancia temporal que as duas foram concebidas (e os avanços tecnológicos são evidentes), é a frase: "Guerra é paz liberdade é escravidão ignorância é força". Essa citação estava escrita no Ministério da verdade no livro, e que exemplifica o pensamento do detentor de poder daquele contexto ficcional distópico: a grande estrutura de poder é o elemento de opressão, desentendimento e confusão. 2ª PARTE: Análise do episódio White Bear + Panoptico A análise do segundo episódio da segunda temporada de Black Mirror, White Bear, tem uma ponte com o texto de Alindo Machado, professor universitário que lança em 1990 uma dissertação sobre sociedade de vigilância, dando enfoque no estudo de Michel Foucoult, o Panoptico. A historia começa de forma brusca, com uma mulher (Lenora Crichlow), acordando amarrada em uma cadeira numa casa desconhecida. Há pílulas no chão, uma foto de uma menina, a mulher tem flashes de um homem e de uma menina, há um símbolo estranho na televisão, mas ela não compreende nada. Ela está com as lembranças apagadas, e nao sabe nem quem é. Ao sair da casa ela vê que pessoas filmam e gravam cada passo seu, de forma escancarada e bizarra, e todos parecem estar em transe, ela pede ajuda gritando, mas nada. E além dessas pessoas invasivas, algo muito estranho também ocorre. Um carro azul para, e sai de lá um homem armado, que mira na cabeça da protagonista. Em sua fuga do homem mascarado ela encontra dois jovens, aparentemente também fugitivos, e aprende que a humanidade sofreu uma espécie de lavagem cerebral com o símbolo que apareceu na tv logo no começo do episódio. Uns se transformaram, segundo eles, em voyeurs (observadores), os outros em caçadores (aqueles que não sofreram lavagem cerebral). Por isso eles precisam ir até o centro de transmissão chamado “White Bear” para destruir o local e libertar alguns desse controle mental. Esse episódio tem um ritmo muito dinâmico, e é super surpreendente, há uma reviravolta. A mulher, Victoria Skillane, é na verdade uma assassina condenada pelo brutal assassinato de uma criança chamada Jemima que é ninguém menos que a criança dos flashs de sua cabeça e da foto, que ela pensava ser sua filha. Victoria e seu noivo Iain (o homem dos flashes) mataram a criança de maneira fria e filmaram toda a ação com o celular. Esse acontecimento veio a ser um escândalo no Reino Unido. O noivo cometeu suicídio antes do julgamento e a própria Victoria foi sentenciada a uma vida onde ela está sendo observada, fotografada e filmada todo dia enquanto luta pela vida, como se ela fosse uma atração em um parque de diversões. E ela descobre o que está ocorrendo, todo dia sua memória é apagada e começa tudo de novo no dia seguinte. As pessoas que tentam matá-la e aquelas com quem ela de fato tem contato nada mais são do que atores do “White Bear Justice Park”, uma companhia de produção cinematográfica com estúdios próprios. Analisando este episódio, eu consegui fazer uma ligação bem direta com a obra de Michel Foucault, Vigiar e Punir, ja que o episódio expõe as ideias reflexivas à sociedade de maneira didática. Os dois levantam a pergunta: como que pensamos na violência hoje em dia, especialmente na questão dos presos? Foucault ja dizia que a concepção de prisão dos dias atuais vem do início do século 19 e é mais tardio que a ideia de asilo, que era o retiro para loucos. Até a ideia de louco, o indivíduo punido, mudou. Foi de louco para agora anormal. Tudo isso mostra como a punição mudou ao longo da história, ocorrendo o asilo, o espetáculo público de violação à integridade física do criminoso e ao que conhecemos hoje como prisão, que é um modelo de punição mais controlado e "gentil", que foi desenvolvida junto com sociedade disciplinar. Na sociedade disciplinar, houve a concepção de uma nova ideia de individualidade para os seres humanos, e que, com essa nova ideia, foi usado disso em sistemas oficialmente igualitários (como as atuais prisões) para construir relações de poder desiguais. A disciplina cria "corpos dóceis", mas pra isso, as instituições que a aplica deve conseguir observar e registrar os corpos controlados e ter certeza que esses corpos interiorizaram a ideia de sua própria individualidade disciplinar. E é isso o que os sistemas penais fazem a punição nao mais de maneira impositiva fisicamente, ela vem através da própria autocorreção dos presos ao saberem que estão sendo observados. E disso veio a necessidade da criação de um modelo peculiar de instituição, o panoptico. O jurista britânico Jeremy Benthan é criador dessa forma de cárcere, em que os presos ficam em celas individuais que formam um círculo, e no centro há uma torre, onde estaria ali o encarregado de vigiar os presos. A questão é: os presos não sabem quando estão sendo vigiados, o que causa a então autocorreção. É possível estender esse modelo de carceragem para outros âmbitos da vida de vigia. Com o advento da tecnologia, a rápida maneira de capturar imagem ou de adquirir dados confidenciais das pessoas, cada vez mais é percebido sistemas que se camuflam por nossas vidas, atuando como um panoptico. São por exemplo as redes sociais, os aplicativos de georeferência, os cartões de compra e as câmeras de vigilância discretas. Por meio das câmeras no episódio citado acima de Black Mirror, é exercitado de maneira diferente o lema de vigiar e punir. As câmeras não estão mais em poder do carcereiro, mas da mídia. O juiz deixa de ser a pessoa com diploma de direito e passa a ocupar a sociedade civil, exercendo um júri popular, como visto no julgamento do povo à Victoria (protagonista). E é nessa questão que a série quer chegar, colocando claramente que os dispositivos panopticos desindividualizam o poder e o transformam numa máquina anônima. Então, a ideia de sistemas panopticos, com a dispersão e evolução da tecnologia, pode ser ampliada, e, dentro do cenário exagerado e apocalíptico que o episódio é, isso foi devidamente mostrado na forma não mais centralizadora que a punição se construiu na história recente. Há de se perceber novamente a espetacularização da punição, que era como se constituía a situação penal anterior do século 19, e que poderia acontecer novamente, mas, agora com a inserção tecnológica. Esse foi o recado do episódio, uma espécie de mensagem preventiva. Espero que tenha gostado das minhas ponderações. 😄❤️😬
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professored · 5 years
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Lista de livros finalizados por mim em Agosto, Setembro, Outubro/2018 (fora os técnicos! Sim, agora é trimestral, explico embaixo): - Cristianismo descomplicado: Questões difíceis da vida cristã de um jeito fácil de entender. Por Augustus Nicodemus. (ok) - O tempo que o tempo tem. Por Alexandre Cherman e Fernando Vieira (ok) - Mentes depressivas: as três dimensões da doença do século. Por Ana Beatrix Barbosa Silva (ok) - O Algoritmo mestre. Por Pedro Domingos (ok) - Neurociência do amor. Dr. Fernando Gomes Pinto.(ok) - A sabedoria da transformação. Reflexões e experiências. Monja Coen.(ok) ============================================= Bom, como disse em julho, descobri que há pessoas que se incomodam com minhas listas de leituras, acham que estou "me aparecendo". Felizmente há os que, como os muitos que perguntavam-me o que eu estava lendo, ficam felizes e, de alguma forma, instados a lerem mais e gostam das listas. Sim, foram poucos livros finalizados neste trimestre (ano passado, só em agosto, finalizei mais do que esses três meses). Mas, as leituras foram muito, muito interessantes e saborosas (além de grandes como o "Algoritmo mestre"), isso foram. Vamos a elas: - Cristianismo descomplicado é um tapa na cara dos evangélicos que apoiam a violência e a tortura. Recomendadíssimo para todos. - "O tempo que o tempo tem" é um livro tão pequeno e delicioso que o li inteirinho em, sei lá, uns três dias. Fiquei viciado no texto maravilhoso que nos conta a história e porque da maneira que marcamos o tempo atualmente. - "Mentes depressivas..." foi algo pessoal. Sempre quis entender a depressão e suas muitas outras consequências e doenças relacionadas. Esse trimestre vivi um mês terrível com intensa ansiedade (achava que tinha me livrado disso) e tanto esse livro quanto o próximo, da monja Cohen, além da Bíblia e orações, claro, me ajudaram muito. - "A sabedoria da transformação". Bom, confesso que conheço pouco sobre a tradição budista. Conheço bastante da história, mas pouco da tradição. A monja entrega textos leves e muito atuais e interessantes como se fossem "pílulas de sabedoria", ao estilo Cortella. Vale a pena. - "O Algoritmo mestre". Machine Learning, Data mining e Inteligência Artificial são a tônica. O livro está um pouco defasado nas últimas atualizações da ciência de dados, mas é um texto delicioso demais para ser deixado de lado. Recomendo. - "Neurociência do amor". Quem disse que não devoro best-sellers televisivos? O camarada lá do programa da Fátima. O livro é bom. Alguns clichês, mas, vale a leitura. É pequeno e rápido. No mais, são somente 42 livros terminados no ano (e contando...) Mais livros em dezembro. Até lá, se Deus quiser! Abraços a todos!
http://ifttt.com/missing_link?1541800607
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palavradigital-blog · 5 years
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Um remédio que transcende os limites da auto ajuda “Pílulas do Bem Viver – sua dose diária de reflexões”, do psicoterapeuta e coach com formação em recursos humanos e TOC pela New York University, professor Garrido, reúne em 112 páginas, uma série de considerações sobre questões terapêuticas, sentimentos, relacionamentos, acontecimentos, atitudes e comportamento, fatores que fazem parte do cotidiano das pessoas em toda a sua vida social e definem a nossa dimensão humana.
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